guia de normas - o setor eletrico brasileiro -2 012

Upload: bastelli

Post on 31-Oct-2015

989 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASApresentao

    5

    Edio e coordenao tcnicaHilton Moreno

    AutoresHilton Moreno

    Joo Jos Barrico de SouzaJoaquim G. Pereira

    Jobson ModenaMarcus Possi

    CoautoresCludio Mardegan

    Hlio Eiji SuetaJos Starosta

    Juliana Iwashita KawasakiLuiz Fernando Arruda

    PublicaoAtitude Editorial

    PatrocnioAtitude Eventos

    Promoo e divulgaoRevista O Setor Eltrico

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASAp

    rese

    nta

    o

    6

    2011 da Atitude Editorial Ltda.

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo

    ou por qualquer outro meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia, gravao ou qualquer outro tipo de sistema de

    armazenamento e transmisso de informao, sem prvia autorizao, por escrito, da Atitude Editorial Ltda.

    Diretor

    Adolfo Vaiser

    Hilton Moreno

    Edio e coordenao

    Hilton Moreno

    Projeto Grfico, Diagramao e Ilustrao

    Leonardo Piva e Denise Ferreira

    Reviso

    Gisele Folha Ms e Flvia Lima

    Capa e divisrias internas

    Tikao Solutions

    2011

    Direitos exclusivos da Atitude Editorial Ltda.

    R. Dr. Franco da Rocha, 137 - Perdizes, So Paulo SP - Brasil

    E-mail: [email protected]

    Tel.: (11) 3872-4404

    www.atitudeeditorial.com.br

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASApresentao

    7

    Um antigo projeto se materializa com a publicao desta obra.

    O Guia O Setor Eltrico de Normas Brasileiras uma forma que encontramos de devolver para a comunidade tcnica do setor eltrico nacional um pouco do muito que aprendemos com ela.

    Com o Guia OSE de Normas, como carinhosamente chamamos esta publicao, reunimos sob a mesma capa quatro dos mais importantes documentos tcnicos do Pas na rea de instalaes eltricas: a NBR 5410, de instalaes eltricas de baixa tenso; a NBR 14039, de instalaes eltricas de mdia tenso; a NBR 5419, de proteo contra descargas atmosfricas; e ao final, amarrando todas elas, a NR 10, norma de segurana em servios de eletricidade do Ministrio do Trabalho.

    Alm de reunir as quatro normas, o Guia OSE de Normas promoveu uma invejvel reunio de reconhecidos especialistas. Ao todo foram dez profissionais que participaram da preparao desta publicao, compartilhando com prazer, dedicao e muito interesse os seus vastos conhecimentos com os leitores. Todos, sem exceo, alm de fantsticos profissionais, so pessoas com grande preocupao em transmitir seus conhecimentos para a sociedade em que vivem. Deixamos aqui registrado nosso agradecimento a cada um dos autores pela dedicao que tiveram com este projeto.

    Agradecemos o apoio de primeira hora que o Instituto Brasileiro do Cobre, Procobre, deu a este trabalho, assim como o apoio da Abrasip-MG Associao Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais de Minas Gerais.

    Agradecemos tambm a toda a equipe que ajudou a tornar esta obra uma realidade. E s nossas famlias que entenderam e apoiaram as horas dedicadas a este projeto.

    Finalmente, numa publicao que trata de normas tcnicas de instalaes, no podemos esquecer de voltar um pensamento para aquele que muito nos ensinou nesta rea, o eterno e saudoso Professor Ademaro Cotrim, que to cedo nos deixou em agosto de 2000. Temos certeza que, se ainda estivesse entre ns, teria sido um dos autores e um dos mais entusiastas participantes deste Guia.

    A publicao do Guia OSE de Normas espera contribuir com o aperfeioamento profissional e a formao dos estudantes da rea eltrica.

    Boa leitura e bons conhecimentos,

    Adolfo Vaiser e Hilton Moreno

    So Paulo, novembro de 2011

    Apresentao

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASSum

    rio

    11

    13

    201

    313

    357

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASN

    BR 5410

    13

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASN

    BR 5

    410

    14

    ABNT NBR 5410:2004 INsTAlAes elTRIcAs de BAIxA TeNso

    016

    028

    078

    095

    161

    016

    044

    078

    124

    165

    016

    049

    079

    144

    166

    017

    051051

    082

    160

    172174

    Sumrio

    1 HIsTRIco2 oBjeTIvos, cAmpo de AplIcAo e ABRANgNcIA3 oRIgem dA INsTAlAo4 AspecTos geRAIs de pRojeTo5 IlumINAo6 pRoTeo coNTRA cHoques elTRIcos7 pRoTeo coNTRA efeITos TRmIcos (INcNdIos e queImAduRAs)8 9pRoTeo coNTRA soBRecoRReNTes9 9pRoTeo coNTRA soBReTeNses10 pRoTeo coNTRA mNImA e mxImA TeNso, fAlTA de fAse e INveRso de fAse11 pRoTeo dAs pessoAs que TRABAlHAm NAs INsTAlAes elTRIcAs de BAIxA TeNso12 seRvIos de seguRANA13 seleo e INsTAlAo dos compoNeNTes 14 lINHAs elTRIcAs15 dImeNsIoNAmeNTo de coNduToRes16 ATeRRAmeNTo e equIpoTeNcIAlIzAo17 seccIoNAmeNTo e comANdo18 cIRcuITos de moToRes19 coNjuNTos de pRoTeo, mANoBRA e comANdo (quAdRos de dIsTRIBuIo)20 veRIfIcAo fINAl21 mANuTeNo e opeRAo22 quAlIdAde dA eNeRgIA elTRIcA NAs INsTAlAes de BAIxA TeNso

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASN

    BR 5

    410

    70

    Figura 54 Coordenao entre DPSs por tempo de atuao

    Figura 55 Posicionamento do DPS classe II, primeiro nvel para surtos induzidos ou no segundo nvel com DPS classe I instalado a montante, na rede eltrica de energia

    Posicionamento dos dPss no 1 nvel de Proteo da instalao

    Seguindo a classificao das influncias externas e anlise de

    riscos, a NBR 5410 divide em duas as possibilidades de instalao

    do conjunto de DPS no primeiro nvel de proteo:

    Proteo contra os efeitos indiretos dos raios (surtos induzidos

    na linha externa de alimentao ou contra surtos causados por

    manobra): os DPSs devem ser instalados junto ao ponto de entrada

    da linha na edificao ou no QDP, localizado o mais prximo

    possvel do ponto de entrada. Simplificando: para a proteo contra

    os efeitos indiretos correto instalar os DPSs sempre no QDP

    (Figura 55);

    60s 2s0 20 40

    KV 10 V 800

    600

    400

    200

    00 1

    Surto Centelhador

    Indutor Indutor

    5

    020ns

    V 800

    600

    400

    200

    00 100

    Varistor

    20ps

    V 800

    600

    400

    200

    00 100

    Diodo Supressor

    UN =24V

    500ns10 KA

    25ns2 KA

    10ns0,2 KA

    DGS

    TAT - NBR 14306

    PEN

    Infraestrutura de aterramento

    BEP

    QDP

    BEP

    Para surtos induzidos, atenuadospor classe I a montante ou em quadrosaps QDP da instalao e outras linhasde sinais que no de telecomunicaes

    CLASSE II

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASN

    BR 5410

    119

    Figura 89 Instalao de condutor isolado em perfilado sem tampa

    Figura 91 Profundidades mnimas em instalaes com cabos diretamente enterrados

    Figura 90 Instalao de eletrodutos enterrados14.6.11 requisitos esPecficos Para instalao em linhas enterradas

    Conforme 6.2.11.6.1 da NBR 5410, em linhas enterradas

    (cabos diretamente enterrados ou contidos em eletrodutos

    enterrados), s so admitidos cabos unipolares ou multipolares

    (Figura 90). Adicionalmente, em linhas com cabos diretamente

    enterrados desprovidas de proteo mecnica adicional s so

    admitidos cabos armados.

    Admite-se o uso de condutores isolados em eletroduto

    enterrado se, no trecho enterrado, no houver nenhuma caixa de

    passagem e/ou derivao enterrada e for garantida a estanqueidade

    do eletroduto.

    Os cabos devem ser protegidos contra as deterioraes causadas

    por movimentao de terra, contato com corpos rgidos, choque de

    ferramentas em caso de escavaes, bem como contra umidade e

    aes qumicas causadas pelos elementos do solo.

    Como preveno contra os efeitos de movimentao de terra,

    os cabos devem ser instalados, em terreno normal, pelo menos

    a 0,70 m da superfcie do solo. Essa profundidade deve ser

    aumentada para 1 m na travessia de vias acessveis a veculos,

    incluindo uma faixa adicional de 0,50 m de largura de um lado

    e de outro dessas vias (Figura 91). Essas profundidades podem

    ser reduzidas em terreno rochoso ou quando os cabos estiverem

    protegidos, por exemplo, por eletrodutos que suportem sem danos

    as influncias externas presentes.

    Deve ser observado um afastamento mnimo de 0,20 m entre

    duas linhas eltricas enterradas que venham a se cruzar ou entre uma

    linha eltrica enterrada e qualquer linha no eltrica cujo percurso

    se avizinhe ou cruze com o da linha eltrica. Esse afastamento,

    medido entre os pontos mais prximos das duas linhas, pode ser

    reduzido se as linhas eltricas e as no eltricas forem separadas

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRASN

    BR 5410

    129

    Figura 98 Sequncia para aplicao do fator de correo de agrupamento da Tabela 43

    Figura 99 Mudana de maneiras de instalar um cabo ao longo do percurso

    enterrados e os da tabela 45 a linhas em eletrodutos enterrados.

    A Figura 97 indica atravs das setas o procedimento para

    determinao do fator de correo por agrupamento a ser utilizado

    no caso de uma bandeja no-perfurada que contm quatro circuitos

    trifsicos com cabos unipolares em camada nica.

    A Figura 98 indica atravs das setas o procedimento para

    determinao do fator de correo por agrupamento a ser utilizado

    no caso de uma bandeja no-perfurada que contm quatro circuitos

    trifsicos com cabos unipolares em trs camadas.

    variaes das condies de instalao num Percurso

    Quando forem identificadas, ao longo do percurso previsto

    de uma linha eltrica, diferentes condies de resfriamento

    (dissipao de calor), as capacidades de conduo de corrente

    dos seus condutores devem ser determinadas com base nas

    1

    2

    3

    4

    4 circuitos

    3 camadas

    condies mais desfavorveis encontradas.

    O exemplo da Figura 99 mostra um caso onde houve a mudana

    do mtodo de instalao dos condutores de perfilado perfurado

    (mtodo C) para eletroduto aparente (mtodo B1).

    15.1.1.3 critrio de queda de tenso

    Conforme 6.2.7 da NBR 5410, para o clculo da queda de

    tenso num circuito, deve ser utilizada a corrente de projeto

    do circuito (IB), incluindo as correntes harmnicas. No caso de

    motores, a corrente de projeto deve incluir o fator de servio (se

    existir), conforme captulo 18 deste guia.

    Em qualquer ponto de utilizao da instalao, a queda de tenso

    verificada no deve ser superior aos valores dados em relao ao

    valor da tenso nominal da instalao, conforme indicado a seguir:

    a) 7%, calculados a partir dos terminais secundrios do

    transformador MT/BT, no caso de transformador de propriedade da

    unidade consumidora (Figura 100);

    b) 7%, calculados a partir dos terminais secundrios do

    transformador MT/BT da empresa distribuidora de eletricidade,

    quando o ponto de entrega for a localizado (Figura 100);

    c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos

    de ponto de entrega com fornecimento em tenso secundria de

    distribuio (Figura 101);

    d) 7%, calculados a partir dos terminais de sada do gerador, no

    caso de grupo gerador prprio (Figura 100).

    Nos casos das alneas a), b) e d), quando as linhas principais

    da instalao tiverem um comprimento superior a 100 metros, as

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    201

    NBR 14039

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    202

    NBR

    140

    39

    ABNT NBR 14039:2005 INsTAlAes elTRIcAs de mdIA TeNso de 1,0 kV A 36,2 kV

    204

    211

    221

    224

    261

    204

    217

    222

    228

    261

    204

    218

    223

    245

    277

    206

    221

    223

    258

    286

    297292

    309

    Sumrio

    1 INTRoduo 2 oBjeTIVos, cAmpo de AplIcAo e ABRANgNcIA3 oRIgem dA INsTAlAo4 AspecTos geRAIs de pRojeTo5 pRoTeo coNTRA choques elTRIcos6 pRoTeo coNTRA efeITos TRmIcos (INcNdIos e queImAduRAs)7 pRoTeo coNTRA soBRecoRReNTes8 pRoTeo coNTRA soBReTeNses9 pRoTeo coNTRA mNImA e mxImA TeNso e fAlTA de fAse e INVeRso de fAse10 pRoTeo dAs pessoAs que TRABAlhAm NAs INsTAlAes elTRIcAs de mdIA TeNso11 pRoTeo coNTRA fugA de lquIdo IsolANTe12 pRoTeo coNTRA peRIgos ResulTANTes de fAlTAs poR ARco13 seleo e INsTAlAo dos compoNeNTes 14 lINhAs elTRIcAs15 dImeNsIoNAmeNTo de coNduToRes16 ATeRRAmeNTo e equIpoTeNcIAlIzAo17 seccIoNAmeNTo e comANdo18 TRANsfoRmAdoRes19 suBesTAes20 VeRIfIcAo fINAl21 mANuTeNo e opeRAo22 coNsIdeRAes soBRe pRojeTo de ATeRRAmeNTo de suBesTAes23 quAlIdAde dA eNeRgIA elTRIcA NAs INsTAlAes de mdIA TeNso

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    212

    NBR

    140

    39

    Figura 16 Proteo por isolao das partes vivas

    b) isolao (de emenda de cabo) montada em obra

    5.1.2 Proteo Por meio de barreiras ou invlucros

    De acordo com a NBR IEC 60050-826:

    Invlucro: elemento que assegura proteo de um equipamento

    contra determinadas influncias externas e proteo contra contatos

    diretos em qualquer direo. Barreira: elemento que assegura proteo contra contatos diretos,

    em todas as direes habituais de acesso. Conforme 5.1.1.2 da NBR 14039, as barreiras e invlucros

    devem conferir, em geral, pelo menos o grau de proteo IP3X

    (impede a penetrao de corpos com dimenses acima de 2,5 mm) ou IP4X (impede a penetrao de corpos com dimenses acima de 1

    mm) quando suas superfcies superiores forem facilmente acessveis. As barreiras e invlucros devem ser fixados de forma segura e

    possuir robustez e durabilidade suficientes para manter os graus de

    proteo e a apropriada separao das partes vivas nas condies normais de servio, levando-se em conta as condies de influncias

    externas relevantes. A remoo das barreiras, a abertura dos invlucros ou a

    retirada de partes dos invlucros deve ser realizada somente

    aps a desenergizao das partes vivas protegidas por elas. Essa

    remoo deve ser possvel unicamente com a utilizao de chaves

    a) isolao (cabo eltrico) aplicada em fbrica

    Figura 17 Exemplo de invlucro

    ou ferramentas, sendo que em nenhuma hiptese poder ser

    restabelecida a tenso enquanto no forem recolocadas as barreiras ou invlucros. Isso possvel conseguir por meio do uso de

    intertravamento mecnico e/ou eltrico. So exemplos de invlucros as caixas metlicas de conjuntos

    de manobra (quadros eltricos) e os invlucros dos barramentos

    blindados (Figura 17).

    5.1.3 Proteo Por meio de obstculos

    De acordo com 5.1.1.3 da NBR 14039, os obstculos so destinados a impedir os contatos fortuitos com partes vivas,

    Figura 18 Dimenses e exemplo de obstculo: tela de proteo em subestao

  • GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    224

    NBR

    140

    39

    Figura 29 - Princpio de funcionamento de deteco de arco voltaico (cortesia SEL)

    Figura 30 Estrutura da NBR 14039 para prescries de seleo e instalao de componentes

    significativamente a energia dissipada durante a ocorrncia do

    evento. A tecnologia mais atual na rea de proteo contra arcos eltricos baseia-se em duas tcnicas: apenas na deteco da luminosidade emitida pelo arco eltrico; ou na deteco da luz emitida pelo arco associada a uma verificao do nvel da corrente eltrica nos

    circuitos (Figura 29) . Neste caso, o objetivo evitar operaes indevidas nos casos onde existe a possibilidade de eventualmente o sensor de arco ficar exposto incidncia direta de alguma outra

    fonte de luz que no aquela proveniente do arco (por exemplo, a luz do sol, flash de mquina fotogrfica, lmpadas incandescentes,

    etc.). Os sensores de luminosidade so instalados internamente nos painis prximos aos barramentos, aos disjuntores, chaves e

    outros dispositivos potencialmente geradores de arcos. As sadas dos sensores atuam rels que, por sua vez, operam dispositivos de seccionamento, interrompendo assim o arco no incio de sua formao, reduzindo a energia correspondente e todos os perigos resultantes relatados anteriormente.

    13 seleo e INsTAlAo dos compoNeNTes

    Na seo 6 da NBR 14039 so apresentadas inmeras prescries relativas seleo e instalao dos mais diversos componentes de uma instalao eltrica de mdia tenso, que so estruturadas conforme indicado na Figura 30.

  • NBR 5419

    GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    313

  • NBR

    541

    9GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    314

    ABNT NBR 5419: 2005 PRoTeo de esTRuTuRAs coNTRA

    descARgAs ATmosfRicAs

    317

    316

    320

    339

    347

    350

    317

    316

    322

    342

    349

    352

    320

    316

    322

    343

    349

    354

    320

    329

    343

    349

    Sumrio

    1 iNTRoduo2 oBjeTivo, cAmPo de APlicAo e ABRANgNciA 3 ResPoNsABilidAdes 4 AvAliAo dA NecessidAde dA PRoTeo (coNfoRme o ANexo B dA NBR 5419)4.1 RoTeiRo dA ANlise dA NecessidAde de PRoTeo4.2 exemPlo de AvAliAo dA NecessidAde dA PRoTeo coNTRA descARgAs ATmosfRicAs diReTAs5 sisTemA de PRoTeo coNTRA descARgAs ATmosfRicAs (sPdA)5.1 sPdA exTeRNo5.1.1 clculo do Nvel de PRoTeo do sPdA exTeRNo5.1.2 suBsisTemA de cAPToRes ou cAPTAo5.1.3 suBsisTemA de coNduToRes de descidA5.1.4 suBsisTemA de ATeRRAmeNTo5.1.5 fixAes e coNexes do sPdA exTeRNo5.2 sPdA iNTeRNo5.2.1 equAlizAo de PoTeNciAl ou equiPoTeNciAlizAo5.2.2 PRoximidAde do sPdA com ouTRAs iNsTAlAes (disTNciA de seguRANA)5.3 esTRuTuRAs esPeciAis6 iNsPeo e documeNTAo6.1 iNsPeo6.2 documeNTAo7 PRoTeo dAs PessoAs coNTRA descARgAs ATmosfRicAs em ReAs ABeRTAs8 diAgRAmA de Blocos PARA elABoRAo de um PRojeTo de sPdA coNfoRme A NBR 5419

  • NBR

    541

    9GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    326

    tabela 12 - posiCionamento de Captores para o mtodo do modelo eletroGeomtriCo Conforme a Classe do spda (fonte: ieC 62305)

    valores mximos permitidos para o raio da esfera rolante Correspondentes Classe do spda

    Mtodo de proteoRaio da esfera rolante r (m)

    20304560

    Classe do SPDAIIIIIIIV

    Figura 12 - Aplicao do mtodo do modelo eletrogeomtrico (EGM)

    5.1.2.3 mtodo do modelo eletroGeomtriCo (eGm) (ou da esfera fiCtCia) O mtodo EGM, que tratado no anexo C da NBR 5419,

    estabelece o volume de proteo de elementos captores de um SPDA em qualquer direo. A aplicao do mtodo EGM consiste em rolar uma esfera

    imaginria por todas as partes externas da edificao (Figura

    12). Esta esfera tem em seu raio (R) uma projeo estimada da distncia entre o ponto de partida do lder ascendente (terra - nuvem) e a extremidade do lder descendente (nuvem - terra)

    que formam a descarga atmosfrica. Simplificando a questo, a NBR 5419 define o raio da esfera

    fictcia (R) em funo dos quatro nveis de proteo adotados

    (Tabela 11) e fornece a equao no caso de ser necessrio um estudo mais especfico. Da mesma forma, a IEC 62305 apresenta

    os raios da esfera rolante em funo da Classe do SPDA (Tabela 12), que so os mesmos da NBR 5419. Os locais em que a esfera tangencia a estrutura so preferenciais (maior probabilidade) para o impacto direto dos raios. Resumindo, pode-se dizer que os locais onde a esfera toca, os raios tambm podem tocar e, portanto, deve-se proteg-los. Isto obtido pela instalao de condutores de tal modo que eles apiam a esfera rolante sem permitir que a tangente da esfera toque na estrutura a ser protegida, ou, no mnimo, que a esfera toque em um elemento do SPDA posicionado naquele ponto da estrutura.

    tabela 11 - posiCionamento de Captores para do mtodo do modelo eletroGeomtriCo Conforme o nvel de proteo (fonte: tabela 1 da nbr 5419)

    R (m)20304560

    Nvel de proteoIIIIIIIV

    R = raio da esfera rolante

    exemplo de apliCao do mtodo do modelo eletroGeomtriCo (eGm) (ou da esfera fiCtCia)

    Clculo da proteo para a estrutura utilizada no exemplo

    tratado em 4.2 utilizando-se o mtodo do Modelo Eletrogeomtrico (EGM) (ou da esfera fictcia).

    Trata-se de uma escola, localizada em Paragominas (PA), construda com estruturas de concreto armado fechadas por

    R

    R

    R

    Detalhe ampliado

  • NBR

    541

    9GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    334

    Figura 22 - Interligao dos condutores de descidas no naturais

    Figura 21 distribuio das descidas no naturais

    50 m

    70 m

    14 m17 m 17 m

    17 m 17 m

    17 m 17 m14 m

    14 m

    14 m

    14 m

    14 m

    14 m

    14 m

    14 m

    14 m

    d1

    d9

    d10

    d11d12d13d14

    d15

    d16

    d5 d6 d7 d8

    d2d3

    d4

    Em uma edificao nova, quando for necessrio o uso de

    condutores de descida internos, h que se considerar a distncia de separao e tomar medidas preventivas para evitar riscos inerentes situao. Esse tambm pode ser o caso de uma reforma, quando uma descida que era externa passa a ser interna por conta de uma

    modificao estrutural. Tal situao pode ocorrer, por exemplo, em

    expanses industriais em que uma rua, que separava dois prdios,

    recebe uma cobertura e, dessa forma, a antiga descida externa

    torna-se interna edificao.

    Em 5.1.2.3.2, a NBR 5419 determina que os condutores de descida no naturais devem ser interligados por meio de condutores horizontais, formando anis. O primeiro deve ser o anel de aterramento (ver 5.1.3.5.2) e, na impossibilidade deste, um anel at no mximo 4 m acima do nvel do solo e os outros a cada 20 m de altura. So aceitos como captores de descargas laterais elementos condutores expostos, naturais ou no, desde que se encontrem aterrados ou interligados, com espaamento horizontal no superior a 6 m, mantendo-se o espaamento mximo vertical de 20 m. Como visto, para a captao das descargas atmosfricas obrigatria a instalao de um anel na periferia superior das edificaes. Dessa forma, fica evidente que as edificaes em que

    h obrigatoriedade da instalao do SPDA externo devem tambm

    possuir, no mnimo, dois anis interligando as descidas: um no topo e outro na base. Note-se que a exceo para o deslocamento

    at 4 m de altura acima do anel inferior deve ser acompanhada de justificativa tcnica consistente e no desobriga a construo do

    subsistema de aterramento (Figura 22). Os condutores de descida no naturais devem estar afastados de, pelo menos, 0,5 m de portas, janelas e outras aberturas que permitam acesso a seres vivos. Sua fixao deve ser feita a cada

    metro do percurso em questo (Figura 23).

    Anel no permetro superior da estrutura

    Anel no permetro superior da estrutura

    Anel posicionado na lateral da estruturah 4 mDeve existir justificativa tcnica para esta configurao

    Eletrodo de aterramento (vertical ou inclinado)

    Anel inferior eletrodo de aterramento

    Situao Ideal

    Situao alternativa

    h

    h

  • NR 10

    GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    357

  • NR

    10GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    358

    Norma regulameNtadora No 10SeguraNa em iNStalaeS e ServioS

    em eletricidade

    360

    361

    373

    390

    399

    360

    362

    377

    394

    400

    360

    368

    378

    394

    400

    361

    368

    384

    396

    Sumrio

    1 iNtroduo1.1 Nr-10 Fora de lei1.2 aplicao da Nr-101.3 trabalho em proximidade1.4 NormaS regulameNtadoraS verSuS Nbr 2 medidaS de coNtrole doS riScoS3 medidaS de SeguraNa eltrica3.1 medidaS de proteo coletiva 3.2 medidaS de proteo iNdividual 3.3 SeguraNa Na coNStruo, moNtagem, operao e maNuteNo daS iNStalaeS eltricaS3.4 ServioS em iNStalaeS eltricaS deSeNergizadaS 3.5 ServioS em iNStalaeS eltricaS eNergizadaS e trabalhoS eNvolveNdo alta teNSo4 reaS claSSiFicadaS5 autorizao do trabalhador5.1 Formao do trabalhador5.2 treiNameNto do trabalhador5.3 coNtrole mdico5.4 reSumo6 reSpoNSabilidadeS

  • NR

    10GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    370

    c) Barreiras

    Outra medida de proteo coletiva bastante utilizada so as barreiras, dispositivos que impedem todo e qualquer contato com as partes vivas. As barreiras, para assim se caracterizarem, s podem ser removveis com o uso de chaves ou ferramentas (Figura 9). A barreira associada regra do dedo, que visa impedir que as partes energizadas sejam acessadas pelos dedos. Neste sentido, as barreiras no devem apresentar aberturas que permitam a insero de um corpo slido com dimetro superior a 12 mm (tratado no Anexo B da NBR 5410 Grau de Proteo IP2X).

    Figura 8 Invlucros: caixa de passagem, quadro, painel eltrico

    sobre os condutores no so considerados como uma isolao suficiente no elenco da proteo contra os contatos diretos.

    b) Invlucros

    Os invlucros so considerados como medida de proteo coletiva bsica, que integra o conceito de isolao das partes vivas, consistindo em dispositivos ou componentes envoltrios de segregao das partes energizadas com o ambiente, destinados a impedir qualquer contato com partes internas energizadas. So exemplos dessa medida de proteo coletiva os quadros, caixas, gabinetes, painis, bastidores, etc., assunto tratado no Anexo B da NBR 5410 (Figura 8).

    As barreiras e os invlucros devem ser capazes de resistir s solicitaes mecnicas, eltricas ou trmicas s quais possam ser submetidos em uso normal e tambm devem ser fixados de forma

    segura, possuindo uma robustez e durabilidade suficientes para

    manter os graus de proteo (IP) com a adequada separao das partes vivas nas condies normais de servio, levando-se em conta as condies das influncias externas relevantes.

    d) Obstculos

    Com algumas restries, tambm podem ser consideradas medidas de proteo coletiva os obstculos. Eles so elementos que impedem o contato acidental ou a aproximao fsica no intencional das partes vivas, porm no impedem o contato por ao deliberada. So exemplos de obstculos as correntes, fitas,

    cordes, cones, corrimos, barras, etc. importante notar que essa medida de proteo considerada parcial, porque no se aplica a toda e qualquer pessoa, mas apenas a pessoas consideradas advertidas, isto , pessoas com informaes e conhecimentos suficientes para se prevenirem dos efeitos danosos

    da eletricidade, normalmente pessoal de operao, manuteno e tcnicos de um modo geral, que foram treinados, instrudos e por isso autorizados (classificados como BA4 e BA5 pela NBR 5410).

    e) Colocao fora de Alcance

    Consiste em manter as partes vivas suficientemente distantes de

    forma que as pessoas no as alcancem acidentalmente. A NBR-5410 determina que a zona de alcance normal compreende um volume com altura de 2,5 m acima do piso, 1,25 m alm do fim do piso, 1,25 m abaixo do piso e 0,75 m por baixo do

    piso. Da mesma forma como os obstculos, essa medida s vlida para os locais onde o acesso restrito a pessoas BA4 e BA5.

    Figura 9 Exemplos de barreiras

  • NR

    10GUIA O SETOR ELTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS

    380

    3.4.2 impedimeNTo de ReeNeRgizao

    a aplicao de condies que impedem, de modo garantido, a reverso indesejada do seccionamento efetuado, assegurando ao trabalhador o controle do seccionamento efetuado. Na prtica, trata-se da aplicao de travamentos mecnicos, por meio de fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento nos dispositivos de alimentao eltrica (chave seccionadora, interruptor, disjuntor, rel, etc.), ou com sistemas informatizados equivalentes (Figura 17). Cabe ao trabalhador autorizado a aplicao do sistema de travamento do dispositivo de seccionamento no quadro, painel, disjuntor ou caixa de energia eltrica, de modo a garantir o efetivo impedimento de reenergizao involuntrio ou acidental do circuito durante a interrupo de energia at o encerramento do servio. Dessa forma, o circuito somente poder ser religado quando o ltimo trabalhador concluir o seu servio e destravar a chave, o disjuntor, o quadro, o painel, etc. Aps a concluso dos servios, devero ser adotados os procedimentos de liberao e os circuitos religados depois de haver a certificao de que todos os equipamentos estejam desligados pelos seus dispositivos de comandos. Deve ser tomado um cuidado especial para a desenergizao de todos os circuitos, ou at mesmo de apenas um circuito, que deve ser sempre programada e amplamente divulgada, de modo que o corte repentino da energia eltrica no cause transtornos e possibilidade de acidentes. A reenergizao dever ser autorizada mediante a divulgao aos envolvidos.

    3.4.4 iNsTalao de aTeRRameNTo TempoRRio com equipoTeNcializao dos coNduToRes dos ciRcuiTos

    Constatada a inexistncia de tenso no circuito, um condutor do conjunto de aterramento temporrio dever ser ligado ao condutor de proteo mais prximo e ao condutor neutro do sistema, quando houver, e s demais partes condutoras estruturais acessveis. Na sequncia, devero ser conectadas as garras de aterramento aos condutores de fase, j desligados, obtendo-se assim uma equipotencializao entre todas as partes condutoras no ponto de trabalho (Figura 19)

    Figura 17 Exemplos de dispositivos para impedimento de reenergizao

    Figura 18 Constatao da ausncia de tenso

    Figura 19 - Aterramento temporrio aplicado em manuteno de cabine primria

    3.4.3 coNsTaTao da ausNcia de TeNso

    a verificao da efetiva ausncia de qualquer tenso no

    ponto da execuo do servio eltrico. A verificao deve ser feita

    com instrumentos calibrados e testados, podendo ser realizada por contato ou por aproximao e de acordo com procedimentos especficos (Figura 18).

    3.4.5 pRoTeo dos elemeNTos eNeRgizados exisTeNTes Na zoNa coNTRolada

    Todos os elementos energizados, situados na zona controlada

    guia-nbr5410Guia de Normas NBR 5410 ABERTO 1Pages from Guia de Normas NBR 5410 ABERTO-2Pages from Guia de Normas NBR 5410 ABERTO-3Pages from Guia de Normas NBR 5410 ABERTO-4Pages from Guia de Normas NBR 5410 ABERTO-5Pages from Guia de Normas NBR 5410 ABERTO-6Pages from Guia de Normas NBR 5410 ABERTO-7

    guia-nbr14039Pages from Guia NBR 14039Pages from Guia NBR 14039-2Pages from Guia NBR 14039-3

    guia-nbr-5419Pages from Guia NBR 5419Pages from Guia NBR 5419-2Pages from Guia NBR 5419-3

    guia-nr10Pages from Guia NR10Pages from Guia NR10-2Pages from Guia NR10-3