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04guiadocaloiro Sou caloiro

Esta fase da tua vida que agora começa, vem cheia de novidades,surpresas e muita agitação.

O que vai mudar?A alteração de rotinas de anos, o viver sozinho e longe de tudo oque é familiar marca uma época de convívio, de festa e de estudo.

Acção socialPara que as oportunidades sejam iguais para todos, sejam ajudadoseconomicamente os que mais precisam, e se promova uma plenavivência académica, existem os SAS (Serviços de Ação Social).

Bolsas de estudoComo a Troika chega a todos, o Guia do Caloiro ajuda-te a descobriro que são bolsas de estudo e como te podes candidatar a estesapoios.

FinanciamentoPropinas, alojamento, materiais... Procurar financiamento pode seruma tarefa necessária para prosseguires os teus estudos semsobressaltos.

AlojamentoSe não tens casa de família para te receber na localidade onde iráspassar os próximos anos, então tens três opções: alugar umquarto, uma casa ou ir para uma residência universitária.

AlimentaçãoSe és um “nabo” na cozinha, está na hora de começares a aprenderqualquer coisa.

Trabalhar e estudarQuem opta por ser trabalhador estudante, tem um enorme desafiopela frente!

Praxeas praxes académicas são, na opinião da grande maioria de ex-caloiros, um instrumento importante no acolhimento dosestudantes.

TunasSão grupos musicais compostos exclusivamente por alunos ou ex-alunos do ensino superior.

Traje académicoO traje académico surgiu em Coimbra como forma de distinguir osacadémicos na sociedade.

Formação ComplementarAprender mais sobre o que andas a estudar ou explorar terrenosdesconhecidos é uma mais valia e sempre uma vantagem. Ficamaqui algumas coisas que podes fazer.

Teatro académicoNuma altura em que a repressão e a censura eram apanágio doregime salazarista, o teatro universitário português dava voz àcontestação estudantil.

Jornais universitáriosPara além do papel tens agora de forma fácil também on-lineinúmeras publicações académicas.

Desporto académicoAgora que já és Universitário, podes experimentar um grandeconjunto de modalidades desportivas.

Rádios universitáriasSão muitas as instituições de ensino que têm rádios próprias ounúcleos de rádio, com emissões em antena e/ou online.

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GUIA DO CALOIRO [OUTUBRO 2011]edição especial da Revista FORUM ESTUDANTE,PROPRIEDADE E PRODUÇÃO DE:PRESS FORUM - Comunicação Social, S.A.Capital Social: 299.400,00€PERIODICIDADE AnualDEPÓSITO LEGAL N.º 510787/91Isento de Registo ao abrigo do decreto regulamentar n.º8/99, de 9 de junho, art.º 12.º, n.º 1a)

SEDE Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4º andar1100-404 Lisboa.Telefone: 218 854 730Fax: 21 887 76 66

DIRECÇÃO Francisca Assis Teixeira |

ATENDIMENTO AO CLIENTEPaula Ribeiro Tel.: 218 854 730(guias@forum.pt)FOTOGRAFIA Gonçalo GilDESIGN Miguel RochaREDACÇÃOBruna Pereira, Constança Vaz Pinto, InêsMenezes, Gonçalo Gil

PUBLICIDADEPaulo Fortunato Tel.: 218 854 741(paulo.fortunato@forum.pt)Duarte Fortunato Tel.: 218 854 742(duarte.fortunato@forum.pt)PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃOLISGRÁFICACasal de Stª Leopoldina, Queluz de BaixoTiragem: 20.000 exemplares

EDITORIALCONSTRÓI O TEU FUTURO.Já és caloiro! Com mais ou menos esforço, conseguisteentrar no superior e vais agora deparar-te com uma rea-lidade completamente diferente do ensino secundário.É uma mudança radical, mas não estás sozinho. A ForumEstudante já te acompanhou com a revista e o Guia Práticodo Estudante, nos anos que antecederam e agora continuaa fazê-lo com este Guia do Caloiro.Para te apoiar nesta etapa da tua vida, o Guia do Caloirodeixa-te aqui informação importante sobre a vida acadé-mica, desde bolsas, acção social e financiamento, até àspraxes, trajes e formação complementar. Ser trabalhador/estudante, com todos os direitos e deve-res que isso implica, é também um assunto que te podeinteressar e como tal não deixámos para trás.Noutras actividades da vida académica, podes ficar asaber mais sobre a oferta desportiva, o teatro, os jornaisou rádios universitárias. Enfim, terás muito com que teentreter. Aproveita bem este Guia do Caloiro e não te es-queças, esta é neste momento, a etapa mais importanteda tua vida e vai definir o teu futuro. Paralelamente aesta publicação existe o site caloiro.forum.pt, com todaesta e muita outra informação online, actualizada comfrequência e onde nos poderás contar a tua experiênciacomo caloiro. No site univ.forum.pt poderás encontrar in-formação sobre o ensino superior em geral, pós-gradua-ções, mestrados, doutoramentos, bem como notícias deactualidade cultural, desportiva e social.E não te esqueças, só se é caloiro uma vez!

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ExploraSe vens de fora e pensas que isto é outromundo, não desesperes: uns dias sãosuficientes para ficares a conhecer os cantos àtua nova casa na universidade. Aproveita acuriosidade e começa por visitar a Associaçãode Estudantes ou os Serviços Sociais. Elessaberão responder a quase todas as tuasquestões sobre a instituição, serviços,programas, actividades culturais e desportivas.Alem disso, é por aqui que se costumam afixaranúncios vários que te interessam. Entra,pergunta, informa-te.

Associação de Estudantes (AE)Actualmente quase todas as instituições têm asua AE, mas quando não existe, encontras oGabinete de Apoio ao Aluno ou equivalente. AAE representa os alunos, é independente doEstado, dos partidos políticos ou de quaisquermovimentos ou religiões, cria os seus própriosestatutos e normas internas e elege os seusdirigentes. De um modo geral, defende osinteresses e direitos do aluno e promoveactividades culturais, desportivas e recreativas;organiza os serviços de apoio aos alunosdeslocados e bolseiros; gere protocolos com

Caloiros’ RAté que enfim, chegou o dia! Entraste no ensino superior. Esta fase da tua vida queagora começa, vem cheia de novidades, surpresas e muita agitação. Não te percase aproveita as dicas que o Guia do Caloiro aqui te deixa.

outras entidades e administra o seupatrimónio. Algumas associações têm direito aapoio financeiro do Estado para promover assuas actividades.

AlojamentoSe vens de fora, o alojamento barato e próximoda escola é fundamental. Não te esqueças quenão és o único: com alguma paciência ecompanhia não demoras a encontrar o teucanto. Depois de dares uma olhada na própriaAE, procura os Serviços de Acção Social. Aquiinformam-te sobre residências universitárias, seas houver. Estão sujeitas a inscrição (nos SAS)no caso de universidades, ou serviços idênticosnos politécnicos. Mas não fiques por aqui:encontras mais informações nos classificadosdos jornais, no Instituto Português da Juventude(IPJ) ou na Internet. O IPJ publica anúncios comoportunidades para jovens nas proximidades dasescolas; na Internet vale a pena procurar porzona e/ou universidade.

Programas de alojamento a jovens estudantesEmbora sem abranger todo o país, o ProgramaAconchego já alastrou para fora dos grandes

centros. Começou como uma iniciativa daUniversidade do Porto para aproximar osjovens da população mais velha e agora chega adiversas cidades. Consulta em:www.bonjoia.orgTens outras alternativas que te podeminteressar. Vê o Portal da Juventude(juventude.gov.pt/Habitacao) e também o sítio1Quarto (www.1quarto.com).

Apoio ao alojamentoComo estudante deslocado, vê na tuaInstituição quais as condições necessárias parate inscreveres numa Bolsa de Acção Social.Com ela terás direito a apoio no alojamento.

AlimentaçãoTodas as instituições têm, por norma, bar,restaurante ou cantina. No caso de seres sócioda AE, poderás ter desconto nos bares ourestaurantes. As cantinas oficiais dasuniversidades têm um preço único nas senhasde refeição.

BibliotecaPrecisas de um cartão para acederes àbiblioteca e para o teres só tens que perguntar

Vida

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’us!Rnos SAS ou AE da tua instituição. É válido paraum ano lectivo e permite-te, além da consulta eestudo, requisitar livros, revistas, publicaçõesvariadas e, nalguns casos, acesso acomputador com internet.

Fotocópias/encadernaçõesCom o teu cartão de sócio da AE tens descontonos centros de cópias e nas livrarias. MuitasAE já têm também reprografia própria, compreços reduzidos. Se a tua instituição não tiverAE, pergunta nos SAS ou Gabinete de Apoio aoAluno.

Informática/ InternetEm todas as instituições há sala de informáticaonde podes requisitar um computador e/oupedir uma password para a Internet. Nasuniversidades do Estado tens um departamentode informática que te disponibiliza serviçosnuma rede com outros departamentos,nomeadamente com as bibliotecas. Nasinstituições ou politécnicos encontras secçõesinformáticas, só tens que perguntar o que épreciso para acederes. Procura os locaiswireless, geralmente bem indicados. Sãotambém locais de estudo.

Actividades culturais e desportivasTal como para a alimentação, asuniversidades do Estado oferecem umadiversidade significativa de actividadesculturais e desportivas que podes usufruircom o teu cartão de estudante. Só tens queescolher perante a oferta, que varia de localpara local, e os horários disponíveis. De ummodo geral, quase todas as universidadese/ou institutos politécnicos têm já o seugrupo de teatro e esperam que tu teinteresses por eles. As datas para audiçõesestão geralmente afixadas. Se gostas decantar informa-te se há coro ou o que devesfazer para te inscreveres na Tuna. Da mesmamaneira, quase todas as instituiçõespossuem o seu jornal. Porque não participas?É mais uma forma de te envolveres. Cinema efotografia são duas áreas especialmentedesenvolvidas em muitas instituições,abertas, como as outras, ao teu interesse edinamismo.

TunasNão precisas de esganiçar a voz mas ajuda setiveres jeito para versos. Cada tuna é um grupo

musical onde pode haver só canto seminstrumentos ou as duas coisas em simultâneo.Algumas tunas universitárias organizam-secomo grupos musicais de sucesso e actuamfora deste contexto. Outras tornaram-severdadeiros grupos de investigação etnológica,recuperando músicas e poesia de outrostempos. Poderás assistir à sua actuação nasfestas do início e encerramento do ano lectivo.E claro, se não desafinares até podes ver-teincluído!

Praxes Embora as praxes continuem a mostrar-sepolémicas, são um instrumento importante noacolhimento académico dos estudantes. Nofundo, a Praxe Académica é um conjunto decostumes e tradições, actualmente traduzidoem rituais mais simples que pretendeincorporar o novo estudante, o caloiro. Estesrituais variam de universidade parauniversidade, acontecem no início do anolectivo (com a recepção ao caloiro) eestendem-se, noutras formas, até à Bênçãodas Fitas e, com frequência, até aoencerramento do ano lectivo com festas ebailes. Estes rituais são às centenas e tu comcerteza já assististe na televisão aoespectáculo dos caloiros percorrendo as ruasde caras pintadas e roupas ridículas armadoscom colheres de pau e penicos. De uma coisapodes ter a certeza: só te envolves sequiseres. A verdade é que há testemunhos decaloiros como tu que aderiram e não sógostaram, como aquela foi a forma mais eficazde integração na vida académica. E como overdadeiro ideal da praxe é exactamente afruição plena deste estilo de vida, existemcomissões de praxe cuja finalidade é preservaros direitos e valores e erradicar formasabsurdas de desrespeito e violência aosalunos. Em cada universidade o código édiferente mas reflecte a preocupação maior:ajudar a acolher, ensinar camaradagem e bomrelacionamento entre estudantes, semesquecer o respeito pela integridade física docaloiro.

Queima das FitasEra uma tradição da Universidade de Coimbra,hoje alastra-se para outros locaisdiversificando-se os temas e a apresentação.Fora de Coimbra, a festa tem, por vezes,nomes fúnebres, enterro, funeral, etc., quesignificam sobretudo o final do cicloacadémico de vida. Vai tudo dar mais oumenos no mesmo: uma série de desfiles,cortejos e serenatas inseridas ou não numcontexto de espectáculo, mais uma vezconforme o local.

Ainda tens tempo?Já te inscreveste na ginástica e estás a teraulas de Inglês e, mesmo assim, dás por ti aassobiar pelas esquinas? Queres ser útil? Hásempre grupos de voluntariado onde a tuapresença é mais do que necessária. Informa-te,as carências variam conforme a zonageográfica e social onde estás, mas ficadescansado que há sempre qualquer coisa quepodes fazer. FIM

Se vens de fora epensas que isto é outromundo não desesperes:uns dias são suficientes

para ficares a conhecer oscantos à tua nova casa

na universidade.

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Estilo de vidaSe fores estudar para uma cidade nova, é muitoprovável que precises/queiras também lá viver.Morar sozinho ou com outros estudantes é oprimeiro dos teus desafios, pela necessidade dete habituares a pessoas e rotinas diferentes. Éimportante que te saibas auto-disciplinar e quecries, desde início, os teus próprios horários,quer seja na alimentação, na higiene, no estudoou na limpeza da casa – é parte integrante doteu processo de crescimento. Ao mesmotempo, abre a mente e procura criar boasrelações com quem vive contigo. Muitas vezessão amigos que ficam para a vida!

CidadeO desconhecido começa aqui. Ao mudares-tepara um sítio novo, a primeira fase deadaptação é à tua nova cidade, por isso nadacomo, nos primeiros dias, passares algumtempo na rua a conhecer melhor onde fica oquê, a informares-te onde são os pontos deinteresse mais relevantes, onde estão asutilidades de que podes um dia necessitar,como a esquadra de polícia mais próxima, oquartel de bombeiros ou o hospital, até àquelasque te farão falta no quotidiano, como osupermercado mais barato ou a melhor sala decinema. E não precisamos de te lembrar queindagues sobre os principais spots da noite!

FamíliaUma das coisas que vai necessariamente mudaré o tempo que passas com a tua família. Amaior parte de nós sempre viveu (pelo menos)

O QUE VAI MUDARNA TUA VIDA?

Entrar no mundo universitário é sempre um marco na vida de qualquer jovem.A alteração de rotinas de anos, o viver sozinho e longe de tudo o que é familiarmarca uma época de convívio, de festa e de estudo. Mas mais que isso, formauma etapa de preparação para o resto da vida, o início de um processo deindependência. Fica a saber aqui algumas das mais importantes mudançasque vão ocorrer na tua vida.

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Psicologia da mudançaFomos ouvir o que a especialista SandraVilaça defende sobre o tema: “Esta é umadas grandes etapas provocatórias na vidade qualquer pessoa, na medida em queexige a cada jovem a redefinição “do queé” e do que realmente “quer fazer” dasua vida. É também um dos primeirosverdadeiros confrontos consigo próprio ecom o seu futuro, fruto de um momentode decisão, entre expectativas einseguranças. Esta fase de transiçãoexige aprendizagem, a qual, apesar deencantadora, nem sempre é fácil, namedida em que acarreta a necessidadede novas competências: mais iniciativa,independência e autonomia, gestãoresponsável de variáveis como tempo,dinheiro, ocupações, prazer, trabalho,etc. É, em suma, um crescimento edesenvolvimento pessoal que resulta deum esforço único de cada jovem para seafirmar, sozinho, na sua relação consigopróprio, com a sociedade e com umuniverso estudantil muito diferentedaquele que conheceu no ensinosecundário.”

com os pais, pelo que terás de te habituar anão ter a companhia deles durante a semana,para além dos confortos óbvios que elessempre te proporcionaram. É bom que tenhasfeito o trabalho de casa, porque de comida feitaa roupa lavada, está na hora de te saberesorientar sozinho! Aproveita os fins-de-semanapara voltares para junto da tua família ededicar-lhe um pouco da tua atenção… pensano que deve custar aos teus pais estares longedeles, de segunda a sexta!

AmigosUma das melhores coisas em entrar para auniversidade é a quantidade de pessoas novase diferentes que vais conhecer. Contudo, játerás grandes amigos na tua morada desempre, como por exemplo a malta dosecundário. O truque está em conseguires umequilíbrio saudável entre o tempo que passasnestes dois meios, por isso aposta emconhecer gente nova durante a semana, paraque ao sábado possas reservar algum tempopara rever velhos conhecidos, de forma a nãoperderes aquela ligação próxima que há anostens com eles. E podes sempre convidá-lospara a tua casa nova e dar uma festa - nãoestão lá os teus pais!

ResponsabilidadesNão tenhamos quaisquer dúvidas: o tempo defaculdade é para curtir ao máximo! Mas apesardisso, lembra-te do principal motivo destamudança, e da responsabilidade que tens, emprimeiro lugar, para com os teus pais, peloapoio financeiro e moral que te proporcionam. A tua obrigação é, portanto, corresponder comaproveitamento escolar, até porque dissodepende o teu futuro! São muitos os casos depessoas que se deixaram deslumbrar pelas

oportunidades desta liberdade… os anospassam a correr e são valiosos demais paraque os percas, por isso dá o teu melhor paraconciliar a diversão com o estudo!

EscolaAqui não só muda a escola, como também ograu de exigência que te é pedido em cadatrabalho ou frequência. O ensino superiorimplica um conjunto novo de saberes, quepassa também pelo reforço da tua culturageral e por usares da tua opinião sobre cadaassunto. É importante que tenhas gosto pelocurso que escolheste, porque será à partidacom base nele que vais construir o teu futuroe entrar no mercado de trabalho. Informa-tesobre que livros teóricos fundamentais quedeves ler, e preocupa-te em estar atento aoque se passa em Portugal e no mundo - serestudante do ensino superior é representar acultura e a intelectualidade do futuro do teupaís, por isso encara isso com espírito demissão!

NoiteEscusado será dizer que uma das coisas quemais alicia os jovens universitários é o espíritoacadémico e as noites de convívio que serepetem durante o ano. Embora a tentação desair à noite todos os dias seja grande, tentafazer, desde início, um planeamento da tuasemana, sabendo a que aulas não devesmesmo faltar, e reservando algum tempo parao estudo. Quanto mais depressa entraresnesta rotina, menos hipóteses existem dedeixares acumular matéria e de,eventualmente, não seres capaz de passar aalgumas das cadeiras. Noite sim, mas nuncaesqueças o verdadeiro propósito desta novafase da tua vida! FIM

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Alojamento – Para muitos estudantesportugueses seguir o ensino superior significair viver para longe da família. Para muitos éuma sensação de liberdade e bem-estar, masnem tudo são coisas boas. “E agora? Como vouarranjar casa?” Não te preocupes mais.Procura na AE da tua Universidade e nosServiços de Acção Social. Tal como tu, milharesde alunos por todo o país procuram uma novacasa para morar. Informa-te e bem-vindo à tuanova casa. Biografia Institucional – Ao ingressares nauniversidade tenta procurar o máximo deinformação possível sobre a instituição. Oreconhecimento que tem no mercado detrabalho, ex-alunos, corpo docente, etc. Faz umbrilharete ao mostrar aos teus professores quesabes tudo sobre a instituição.Custos – Vão ser muitos ao longo do teu cursosuperior, mas tudo depende se ingressas numauniversidade pública ou privada. A palavra“propinas” irá sempre seguir-te. Informa-tebem na universidade sobre os custos totais doteu curso. Desporto – A tua vida de estudante podesempre melhorar de qualidade com a prática

O QUE PODES ANTECIPAR?Está aí uma das etapas mais importantes da tua vida: o ensino superior. É uma altura de medose ansiedades mas não te preocupes pois o Guia do Caloiro traz-te uma lista de coisas A a Z quepodes antecipar. Vem daí e descobre um novo mundo que te promete surpreender, e muito!

de uma actividade física regular. Sabias que aprática de exercício físico aumenta a sensaçãode bem-estar, reduz a agressividade e aansiedade? Sim, é verdade. E tu podesbeneficiar de tudo isto dentro da tuauniversidade ou politécnico. Procura maisinformações no site da Federação Académicade Desporto Universitário em www.fadu.ptEstágios – Existem cursos superiores que nasua estrutura curricular contemplam um oumais estágios. Essa componente prática éextremamente importante. Informa-te sobreeste aspecto que, cada vez mais, é valorizadono mercado de trabalho. E se a tua instituiçãonão promover esta vertente prática, mexe-te epropõe-te tu a empresas para efectuar umestágio. Festas académicas – São, definitivamente, omelhor que te espera nesta nova fase da tuavida. Não vais querer perder as melhoresfestas de todos os tempos. De segunda asegunda vão sempre haver festas, em qualquerlugar, quer seja em discotecas, em casa deamigos, etc. Não percas pitada!Grupos de amigos – Vai ser cada vez maior!Apesar de já teres um grupo de amigos que te

acompanharam ao longo de todo o secundário,vais, ao longo da tua vida universitária,conhecer pessoas que te vão acompanhar nosmelhores e piores momentos. Há quem digaque os amigos da universidade ficam parasempre, será que vai ser o teu caso?Horários – Vão ser ainda mais puxados do quenos teus velhos tempos de secundário. Seantes tinhas inúmeras tardes livres agoraprepara-te. O dia tem 24 horas mas quandoestiveres em exames até gostarias quetivesse 25 ou 26 horas. Um conselho:organiza bem o teu tempo, compra umaagenda! Intercâmbios – Existem vários à tua disposição.Variam de universidade para universidade masuma coisa é certa: vão ser experiências que,dificilmente, irás esquecer. Para além doPrograma Erasmus, existem outros programasque te permitem fazer intercâmbios fora doespaço europeu. Aventura-te e descobre umnovo mundo. Jantaradas – Do primeiro ao último dia deuniversidades terás inúmeras jantaradas. Nãosó com a tua turma mas com doutores deoutros cursos, caloiros de toda a universidade,

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etc. Os restaurantes com bebida à descriçãovão ser os teus melhores amigos. Em brevevais perceber porquê. Latada - É marcada pelo cortejo dos caloirostrajados com o máximo de latas possível.Objectivo – fazer o máximo de barulho possível.As Latadas remontam ao século XIX quando osestudantes exprimiam ruidosamente a suaalegria pelo fim do ano lectivo – em Maio.Utilizavam para este efeito todos os objectosque produzissem barulho, designadamente aslatas.Movimentos estudantis – Se nos teus temposde secundário fazias parte da Associação deEstudantes e adoravas, não desanimes. Nosuperior também existem Associações deEstudantes e, em algumas universidades,existem núcleos dos cursos. Nesses núcleoshá inúmeras actividades que são,exclusivamente, organizadas pelos alunosdesses mesmo cursos. Desafia-te e vai maisalém. Noites de estudo – Vão ser muitas, prepara-te!Insónias e trabalhos de grupo vão fazer partedo teu dicionário como nunca antes. Oportunidades de trabalho – É na universidadeque surgem as primeiras oportunidades detrabalho. Muitas vezes para pagar as propinasterás de ser simultaneamente estudante etrabalhador, mas noutros casos, ao fim dosegundo ano do curso surgem as primeirasofertas já direccionadas para a tua formação.Praxes – É talvez um dos momentos maisesperados, apesar de existir muita gente quenão aprecia esta tradição. A praxe é um dos

momentos mais importantes na vida doscaloiros, pois demarca um novo ciclo na suavida. Apesar de alguma polémica em tornodeste assunto, as praxes servem de integraçãopara esta nova fase, pois é este o momento emque se conhecem novos colegas, a faculdadeonde se vai passar uns anos e, em algunscasos, a cidade onde se vai morar. Queima das Fitas – É um dos momentos maisfelizes, mas ao mesmo tempo tristes, que iráspresenciar na tua vida académica. Por um ladoa alegria de completares o teu curso superior,por outro o despedir da vida de estudante.Recepção ao caloiro – Durante os meses deSetembro e Outubro prepara-te! Não vais tertempo para parar em casa. Ninguém fica imuneà chegada de caloiros à universidade. De Nortea Sul do país as recepções serão organizadasde maneira a não perderes pitada. Saídas Profissionais – É importante que temantenhas sempre a par sobre as saídasprofissionais da área do teu curso. Lembra-teque nos dias de hoje as empresas valorizam,cada vez mais, certas actividades extra-curriculares que possas ter. Informa-te sobrevoluntariado, teatro, movimentos estudantis.Como dizia o velho ditado, “parar é morrer”.Aventura-te. Tunas – As tunas académicas chegaram aPortugal na segunda metade do século XIX.Hoje, para além de existirem dezenas de tunashá também um festival de tunas que reúne,anualmente, as melhores entre as melhores dopaís. É importante que saibas que existemtunas femininas, masculinas e mistas. Se

sabes cantar ou tocar algum instrumento equeres fazer parte de uma tuna contacta ummembro da tuna da tua universidade e boascantigas! Visita o site Portugal Tunas e fica asaber mais www.portugaltunas.comUrra – vai preparando o grito final pois o ensinosuperior passa a correr. Quando deres por ti jáés considerado um senhor doutor. Hip HipURRA!Vestimenta – Por vestimenta entenda-seprincipalmente o traje académico que faz parteda tradição universitária portuguesa. A suacomposição, ocasião de uso e significado estãono Código da Praxe de cada universidade. O traje por excelência é o de Coimbra, com acélebre “capa e batina”, porém algumasfaculdades adoptaram trajes próprios como é ocaso da Universidade do Minho, onde utilizam oTricórnio.Sabias que, na maior parte das Universidades,enquanto usas o traje não podes usar brincos eunhas pintadas (para as raparigas)?Zapping Disciplinar – Ok, o que é Zapping nósjá sabemos, mas Zapping Disciplinar? Afinal oque é isso? Basicamente, o que te estamos adizer é que, hoje em dia, e cada vez mais nasUniversidades portuguesas, alunos de umadeterminada licenciatura têm a oportunidadede escolher disciplinas de outraslicenciaturas. Já te imaginaste a tirar umdeterminado curso e ainda conseguires terdisciplinas que te agradam mas que não têmnada a ver com o curso? O objectivo ésimples, dotar os alunos de uma maiordiversidade de conhecimentos. FIM

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Podes saber mais sobre os Serviços de Ação Social referentesao teu curso, na página da Direcção Geral do Ensino Superior,em www.dges.mctes.pt ou no Gabinete de Apoio/ ServiçosAcadémicos da tua universidade ou politécnico.

MAIS SOCIAL

por Bruna Pereira

Os SAS são, nas instituições de ensino superior,os organismos de serviços, estando dotados deautonomia administrativa e financeira e sendo oseu funcionamento regulamentado por decretos-lei que podem ser consultados no Diário daRepública. Os SAS prestam aos estudantesserviços nos domínios do Alojamento,Alimentação, Bolsas de Estudo, Apoio Médico ePsicológico e Apoio às Atividades Desportivas eCulturais, para além de alguns outros, e quepodem variar, consoante as necessidades dainstituição de ensino e da comunidade estudantil.A Ação Social no ensino superior desenvolve-se

no âmbito das respetivas instituições de ensino,cabendo depois a cada uma, definir o modelo degestão a implementar e a escolha dosinstrumentos mais adequados para executar apolítica definida pelo Governo. Para ti, queentraste agora, é importante que saibas osserviços prestados pelos SAS, na tuauniversidade ou politécnico. No entanto, ficas jáa saber que a organização dos SAS e dos seusdepartamentos obedece a rigorosos parâmetrosde qualidade e de justiça social, promovendo osvalores de solidariedade social e ambiental,qualidade, transparência e isenção naprossecução do seu grande objetivo – umaeducação para todos.

Descriminação positiva!Tirar um curso de ensino superior nemsempre é fácil. Todos os anos, as estatísticasrevelam que são muitos os jovensportugueses obrigados a abandonar oscursos por falta de posses económicasdentro do seu agregado familiar. Paracombater esses números negros, os SASprevêem uma ‘descriminação positiva’ dealguns estudantes. São eles os alunoseconomicamente carenciados e/ou deslocadosdo seu agregado familiar de origem ou aindaos portadores de deficiência, para quenenhum seja excluído por incapacidadesfinanceiras ou outras. FIM

Agora que acabaste de entrar no ensino superior, é fundamental que te integresna comunidade estudantil e aproveites a vida académica e a instituição de ensino,sem qualquer tipo de barreiras. Para que as oportunidades sejam iguais paratodos, sejam ajudados economicamente os que mais precisam, e se promova umaplena vivência académica, existem os SAS (Serviços de Ação Social).

Em que é que os SASme podem ser úteis?› Alojamento: Através de residênciasuniversitárias, onde os alunos bolseirostêm prioridade na colocação, com acessogratuito, na maioria dos casos. Os nãobolseiros, consoante o rendimento doagregado familiar, poderão usufruir apreços bastante reduzidos;› Alimentação: Há cantinas que oferecemrefeição a preço social e comidas rápidasdisponíveis nos bares;› Bolsas de Estudo: As bolsas dividem-seem bolsas de mérito (alunos excepcionais)e em bolsas de apoio financeiro(destinadas a alunos com escassosrecursos económicos dentro do seuagregado familiar);› Apoio Médico e Psicológico: Há consultasmédicas e apoio psicológicocomparticipados para alunos bolseiros,resultantes de parcerias entre auniversidade e outrasinstituições/profissionais de saúde;› Apoio às Actividades Desportivas e

Culturais: Existem espaços desportivoscom prática de diversas modalidades apreços mais acessíveis para os alunos.

UMA EDUCAÇÃO

acção social

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por Bruna Pereira

Uma bolsa de estudo é um apoio social directodestinado aos estudantes economicamentemais carenciados – aqueles cujos agregadosfamiliares não consigam, por si só, fazer faceaos encargos de frequência de um cursosuperior – ou portadores de deficiência e comaproveitamento escolar. As bolsas de estudo são atribuídas por anolectivo e de acordo com os critériosestabelecidos em regulamento própriodisponível na página da Direcção-Geral doEnsino Superior (DGES), emwww.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/BolsasE como saber se podes ser bolseiro? Bem…A decisão de atribuição de bolsa de estudodecorre de um processo de análise àsinformações prestadas pelo candidato noboletim de candidatura (e respectivoscomprovativos sobre o rendimento doagregado familiar e o conjunto de recursos

Para saberes tudo sobre bolsas de estudo no ensino superior públicoe privado, consulta a página da Direcção-Geral do Ensino Superior emwww.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/Bolsas

Como a Troika chega a todos – e ser estudante não fica nadabarato – o Guia do Caloiro ajuda-te a descobrir o que sãobolsas de estudo e como te podes candidatar a estes apoioseconómicos indispensáveis a muitos alunos de ensino superior.

financeiros regulares declarados no IRS,podendo ser ainda complementada por umaentrevista e, em casos que se entenda comojustificados, por uma visita domiciliária feitapor técnicos qualificados. Mas atenção! Oscandidatos que prestem falsas declarações,por inexactidão ou omissão de dados, paraalém de terem de repor as quantiaseventualmente recebidas, incorrem emsanções administrativas, disciplinares e/oucriminais.Após análise dos processos de candidatura àbolsa, tendo como base as situações socio-económicas dos agregados familiares, serãopublicados os resultados em listas de cadainstituição, distribuídas por cursos, tanto emsuportes físicos (placards) como num sítiopróprio na internet. Para mais pormenores,deverás contactar os Serviços de Acção Socialda instituição de ensino que frequentas.

Pagamento das bolsas de estudoA bolsa de estudo é paga mensalmente, portransferência bancária para a conta doestudante bolseiro, durante os meses queconstituem o ano lectivo de cada aluno emcausa, até um máximo de 10 meses (pornorma, desde Outubro a Julho) e sempre que éefectuado um pagamento, é enviada, pelaDGES, uma mensagem de aviso para todos osbolseiros que tenham indicado o número detelemóvel nos respectivos Serviços. Posto isto, como caloiro que és, sepretenderes efectuar a candidatura a bolsa deestudo pela 1ª vez, deverás dirigir-te aoestabelecimento de ensino superior quefrequentas o mais rapidamente possível.

Mas calma, porque os estudantes que entrem na2ª fase podem igualmente candidatar-se àsbolsas! FIM

bolsas de estudo

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E para complementar...A somar à bolsa base mensal dos SAS dainstituição onde estudas, podem ser atribuídoscomplementos para estudantes deslocados(aqueles que, em consequência da distânciaentre a localidade em que reside o agregadofamiliar e onde se situa a universidade,necessita de residir no local do estabelecimentode ensino) e para estudantes não deslocados(com necessidade de deslocação em transportepúblico da residência para o estabelecimento deensino, por exemplo).Nota importante: Se és estudante deslocado,deverás solicitar alojamento nas residênciasuniversitárias. Se fores bolseiro, usufruirás,assim, de um complemento à bolsa basemensal, para pagamento do alojamento.

Por mérito próprio!Além das bolsas de apoio financeiro, atribuídasa alunos carenciados, existem as chamadasbolsas de mérito, onde estabelecimentos deensino público e privado premeiam os seusmelhores alunos e os recompensam pelas boasnotas. Fora das universidades e politécnicos,existem também instituições, empresas eoutros organismos que têm todo o gosto emdar bolsas aos melhores alunos do nosso país.

“Os candidatos que prestemfalsas declarações, por inexactidãoou omissão de dados, para além de terem derepor as quantias eventualmente recebidas,incorrem em sançõesadministrativas, disciplinarese/ou criminais.”

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ESTUDOS COM CRÉDITO

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Quem entra na Universidade depara-se com muitas despesas. Propinas, alojamento,materiais... Procurar financiamento pode ser uma tarefa necessária para prosseguiresos teus estudos sem sobressaltos. Existem várias linhas de crédito para quem pretendefinanciar os estudos superiores através de empréstimos.

financiamento

currículo. Nos dias que correm e com adificuldade que existe para arranjar emprego,um curso facilita a entrada no mercado detrabalho e aumenta as probabilidades deprogressão na carreira!A boa notícia é que o alto valor dasmensalidades dos cursos particulares já não éum objectivo inalcançável para quem queratingir o tão sonhado diploma. Para tornar oensino superior acessível ao um número cadavez maior de estudantes, foram desenvolvidosvários sistemas de financiamento por parte dosBancos. Cada um deles possui características

particulares. Por isso, é importante conheceras modalidades disponíveis para escolher amais adequada à tua realidade.

Como fazer?Informares-te bem é o primeiro passo rumo aum pedido de financiamento. Tira aqui todas asdúvidas e confere o que fazer para conseguir obenefício:Que modalidades existem?Existem diversos tipos de crédito oferecidospelas principais instituições financeiras. Fazuma pesquisa cuidadosa para descobrir qual éo mais adequado ao teu perfil. Lembra-te quealguns programas de financiamento aplicamjuros e correcção monetárias, o que altera ovalor a ser restituído após o curso. Fica atentoaos pré-requisitos para escolher asmodalidades que melhor se adequam à tuasituação.Crédito com garantiaA linha de crédito do Estado Português permiteque os empréstimos aos estudantes sejampagos 10 anos após a conclusão do curso. Ofundo de garantia mútua possibilita aosestudantes do ensino superior (público eprivado) beneficiarem de empréstimos a custoreduzido, sem fiador, de forma a financiarem a

sua formação superior. De acordo com o siteda Direcção-geral do Ensino Superior, osempréstimos são concedidos semnecessidade de recorrer a avales egarantias patrimoniais, e os alunosbeneficiam de uma taxa de juromínima, com um spread reduzido.Esta taxa poderá ser reduzida para osalunos com melhor aproveitamentoescolar. Os empréstimos sãoreembolsáveis entre 6 e 10 anos apos aconclusão do curso, com pelo menos umano adicional de carência de capital. Omontante poderá variar entre 1.000 e5.000 euros por ano de curso, com ummáximo de 25.000 euros (em cursos de 5

anos). FIM

Para mais informação, consulta o site daDirecção-geral do Ensino Superior:www.dges.mctes.pt

Decidir o que fazer na vida, escolher umaprofissão, inscrever-se numa faculdade,estudar para as provas, e quando tudo pareceresolvido, e a matricula está feita, surge omaior problema: O valor das mensalidades. Um curso superior pode custar cerca de 900euros por ano, no ensino público. Já para nãofalar das privadas, onde a média mensal daspropinas pode ultrapassar os 5 mil euros. Eagora?

Investimento a prazoPara muitos estudantes, este valor édemasiado difícil de suportar. No entanto, umcurso superior é uma grande mais valia no teu

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Vais estudar para longe de casa? Se não tenscasa de família para te receber (Tia, Avó, etc...)na localidade onde irás passar os próximos anos,então tens três opções: alugar um quarto, umacasa ou ir para uma residência universitária. Aprimeira, além de mais cara é, obviamente, maissolitária. Na segunda, sempre podes repartir acasa com colegas, repartindo igualmente asdespesas. Numa residência estás sempreacompanhado, o que não só facilita a adaptaçãoa esta nova fase, como é mais divertido.

O espírito da ResidênciaSe vais viver para uma residência universitária,prepara-te para seres praxado pelos outrosresidentes, pois esta é a forma mais rápida dete ambientarem e incutirem “o espírito dacasa”. Os primeiros dias podem ser difíceis,poderás sentir-te mais só e ligeiramentedesorientado. Sair de casa representa sempre,em qualquer idade, uma mudança grande,agravada por novas responsabilidades e pelaadaptação a novas pessoas, com diferentesusos e costumes.No final das contas, os aspectos positivos sãosempre maiores do que as dificuldades, e estaacaba por ser uma experiência única na tuavida. Para além de ser mais fácil estudar emgrupo do que sozinho, é essencial estaremtodos no mesmo barco.

LAR, DOCE NOVO LAR

Raquel Fonseca, 29anos, antiga aluna daFaculdade de Economiada Universidade Novade Lisboa, viveu naResidência Alfredo deSousa.

O que te levou a optar por umaresidência universitária? O facto de ter um irmão maisvelho que viveu 5 anos numaresidência. Os relatos que elefazia do seu dia-a-dia naresidência sempre me fascinarame quando entrei na Faculdade,candidatei-me a uma vaga naresidência e tive a sorte de sercontemplada, já que oscandidatos eram muitosuperiores às vagas.O que foi para ti mais relevantenessa experiência?Foi conhecer pessoas diferentes,de sítios diferentes, com culturase mesmo religiões diferentes.Senti que no primeiro ano cresciimenso como pessoa, só pelocontacto com toda essadiversidade.E o que é que gostaste menos? Bem, cozinhar era um poucocomplicado, principalmentequando todas queríamos cozinharao mesmo tempo. Eu não gostomuito de cozinhar e detestoconfusões, por isso muitas vezesjantava tardíssimo só para poderestar sozinha na cozinha.O que podes dizer aos caloirosque estão a ler este Guia e quepensam ir para uma residência? Que não se irão arrepender. Vãode certeza conhecer pessoas quenunca esquecerão, vãoenriquecer imenso como sereshumanos e ficarão com amigaspara a vida, com experiênciascomuns para recordar ao longodos anos.

Fada do LarViver longe de casa tem enormes vantagens.Acabaram-se os horários e já não tens queprestar contas da tua vida a ninguém.Paralelamente, aumenta a responsabilidade,para além de passares a dividir o teu tempocom tarefas que até aqui não tinhas pensado:as lides domésticas. Por isso, como verás,nem tudo é um mar de rosas. Se nãoaprenderes a dividir o tempo entre lazer eestudo, estás frito!

Como procurar alojamento› Procura os anúncios colocados no bar daFaculdade, na Associação de Estudantes, noscafés e lojas perto da Faculdade

› Fala com pessoas que tenham mudado paraa cidade onde vais viver e que tenhamcontactos úteis

› Procura também nas delegações do InstitutoPortuguês da Juventude.

› Procura na Internet e classificados de jornais› Se estás à procura de uma residênciauniversitária, informa-te nos Serviços deAcção Social da tua Faculdade (algumasestão apenas abertas a estudantesbolseiros).

› As residências podem ser masculinas,femininas ou mistas e têm número limitado devagas. Por isso, informa-te com tempo. FIM

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Sabedoria às tricas!

Sabias que….O valor calórico da alface é praticamente nulo eque é um dos vegetais mais ricos em água?Além disso é um óptimo alimento paracombater as insónias se ingerido ao jantar.

Apesar do seu teor em colesterol, a gema deovo é riquíssima em ferro e colina, com papelimportante na memória e vivacidade cerebral? Aclara do ovo contém ainda lecitina, substânciaque ajuda a reduzir o colesterol.

Famosa por ter protegido os marinheiros doescorbuto, a laranja é um dos frutos mais ricosem vitamina C? Se for espremida em sumo,bebe-o logo após a preparação, para que não seperca grande parte desta vitamina.

Rica em ómega-3, a sardinha é uma heroína docoração. Os ómega-3 são essenciais à formaçãoda retina, cérebro e ainda ajudam narecuperação de inflamações da pele.

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por Bruna Pereira

Sem querer transformar este Guia num livro deculinária ou manual prático de compras desupermercado, deixamos-te, no entanto,algumas dicas, para que atravesses a tua vidaacadémica de forma saudável mas económica. Logo a começar não te esqueças de que devessempre fazer três refeições diáriasobrigatórias: pequeno-almoço, almoço e jantar.Estas deverão ser compostas por alimentosvariados, já que cada um é composto porsubstâncias que fazem falta ao nossoorganismo todos os dias. Uma alimentação sócom carne, ou por outro lado, só à base defrutas e legumes, não dá ao corpo humanotodas as substâncias de que ele necessita.Assim, alimentos como o arroz, o feijão, asfarinhas, o pão e o leite deverão ser a base dastuas refeições. Não te esqueças, ainda assim,das hortaliças e das frutas! Elas fornecem aoorganismo vitaminas, minerais e fibras. Nãoabuses das carnes vermelhas e do sal - muitagente acha que para uma boa alimentação épreciso comer carne todos os dias, pois elassão fontes de proteínas, vitaminas e minerais,mas essas substâncias existem também nosovos, queijos, soja e carnes magras, sabias?Quanto ao sal, este fornece sódio e cloro aoorganismo, mas a maioria dos alimentoscontém essas substâncias.Lembra-te, também, que é importante bebermuita água. A água ajuda na digestão, nofuncionamento dos rins e dos intestinos e

regula a temperatura do corpo. Com isto tudoem mente, faz das tuas refeições um encontroagradável. Relaxa um pouco da correria do dia-a dia e escolhe ambientes calmos para almoçare jantar – de preferência com companhiaagradável, ao lado de pessoas com as quais tesintas bem.

- Malta, vou fazer o jantar!Pois é. A vida de estudante está a dar cabo deti: entre as aulas, trabalhos e saídas à noite, otempo para cozinhar pode já ser muito pouco(e a vontade nenhuma). Como tal, sabemosque vais querer preparar refeições simples,rápidas e com a menor quantidade deingredientes possível, por isso resolvemosajudar-te. Toma nota desta lista e “saca” danet, a maneira de confecionar: sopa juliana,sandes de ovo, salada de arroz, salada defrango, bifinhos com cogumelos, esparguete àbolonhesa, ovos mexidos com salsicha, saladarussa com rissóis e bifes com batatas fritas.Depois, quando te sentires preparado, podesdar o passo seguinte e fazer como o QuimBarreiros, que é um mestre da culinária e dizque vai comprar uma panela de pressão. Faz omesmo, pede como prenda, ou faz umavaquinha com os colegas de residência earranja um utensílio desses. Depois de algumapesquisa, vais ver que existe uma quantidadeabsurda de receitas que podes fazer na panelade pressão, com um mínimo de trabalho e quete vão fazer parecer um verdadeiro JamieOliver!

Entre cantinas e baresOs Serviços de Ação Social (SAS) dasUniversidades e Politécnicos englobam váriasestruturas no domínio da alimentação,nomeadamente as cantinas e os bares. O horáriode funcionamento das cantinas, durante o almoço,ronda entre as 12:00h e as 14:30h. Já nos locaisabertos à hora de jantar podes aparecer entre as18:30h e as 20:30h. Mas claro, informa-te juntoda tua instituição de ensino para saberes as horasexactas! A oferta gustativa universitária é variada:existe um prato normal (ou mais), o de dieta e,com sorte, um extra. Nalguns espaços começa aser habitual encontrares refeições vegetarianas. Omais importante é que para os alunos dauniversidade o preço por refeição é bastanteacessível – pouco mais de 2€.O serviço de bar tem horários mais flexíveis, masa abertura costuma ser por volta dos8:00h/8:30h da manhã. Há ainda outros espaços,geralmente geridos pelas Associações deestudantes, que servem, inclusivamente, refeiçõesà hora de jantar.

‘Bora comer fora?Para os estudantes mais desnaturados eamigos da fast-food, existem os já conhecidoscentros comerciais, as tradicionais tasquinhasde rua e os snack-bares e pastelarias com ospratos do dia, que não costumam ultrapassaros 5€ já com bebida incluída. Mas mesmosdentro destes, podes encontrar alternativassaudáveis, evitando os fritos e gorduras emexcesso. FIM

CHEF CALOIROSe és um “nabo” na cozinha, está na hora de começares a aprender qualquer coisa. Se lána rua já te tratam por Chef, então mostra do que és capaz, pois agora que estás longe damamã, alguém precisa de tratar da paparoca.

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Vida duplaGanhar algum dinheiro para as despesas,ganhar sentido de responsabilidade, aprender agerir o tempo, fazer contactos na área ondegostarias de trabalhar, introduzires-te nomercado de trabalho ou usufruir das regaliasconcedidas aos trabalhadores-estudantes, sãoalgumas das vantagens de trabalhar e estudar.Acontece que muitos alunos começam atrabalhar e acabam por se entregarcompletamente à profissão, deixando o cursopara segundo plano ou mesmo abandonando-o!É previsível que comeces a faltar às aulas, te

TRABALHOQuem opta por ser trabalhador estudante, temum enorme desafio pela frente! Conseguirresponder às exigências da empresaempregadora sem descurar os estudos, não étarefa fácil. No entanto, apesar de muito exigente,permite ganhar uma nova perspectiva sobre avida e o futuro. Mas, mesmo sendo essaexperiência muito valorizada pelos futurosrecrutadores, convém não esquecer que osestudos são igualmente importantes, e nomomento da escolha de um candidato a emprego,fará a diferença!

Sites de empregocargadetrabalhos.netcentral-emprego.comclickemprego.comconstrulink.comeliteinternationalcareers.comemprego.comunidades.netemprego.sapo.ptempregoinfo.comempregopt.comempregos.orgempregos.ptempregosonline.pteusei.comnetemprego.gov.ptnet-empregos.comofertas-emprego.comportalemprego.eu/ptportugalemprego.comrayhumancapital.comstepstone.pt

A DOBRAR

Mantém trabalho e estudoseparados: Não penses emtrabalho durante as aulas evice-versa, concentra-te no queestás a fazer em cada momento.

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TRABALHADOR SIM,MAS COM ESTATUTO!O estatuto do trabalhador/estudante foicriado com o objectivo de facilitar aqueles queoptem por esta vida “dupla”. Tens aqui emsíntese, algumas questões respondidas. Sequiseres saber mais, podes encontrar oestatuto na íntegra em univ.forum.pt

Quem é considerado trabalhador/estudante?É considerado trabalhador/estudante aqueleque frequenta qualquer nível de ensino,incluindo o ensino pós-graduado, mastambém cursos de formação profissional ouprogramas de ocupação temporária de jovenscom duração igual ou superior a seis meses.

Como posso beneficiar do estatuto detrabalhador/estudante?Para beneficiar deste estatuto, devescomprovar a tua condição de estudanteperante a entidade empregadora,apresentando o comprovativo de matrícula ehorário escolar.

O estatuto de trabalhador/estudante estádependente de aproveitamento escolar?A manutenção do estatuto está depende deaproveitamento escolar. É consideradoaproveitamento escolar o transito de ano ouaprovação em, pelo menos, metade dasunidades curriculares em que otrabalhador/estudante esteja matriculado, ouainda, no ensino recorrente por unidadescapitalizáveis, a capitalização de unidades emnúmero igual ou superior ao dobro dasdisciplinas em matrícula com um mínimo deuma unidade por disciplina. Existemexcepções em caso de licença dematernidade ou parental não inferior a ummês, doença profissional ou acidente detrabalho. Os direitos relativos a horário detrabalho, férias e licenças sem retribuiçãocessam se não tiveres aproveitamento no anoem que beneficies desse direito. Os restantesdireitos cessam se não tiveresaproveitamento em dois anos consecutivos outrês interpolados.

Quais são os meus direitos e deveres quanto àcompatibilidade de horários?Deves escolher, entre as possibilidadesexistentes, o horário mais compatível com ohorário de trabalho, sob pena de nãobeneficiares dos inerentes direitos. Aempresa deve elaborar um horário detrabalhador/estudante ajustado à frequênciadas aulas e respectiva deslocação para o

estabelecimento de ensino. Se tal não forpossível, o trabalhador/estudante tem direitoa dispensa de trabalho até seis horassemanais, sem perda de direitos, contandocomo prestação efectiva de trabalho, seassim exigir o horário escolar.

E se a minha dispensa semanal forincompatível com o funcionamento da minhaempresa?Caso a tua pretensão quanto à dispensa detrabalho for, manifesta e comprovadamente,comprometedora do funcionamento daempresa, devem fixar-se por acordo entre oempregador, o trabalhador interessado e acomissão de trabalhadores ou equivalente, ascondições em que é decidida a pretensão. Nafalta de acordo, o empregador pode decidirfundamentadamente, informando otrabalhador por escrito .

A minha empresa pode-me exigir trabalhosuplementar?A empresa não pode exigir aos trabalhadores/estudantes qualquer tipo de trabalhosuplementar, excepto por motivo de forçamaior, nem trabalho em regime deadaptabilidade, sempre que o mesmo coincidacom o horário escolar ou prova de avaliação.Contudo, se realizares trabalho suplementar,tens direito ao mesmo número de horas dedescanso, assim como se prestares serviçoem regime de adaptabilidade, tens direito aum dia por mês de dispensa, sem perda dedireitos, contando como prestação efectiva detrabalho.

Posso faltar ao serviço quando tiver provas deavaliação?Podes faltar justificadamente para prestarprovas de avaliação, no dia da prova e noimediatamente anterior. Se tiveres provas emdias consecutivos ou mais de uma prova nomesmo dia, os dias imediatamente anterioressão tantos quantas as provas a prestar. Nosdias anteriores às provas incluem-seSábados, Domingos e feriados. O númeromáximo de dias de ausência por disciplina, équatro.

Posso solicitar uma licença sem retribuição?Podes. Com 48 horas de antecedência, casopeças um dia de licença; 8 dias, se pediresentre 2 e 5 dias ou 15 dias, se pedires maisde 5 dias de licença.Fonte: Código do Trabalho.

sintas demasiado cansado e percas o interessepelas matérias, sobretudo quando existemperspectivas de evolução na carreira. Estarconcentrado e inteiro em dois sítios, não éfácil. No entanto, a maior parte das universidadesfacilita esta questão, de uma forma clara eevidente, através do estatuto de trabalhador-estudante, que permite aos alunos irem àsegunda época de exames. Para além disso,existem disciplinas em que os trabalhospráticos têm uma vertente para trabalhadores-estudantes, o que permite realizar apenasparte do trabalho.

Como conciliaro trabalho e o estudo:Organização: tenta manter a agenda actualizadacom as datas para entrega dos trabalhos, semdeixar tudo para a última da hora. Faz umplaneamento das disciplinas que te irão ocuparmais tempo. Flexibilidade: embora as aulas sejam fixas e osprazos dos trabalhos também, é importanteestar preparado para se adaptar casoapareçam outras coisas importantes. Comotrabalhador-estudante, prepara-te para encararnovas tarefas, imprevistos e crises detrabalhos repentinos, os quais terás queresponder de forma imediata.Informa os teus colegas de trabalho eprofessores acerca do teu horário: deves terem conta que nem todas as pessoas do teutrabalho compreendem que és estudante e nemtodos na tua faculdade entenderão quetrabalhas. Mas, mesmo assim, convém quedeixes todos informados!Controla o stress: o stress é um factorinevitável na vida de um estudante trabalhador,deverás aprender a “prevenir” o stress, masacima de tudo, aprender a superá-lo. Para issoé importante:› Teres tempos de descanso,› Fazer desporto. Quanto mais exercíciofizeres, mais fácil será lidar com os estudos eo trabalho.

› Aproveita bem os tempos de lazer. Cinema,livros, jantar fora, ir a concertos. É essencialter tempo para te sentires vivo.

Sê realista: provavelmente não haverá tempopara tudo, por isso deves identificar as tuasprioridades, sem sentimentos de culpa por não

chegar a todo o lado! Tenta ser positivo e terpresente que és um privilegiado por estar atrabalhar e a estudar a mesmo tempo. Existemmuitas pessoas sem nenhuma destasoportunidades!Lembra-te das razões de tal escolha: estudar etrabalhar ao mesmo tempo implica ultrapassaruma serie de dificuldade que a maior parte daspessoas teria medo. Mais tarde, quando for omomento de seres avaliado por um recrutador,verás como valeu a pena! FIM

Mantém vivas as tuas relações:Arranja tempo para os amigos. Tentamanter o contacto, nem que seja por e-mail ou via facebook!

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Surgiram em Coimbra as primeiras grandestradições ligadas às praxes do caloiro, tendocontagiado, com mais ou menos fervor, amaioria das universidades portuguesas.A nomeação dos costumes académicos começapor ser referida como “investidas”, termoutilizado a partir do início do sec.XVIII e queincluía desde a tourada, a picaria, os insultos, atroça, actos que podiam ir dos mais violentosaos mais pacíficos e que chegaram a serproibidas por D. João V., sem muito sucesso,já que permaneceram, embora sob formasmenos violentas, durante mais de dois séculose meio.O século XIX veio alterar a realidade do mundodas praxes, imprimindo um tom menos violentoao que se praticava. O termo “investida” foicaindo em desuso, dando lugar, em 1863, àpalavra praxe, conotada, numa primeira fase,com comportamentos que iam desde cortar oscabelos, pintar o rosto, rasgar a roupa, eoutras acções ofensivas. A partir do final desse

À PRAXE!Embora continue a ser um temapolémico, a verdade é que aspraxes académicas são, naopinião da grande maioria de ex-caloiros, um instrumentoimportante no acolhimento dosestudantes. Em todas deve existirrespeito pela integridade física docaloiro e todas têm regras a sercumpridas. Boa praxe!

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século, o uso da palavra “praxe” alarga-se,substituindo termos como “troça”, “investida”etc, passando a ter um sentido mais lato, quecongrega as actividades dos estudantesuniversitários.

A praxe do séc XXIRefira-se que a praxe académica acaba por serum dos momentos de maior expectativa paraos alunos que acabam ingressar nesteadmirável mundo novo. Em boa verdade, apraxe é um dos momentos mais importantesna vida dos caloiros, pois marca o início de umnovo ciclo na sua vida. Apesar de algumapolémica em torno deste assunto, as praxesservem de integração para esta nova fase, poisé este o momento em que se conhecem novoscolegas, a faculdade onde se vão passar algunsanos e, nalguns casos, a cidade onde se vaimorar.Na opinião de alunos veteranos, a praxe é umaforma de integrar alunos que, muitas vezes,não só vêm de escolas diferentes como dediferentes zonas do país. Para muitos, aUniversidade assumirá um papel quase familiare, nesse sentido, é importante que todos sesintam em pé de igualdade perante os outroscaloiros ao entrarem na Universidade, como éigualmente importante que se perceba que háuma hierarquia. O respeito dos novos alunos

padrinho, apadrinhar caloiros, usar pasta comfitas…

Atitude a terCaso decidas não repudiar as praxes, o ideal éteres uma atitude aberta, divertida e cooperante.Aproveita para conheceres pessoas e entraresno espírito. Na verdade, nada de mal te iráacontecer. Poderás ter que andar de carapintada pela cidade, trocarem-te de roupa,obrigarem-te a fazer provas de resistência,cantar, declarar e por aí fora. No fundo, nada quenão sejas capaz! Se queres ter a atitude certa eaproveitares este tempo para te divertires, omelhor é pensar que todos os alunos passam poristo e, como tal, não és, nem serás a excepção.E se todos navegam no mesmo barco, ninguémdeverá sentir-se humilhado!

Movimentos anti-praxeO Antípodas e o M.A.T.A. (movimento antitradição académica), são dois dos movimentosque visam o fim da praxe académica, e a suasubstituição por uma recepção não hierárquica,baseada em relações de camaradagem de igualpara igual e que encoraje a criatividade e oespírito crítico, como forma de integração dosnovos alunos.Podes saber mais em: antipodas.web.pt ousitiodomata.jimdo.com

pelos alunos mais velhos deve ser demonstradona praxe. E vice-versa. Os alunos que evitarema semana das praxes ou recepção ao caloiro,não se integram tão bem no espírito dauniversidade. É preciso não esquecer que esta é uma dasalturas em que se fazem amigos para sempre.Na praxe e no começo do ano conhecem-semuitas pessoas interessantes. Um amigo ouuma amiga que nos acompanhe desde o nossogrupo de praxe até ao final do curso é algo deinesquecível. Mas continuam a existir abusos e nessescasos, são os próprios responsáveis dosgrupos e comissões de praxe que aconselhamos caloiros a, quando confrontados com certosexageros, denunciar a má conduta ao Tribunalde Praxe existente na sua instituição de EnsinoSuperior, ou órgão semelhante. A praxe não éobrigatória. Não pode ser, aliás. Qualquercaloiro pode declarar-se anti-praxe, abdicandode todos os deveres e todos os direitos depraxar e ser praxado. Nos casos em que oaluno escolher ficar isento da praxe, não serápraxado durante a sua vivência de caloiro,embora fique privado de uma série de coisasque não poderá fazer durante o curso, taiscomo: praxar caloiros, usar traje académico,participar em actividades académicas(baptismo e desfile do caloiro), ter um

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QUERES SERO CRIATIVO DE UMAGRANDE MARCA?O ACP – Automóvel Clube de Portugal, está a promover umconcurso criativo para reformulação da identidade do ACPmoove, um produto deste clube, para os associados maisjovens. Se és da área de design, comunicação ou marketing,tens aqui uma bela oportunidade para, até 4 de Novembro,concorreres e habilitares-te a uma mão cheia de prémios.

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O ACP foi fundado em 1903 e é actualmentereconhecido como o maior clube portuguêscom 250 mil sócios.Apesar de, na sua origem, o ACP ter sido umclube exclusivamente virado para o automóvel,a oferta de serviços é, hoje em dia, muito maisabrangente. Sem nunca ter perdido a suavocação original, disponibiliza agora tambémmuitos outros serviços que visam apoiar osseus sócios no dia-a-dia.Actualmente, em Portugal continental e ilhastem 27 delegações e para além da vasta gamade serviços disponibilizados, o ACP conta aindacom o apoio de 5000 parceiros, que oferecemao sócio diversos benefícios / descontos.Dado a quantidade de serviços e parcerias, oACP tem sentido necessidade de dividir a suaoferta de acordo com as necessidades de cadasócio, existindo actualmente as seguintescategorias de sócios com diferentes quotas evantagens: Platina, Ouro, Bronze, Prata,Cônjuge, Jovem, Júnior e Estrangeiro.Apesar da diversidade de produtos e serviçosao dispor do sócio, verificou-se uma baixaafinidade emocional da marca ACP com otarget mais jovem.De forma a resolver este problema, o ACPlançou uma campanha designada por ACPmoove, para jovens dos 18 aos 25 anos, osquais, mediante o pagamento de uma quota

anual de sócio 39€, passarão a ter acesso aum elevado conjunto de vantagens, incluindouma Assistência em viagem anual gratuita,desconto entre os 6 e 9 cêntimos por litro naBP e que poderão ser acumuláveis compromoções praticadas naqueles postos,descontos na rede de mais de 5.000parceiros, 15 dias gratuitos no Holmes Place +1 vale de 7 dias para oferecer a um amigo(a),descontos em Universidades, preços especiaisna compra de veículos no serviço ACP Usados,condições especiais de seguros e muito mais.Com a confirmação na melhoria da relação dosjovens com ACP, surge a necessidade de irmais além na inovação, procurando melhorar acomunicação e a identificação dos jovens com amarca.

ObjectivosÉ neste sentido que o ACP lançou esteconcurso de identidade, que pretende, por umlado, consolidar a marca ACP junto do targetjovem e por outro, estimular e reconhecer otalento, inovação e criatividade dos jovensUniversitários que se encontrem nas áreas deDesign, Comunicação e Marketing, pelo queapenas poderão participar no mesmo jovensque se encontrem a frequentar cursos delicenciatura nas referidas áreas.Este concurso tem como objectivo a criação deuma nova identidade para a campanha ACPmoove, entre a qual se inclui a criação de umanova imagem, nome e logótipo, tendo em contaas características daquela campanha, mastambém a história e identidade do ACP que éuma instituição de utilidade pública sem finslucrativos, com mais de 100 anos deexistência.

A nova identidade deve obrigatoriamente incluira marca”ACP” como elemento verbal no inícioda marca proposta, isto é, pretende-se umamarca composta que inclua “ACP”. Esta novaidentidade deverá ainda transmitir os valoresda marca ACP, proximidade, inovação,credibilidade e solução, bem como reflectir olado jovem, moderno e actual do ACP. Ologótipo e novo nome devem ser de fácil leiturae compreensão, claros e marcantes.Todas as propostas,devem ser apresentadasem suporte digital e em formato “PDF”, mastambém em suporte de papel, impresso acores.Todos os interessados em participar noconcurso devem solicitar a sua inscrição e oenvio da documentação de suporte para acriação da proposta, disponibilizada para esseefeito pelo ACP, no máximo até ao dia 28 deOutubro de 2011, por email dirigido para oendereço electrónico acpmoove@acp.pt, com aindicação de nome completo, idade, contactos(mail e tlf.), universidade e curso quefrequenta.

PrémiosO autor da proposta vencedora será o felizcontemplado com, 1 tablet, 1 ano de anuidadeACP e divulgação do resultado em diversosmeios de comunicação.Os resultados serão divulgados até 18 deNovembro através do site do ACPPodes obter mais informação, bem comoacesso ao regulamento do concurso emwww.acp.pt ou através do mailacpmoove@acp.pt

Boas ideias e boa sorte! FIM

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provençal ‘thune’, nome dado aos albergues paramendigos no sul de França. Esses estudantessobreviveriam, portanto, à custa da sopa dospobres distribuída gratuitamente nessesalbergues, oferecendo em troca os seusatributos musicais. Segundo outros, a palavraderivaria do espanhol ‘atún’ (que significa atum),dada a semelhança que existia entre o caráctermigratório daqueles peixes e o carácterambulatório dos tunos. “Tunos” seriam ainda ostrabalhadores sazonais que se deslocavam parao sul de Espanha para aproveitarem o trabalhoproporcionado pela faina do atum no

Mediterrâneo. Estes trabalhadores sazonaisteriam inspirado os estudantes a uma vidaigualmente errante. Outras teorias procuramtambém situar a origem da palavra no latim“tonare”, que significa soar.

Quando surgiram as tunas em Portugal?As tunas chegaram a Portugal na segundametade do século XIX. Conta-se que um grupode estudantes de Coimbra se deslocou, um dia, aEspanha e, observando o sucesso que as tunasespanholas por lá faziam importou a ideia paraterras lusas. Mesmo assim, não se conseguiuainda definir qual a tuna mais antiga do país.Sabe-se que a visita da Tuna de Santiago deCompostela, em 1888 e, depois a de Salamancaà Universidade de Coimbra (vindo-se a formar,logo após a Tuna Académica de

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O CANTAR DO ESTUDANTESão grupos musicais compostos exclusivamente por alunos ou ex-alunos do ensino superior.Trajam a rigor, segundo os padrões da instituição onde estudam, e empregam os seus dotesvocais e musicais num repertório que descreve a vida boémia estudantil, celebra o amor e dá azoa trocadilhos humorístico e brejeiros… Mantendo sempre as afinidades temáticas com o fado.Vamos saber mais sobre estes trovadores da modernidade que compõem as tradicionais tunas.

“Capas Negras”

O encanto da vidaacadémica de CoimbraÉ um filme português, realizado porArmando de Miranda em 1947. Temargumento de Alberto Barbosa e JoséGalhardo e entre os principais actoresestá Amália Rodrigues. O filme bateutodos os recordes de exibição até então,tornando-se no maior sucesso do cinemaportuguês. O filme debruça-se sobre avida dos estudantes universitários emCoimbra e é igualmente um filmeobrigatório para todo o amante dastradições académicas.

por Bruna Pereira

“Quero ficar sempre estudante p’ra eternizar ailusão de um instante. E sendo assim, o meu sonhode amor será sempre rezado, baixinho dentro demim”. Este é o refrão de “Amores de estudante”,um dos temas mais ouvidos (e chorados) pelosque já foram caloiros um dia e tiveram de passarpela queima das fitas, deixando lugar aos maisnovos, como tu. Para aproveitares da melhorforma o teu tempo de vida como estudanteuniversitário – começando desde o primeiro ano– o Guia do Caloiro conta-te alguma históriasobre as tunas, um fenómeno de grande escaladentro das academias, cuja motivação é semprea de alegrar e viver com divertimento o espíritode juventude.

A palavra ‘tuna’ vem de onde?Esta é uma resposta bastante difícil. Algunsdefendem que a origem seria o vocábulo

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Coimbra/Estudantina Universitária de Coimbra), bemcomo ao Porto e Lisboa, marcam os primeirospassos da institucionalização da tuna. Mais oumenos na mesma altura, formou-se a TunaAcadémica do Porto (que passou a designar-se TunaUniversitária do Porto a partir de 1937-38). Nasequência destas, outras se formam no nível liceal(o actual ensino secundário), das quais subsiste, porexemplo, a Tuna Académica do Liceu de Évora.

O que cantam afinal as tunas?O repertório musical das tunas é extremamentevariado. Este começa nas adaptações de temas deautor, passa pela música erudita, vai buscarsonoridades medievais e até composiçõesoriginais cuja temática incide essencialmente navida boémia estudantil e na celebração do amor.As afinidades temáticas com o fado são a imagemde marca, mesmo assim, há sempre espaço paraletras e melodias de cariz mais humorístico e

brejeiro. Por tradição, os tunantes trazemusualmente vestido o traje académico dainstituição que representam. Há certos casos emque são criados trajes específicos para o efeito,mas sempre inspirados, quer em trajes estudantisde séculos passados, quer com adaptações deelementos etnográficos da região a que pertence.

Quais são os principaisinstrumentos utilizados?O ‘arsenal’ de instrumentos necessários para fazerecoar as músicas das tunas é muito variado,incluindo, na maioria das vezes guitarra clássica,cavaquinho, bandolim, baixo acústico ou contrabaixo,pandeireta, acordeão, bombo, flauta, violino e viola.

Como posso entrar numa tuna?Antes de mais, convém saberes que existem tunasmasculinas, femininas e mistas. Depois deverificares qual ou quais existem na tuauniversidade, poderás candidatar-se à tunaacadémica – desde que estejas devidamenteinscrito num dos cursos leccionados nessa mesmaacademia. Geralmente, os candidatos sãoconvidados a apresentarem-se na sala da tuna nosdias de ensaio, onde poderão ser “testados” a nívelde voz e aconselhados quanto ao instrumento quepoderão tocar (tendo em conta as possibilidadesdo aluno e as necessidades da tuna, claro). Seachas que sabes cantar, contacta já algummembro da tuna da tua universidade ou politécnicoe boas cantigas! FIM

“A canção de Lisboa”

O filme do Vasquinho tunanteCom sorte apenas algum dos teus avós era já nascido, aquando doano de 1933, data em que Telmo realizou “A canção de Lisboa”, oprimeiro filme sonoro português que tem como vedetas principaisBeatriz Costa, Vasco Santana e António Silva. O motivo pelo qualestás a ler sobre este filme no teu Guia do Caloiro deve-seprecisamente a Vasco Leitão (interpretado por Vasco Santana) - oestudante boémio e cábula da Faculdade de Medicina de Lisboa,perdido de amores por Alice, tendo sido imortalizado pelo famoso“Fado do Estudante”, cena filmada na esplanada do último piso daCervejaria Portugália, na Avenida Almirante Reis em Lisboa. Tenta descobrir esta pérola do cinema português e vê como é que oVasquinho passou no exame de Medicina com 20 valores, tornando-se então médico a sério e fadista…. Acredita – vais rir-te.

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DE CAPA E BATINA!

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O traje académico surgiu em Coimbra como forma de distinguir osacadémicos na sociedade. Apesar da falta de uniformização entre as váriasfaculdades, os estudantes eram obrigados a usar um traje académico.

As origens do traje académico masculinoremontam ao século XVI, embora o actualmodelo provenha das vestes burguesas definais do século XIX e inícios do XX, quandoestas substituíram o traje talar. O trajefeminino surgiu na Universidade do Porto em1937.

Traje com históriaO actual traje tem origem no séc. XIX comimplementação das calças compridas, camisa,gravata e botins pretos (calção, meias, sapatode fivela e cabeção apenas se mantêm noscerimoniais de Doutoramento e Actos deBacharel). De notar que, antigamente emCoimbra, a obrigatoriedade de uso do traje erapermanente, nas aulas ou fora delas, dentro doterritório académico da cidade de Coimbra.No início do sec. XIX, aparece a defesa do trajeacadémico como factor de igualização dosestudantes. Estando um estudante trajado nãoé possível fazer distinção entre uns e outros.Todos são considerados iguais. O trajeacadémico nos dias de hoje, também apelidadode “capa e batina”, é composto por uma batina,que foi reduzida a uma casaca (copiada dasvestes burguesas), colete, gravata preta,camisa branca, calças simples, sapatossimples, e por uma capa, que deverá tocar nochão, quando colocada sobre os ombros, semdobras. Esta é a indumentária reservada aoshomens, que também podem usar um gorrosimples, sem borla. As senhoras, em vez dabatina, usam um casaco pela cinta, mas nãocintado, uma camisa branca, uma saia travadae abaixo do joelho, meias compridas, pretas enão opacas, sapatos simples, e uma capa igualà dos homens.

Diferentes entre iguaisComo vimos, a capa e a batina assumiram-secomo “uniforme” para diferenciar os estudantesdas outras classes sociais, para identificar umaclasse à parte (vincadamente diferenciada dosartesãos, juristas, comerciantes, médicos,etc). O traje académico começou por ser umaforma de estabelecer a identidade dosestudantes, para que não se confundisse comnenhuma outra classe ou profissão.Apesar da “capa e batina” ser o trajeacadémico por excelência, algumas faculdades

optaram por ter um traje próprio. Dentro decada universidade, existem composiçõespróprias do traje, ocasiões em que pode serenvergado, e significados próprios e distintos.Aqui ficam alguns exemplos. Na Universidade do Minho o traje adoptou umchapéu chamado Tricórnio e as recomendaçõesa respeito do seu uso são bastante rigorosas.Recomenda-se o seu uso em determinadascircunstâncias, tais como datas festivas,cerimónias ligadas à Universidade, Semana daRecepção ao Caloiro, quando se pretendepraxar e no enterro da gata.O caloiro deve trajar com algumascondicionantes: quando um caloiro trajadopassa por qualquer estudante Frei ou superiordeverá tirar o tricórnio e cumprimentar oReverendíssimo Doutor.A Universidade de Évora só permite o uso dotraje a partir do dia 1 de Novembro, no ano dasegunda inscrição. Ou seja, Évora não permiteque os “Bichos” e “Caloiros” usem o traje. As raparigas quando se trajam não podemestar maquilhadas e ninguém, em caso algum,pode usar “guarda-chuva, malas de mão ou deombro e chapéus, gorros, etc.Na Universidade de Trás-os-Montes é interditoo uso de boina, chapéus, luvas e guarda-chuvas. A excepção vai, como sempre, para osveteranos, que esses sim, podem usar chapéude veterano. O código começa por referir que o“traje desta gloriosa Academia, deverá ser

usado sempre com polidez, respeito esobriedade”.

EmblemasMuitas vezes as capas são ornamentadas comemblemas ou insignias, mas estes não podemser colocados de qualquer maneira. CadaUniversidade tem regras específicas sobre ouso destes elementos decorativos. Eles devemser apartidários e terão de acrescentarconteúdo ao traje académico. Alguns exemplosde emblemas permitidos são os daslocalidades onde nasceu, mora ou estuda, osemblemas da Universidade, faculdade e cursoque frequenta e outros emblemas da vidaacadémica. Também a quantidade e local decolocação dos emblemas pode estar sujeita aregras específicas, que, por norma, estão bemdescritas no código da praxe da tua academia.

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umas corridas (e mais alguns exercícios),dando uso aos fatos de treino que não vestiasdesde as aulas de Educação Física nosecundário.Mil e uma modalidades... de qual gostas mais?Segundo a Federação Académica do DesportoUniversitário (FADU) há actualmente cerca de 7000 praticantes divididos por 25 modalidades.Estas estão divididas em Desportos Aquáticos(natação e pólo aquático); Desportos deCombate e Artes Marciais (capoeira, judo,

kickboxing, karaté…); Desportos Colectivos(andebol, basquetebol, futebol, futsal, rugby,voleibol, hóquei em patins…); DesportosIndividuais (atletismo, badminton, equitação,ténis, xadrez, jogging…); Fitness (aero e localstep, danças de salão, cardiofitness emusculação); Corpo e Mente (pilates, yoga,meditação, shiatsu; Saúde (fisioterapia);Desportos de Aventura (escalada indoor e

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Agora que já és Universitário, podes experimentar um grande conjunto demodalidades desportivas, como andebol, natação, voleibol, basquetebol, futsal,hóquei em patins, rugby e muitas mais. Lê este artigo e fica a saber um conjuntode informações fundamentais para que possas passar à acção.

por Bruna Pereira

Sabe-se hoje que ter uma actividade físicaregular é fundamental, não só pela beleza masprincipalmente pela saúde que ela nosproporciona. Conjugar os estudos com aprática de exercício físico contribui para amelhoria da tua qualidade de vida naUniversidade. A prática de exercício físicoaumenta a sensação de bem-estar; reduz aagressividade e a ansiedade; melhora a força, a

flexibilidade, a velocidade, a destreza, aagilidade e o equilíbrio; aumenta a densidadeóssea, reduzindo a probabilidade deosteoporose; regula o colesterol e a pressãosanguínea; melhora o sono e aumenta aenergia; melhora as funções cardio-respiratórias, diminuindo o risco de doenças docoração; aumenta a longevidade; melhora eregula o metabolismo e as funções do

PÕE-TE EM FORMA!

organismo e diminui o risco de morteprematura. É incrível não é? E tu podes beneficiar de tudo isto dentro da tuauniversidade ou politécnico. Em cada academia há várias instalações,competições e equipas (masculinas, femininase mistas) onde podes praticar diversasactividades desportivas mais económicas paraestudantes – informa-te sobre as condições deinscrição, sobre as modalidades disponíveis nocorrente ano lectivo e sobre o valor das

mensalidades nos Serviços de Acção Social(SAS) da tua universidade ou politécnico. Segostas de jogar futebol, podes ainda tentarsorte nos clubes amadores da tua regiãouniversitária, caso os treinos sejamcompatíveis com o horário das aulas.Fora da academia, tens sempre os ginásios, asassociações desportivas, as academias e osjardins, onde poderás fazer gratuitamente

“O desporto é uma guerra sem armas.” George Orwell

desporto universitário

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outros desportos outdoor); DesportosMotorizados (karting…). Depois de consultaresas modalidades que estão disponíveis no teuestabelecimento de ensino, tem atenção aoseguinte:

› Pratica sempre os exercícios sob orientaçãode um profissional;

› Realiza a modalidade escolhida comregularidade;

› Transforma o exercício numa fonte de lazer enão numa obrigação;

› Faz os alongamentos e o devido aquecimentoantes de praticares qualquer tipo deexercício;

› Não queiras fazer tudo de uma vez. Lembra-teque o teu corpo não é uma máquina;

› Procura o exercício mais adequado àscaracterísticas do teu corpo;

› Antes de te envolveres num programa deexercícios (sobretudo os de mais esforçofísico), consulta o teu médico ou outrosprofissionais especializados;

› Não te descuides na hidratação. Quanto maisintensa for a prática do exercício, maior aperda de água e de sais minerais. Por isso,bebe muita água antes, durante e após otreino;

› Se nunca foste adepto de ginástica ou dedesporto em geral, não desesperes. Podessempre fazer caminhadas, o importante émexeres-te! FIM

FADU - Federação Académica do DesportoUniversitário

Um por todos...

Fundada a 2 de Março de 1990, aFederação Académica doDesporto Universitário (FADU) éuma Federação Desportiva quefoca o desporto como umaferramenta na formação eeducação. Nasceu de ummovimento de várias academiasportuguesas com o objectivo dedinamizar, incentivar e organizaro desporto no seio do ensinosuperior. Através das váriasmodalidades, pretende fomentara competição, o convívio eintercâmbio de estudantes dasvárias instituições de ensinosuperior dentro e fora dePortugal. Pretende ainda,incentivar o espírito competitivo,de equipa e fair play induzindohábitos de vida saudáveis nacomunidade académica. Temactualmente cerca de 7 000praticantes divididos por 25modalidades. Ao longo da sua existência, aFADU tem procurado conquistarcredibilidade a nível nacional einternacional. Prova dissomesmo é a participação da FADUcomo Membro Associado no

Comité Olímpico de Portugal(COP), na Confederação deDesporto de Portugal (CDP), noComité Paralímpico de Portugal(CPP), na Associação Europeiado Desporto Universitário(EUSA) e na FederaçãoInternacional do DesportoUniversitário (FISU).Num curto espaço de tempo,Portugal foi ainda escolhido paraorganizar 5 CampeonatosMundiais Universitários, 8Campeonatos EuropeusUniversitários, do FISU Fórum2004 (em pleno Ano Europeu daEducação pelo Desporto) e doEUSA Simpósio 2005 (no âmbitodas Comemorações do AnoInternacional do Desporto e daEducação Física).Site oficial da FADU:www.fadu.pt

A FADU faz parte daInternational University SportsFederation (FISU), organismoque reúne federaçõesacadémicas desportivas de todoo mundo.Site oficial da FISU: www.fisu.net

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A arte dos palcos teve então o seu períodoáureo – interveio socialmente, divulgou textosproibidos e alguns levaram inclusivamente aque encenadores estrangeiros fossem expulsosdo país por serem considerados “másinfluências ideológicas” pelo regime. Passada aépoca de ideias quentes do 25 de Abril de1974, a vanguarda dos anos 80 e adisseminação do “bichinho do teatro” pelasacademias portuguesas na década de 90,actualmente os teatros universitários oferecemaos alunos do ensino superior umaoportunidade de crescimento individual, alémdo óbvio complemento à sua formaçãoacadémica. Deixamos-te aqui alguns dosmuitos grupos que existem por essasacademias fora.

AlgarveSin-Cera: É o grupo de teatro da Universidade doAlgarve. Tem cerca de 20 anos de actividade,durante os quais encenou inúmerasrepresentações teatrais, promoveu encontros eorganizou cursos de Teatro. Sabe mais emwww.sincera.aaualg.pt.

AveiroGrupo de Teatro Experimental da Universidade deAveiro (GrETUA): Já com mais de 30 anos de

A HORA DEREPRESENTAR!Numa altura em que a repressão e a censura eram apanágiodo regime salazarista, o teatro universitário português davavoz à contestação estudantil. Decorria então a década de 60do séc. passado...

vida, o GreTUA tem no site gretua.web.ua.pt,toda a informação sobre o grupo e programação.

Beira InteriorTeatr�UBI: O Grupo de Teatro da Universidade daBeira Interior (www.ubi.pt) conquistou risos,cores, palcos e palmas. Ao longo de 20 anos, osmuitos alunos que passaram pela equipatornaram-se os principais embaixadores culturaisda instituição e deram corpo a um projecto ímparno panorama universitário português.

BragaTeatro da Universidade do Minho (TUM): Fundadoem 1990, o Teatro Universitário do Minho (TUM)aposta na formação de actores, na produção deespectáculos e edição de obras inéditas. O TUMtem um blogue. Visita-o emblogdotum.blogspot.com.

CoimbraTeatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra(TEUC): Ao longo dos seus 73 anos, o TEUCsempre apostou na formação de jovens artistas,grupos trabalhadores e coesos, futurosprofissionais competentes, no fundo sereshumanos mais conscientes. Consciência do eu edo outro, que nasce da aprendizagem, da partilha,da escuta e da tolerância. Para saberes mais

sobre o TEUC, consulta a página www.teuc.pt. Círculo de Iniciação Teatral da Academia deCoimbra (CITAC): Foi formado em 1957 porantigos elementos do TEUC.citacteatro.blogspot.com.

ÉvoraGrupo Académico de Teatro da Universidade deÉvora (GATUÉ): Foi fundado em 1996, nascido doextinto TUÉ – Teatro da Universidade de Évora(www.uevora.pt). Tempo-Cão Teatro: Universidade de Évora.

LisboaCénico de Direito: É o Grupo de Teatro daFaculdade de Direito da Universidade de Lisboa. O site oficial é o cenico.no.sapo.pt. FC-ACTO: O Grupo de teatro da Faculdade deCiências da Universidade de Lisboa. Grupo de Teatro Miguel Torga: É o grupo teatral daFaculdade de Ciências Médicas da UniversidadeNova de Lisboa. Site oficial emgtmigueltorga.com. Grupo Teatro de Letras (GTL): Universidade deLisboa. Visita teatrosemletras.blogspot.com. Grupo de Teatro do Instituto Superior Técnico(GTIST): Universidade Técnica de Lisboa. Sabemais em teatro.ist.utl.pt. Grupo Teatro da Nova (GTN): Universidade Nova deLisboa. Tem o bloguegrupoteatrodanova.blogspot.com. Grupo de Teatro da Universidade Lusíada (GTUL):Visita-o em www.lusiada.org/GTUL. KULA: Grupo de teatro do Instituto Superior deEconomia e Gestão da Universidade Técnica deLisboa.Novo Núcleo de Teatro (NNT): Grupo de teatro daFaculdade de Ciências e Tecnologia da Univ. Novade Lisboa.Teatro do Ser: Grupo teatral da Faculdade deCiências Sociais e Humanas da Univ. Nova deLisboa. Surgiu em 1998, numa cadeira deIntrodução aos Estudos Literários doDepartamento de Românicas da FCSH.www2.fcsh.unl.pt/teatrodoser.TEMA: Universidade de Lisboa.

PortoTeatro Universitário do Porto (TUP): O TUP foicriado em 1948 e é reconhecido pelo seuinegável contributo para o nascimento do teatroindependente no Porto continuando a apostarnum trabalho de qualidade, nas suas escolhas detextos dramáticos, de encenações e na formaçãodos seus elementos, realiza regularmente cursose workshops de teatro.teatrouniversitariodoporto.blogspot.com. Sociedade Onírica de Teatro Amador Orgânico(Sótão): É o Grupo de teatro Académico doInstituto de Ciências Biomédicas (ICBAS) daUniversidade do Porto. Iniciou a sua actividade emOutubro de 2000, reunindo elementos das maisdiversas áreas universitárias, com o propósito detornar a experiência universitária muito mais doque a necessária aquisição de aptidões ecapacidades profissionais específicas. Visita osite oficial em sotao-icbas.blogspot.com.

Trás-os-Montes e Alto DouroTUTRA: Grupo de Teatro Universitário da UTAD.tutra.blogspot.com. FIM

teatro académico

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jornais universitários

À DISTANCIAPara além dos jornais em papel tens agora deforma fácil também on-line inúmeras publicaçõesacadémicas, quer da responsabilidade dasAssociações de Estudantes, quer dosdepartamentos de comunicação das própriasuniversidades. Conteúdos multimédia, newsletterse feedbacks via e-mail, são novas funcionalidadesem relação às versões em papel, tirando-se assimpartido de todo o potencial da internet. Quantoaos objectivos, estes mantêm-se; refletir emostrar o mundo e a vida da Academia.

regularmente o Jornal Universitário do Porto(JUP), que existe desde 1987. Promoveiniciativas susceptíveis de interesse aosmembros da Academia do Porto e envolve aparticipação de estudantes de todas asfaculdades. O jornal dispõe, ainda, de umwebsite com um fórum de discussão(www.jup.pt), onde se discutem algumas dasdecisões e orientações da universidade.

“Diferencial”Jornal dos estudantes do Instituto SuperiorTécnico (IST)

O “Diferencial” apareceu em1990 pela direcção daAssociação de Estudantesdo IST da UniversidadeTécnica de Lisboa. A equipa

do jornal é constituída por alunos dos maisdiversos cursos. Actualmente tem umatiragem de 2.000 exemplares, encontrando-se em fase de expansão. O seu públicoprincipal são os alunos, professores efuncionários do IST. A principal fonte dereceita do “Diferencial” é a publicidade.Brevemente uma página no Facebook daráexpressão online ao Jornal, estando aAssociação de Estudantes também atrabalhar na criação de um Site oficial.

ua@onlineJornal digital da Universidade de Aveiro

Pode ser encontradono endereçouaonline.ua.pt e existedesde 2004. Apublicação é editada

diariamente, informando e divulgando temasque abrangem os diversos campos deactividade da Academia, numa tentativa decorresponder aos interesses da comunidade. Oua@online conta actualmente com 5Jornalistas que estão responsáveis pelodesenvolvimento de conteúdos e pelaactualização do jornal, pois conta ainda cominúmeras colaborações de professores,investigadores e estudantes, cujos conteúdosinseridos anualmente ultrapassam os 4800unidades.

O AcadémicoJornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho

“O Académico” temedição semanal empapel, com cerca de20 páginas, onde sepodem ver também

alguns anúncios comerciais. É feito porestudantes da Universidade do Minho e possuium site próprio na internet, onde são dispostosconteúdos integrais que não cabem na ediçãoimpressa. Estes alunos vão, aos poucos, sendointegrados em alguns trabalhos para rádio(RUM) e televisão (AAUMTv). Assim é possíveldar alguma complementariedade ao trabalhodos alunos nas três principais áreas dejornalismo. O endereço online da publicação éacademico.rum.pt/, devido às sua ligação coma rádio universitária.

DE UM CLIC!

Nem nos damos conta de como era ainda há unsanos atrás, quando se queria saber algo sobre avida de uma academia que ficasse distante danossa, tinha-se que fazer fila na biblioteca eesperar que ainda não tivessem levado o únicoexemplar do jornal ou revista pretendidos. Hoje,isso parece quase ‘pré-histórico’, já que a maioriados jornais universitários é publicada em duasversões: a tradicional, no papel, e a segunda,uma versão on-line do jornal impresso. Reparanestes exemplos:

“A Cabra”Jornal Universitário de CoimbraSecção de Jornalismo da Associação Académicade Coimbra (AAC)

A publicação em papel– de periodicidadequinzenal, actualmente– conta com mais de20 anos de existência

feitos em Janeiro e continua a ser um marco daimprensa universitária. Para além dos assuntosda Academia trata de igual para igual com outraspublicações, todos os temas do mundo queinteressam aos estudantes.Desde 2003, passou a existir “acabra.net”(www.acabra.net), onde pode ser descarregadogratuitamente o Pdf da última edição em papel,assim como aceder aos conteúdos diários, quesão actualizados constantemente.

JUPJornal Universitário do Porto

O núcleo de JornalismoAcadémico do Porto éuma associação semfins lucrativos, que

tem como principais objectivos: Publicar

34a35 Teatro 10/4/11 12:59 PM Page 35

Chegaste à universidade mas, mesmo assim, queres mais? Diversificar e obterconhecimentos na mesma ou noutras áreas é aliciante para ti? Então, seguramente, aformação complementar é a tua cara. Aprender mais sobre o que andas a estudar ouexplorar terrenos desconhecidos é uma mais valia e sempre uma vantagem. Ficam aquialgumas coisas que podes fazer.

NÃO PARES!36guiadocaloiro

não sabem o que é uma pauta e cursos deaperfeiçoamento. Mas aprender a tocar uminstrumento é sem dúvida outra maneira dealargares os teus conhecimentos. O problemamaior será o tempo que precisarás parapesquisar a variedade da oferta. De resto sótens que ter gosto pela música e força devontade.

Auto-conhecimentoEsta pode ser uma área que não tem nada aver com o teu curso. E, no entanto, sempresentiste alguma curiosidade em perceber do

que se trata. Através do auto-conhecimentoficas a compreender melhor o papel das

emoções indispensáveis na nossarelação com os colegas, a família, otrabalho. Perceber como as emoções

afectam o nosso desempenho einterferem na maneira de funcionar

sozinho ou em sociedade pode ser umaferramenta essencial para teres sucesso.

Além disto, o auto-conhecimentoaperfeiçoa o trabalho

em equipa e aadaptação nasinteracções sociais;trata, acima de tudo,

de promover a motivação, ainiciativa e a comunicação.

VoluntariadoPodes não ter um diploma no final, mascolaborar, mesmo que pontualmente, numprograma de voluntariado só traz benefícios.Em primeiro lugar porque cada vez é maior onúmero de associações ou empresas sem finslucrativos com um papel importante nasociedade. O trabalho voluntário é, alémdisso, uma forma de te revelares comoparticipante na sociedade. Algumas dasacções de voluntariado são de tal formaexigentes que precisas de provar que possuiscapacidades para as desempenhar. Não teesqueças que um currículo onde conste aparticipação nalguma acção deste tipo ésempre valorizado. FIM

por Constança Vaz Pinto

PinturaPois é, sempre admiraste as pessoas queconseguem desenhar o que lhes apetece! Ascoisas não são exactamente assim e ninguémpinta bem sem esforço e aprendizagem. Porque não tentas? Há cursos de pintura tãovariados que o teu maior trabalho vai serescolher. Gostas mais de paisagem ou preferesinteriores? Apaixona-te o retrato? A pinturaabstracta está sempre na moda. Associado ounão à pintura podes aprender a desenhar. Ajudase já tens alguma formação mas há cursos depintura para principiantes, pessoas que nuncapegaram num pincel ou misturaram tintas.

Línguas vivasNa prática já deves saber desenrascar-te emInglês, pelo menos. Mas o mundo global está aíe cada vez são mais as línguas estranhas queouvimos: não só nos turistas mas emescritores, músicos, artistas. Sabes queexistem em quase todas as universidadesinstitutos de línguas e cursos livres? Podespensar que és o único mas há milhares deestudantes que querem aprender/melhorar oseu conhecimento de línguas. E não falamos sóde Inglês: há Línguas Eslavas, Turco,Dinamarquês, Flamengo, Chinês, Lituânio,Mandarim. Além disso, o mercado dastraduções para línguas menos conhecidas estáainda por explorar. Se te interessa a traduçãoinforma-te: há empresas que promovem ointercâmbio de estudantes através de estágiosno país da língua escolhida.

Conservação e restauroÉ preciso que gostes de usar as mãos e detrabalhar em ateliers. A conservação erestauro exige ainda paciência e sensibilidadeestética para apreciar objectos e materiais. Hávários tipos de cursos, alguns deles comacesso ao ensino superior, nos quais aprendes,de um modo geral, a distinguir os materiaiselementares como diferentes tipos de madeira,pedra, metal, cerâmica e têxtil e os fins a que

se destinam. Conforme cada uma destasmatérias, a metodologia da conservação e dorestauro varia. As boas notícias são quetambém nesta área o mercado precisa de bonsprofissionais.

MúsicaA música foi durante séculos considerada aarte mais completa e há quem garanta queaprender música é dos melhores exercíciospara estimular os sentidos e as capacidades.Se não tens quaisquer rudimentos musicais,aprender a tocar um instrumento não éproblema. Existem cursos para pessoas que

formação complementar

36a37 Formação Complementar 10/4/11 6:15 PM Page 36

SENTES-TE

então sê bem-vindo ao novo Universoque te dedicamos

SUPERIOR?

www.forum.ptSe estás na Universidade precisas de orientação. Este é o teu espaço onde podes ler, escrever, debater, trocar ideias, conversar e informares-te acerca de tudo o que possas pensar. E muitas outras coisas para além da tua imaginação. Clica já!

36a37 Formação Complementar 10/4/11 6:15 PM Page 37

PURO ÉTER

38guiadocaloiro

Fazer rádio é uma paixão! Diz quem já o fez que é como um “bichinho” que entra e nuncamais sai. São muitas as instituições de ensino que têm rádios próprias ou núcleos derádio, com emissões em antena e/ou online. Deixamos-te aqui uma pequena lista dealgumas delas, mas há muitas mais. Por isso, se és amante de música e gostas decomunicar, procura na tua Universidade e entra no Éter Radiofónico.

rádio universitária

desde o desporto e a cultura universitária, àsfestas nocturnas, os problemas da educação eos debates sobre a vida académica.A RUM, propõe-se a ser um projecto inovador,onde as componentes culturais e de divulgaçãocientífica, as novas correntes músicais,literárias, cinematográficas e demais artes têmum grande peso.É objectivo da RUM, a médio prazo, ser aestação mais ouvida pelo público dos 15 aos35 anos, fortalecendo a sua posição na regiãoe apresentando um produto de qualidade eatractivo para todos os públicos.

UFMUniversidade FM104.3 FM / www.universidade.fmEm 1985 nasceu a Universidade FMdinamizada por um grupo de estudantes daUTAD- Universidade de Trás-os-Montes e AltoDouro. Esta equipa, concorrente à Associaçãode Estudantes prometera a criação de umarádio se ganhasse. E foi que aconteceu.A UFM tem conseguido, conciliar os interessesda região com os da UTAD. Por isso acolaboração com a Universidade é umaconstante.A rádio está vocacionada para a alegria ejuventude, mas também para uma cariz maisséria no que toca à informação. A UFM é assimcaracterizada como uma rádio de informação eentretenimento.No ano 2000, a rádio tornou-se na primeirarádio da região com emissão online, mostrandoque a nível tecnológico e de inovação não ficaatrás de nenhuma rádio nacional

Rádio Autónomaradioautonoma.blogs.sapo.ptA Rádio Autónoma emite exclusivamente viaweb. O projecto nasceu de um grupo de alunosda Universidade Autónoma de Lisboa e apósum periodo experimental, está em emissãoregular online desde Maio deste passado.Arrancou com uma grelha de programasdiversificada e muita ambição. Uma equipamotivada, com gosto pela Rádio e vontade decontribuir para um projecto diferente e comsucesso. FIM

RUCRádio Universidade de Coimbra107.9 FM / www.ruc.ptEm 1988, a RUC começou a emitir na actualfrequência, 24 horas por dia, tornando-se o 1ºorgão de comunicação social inteiramentecomposto e gerido por estudantes. No entantoo projecto de rádio data dos anos 40, quando oCentro Experimental de Rádio (uma secção daAAC) começou a formar técnicos e locutores,iniciando então emissões regulares, em circuitointerno, destinadas às cantinas universitárias,sendo também ouvidas na cidade de Coimbra.No início da década de 1980, os primeirospassos foram dados para a criação da RádioUniversidade de Coimbra, com a obtenção demeios técnicos e o Pedido de Licenciamento deuma Estação Emissora.Em 1986 a RUC começou a emitir serviçosnoticiosos regularmente das 21h às 2h e em1988, com a chegada do alvará, a emissão

passou a ocupar o dia todo, assentandoas suas actividades em quatrofrentes: Formativa, informativa,académica e cultural.

RUM Rádio Universitária do Minho97.5 FM/ www.rum.ptA RUM foi fundada em 1989pela Associação Académica daUniversidade do Minho e é umaestação de rádio «generalista».É o órgão de comunicação socialprivilegiado da AssociaçãoAcadémica, mas dirigido a toda acomunidade, com umaprogramação dirigida,principalmente, para os jovens. Aequipa é constituida apenas porprofissionais a trabalhardiariamente, mas com espaçopara programas de autor coma participação de algunsalunos. A RUM tem, nasua programação, váriashoras dirigidas aopúblicoUniversitário,

RUARádio Universitária do Algarve102.7 FM / www.rua.ptA RUA iniciou as suas emissões em 2003, nasequência de alguns projectos e experiênciasem rádios locais, ainda antes da alteração dalei da rádio.Com a colaboração entre a Universidade doAlgarve e a Associação Académica, suportadana grande vontade de um grupo de alunosdaquela Academia, foi possível a obtenção dealvará de emissão, e o ambicioso projecto derádio, tornou-se realidade.O projecto editorial da RUA assenta em trêspilares: Academia, Cultura e Músicaalternativa, onde dá espaço a bandas e artistasque não têm a merecida divulgação noutrasrádios e meios de comunicação.

académico

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39 Super Bock 10/4/11 1:03 PM Page 39

40 PEUGEOT 10/4/11 1:03 PM Page 40