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HOME BOLETIM DIÁRIO CONTATO ECODEBATE EQUIPE PROJETOS RÁDIO REGRAS REVISTA CIDADANIA E MEIO AMBIENTE Boletim Diário Contato EcoDebate Equipe Estatísticas Projetos Rádio Regras Revista Cidadania e Meio Ambiente Águas subterrâneas: essenciais para o abastecimento público Publicado em setembro 30, 2011 por HC Tags: água , recursos hídricos Compartilhe: Principal fonte de água doce disponível no mundo, as águas subterrâneas são abundantes no Brasil, mas requerem uso racional e medidas de preservação para continuarem a atender às demandas de abastecimento no país, pois atendem a 53% dos municípios As interações ambientais e geológicas que ocorrem entre solo, rochas e águas subterrâneas afetam diretamente o ambiente em que vivemos. No que se refere aos recursos hídricos, segundo a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), a maioria das pessoas desconhece que a água própria para consumo humano é escassa. O planeta tem 1 bilhão e 370 milhões de km 3 de água. Do total de água disponível 97,5% é salgada e apenas 2,5% doce. Do total de água doce disponível 68% encontram- se nas calotas e geleiras, 30% nos aquíferos e menos de 2% nos rios. Ou seja, 98% do total de água doce disponível é subterrânea. De acordo com a ABAS, somente 28 litros em cada 1 milhão de litros de água do planeta correspondem à água doce, o equivalente a 2,5 litros em uma piscina olímpica. Desse total, apenas 0,1 litro (pouco mais que um cafezinho) está disponível para consumo imediato nas águas superficiais de rios, lagos, represas e açudes. No entanto, 6,17 litros (ou 17 latinhas de refrigerante) estão disponíveis sob o solo: são as águas subterrâneas. Na verdade, fontes alternativas de abastecimento são as águas superficiais”, enfatiza Everton de Oliveira, presidente do II Congresso de Meio Ambiente Subterrâneo (II CIMAS) que acontecerá de 4 a 6 de outubro, em São Paulo (SP). (Veja abaixo). Ele explica que no Estado de São Paulo, 75% dos municípios são total ou parcialmente abastecidos por águas subterrâneas, atendendo a uma população de mais de 5,5 milhões de habitantes, sendo que em torno de 50% dos municípios são abastecidos exclusivamente por águas subterrâneas”. Segundo ele, na maioria das cidades, no país e no mundo, o abastecimento público usa das águas subterrâneas. Para se ter uma ideia, a estimativa é que cidade de São Paulo tenha cerca de 4 mil poços abastecendo indústrias, condomínios, shoppings, escolas etc. As cidades paulistas de Ribeirão Preto, Bauru, Araraquara e São José do Rio Preto têm o abastecimento urbano baseado nas águas subterrâneas. REALIDADE DO ABASTECIMENTO NACIONAL De acordo com a Gerência de Águas Subterrâneas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Brasil, 47% dos municípios são abastecidos exclusivamente por mananciais superficiais, enquanto 39% das sedes municipais (2.153 municípios) são integralmente abastecidos por água subterrânea e outros 14% são abastecidos tanto por água superficial como por água subterrânea (ANA, 2010). Entre as capitais estaduais Maceió, Natal e Belém possuem grande parte do abastecimento por águas subterrâneas. A vazão média dos cursos superficiais é de 179.516 m 3 /s, o equivalente a 5.661 km 3 /ano (ANA, 2011). Já a reserva renovável estimada dos aquíferos é de 1.530 km 3 /ano (ANA, 2011) e a reserva permanente 112.000 km 3 , considerando uma profundidade de até 1.000 metros, com um volume de reabastecimento (recarga) de 3.500 km 3 anuais (Aldo Rebouças, 1997). BRASIL: ABUNDANTE TAMBÉM EM RECURSOS SUBTERRÂNEOS Segundo a ANA, cerca de metade dos 8,5 milhões de Km 2 do Brasil são formados por materiais rochosos que originam excelentes aquíferos, como por exemplo, nas RSS Twitter Facebook Boletim Siga o EcoDebate Pesquisar

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    Águas subterrâneas: essenciais para o abastecimento público

    Pu blica do em setem br o 3 0, 2 01 1 por HC

    Ta g s: á g u a , r ecu r sos h ídr icos

    Com pa rt ilh e:

    Principal fonte de água doce disponível no mundo, as águas subterrâneas sãoabundantes no Brasil, mas requerem uso racional e medidas de preservação paracontinuarem a atender às demandas de abastecimento no país, pois atendem a 53%dos municípios

    As interações ambientais e geológicas que ocorrem entre solo, rochas e águassubterrâneas afetam diretamente o ambiente em que vivemos. No que se refere aosrecursos hídricos, segundo a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), amaioria das pessoas desconhece que a água própria para consumo humano é escassa. O

    planeta tem 1 bilhão e 370 milhões de km3 de água. Do total de água disponível97,5% é salgada e apenas 2,5% doce. Do total de água doce disponível 68% encontram-se nas calotas e geleiras, 30% nos aquíferos e menos de 2% nos rios. Ou seja, 98% dototal de água doce disponível é subterrânea.

    De acordo com a ABAS, somente 28 litros em cada 1 milhão de litros de água do planetacorrespondem à água doce, o equivalente a 2,5 litros em uma piscina olímpica. Dessetotal, apenas 0,1 litro (pouco mais que um cafezinho) está disponível para consumoimediato nas águas superficiais de rios, lagos, represas e açudes. No entanto, 6,17 litros(ou 17 latinhas de refrigerante) estão disponíveis sob o solo: são as águas subterrâneas.

    “Na verdade, fontes alternativas de abastecimento são as águas superficiais”, enfatizaEverton de Oliveira, presidente do II Congresso de Meio Ambiente Subterrâneo (II CIMAS)que acontecerá de 4 a 6 de outubro, em São Paulo (SP). (Veja abaixo). Ele explica que“no Estado de São Paulo, 75% dos municípios são total ou parcialmenteabastecidos por águas subterrâneas, atendendo a uma população de mais de 5,5milhões de habitantes, sendo que em torno de 50% dos municípios são abastecidosexclusivamente por águas subterrâneas”.

    Segundo ele, na maioria das cidades, no país e no mundo, o abastecimento público usadas águas subterrâneas. Para se ter uma ideia, a estimativa é que cidade de São Paulotenha cerca de 4 mil poços abastecendo indústrias, condomínios, shoppings, escolasetc. As cidades paulistas de Ribeirão Preto, Bauru, Araraquara e São José do Rio Pretotêm o abastecimento urbano baseado nas águas subterrâneas.

    REALIDADE DO ABASTECIMENTO NACIONAL

    De acordo com a Gerência de Águas Subterrâneas da Agência Nacional de Águas (ANA),no Brasil, 47% dos municípios são abastecidos exclusivamente por mananciaissuperficiais, enquanto 39% das sedes municipais (2.153 municípios) sãointegralmente abastecidos por água subterrânea e outros 14% são abastecidostanto por água superficial como por água subterrânea (ANA, 2010). Entre as capitaisestaduais Maceió, Natal e Belém possuem grande parte do abastecimento por águassubterrâneas.

    A vazão média dos cursos superficiais é de 179.516 m3/s, o equivalente a 5.661 km3/ano

    (ANA, 2011). Já a reserva renovável estimada dos aquíferos é de 1.530 km3/ano (ANA,

    2011) e a reserva permanente 112.000 km3, considerando uma profundidade de até

    1.000 metros, com um volume de reabastecimento (recarga) de 3.500 km3 anuais (AldoRebouças, 1997).

    BRASIL: ABUNDANTE TAMBÉM EM RECURSOS SUBTERRÂNEOS

    Segundo a ANA, cerca de metade dos 8,5 milhões de Km2 do Brasil são formadospor materiais rochosos que originam excelentes aquíferos, como por exemplo, nas

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  • bacias sedimentares da região amazônica (Bacias do Amazonas, Solimões e Acre); naBacia Sedimentar do Paraná – onde se alojam os Sistemas Aquíferos Guarani e Bauru, porexemplo; na Bacia Sedimentar do Maranhão, onde os aquíferos Serra Grande e Cabeçassão importantes exemplos.

    O número de aquíferos em si depende da escala em que os mesmos são estudados.Dados preliminares da ANA (2011), indicam que cerca de duzentos aquíferos possuemimportância local e regional elevadas. No estado de São Paulo, podem ser destacados osAquíferos porosos Guarani, Bauru, Taubaté, São Paulo e Tubarão, como importantes,além dos aquíferos fraturados Serra Geral e dos Terrenos Cristalinos.

    A água no Brasil é um bem público, de dominialidade dos Estados federados (rioslocalizados em um único estado e águas subterrâneas) e da União (lagos e rios quecorram mais de um estado ou país, ou sirvam de limites entre estes). E, por ser oprincipal fator limitante para o desenvolvimento econômico, especialmente nos setoresagrícola e industrial, pode tornar-se um bem cobiçado.

    II CIMAS – PARA DEBATER AS ÁGUAS E O MEIO AMBIENTE SUBTERRÂNEOS

    Todo este complexo ambiente estará em discussão, com a presença de especialistasnacionais e internacionais, no II Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo.Promovido pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, a primeira edição doCongresso, em 2009, reuniu mais de 500 especialistas do Brasil e do Mundo, além deprofissionais e estudantes de 22 dos 27 estados brasileiros. Para Everton Oliveira, “estainteratividade é fundamental para a valorização e preservação dos recursos naturaissubterrâneos, que afetam o meio ambiente como um todo. Pois, a gestão adequada parauso e proteção do solo e da água subterrânea no Brasil precisam ser discutidas eapresentadas para a sociedade, por isso estamos realizando a segunda edição doevento, que pretende ser ainda maior”, ressalta Oliveira, que também é secretárioexecutivo da ABAS, professor do Instituto de Geociências da Universidade EstadualPaulista (UNESP), campus de Rio Claro (SP) e da Universidade de Waterloo, no Canadá.Acompanhe a programação completa do evento acessando o link:http://www.abas.org/cimas/pt/index.php

    SERVIÇO

    II CONGRESSO INTERNACIONAL DE MEIO AMBIENTE SUBTERRÂNEO

    Local: Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo, Capital

    Realização: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS)

    Informações: (11) 3868-0726 / [email protected]

    Inscrições: www.abas.org/cimas

    EcoDebate, 30/09/2011

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