guarda compartilhada

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GUARDA COMPARTILHADA PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO

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Page 1: Guarda Compartilhada

GUARDA COMPARTILHADA

PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO

Page 2: Guarda Compartilhada

FAMÍLIA

Desde seu nascimento, a família tem função biopsicossocial, que pode ser definida como a conservação da espécie, desenvolvimento de vínculos afetivos que constituirão a sociedade e as relações estabelecidas nelas ao longo do tempo (Osório, 1996). Lacan citado por Bock, Furtado e Teixeira, desempenha o papel de transmissão da cultura, presidindo os principais processos do desenvolvimento psíquico do sujeito.

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FAMÍLIA

Gerir estabilidade e mudança, definir hierarquia familiar, manter relações interpessoais, identidade e coesão familiar são funções dos rituais de cada família (Lisboa; Férres Carneiro & Jablonski 2007).

Essa transmissão de psiquismo se dá por meio de rituais particulares de cada contexto familiar que, segundo Fiamenghi (2002), são o contexto simbólico, pois tem significados profundos em cada indivíduo, em cada tipo de família. Cada família tem uma maneira de fazer seus rituais, variando conforme sua cultura e suas tradições.

Page 4: Guarda Compartilhada

FAMÍLIA

A família é uma sociedade natural formada por indivíduos, unidos por laço de sangue ou de afinidade. Quando ligadas por laços sanguíneos a conclusão lógica é a descendência, já a ligação por afinidade ocorre com a entrada dos cônjuges com todos aqueles que tenham vínculo parental que se agregam a entidade familiar por meio do casamento.

O desenvolvimento da família foi notável e com o passar dos tempos se fez necessários criar leis para organizar a sociedade familiar surgindo então, uma das mais importantes inovações da Constituição Federal do Brasil de 1988, relativa ao direito de família, inobstante, que se encontra a respeito de perplexidades.

Page 5: Guarda Compartilhada

FAMÍLIA

Para a compreensão do estudo da guarda compartilhada é fundamental a importância de uma abordagem sobre o que é entidade familiar, como ela surgiu e sua evolução até o momento contemporâneo.

A entidade familiar é toda e qualquer espécie de união que tem capacidade de servir como acolhedouro das emoções e das afeições entre os seres humanos, que a princípio é constituída por um homem e uma mulher que se unem para compartilharem todos os seus deveres e obrigações, que cresce, ampliando, assim, com o surgimento dos filhos. E que estes dão força ao vínculo existente na família.

Page 6: Guarda Compartilhada

Conceito “o Poder Familiar é o Conjunto de direitos e

deveres atribuídos aos pais, em relação à pessoa e aos bens dos filhos não emancipados, tendo em vista a proteção destes”

Page 7: Guarda Compartilhada

Conceito- Poder familiarAssim conceitua Venosa

“conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais com relação aos filhos menores e não emancipados, com relação à pessoa destes e a seus bens”.

No entanto o Poder Familiar não é extensivo a todos os filhos, havendo a delimitação no que tange a Maioridade deste, ou seja, se menor estará sujeito aos preceitos do Poder Familiar. A redação que impõe tal restrição é a do art. 1.630 do CC que informa que os filhos enquanto menores estarão sujeitos ao Poder Familiar. Este, por sua vez, é constituído por um conjunto de direitos e deveres (art. 1.631 do CC)

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Conceito

o Poder Familiar pode ser conceituado da seguinte maneira: [...] um conjunto de direitos e obrigações, quanto à pessoa e bens do filho menor não emancipado, exercido, em igualdade de condições, por ambos os Pais, para que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o interesse e a proteção do filho.

Page 9: Guarda Compartilhada

GURDA

A compartilhada ou conjunta é definida como sendo a co-responsabilização do dever familiar, onde os genitores, em caso de ruptura do matrimônio ou da convivência, participam de modo igualitário da guarda dos filhos, dividindo direitos e deveres decorrentes do Poder Familiar (art. 1.583, §1º, Código Civil). Tepedino ressalta, como vantagem desta modalidade de guarda, “o fato de evitar a desresponsabilização do genitor que não permanece com a guarda, além de assegurar a continuidade da relação de cuidado por parte de ambos os pais”.

TEPEDINO, Gustavo. Op cit., p. 319-320.

Page 10: Guarda Compartilhada

Ao estabelecer normas que regulam as ações sociais da família, é essencial conceituar os institutos que tem relação com a entidade familiar, como o pátrio poder. Pontes de Miranda traduz: “O pátrio poder moderno é conjunto de direitos concedidos ao pai ou à própria mãe, a fim de que, graças a eles, possa melhor desempenhar a sua missão de guardar, defender e educar os filhos, formando-os e robustecendo-os para a sociedade e a vida.”

Page 11: Guarda Compartilhada

Diferença entre Pátrio Poder e Poder Familiar é que no Pátrio Poder era o pai quem exercia o poder sobre os filhos, a luz do Código Civil, Passou a ser Poder Familiar onde a  responsabilidade sobre os filhos é de ambos;

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Guarda compartilhadaA guarda compartilhada foi criada com o objetivo de

proporcionar a criança ou o adolescente uma vida saudável, um desenvolvimento com princípios éticos morais, psicológicos e sociais, além da educação, lazer e vestuário, em conjunto com os pais, ou seja, pai e mãe.

Dentre os outros modelos de guarda, o mais recente é o da guarda compartilhada, objeto da Lei n. 11.698/08, e é altamente criticada pelos juristas, que afirmam ser prejudicial ao menor de 18 (dezoito) anos, na formação de sua personalidade, valores e padrões.

Os magistrados concedem a guarda compartilhada no caso de separação consensual, onde não há entre as partes o litígio, casos de acordos entre as partes, que é amparado pela Constituição Federal

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ALTERAÇÃO DE GUARDA, DE VISITAÇÃO E DE ALIMENTOS. GUARDA COMPARTILHADA. LITÍGIO ENTRE OS PAIS.

.1. Não é a conveniência dos pais que deve orientar a definição da guarda, mas o interesse do filho.

2. A chamada guarda compartilhada não consiste em transformar o filho em objeto, que fica a disposição de cada genitor por um semestre, mas uma forma harmônica ajustada pelos genitores, que permita ao filho desfrutar tanto da companhia paterna como da materna, num regime de visitação bastante amplo e flexível, mas sem que o filho perca seus referenciais de moradia.

Para que a guarda compartilhada seja possível e proveitosa para o filho, é imprescindível que exista entre os pais uma relação marcada pela harmonia e pelo respeito, onde não existam disputas nem conflitos.

3. Quando o litígio é uma constante, a guarda compartilhada é descabida.

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BIBLIOGRAFIA

Recurso desprovido. (Apelação Cível, nº: 70005760673, Sétima 101 RAMOS, Patrícia Pimentel de Oliveira Chambers.

O poder familiar e a guarda compartilhada sob o enfoque dos novos paradigmas do direito de família. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005. p. 102-103. 102 NOGUEIRA, 2001 apud PAIXÃO, Edivane, op. cit., p. 59. 103 RODRIGUES, 1983 apud PEREIRA, Sérgio Gischkow.

A guarda conjunta de menores no direito brasileiro. Revista da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, vol. 13, n. 36, p. 53-64, mar. 1986. p. 57. 52 Câmara Cível, TJRS, relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, julgado em 12/03/2003).