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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 1 de 77

Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. Sociedade aberta ao investimento do público

Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220, 4000-478 Porto

Capital social 160.000.000 Euros

NIPC 500 265 763, Matriculada na CRC do Porto

CONTACTOS: Geral [email protected] 228 342 200 Comunicação social, Relações públicas [email protected] 228 342 692 Apoio ao investidor [email protected] 228 342 534 Web http://www.soaresdacosta.pt

Relatório de Gestão

Exercício de 2008

I - DESTAQUE. PRINCIPAIS INDICADORES 2008

Volume de negócios consolidado de 834,8 milhões de euros, superior em 51,6% ao

do ano anterior;

EBITDA cresce de 36,2 para 86,4 milhões de euros (+ 138,9%);

Margem EBITDA / Volume de negócios progride de 6,57 % para 10,35%;

Resultado consolidado atribuível ao grupo atinge 8, 2 milhões de euros,

representando um decréscimo de 31,8% face ao ano an terior;

Aquisição da «Contacto Construções», empresa de con struções da Sonae;

Aumento da participação na «Scutvias» de 20% para 3 3,33%;

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 2 de 77

Aquisição da «Prince», empresa com sede no Estado d a Florida, Estados Unidos

da América;

Adjudicação da Subconcessão da Auto-Estrada Transmo ntana ao agrupamento

Auto-Estrada XXI, em que o grupo lidera e participa com 50%;

Carteira de Obras ascende a 1.878 milhões de euros (+ 43,0% face a um ano antes);

Principais Indicadores Consolidados

Valores monetários em milhões de euros

Rubricas 2008 2007 ∆ 2008/07 %

Volume de Negócios 834,8 550,5 51,6

Portugal 417,9 178,9 133,6

Mercado Externo 416,8 371,6 12,2

EBITDA 86,4 36,2 138,9

Margem EBITDA / Volume de Negócios 10,35% 6,57% +3,78 p.p.

Resultados Operacionais 51,2 23,5 117,8

Resultados Financeiros -41,8 -10,9 281,9

Resultado Líquido Atribuível ao Grupo 8,2 12,0 -31,8%

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0 – INTRODUÇÃO

O Conselho de Administração do Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., no cumprimento do

preceituado nos artigo 65º e 66º do Código das Sociedades Comerciais, normas estatutárias e outras

disposições legais e regulamentares aplicáveis às sociedades abertas ao investimento do público,

apresenta e submete à apreciação da Assembleia-Geral de Accionistas, o Relatório de Gestão, as

contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31

de Dezembro de 2008.

Este documento visa dar conhecimento público sobre a evolução dos negócios, do desempenho e da

posição da sociedade «Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.» e do respectivo Grupo Empresarial que

lidera, bem como dos principais riscos e incertezas com que se defronta.

Os dados contabilísticos apresentados quando reportados a contas individuais foram elaborados

segundo os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (Plano Oficial de Contabilidade e

directrizes contabilísticas dimanadas pela Comissão de Normalização Contabilística), enquanto num

contexto consolidado, devem ser lidos e analisados à luz das normas internacionais (IAS/IFRS: Normas

Internacionais de Contabilidade / Normas Internacionais de Relato Financeiro), tal como adoptadas na

União Europeia.

A informação financeira relativa a cada empresa participada individualmente referida neste relatório deve

ser entendida no contexto do seu interesse para a compreensão da actividade e «performance» do

Grupo e não visa substituir nem dispensa a consulta das demonstrações financeiras que cada sociedade

elabora e apresenta nos termos da legislação vigente.

O relatório anual sobre as práticas de governo da sociedade e apoio ao investidor («Corporate

Governance»), elaborado nos termos do Regulamento da CMVM nº. 1/2007, com as alterações do

regulamento da CMVM nº 5/2008, a lista dos accionistas com participações qualificadas e bem assim as

participações na sociedade detidas pelos membros dos órgãos sociais, são apresentados como anexos

a este Relatório de Gestão, dele fazendo parte integrante.

Neste Relatório e por simplicidade são usadas abreviaturas e expressões que, têm o seguinte

significado:

• ABDR Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados individuais

• PC&NE “Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas” que integra as Demonstrações Financeiras

consolidadas.

• EBIT Resultado Operacional

• EBITDA Meios libertos operacionais

• AN Área de Negócios

• VN Volume de Negócios, correspondente à soma de “Vendas", Prestações de Serviços” e

“Proveitos Suplementares” (contas POC 71, 72 e 73)

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II - A IDENTIDADE DA SOARES DA COSTA

Quem somos

O Grupo Soares da Costa é um dos maiores grupos económicos do sector da construção e obras

públicas em Portugal.

A Soares da Costa tem uma forte componente internacional, mantendo presença permanente na Florida

(EUA), Angola e Moçambique e pontual noutros países. Actualmente Roménia, Israel, S. Tomé e

Príncipe, Guiné-Bissau, Costa Rica e os países do norte de África (Argélia, Marrocos e Tunísia) são

mercados de intervenção das participadas da sociedade. Em termos mundiais, posiciona-se em 96º

lugar como «international contractor» (volume de negócios fora do país de origem), na classificação da

revista norte-americana Engineering News Record’s (2008).

A sua estrutura empresarial encontra-se alicerçada em quatro sub-holdings, correspondentes a quatro

áreas de negócios: Construção, Concessões, Indústria e Imobiliária.

A forte capacidade técnica, os recursos humanos altamente qualificados e a orientação para o mercado

internacional, têm sido a chave de sucesso do grupo.

Visão e Objectivos Estratégicos

Ser um Grupo económico de construção e serviços/concessões de projecção internacional com níveis de

rentabilidade e de criação de valor accionistas em linha com as melhores referências mundiais do sector,

constituiu a visão e objectivos estratégicos do Grupo Soares da Costa.

Missão

A missão do Grupo é a de corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes através de um

modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social

e ambiental, de modo a proporcionar um retorno atractivo aos Accionistas.

As pessoas, o respeito pelo ambiente e o crescimento económico são os pilares da Soares da Costa.

Actuando sempre com sentido ético, responsável e íntegro, o Grupo Soares da Costa rege-se pelos

seguintes valores:

- Manter a orientação permanente para o mercado e a satisfação do cliente;

- Procurar o crescimento pela eficiência e eficácia da gestão;

- Cultura empresarial assente em princípios de equidade e isenção;

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- Conduta socialmente responsável;

- Criação de relações duradouras com parceiros a nível nacional e internacional;

- Promoção do respeito pelo ambiente;

«O que fazemos e a forma como fazemos define o que s omos»

Referências Históricas

As origens do Grupo Soares da Costa remontam a 1918, ano em que, com apenas 10 operários, foi

fundada no Porto, por José Soares da Costa, uma pequena empresa que se dedicava à execução de

acabamentos de alta qualidade e pinturas a ouro fino, cuja técnica aprendera em França. O primeiro

registo comercial foi feito em 1925, na Conservatória do Registo Comercial do Porto, sob o nome

individual do fundador.

De pequena empresa em nome individual, passou a grande Grupo Económico, cotado em Bolsa; de 10

operários chegou a atingir 7.500 colaboradores; de empresa de execução de acabamentos passou a

grupo pluridisciplinar, com ramificações em todas as áreas ligadas ao negócio de construção; de

empresa regional passou a empresa internacional, com obra feita em quatro continentes e dezenas de

países.

A estrutura actual do Grupo foi desenhada em 2002 e implementada em finais desse ano e baseia-se na

formação de uma sociedade gestora de participações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.,

com capital social de 160.000.000 de Euros, ramificada segundo as diferentes áreas de actividade em 4

outras SGPS, cujos capitais sociais detém na totalidade:

Soares da Costa Construções, S.G.P.S., S.A., com capital social de 90.000.000 de Euros, que detém as

participações das empresas vocacionadas para a actividade de Empreiteiro Geral (construção,

engenharia civil e obras públicas);

Soares da Costa Indústria, S.G.P.S., S.A., com capital social de 40.000.000 de Euros, que detém as

participações sociais das empresas que se dedicam a actividades industriais complementares da

tradicional construção, nomeadamente nas áreas da serralharia e metalo-mecânica e das infra-

estruturas ferroviárias e marítimas;

Soares da Costa Concessões, S. G. P. S., S. A., com capital social de 20.000.000 de Euros, actuando na

área das concessões de serviço e infra-estruturas públicas;

Soares da Costa Imobiliária, S.G.P.S., com capital social de 80.000.000 de Euros, que integra o conjunto

de empresas com actividade na área de promoção e gestão imobiliária.

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Entretanto, pelo percurso transcorrido de mais de 90 anos a Inovar , o Grupo Soares da Costa já marcou

a sua presença em mais de duas dezenas de países, enfrentou múltiplos desafios, obteve êxitos e

registou também alguns insucessos, que consolidaram a experiência e contribuíram para a dimensão

actual do Grupo Soares da Costa.

Nesta pequena súmula histórica, merecem destaque ainda, as seguintes datas de referência:

Em 2 de Junho de 1944 constitui-se a sociedade por quotas “Soares da Costa, Lda.” , com o capital de

8 milhões de escudos.

Em 1 de Maio de 1968 a sociedade por quotas transforma-se em sociedade anónima, passando a

denominar-se “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.R.L. ”, com o capital de 9 milhões de

escudos.

Em finais de 1986 a sociedade passa a ter as suas acções admitidas a cotação na Bolsa.

Como se disse acima, em 30 de Dezembro de 2002 o Grupo Económico Soares da Costa passou a ter a

conformação actual, liderado pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., com o capital

social de 160.000.000 €.

A partir de meados de 2006 altera-se a estrutura accionista da sociedade e com a concretização da

Oferta Pública de Aquisição de Acções em Janeiro de 2007 a "Investifino - Investimentos e

Participações, SGPS, S.A." passa a deter uma participação de domínio.

No Plano Estratégico “Ambição Sustentável 2007-2012”, apresentado em Outubro de 2007 o Grupo

selecciona as áreas de Construção e Concessões/Serviços como as áreas estratégicas de actuação

futura sendo uma das seis linhas de desenvolvimento definidas a adequação consequente do seu

portfolio de negócios.

Neste âmbito inserem-se operações, ocorridas durante o exercício a que se reporta este Relatório, de

aquisição da Contacto e da Prince e o reforço da participação na Scutvias.

Órgãos Sociais

A composição dos órgãos sociais, após as deliberações da Assembleia-Geral de Accionistas de 29 de

Abril de 2008, ficou a seguinte:

• Mesa da Assembleia-Geral

Alberto Correia de Almeida – Presidente

João Pessoa e Costa – Secretário

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• Conselho de Administração

Manuel Roseta Fino - Presidente

Maria Angelina Martins Caetano Ramos – Vogal não executivo

José Manuel Baptista Fino – Vogal não executivo

Pedro Manuel de Almeida Gonçalves – Vogal, Presidente da Comissão Executiva

António Pereira da Silva Neves – Vogal executivo

António Manuel Sousa Barbosa da Frada – Vogal executivo

Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos – Vogal executivo

António Manuel Palma Ramalho – Vogal não executivo, independente

António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques – Vogal não executivo, independente (não

Independente desde Setembro de 2008)

• Comissão Executiva

Pedro Manuel de Almeida Gonçalves - Presidente

António Pereira da Silva Neves - Vogal

António Manuel Sousa Barbosa da Frada - Vogal

Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos – Vogal

• Conselho Fiscal

Júlio de Lemos de Castro Caldas (Presidente)

Carlos Pedro Machado de Sousa Góis (Vogal)

Joaquim Augusto Soares da Silva (Vogal)

• Revisor Oficial de Contas

Patrício, Moreira, Valente & Associados, SROC, representada por Dr. Jorge Bento Martins Ledo,

(ROC nº. 591), tendo como suplente o Dr. Carlos de Jesus Pinto (ROC nº. 622).

• Comissão de Remunerações

José Manuel Baptista Fino – Presidente

João Pessoa e Costa (Vogal)

António Jorge Gonçalves Afonso (Vogal).

• Secretário e Secretário Suplente da Sociedade

Jorge Manuel Oliveira Alves (Secretário)

Pedro Manuel Tigre Falcão Queirós (Secretário Suplente)

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Accionistas

À data de 31 de Dezembro de 2008 os accionistas com participações qualificadas no capital da

sociedade (participações superiores a 2%) são os seguintes:

Manuel Fino SGPS, S.A. Num. Acções% Direitos de voto

(*) Indirectamente através da Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, SA 113.302.682 71,5271%

Através de Vice-Presidente da Investino– Investimentos e Participações, SGPS, SA 40.000 0,0252%Total imputável 113.342.682 71,5523%

Caetano – SGPS, S.A. Num. Acções% Direitos de votos

(*) Directamente 17.600.000 11,1107%

Através da Administradora da Caetano – SGPS, S.A. 9.000 0,0057%Total imputável 17.609.000 11,1164%

Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, S.A. Num. Acções% Direitos Voto

(*) Através de vários Fundos de Investimento 8.069.686 5,0943%

Total imputável 8.069.686 5,0943%

*As percentagens de direitos de voto acima calculadas consideram o efeito da existência de 1.594.708

acções próprias que a sociedade detém à data do fim do exercício.

Governo do Grupo

Organograma da Sociedade

Abaixo apresenta-se o organograma da sociedade «Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., ilustrando o

modelo organizativo e identificando os responsáveis pelas diversas funções:

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Organograma do Grupo

A estrutura de participações financeiras que compõem o Grupo Soares da Costa pode ser representado

pelo seguinte organograma:

SDC Contractor , LLCSDC Contractor, LLC

Gaia, CCMS, LLCGa ia, CCMS, LLC

Autopistas del SolAutopist as del So l

GCF, ACEGCF, ACE

25%

Método Proporcional

Eq. Patrimonial Grupul Portughez de

Constructii

Grupul Portughez de Cons tructii

17,9%

50%

100%

C. aqu

isição

28,6%INDÁQUA, SAINDÁQUA, SA

SCUTVIAS, SASCUTVIAS, SA

GAYAEXPLOR, LDAGAYAEXPLOR, LDA

Construtora - S.J osé-S.Ramon, SA. (8)

Cons tr utor a - S.José-S.Ramon, SA.(8 )

VSL, SAVSL, SA

VORTAL, SAVORTAL, SA Autopis tas del ValleAutopistas delV alle

17%

17%

ALSOMA, AEIEALSOMA, AEIE45%

Construtora - S.José-Caldera, SA.( 8 )

Construtora - S.J osé-Caldera , SA. (8)

IndáquaMat osinhos, SA

IndáquaMatosinhos, SA

0,5%

Min i PriceHotels,(Porto), SA( 1 )

Mini Price Hot els,(Porto ), SA(1)

33%

40%

50%

OFM, SAOFM, SA

SOMAFEL, SASOMAFEL, SA

Somafel e Ferrovias,ACE

Soma fel e Ferrovias,ACE

40%

100%

60%

Três ponto doisTGCCVCMLN, ACE

Três pont o do isTGCCVCMLN, ACE

RRC & SC, ACERRC & SC, ACE

Está dio Coimbra, ACEEstádio Coimbra, ACE

ASSOC-Es tádio deBraga, ACE

ASSOC-Estádio deBraga, ACE

TRANSMETRO, ACETRANSMETRO, ACE

FCC & SC, ACEFCC & SC, ACE

ACESTR ADA, ACEACESTRADA, ACE

NORMETRO, ACENORMETRO, ACE

20%

50%

60%

50%

28,57%

50%

Somague-SDC, ACESomague-SDC , ACE

40% Estádio de BragaAcabamentos, ACE

Est ádio de BragaAc abamentos, ACE

Remodela ção do Teatro Circo, ACE

Remodelação do Teatro Circ o, ACE

50%

50%

97,5%

Hidr oequadorS . Tomense

Hidroeq uadorS. Tomens e

100%100% 100%100%

100%

100%

100%

100%

100%SOARTA, SASOARTA, SA

MZI, LDAMZI, LDA

Mercados Novos, LDAMerc ados Novos, LDA

CIAGEST, SACIAGEST, SA

SODEL, SASODEL, SA

HABITOP, SAHABITOP, SA100%

SDC Indústria , SGPS, SA

SOCOMETAL, SASOCOMETAL, SA

100%

100%

100%

SDC Concessões, SGPS, SA

SDC América , INCSDC América, INC100%

Grupo Soares da Costa, SGPS, SA

SCSP - Soares da CostaServiços

Partilhados, SA (3 )

SCSP - Soares da CostaServiços

Partilhados, SA( 3) 99,96%

Porto Constr uctionG roup, LLC

Porto Cons tructionGr oup, LLC60%

80%

SDC CONCESIONESCOSTA R ICA, SA

SDC CONCESIONESCOSTA RICA, SA

100%

95%

COSTAPARQUES, SACOSTAPARQUE S, SA

100%

SDC Serv iços Técn icos e de Gestão , SA

SDC Serviços Técnic os e de Gestão, SA

100%

100%

Soares da CostaDesenvolvimento , SA

Soares da CostaDesenvolvimento, SA

100%

100%

SDC S. Tomé e Prín cipe,Con str uções, Lda.

SDC S. Tomé e Príncipe,Cons truções , Lda.

SDC Construc cionesCentro Americanas , SA

SDC Cons trucc ionesCentro Americanas, SA

Método Integral

80%

100%

SDC Moçambique, SARLSDC Moçambique, SARL

100%

100%

100%

Carta Ango la, LdaCarta Angola, Lda100%

100%

CPE, SACPE, SA100%

99%

100%

IndáquaVila do Conde, SA

IndáquaV ila do Conde, SA 98%

Hidroeléctrica STP, Lda.

Hidroeléctrica STP , Lda.

60%

SDC C.S., LLCSDC C.S., LLC

100%

11,3%

8,04%

CAIS da FONTINHA, SA

CAIS da FONTINHA, SA

100%

CONTACTO, SACONTACTO, SA100%

75%

IMOKANDANDU,LDA

IMOKANDANDU,LDA

51%

33,33%

Nova Es tação, ACENova Estação, ACE25%

(1 ) Adicionalmente, a SDC Desenvolvimento, SA detém uma part icipação de 1% no capital social da Mini Price Hotels (Porto) , SA. (2 )Adic ionalment e, a Ciagest, SA detém uma par ticipação de 1% no cap ital social da SDC Imobiliária, Lda .(3 )Adic ionalment e, a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, a Ciagest, SA, a Clear, SA e a SDC Serviços Técnicos e de Gestão, SA detêm, cada uma, 0,01% do cap ital social da SCSP – Soares da Costa Ser viços Partilhados, SA. (4 )Adic ionalment e, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. detém uma partic ipação de 4% no capital social da Auto-estradas XXI, S.A.. (5 )Adic ionalment e, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. detém uma partic ipação de 4% no capital social da OperestradasXXI, S.A.. (6 )Adic ionalment e, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. detém uma partic ipação de 0,004% no capital soc ial da Exproestr adas XXI, S.A.. (7 ) Adiciona lmente, a Sociedade de Constru ções Soares da Costa, S.A. detém uma participação de 1% no capital so cial da MTA – Máquinas e Tr actor es de Ango la, Lda.(8 ) Sociedade detida em 17% pela SDC Cons trucc iones Cen tro Americanas, SA.

TRAVERSOFER, SAR LTRAVERSOFER, SARL50%

MTS, LDAMTS, LDA20%

SDC Imobiliária,SGPS, SA

INTEVIAS, SAINTEVIAS, SA

INFRAESTRUCT. SDCCOSTA RICA, SA

INFRAESTRUCT . SDCCOSTA RICA, SA

SDC Construção,SGPS, SA

GCVC, ACEGCVC, ACE

Matosinhos, ACEMatosinhos, ACE28,57%

28,57%

LusoAir, INCLusoAir, INC

Prince, LLCPr ince, LLC100%

SDC Con structionServ ices, LLC

SDC ConstructionServices, LLC

100%

CARTA, LDACARTA, LDA

HidroAlq ueva, ACEHidroAlqu eva, ACE

C oordenação & SDCCoordenação & SDC

50%

50%

46%

46%

50%

Auto-estradasXXI, S .A.( 4)

Auto-estr ada sXXI, S.A. (4)

OperestradasXXI, S.A.( 5)

OperestradasXXI, S.A. (5)

ExproestradasXXI, S.A.( 6)

ExproestradasXXI, S.A. (6)

CLEAR, SACLEAR, SA

COSTA SUL, LDACOSTA SUL, LDA

IMOSEDE, LDAIMOSEDE , LDA 98%

MTA, LDA.(7 )MTA, LDA.( 7)

99%

Israel Metro Bu ildersIsrael Metro Builders 30%

SDC IMOBILIÁRIA,LDA (ANGOLA)(2 )

SDC IMOBILIÁRIA,LDA (ANGOLA)( 2)

98%

CLEAR ANGOLA, SA

CLEAR ANGOLA, SA

2%

2%

NAVEGAIA, SANAVEGAIA, SA

CAET XXI, ACECAET XXI, ACE50%

Soc. Constru çõesSoares da Cos ta, SA

Soc. Con struçõesSoares da Costa, SA

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 10 de 77

Sustentabilidade e Responsabilidade Social

A prossecução da sua missão através de uma conduta socialmente responsável e o respeito pelo

ambiente constituem valores que historicamente a Soares da Costa prossegue e que assumem, no

contexto actual, uma importância acrescida e de interesse estratégico.

Marcando essa importância e não obstante as práticas de respeito pelo ambiente, segurança e

responsabilidade social implementadas há muitos anos, a empresa em 2007 deu início à implementação

e desenvolvimento de um Projecto de Sustentabilidade e publicou no ano findo com referência àquele

exercício o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, dando conta dos resultados alcançados, que

envolvem a gestão de aspectos de ordem económica, social, ambiental e de governança da sociedade.

O compromisso do Grupo Soares da Costa para com a sustentabilidade decorre da ambição em

desenvolver as suas actividades económicas – nacional e internacionalmente – aspirando,

simultaneamente à rentabilidade e criação de valor accionista, à protecção e bem-estar dos seus

colaboradores e comunidades com quem interactua, à preservação do meio ambiente através da

minimização de impactes ambientais negativos e à melhoria contínua do valor criado para os grupos de

interesse prioritários, através do seu envolvimento no processo de implementação da estratégia do

Grupo.

Ora em 2008, o Grupo Soares da Costa deu continuidade à implementação da sua estratégia de

sustentabilidade. Em termos organizacionais, a responsabilidade de coordenação dos trabalhos

implementados continuou a cargo do Conselho de Sustentabilidade, que sofreu algumas alterações face

ao ano anterior, nomeadamente no envolvimento de colaboradores da Contacto Construções e da

CLEAR, com o objectivo de alargar o espectro de actuação e implementação da estratégia de

sustentabilidade.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO GRUPO SOARES DA COSTA, S.G.P.S. S.A.

Comissão Executiva

Conselho de Sustentabilidade Empresas

Representadas Departamentos Envolvidos Grupos de Trabalho

Recursos Humanos Responsabilidade Social

Corporativa e Comunicação Soares da Costa Construções Comunicação Institucional e

Marketing Índice Sustentabilidade em Obra

Qualidade, Ambiente e Segurança Compras Sustentáveis

Soares da Costa Serviços Partilhados Desenvolvimento de Projectos

(Mercados Nacional/Externos) Alterações Climáticas

Contacto Construções Aprovisionamentos e

Subempreitadas Investigação e Inovação

CLEAR Gabinete do Investidor Desenvolvimento Organizacional

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 11 de 77

Este modelo de organização permitiu integrar, nas responsabilidades dos órgãos de gestão, a

preocupação com os aspectos ambientais e sociais relacionados com os negócios da empresa e a

implementação transversal dos compromissos assumidos na política de sustentabilidade.

Com o esforço desenvolvido, pelo Conselho de Sustentabilidade e outros colaboradores que

contribuíram para o projecto e para a implementação dos compromissos assumidos, foram concluídos

em grande parte os objectivos traçados. Por outro lado, a empresa conseguiu alcançar algumas metas

que inicialmente não estavam estabelecidas. O trabalho desenvolvido teve maior incidência no reforço

de projectos e acções internas que a médio e longo prazo poderão tornar-se uma base mais sustentada

para que se alcancem todas as metas propostas. Alguns dos resultados alcançados podem ser

consultados no Relatório de Sustentabilidade 2008, em www.soaresdacosta.pt.

Para além disso, a Soares da Costa continua a apostar na sustentabilidade como factor chave do seu

crescimento estratégico, tendo já planeado um conjunto de acções a desenvolver em 2009, assim como

a definição de outros grupos de trabalho, com o objectivo de reforçar a estratégia a implementar noutros

mercados geográficos que não Portugal e noutras áreas de negócio do Grupo.

Grupo de Trabalho

Acções Implementadas e / ou Implementação Objectivos 2009 / 2010

Responsabilidade Social

Corporativa e Comunicação

• Implementação de acções no âmbito da Política Estratégica de Responsabilidade Social Corporativa • Divulgação interna e externa do projecto de sustentabilidade

• Continuação da implementação da Política Estratégica de Responsabilidade Social Corporativa • Lançamento de newsletter trimestral sobre sustentabilidade – comunicação interna • Reforço dos conteúdos de sustentabilidade no website corporativo – comunicação externa

Índice Sustentabilidade

em Obra

• Criação de modelo de avaliação de desempenho sustentável de obras, com base em critérios ambientais e sociais

• Alargamento do âmbito do Índice de Sustentabilidade em Obra a outras tipologias • Formação a Directores de Obra sobre esta ferramenta de diagnóstico interna

Compras Sustentáveis

• Desenvolvimento de modelo de avaliação de fornecedores e posterior Modelo de Compras Sustentáveis

• Envolver principais fornecedores da empresa para avaliação de expectativas • Realizar diagnóstico de áreas de melhoria na relação SdC | fornecedores • Elaboração de plano de acção para as áreas de melhoria identificadas

Alterações Climáticas

• Definição da Estratégia de Combate às Alterações Climáticas • Quantificação das Emissões de Gases com Efeito de Estufa • Definição de Planos de Monitorização, Redução e Compensação das Emissões GEE

• Continuar a monitorizar as emissões atmosféricas da empresa e implementar estratégia de combate às alterações climáticas • Realizar um diagnóstico e plano de acção para melhoria do ambiente corporativo das unidades fixas • Implementar campanha de sensibilização ambiental nas unidades fixas

Investigação e Inovação

• Definição de modelo de contextualização do desempenho da empresa em relação às práticas do sector • Formação em sistema de certificação

• Definir princípios e indicadores relevantes para a criação do sistema de medição de desempenho da SdC em relação ao sector da construção • Envolver academias, associações do

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voluntária de edifícios: LEED sector e outras instituições na elaboração deste estudo • Desenvolver os princípios para concurso de investigação em matéria de construção sustentável

Desenvolvimento Organizacional

• Extensão do projecto de sustentabilidade à CLEAR • Desenvolvimento de acções de reforço do Clima Organizacional do Grupo SdC

• Implementação de plano de acções de reforço do clima organizacional • Desenvolvimento de acções de formação sobre sustentabilidade no sector da construção

Angola (não existiu em 2008)

• Desenvolver e implementar plano operacional que incorpore a sustentabilidade na estratégia de desenvolvimento da empresa em Angola

CLEAR (não existiu em 2008)

• Desenvolver Política de Sustentabilidade da CLEAR • Desenvolver plano de acções para a incorporação da CLEAR na estratégia de sustentabilidade do Grupo Soares da Costa

Principais Acontecimentos corporativos

• Na reunião do Conselho de Administração de 31 de Janeiro de 2008 foi deliberado ampliar a

Comissão Executiva de três para quatro membros passando a ter a seguinte composição:

- Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Presidente)

- António Pereira da Silva Neves (Vogal)

- António Manuel Sousa Barbosa da Frada (Vogal)

- Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (Vogal)

• Em 29 de Abril de 2008 realizou-se a Assembleia-Geral Anual da Sociedade que aprovou o

Relatório e Contas individuais e consolidadas relativos ao exercício de 2007, bem como a

aplicação dos resultados líquidos. Esta Assembleia procedeu também à eleição, para completar

o mandato em curso, de alguns membros para órgãos sociais da sociedade, a saber:

- Conselho de Administração: alargamento de 6 para 9 membros, sendo eleitos os seguintes 3

novos administradores, todos não executivos:

- José Manuel Baptista Fino (Vogal)

- António Manuel Palma Ramalho (Vogal independente)

- António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (Vogal independente)

- Mesa da Assembleia-Geral:

- Alberto Correia de Almeida (Presidente)

- Conselho Fiscal:

- Júlio de Lemos de Castro Caldas (Presidente)

- Carlos Pedro Machado de Sousa Góis (Vogal)

- Comissão de Remunerações:

- Dr. José Manuel Baptista Fino (Presidente)

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• A 30 de Junho de 2008 concretizou-se a fusão por incorporação da Maxbela – Soluções em

Madeira e Alumínios, S.A. na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., com extinção

daquela subsidiária do segmento industrial.

• Transferência das subsidiárias, então da área industrial, Clear - Instalações Electromecânicas,

S.A., e Navegaia - Instalações Industriais, S.A., para as áreas da Construção e Imobiliária,

respectivamente.

III - ACTIVIDADE

Principais Acontecimentos

Para além dos principais acontecimentos corporativos já acima expostos, referem-se em seguida outros

acontecimentos relevantes da vida da sociedade e do Grupo durante o ano findo:

• Aquisição da totalidade do capital social da «Contacto – Sociedade de Construções S.A.»;

• Publicação do primeiro Relatório de Sustentabilidade;

• Aumento da participação na «Scutvias – Auto Estradas do Interior, S.A., de 20% para 33,33%;

• Aquisição da totalidade do capital social da sociedade «Prince Contracting Co., Inc.», sociedade

com sede no Estado da Florida, Estados Unidos da América;

• Adjudicação ao agrupamento Auto-Estrada XXI, em que o grupo participa em 50%, da

Subconcessão da Auto-Estrada Transmontana.

Enquadramento da Actividade

Enquadramento Macro - Económico internacional

O ano de 2008 foi marcado pela interacção da crise financeira internacional com a desaceleração da

actividade económica a nível global. Marca o fim de um ciclo de grande prosperidade generalizada e

ficará na história como um dos mais conturbados de sempre no plano financeiro.

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Do crescimento de 5% em 2007 o crescimento do produto mundial ter-se-á situado em 3,7% no ano

agora terminado e projecções do FMI perspectivam uma expansão do produto de apenas 2,2% para

20091.

Porém todas estas previsões são gradualmente revistas em baixa com uma periodicidade anormal e as

notícias de quebras de produção e de aumento do desemprego proliferam nos órgãos de comunicação

social.

Os efeitos da crise do «subprime» nos Estados Unidos da América, ao contrário da esperança com que

se começou o ano de que poderiam ficar circunscritos a este mercado e a um ou outro país com maior

sobreaquecimento imobiliário e mais elevadas taxas de endividamento, alastraram-se, afinal, à

generalidade dos mercados e nem a suposta resiliência da Europa foi suficiente para manter a dinâmica

de crescimento global.

Em algumas das principais economias avançadas, a actividade económica vinha, é certo, a evidenciar já

uma tendência de desaceleração, em grande parte devido ao forte aumento do preço das matérias -

primas nos mercados internacionais e ao ajustamento em baixa em vários mercados de habitação. No

entanto os efeitos da crise financeira vieram agravar esta desaceleração e agora as expectativas em

diversas áreas geográficas são mesmo de recessão ou até de depressão.

As três maiores economias mundiais já estarão em recessão: EUA, Área Euro e Japão. A China

encontra-se num processo de arrefecimento acelerado e as restantes economias emergentes sofrerão

igualmente um decréscimo apreciável nos seus níveis de crescimento.

No mercado financeiro, os índices accionistas tiveram um dos piores anos de sempre, tendo-se

registado enormes perdas no mercado do crédito onde se situou o epicentro da crise. Esta evolução

agravou as condições de acesso ao financiamento da economia; se por um lado diminuíram as taxas

directoras por via da intervenção das autoridades, por outro lado as instituições financeiras restringiram o

crédito fazendo disparar os “spreads” dos instrumentos de dívida privada.

A dimensão da crise determinou uma resposta das autoridades dos países mais afectados: reduções

agressivas das taxas de juro directoras, introdução de esquemas cada vez menos convencionais de

injecção de liquidez no sistema financeiro, concessão de garantias estatais à emissão de dívida bancária

e participação dos governos no esforço de recapitalização das instituições financeiras.

Estas medidas de suporte ao sector financeiro por parte das autoridades governamentais permitiram

algum alívio nas classes de dívida do sector financeiro mas vem-se verificando uma maior discriminação

pelos investidores relativamente aos países mais periféricos da área euro, que são penalizados face à

maior vulnerabilidade que demonstram perante a crise.

1 IMF - World Economic Outlook Update, Nov. 6, 2008.

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Ao nível dos preços verificou-se em 2008 uma abrupta alteração de rumo. À espiral inflacionista da

primeira metade do ano, com uma subida inusitada do preço do petróleo e das «commodities»,

correspondeu na segunda metade uma súbita reversão da tendência de evolução como consequência

da retracção da procura à escala global nos mercados de bens e serviços e das expectativas recessivas.

O prolongamento desta reversão dos preços das matérias-primas e o clima recessivo apontam para uma

forte desinflação, se não mesmo deflação, o que comporta o risco de aumento do custo real da dívida.

Aguarda-se, por sua vez, que as medidas de suporte à economia anunciados pelos diversos países

consigam estabilizar os mercados financeiros pondo fim à espiral de desvalorização dos activos

financeiros e ao restabelecimento dos mecanismos de financiamento à economia. Caso contrário,

seremos confrontados com um mais que provável cenário binomial de deflação - recessão.

O sistema bancário, o desemprego e o financiamento dos planos apresentados pelos governos para

salvação das economias são pois os grandes desafios que se colocam para 2009.

A Economia Portuguesa

A economia portuguesa, como é hábito, face às suas debilidades estruturais e persistência de

fragilidades que condicionam a produtividade dos factores e a sua forte integração económica e

financeira terá voltado a registar em 2008 um dos crescimentos mais baixos entre os países da área do

euro e da União Europeia. A actual situação económica internacional, com reduções da actividade

económica nos nossos principais países clientes, reflecte-se de forma muito intensa sobre o

comportamento das exportações portuguesas.

Tendo-se seguido nos últimos anos uma política orçamental restritiva, responsável (parcialmente) pela

obtenção de taxas de crescimento inferiores à média europeia, crescimento particularmente sustentado

no sector exportador, quando se vivia um ciclo de crescimento expansionista, depara-se agora à

economia portuguesa um contexto internacional depressivo constrangedor do crescimento interno.

O PIB em volume registou uma variação nula em 2008, face à queda acentuada (1,8%) verificada no

último trimestre do ano2, dados que na prática revogam as projecções do Banco de Portugal que

apontavam ainda recentemente para uma estimativa de crescimento de 0,4% em 2008 e um crescimento

negativo de 0,8%3 para 2009. Aliás, a Comissão Europeia projecta uma quebra do produto em Portugal

para o ano em curso de -1,6% ainda assim melhor do que prevê para a Área Euro -1,9%.

Os progressos nas finanças públicas nos últimos anos podem dar alguma margem para o exercício de

um estímulo orçamental à economia que permita algum efeito estabilizador para a obtenção de uma

2 INE, Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares – 4º. Trimestre de 2008 e Ano 2008, 11 de Março de 2009. 3Apresentação do Governador sobre "A economia e o sector bancário: desenvolvimentos recentes" na ComissãoParlamentar de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, em 22 de Janeiro de 2009 http://www.bancodeportugal.pt/publint/VC_AR_220109.pdf

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prestação por parte da economia portuguesa compatível com os padrões médios europeus, mas há

fortes factores de incerteza nas condições de acesso a fundos no mercado internacional para

financiamento da economia.

A taxa de inflação em 2008 (taxa de variação média anual do IPC) cifrou-se em 2,6%, uma décima de

ponto percentual superior à observada em 2007 enquanto o Índice Harmonizado de Preços no

Consumidor (IHPC) português registou um aumento de 2,7% (face a 2.4 por cento no ano anterior). Tem

de se destacar, porém, as oscilações significativas dos preços verificada ao longo de 2008 em várias

classes que compõem o IPC, com comportamentos bastante diferenciados entre o primeiro e o segundo

semestre como seja o caso da classe dos transportes, na sequência do comportamento do preço dos

combustíveis, pelo que as perspectivas são de uma redução acentuada do ritmo de evolução dos preços

no futuro próximo.

Para 2009 os riscos de maior desemprego contrapõem-se à eventual recuperação do rendimento real

disponível, por via dum decréscimo da inflação que se deve situar em média anual em redor de 1%.

Mercado Interno: O Sector

Do lado da procura o nível de lançamentos de concursos públicos durante 2008 (até Novembro) superou

em 50% o valor apurado no período homólogo do ano anterior, tendo o valor licitado ficado 60% acima

do então registado. Ao ritmo elevado de abertura dos concursos contrapôs-se um ritmo bem menor de

adjudicações de empreitadas, se bem que em 2009 se perspective um aumento do volume de produção

deste segmento em consequência da intensificação do volume de obras públicas contratadas.

4 INE – Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção e Obras Públicas, Nov. 2008, 12 Jan. 20095 Face à elevada retracção do investimento público

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Importante para a sobrevivência das empresas é a redução verificada dos desvios entre os valores das

adjudicações e as bases de licitação, em resultado por um lado da impossibilidade de manutenção da

prática reiterada de preços anormalmente baixos e por outro associado ao já referido aumento de ritmo

de lançamento que proporciona a apresentação de propostas mais realistas.

A forte queda verificada em 2008 na construção de edifícios (ainda que também aqui seja notada a

diferenciação entre o subsegmento dos edifícios residenciais, -8,6%, muito pior do que a da produção de

edifícios não residenciais +3,6%) e o maior peso deste segmento no índice de produção global do sector

determinou para 2008 o valor ainda negativo da produção global já acima exposto e previsivelmente o

prolongamento por mais um ano desta tendência, a fazer crer pela elevada redução da área residencial

licenciada no ano findo.

O índice de emprego no sector apresenta também, naturalmente, uma redução com a variação média

nos últimos doze meses, aferida a Novembro de 2008, a cifrar-se em -1,7% ainda que reflectindo um

ritmo de decréscimo inferior ao que se verificava em finais de 2007 (-4,0%)6.

Mercado Externo:

Dada a vastidão do mercado externo para a dimensão do Grupo Soares da Costa, importa mais do que

ter uma presença permanente em demasiados mercados, ter uma presença contínua e consolidada em

alguns devidamente seleccionados e buscar noutros oportunidades pontuais em obras de alguma

dimensão e complexidade, onde as valências e capacidades de engenharia do grupo possam constituir

uma vantagem competitiva.

É, assim, que o Plano de Negócios definiu os mercados de Portugal, Angola e Florida (Estados Unidos)

como mercados principais e que devem ser complementados com uma nova plataforma de crescimento

6 A mesma fonte referida na nota 1 7 Conjuntura de Construção nº. 23, Dezembro/2008, FEPICOP

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a seleccionar nos próximos 2/3 anos. Tendo já sido atrás analisadas as perspectivas do sector em

Portugal cabe aqui uma pequena referência sobre os mercados de Angola e da Florida, estratégicos na

actividade do grupo.

Apesar da forte redução do ritmo de actividade económica ao nível mundial, sobretudo nas economias

mais avançadas, Angola continua a revelar um grande dinamismo da actividade económica com taxas

de crescimento estimadas do PIB de 16% em 2008 e de 12,8% para 20098.

Esta desaceleração do crescimento económico deverá ser acompanhada também da desaceleração da

inflação para 9,3% (12,1% em 2008), seguindo o pronunciado recuo da inflação que se verifica na

generalidade dos países e a acentuada queda do preço das «commodities».

No Estado da Florida, onde o grupo tem uma presença significativa em 2008 assistiu-se ao terceiro ano

consecutivo de queda do mercado de construção civil, acontecimento que se regista pela primeira vez em

mais de 40 anos. O mercado residencial, onde se insere a actividade tradicional da Soares da Costa,

registou uma quebra de 42% em relação a 2007, para um registo acumulado de queda em relação a

2005, ano de pico da actividade residencial, de 75%.

Esta crise imobiliária, acabou por causar uma crise financeira de enormes proporções, e afectar

seriamente toda a economia da Florida e dos EUA em geral.

As consequências politicas não se fizeram tardar, com a eleição de um novo presidente do partido

Democrata, tendo como uma das bandeiras da campanha eleitoral uma aposta forte na construção de

novas infra-estruturas rodoviárias como medida para fazer frente a crise.

Nesta altura, está a ser discutido um pacote de investimento para o estado da Florida, cuja estimativa

elaborada pelo Florida Department of Transportation aponta para 7 Biliões de USD.

As previsões para 2009 apontam para uma quebra de 9% para o mercado residencial, o que poderá

indiciar o início de uma certa estabilização para uma eventual retoma em 2010.

No mercado de infra-estruturas e obras públicas prevê-se uma subida de 9%, fruto das medidas de

estímulo económico.

8 Previsões do FMI incluídas no World Economic Outlook editado em Outubro de 2008

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Situação Económica e Financeira e Desempenho do Gru po

Dados Globais: Contas Consolidadas

Principais Indicadores Consolidados Valores em milhões de euros

Rubricas 2008 2007 ∆ 2008/07 %

Volume de Negócios 834,8 550,5 51,6

Portugal 417,9 178,9 133,6

Mercado Externo 416,8 371,6 12,2

EBITDA 86,4 36,2 138,9

Margem EBITDA / Volume de Negócios 10,35% 6,57% +3,78 p.p.

Resultados Operacionais 51,2 23,5 117,9

Resultados Financeiros -41,8 -10,9 281,9

Resultado Líquido Atribuível ao Grupo 8,2 12,0 -31,8

Endividamento Bancário Líquido (net-debt) 606,3 313,6 93,3

Volume de negócios

O volume de negócios atingiu o valor de 834,751 milhões de euros, valor que supera em 51,6% o

verificado no exercício anterior. Este aumento expressivo do volume de negócios engloba, naturalmente,

o efeito das aquisições e consequente ampliação do perímetro de consolidação (Contacto, Scutvias e

Prince), mas é também reflexo do crescimento orgânico do negócio da Construção quer no mercado

nacional quer no mercado externo. Com efeito o volume de negócios com um âmbito de consolidação

comparável com o do ano anterior9 teria revelado um crescimento de 18,2%.

O quadro seguinte evidencia o peso decisivo da Área da Construção na actividade do Grupo, 86,4%,

com uma redução do peso da AN Indústria e o surgimento da área das Concessões com a presença da

Scutvias e da CPE a contribuir para este figurino.

Volume de Negócios Consolidado Desdobramento por áreas de negócios

Valores em milhares de euros

Áreas de Negócios 2008 % 2007 % ∆ 2008/07 %

GRUPO SDC, SGPS + SERV. PARTILHADOS 70 - 89 - -22,3

AN CONSTRUÇÃO 721.553 86,4 471.733 85,7 53,0

AN INDÚSTRIA 63.250 7,6 70.256 12,8 -10,0

AN IMOBILIÁRIA 1.776 0,2 6.190 1,1 -71,3

AN CONCESSÕES 48.102 5,8 2.273 0,4 2016,2

VOLUME DE NEGÓCIOS TOTAL 834.751 100 550.541 100 51,6

9 Para além das aquisições citadas expurgou-se ainda o efeito CPE adquirida em finais de 2007 e que por isso também não contribuíra para o VN desse ano.

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A imobiliária com poucos projectos em fase de venda teve um peso sem significado durante o ano findo.

A distribuição da actividade do Grupo pelos mercados nacional e externo foi em 2008 praticamente

equitativa, em contraste com o ano anterior em que a componente externa prevalecia. Porém, o ano

findo traduziu-se em elevados crescimentos em ambos os mercados, mais do que duplicando no

mercado nacional (+133,6%) e crescendo 12,2% globalmente no mercado externo, não obstante a

queda verificado nos Estados Unidos da América em função das condições específicas do mercado

residencial local.

Volume de Negócios Consolidado Distribuição mercado interno / mercado externo

Valores em milhares de euros

Áreas de Negócios M. INTERNO M. EXTERNO TOTAL

GRUPO SGPS + SERV. PARTIL. 69 0,0% 1 0,0% 70 -

AN CONSTRUÇÃO 327.648 78,4% 393.905 94,5% 721.553 86,4%

AN INDÚSTRIA 40.474 9,7% 22.777 5,5% 63.250 7,6%

AN IMOBILIÁRIA 1.695 0,4% 80 0,0% 1.776 0,2%

AN CONCESSÕES 48.022 11,5% 80 0,0% 48.102 5,8%

Total 417.909 100,0% 416.843 100,0% 834.751 100,0%

Por mercados geográficos o volume de negócios de 2008 teve a seguinte desagregação:

PortugalAngola

OutrosE.U.A.

GuinéMoçambique

S. Tomé e Príncipe

% 50,1% 49,9% 100,0%

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Quadro comparativo da distribuição do VN consolidad o por mercados geográficos

Valores em milhões de euros

Mercado 2008 % 2007 % ∆ 2008/07 %

Portugal 417,9 50,1% 178,9 32,5% 133,6%Angola 305,3 36,6% 228,2 41,5% 33,8%E.U.A. 40,2 4,8% 95,0 17,3% -57,7%Moçambique 22,8 2,7% 16,4 3,0% 39,2%S. Tomé e Príncipe 8,2 1,0% 14,5 2,6% -43,3%Guiné-Bissau 12,0 1,4% 8,8 1,6% 36,1%Roménia 7,4 0,9% 0,1 0,0% 5293,1%Outros* 21,0 2,5% 8,5 1,5% 146,4%

Total 834,8 100% 550,5 100% 51,6%

* Argélia, Marrocos, Tunísia, Israel, Costa Rica e França.

Dos outros mercados deixa-se uma nota de relevo para o valor de 9,1 milhões no ano de 2008

correspondente ao mercado da Argélia, área de intervenção da nossa participada Somafel.

Rentabilidade

Se os quadros acima permitem verificar a evolução do VN e a sua desagregação por áreas de negócios

e segmentos geográficos de actuação do Grupo, os que se seguem permitem verificar o andamento da

sua rentabilidade.

O quadro seguinte, ao expor a formação dos resultados nas suas principais componentes, para o último

triénio, permite uma percepção mais abrangente sobre a trajectória prosseguida pelo Grupo.

Se o ano de 2006 constituiu um ano de arranque, importante na formação da rentabilidade dos negócios

depois de um ano de 2005 apenas marginalmente positivo e 2007 consolidou substancialmente esses

resultados, o ano findo é já bem ilustrativo da concretização da estratégia de crescimento, com

resultados que se podem considerar de grande significado ao nível operacional e que apenas uma

conjuntura adversa relativamente à evolução de algumas variáveis exógenas, nomeadamente ao nível

do funcionamento dos mercados financeiros e condições de financiamento, reduz a sua expressão em

termos líquidos.

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Demonstração e Estrutura dos Resultados Consolidado s 2006 – 2008

Valores em milhares de euros; estrutura em % dos proveitos operacionais

Variação %Designação

2008 % PO 2007 % PO 2006 2008-2007

Volume de Negócios 834.751 94,8 550.541 97,5 562.296 5 1,6 Variação da Produção 33.482 3,8 2.401 0,4 11.911 1294,5 Outros Ganhos Operacionais 12.393 1,4 11.666 2,1 12.053 6,2 Proveitos operacionais (PO) 880.625 100,0 564.607 100, 0 586.260 56,0 Custo Merc. Vend. e Mat. Cons. 205.897 23,4 148.442 26,3 148.630 38,7 Fornecim. E Serviços Externos 438.773 49,8 249.700 44,2 281.203 75,7 Custos c/ Pessoal 134.342 15,3 109.154 19,3 101.652 23,1 Provisões e Ajustam. De Valor 2.862 0,3 2.756 0,5 2.476 3,8 Amort. e Perdas de Imparidade 32.561 3,7 12.093 2,1 10.714 169,2 Outros Custos Operacionais 15.018 1,7 18.970 3,4 14.013 -20,8 Resultado Operacional (EBIT) 51.172 5,8 23.492 4,2 27.5 72 117,8 Resultado Financeiro -41.796 -4,7 -10.943 -2,0 -11.760 281,9 Resultado Antes Impostos 9.376 1,1 12.548 2,3 14.647 -2 5,3

Impostos s/ Rendimento 1.187 -0,1 187 - 7.907 - Resultado Líq. do Exercício 8.189 0,9 12.361 2,2 6.740 -33,8 Resultado Líq. Atrib. ao Grupo 8.207 0,9 12.040 2,2 5.8 31 -31,8

Os meios libertos operacionais (EBITDA)10 evoluíram positivamente atingindo em 2008 o valor de 86,4

milhões face a 36,2 milhões de euros em 2007, crescendo 138,9%, e passando a representar 10,35% do

volume de negócios (+3,78 pontos percentuais que em 2007). Também aqui a aplicação de uma

«correcção» de comparabilidade11 com o ano anterior permite concluir pelo aumento do EBITDA em

15,7%.

Os resultados operacionais (EBIT) também evoluíram na mesma linha ascendendo a 51,2 milhões de

euros o que representa um crescimento de 117,8%, em que apenas a área da Indústria reduziu o seu

contributo de 7,0 para 3,1 milhões de euros.

A área das concessões passou a ter um contributo significativo de 15,9 milhões face a -0,8 milhões em

2007, reflectindo a alteração de metodologia de consolidação na sequência do reforço da posição

accionista para 33,33% na Scutvias. A área da Construção contribuiu com o maior valor 36,4 milhões,

representando um crescimento de 75,6%.

Ao nível dos resultados financeiros a PC&NE 24 dá informação importante para a respectiva análise. O

custo líquido de financiamento subiu passando de 10,7 milhões para 34,5 milhões em 2008. Também

importa referir a este nível o impacto da entrada das novas sociedades na consolidação, especialmente

10 Resultado Operacional +Amortizações do Exercício + Provisões e ajustamentos de valor líquidos de reversões. 11 Expurgando o efeito da entrada das novas empresas no perímetro de consolidação.

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a Scutvias, que, passando a consolidar proporcionalmente em 2008, arrasta para as demonstrações

financeiras consolidadas a quota-parte do Grupo no financiamento desta participada, o que ascendeu a

13,7 milhões de euros. Já as diferenças cambiais tiveram um peso semelhante em ambos os anos

situando-se em torno do valor de 1,5 milhões de euros desfavoráveis.

O quadro seguinte evidencia o contributo de cada área de negócios para a formação dos sucessivos

níveis de resultados: operacionais, financeiros e líquidos:

Resultados Operacionais, Financeiros e Líquidos con solidados por áreas de negócios

Valores em milhares de euros

Áreas de Negócios Res. Operac. Res. Financ. Res. Líq.

Grupo SGPS, SA + SERV. PARTILHADOS -2.343 -8.095 -7.947

AN CONSTRUÇÃO 36.400 -12.027 19.571

AN INDÚSTRIA 2.866 -1.019 1.650

AN IMOBILIÁRIA -1.617 -1.317 -2.635

AN CONCESSÕES 15.865 -19.337 -2.433

TOTAL 51.172 -41.796 8.207

Nota: Os ajustamentos de consolidação foram afectados às áreas respectivas, pelo que os resultados expostos

correspondem ao contributo de cada área nas relações externas ao Grupo.

Destaque-se:

• Ao nível dos resultados operacionais e resultados líquidos o contributo decisivo da área de

Construção;

• A emergência da AN Concessões no que respeita à sua significância na formação dos

resultados quer operacionais quer financeiros (onde surge aqui como representando a maior

quota, evidenciando o requisito de maior exigência em termos de robustez financeira típico dos

negócios desta área);

• As áreas Imobiliária e de Concessões tiveram em 2008 um contributo negativo para o resultado

líquido consolidado: a área imobiliária pela situação deprimida do mercado e estado ainda inicial

da sua intervenção no mercado angolano; as Concessões porque o negócio dos parques exige

dimensão e maturidade ainda não atingidas e por outro lado pelos elevados custos em

concursos e preparação de propostas que só a prazo obtêm retorno, como aquele a que já se

fez referência neste relatório a propósito da adjudicação da Sub-Concessão da Auto-Estrada

Transmontana;

• Os resultados financeiros e líquidos do Grupo evidenciados nas suas contas individuais são

positivos, ao contrário do reflectido neste quadro, uma vez que os rendimentos auferidos das

participações sociais intra-grupo são anulados no processo de consolidação.

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Evolução dos Activos Consolidados

O Balanço à data de 31.12.2008 é bem revelador do crescimento orgânico e inorgânico do Grupo

Soares da Costa durante o ano findo. Há um efeito importante nesta evolução da consolidação pela

primeira vez das sociedades adquiridas em 2008 (Contacto e Prince) e bem assim da alteração de

metodologia de consolidação da Scutvias subsequente ao reforço da participação.

As PC&NE’s dão informação complementar importante e desenvolvida para interpretação do Balanço.

Julga-se, importante, no entanto, tecer as seguintes considerações relativamente à composição e

evolução dos Activos Consolidados:

i) O Goodwill passa a ter uma expressão de 87,7 milhões de euros (face ao valor de 6,0

milhões um ano antes), aumento indissociável das aquisições realizadas no exercício da

Contacto, da Prince e do reforço na participação da Scutvias.

ii) O valor líquido dos activos fixos tangíveis cresce de 273,3 milhões de euros para 533,6

milhões (+ 260,4 milhões dos quais 234,3 milhões respeitam ao efeito Scutvias e 11,0

milhões à Prince). O aumento «orgânico» em termos líquidos cifrou-se assim em cerca de

15 milhões de euros com um peso importante no esforço de investimento da sociedade

construtora nacional nomeadamente em equipamento básico.

iii) Os Investimentos financeiros em contrapartida registaram um decréscimo nominal de 64,2

para 21,8 milhões fundamentalmente por via dos seguintes factores:

a) Os investimentos financeiros em equivalência patrimonial e os adiantamentos por conta

de investimentos financeiros, ambos referentes à participada Scutvias, reflectidos no

balanço de 2007, no valor global de 49,2 milhões de euros, deixam de ter expressão

individualizada.

b) Um aumento de 5,7 milhões de euros nas propriedades de investimento devido à

reclassificação contabilística (antes reflectido no activo fixo tangível) de parte do imóvel

que constituía a anterior sede da sociedade e que agora se encontra afecto à

exploração do Hotel Star Inn.

c) Um investimento de cerca de 3,1 milhões de euros no aumento de capital do Banco

Africano de Investimentos.

iv) Os inventários sofreram um aumento de 31,7 milhões de euros, variação considerada

natural face ao elevado aumento da actividade na área da Construção.

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v) Os outros activos correntes sofreram também um aumento significativo (que tem aliás

correspondência semelhante ao nível da evolução dos outros passivos correntes), passando

de 72,0 milhões para 128,7 milhões. Desta variação há um contributo de 13,5 milhões da

Scutvias no saldo final de 2008 mas o crescimento principal respeita à Sociedade de

Construções Soares da Costa, S.A..

vi) O nível de disponibilidades também aumentou cifrando-se no final do exercício em 66,8

milhões que engloba o valor de 26,7 milhões da Scutvias e 4,3 milhões da Prince.

O gráfico seguinte expressa o peso de cada uma das áreas de negócios no activo consolidado na data

do balanço final

Decomposição dos activos consolidados por AN

1%

58%30%

8% 3%

Grupo + Serv. Part.

Construção

Concessões

Imobiliária

Indústria

A Construção é predominante, notando-se a significância já bem patente da área das concessões bem

ilustrativa do carácter capital intensivo desta área. A Indústria face às alterações ocorridas perde

importância.

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Por sua vez em termos de localização geográfica os activos são distribuídos do modo

seguinte:

Localização dos Activos Consolidados 2008

24%

3%

66%

1%5%

1%

PortugalAngolaE.U.A.MoçambiqueRoméniaOutros

O peso de Portugal aumentou ligeiramente relativamente ao ano anterior passando de 64% para 66% e

com redução concomitante de Angola de 26% para 24%. Estes dois países continuam, assim, a

representar o espaço geográfico de localização de 90% dos activos consolidados.

Evolução dos Capitais Próprios

A "Demonstração das alterações no capital próprio" que faz parte das demonstrações financeiras

evidencia todas as alterações ocorridas durante o exercício nos capitais próprios que passaram de 136,2

milhões em 31.12.2007 para 138,8 milhões em 31.12.2008.

A evolução ocorrida respeita:

a) Ao resultado do exercício que se situou em 8,2 milhões de euros.

b) Ao registo em 2008 do valor de 1,3 milhões a deduzir aos capitais próprios correspondente à

aquisição durante o segundo semestre de 1.594.738 acções próprias.

c) Alteração no justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura de taxa de juro da área das

concessões, que teve um efeito de -5,0 milhões de euros.

As restantes alterações não assumem relevância material correspondendo basicamente a diferenças

cambiais de transposição nas demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras.

Durante o exercício findo não ocorreram operações de mercado que alterassem o capital social e a

casa-mãe não distribuiu fundos aos accionistas.

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Evolução do Passivo Consolidado

O total do passivo aumentou de 676,6 milhões para 1.241,5 milhões de euros, reflectindo a incorporação

das novas empresas na consolidação e ainda o crescimento geral da actividade do grupo, aliás, de

modo correlativo à evolução do activo já acima apresentado. Das novas empresas consolidadas o peso

da integração proporcional da Scutvias no balanço consolidado à data de 31.12.2008 é o mais

significativo representando 249,0 milhões e a Contacto 73,9 milhões.

O valor total do passivo distribui-se em termos de estrutura de modo equilibrado com o valor de 557,9

milhões no passivo não corrente e 683,6 milhões no corrente.

Ao nível do passivo não corrente há a registar o seguinte:

• Os empréstimos obrigacionistas correspondentes à emissão, no final do exercício de 2007, por

parte da sociedade de dois empréstimos um de 20 milhões de euros a uma maturidade de oito

anos e o outro de 80 milhões de euros a dez anos, ambos com remuneração variável indexada à

EURIBOR e que, por isso, mantêm no passivo o valor do ano anterior.

• Um aumento nos empréstimos bancários com focalização essencial na área das concessões,

onde a Scutvias só por si tem um efeito directo de 209,7 milhões.

O passivo corrente também aumentou cerca de 313,2 milhões onde o efeito do alargamento do

perímetro de consolidação representa à data do final do exercício cerca de 110,6 milhões. A este nível

pesa significativamente o impacto do crescimento da construtora nacional quer nas dívidas a terceiros

onde se salienta um aumento bastante significativo dos adiantamentos de clientes, quer nos outros

passivos correntes.

O Net-debt no final de 2008 situa-se em 606,3 milhões de euros face ao valor de 313,6 milhões do ano

anterior reflectindo o financiamento dos investimentos já referidos e o próprio endividamento directo das

empresas agora consolidadas, nomeadamente a Scutvias, que só por si contribui com o valor de 194,6

milhões de euros.

Evolução do Net-debt 2005-2008

0

100

200

300

400

500

600

700

Net-Debt

2005

2006

Jun. 2007

Dez. 2007

Jun. 2008

Dez. 2008

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Dado o elevado crescimento do Grupo patenteado nos diversos indicadores já apresentados a mera

evolução em termos absolutos do nível de endividamento não é, de per si, relevante. Uma análise

cuidada exige a sua relatividade face à capacidade do Grupo de gerar meios libertos da sua actividade

operacional. Assim, apraz-nos registar que o indicador traduzido pelo múltiplo do net-debt face ao

EBITDA, que apresentava em 2007 o valor de 8,67 se reduz favoravelmente agora para o valor de 7,02.

Evolução de alguns rácios e indicadores

O quadro abaixo exprime a evolução dos principais rácios e indicadores económico-financeiros

reportados às contas consolidadas do grupo, no último triénio:

Rácio /indicador 2008 2007 2006

Liquidez Reduzida [(Activo Corrente – Invent.) / Passivo Corrente] 0,835 0,912 0,781

Liquidez Geral (Activo Corrente / Passivo Corrente) 1,058 1,238 1,058

Solvabilidade (Activo Líquido / Passivo Total) 1,112 1,201 1,239

Autonomia Financeira (Capitais Próprios / Activo Líquido) 10,06% 16,76% 19,28%

Margem EBITDA (EBITDA / Volume de Negócios) 10,35% 6,57% 6,14%

Net-debt / EBITDA 7,02 8,67 4,86

Estes indicadores devem ser analisados no contexto global das demonstrações financeiras e da

actividade do grupo.

O indicador de rentabilidade teve um comportamento excelente e também o múltiplo de endividamento

face aos meios libertos operacionais tem um comportamento favorável, como já acima se disse.

Já os indicadores de solvabilidade e de autonomia financeira, aliás correlacionados, cedem face ao

elevado crescimento patenteado pelo Balanço consolidado do Grupo.

Análise das diversas Áreas de Negócio

Depois de uma perspectiva global analisemos o comportamento durante o ano de cada uma das áreas

de negócios.

Como ponto de partida para esta análise, no que concerne à componente económico-financeira, usar-se-

á a informação das contas consolidadas de cada uma das sub-holdings que, não sendo de carácter

obrigatório, dão informação relevante sobre a evolução e «performance» dos respectivos segmentos do

negócio constituindo um auxiliar importante para a compreensão da vida do grupo como um todo e das

respectivas demonstrações financeiras globais (Vide ainda PC&NE nº. 7 - Informação por segmentos).

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Área de Negócio Construção

Considerações gerais; Indicadores consolidados

A área da Construção, sector tradicional de intervenção da sociedade, é um dos vectores de negócio

mais importantes e de influência estratégica do Grupo Soares da Costa.

Como factos de destaque ocorridos no ano de 2008, inseridos no âmbito mais vasto das decisões

constantes do Plano Estratégico Ambição Sustentável 2007-2012, está a concretização durante o ano

das aquisições da Contacto, logo no início, e da Prince em Setembro. Independentemente destas

aquisições externas complementadas ainda com a migração interna da Clear da área industrial do Grupo

para esta área da Construção já no 4º trimestre, este ano foi caracterizado por um aumento muito

significativo da actividade nos mercados tradicionais de intervenção da sociedade. Em Angola atingiu-se

em 2008 o valor mais alto de sempre com um volume de negócios revelador de um extraordinário

crescimento face ao ano anterior (+49,3%).

No mercado nacional houve também uma subida acentuada com uma maior penetração no mercado do

sul do país o que permitiu, aliás, um maior equilíbrio na repartição do volume de negócios entre mercado

interno e mercado externo, como se verá adiante.

No mercado da Florida é que se registou um decréscimo acentuado na actividade em resultado da

situação de crise, referida no enquadramento macroeconómico internacional, que assolou especialmente

o mercado residencial, segmento de intervenção primacial do grupo naquela área geográfica. A aquisição

da Prince, empresa de referência no mercado de infra-estruturas e obras públicas, dota o Grupo de uma

capacidade de intervenção diversificada e de valências complementares. Simultaneamente, habilita-o a

um correcto posicionamento para o aproveitamento das oportunidades que o ambicioso programa de

lançamento de infra-estruturas, inserido no plano de recuperação da crise económica, proporcionará.

Importa ainda nestas considerações fazer uma referência ao proficiente desempenho em 2008 das áreas

comerciais. Das angariações conseguidas no exercício, merece evidente destaque a subconcessão da

Auto-Estrada Transmontana, com um valor de construção de 248 milhões de euros, para um prazo de

execução de 32 meses. Mas este é apenas um exemplo do excelente comportamento da actividade

comercial do Grupo que, desfrutando da chancela de qualidade cada vez mais reconhecida da marca

Soares da Costa, permitiu elevar a carteira de encomendas para níveis nunca antes atingidos, situando-

se no patamar de 1,9 mil milhões de euros.

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Volume de Negócios:

O quadro seguinte apresenta a discriminação do volume de negócios em 2008 da área de construção,

por empresas, comparando com o ano anterior.

Uma nota prévia para auxílio à compreensão da informação produzida. Aqui, ao analisar a área de

negócios da construção, ou seja a este nível de consolidação, são de considerar apenas os

ajustamentos de consolidação inerentes às relações internas ao próprio segmento. No entanto, ao nível

consolidado do Grupo Soares da Costa, SGPS, há que proceder também às anulações inter-segmentos.

Daí que embora o VN da área da Construção, em 2008 seja de 726,1 milhões de euros, a influência para

o consolidado do grupo seja apenas de 721,6 milhões por haver contributos para os outros segmentos

que na consolidação global têm de ser eliminados.

AN CONSTRUÇÃO – VOLUME DE NEGÓCIOS valores em milhares de euros

2008 2007 Empresa Bruto Ajustam. Consoli. Consol.

Variação %

SDC Construção, SGPS, SA 0 0 0 0 -Soc. Constr. Soares da Costa, SA 510.476 -26.837 483.639 341.124 41,8Contacto –Soc. Construções, SA 151.788 -52 151.735 -- --Clear – Inst. Electromecânicas, SA* 7.822 -5.382 2.440 -- --Clear Angola, SA* 4.369 -2.543 1.825 -- --Israel Metro Builders 4.580 0 4.580 -- --Normetro ACE (17,9% do total) 14.460 -42 14.418 15.748 -8,4Transmetro ACE (50% do total) 1.745 -608 1.137 9.030 -87,4Grupo Construtor da Feira, ACE 3.737 0 3.737 1.992 87,6Outros ACE 2.636 -36 2.600 290 951,4Soares da Costa América, Inc. 314 -314 0 0 --Prince Contracting** 13.323 0 13.323 -- --SDC Contractor Inc 563 -44 520 1.091 -52,4Gaia CCMS 843 -843 0 0 --SDC Construction Services 21.121 0 21.121 84.708 -75,1Porto Construction Group 4.889 -17 4.872 9.218 -47,1Luso Air Corp. 96 -38 57 -- --SDC Moçambique, SARL 10.633 0 10.633 4.599 131,2SDC S. Tomé e Príncipe 7.265 0 7.265 10.340 -29,7Carta 580 -189 391 478 -18,2Carta Angola 8.109 -6.724 1.385 1.055 31,3SDC Const. Centroamericanas 385 0 385 172 123,6

Total 769.734 43.670 726.065 479.847 51,3

(*) Dados respeitantes aos dois últimos meses do ano; (**) Dados respeitantes ao último trimestre.

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Como se vê, é bastante expressivo o contributo (e o crescimento relativamente ao ano anterior +41,8%)

da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. com 483,6 milhões de volume de negócios,

representativo de praticamente 2/3 do volume de negócios global desta área.

Segue-se na ordem de grandeza a Contacto - Soc. de Construções, S.A., com um contributo superior a

20%. Nota-se também a presença pela primeira vez da Prince cujos dados respeitam apenas aos três

últimos meses.

O quadro seguinte apresenta a estratificação do volume de negócios da área de construção por

segmentos geográficos:

45%

41%

1%

1%2%

3%

1%6%

PortugalAngolaMoçambique

RomeniaGuinéE.U.A.S. Tomé e PríncipeOutros

Verifica-se, assim, um maior equilíbrio na distribuição entre mercado nacional – mercado externo (45,6%-

54,4%), face à predominância acentuada (69,3%) que o mercado externo assumiu em 2007.

Resultados

Acompanhando o crescimento do volume de negócios também os resultados ao nível operacional se

situaram num patamar de significativa eficiência. Os resultados líquidos consolidados da Soares da Costa

Construção, SGPS, SA, ascenderam a 19,547 milhões de euros superiorizando-se em mais de 64% aos

resultados obtidos um ano antes. O EBITDA cresceu mais do que proporcionalmente ao volume de

negócios, permitindo incrementar a margem para 6,63% (de 5,81% em 2007) ascendendo ao valor de

48,147 milhões de euros face ao valor de 27,896 no ano anterior.

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Os resultados operacionais (EBIT), que se distanciam do EBITDA por sofrerem os custos das

amortizações/ reintegrações e dos ajustamentos de valor, também evidenciam a mesma linha evolutiva,

quando comparados com os valores de 2007, crescendo 75,6% para se situarem em 36,376 milhões de

euros.

Os resultados financeiros mais do que duplicando o seu valor negativo de 2007 é que prejudicaram a

performance global situando-se em -12,027 milhões de euros.

SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, S.G.P.S., S.A.

É a sociedade que encabeça a área de negócios de construção e que detém a titularidade das

participações sociais deste segmento.

Salienta-se ao nível dos activos a aquisição externa da Contacto, já referida neste relatório e da Clear,

neste último caso interior ao Grupo Soares da Costa e que transitou da área industrial e que são a

justificação para a mais do que duplicação do valor das Partes de Capital em Empresas do Grupo (que

passaram de 91,5 milhões de euros no início do exercício para 212,8 milhões à data do balanço final)

registados no Activo da sociedade e que estão expressos ao valor de aquisição.

Ao nível dos resultados em termos individuais (contas POC), os resultados operacionais fixaram-se em

844 milhares de euros negativos em grande parte relacionados com os custos com o pessoal (719 mil)

enquanto o custo líquido de financiamento se situou em 5,803 milhões de euros.

Registe-se o valor bastante significativo dos rendimentos de participação de capital, no montante

aproximado de +11,6 milhões de euros (provenientes de dividendos da Sociedade de Construções

Soares da Costa, S.A., 11,2 milhões, da subsidiária de S. Tomé e Príncipe, 0,3 milhões e da VSL, 0,1

milhões).

O resultado líquido do exercício situou-se em 6,6 milhões de euros elevando os capitais próprios no final

do exercício a 103,6 milhões o que proporciona à data do final do exercício um rácio de autonomia

financeira de 41,3%.

SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A.

É a empresa âncora do Grupo, opera no mercado como empreiteiro geral e dispõe da mais ampla

capacidade técnica na execução de obras de engenharia civil e obras públicas nos mais variados

domínios. Continua a representar entre todas as empresas do grupo aquela que maior contribui para o

volume de negócios consolidados (66,6% na área de construção).

No ano findo a Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A, registou uma grande dinâmica de

actividade com um aumento bastante significativo do volume de negócios onde se regista um

crescimento impressionável no mercado nacional (+52,6%) e bem assim a consolidação da sua

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estratégia de internacionalização sustentada a par de uma constante atenção a novas oportunidades de

negócio.

O volume de negócios (Vendas + Prestações de Serviços+ Prestações Suplementares) da sociedade

situou-se em 2008 em 510,5 milhões registando um crescimento global de 43,6% face ao ano anterior.

A evolução por mercados consta do quadro seguinte:

Valores em milhares de euros

Mercado 2008 % 2007 % ∆ 2008/07 %

Portugal 193.456 37,90% 126.818 35,66% 52,6%Angola 280.831 55,01% 199.703 56,16% 40,6%Moçambique 12.791 2,51% 12.243 3,44% 4,5%Guiné-Bissau 12.006 2,35% 8.824 2,48% 36,1%Roménia 7.373 1,44% 137 0,04% 53 x maisOutros 4.019 0,79% 7.875 2,21% -49,0%

Total 510.476 100% 355.599 100% 43,6%

Gráfico com a repartição do volume de negócios de 2 008 por áreas geográficas

Portugal

Angola

Guiné-Bissau Outros

Moçambique

Romenia

Rentabilidade

Os Resultados Operacionais (EBIT)12 ultrapassaram os 30 milhões de euros suplantando em quase

metade (+49,1%) o valor do ano anterior.

O EBITDA ascendeu a 43,0 milhões face a 28,9 milhões no ano de 2007, reflectindo um crescimento

curiosamente idêntico ao verificado nos resultados operacionais, ou seja de 49,1%, elevando a margem

EBITDA/Volume de Negócios para 8,43%.

12 Toda a análise económico-financeira seguinte tem por base as contas individuais da sociedade (base POC).

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Esta relevante performance operacional sofreu um «desconto» considerável dos resultados financeiros

que se agravaram, em função das condições do mercado, situando-se em -10,4 milhões de euros.

O custo líquido de financiamento situou-se em -3,4 milhões (face a -1,7 no ano anterior) e a

irregularidade e maior volatilidade cambial verificada no ano findo acabou por implicar um saldo

desfavorável de diferenças cambiais de -3,5 milhões face a 0,8 milhões positivos em 2007.

A conjugação das vertentes anteriores associada a uma taxa de tributação efectiva média global de

31,4% permitiu a obtenção de um resultado líquido que supera em 9,3% o bom nível de desempenho do

ano anterior, tendo-se cifrado em 13,6 milhões de euros.

Principais Investimentos

Ao nível dos investimentos merece destaque durante o ano de 2008, a continuação do plano iniciado já

em 2006 de reapetrechamento tecnológico em equipamentos de produção (+15,0 milhões de euros),

principalmente para dotação do parque de equipamentos de Angola e um aumento também considerável

dos Edifícios e Outras Construções (+8,0 milhões), em parte através do uso de recursos próprios (os

Trabalhos para a própria empresa foram de 6,1 milhões de euros).

Evolução do Activo

Ao nível do Balanço há a registar um significativo aumento, passando o activo de 372,5 milhões em 2007

para 561,1 milhões.

Verifica-se um aumento significativo de praticamente todas as grandes classes de activos (e passivos) o

que se compreende face ao grande incremento de actividade que os indicadores acima referidos a

propósito do Volume de Negócios espelharam, com excepção dos investimentos financeiros que tem uma

expressão modesta de 1,3 milhões no contexto do balanço e que traduz o carácter industrial (e não

financeiro) da sociedade.

O imobilizado corpóreo variou de 59,6 milhões para 76,9 milhões em função do esforço de investimento

feito fundamentalmente em edifícios e equipamento básico (já referido na secção acima de

investimentos) e em menor medida em equipamento de transporte.

Ao nível das rubricas de produtos e trabalhos em curso (existências), por um lado, e de acréscimos e

diferimentos activos (também com idêntico comportamento nos acréscimos e diferimentos passivos) há

um aumento substancial fruto do aumento da actividade e de maior dispersão geográfica de actuação.

Nas dívidas de terceiros há um aumento dos clientes na ordem dos 64% (enquanto o volume de

negócios aumentou 44%), ou seja mais que proporcional, o que reflecte, de certa maneira, as condições

actuais de mercado de alguma degradação nos prazos de pagamento na generalidade da actividade

económica em Portugal.

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Uma última referência neste campo para a fusão por incorporação da Maxbela ocorrida ainda no 1º

semestre do ano, sociedade que se dedicava ao negócio da carpintaria, sector de actividade que continua

a ser exercido mas agora no âmbito da sociedade, ou seja sem autonomização jurídica. Esta fusão

implicou a incorporação no balanço da realidade patrimonial da então sociedade da área industrial, que

representava uma expressão no balanço na ordem dos 8 milhões de euros.

Capitais Próprios

Os capitais próprios elevaram-se de 87,9 milhões para 90,3 milhões, em resultado da conjugação de dois

únicos factores:

i) A distribuição de resultados do ano anterior à accionista Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. em

resultado da deliberação da Assembleia-Geral de Accionistas que aprovou as contas de 2007 celebrada

em 14 de Março de 2008, no valor de 11,2 milhões de euros;

ii) A formação do resultado líquido do exercício a que se reporta este relatório no valor de 13,6 milhões

de euros.

Não se registaram no exercício operações de capital ou registos levados directamente a capitais próprios.

A totalidade do capital próprio é detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A..

Passivo

Dada a verdade inexorável da equação fundamental do Balanço [Activo = Capital Próprio + Passivo],

tendo-se verificado um crescimento muito significativo do Activo e não tendo havido alterações da

mesma ordem de grandeza no Capital Próprio, o Passivo durante o ano de 2008 sofreu também,

naturalmente, um aumento significativo, tendo passado de 284,6 para 470,8 milhões.

Mais importante, pois, é verificar o modo como este passivo se encontra estruturado. Neste ponto,

merece uma nota especial o aumento significativo dos adiantamentos de clientes que, na globalidade,

passaram de 38,1 milhões no final de 2007 para 98,2 milhões à data do encerramento do exercício de

2008. Importante ainda notar que, deste valor, 38,1 milhões serão reversíveis a médio e longo prazo

(apenas 9,4 milhões em finais de 2007), o que traduz, portanto uma boa capacidade de «financiamento»

da empresa junto dos seus clientes especialmente na contratação de novos projectos de construção.

As dívidas a instituições de crédito sofreram também um aumento com significado, com as de médio e

longo prazo a aumentarem +11,2 milhões e as de curto prazo +42,8 milhões relativamente ao ano

passado.

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Os Fornecedores C/C sofreram também um aumento significativo de 85,3 para 127,6 milhões enquanto

que, por política gestionária, os Fornecedores - Títulos a pagar terminaram em zero liquidando-se assim

o montante de 16,4 milhões que constava do balanço final de 2007.

Face ao elevado crescimento da actividade, estes números devem ser relativizados para uma melhor

análise. Assim se em termos globais, o endividamento líquido (Net-debt) passou de 46,1 para 97,2

milhões de euros, o múltiplo Net-Debt/ EBITDA mantém uma expressão numérica bastante reduzida de

apenas 2,26.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, participa em vários Agrupamentos Complementares

de Empresas, que em seguida merecem uma referência.

ACE's

Os agrupamentos complementares de empresas tiveram globalmente em 2008 um contributo directo de

cerca de 22,6 milhões no volume de negócios consolidado da área de negócios da construção. O peso

destes agrupamentos é bastante variável ao longo dos anos, dependente desde logo da selecção deste

tipo de veículos como solução jurídica e de organização formal das «joint-ventures» e depois do estádio

de desenvolvimento dos respectivos projectos. Durante o ano findo houve a constituição de diversos

novos Agrupamentos Complementares de Empresas que, expectavelmente terão no ano de 2009 e

seguintes um contributo muito mais significativo, a saber:

• Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano – Matosinhos, ACE, com a participação de

28,57%, para a empreitada relacionada com a concessão de Matosinhos (Indáqua);

• CAET XXI – Construções, ACE, com a participação de 50%, para a «concepção, projecto,

construção, aumento do número de vias e reabilitação dos conjuntos viários associados que

integram a subconcessão transmontana»;

• Nova Estação, ACE, com a participação de 25%, constituído para a «Concepção/Construção

dos toscos do prolongamento entre a Estação Amadora-Este e a Estação Reboleira da

Linha Azul do Metropolitano de Lisboa E.P.;

• HidroAlqueva-ACE, com a participação de 50%, constituído para execução do contrato de

empreitada geral de Construção do reforço de potência do escalão de Alqueva, bem como

dos trabalhos a mais ou conexos».

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CONTACTO - SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES, S.A.

Esta sociedade foi adquirida ao Grupo Sonae nos primeiros dias do ano de 2008. A sua aquisição

inseriu-se no âmbito do crescimento previsto no Plano de Negócios Ambição Sustentável 2007-2012 e

permite dotar o Grupo Soares da Costa de competências complementares no negócio da Construção. A

empresa procedeu entretanto à mudança das suas instalações para o Edifício de Santos Pousada onde

se localiza a sede do Grupo Soares da Costa bem como o das suas principais subsidiárias nacionais.

A actividade decorreu ainda assim numa linha de continuidade, sem hiatos significativos, registando um

volume de negócios de 151,8 milhões de euros, correspondente a um decréscimo de 10,8% face ao ano

anterior.

A diminuição do volume de negócios ficou a dever-se essencialmente às dificuldades sentidas na

angariação de novas obras no primeiro semestre de 2008. No segundo semestre verificou-se alguma

retoma, mas contudo insuficiente e, sobretudo fora do timing necessário para se verificarem efeitos

positivos no volume de negócios do próprio ano.

Quanto à repartição das obras por cliente e tipo de obras, temos a realçar o seguinte: 78% das obras

realizadas em 2008 dizem respeito a edifícios não residenciais (82% em 2007), 3% dizem respeito a

obras públicas (8% em 2007) e 19% são respeitantes a edifícios habitacionais (11% em 2007).

Apesar da redução do volume de negócios, o resultado líquido atingiu o valor de 6,2 milhões de euros

superando em 83,5% o valor registado um ano antes, mediante o contributo positivo dos resultados

financeiros (+4,2 milhões).

O EBITDA foi de 4,4 milhões correspondendo a 2,8% do volume de negócios margem naturalmente

inferior à da construtora nacional mas compreensível face ao tipo de projectos e natureza específica da

actividade.

É objectivo de gestão orientar a actividade da empresa para uma maior diversificação em tipo de obras e

em clientes, que dada a génese está ainda muito concentrada no Grupo Sonae.

Obteve-se já a adjudicação de um conjunto significativo de obras para o sector público, que em 2009

possibilitará um aumento do peso deste sector relativamente ao apresentado em anos anteriores e uma

menor concentração dos negócios por cliente.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA:

A actividade nos Estados Unidos da América concentra-se no Estado da Florida, sendo desenvolvida

através das seguintes subsidiárias:

SOARES DA COSTA AMERICA, INC

PRINCE CONTRACTING, LLC

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SOARES DA COSTA CONSTRUCTION SERVICES, LLC

PORTO CONSTRUCTION GROUP, LLC

LUSO AIR, INC

SOARES DA COSTA CONTRACTOR, LLC

GAIA CONTRACTING & CONSTRUCTION MANAGEMEN T SERVICES, LLC

A actividade do grupo Soares da Costa em 2008 nos Estados Unidos da América foi marcada por duas

ordens de factores:

i) A grande queda verificado no mercado de construção, nomeadamente no segmento residencial, com

importante reflexo na actividade e na performance do Grupo neste mercado, durante o ano findo.

ii) A aquisição, já em pleno segundo semestre por parte da Soares da Costa América Inc., a holding para

os negócios da construção nos EUA, da totalidade do capital da Prince , uma das empresas de referência

no mercado de obras públicas rodoviárias e de infra-estruturas.

E estes factores não são independentes. A estratégia de crescimento assumida no Plano de Negócios e a

situação de exposição do negócio da construção do grupo ao comportamento (procura) do segmento

imobiliário nos Estados Unidos da América conduziu à implementação desta estratégia de diversificação,

aliás já enunciada no relatório do ano anterior, reforçando o Grupo Soares da Costa a aposta neste

mercado com a aquisição de uma empresa bem posicionada num segmento onde se espera um forte

investimento no próximo futuro.

Subsequentemente à aquisição acima referida procedeu-se a um rearranjo das participações visando

objectivos de máxima eficiência corporativa, gestionária e fiscal, resultando na integração da Soares da

Costa Contractor no seio da Soares da Costa América, Inc, passando esta a integrar a totalidade das

participações sociais do Grupo Soares da Costa no mercado americano.

O volume de negócios consolidado anual situou-se nos 40,2 milhões de euros, uma quebra significativa

relativamente ao ano de 2007 derivado da quebra do mercado da construção tradicional, de edifícios

privados e públicos e em que o efeito da aquisição da Prince, consolidada apenas a partir de Outubro,

não permitiu atenuar significativamente. O resultado líquido cifrou-se em 1,9 milhões de euros.

Para 2009 espera-se um incremento deveras importante da influência deste mercado nas contas

consolidadas do Grupo.

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Prince Contracting LLC

A Prince foi adquirida em Setembro 2008 pelo que a sua contribuição para os resultados consolidados foi

limitada à actividade realizada no último trimestre do ano. O volume de negócios neste período rondou os

20 milhões de dólares, e gerou uma Margem Bruta de 6,5 milhões USD correspondendo a 33% e um

EBIT de 12,0%, isto é, 2,7 milhões de dólares. Refira-se que a obra em carteira no final de 2008 ascendia

a 100 milhões USD.

A Prince está sediada em Tampa e tem escritórios em Orlando e Jacksonville. O número de funcionários

ascende a 249. A actividade da empresa estende-se a todo o território do Estado da Florida.

A Prince está registada e autorizada a exercer actividade também nos Estados de South Carolina,

Alabama, Georgia, onde está prevista a expansão da empresa a médio prazo.

Soares da Costa Construction Services LLC

Como já identificado, a actividade desta empresa foi fortemente afectada, por via das condições de

mercado, obviamente, pela crise do sub prime e do sector financeiro. A actividade projectada para 2008

não se confirmou devido ao adiamento contínuo do arranque de dois projectos, um resort em Key Largo e

um edifício de habitação para arrendamento em Miami Beach, motivado por dificuldades na obtenção de

financiamento bancário por parte dos respectivos promotores. Em adição a este facto, de referir os

problemas sentidos em dois outros projectos, que se traduziram na paragem dos seus trabalhos por falta

de pagamento, facto este associado a forte redução do valor dos activos imobiliários nos últimos 18

meses. O volume de negócios anual ficou-se nos 31 milhões de dólares, somente 26% do volume de

negócios do ano anterior, traduzindo-se num EBIT negativo de 3 milhões de dólares.

Porto Construction Group LLC

À semelhança do caso anterior, a Porto foi fortemente afectada pela crise sentida no mercado imobiliário.

Na medida em que os seus principais clientes se concentravam do desenvolvimento de projectos de

habitação, a redução no seu volume de negócios foi muito acentuada, traduzindo-se em apenas 7

milhões de dólares, cerca de 50% do volume de negócios realizado no ano anterior. Consequentemente,

a projecção de resultados anual não foi atingida, traduzindo-se num EBIT negativo de 582 mil dólares.

Soares da Costa Contractor LLC

A transferência da Soares da Costa Contractor para a Soares da Costa América, foi o culminar das

medidas de reorganização tomadas neste mercado. Com um volume de negócios sem expressão, cerca

de 831 mil dólares, e um EBIT negativo de 114 mil dólares, é pretensão da Soares da Costa apostar

fortemente em 2009 no mercado da construção de escolas públicas, potenciando assim a forte

experiência que esta empresa angariou neste mercado, e com isto tomar partido do plano estratégico a

ser lançado pelo governo federal nesta área.

Outras

No âmbito da reorganização societária realizada no último trimestre, procedeu-se à integração da

actividade da Gaia CCMS LLC na Soares da Costa Contractor e ao encerramento da Soares da Costa

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Civil, LLC. A Luso Air Inc. corresponde a uma empresa adquirida no âmbito do processo de aquisição da

Prince Contracting Inc. No seu conjunto, estas empresas apresentaram um volume de negócios de 1,4

milhões de dólares e um EBIT negativo de 509 mil dólares.

SOARES DA COSTA MOÇAMBIQUE, SARL (Moçambique )

O Grupo, por via da Soares da Costa Construção, SGPS, SA, mantém a participação de 80% nesta

sociedade.

Registou em 2008 um volume de negócios de 10,6 milhões de euros, bastante superior ao de um ano

antes (4,6 milhões de euros) e com a obtenção do Resultado Líquido de 285 milhares de euros que mais

do que triplicou o obtido no ano transacto (87 mil).

A adjudicação de duas obras importantes já no início de 2009 (Tribunal Administrativo e Acabamento do

Edifício Millennium Park) abre perspectivas para a manutenção de um bom nível de actividade que pode

até superar o atingido no ano a que se reporta este Relatório.

SOARES DA COSTA S. TOMÉ E PRÍNCIPE CONSTRUÇÕES, S.A . (S. Tomé e Príncipe) A actividade em 2008 concentrou-se na finalização dos três grandes empreendimentos turísticos que

estavam em curso (Empreendimento Forte de S. Jerónimo, Loteamento Vila Maria e Casino Centromar),

tendo-se dado ainda início à execução do Liceu da Trindade.

No sentido de criar condições para o futuro foi iniciada a construção de um Estaleiro Central em terrenos

cedidos pelo Estado, na Zona Industrial de Palmar. Prevê-se que esteja concluído em Março de 2009,

estando neste momento já diversas áreas em funcionamento, nomeadamente no que diz respeito à

armazenagem de materiais e equipamentos.

O volume de negócios em 2008 assumiu um valor de 7,3 milhões de euros face ao valor de 10,3 milhões

de euros obtido no ano anterior, conseguindo o Resultado Líquido de 130 milhares de euros.

Face à exiguidade do mercado, a tendência é para o decréscimo de actividade se bem que a reconhecida

qualidade das obras realizadas, permite criar aí uma plataforma de desenvolvimento de novos negócios

em países daquela região do globo, que se encontram actualmente a ser comercialmente explorados com

perspectivas bastante animadoras quanto à actividade a curto prazo da Soares da Costa.

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CARTA, CANTINAS E RESTAURAÇÃO LDA.

CARTA, RESTAURAÇÃO E SERVIÇOS, LDA.

Estas empresas, vocacionadas para a restauração industrial, exploram as cantinas fixas das empresas

do Grupo e as cantinas de obra, tendo a primeira o domínio accionista da segunda que opera em

Angola.

No seguimento da linha de actuação definida, no contexto de dificuldades que se vinham agravando

progressivamente, a actividade operacional da Carta foi sendo reduzida com o objectivo do seu

encerramento, que se consumou neste exercício de 2008. Ainda assim, o volume de negócios atingiu o

valor de 580 mil euros e um resultado operacional de -36 mil euros.

Já a sua subsidiária angolana revela um potencial interessante, tendo obtido um crescimento do seu

volume de negócios de 22,4% face a 2007 atingindo 8,1 milhões de euros, embora com um resultado

que, tendo-se situado em 147 mil euros, esteve na ordem de grandeza semelhante ao ano anterior.

Prosseguiram os objectivos de alargamento da actividade da sociedade não somente em termos de

ampliação do âmbito geográfico de actuação mediante a expansão da área grossista pelas províncias da

República de Angola bem como com a concretização da expansão da área de Catering no perímetro

compreendido entre Benguela, Lobito e Huambo.

Imbuídos no espírito do crescimento de forma sustentada da empresa, irá ser concretizado o aluguer de

um espaço na zona de Luanda Sul, para ser instalado uma unidade produtiva de refeições

transportadas, de forma a ser dada resposta ao significativo crescimento da área de catering.

O projecto de implementação das novas instalações em Viana irá ser iniciado numa primeira fase até ao

primeiro semestre do ano de 2009, com a vedação do terreno e instalação de pontos de água e

electricidade.

COSTA RICA

SOARES DA COSTA CONSTRUCCIONES CENTROAMERICANAS, S. A. (Costa Rica)

CONSTRUTORA SAN JOSÉ – SAN RAMON, SJSR, S.A. ( Costa Rica)

CONSTRUTORA SAN JOSÉ CALDERA CSJC, S.A. (Costa Rica)

Estas sociedades foram constituídas tendo em vista a construção das infra-estruturas exigidas pelas

duas concessões de exploração de auto-estradas na Costa Rica, adjudicadas ao consórcio internacional

onde está presente a empresa congénere da Área de Negócios das Concessões.

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A primeira é detida a 100% pela subholding da Construção enquanto que nas outras duas a

percentagem de participação indirecta (por via da Soares da Costa Construcciones) é de 17% estando

excluídas da consolidação.

Está em plena actividade a concessão incluindo a construção da Auto-Estrada San José - Caldera,

prevendo-se, por outro lado, que se inicie durante o ano de 2009 a construção da Auto-Estrada San

José - San Ramón.

GRUPUL PORTUGHEZ DE CONSTRUCTII, S.R.L. (Roménia )

O Grupo detém uma participação de 50% nesta subsidiária a par da sucursal no país da Sociedade de

Construções Soares da Costa, S.A..

Esta empresa é consolidada por equivalência patrimonial tendo contribuído com um resultado em 2008

pouco significativo.

Em 2008 verificou-se um reforço da organização, no sentido de potenciar a consolidação desse

mercado. A carteira de obras na proporção correspondente aos interesses do grupo é superior a 50

milhões de euros.

Área de Negócio Indústria

Considerações gerais; Indicadores consolidados

A Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. é a sociedade que encabeça a estrutura da AN Indústria e é a

titular directa das participações sociais mais relevantes.

No âmbito das decisões estratégicas intrínsecas ao Plano de Negócios Ambição Sustentável 2007-2012

o ano de 2008 consubstanciou a concretização de medidas importantes nesta área:

i) A extinção da Maxbela através de fusão por incorporação na Sociedade de Construções

Soares da Costa, S.A.;

ii) A venda da Clear - Instalações Electromecânicas, S.A. à subholding do Grupo para a área

da Construção, por um valor de mercado, que implicou o registo de uma importante mais

valia em termos de contas individuais e consolidadas do segmento que não, evidentemente,

em termos de consolidação do Grupo como um todo;

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iii) A alienação da Navegaia, cuja actividade industrial operacional, já fora descontinuada em

anos anteriores, para a área da Imobilária do Grupo.

Face ao exposto a sociedade dispõe agora apenas da sua subsidiária Socometal e das participações

nas empresas da área ferroviária e de obras portuárias, Somafel e OFM.

Ainda assim e porque a operação da Clear ocorreu já em fase avançada do ano o volume de negócios

da AN Indústria atingiu o valor interessante de 96,5 milhões de euros que praticamente compete com os

98,9 milhões obtidos no ano de 2007.

AN INDÚSTRIA – VOLUME DE NEGÓCIOS de 2008 Valores em milhares de euros

2008 Empresa Bruto Ajustam. Consol.

2007 Consol.

Variação

Soares da Costa Indústria, SGPS, SA 330 132 198 0 - Maxbela 5.185 1.160 4.025 8.299 -51,5%

Clear (*) 31.991 8.376 23.615 21.206 +11,4%

Clear Angola 22.630 1.411 21.219 35.838 -40,8%

Socometal 17.285 150 17.135 13.229 29,5%

Navegaia 99 0 99 608 -83,8%

Somafel (40% do total) 16.611 1.309 15.302 10.356 47,8%

OFM (40% do total) 14.936 72 14.864 9.338 59,2%

Somafel e Ferrovias, ACE (24%) 39 0 39 13 207,8%

TOTAL 109.106 12.610 96.496 98.888 -2,4%

(*) Dados até Outubro

O resultado líquido consolidado desta AN foi de 31,6 milhões mas largamento influenciado pelas mais

valias resultantes das alienações das participadas intra-grupo (29,8 milhões).

O resultado operacional obtido em 2008 no valor de 3,1 milhões de euros ficou bastante aquém do valor

de 7,0 milhões de euros do ano anterior, tendo o EBITDA atingido o valor de 5,8 milhões de euros

(contra 9,2 um ano antes).

SOARES DA COSTA INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.

A evolução do activo da sociedade, em termos de contas individuais, reflecte a alienação ocorrida no

ano findo das sociedades Maxbela - Soluções em Madeira e Alumínio, S.A., (em Maio) e Clear -

Instalações Electromecânicas, S.A. (em Outubro) à Soares da Costa Construções S.G.P.S., S.A., e

ainda da Navegaia - Instalações Industriais, S.A., (em Outubro) à Soares da Costa Imobiliária, S.G.P.S.,

S.A..

Por via disso, os investimentos financeiros registam uma diminuição de 20,25 milhões de euros, e

passam a valer EUR 31,3 milhões. Por seu lado as dívidas de terceiros de curto prazo no final do

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exercício situam-se em 35,3 milhões de euros, um acréscimo de 32,8 milhões de euros, por comparação

com o ano anterior, devido à aplicação em empréstimos a empresas do Grupo dos valores recebidos

daqueles negócios.

O resultado líquido do exercício foi de 29,5 milhões de euros decisivamente determinado pelas mais-

valias geradas nas já referidas operações intra-grupo e que, por isso, na consolidação global são

eliminadas.

CLEAR - INSTALAÇÕES ELECTROMECÂNICAS, S.A.

A Clear apresenta nas suas contas individuais um volume de negócios anual de 39,8 milhões, próximo

mas inferior ao atingido no ano anterior (40,082 milhões) e bastante aquém do projectado, reflectindo as

dificuldades sentidas no início do ano em angariar novos projectos.

Este volume de negócios por segmentos dividiu-se do seguinte modo:

Departamento 2008 % 2007 %

Climatização 13.420.903 33,70% 12.063.391 30,10%Electricidade 15.734.621 39,50% 17.854.183 44,50%Hidráulica 10.362.071 26,00% 10.164.475 25,40%Manutenção 295.392 0,80% 0 0,00%TOTAL 39.812.987 100,00% 40.082.049 100,00%

Os resultados operacionais (EBIT) ressentiram-se da depressão do mercado que provocou um

aviltamento generalizado dos preços, com inerente dificuldade de gestão das margens económicas dos

projectos, tendo-se cifrado num valor marginalmente positivo (165 milhares de euros).

Os resultados financeiros foram positivos de 2,2 milhões de euros, reflectindo o valor de 2,7 milhões de

rendimentos de participação de capital, em resultado da aplicação do método da equivalência

patrimonial da sua subsidiária angolana, o que permitiu a obtenção de um resultado líquido de 2,0

milhões de euros.

Apesar da envolvente macroeconómica que determinou acrescidas dificuldades na angariação de obras

do segmento residencial, e com uma pressão enorme sobre os preços, em resultado da diminuição da

procura, a Clear, fruto de uma bem estruturada e bem conseguida política de diversificação de clientes,

concretizou novas adjudicações no montante global de 43,9 milhões de euros, uma performance

superior em aproximadamente 90% à alcançada no ano anterior, o que transmite perspectivas mais

animadoras para 2009.

CLEAR ANGOLA – INSTALAÇÕES ELECTROMECÂNICAS, LDA .

Esta empresa é a subsidiária em Angola da Clear, que detém 95% do capital, e desempenha

basicamente nesse território o mesmo objecto social da empresa detentora ou participante.

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 45 de 77

A Clear Angola continuou a ter participação activa em projectos de grande dimensão e complexidade, de

que destacamos a Sede da Sonangol, que ficou concluída no exercício, onde participou com as

instalações eléctricas e hidráulicas, e o Centro Recreativo da Sonangol, em que participou com a

climatização, a electricidade e a hidráulica.

A actividade do primeiro semestre foi afectada por várias vicissitudes no andamento de alguns projectos

que motivaram uma produção aquém das expectativas. Teve um bom segundo semestre, insuficiente

para recuperar todos os atrasos acumulados, o que originou um volume de negócios, em cômputo anual,

de 27,1 milhões de euros representando um decréscimo de 8,9 milhões face ao ano anterior.

Conseguiu atingir, porém, melhores níveis de rentabilidade com o EBITDA a crescer 43% para 3,764

milhões de euros e resultados operacionais (EBIT) de 3,489 (uma variação positiva de 1,144 milhões).

Os resultados líquidos situaram-se em 2,818 milhões de euros, superior em 23% ao ano anterior.

Em termos comerciais o desempenho foi bastante positivo, registando-se um reforço da carteira de

encomendas pelo que se perspectiva um aumento importante de actividade no ano que decorre.

MAXBELA – SOLUÇÕES EM MADEIRA E ALUMÍNIOS, S.A.

Foi decidido que não se justificava a independência jurídica desta participada e, como tal, ainda no 1º.

Semestre do ano, após prévia integração na área da Construção, foi fusionada por incorporação na

Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., mantendo-se no interior do Grupo, agora como um

departamento interno, as valências e capacidades anteriormente demonstradas em termos de execução

de obras de carpintaria.

CONSTRUÇÕES METÁLICAS SOCOMETAL, S.A.

O facto de maior destaque ocorreu no princípio de Abril e prende-se com a reintegração do sector de

alumínios (tinha sido anteriormente transferido para a Maxbela). Desde essa data que a empresa voltou

a contar com as suas duas áreas tradicionais de negócio, o ferro e o alumínio.

A empresa atingiu os objectivos traçados, melhorando o volume de negócios e apresentando um

prejuízo inferior ao projectado. Beneficiando de uma carteira de encomendas confortável, transitada do

ano anterior, teve um desempenho comercial bastante satisfatório, que lhe permitiu uma reposição de

trabalho atempada, fundamental para o equilíbrio produtivo.

O volume de negócios cifrou-se em 17,285 milhões de euros, um crescimento de 30%, que contou com

o contributo do sector de alumínios, cujos nove meses de laboração representaram 21% do total,

cabendo os restantes 79% ao sector do ferro.

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O EBITDA apresentou um valor negativo de EUR (-) 561,92 milhares, um recuo importante face ao ano

anterior, que reflecte as contracção das margens do negócio. O EBIT também se agravou para EUR (-)

820,96 milhares, e o resultado líquido apresenta um prejuízo de EUR (-) 739,96 mil, mais 92,03 mil euros

que no ano anterior.

Para manter os capitais próprios dentro de parâmetros adequados ao nível de actividade que se

perspectiva para a Socometal, o accionista único, a Soares da Costa Indústria, SGPS, SA, voltou a

reforçar as prestações acessórias com 700 milhares de euros.

SOMAFEL – ENGENHARIA E OBRAS FERROVIÁRIAS, S.A.

O grupo detém por via da subholding indústria 40% do capital desta empresa que é consolidada pelo

método proporcional.

A Somafel é uma empresa altamente especializada na construção, renovação e conservação de infra-

estruturas ferroviárias e sua electrificação, incluindo as de Alta Velocidade (Certificação ISO 9001:2000 e

145001:2004), actuando num dos subsectores de maior potencial de actividade em toda a Europa.

No mercado nacional, manteve-se a situação de apatia, pelo que a Somafel prosseguiu o seu projecto

de internacionalização, com incidência nos países do Norte de África nomeadamente Marrocos e

Argélia, onde já está a operar há um par de anos em trabalhos de via, e iniciaram-se os trabalhos no

terreno na Tunísia, na área da catenária. Uma referência para os trabalhos de catenária, que vem

desenvolvendo em França, de pouca monta, mas de modo continuado.

Os trabalhos na Tunísia, na empreitada de “electrificação da extensão da linha oeste do metro ligeiro

para o Campus Universitário de Manouba (11 Kms), na cidade de Tunes”, só tiveram início no final de

2008, encontrando-se presentemente a decorrer.

Ainda antes do final do ano foi adjudicada a empreitada de “modernização da linha Thenia-Tizi Ouzou e

sua electrificação até Oued Aissi”. Trata-se de uma obra em que opera como subempreiteiro da Teixeira

Duarte, composta pela construção de 59 Kms de via nova e instalação de catenária em 126 Kms (parte

dos quais já estão construídos) num valor para a Somafel de aproximadamente 72 milhões de euros.

O volume de negócios em 2008 atingiu 41,527 milhões de euros, uma subida muito expressiva (+55,7%)

face ao ano transacto, embora não tenha sido possível alcançar o objectivo inicial proposto. O EBITDA

fixou-se em 5,170 milhões de euros, um crescimento de 53% face ao ano anterior, e os resultados

operacionais EBIT ascenderam 1,206 milhões, mais 984,61 mil euros do que em 2007. Os resultados

financeiros, que incorporam por equivalência patrimonial o resultado líquido da OFM, foram negativos

em EUR (-) 174,31 milhares, um agravamento de 1,025 milhões de euros, fundamentalmente devido aos

custos relacionados com os atrasos na facturação e recebimento da operação em Marrocos e na Argélia.

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O resultado líquido superou em 58,6% o alcançado em 2007 tendo ascendido a 1,015 milhões.

Importante referir que os dados acima enunciados respeitam à totalidade da empresa.

OFM – OBRAS PÚBLICAS, FERROVIÁRIAS E MARÍTIMAS, S.A .

A OFM continua a crescer de forma sustentada tendo o volume de negócios registado uma subida

superior a 52%, para EUR 37,340 milhões.

A empresa continuou a distribuir a sua actividade entre o mercado Nacional e o Estrangeiro. Em Portugal

a operação decorreu praticamente por todo o território, com intervenção em obras dos segmentos

ferroviário e marítimo. Destaca-se a conclusão da empreitada de concepção/construção do Términus de

Santo Ovídeo, em associação com a Somafel, nas obras ferroviárias. Nas marítimas referem-se, entre

várias, realizadas só pela OFM e/ou em associação com outras empresas da área marítima, as

empreitadas de construção do “Novo Terminal Multiusos de Leixões”, do “Novo Terminal Marítimo de

Cruzeiros de Ponta Delgada, já concluídas, e a empreitada de “reabilitação e reforço dos cais entre

Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco – 2ª fase, iniciada no final do ano.

Na Argélia manteve-se a operar na área marítima em associação com outras empresas portuguesas. Os

trabalhos da empreitada de “reconstrução do molhe de Oran – Lote 2”, ficaram praticamente concluídos,

aguardando-se o início dos trabalhos nos Lotes 1 e 3 da mesma obra, que, foram entretanto adjudicados

- estas obras são realizadas directamente para o Dono de Obra, a Direction des Travaux Publics. Em

Beni-Saf, estão em execução, numa subempreitada para uma empresa Espanhola, os trabalhos de

captação de água e construção do edifício de bombagem, integrados num projecto de dessalinização de

água do Mediterrâneo. Estão a ter início os trabalhos no Porto de Bejaia (2ª fase), em associação com

uma empresa Argelina.

O EBITDA cifrou-se em EUR 2,193 milhões, mais 58% que um ano antes, e o EBIT também mostra um

significativo crescimento superior a 70%, cifrando-se em EUR 1,20 milhões. Os resultados antes de

impostos ascenderam a EUR 1,002 milhões, mais EUR 365,82 milhares que no ano anterior, e o

resultado líquido cresceu 110,68 mil euros, para EUR 440,85 mil, penalizado por condicionalismos de

natureza fiscal, decorrentes da actividade desenvolvida no estrangeiro.

NAVEGAIA – INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS, S.A.

Em 2008 a Navegaia, dentro do que estava projectado, optimizou, no quadro do Grupo Soares da Costa,

a utilização das instalações fabris de que é proprietária.

Também se deu continuidade à regularização das dívidas activas e passivas, ainda pendentes.

O volume de negócios situou-se em EUR 123,13 milhares de euros. O EBITDA foi positivo em EUR

36,29 milhares, e o EBIT teve um valor negativo de 150,67 mil euros. O resultado líquido apresenta um

prejuízo de 144,15 milhares de euros, ainda assim revelador de uma melhoria de 88,64 mil euros face ao

ano transacto.

Esta empresa foi transferida para a área imobiliária do Grupo.

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Área de Negócio Concessões

Considerações gerais; Indicadores consolidados

A área das concessões / serviços é outra área de intervenção estratégica do Grupo Soares da Costa. A

sociedade em 2008 deu passos de grande importância no desenvolvimento desta área de negócios.

Assim, concretizou-se a formalização do aumento da participação na Scutvias – Auto-Estradas da Beira

Interior, S.A., onde o Grupo passou a deter um terço do capital social, passando a consolidar

proporcionalmente. Foi também o primeiro ano de operação da CPE - Companhia de Parques de

Estacionamento, S.A., enquanto empresa do Grupo Soares da Costa.

Não obstante o clima macroeconómico adverso proveniente da crise financeira que se alastrou de forma

inusitada à economia, o ano de 2008 no plano nacional caracterizou-se pelo lançamento por parte do

Governo de um novo programa de empreendimentos rodoviários, a saber: as subconcessões Douro

Interior, Transmontana, Baixo Alentejo, Baixo Tejo, Algarve Litoral, Litoral Oeste, Auto-estrada do Centro

e Pinhal Interior.

Deste conjunto de investimentos salientamos o facto da sociedade ter integrado as fases finais de

negociação de três das referidas subconcessões, a do Douro Interior, a Transmontana e a Algarve

Litoral, culminado com a assinatura, em 9 de Dezembro, do Contrato para a subconcessão da Auto-

Estrada Transmontana. O projecto está integrado na rede de auto-estradas do Nordeste de Portugal

entre Vila Real e Bragança. Trata-se de um empreendimento com um valor de investimento de cerca de

setecentos e cinquenta milhões de Euros, em que o grupo empresarial em que a sociedade se integra

detém uma participação de 50% na empresa concessionária, sendo 46% através da sub-holding de

Concessões e 4% detidos pela Sociedade de Construções.

Também em 2008 foi lançado o concurso público para o primeiro troço – que ligará Poceirão a Caia - da

rede Ferroviária de Alta Velocidade em Portugal, tendo o agrupamento em que a sociedade se integra –

ELOS – ficado seleccionado para a fase de negociação, com a mais alta posição. Aquele agrupamento

apresentar-se-á a concurso nos demais troços e linhas, esperando-se que em 2009 ocorra, pelo menos,

o concurso para o troço Lisboa – Poceirão.

Também durante este ano foram lançados os concursos públicos para o Hospital de Todos os Santos

em Lisboa e para o Hospital Central do Algarve, tendo decorrido a fase de negociação do Novo Hospital

da Terceira, nos Açores, com propostas finais a apresentar já em 2009.

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No plano internacional manteve-se a política delineada de prosseguir de forma consistente mas selectiva

projectos onde as nossas valências e dimensão são mais competitivas. O ano de 2008 apresentou como

marcos mais importantes do desenvolvimento desta política:

- Metro Dublin : procedeu-se à definição da estrutura e composição do grupo CMG nos diferentes níveis

de resposta ao projecto de concessão, e na sequência das diversas reuniões de consulta, foram

elaboradas e entregues ao concedente propostas parciais técnicas, comerciais e financeira. Estas

entregas constituem a base da entrega final em Fevereiro de 2009 e tiveram como principal objectivo o

alinhamento entre os diversos concorrentes e a entidade Concedente (RPA).

- Metro de São Petersburgo : inserida em agrupamento de composição internacional, a empresa foi pré-

qualificada em 2008 para o Concurso da Concessão deste Metro Ligeiro. Ainda durante este ano

procedemos à consolidação do consórcio com a inclusão de um parceiro estrangeiro adicional. Devido

aos desenvolvimentos recentes da crise financeira internacional a entrega da proposta, prevista

inicialmente para Janeiro, foi adiada para Maio de 2009. O projecto engloba a construção e exploração

de 30 km em linha segregada (20 km em viaduto) com 16 estações e uma duração entre 20 e 30 anos.

- Auto-estrada Zenica-Sarajevo-Mostar : a empresa submeteu a pré-qualificação em Abril de 2008,

inserida em consórcio com outra empresa nacional, para concurso com vista à construção do troço de

auto-estrada que faz a ligação entre estas três cidades da Bósnia e Herzegovina, estando neste

momento a aguardar o resultado.

Reportados os aspectos mais importantes da actividade comercial e de prospecção, para manter a

mesma linha de sistematização com as outras áreas de negócios apresentamos em seguida um quadro

que evidencia a composição do volume de negócios (consolidado) da área de concessões que

apresenta o valor de 48,1 milhões de euros.

AN CONCESSÕES – VOLUME DE NEGÓCIOS de 2008

Valores em milhares de euros

2008 2007 Empresa Bruto Ajustam. Consol. Consol.

Variação %

SDC Concessões, SGPS 0 1.408 -Scutvias (33,33%) 38.553 38.553 (*) -SDC Serv. Técnicos e de Gestão 5.912 1.971 3.941 468 742,6CPE 5.231 5.231 (**) -Costaparques 304 303 346 -12,4Hidroeléctrica STP 50 50 (**) -Subsidiárias da Costa Rica 30 30 51 -41,8

TOTAL 50.079 1.971 48.108 2.273 2016,8(*) Em 2007 consolidava por equivalência patrimonial. (**) Obtido o domínio total em finais 2007 não contribuíram para o VN

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O negócio das concessões assenta, em geral, a sua base na constituição de investimentos de grande

volume com retornos de longo prazo de moderada segurança a requerer uma forte estrutura financeira e

uma dimensão significativa. É reforçado o carácter catalizador da área das concessões no segmento da

Construção, constituindo-se, aliás, como áreas sinergéticas de grande importância.

Ora, as contas consolidadas da Soares da Costa Concessões, SGPS, SA são bem reveladoras da

especificidade deste segmento de negócio: resultados operacionais influenciados por elevadas

amortizações mas fortemente positivos (+15,865 milhões), EBITDA (+ 33,199) ainda mais elevados com

percentagens em relação ao VN (+69,0%) sem paralelismo com os outros segmentos, mas com

resultados financeiros negativos de expressão relevante a denotar o custo (líquido) de financiamento dos

investimentos (-19,6 milhões). No balanço é expressivo o valor dos activos fixos tangíveis (305,4

milhões), com predominância do activo não corrente e do endividamento líquido (Net-debt) que

apresenta um valor elevado (318,0 milhões).

O Resultado Líquido da AN Concessões globalmente durante o ano de 2008 foi negativo em 2,4 milhões

de euros.

Faz-se em seguida, sumariamente, uma sucinta incursão pelas contas individuais da empresa-mãe

deste segmento e o desempenho das participadas com actividade significativa. Os valores contabilísticos

daqui em diante reportam-se às contas estatutárias (POC).

SOARES DA COSTA CONCESSÕES, S.G.P.S., S.A.

A exemplo do que ocorre com as outras subholdings não dispõe de efectivos não tendo gerado proveitos

operacionais.

Em termos de contas individuais o resultado líquido de 23,8 milhões é alicerçado no valor dos proveitos

extraordinários inerentes à alocução da participação que detinha na Scutvias para uma subsidiária, a

Intevias, que nas contas consolidadas não se reflecte por, naturalmente, ter sido anulada.

Para além deste facto há a considerar no portfolio das participações a constituição já na parte final do

ano das sociedades associadas ao projecto da subconcessão da Auto-Estrada Transmontana.

SCUTVIAS – AUTO-ESTRADAS DA BEIRA INTERIOR, S.A.

Durante o primeiro semestre de 2008 ficou concluída a reformulação do quadro accionista, com o reforço

significativo da participação da sociedade para 33,33%.

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A actividade desenrolou-se com normalidade e em linha, no essencial, com o modelo económico-

financeiro do negócio. A conjuntura económica pouco favorável influenciou o volume de tráfego, pelo

que no ano findo assistiu-se a um ligeiro decréscimo deste (-1,2%).

Esta Concessionária realizou no exercício em apreço proveitos operacionais no montante de 116,2

milhões de euros, representativos de um crescimento de 3,1% relativamente ao ano anterior e gerou um

EBITDA de 107,1 milhões e um resultado operacional de 61,0 milhões face a 57,3 milhões um ano

antes.

O resultado líquido ascendeu a 12,0 milhões correspondente a uma rentabilidade do Volume de

Negócios de 10,3%.

CPE – COMPANHIA DE PARQUES DE ESTACIONAMENTO, S.A.

O exercício de 2008 foi o primeiro que decorreu com o domínio total pela sociedade uma vez adquiridos

os restantes 60% do capital social desta participada em finais de 2007. Apesar deste facto, esta

participada continuou a denotar as consequências da imaturidade do seu negócio e da sua estrutura

financeira. Estão em curso medidas conducentes à racionalização de alguns aspectos da sua forma de

actuar, a adequação da cobertura financeira à especificidade do negócio e ao incremento da actividade

desta empresa. De referir que uma parte considerável das suas receitas – as que provêm das zonas de

estacionamento delimitado – é negativamente influenciada pela falta de habituação dos utentes e pela

inoperância policial na repressão dos estacionamentos faltosos. A empresa teve um volume de negócios

de 5,231 milhões de euros, com um resultado líquido negativo de 2,048 milhões, afectado que está pelo

elevado valor das amortizações e dos encargos com o serviço de dívida.

INDÁQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, S.A.

Durante o exercício de 2008, a Indáqua manteve a gestão em ritmo normal das concessões

anteriormente contratadas e obteve três novas frentes operacionais: o inicio da actividade das

concessões de Matosinhos e Vila do Conde e a constituição, já no final do exercício, com o Município de

S. João da Madeira, de uma empresa mista que tem como objecto o abastecimento de água e o

saneamento nesse concelho.

Com estes contratos, esta participada, além de ver atingir uma fase de maturidade dos seus negócios,

vê reforçada significativamente a sua dimensão, perspectivando-se, a curto prazo, um crescimento

considerável do seu volume de negócios.

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A nossa participação, nesta empresa mantém-se nos 28,57%, sendo consolidada por equivalência

patrimonial.

COSTAPARQUES - ESTACIONAMENTOS, S.A.

Esta participada, integralmente detida pela empresa, prosseguiu a sua actividade iniciada

operacionalmente em 2006 e que está circunscrita à gestão do parque de estacionamento no Campo 24

de Agosto, no Porto, à exploração do parque de estacionamento subterrâneo Gemini e do

estacionamento limitado à superfície, em Oliveira de Azeméis.

A abertura da zona comercial e do Supermercado no Centro Comercial do Campo 24 de Agosto no

Porto, prevista para Novembro de 2008, não chegou a ocorrer e tal facto influenciou decisivamente o

volume de negócios que se situou em cerca de 304 mil euros revelando um decréscimo de 12,3% e os

resultado obtido que se saldou num prejuízo de 73 mil euros. Espera-se que a referida abertura ao

público venha a acontecer em 2009 para disso beneficiar directamente a exploração do parque do

Campo 24 de Agosto.

SOARES DA COSTA – SERVIÇOS TÉCNICOS DE GESTÃO, S.A.

Esta sociedade, também integralmente detida pela empresa, incorpora os recursos humanos da área de

concessões, e a sua actividade centra-se na prestação de serviços de estudos e apoio técnico na

elaboração de propostas a concursos.

Em 2008 a Soares da Costa Concessões foi, através desta empresa, nomeada Accountant Partner do

consórcio concorrente ao projecto de Alta Velocidade – Consórcio Elos. Como tal a Serviços Técnicos de

Gestão registou a totalidade dos custos incorridos na elaboração da proposta do referido consórcio e,

por outro lado, facturou aos restantes parceiros a parte proporcional desses custos de acordo com a sua

percentagem de participação.

HIDROEQUADOR SANTOMENSE – EXPLORAÇÂO DE CENTRAIS HI DROELECTRICAS, LDA.

Esta empresa detém uma participação de 60% na sociedade Hidroeléctrica STP, Lda., que tem por

objecto a concepção, estudo, construção e exploração de centrais geradoras de energia, gestão de

recursos energéticos, projectos electromecânicos, eléctricos e civis, sendo que os restantes 40%

pertencem à EMAE, a empresa pública de distribuição de energia eléctrica e de água em S. Tomé e

Príncipe. A Hidroeléctrica STP, Lda. celebrou com o estado da República Democrática de São Tomé e

Príncipe um contrato de concessão de 16 Mini-Hídricas, sendo 14 a construir de raiz e 2 a reabilitar.

Em 31 de Dezembro de 2008, a empresa tinha em funcionamento a central hidroeléctrica do Guegue,

em São Tomé, e a central hidroeléctrica do Papagaio, na Ilha do Príncipe. Em curso tinha a obra da

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construção de raiz da sua primeira central hidroeléctrica em território Santomense, a central de

Bombaim. A conclusão desta obra está prevista para meados do ano de 2009 e a mesma tem um custo

estimado de 3,5 Milhões de Euros.

SOARES DA COSTA CONCESIONES COSTA RICA e INFRAESTRU TURAS SDC COSTA RICA

Estas subsidiárias, integralmente detidas pela Empresa, são os veículos da participação de 17% nas

concessionárias, respectivamente, para a concessão de San José – San Ramon (em que a

concessionária é Autopistas del Valle, SA) e San José – Caldera (em que a concessionária é a

sociedade Autopistas del Sol, SA).

Estas concessões representam no conjunto um investimento de cerca de 450 milhões de dólares e uma

extensão de auto estradas de aproximadamente 140 kms. Durante o ano de 2008 arrancou a construção

da infra-estrutura da concessão rodoviária San José-Caldera.

As demonstrações financeiras destas sociedades, dado o estádio de desenvolvimento dos projectos,

praticamente limitam-se a registar no activo os investimentos financeiros nas sociedades

concessionárias e apresentam em 2008 resultados negligenciáveis.

INTEVIAS – SERVIÇOS E GESTÃO, S.A.

Uma última palavra para a Intevias, sociedade que passou a ser a titular da participação do Grupo na

Scutvias após a sua aquisição à Subholding das Concessões e que no ano findo reforçou a sua

participação para um terço no capital daquela participada. Durante o ano findo não teve actividade

operacional.

Área de Negocio Imobiliária

Considerações gerais; Indicadores consolidados

Esta área de negócios, para além da gestão de imóveis próprios, onde estão instalados os serviços de

várias empresas do Grupo, exerce também a actividade de promoção imobiliária.

Durante o ano transacto, adquiriram-se as empresas Cais da Fontinha – Investimentos Imobiliários, SA,

que está a desenvolver um projecto de grande qualidade numa zona privilegiada da marginal de V. N.

Gaia e que integra 22 apartamentos e 6 espaços destinados a comércio ou serviços, e a Navegaia –

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Instalações Industriais, S.A., (neste caso provinda da Área da Indústria do Grupo), empresa proprietária

de um terreno industrial na zona de Espinho, parcialmente ocupado por uma empresa do Grupo.

Por outro lado, na sequência da estratégia definida para esta área de negócios de privilegiar os

investimentos em Angola, constituíram-se em 2008 três empresas de direito Angolano que serão os

veículos para o desenvolvimento de projectos imobiliários específicos neste mercado: A Imokandandu –

Promoção Imobiliária, Lda., que vai ser a promotora de um edifício de escritórios em Luanda com uma

área de construção de cerca de 14.500 m2, a Imosede, Lda., empresa que será responsável pela

promoção de um edifício de escritórios que albergará a futura sede da Soares da Costa em Angola e a

Costa Sul – Sociedade de Promoção Imobiliária, Lda., empresa promotora de um complexo residencial

em Talatona, Luanda Sul, que se encontra actualmente em fase de construção.

Além do que atrás se referiu, durante o ano de 2008 procedeu-se à remodelação das antigas instalações

da Rua Senhora do Porto, onde, em parceria com o grupo Hotti Hotéis, se instalou um Hotel de 3

estrelas, do tipo “low cost”, com 206 quartos, cuja exploração se iniciou no final do ano. Ainda nas

mesmas instalações, mas no bloco J, efectuaram-se importantes obras de remodelação dos escritórios,

com vista à sua comercialização. Iniciaram-se as obras de remodelação da Galeria Central, que se

prolongarão até meados de 2009 e prosseguiram-se três pequenos projectos em Alcântara, Lisboa.

Uma vez que, a seguir, se apresenta uma breve resenha dos principais aspectos de cada empresa, no

quadro abaixo mostra-se o contributo de cada participada para o volume de negócios desta área,

salientando-se que a forte queda verificada no volume de negócios da Soarta, S.A. se fica a dever ao

facto de, no ano transacto, ter procedido ao encerramento – e consequente apuramento de resultados -

do empreendimento Soarta República, em Matosinhos, enquanto que em 2008 não ocorreu o

encerramento de qualquer empreendimento, o que apenas ocorrerá em 2009, nomeadamente com os

referidos projectos de Alcântara.

AN IMOBILIÁRIA – VOLUME DE NEGÓCIOS de 2008

Valores em milhares de euros

2008 2007 Empresa Bruto Ajustam. Consol. Consol.

Variação

SDC Imobiliária, SGPS, SA 0 0 0 -

Ciagest-Imobiliária e Gestão, SA 3.845 -6 3.839 3.277 17,1%

Soarta 1.316 1.316 6.021 -78,1%

Mercados Novos 58 -28 30 23 +30,0%

Habitop 123 123 34 262,2%

Soares da Costa Imobiliária, Lda. 99 -19 80 - -

Outros 52 52 - -

TOTAL 5.493 -53 5.440 9.355 -41,9%

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 55 de 77

Os indicadores consolidados da área Imobiliária revelam um resultado operacional negativo de 1,617

milhares de euros e um resultado consolidado de -2,642 milhões.

Em seguida faz-se uma sucinta incursão pelas empresas desta AN:

SOARES DA COSTA IMOBILIÁRIA, SGPS, S.A.

Trata-se da holding da área imobiliária e uma vez que não tem efectivos, não prestando serviços a

outras empresas, os seus resultados operacionais respeitam aos custos mínimos de funcionamento da

empresa (-20 mil euros).

A função financeira é positiva (+592 milhares de euros) devido ao facto de, não tendo passivos

remunerados, aplicar no interior do Grupo alguns recursos financeiros. Assim sendo, obteve resultados

líquidos positivos de 420 mil euros um pouco inferiores (475 mil) ao obtido um ano antes.

O activo da empresa dada a especificidade do objecto social é constituído quase na totalidade (99%) por

investimentos financeiros que totalizam no final do exercício 105,6 milhões de euros.

A empresa tem um passivo de 6,5 milhões de euros enquanto os capitais próprios são de 100,1 milhões

de euros, com um rácio de autonomia financeira invejável.

CIAGEST IMOBILIÁRIA E GESTÃO, S.A.

Esta empresa detém a posse dos activos imobiliários de maior expressão no interior do Grupo Soares da

Costa:

• O complexo Oporto Center;

• O edifício onde está instalado o Hotel Star Inn, na antiga sede da Soares da Costa, localizado na

Rua da Senhora do Porto, no Porto;

• O edifício de escritórios, objecto de significativas obras de remodelação sito na Rua da Senhora

do Porto, também na antiga Sede da Soares da Costa;

• O Parque Industrial da Rechousa (PIR), complexo industrial arrendado a outras empresas do

Grupo;

• Os escritórios da Rua Julieta Ferrão em Lisboa, imóvel maioritariamente ocupado pela

Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. e pela Contacto – Sociedade de Construções,

S.A..

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 56 de 77

Merece ainda destaque o terreno de urbanização das Antas, no Porto (parcelas 6.3 e 6.5 no Plano de

Pormenor das Antas), com licenciamento aprovado, onde se prevê a construção de dois edifícios de

habitação nos lotes envolventes ao Estádio do Dragão.

Durante o ano de 2008 o VN situou-se em 3,845 milhões de euros demonstrando um incremento de

17,3% relativamente a 2007, conduzindo à obtenção de uma substancial melhoria dos resultados

operacionais 1,005 milhões de euros face a 0,572 um ano antes.

Os resultados líquidos cifraram-se num valor negativo de 126 milhares de euros.

Após as importantes obras de remodelação que sofreu espera-se em 2009 reabrir o antigo Central

Shopping numa versão mais reduzida e com uma nova designação: “Galeria Central”. Espera-se ainda

nos primeiros meses de 2009 concluir a remodelação do edifício de escritórios do bloco J, na antiga

sede, cuja comercialização – quer para venda ou arrendamento – foi recentemente iniciada.

A partir de 2009 a Ciagest passará a contar com uma nova fonte de receitas correspondente às rendas

do edifício onde está instalado o Hotel Star Inn.

Assim perspectiva-se que possa verificar-se um pequeno aumento quer do volume de negócios quer dos

resultados.

MERCADOS NOVOS – IMÓVEIS COMERCIAIS, LDA.

A actividade desta empresa concentra-se na gestão do Centro Comercial Central Shopping, assente no

contrato de cessão de exploração com a empresa proprietária do mesmo, a Ciagest.

Durante o ano findo a actividade continuou a ser muito reduzida, limitando-se praticamente a gerir os

custos e a acompanhar a requalificação do imóvel.

Encontram-se em curso as obras de remodelação do Central Shopping e espera-se que 2009 possa

corresponder à sua reabertura numa dimensão mais reduzida e com nova designação: Galeria Central,

conforme acima já se referiu aquando da análise da Ciagest.

Os resultados operacionais, negativos, de 373 milhares de euros são em grande parte influenciados

pelas amortizações e os resultados líquidos situaram-se em -324 mil euros, número semelhante ao do

ano passado.

SOARTA – SOCIEDADE IMOBILIÁRIA SOARES DA COSTA, S.A .

Esta sociedade tem alguns empreendimentos em fase de vendas que decorreram, em bom ritmo até

finais de Agosto, verificando-se a partir de então uma significativa apatia certamente relacionada com o

recrudescer da crise financeira internacional e seus reflexos na quebra de confiança e alteração de

expectativas.

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No edifício Soarta-República em Matosinhos registaram-se vendas de 1,2 milhões de euros estando por

vender 8 unidades (3 lojas e 5 habitações) correspondentes a 23% da área total do empreendimento.

Registaram-se ainda vendas no valor de 117,5 milhares de euros correspondentes a um escritório no

edifício Bristol e a uma loja em Gondomar.

O VN cifrou-se assim em 1,3 milhões de euros com os resultados operacionais a situarem-se em 31 mil

euros negativos o que sofrendo a influencia dos resultados financeiros e de alguns custos

extraordinários relacionados com imparidades conduziram a o reconhecimento dum prejuízo de 281

milhares de euros.

Em 2009 concluir-se-ão os projectos Soarta-Santo Amaro e Soarta-Luís de Camões com o respectivo

reconhecimento dos resultados em função das vendas efectuadas. A estes valores juntar-se-ão os

resultados do projecto Soarta-Alcântara e a parte ainda não reconhecida no empreendimento Soarta-

República.

HABITOP – SOCIEDADE IMOBILIÁRIA, S.A.

A actividade da empresa compreende a promoção imobiliária e a gestão de património imobiliário.

Os principais activos imobiliários são o parque de estacionamento e o terminal rodoviário, do

empreendimento Oporto Center, sito na envolvente do Campo 24 de Agosto.

Em 2008, o parque de estacionamento foi bastante afectado pelas prolongadas obras a que foi sujeito,

com vista à reformulação do Central Shopping.

Além dos referidos activos, que fazem parte do imobilizado, detém nas suas existências, o

empreendimento da Rua dos Abraços, que se encontra concluído há algum tempo.

Relativamente a este empreendimento celebrou-se em 2008 a escritura de venda do estabelecimento no

r/c, mas tem-se verificado dificuldade na venda das restantes fracções, reflexo da situação recessiva do

mercado imobiliário.

Quer os resultados operacionais quer os resultados líquidos foram negativos nos valores de -88 e -291

milhares de euros, respectivamente.

CAIS DA FONTINHA – INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS, S.A.

Esta sociedade foi adquirida no início de 2008 visando a execução de um pequeno projecto denominado

Casas de Gaia, de grande qualidade, na zona marginal de Vila Nova de Gaia junto ao Rio Douro. Este

projecto, cuja construção foi iniciada durante o segundo semestre do ano, integra 22 apartamentos e 6

espaços destinados a comércio ou serviços e deve ficar concluído no ano que já decorre em que se

espera possa ser possível celebrar já alguns contratos promessa de compra e venda.

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SOARES DA COSTA IMOBILIÁRIA, LDA.

Esta sociedade tem sede em Angola e tem por objecto coordenar toda a actividade imobiliária do Grupo

naquele território.

É detentora integral do capital da Imosede, Lda. e da Costa Sul – Sociedade de Promoção Imobiliária,

Lda, ambas igualmente com sede naquele país.

Dado o estágio de arranque da actividade os resultados em 2008 são irrelevantes.

IMOKANDANDU – PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA, LDA.

Esta sociedade detida em 51% pela Soares da Costa Imobiliária, SA tem por objecto a construção e

comercialização de um edifício de escritórios em Luanda, Angola, com uma área bruta de construção de

14.500 m2. Em 2008 a sua actividade foi ainda de preparação do respectivo projecto limitando-se a

tratar dos assuntos burocráticos relacionados com a titularidade do terreno, obtenção de licenças e

autorizações e adjudicação do projecto.

MINI-PRICE HOTELS (PORTO), S.A.

O Grupo tem uma participação nesta sociedade de 34%. Esta empresa inaugurou e iniciou em 2008 a

exploração do Hotel Star Inn no Porto no edifício onde se situava a a antiga sede da Soares da Costa.

Trata-se de um hotel de três estrelas que introduziu um novo conceito na oferta hoteleira da cidade

(«low-cost»).

Compreensivelmente dado o período curto de exploração as prestações de serviços situaram-se em

valores modestos (144 milhares de euros) tendo apresentado resultado líquido negativo de 132 milhares

de euros. Esta empresa consolida pelo método da equivalência patrimonial.

Outras empresas

Outras empresas na área da Imobiliária como a Sodel e a MZI, não têm quadro de pessoal e não

desenvolvem actividade relevante. Os resultados que apresentam são essencialmente determinados por

ajustamentos em dívidas de terceiros.

Também as sociedades recém-constituídas em Angola Imosede e Costa Sul não tiveram ainda

actividade.

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Concluído este percurso pelos factos mais importantes e desempenho das diversas áreas de negócio

passa-se em seguida a analisar as contas individuais da própria sociedade Grupo Soares da Costa,

SGPS, SA. Como o organigrama demonstra esta sociedade para além das quatro sub-holdings, detém

participações directas na «Serviços Partilhados» e na Soares da Costa Desenvolvimento, S.A..

Enquanto a segunda manteve-se praticamente sem actividade, a primeira desempenha um papel

importante ao prestar às empresas do Grupo um conjunto de serviços de back-office pelo que também

se fará uma breve referência específica.

Contas Individuais da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA

As contas individuais da sociedade Grupo Soares das Costa, SGPS, SA, elaboradas segundo os

princípios da normalização contabilística nacional (POC) registaram um volume de negócios de 2,740

milhares de euros face a 3,153 milhões de euros do ano anterior. Estes proveitos respeitam à prestação

de serviços técnicos de administração e gestão a outras empresas do Grupo.

Os resultados operacionais situaram-se em -2,9 milhões de euros próximos do valor do ano anterior (-2,7

milhões).

Os proveitos Financeiros cresceram para 38,2 milhões de euros, destacando-se o valor de 34,1 milhões

de rendimentos de participações de capital, correspondentes a dividendos auferidos das seguintes

proveniências, por áreas:

Indústria 17,20 milhões Concessões 16,10 milhões Imobiliária 0,45 milhões Outras participações 0,33 milhões

Considerando a globalidade da função financeira (vide nota 35 do ABDR) os resultados financeiros

situaram-se nos 25,8 milhões de euros o que permitiu a obtenção de um resultado líquido do exercício

de 25,486 milhões de euros, multiplicando por mais de 4,7 vezes o valor obtido no ano de 2007 (5,381

milhões de euros).

O valor líquido dos activos elevou-se de 318,4 milhões de euros em finais de 2007 para 395,1 milhões,

agora no final do exercício de 2008 (+ 76,7 milhões de euros), influenciado significativamente pelo

aumento verificado ao nível dos empréstimos a empresas do Grupo nos investimentos financeiros (+17,1

milhões) e nas Dívidas de Terceiros (+57,2 milhões).

Este crescimento do activo foi «financiado» ao nível do segundo membro do balanço por um aumento

dos capitais próprios de +24,2 milhões e pelo aumento do passivo de 52,5 milhões.

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A variação nos capitais próprios, de 150,2 para 174,3 milhões de euros, é composta pelo resultado

líquido do exercício (+25,5 milhões de euros) a que se associa uma redução de aproximadamente 1,3

milhões de euros correspondente ao valor de aquisição durante o exercício findo de 1.594.738 acções

próprias, representativas de um pouco menos de 1% do capital social.

De resto, não existiram durante 2008 operações de mercado que alterassem o capital social que, por

isso, mantém o valor de 160 milhões de euros representado por 160 milhões de acções de valor nominal

de um euro, sendo 133 milhões de acções ordinárias e 27 milhões de acções preferenciais (conforme

nota 36 ABDR).

No exercício findo não ocorreu a distribuição de fundos próprios aos accionistas nem outras alterações à

globalidade dos capitais próprios.

O passivo registou um aumento de cerca de 52,5 milhões, em que se destaca o aumento das dívidas a

empresas do grupo (+73,4 milhões de euros) enquanto as dívidas a instituições de crédito sofreram uma

redução de 21,1 milhões de euros. Na expressão do passivo continua a ser maioritário o valor de 100

milhões de euros dos empréstimos obrigacionistas, a médio e longo prazo, contraídos na parte final do

exercício de 2007, sendo um de 20 milhões a uma maturidade de oito anos e o outro a dez anos, e

ambos com remuneração indexada à EURIBOR.

Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A.

A Soares da Costa Serviços Partilhados, SA (“SCSP”) é a empresa responsável pelo desempenho das

funções financeira, administrativa, contabilística (incluindo consolidação de contas), de gestão dos

sistemas de informação e de gestão dos recursos humanos de todas as empresas do Grupo Soares da

Costa (“Grupo”).

Em finais de 2007 a sociedade foi transformada em sociedade anónima, tendo aumentado o capital

social para um milhão de euros.

O exercício findo foi o segundo exercício completo de actividade da SCSP, tendo sido caracterizado por

um processo de consolidação de todo o trabalho efectuado anteriormente e que conduziu à criação da

empresa enquanto unidade de serviços partilhados do Grupo, assim como por um fortíssimo esforço no

sentido de implementar um sistema de informação de gestão adequado às novas realidades com que o

Grupo se depara.

A actividade da SCSP centrou-se, por um lado, na continuação da sua estruturação interna, por forma a

fazer face às solicitações das empresas suas clientes, e, por outro lado, na implementação de alguns

novos projectos considerados fundamentais para os objectivos do Grupo enquanto um todo e de cada

uma das suas empresas em particular.

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 61 de 77

Assim, na primeira vertente procurou-se continuar o processo de ajustamento da estrutura de recursos

humanos da SCSP, depois do forte ajustamento ocorrido em 2007, com a extinção da área de

desenvolvimento de aplicações da Direcção de Sistemas de Informação. Note-se que, apesar de o

processo em causa ter sido executado maioritariamente em 2007, a saída das pessoas afectadas pelo

mesmo apenas viria a ocorrer em Fevereiro de 2008.

Paralelamente, a integração da Contacto no Grupo implicou a entrada na SCSP de 13 novos

colaboradores, pelo que, mesmo após a redução de efectivos acima referida, complementada com mais

algumas saídas pontuais, verificou-se um ligeiro acréscimo do número global de trabalhadores da SCSP,

sendo de referir que tal se verificou apenas ao nível de funções dirigentes e técnicas qualificadas,

reforçando-se assim o perfil qualitativo da estrutura de recursos humanos da SCSP.

Quanto à segunda vertente, foi dada uma especial atenção à área de sistemas de informação, por

constituir a base de trabalho sobre a qual as restantes áreas têm de operar, sendo, por conseguinte,

factor potenciador do incremento do nível de serviço prestado pela SCSP ao Grupo, estando a

necessitar de uma profunda reestruturação para se adaptar às novas exigências decorrentes do Plano

Estratégico.

Assim, e após a implementação, ainda em 2006, do sistema de Gestão do Arquivo Digital (GAD), e, em

2007, da aplicação SIGA (Sistema de Informação de Gestão e Análise), a qual, entre outras

funcionalidades, permitiu agilizar significativamente o processo de consolidação de contas do Grupo,

2008 foi fortemente marcado pelo arranque em produtivo do ERP SAP, em todo o Grupo.

Este último projecto merece uma referência especial, pelo intenso investimento exigido, quer em capital,

quer em tempo dispendido pelos colaboradores da empresa e do Grupo, afigurando-se como uma peça

estruturante dos sistemas de informação do Grupo. Numa primeira fase, foram implementadas quase

todas as funcionalidades existentes no ambiente anterior (Oracle), sendo que numa segunda etapa se

perspectiva a instalação de algumas aplicações que ainda se mantêm residualmente em Oracle e de

novas funcionalidades, inexistentes até à data.

Foram ainda levadas a cabo algumas outras acções com o objectivo genérico de melhorar as

ferramentas ao dispor dos utilizadores de TI/SI, por essa via potenciando o aumento da eficiência e

eficácia do seu trabalho. A este nível é de destacar a implementação do novo Portal Colaborativo do

Grupo, em substituição da anterior Intranet, o qual foi colocado em produtivo no final de 2008, prevendo-

se a sua consolidação em 2009, nomeadamente com a expansão dos respectivos conteúdos e

funcionalidades.

Foi ainda iniciado o trabalho de planeamento da reestruturação de toda a área de Infraestruturas de

SI/TI, com o objectivo de proceder à respectiva implementação em 2009.

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Já no que se refere à área de gestão de recursos humanos, o projecto mais emblemático levado a cabo

em 2008 foi o do Sistema de Avaliação de Desempenho dos colaboradores do Grupo (SAD), que vinha a

ser preparado desde o exercício anterior. Este sistema procurará ser um factor importante de

alinhamento das motivações dos quadros do Grupo com as suas visão e missão, assim como com os

valores que este promove.

Para além disso, continuou o esforço de melhoria das actividades de recrutamento, acolhimento e

disponibilização de formação aos colaboradores do Grupo.

Foi também lançado um projecto de Avaliação de Potencial e Gestão de Carreiras dos quadros mais

qualificados do Grupo (um universo de cerca de 400 pessoas), que se perspectiva venha a ter em 2009

o desenvolvimento adequado.

Quanto às áreas financeira, contabilística, administrativa e de controlo interno continuaram a

desenvolver esforços no sentido de melhorar a sua rapidez de resposta, sem descurar a necessária

qualidade do trabalho realizado, com o objectivo, uma vez mais, de permitir que as empresas clientes da

SCSP possam melhorar o seu desempenho.

Foi também iniciado um projecto interno, transversal a toda a empresa, de análise e reengenharia de

todos os processos e procedimentos da SCSP, com o objectivo de reduzir tanto quanto possível

eventuais ineficiências de funcionamento, potenciando a produtividade dos recursos existentes e a

qualidade dos serviços prestados, e de permitir obter uma noção mais clara e detalhada da distribuição

dos custos pelos diferentes tipos de actividades exercidas, propiciando uma ainda mais equitativa

repartição futura da facturação da SCSP pelas empresas suas clientes.

Finalmente, é de realçar o facto de no final do ano a SCSP ter iniciado um trabalho de preparação da

expansão dos serviços prestados, tendo como objectivo o apoio à área internacional do Grupo e a

empresas em que o Grupo não detém a totalidade do capital (sendo, neste último caso, de realçar, pela

sua dimensão, as empresas associadas à construção e concessão da Auto-Estrada Transmontana).

Dada a peculiaridade da actividade desenvolvida pela SCSP o objectivo da empresa, em termos

económico-financeiros, não é a obtenção de resultados líquidos, mas antes a prestação de serviços de

qualidade ao menor custo, obtendo um resultado próximo de zero. Dada a ocorrência de alguns factos

que não estavam considerados no orçamento (v.g. inclusão da Contacto) a sociedade acabou o ano com

a relevação de um resultado líquido positivo de 324 mil euros.

Em 2009, a SCSP continuará a desenvolver todos os esforços para melhorar os níveis de serviço

prestados às empresas suas clientes, estando particularmente apostada em completar o já mencionado

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 63 de 77

projecto de análise e reengenharia de processos, com vista à melhoria da qualidade do serviço prestado

e da produtividade dos recursos utilizados.

Será igualmente de esperar o aumento do esforço comercial no sentido de promover a venda da

capacidade de prestação de serviços existente, não apenas às empresas ligadas à construção e

concessão da Auto-Estrada Transmontana (AET), como também a outras que possam vir a perfilar-se

com características semelhantes.

Procurar-se-á, igualmente, aumentar a quantidade e qualidade dos serviços prestados à área

internacional do Grupo, com um particular enfoque, numa fase inicial, em temas relacionados com os

Sistemas e Tecnologias de Informação.

Recursos Humanos

Gestão

A excelência na gestão das pessoas e a gestão orientada para a valorização do capital humano é uma

preocupação de carácter fundamental encarada como um dos pilares da estratégia e um alicerce da

competitividade.

Constituindo os recursos humanos o maior factor de competitividade e desenvolvimento das

organizações, importa verificar de que forma os princípios dão lugar a práticas consistentes no

quotidiano das empresas.

Consolidados que estão no seio do Grupo Soares da Costa os princípios e as linhas de orientação

estratégica em matéria de desenvolvimento de recursos humanos, tem-se procurado implementar e

consolidar, paulatinamente, um conjunto de metodologias e boas práticas promotoras do incremento do

Capital Humano.

O ano de 2008 encerra mais um passo dado no sentido daquele desiderato. Está em curso a

estruturação de uma política de Recursos Humanos assente em princípios consequentes com a

orientação estratégica do Grupo, assim como em metodologias integradas que confiram unicidade às

práticas de gestão de recursos humanos.

Avaliação de Desempenho

De entre as práticas já consolidadas ao nível do recrutamento e selecção de pessoal, bem como da

formação, importa destacar face ao ano em análise, o lançamento do Sistema de Avaliação de

Desempenho do Grupo Soares da Costa.

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Foi implementada uma metodologia nova, exigente, mais complexa, e sobretudo mais orientada para os

resultados operacionais almejados. Sendo este o primeiro ano de vigência do novo sistema, surgirá,

certamente, a necessidade de proceder a alguns ajustamentos, de modo a torná-lo: i) cada vez mais

alinhado com o Plano de Desenvolvimento Estratégico do Grupo e ii) cada vez mais próximo das

particularidades da realidade e contexto organizacional das equipas de trabalho. Em suma, cada vez

mais fiável no seu propósito de mensurar o desempenho colectivo e individual.

Formação

Na formação profissional importa ressaltar o conjunto alargado de acções de formação ministradas sobre

os diversos módulos de utilização SAP. Todos os utilizadores desta ferramenta informática receberam

formação (em sala e no posto de trabalho), perfazendo um total de 1465 horas desta formação

específica.

A formação encontrou também expressão, em mais um ano consecutivo, ao nível da política de

rejuvenescimento do quadro de pessoal. Referimo-nos ao recrutamento e formação de novos

colaboradores, no âmbito do programa de estágios profissionais em Engenharia Civil.

A estrutura do programa de estágios compreende, para além da formação contínua no posto de

trabalho, em regime de full time e durante 6 meses, sessões de formação específica em seis áreas de

formação complementar, a saber: Controlo de Custos, Aprovisionamentos e Subempreitadas, Qualidade,

Ambiente, Segurança, e Gestão Contratual.

Ao longo da carreira que se vislumbra no seio do Grupo Soares da Costa, os 23 estagiários admitidos

em 2008 (distribuídos por duas edições, com início em Abril e Outubro), serão mobilizados

frequentemente para novas acções de formação que versarão o aprofundamento destas matérias. Em

sede de estágio, estas intervenções formativas visam proporcionar uma homogeneização de

conhecimentos técnicos em áreas, geralmente não compreendidas nos currículos académicos de

engenharia civil, mas consideradas fundamentais no início da carreira.

O ano 2008 assistiu também a um incremento de uma metodologia formativa de importância indelével –

seminários internos, realizados no auditório da sede. Foram realizados cinco seminários temáticos,

sendo que três deles contaram com formadores internos. Os temas versados foram a contratação de

empreitadas à luz do novo Código dos Contratos Públicos, geotécnica, aspectos legais e técnicos do

betão. Estes eventos, sempre potenciados pelas excelentes instalações e recursos didácticos

disponíveis, mobilizaram um total de 270 formandos, revelando-se um excelente momento de

aprendizagem e partilha de experiências profissionais enriquecedoras.

O ano em análise caracterizou-se também por um reforço na execução de formação na Delegação da

Madeira. Primeiramente, foi efectuado um levantamento das entidades formadoras a operar no mercado

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local, estabeleceram-se contactos e desenvolveram-se parcerias no sentido de proporcionar uma oferta

formativa mais rápida, ágil e adaptada às nossas necessidades locais.

Foi também em 2008 que na Região Autónoma da Madeira iniciámos o processo de Reconhecimento,

Validação e Certificação de Competências (RVCC) destinado aos nossos colaboradores em serviço

naquela região insular. Este projecto decorre dos referidos contactos estabelecidos e parcerias

desenvolvidas a nível local. Registamos com agrado que as acções de informação e sensibilização

granjearam o entusiasmo e a consequente inscrição de 22 colaboradores da Soares da Costa a exercer

funções na Madeira.

Acresce frisar, relativamente ao processo de RVCC, o salto qualitativo verificado no ano em análise.

Integrámos a fase do projecto nacional “Novas Oportunidades” relativa ao reconhecimento e certificação

de competências que proporcionam a equivalência ao 12º ano de escolaridade. A este nível verificámos

a disponibilidade e determinação de 60 colaboradores inscritos, distribuídos entre a Sede e o Parque

Industrial da Rechousa.

A formação ministrada nas delegações do Grupo Soares da Costa no ano 2008, ficou ainda assinalada

pela parceria que estabelecemos com a Universidade Católica de Luanda e a Universidade Católica de

Lisboa, ao nível da formação de executivos. Destacamos a realização, em Luanda, de um seminário

intensivo subordinado ao tema Negociação, dirigido a cerca de três dezenas de quadros e executivos

responsáveis pela Delegação de Angola.

Foi ainda em 2008 que, aproveitando o processo de migração para a ferramenta informática SAP,

reformulámos a metodologia de avaliação do impacto da formação. Acrescentámos o necessário

enfoque nos conhecimentos adquiridos, como ponto de partida, ou condição primeira do reconhecimento

de competências técnicas.

Recrutamento e selecção

Apostado em alinhar o Capital Humano com a sua estratégia de desenvolvimento organizacional, o

Grupo Soares da Costa procura, não só, garantir, na admissão de novos colaboradores, a evidência de

competências ajustadas à função, mas também identificar manifestações que vislumbrem um

significativo potencial de desenvolvimento profissional.

Tomando a diversificação e a internacionalização como dois dos principais vectores de orientação

estratégica do Grupo Soares da Costa, procurou-se, em sede de recrutamento e selecção, satisfazer

necessidades imediatas de recursos humanos, perspectivando, o futuro. Isto é, assume importância

indelével um repertório de valências, que num candidato vislumbre elevadas possibilidades de

adaptação e desenvolvimento profissional, em função da evolução previsível dos negócios do Grupo.

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 66 de 77

Avaliação de Potencial

Mas para além da realização, poder-se-á dizer que o ano 2008 foi também um ano de incubação de

projectos inovadores, no que concerne ao desenvolvimento do Capital Humano. Abordou-se o tema do

potencial de desenvolvimento profissional. Assumiu-se que não podemos deixar de identificar, metódica

e criteriosamente, o valor humano que encerra o nosso quadro de pessoal.

Foram amplamente discutidos, no plano conceptual, os objectivos, a abordagem, a metodologia e os

destinatários. Chegámos ao ponto de maturação óptima deste projecto, consubstanciado num modelo

pronto a executar. Eis, pois, um dos marcos com que nos propomos assinalar o ano 2009,

implementando o projecto de avaliação de potencial e contribuindo, assim, para a identificação de

informação estratégica no apoio à tomada de decisão.

Número de Trabalhadores e Encargos com o Pessoal

As notas nº 7 (ABDR) e nº. 23 (PC&NE) dão informação sobre o número de efectivos da sociedade

individualmente e do Grupo, respectivamente.

No ano de 2008 o número médio de trabalhadores ao serviço das empresas consolidadas pelo método

integral foi de 5.542 trabalhadores. Este número, não é, porém directamente comparável com o do ano

anterior que não contemplava os contratados localmente nas diversas sucursais da sociedade

construtora. Há a notar o contributo pela primeira vez da Contacto e da Prince que contribuíram com 386

efectivos.

Direcção 41Quad. Superior 368Quad. Médios 290Enc. Mest.e Chefes 466Prof. Alt. Qualif. 2.451Qualif./semi-qual. 1.170Não Qualific. 696Pratic./aprendizes 60 Total 5.542

A sociedade individualmente dispõe de 24 efectivos (+2 do que no ano anterior).

Em termos consolidados os custos com pessoal assumiram o valor de 134,3 milhões de euros

representando 16,20% dos custos operacionais totais face a 109,2 milhões e 20,17% respectivamente,

no ano de 2007.

A Sociedade de Construções Soares das Costa, SA, continua a ser o principal empregador do grupo,

com 3799 efectivos globais (1.978 nacionais face a 1.793 um ano antes).

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 67 de 77

Por sua vez o número médio de efectivos das empresas consolidadas pelo método proporcional foi de

715 face a 357 um ano antes. A Scutvias contribui com 94, sendo de referir um aumento significativo das

associadas Somafel e OFM.

Sexta Melhor Grande Empresa para se trabalhar em Po rtugal

Uma última nota para a divulgação já ocorrida em 2009 de que o Grupo Soares da Costa foi distinguido

como a 6ª Melhor Grande Empresa para trabalhar em Portugal, resultado do estudo levado a cabo

conjuntamente pela revista EXAME e pela consultora Heidrick & Struggles.

Este estudo conduzido de forma isenta e independente de qualquer intervenção das estruturas de

gestão das empresas participantes, baseia-se, no essencial no inquérito directo realizado junto dos

colaboradores, posteriormente validado e complementado por visitas efectuadas por jornalistas daquela

revista.

Sem descurar a conveniência de intervenção em algumas áreas no sentido da melhoria, este resultado,

bem positivo, é sintomático do posicionamento da empresa e do Grupo e revelador de que todos

partilham os desafios do seu ambicioso projecto de sucesso, sendo que larga maioria dos trabalhadores

expressa a sua satisfação e orgulho em trabalhar nele.

IV – AS ACÇÕES SOARES DA COSTA E O MERCADO DE CAPIT AIS

O capital social da Sociedade é representado por 160.000.000 de acções ao portador com valor nominal

de um euro, tituladas de forma escritural, sendo 133.000.000 ordinárias e 27.000.000 preferenciais. Em

conformidade com o disposto no nº 3 do art. 342 do Código das Sociedades Comerciais as acções

preferenciais gozam actualmente do direito de voto.

Informa-se ainda, nos termos do disposto na alínea d) do nº. 5 do artigo 66º do Código das Sociedades

Comerciais, que durante o exercício findo a sociedade adquiriu 1.594.738 acções próprias, ordinárias, de

valor nominal unitário de 1 €, ao preço médio de 0,8194 €. Estas operações todas ocorridas durante o

segundo semestre visaram transmitir maior liquidez e protecção ao título numa altura de alguma

perturbação dos mercados financeiros. Uma vez que anteriormente a sociedade não detinha acções

próprias (e não procedeu a nenhuma alienação), à data de encerramento do exercício detém o mesmo

número de acções acima mencionado e que é representativo de aproximadamente 1% do capital social.

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 68 de 77

No quadro seguinte apresentamos alguns indicadores do comportamento das acções ordinárias,

incluindo a comparação com os três anos anteriores, seguindo-se um gráfico com a evolução das

cotações durante o ano findo.

Indicador Unidade Valor 2008 Valor 2007 Valor 2006 Valor 2005

Nº. de acções ordinárias transaccionadas Unidade 81.095.182 510.237.948 286.071.140 33.505.540

Valor total das acções ordinárias Transaccionadas

Mil EUR 123.070 857.549 183.006 10.425

Valor de abertura no exercício EUR/acção 2.08 0,69 0,348 0,37

Valor de fecho no exercício EUR/acção 0,63 2,09 0,69 0,35

Valor médio /acção ordinária EUR/acção 1.52 1,68 0,64 0,31

Valor máximo acção ordinária EUR/acção 2.13 2,87 0,77 0,39

Data da sessão respectiva mmm/dd Jan/04 10-Jul 21-Ago 19-Jan

Valor mínimo acção ordinária EUR/acção 0,58 0,69 0,326 0,26

Data da sessão respectiva mmm/dd Dez/19 02-Jan 16-Jan 05-Dez

Nota: Os valores de 2005 e 2006 foram ajustados, considerando o split efectuado em Agosto de 2006, em que o

valor nominal unitário passou de € 5,00 para € 1,00, de modo a permitir a sua comparabilidade.

Evolução das acções do Grupo Soares da Costa

0,00 €

0,50 €

1,00 €

1,50 €

2,00 €

2,50 €

Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Meses

Cot

ação

1

Aguarda-se que a estabilização dos mercados financeiros venha a possibilitar a recuperação da cotação

do título em termos mais correspondentes aos «fundamentais» da empresa.

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Relacionamento com o Mercado

A empresa, durante o ano findo publicou na sua qualidade de emitente de valores mobiliários admitidos

à cotação, diversos comunicados e informações através dos sítios da CMVM, da NYSE Euronext e da

própria sociedade, ainda através do Portal da Justiça e do Boletim de Cotações da Euronext.

A lista completa destes comunicados e informações faz parte integrante do Relatório do Governo das

Sociedades anexo a este documento.

Para além da informação acima referida, a empresa através do seu Gabinete de Investidor presta

informações, esclarecimentos e mantém um contacto permanente e regular com os accionistas,

imprensa económica, mercado e público em geral.

V – GESTÃO DE RISCOS

O Grupo Soares da Costa, conforme as peças que fazem parte deste Relatório e Contas demonstram,

desenvolve a sua actividade em sectores, países e enquadramentos sócio-económicos e legais que

implicam a assumpção de diferentes tipos e níveis de riscos.

Os riscos que o Grupo está exposto podem ser classificados em:

• Riscos dos processos de negócio :

� Riscos operacionais: os que podem afectar a eficácia e a eficiência dos processos

operativos e prestação dos serviços do grupo, a satisfação dos clientes e a reputação das

empresas

� Riscos de integridade: os relacionados com fraudes internas e externas a que possam estar

sujeitas as empresas do grupo

� Riscos de direcção e recursos humanos: riscos vinculados entre outros à gestão, direcção,

liderança, limites de autoridade, etc.

� Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos

de liquidez e risco de crédito

• Riscos de informação

� Informação operativa, financeira e avaliação estratégica

• Riscos do Meio

� Concorrência

� Meio político, económico, legal e fiscal

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Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2008 – Pág. 70 de 77

� Regulação e mudanças no sector

Um sistema de gestão de riscos visa portanto assegurar a eficácia e eficiência das operações do grupo,

a salvaguarda dos activos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas.

O Grupo Soares da Costa no âmbito do seu sistema de gestão de riscos monotoriza e controla estes

riscos com o objectivo de tentar evitar: problemas para os seus clientes, perdas para a rentabilidade dos

accionistas, perigos para os seus empregados ou para a sua reputação corporativa, e/ou impactos

negativos para a sociedade em geral.

As empresas de maior dimensão do grupo dispõem de estruturas de auditoria interna.

As contas anuais da sociedade são objecto de auditoria externa, o mesmo ocorrendo em relação às

contas das sociedades participadas pelo grupo Soares da Costa com peso significativo. O auditor

efectua recomendações em matéria de controlo interno no caso das sociedades mais importantes.

Através da sua organização interna as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de

Negócios, Direcção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos…) são

orientadas em termos de identificar e avaliar os riscos que as suas decisões, nas respectivas áreas de

intervenção e competência, envolvem e de tentar minimizá-los.

A exposição ao risco, por parte de qualquer participada do Grupo Soares da Costa é função da sua

estratégia, mas sempre limitada e acessória à sua própria actividade e é subordinada à prossecução dos

objectivos traçados para as diferentes áreas de negócio.

O processo de Gestão de Risco é da responsabilidade das Administrações de cada uma das áreas de

negócio do Grupo, concretizando-se, na generalidade, num conjunto de etapas ou fases que podem ser

sistematizadas do modo seguinte:

• Identificação: determinação dos riscos a que o grupo está exposto

• Mensuração: quantificação das exposições ao risco e produção de relatórios de base à tomada

de decisão

• Controlo e gestão do risco - Definição da tolerância ao risco aceitável e das acções a

empreender

• Implementação das medidas de gestão de risco definidas

• Monitorização e inerente avaliação do processo de gestão de risco

Entretanto, a nível do Grupo existe uma Direcção que coordena, supervisiona e monitoriza as diversas

gestões de risco parcelares.

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Gestão do risco financeiro

Neste âmbito assume particular importância o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio nas suas

vertentes de transacção e de conversão, o risco de liquidez e de crédito.

Estes riscos estão associados a incertezas quanto ao funcionamento dos respectivos mercados

financeiros e da própria actividade da empresa num mercado cada vez mais globalizado e integrado.

A gestão do risco financeiro é coordenada pela Direcção de Finanças e desenvolve-se sob orientação da

Comissão Executiva em primeira linha e do Conselho de Administração.

A postura do Grupo relativamente à gestão dos riscos financeiros é conservadora e prudente,

procurando uma não exposição elevada a este tipo de riscos sempre associados ao exercício normal e

corrente da actividade da empresa e nunca assumindo posições em instrumentos financeiros de carácter

especulativo.

Risco da Taxa de Juro

O risco da taxa de juro advém da incerteza do comportamento dos mercados e manifesta-se na variação

de (i) os custos financeiros da dívida a taxa variável e do (ii) valor dos passivos a longo prazo com taxas

de juro fixas.

A gestão do risco da taxa de juro é orientada em termos de optimização do custo do serviço de dívida.

A sociedade e as principais subsidiárias do grupo têm geralmente as principais fontes de financiamento

remuneradas de modo indexado a taxas de mercado, pelo que está exposta às respectivas flutuações.

Isto é a um aumento das taxas de juro de mercado corresponderá um maior custo líquido de

financiamento do grupo.

Em períodos de maior volatilidade e para fazer face ao financiamento de operações específicas de

elevado montante, nomeadamente as relacionadas com projectos de Concessões a Administração

pondera a realização de operações de cobertura («swaps») de taxa de juro, seguindo as seguintes

políticas:

A contratação destes instrumentos tem sempre como objectivo a cobertura do risco e não a

especulação;

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A eficiência da cobertura atinge-se fazendo coincidir as datas dos fluxos dos juros pagos no

financiamento objecto de cobertura com as datas de liquidação ao abrigo do instrumento de cobertura e

adoptando o mesmo indexante no financiamento objecto de cobertura e no instrumento de cobertura;

Desde o início da transacção é conhecido e limitado, o custo máximo do endividamento resultante da

operação de cobertura realizada, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de

mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundos

considerado na concessão subjacente;

As contratações destes instrumentos são efectuadas com instituições de crédito de elevada qualidade

creditícia;

As transacções seguem os contratos definidos pelo ISDA – International Swaps and Derivates

Association;

À data do encerramento do exercício de referência deste Relatório estão vigentes dois instrumentos

financeiros desta natureza em participadas da área das Concessões.

Risco da Taxa de Câmbio

Este risco advém principalmente da presença internacional do grupo Soares da Costa. O exercício da

actividade por parte de algumas das empresas do grupo em mercados externos, nomeadamente,

Angola, outros países lusófonos e Estados Unidos da América (Florida), expõe o grupo aos efeitos

derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro.

A política de gestão do risco de taxa de câmbio visa reduzir o grau de sensibilidade dos resultados do

grupo a estas flutuações cambiais, sendo o objectivo da política de gestão do risco compensar (pelo

menos parcialmente) as possíveis perdas de valor dos activos relacionados com negócio do grupo

Soares da Costa causadas por depreciações das taxas de câmbio em relação ao euro, com as

poupanças por menor valor em euros da dívida em divisas. Logicamente, aquela sensibilidade dos

resultados é tanto menor quanto maior for a correlação (grau de cobertura) entre activos e passivos

expressos na divisa correspondente.

Nessa medida, o grupo procura tanto quanto possível, equilibrar os activos com responsabilidades na

mesma divisa.

No mercado angolano sendo uma parte significativa dos contratos geradores de proveitos estabelecidos

em moedas que não o euro, advém, inevitavelmente exposição à evolução daquelas divisas face ao

euro. O grau de exposição é dependente da medida em que os «inputs» necessários para a execução

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desses contratos sejam de fonte externa e se materializem em responsabilidades contraídas em moeda

diferente. Neste sentido, uma sobrevalorização do euro afecta negativamente os resultados da empresa.

No entanto, a política de gestão do risco do grupo visa estabelecer, na medida do possível sem custos,

equilíbrios de cobertura. Parte dessa cobertura, é conseguida designadamente mediante o aumento do

grau de autonomia do mercado interno angolano, em termos de recurso aos respectivos factores de

produção. Por outro lado, nos contratos de construção a empresa obtém dos seus clientes

adiantamentos na moeda do contrato que visam mitigar o saldo entre activos / passivos estabelecidos

em outras moedas.

Nos Estados Unidos da América a situação é diferente e o risco das taxas de câmbio é pratica e

exclusivamente inerente ao processo de transposição das demonstrações financeiras das subsidiárias

americanas, não afectando em termos relativos a sua rentabilidade.

Estão em curso operações para minimizar os impactos cambiais nos contratos novos de maior

dimensão.

Risco de Liquidez

A política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da

sua dívida se adequa à sua capacidade de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do

risco de liquidez passa, portanto, por gerir os eventuais desajustamentos entre as necessidades de

fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de

fluxos de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por

entidades financeiras).

Relativamente a um conjunto de empresas subsidiárias importantes do grupo a Direcção de Finanças

tem vindo a implementar medidas que se traduzem numa gestão financeira mais globalizada e integrada

e que, por isso, garante uma maior flexibilidade financeira na gestão inter-empresas do grupo.

Em paralelo, o grupo toma medidas de gestão que previnem a ocorrência deste risco mediante uma

adequada e atempada gestão de tesouraria.

Para gerir o risco de liquidez o Grupo mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do

endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as

necessidades de fundos.

Para além disso, o grupo tem contratos de apoio à tesouraria que permitem, evitar a existência de

roturas (temporárias) de tesouraria.

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Risco de Crédito

Este risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das actividades

do grupo.

A política de risco de crédito é orientada desde o exame preventivo do rating de solvência dos potenciais

clientes do Grupo (selecção das propostas que se submetem pela Direcção Comercial, considerando o

perfil do risco de crédito dos clientes), durante a duração do contrato, avaliando a qualidade creditícia

dos montantes pendentes e procurando a cobrança das facturas de Vendas e prestações de serviços

nos prazos contratuais estabelecidos (pela Direcção Financeira-Clientes em diálogo com as Direcções

de Produção), até à avaliação do grau de risco de incumprimento no crédito vencido.

As situações de risco de crédito apuradas à data de cada balanço são identificadas pelas áreas

competentes e em função da antiguidade do crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e

demais circunstâncias aplicáveis consideradas na respectiva análise, conduz ao registo de imparidades,

se for caso disso. À data do balanço final do exercício de 2008 o montante de ajustamentos de créditos

no balanço consolidado é de 19,439 milhões de euros correspondendo a 5,5% do total dos créditos de

clientes (brutos) registados.

Outros riscos

O grupo Soares das Costa no âmbito do desenvolvimento normal da sua actividade em vários

segmentos de mercado e várias áreas geográficas está, também, naturalmente, exposto a outros riscos

operacionais, considerados como sendo a potencial ocorrência de prejuízos decorrentes de falhas

humanas, falhas nos procedimentos internos de controlo e nos sistemas de informação, ou por factores

externos.

O grupo visando o controlo e minimização deste tipo de riscos procura junto das diferentes direcções ter

informação que permita obter percepção sobre um conjunto diversificado de factores: danos em activos

físicos, falhas em sistemas informáticos, falhas na gestão e execução de processos, fraudes e violações

dos deveres profissionais e laborais.

A gestão dos riscos desta natureza é assente fundamentalmente na prevenção mediante a

implementação de procedimentos normativos e organizativos que contemplam a segregação de funções,

a definição de procedimentos e de responsabilidades e a supervisão.

A formação, a qualidade dos recursos humanos e a componente organizacional desempenham,

portanto, neste domínio um papel preponderante.

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Para fazer face à cobertura de incidentes relacionados com activos físicos o grupo Soares da Costa revê

anualmente o leque de coberturas das suas apólices de seguros ajustando-os à realidade do seu valor e

do seu funcionamento.

Por outro lado, o grupo dispõe de normas internas no que concerne à comunicação da prática de

irregularidades.

Na prevenção de incidentes relacionados com os sistemas de informação o grupo dispõe de planos de

segurança que permitem recuperar os sistemas informáticos centrais mais relevantes.

VI – OUTRAS INFORMAÇÕES LEGAIS

Dívidas ao Estado e à Segurança Social

À data do encerramento do balanço a empresa não tem dívidas em mora ao Estado, resultantes de

liquidação de impostos, nem de contribuições para a Segurança Social.

Negócios com a sociedade

Informa-se, nos termos da alínea e) do artigo 66º. do Código das Sociedades Comerciais, de que

durante o exercício findo não se verificou a ocorrência de autorizações do conselho de administração

nos termos do nº 2 do artigo 397º do mesmo diploma, uma vez que não ocorreram negócios entre a

sociedade e os seus administradores sob alçada desta previsão legal.

VII – PERSPECTIVAS PARA 2009

Ao dar conta das perspectivas para o exercício de 2009 não se deixa de fazer uma reflexão retrospectiva

sobre o grau de realização das metas anunciadas no relatório feito há um ano atrás. É com satisfação que

se constata que os volumes de negócios (780 milhões) e EBITDA (80 milhões) previsionais anunciados

foram largamente ultrapassados e apenas os resultados operacionais ficaram um pouco aquém do valor

previsto (EBIT de 53 milhões).

O volume de obras em carteira que tem vindo a evoluir muito favoravelmente ao longo dos últimos anos

(ver gráfico infra) é, neste aspecto, uma fonte de sustentação importante para a manutenção da

actividade do grupo em níveis altos. Neste âmbito, destaca-se a contratação com efeitos muito recentes

de uma obra para as instalações da TOTAL em Luanda num valor de 203 milhões de dólares.

Também, e face ao retraimento económico noutros mercados devido à presente conjuntura económico-

financeira, foi entendido aprofundar a actividade no continente americano alargando a prospecção ao

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mercado mexicano, estabelecendo-se acordo de cooperação preferencial com uma empresa local

(Grupo Indi) para grandes obras de infra-estruturas.

O desafio coloca-se ao nível da manutenção das margens operacionais que, tendo vindo a subir

consistentemente nos últimos anos em resultado da obtenção de ganhos de eficiência e de um reforço

de monitorização que mais depressa permite a detecção e correcção de desvios, se defrontarão com um

clima de concorrência agressiva face a um quadro macroeconómico deprimido.

Carteira de Obras (milhões de euros)

20082007200620050

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2.000

É prudentemente, face aos riscos e incertezas que as projecções sobre acontecimentos futuros sempre

encerram, mas com sentido de responsabilidade e confiança na capacidade já demonstrada, que se

projecta para o exercício de 2009 a obtenção de um volume de negócios de 880 milhões de euros e um

EBITDA de 90 milhões de euros.

VIII – FACTOS POSTERIORES AO TERMO DO EXERCÍCIO

Após o encerramento das contas do exercício não se verificaram factos justificativos de especial realce a

merecerem referência específica neste Relatório.

IX – RECONHECIMENTO

Ao prestar contas da actividade desenvolvida ao longo de mais um exercício, dirigimo-nos especialmente

nesta nota final a todos aqueles que connosco trabalharam: Clientes ou Fornecedores, Instituições

Financeiras, Associados/Consorciados ou Subempreiteiros, membros dos outros Órgãos Sociais e

Auditores, Consultores, Dirigentes e demais pessoal do Grupo, manifestando o nosso reconhecimento e

apreço pela sua contribuição para o desempenho da Sociedade e do Grupo.

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X – PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Tendo presentes as Demonstrações Financeiras e no respeito pela legislação aplicável, designadamente

o disposto nos artigos 33º, nº. 1, e 295º, nº. 1, do Código das Sociedades Comerciais, propomos aos

Senhores Accionistas que o resultado líquido individual de 25.485.993,76 Euros obtido pela

Sociedade no exercício que terminou em 31 de Dezembro de 2008 seja aplicado do modo seguinte:

a) Para Reserva Legal (5% dos resultados líquidos do exercício) 1.274.299,69€

b) Para cobertura de prejuízos e resultados transitados 16.088.130,95€

c) Para Dividendos:

i) Atribuíveis às acções preferenciais, considerando o disposto nos artigos 341º. e 342º. do

Código das Sociedades Comerciais

27.000.000 acções x 3 exercícios x 0,050 € 4.050.000,00€

ii) Atribuíveis às acções ordinárias

(133.000.000-1.594.738=131.405.262) acçõesx 0,031 € 4.073.563,12€

Porto, 26 de Março de 2009

O Conselho de Administração

Manuel Roseta Fino

(Presidente)

Maria Angelina M. Caetano Ramos José Manuel Baptista Fino

António Pereira da Silva Neves Pedro M. de Almeida Gonçalves

(Presidente da Comissão Executiva)

António Manuel S. Barbosa da Frada

Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor

de Andrade Santos

António Manuel Palma Ramalho António Manuel Pereira Caldas

Castro Henriques

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DECLARAÇÃO

Declaro, nos termos e para os efeitos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código de Valores

Mobiliários que, tanto quanto é do meu conhecimento, o relatório de gestão, as contas anuais, a

certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas da Grupo Soares da Costa,

SGPS, SA, relativos ao exercício de 2008, foram elaborados em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da

situação financeira e dos resultados daquela sociedade e das empresas incluídas no perímetro da

consolidação, e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da

posição daquela sociedade e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, contendo uma

descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Porto, 26 de Março de 2009

Os Administradores:

Manuel Roseta Fino _________________________________

Maria Angelina Martins Caetano Ramos __________________________________

José Manuel Baptista Fino __________________________________

Pedro Manuel de Almeida Gonçalves __________________________________

António Pereira da Silva Neves _________________________________

António Manuel Sousa Barbosa da Frada __________________________________

Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos _________________________________

António Manuel Palma Ramalho __________________________________

António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques __________________________________

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“Anexo ao Relatório de Gestão”

ACCIONISTAS COM PARTICIPAÇÕES SUPERIORES A 2% a 31/ 12/2008

Manuel Fino SGPS, S.A. Num Acções

% Direitos Voto sem

acções próprias

% Direitos Voto

considerando as acções próprias*

Indirectamente através da Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, SA 113.302.682 70,814176% 71,527081%

Através de vice-presidente da Investino– Investimentos e Participações, SGPS, SA 40.000 0,025000% 0,025252%

Total imputável 113.342.682 70,839176% 71,552333%

Caetano – SGPS, S.A. Num Acções

% Direitos Voto sem

acções próprias

% Direitos Voto

considerando as acções próprias*

Directamente 17.600.000 11,000000% 11,110740%

Através da Administradora da Caetano – SGPS, S.A. 9.000 0,005625% 0,005682%

Total imputável 17.609.000 11,005625% 11,116422%

Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, S.A. Num Acções

% Direitos Voto sem

acções próprias

% Direitos Voto

considerando as acções próprias*

Através de vários Fundos de Investimento 8.069.686 5,043554% 5,094329%

Total imputável 8.069.686 5,043554% 5,094329%

*Estão consideradas 1.594.708 acções própria que a empresa detem a 31/12/2008

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PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

- MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

MANUEL ROSETA FINO – É Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2008, 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142% do capital social, assim discriminado:

ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto

26.992.645 99,9728%

Total 113.302.682 70,8142%

Mantém em 31 de Dezembro de 2008 a mesma quantidade.

DRª MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS - Detinha em 1 Janeiro de 2008, 9.0000 acções e mantém a mesma quantidade. É Administradora da Caetano SGPS, SA. Detinha em 1 de Janeiro de 2008, 17.600.000 acções que correspondem a 11,00% do capital social. Mantém em 31 deDezembro de 2008 a mesma quantidade

DR. ANTÓNIO PEREIRA DA SILVA NEVES – Detinha em 1 de Janeiro de 2008, 13.200 acções e mantém em 31 de Dezembro de 2008 a mesma quantidade.

DR. PEDRO GONÇALO DE SOTTO-MAYOR DE ANDRADE SANTOS – É Administrador da Sociedade Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2008, 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142% do capital social, assim discriminado:

ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto

26.992.645 99,9728%

Total 113.302.682 70,8142%

Mantém em 31 de Dezembro de 2008 a mesma quantidade

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DR. ANTÓNIO MANUEL PEREIRA CALDAS CASTRO HENRIQUES – Adquiriu em Julho de 2008 30.000 acções e em Outubro 10.000 acções conforme abaixo.

DATA PREÇO QUANTIDADE € 1,20 10.000

1 de Julho de 2008 € 1,10 10.000

3 de Julho de 2008 € 1,00 10.000 14 de Outubro de 2008 € 1,10 10.000

É vice-presidente da Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2008, 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142% do capital social, assim discriminado:

ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto

26.992.645 99,9728%

Total 113.302.682 70,8142%

Mantém em 31 de Dezembro 2008 a mesma quantidade.

Os restantes membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização não detêm acções da Empresa.

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Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A . sociedade com o capital aberto ao investimento públ ico

Sede Social Rua de Santos Pousada 220, 4000-478 Porto

Capital Social 160.000.000,00 Euros

NIPC 500265763 Matriculada na CRC do Porto sob o nº. 500265763

Exercício de 2008

RELATÓRIO SOBRE AS PRÁTICAS LIGADAS AO GOVERNO DA SOCIEDADE

E APOIO AO INVESTIDOR

ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO

Sob este título, pretendemos concentrar todas as informações relevantes para uma cabal resposta

ao disposto no Regulamento nº. 1/2007, com as alterações introduzidas pelo Regulamento nº.

5/2008, e às demais solicitações e recomendações da CMVM em matéria de governação da

Sociedade e do relacionamento com o mercado de capitais e os accionistas.

0 – DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO

De harmonia com o disposto no Regulamentos da CMVM nº 1/2007, com a alteração dada por

Regulamento nº 5/2008, a Soares da Costa, informa seguinte:

0. 1. A Sociedade encontra-se subordinada ao Código do Governo das Sociedades

disponível em www.cmvm.pt.

0. 2. Grau de cumprimento das Recomendações

Código de Governo

Pontos Texto Cumprimento

I

I,1

I,1,1

O presidente da mesa da assembleia geral deve dispor de recursos humanos e

logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a

situação económica da sociedade. Recomendação cumprida

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I,1,2

A remuneração do presidente da mesa da assembleia geral deve ser divulgada no

relatório anual sobre o governo da sociedade. Recomendação cumprida

I,2

I,2,1

A antecedência do depósito ou bloqueio das acções para a participação em

assembleia geral imposta pelos estatutos não deve ser superior a 5 dias úteis. Recomendação cumprida

I,2,2

Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, a sociedade não deve obrigar

ao bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada, devendo bastar-

se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão. Recomendação cumprida

I,3

I,3,1

As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por

correspondência. Recomendação cumprida

I,3,2

O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida

por correspondência não deve ser superior a 3 dias úteis. Recomendação cumprida

I,3,3

As sociedades devem prever, nos seus estatutos, que corresponda um voto a cada

acção.

Recomendação não

cumprida

I,4

I,4,1

As sociedades não devem fixar um quórum constitutivo ou deliberativo superior ao

previsto por lei.

Recomendação não

cumprida

I,5

I,5,1

As actas das reuniões da assembleia geral devem ser disponibilizadas aos accionistas

no sítio Internet da sociedade no prazo de 5 dias, ainda que não constituam

informação privilegiada, nos termos legais, e deve ser mantido neste sítio um acervo

histórico das listas de presença, das ordens de trabalhos e das deliberações tomadas

relativas às reuniões realizadas, pelo menos, nos 3 anos antecedentes. Recomendação cumprida

I,6

I,6,1

As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de

aquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Recomendação cumprida

I,6,2

Os estatutos das sociedades que, respeitando o princípio da alínea anterior, prevejam

a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único

accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas, devem

prever igualmente que seja consignado que, pelo menos de cinco em cinco anos será

sujeita a deliberação pela Assembleia Geral a manutenção ou não dessa disposição

estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal - e que nessa

deliberação se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione Recomendação cumprida

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I,6,3

Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar

automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição

de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando

dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos

accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. Recomendação cumprida

II

II,1,1

II,1,1,1

O órgão de administração deve avaliar no seu relatório de governo o modelo

adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo

medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar. Recomendação cumprida

II,1,1,2

As sociedades devem criar sistemas internos de controlo, para a detecção eficazde

riscos ligados à actividade da empresa, em salvaguarda do seu património e

embenefício da transparência do seu governo societário. Recomendação cumprida

II,1,1,3

Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de

funcionamento os quais devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade. Recomendação cumprida

II,1,2

II,1,2,1

O conselho de administração deve incluir um número de membros não executivos

que garanta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade

dos membros executivos. Recomendação cumprida

II,1,2,2

De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado

de administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua

estrutura accionista, que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do número

total de administradores.

Recomendação não

cumprida

II,1,3

II,1,3,1

Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselho fiscal, da comissão de

auditoria ou da comissão para as matérias financeiras deve ser independente e

possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções. Recomendação cumprida

II,1,4

II,1,4,1

A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades

alegadamente ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: i) indicação dos

meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas

internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii)

indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento

confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante. Recomendação cumprida

II,1,4,2

As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o governo

das sociedades. Recomendação cumprida

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II,1,5

II,1,5,1

A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de

forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da

sociedade.

Neste contexto: i) a remuneração dos administradores que exerçam funções

executivas deve integrar uma componente baseada no desempenho, devendo tomar

por isso em consideração a avaliação de desempenho realizada periodicamente pelo

órgão ou comissão competentes; ii) a componente variável deve ser consistente com a

maximização do desempenho de longo prazo da empresa e dependente da

sustentabilidade das variáveis de desempenho adoptadas; iii) quando tal não resulte

directamente de imposição legal, a remuneração dos membros não executivos do

órgão de administração deve ser exclusivamente constituída por uma quantia fixa. Recomendação cumprida

II,1,5,2

A comissão de remunerações e o órgão de administração devem submeter à

apreciação pela assembleia geral anual de accionistas de uma declaração sobre a

política de remunerações, respectivamente, dos órgãos de administração e

fiscalização e dos demais dirigentes na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código

dos Valores Mobiliários. Neste contexto, devem, nomeadamente, ser explicitados aos

accionistas os critérios e os principais parâmetros propostos para a avaliação do

desempenho para determinação da componente variável, quer se trate de prémios em

acções, opções de aquisição de acções, bónus anuais ou de outras componentes. Recomendação cumprida

II,1,5,3

Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente

nas assembleias gerais anuais de accionistas. Recomendação cumprida

II,1,5,4

Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planosde

atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas

variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização

e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores

Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma

avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do

plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições gerais a que

o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em assembleia

geral as principais características do sistema de benefícios de reforma de que

beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes,

na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B doCódigo dos Valores Mobiliários Recomendação cumprida

II,1,5,5

A remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização deve ser

objecto de divulgação anual em termos individuais, distinguindo-se, sempre que for

caso disso, as diferentes componentes recebidas em termos de remuneração fixa e de

remuneração variável, bem como a remuneração recebida em outras empresas do

Recomendação não

cumprida

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grupo ou em empresas controladas por accionistas titulares de participações

qualificadas.

II,2

II,2,1

Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e

fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de

administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as

competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da

Sociedade. Recomendação cumprida

II,2,2

O conselho de administração deve assegurar que a sociedade actua de forma

consentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência,

designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da

sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser

consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características

especiais Recomendação cumprida

II,2,3

Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, o

conselho de administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos

trabalhos dos membros não executivos, que designadamente assegurem que estes

possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida

explicitação desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre o

governo da sociedade. Recomendação cumprida

II,2,4

O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade

desenvolvida pelos administradores não executivos referindo, nomeadamente,

eventuais constrangimentos deparados. Recomendação cumprida

II,2,5

O órgão de administração deve promover uma rotação do membro com o pelouro

financeiro, pelo menos no fim de cada dois mandatos.

Recomendação não

cumprida

II,3

II,3,1

Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros

membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao

pedido, as informações por aqueles requeridas. Recomendação cumprida

II,3,2

O presidente da comissão executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente

do conselho de administração e, conforme aplicável, ao presidente da conselho fiscal

ou da comissão de auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. Recomendação cumprida

II,3,3

O presidente do conselho de administração executivo deve remeter ao presidente do

conselho geral e de supervisão e ao presidente da comissão para as matérias

financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. Recomendação cumprida

II,4

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II,4,1

O conselho geral e de supervisão, além do cumprimento das competências

defiscalização que lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de

aconselhamento, acompanhamento e avaliação contínua da gestão da sociedade por

parte do conselho de administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o

conselho geral e de supervisão deve pronunciar-se incluem-se: i) o definir a estratégia

e as políticas gerais da sociedade; ii) a estrutura empresarial do grupo; e iii) decisões

que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas

características especiais. Não aplicável

II,4,2

Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de

supervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o

conselho fiscal devem ser objecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, em

conjunto com os documentos de prestação de contas. Recomendação cumprida

II,4,3

Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de

supervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o

conselho fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização

desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. Recomendação cumprida

II,4,4

A comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho

fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os

efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador

destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro

da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser

o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios.

Recomendação não

cumprida

II,4,5

A comissão para as matérias financeiras, comissão de auditoria e o conselho fiscal,

consoante o modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à

assembleia geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito. Recomendação cumprida

II,5

II,5,1

Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração e

o conselho geral e de supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as

comissões que se mostrem necessárias para: i) assegurar uma competente e

independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e para a

avaliação do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas

comissões existentes; ii) reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua

eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua

melhoria. Recomendação cumprida

II,5,2

Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser

independentes relativamente aos membros do órgão de administração. Recomendação cumprida

II,5,3 Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. Recomendação cumprida

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III

III,1

III,1,2

As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o

mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as

assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a

sociedade manter um gabinete de apoio ao investidor. Recomendação cumprida

III,1,3

A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser

divulgada em inglês:

a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos

mencionados

no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais;

b) Estatutos;

c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com

o mercado;

d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso;

e) Documentos de prestação de contas;

f) Calendário semestral de eventos societários

g) Propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral;

h) Convocatórias para a realização de assembleia geral. Recomendação cumprida

0. 3. Elencadas no quadro anterior as recomendações adoptadas ou não adoptadas do

Código do Governo das Sociedades, ao longo deste Relatório são mais pormenorizadas as formas

de adopção ou as razões por que não foram adoptadas e, relativamente a estas se está em analise

uma eventual revisão sobre a sua incorporação

0. 4. Os novos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, através de

documento por si preenchido na altura da sua eleição, declararam, sobre a independência:

• José Manuel Baptista Fino (não independente)

• Dr. António Manuel Palma Ramalho (independente)

• Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (independente)

• Dr. Júlio de Lemos de Castro Caldas (independente)

• Dr. Carlos Pedro Machado de Sousa Góis (independente)

Entretanto o Administrador Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques perdeu a

qualidade de independente desde de 26 de Setembro de 2008, por ter adquirido a função de

administração na accionista de participação qualificada, Investifino.

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I – Assembleia Geral

I.1 – Mesa da Assembleia Geral

I.1.1- A mesa da assembleia geral é composta pelos seguintes elementos:

• Dr. Alberto Correia de Almeida (Presidente), eleito em Abril de 2008 para completar o

mandato que termina em 31 de Dezembro de 2009

• Dr. João Pessoa e Costa (Secretário)

O presidente da mesa da assembleia geral dispõe de recursos logísticos e humanos adequados às

suas necessidades.

I.1.2. A remuneração do presidente da mesa da assembleia geral é de 15.000,00 euros ano e do

Secretário é de 4.500,00 euros ano.

I.2. Participação na Assembleia

I.2.1 - O prazo de bloqueio das acções é de 5 (cinco) dias úteis, inexistindo qualquer limitação

estatutária para o voto por correspondência, sendo a respectiva declaração de voto receptível até ao

dia útil anterior ao da reunião, com uma modalidade de exercício que o facilita. O voto pode, assim,

ser exercido directamente, por representação e por correspondência, conferindo direitos a voto a

titularidade de mil acções.

O exercício do direito de voto e a representação de Accionistas são regulamentados nos Estatutos

da Sociedade, em estrita observância das disposições legais aplicáveis, como transcrito abaixo.

De acordo com o estipulado no número 1 do artigo 8º dos Estatutos da Sociedade:

“Tem direito de voto o accionista titular de, pelo menos, mil acções inscritas, em seu nome, em conta

de registo de valores mobiliários, até ao quinto dia útil anterior ao designado para a reunião da

Assembleia Geral, comprovando perante a sociedade, até ás 17 (dezassete) horas do terceiro dia útil

ao designado para a reunião”.

Para efeitos do número anterior, as acções ficarão bloqueadas desde a data a que se reporta a

inscrição até ao encerramento da Assembleia-geral.

A cada mil acções, corresponde um voto.

Os accionistas com direito de voto poderão fazer-se representar por outro accionista ou por qualquer

pessoa que lei imperativa declare hábil para esse efeito; as sociedades serão representadas por

quem para o efeito designarem.

Todas as representações previstas no número anterior serão comunicadas ao Presidente da Mesa

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da Assembleia Geral, por documento escrito e com assinatura, recebido na sede da sociedade até

ás 17 horas do dia útil anterior ao da reunião.

Durante os 15 dias anteriores à data da Assembleia Geral, encontram-se à disposição dos Senhores

Accionistas para consulta, na Sede da Empresa (Gabinete do Investidor), os documentos referentes

aos assuntos constantes na ordem de trabalhos, bem como, no sítio da Sociedade na Internet

www.soaresdacosta.pt .

A Soares da Costa reputa de importante a participação dos seus accionistas nas suas Assembleias

gerais, pelo que tem incrementado essa participação, que superou na assembleia de 2008 os 82%

de participações de capital.

Para além das faculdades já anteriormente existentes, na alteração estatutária operada em 2006 foi

encurtado de 15 para 5 dias o prazo de inscrição prévia e bloqueio e reduzidos os prazos para a

indicação de representação.

De momento não está prevista a possibilidade de exercício de direito de voto por meios electrónicos,

entendendo-se que, face ao universo de accionistas normalmente inscritos, tal não se justifica.

Acresce ainda que a participação presencial é a forma de intervenção que se deverá privilegiar

I.2.2 Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, são desbloqueadas as acções,

exigindo-se novo bloqueio igual ao determinado para a primeira sessão, ou seja cinco dias, antes da

segunda secção.

I.3 Voto e exercício do Direito de Voto

I.3.1 É admitido o voto por correspondência sobre as matérias constantes da Ordem de Trabalhos.

Para esse efeito, os accionistas com direito a voto que pretendam exercê-lo por correspondência,

além de cumprirem todas as condições e prazos acima referidos para demonstrar essa qualidade,

deverão enviar carta assinada dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral de forma a que

seja recebida na sede da sociedade até ás 17 horas do dia útil anterior ao da reunião, acompanhada

de envelopes fechados, contendo no seu interior o sentido de voto quanto a cada um dos pontos da

ordem de trabalhos, de forma especificada e inequívoca, seguido da sua assinatura exarada de

modo idêntico ao que consta da carta de remessa.

Os envelopes contendo os votos serão abertos na Assembleia-geral, no momento da votação do

respectivo ponto da Ordem de Trabalhos, valendo como votos negativos em relação a propostas de

deliberação apresentadas ulteriormente à emissão do voto.”

Estas disposições constam sempre do texto da convocatória da Assembleia-geral.

I.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por

correspondência é de um dia.

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I.3.3 Nos estatutos da Sociedade é estipulado que a cada mil acções corresponde um voto. Pondera-

se a possibilidade de, em futura alteração aos Estatutos, introduzir a regra de a cada acção

corresponder um voto.

I.4 Quórum e Deliberações

I.4.1 Com a excepção da reunião em primeira convocatória, para o qual os Estatutos exigem um

quórum constitutivo de mais de metade do capital social com direito de voto, quórum constitutivo ou

deliberativo é o previsto na lei.

I.5 Actas e Informação sobre Deliberação Adoptadas

I.5.1 As actas das reuniões da assembleia geral estão disponibilizadas aos accionistas no sítio da

sociedade. No próprio dia da Assembleia Geral são tornadas públicas as principais deliberações nela

tomadas, sendo disponibilizadas as actas no sitio da empresa logo que elaboradas e assinadas, as

quais serão nele mantidas durante três anos.

I.6 Medidas relativas ao controlo das Sociedades

I.6.1 - Não há acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração ou trabalhadores

que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão do trabalhador, despedimento sem

justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma oferta publica de aquisição.

I.6.2 - Não existem limites ao exercício dos direitos de voto, para além do mínimo estatutário de 1000

acções. Durante o exercício e até esta data, o direito de voto é extensivo às acções preferenciais.

Não são reconhecidos direitos especiais a qualquer accionista, para além dos que derivam da

natureza das acções preferenciais, nos termos da Lei. Não se conhece a existência de acordos

parassociais.

Não há mecanismos de controlo previstos no eventual sistema de participação dos trabalhadores no

capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes

Não há acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados

ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de

aquisição.

I.6.3 – Não existem quaisquer acordos ou medidas relacionadas com a alteração controlo ou de sua

manutenção da composição do órgão de administração, pelo que não existe qualquer limite à

transmissibilidade das acções ou à livre apreciação do desempenho dos administradores pelos

accionistas.

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II Órgãos de Administração e Fiscalização

II. 1 Temas Gerais

II.1.1 – Estrutura e Competência

II1.1.1. - O Conselho de Administração reúne trimestralmente em plenário, por regra, e

extraordinariamente sempre que qualquer dos seus membros o sugira, tendo efectuado seis

reuniões durante o exercício com uma participação média superior a 90%. Nas reuniões participa

também o Presidente do Conselho Fiscal. Ao Conselho de Administração, para além das

competências reservada por lei, incumbe aprovar as grandes linhas de orientação estratégica do

Grupo, o relatório de Gestão e as contas anuais e semestrais e apreciar qualquer medida que lhe

seja submetida pela Comissão Executiva.

Como mencionado, a Administração delegou na Comissão Executiva o exercício das suas

competências em matéria de gestão da Sociedade, com excepção, das que por força legal estão

reservadas ao Conselho de Administração. Delegação que a Comissão Executiva exerce de forma

colegial, tendo efectuado vinte e uma reuniões, com uma participação média de 100%.

O Presidente do C.A., Sr. Manuel Roseta Fino, a Vogal, Sra. Dra. Maria Angelina Caetano Ramos, o

Sr. José Manuel Baptista Fino, o Sr. Dr. António Manuel Palma Ramalho e o Sr. Dr. António Manuel

Pereira Caldas Castro Henriques não exercem funções executivas. Todos os restantes

Administradores têm funções executivas na gestão da Sociedade, enquadradas na abordagem

colegial das decisões.

O Sr. Dr. Pedro Manuel Almeida Gonçalves, na qualidade de Presidente da Comissão Executiva,

exerce as funções de chefe executivo supremo do Grupo (CEO)., O Sr. Dr. A. Silva Neves é o

principal responsável financeiro (CFO) do Grupo.

Sem prejuízo do princípio de colegialidade, a cada um dos membros da Comissão Executiva estão

afectas as seguintes áreas de responsabilidades:

- O Sr. Dr. Pedro Manuel Almeida Gonçalves; Coordenação global das várias áreas de negócios,

representação externa, comercial e institucional, relação com os investidores, desenvolvimento de

negócios, orgânico e inorgânico, Centro Corporativo –Planeamento estratégico e controlo de gestão,

comunicação institucional e marketing, recursos humanos, sistemas de informação,

acompanhamento directo da área de negócios Construção, incluído sub holdings da construção e

industria.

- O Sr. Dr. A. Silva Neves exerce as funções de coordenação dos Serviços Partilhados –

Administração (contabilidade, consolidação, processamento) Finanças (bancos, clientes,

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fornecedores) Controle interno, acompanhamento directo da função financeira nas actividades de

construção, industria e imobiliário.

- Dr. António Frada: exerce as funções de coordenação do Centro Corporativo – Serviços Jurídicos,

“Governace” e “compliance” com orientações regulatórias e acompanhamento directo da área de

negócios Concessões, e, já em 2009, Representante para as Relações com o Mercado

- Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos exerce as funções de coordenação do

enquadramento económico-financeiro do desenvolvimento de negócios, acompanhamento directo de

operações financeiras estruturadas e/ou com implicações na estrutura de capitais, Representante

para as Relações com o Mercado (situação já alterada em 2009), Centro Corporativo – Fiscalidade,

acompanhamento directo das actividades imobiliárias, acompanhamento directo da função financeira

na actividade de concessões e acompanhamento directo das participações de natureza financeira.

Os membros do Conselho de Administração não executivos têm acesso às matérias tratadas e às

decisões tomadas pela Comissão Executiva, de quem recebem cópia das actas das respectivas

reuniões. Acresce que, dos aspectos mais relevantes da actividade da Sociedade é feito um relato

nas reuniões do Conselho de Administração. Por outro lado, qualquer assunto de relevante interesse

para a empresa, ainda que deliberado na Comissão Executiva, pode ser submetido ao Conselho de

Administração.

À Comissão Executiva estão vedadas as matérias respeitantes à escolha do Presidente do Conselho

de Administração, à cooptação de administradores, ao pedido de convocação de Assembleias

Gerais, às deliberações sobre Relatório e Contas Anuais, à mudança de sede e aumentos de capital,

a projectos de fusão, de cisão e transformação da sociedade.

A nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e a alteração dos estatutos da

sociedade seguem exclusivamente as regras da lei

Pelos estatutos o Conselho de Administração está autorizado a deliberar aumentos de capital em

dinheiro até € 320.000.000,00.

O modelo de funcionamento adoptado parece ser o mais adequado, contrabalançando funções

executivas com não executivas, em que este monitorizam e fiscalizam, do ponto de vista da gestão

de negócios, a actividade da Comissão Executiva.

II.1.1.2 - A estrutura de direcção e gestão da Sociedade é constituída pelo Conselho de

Administração, actualmente com nove membros, dos quais emerge uma Comissão Executiva

composta por quatro Administradores. Na sua dependência, existem alguns órgãos de apoio,

assessoria e prestação de serviços transversais ao Grupo: Serviços jurídicos, Planeamento

Estratégico e Controle de Gestão de Riscos, Gabinete de Apoio ao Investidor, Fiscalidade, Títulos e

Seguros. Naquela assessoria, e para além dos serviços de controlo e auditoria em cada área de

negócios, funcionam em Comissão: a Comissão do Governo da Sociedade, presidida por um

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membro da Comissão Executiva e da qual fazem parte o Director dos Serviços Jurídicos, o

Secretário da Sociedade, os elementos do Apoio ao Investidor e dois Directores e um técnico

superior. Por outro lado, sendo a Sociedade uma holding, as comissões de risco estão sobretudo

estruturadas nas sociedades operativas, designadamente nas que detêm actividades mais

significativas, ao nível da holding, existe uma Direcção que promove estratégias de controle de

riscos, define as politicas gerais e os termos de responsabilidade e monitoriza a sua implementação.

II.1.2.3 - O órgão de administração tem regulamento de funcionamento que está disponível no sítio

na Internet da sociedade.

II.1.2 Incompatibilidades e Independência

II.1.2.1 A gestão da Sociedade é superiormente exercida pelo Conselho de Administração. A sua

composição, a vigorar até ao final do quadriénio 2006/2009, é exercida como consta da seguinte

relação:

• Sr. Manuel Roseta Fino (Presidente)

• Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Vogal, Presidente da Comissão Executiva)

• Dr.ª. Maria Angelina Martins Caetano Ramos (Vogal)

• Dr. António Pereira da Silva Neves (Vogal executivo)

• Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada (Vogal executivo)

• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (Vogal executivo)

• José Manuel Baptista Fino (Vogal)

• Dr. António Manuel Palma Ramalho (Vogal independente)

• Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (Vogal)

Qualificações profissionais

• Sr. Manuel Roseta Fino (Presidente) Frequência da Faculdade de Ciências da

Universidade Clássica de Lisboa. Designado para o cargo em 12 de Outubro de 2006.

• Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Vogal, Presidente da Comissão Executiva)

Licenciado em Direito pela Universidade Católica de Lisboa. Designado Administrador em 13

de Outubro de 2005. O Sr. Dr. Pedro Gonçalves é licenciado em Direito pela U.C.L. Sendo

administrador da empresa desde Outubro de 2005 e Presidente da Comissão Executiva

desde Outubro de 2006, anteriormente ocupou os cargos de Director-Geral da Normetro,

ACE, de 2000 a 2003, de Administrador Executivo da Somague Concessões (hoje Itinere, do

Grupo Sacyr), de 2003 a 2005, e de Presidente do C.Adm. da Normetro, de 2004 a 2005.

• Dr.ª. Maria Angelina Martins Caetano Ramos (Vogal) Licenciatura em Economia pela

Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Designada Administradora 13 de Outubro

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de 2005.

• Dr. António Pereira da Silva Neves (Vogal executivo) Licenciado em Economia e Finanças

pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Designado Administrador em 27 de

Maio de 1998. O Sr. Dr. A. Silva Neves é licenciado em Economia e Finanças pela

F.Econ.UP. Oriundo dos quadros da Sociedade, onde ingressou em 1980. Administrador há

mais de 5 anos.

• Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada (Vogal executivo) Licenciado em Direito pela

Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Designado Administrador em 6 de Julho

de 2005. O Sr. Dr. A. Frada é licenciado em Direito pela.F.D.UC.. Oriundo dos quadros da

Sociedade, onde ingressou em 1981. Foi Director dos Serviços Jurídicos, até 2002, e

Adjunto da Administração, responsável pela Área de Negócios “Concessões” de Janeiro

2003 até à sua cooptação como Administrador da Sociedade em 2005.

• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (Vogal executivo) Licenciatura em

Gestão na Universidade Católica de Lisboa; Frequência do curso de Pós-Graduação

Imobiliária no ESAI. Designado Administrador em 12 de Outubro de 2006. O Sr. Dr. Pedro

Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos é licenciado em Gestão de Empresa pela

Universidade Católica. Ocupou os cargos de administrador do Grupo Fino, é Presidente da

Game Invest, Administrador da Deéssepor SA, Administrador da Snucker- Confecções SA,

Administrador da Fino Participações SGPS SA, Administrador da Carfino SGPS SA e

Administrador da Investifino SGPS SA. Administrador da Sociedade desde 12 de Outubro

de 2006 por cooptação ratificada pela Assembleia Geral de 22 de Maio de 2007 e membro

da Comissão Executiva desde 31 de Janeiro de 2008.

• José Manuel Baptista Fino (Vogal) Frequência do North East London (Business Studies) em

Londres. Designado Administrador em 29 de Abril de 2008.

• Dr. António Manuel Palma Ramalho (Vogal) Licenciatura em Direito na Universidade Católica

de Lisboa; Pós graduação em International Capital Markets pelo International Finance

Institute – St. Catherine”s College, Oxford. Designado Administrador em 29 de Abril de 2008.

• Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (Vogal). Licenciado em Gestão pela

Universidade de Paris IX Dauphine; MBA pela Universidade Nova de Lisboa. Designado

Administrador em 29 de Abril de 2008

Administradores Não-executivos Independentes

Dos actuais nove Administradores, cinco são “não executivos”, o Sr. Manuel Roseta Fino, a Sra. Dra.

Angelina Martins Caetano Ramos, o Sr. José Manuel Fino, o Sr. Dr. António Manuel Palma Ramalho

e o Sr. Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques. Os Administradores Sr. Manuel Roseta

Fino, a Sra. Dra. Angelina Martins Caetano Ramos, o Sr. Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de

Andrade Santos ( membro executivo), o Sr. José Manuel Fino, e o Sr. Dr. António Manuel Pereira

Caldas Castro Henriques não são considerados “administradores não executivos independentes”,

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nos termos da alínea c) do nº. 2 do Artº. 1º. do Regulamento da CMVM nº. 7/2001, com a redacção

dada pelo Regulamento da CMVM nº. 10/2005, por serem administradores de accionistas com

participação qualificada. Nos últimos cinco anos o Sr. Manuel Roseta Fino, o Sr. Dr. Pedro Gonçalo

de Sotto-Mayor de Andrade Santos e o Sr. José Manuel Roseta Fino ocuparam lugares de

administração no Grupo Fino, a Sra. Dra. Maria Angelina Martins Caetano Ramos ocupou lugares de

administração no Grupo Salvador Caetano e o Sr. Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro

Henriques ocupou lugar de administração no Grupo BCP e desde Setembro de 2008, no Grupo Fino.

II.1.2.2 – Na composição do Conselho de Administração só existe um membro independente, o Dr.

António Ramalho. O Dr. António Castro Henriques teve estatuto de independente desde a sua

eleição, em Abril, até Setembro, altura em que passou a desempenhar a função de administração da

Investifino, accionista com participação qualificada.

II.1.3 Elegibilidade e Nomeação

II.1.3.1 – O conselho fiscal é constituído pelos seguintes membros:

• Dr. Júlio de Lemos de Castro Caldas (Presidente)

• Dr. Joaquim Augusto Soares da Silva (Vogal)

• Dr. Carlos Pedro Machado de Sousa Góis (Vogal)

• Dr. Júlio de Jesus Pinto (Suplente)

O seu presidente, e todos os membros, são independentes e possuem competências adequadas ao

exercício das funções.

II.1.4. Politica de Comunicação de Irregularidades

II.1.4.1 - Existe uma política de comunicação de irregularidades, divulgada a todos os colaboradores,

com indicação a quem devem ser dirigidas (Comissão Executiva), do tratamento que lhes será dado

(Serviços Jurídicos que procedem à respectiva averiguação, podendo socorrer-se do apoio de outros

serviços e propondo as medidas a tomar), garantia de confidencialidade, e divulgação estatística

geral e anual, das comunicações efectuadas e do seu desfecho. Pode ser facultada a sua consulta a

accionistas, mediante pedido dirigido ao Gabinete do Investidor.

II.1.4.2 – É politica do Grupo actuar, nos seus procedimentos internos e externos, de acordo com os

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padrões éticos e em conformidade com os ditames legais e regulamentares. Deve constituir

preocupação de todos os colaboradores a observância daqueles padrões e normativos cabendo às

chefias particular responsabilidade na respectiva observância. Assim as comunicações sobre

irregularidades tem o propósito de atempadamente pôr termo e prevenir a consumação de

irregularidades no seio da Sociedade quer elas sejam técnicas, económicas, comportamentais,

legais ou outras. Na definição desta politica, destaca-se o Código de Ética Empresarial, que se aplica

a todos os gestores e colaboradores do Grupo e que está publicado no sítio da empresa na internet.

II.1.5 Remuneração

II.1.5.1. A remuneração dos Administradores é fixada por uma Comissão de Remunerações eleita

pela Assembleia-geral e seguindo as orientações gerais também por esta definidas.

As remunerações dos membros do Conselho de Administração durante o exercício de 2008

totalizaram € 2.499.190.57. Daquele montante € 2.228.281,50 foram remunerações dos membros

executivos (dos quais € 722.371,00 correspondem a remunerações variáveis) e € 270.909,07 dos

membros não executivos.

Não se indica discriminação individual das remunerações do Conselho de Administração, por se

entender que a modalidade adoptada é mais adequada a reflectir a natureza colegial do órgão e, por

outro lado, pelo facto dos critérios para as remunerações variáveis serem aplicados ao conjunto de

administradores executivos e não individualmente.

Não existe qualquer política relativa a compensações estabelecidas contratualmente ou através de

transacção em caso de destituição ou outro tipo de pagamentos ligados à cessação antecipada do

mandato.

Não foram pagas indemnizações a ex- Administradores executivos relativamente à cessação das

suas funções durante o exercício. Não existem regimes complementares de pensão ou de reformas

antecipadas para os Administradores.

Não está estabelecido qualquer direito a acções ou opções sobre acções ou a operações similares.

As remunerações dos Administradores não executivos são fixas, não dependendo dos resultados do

exercício nem da evolução das cotações das acções da Sociedade. A remuneração dos membros da

Comissão Executiva tem uma componente variável alicerçada em critérios essencialmente ligados

aos resultados e à cotação das acções da sociedade.

II.1.5.2 – A comissão de remunerações e a administração submeteram à apreciação da assembleia

geral anual de 2008 a politica de remunerações dos órgãos de administração e de fiscalização.

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II.1.5.3 -. Na assembleia geral anual de 2008 estiveram presentes dois do membros da comissão de

remunerações, comissão essa constituída da seguinte forma:

• Sr. José Manuel Roseta Fino

• Dr. João Pessoa e Costa

• Dr. António Jorge Gonçalves Afonso

II.1.5.4 - Não vigoraram, durante o exercício, quaisquer planos de atribuição de acções ou de opção

de aquisição de acções.

II.1.5.5. - Os membros da administração, ou da fiscalização não auferem qualquer remuneração em

outras empresas do Grupo.

II.2. Conselho de Administração

O organograma abaixo ilustra este modelo organizativo, identificando os responsáveis pelas diversas

funções.

A organização societária do Grupo está patente no frontispício do Relatório de Gestão, com as

empresas representadas pelo seu logótipo. Também o mapa que inserimos no início das

demonstrações financeiras consolidadas, ilustra a composição do Grupo, com indicação das

participações (em %) e do método de consolidação aplicado

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II.2.1. - A gestão efectiva da Sociedade é exercida por uma Comissão Executiva composta por

quatro vogais do Conselho de Administração. A Comissão Executiva, embora actuando de forma

colegial, sob a condução do Presidente, acompanha a actividade da Soares da Costa, tendo entre os

seus membros, uma distribuição de áreas de particular atenção. Como adiante explicado, os

restantes membros (não executivos) do Conselho de Administração são informados das decisões e

dos assuntos tratados no seio da Comissão Executiva, é-lhes reportado, nas reuniões, o ponto da

situação da actividade da empresa e, bem assim, pode ser submetida ao Conselho de Administração

qualquer matéria tratada na Comissão Executiva.

O Conselho de Administração, actualmente com nove elementos, tem cinco Administradores não

executivos. Sem prejuízo da delegação de competências, os Administradores não executivos

acompanham e fiscalizam a actividade desenvolvida pela Comissão Executiva, tendo acesso aos

assuntos tratados e total abertura para questionar, pedir esclarecimentos e escrutinar as decisões

tomadas. Por outro lado, são chamados a pronunciar-se e aprovar os documentos mais relevantes

para a vida da Sociedade, tendo total acesso às informações que entendam necessárias à sua

actuação de vigilância, acompanhamento e verificação do seguimento das estratégias delineadas.

Os Administradores não Executivos apenas um pode ser apodado de independente no conceito

sustentado pelas recomendações da CMVM.. Tem-se entendido que o melhor Governo aponta para

a sustentação de que o critério de independência deve caracterizar-se por uma posição relativa face

aos accionistas e, sobretudo, deve ser observado na composição da Comissão Executiva. De facto,

a gestão da sociedade – exercida pelos membros executivos – deve ser norteada pelos superiores

interesses da Sociedade e, por isso, maioritariamente exercida por profissionais sem ligações aos

accionistas. A representação do espectro accionista no Conselho de Administração é efectuada

pelos membros não executivos. Neste contexto, três dos membros da Comissão Executiva não têm

ligação a accionistas com participação qualificada e dos cinco membros não executivos quatro tem

ligações a accionistas com participação qualificada. A função de acompanhar e fiscalizar em termos

informados a gestão da Sociedade é exercida, por um lado, por aqueles membros não executivos e

pelo Conselho Fiscal, composto por independentes, na esteira do sempre preconizado pelo nosso

ordenamento jurídico.

II.2.2 – Como se referiu já, a delegação de competências na Comissão Executiva segue os termos

legais e atrás explicadas. A estratégia e política geral do Grupo, a sua estrutura empresarial e as

decisões que, pelo risco, dimensão ou montante, são consideradas estratégicas, são aprovadas pelo

Conselho de Administração.

II.2.3 – O presidente do conselho de Administração não exerce funções executivas

• II.2.4 – Os administradores não executivos acompanham a actividade da sociedade, não só

através das reuniões de Conselho, como ainda pelos elementos que solicitam ou lhe são

enviados. Recebem todas as actas da Comissão Executiva, sendo-lhes ainda dado

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conhecimento de todos os assuntos que, mesmo com competência delegada na Comissão

Executiva, são mais relevantes para a vida da sociedade. Consoante a oportunidade e a

adequação exercem ainda funções de representatividade e de responsabilidade social, em actos

externos ou internos. São ainda convidados a intervir sobre temas correntes de acordo com a

vocação e experiência de cada um.

II.2.5 – Sendo admissível a rotação do membro que se ocupa do pelouro financeiro, apenas deve

operar-se no início do mandato. Sem embargo, as funções financeiras foram em 2008 parcialmente

repartidas por dois administradores

II.3 - Administrador Delegado, Comissão executiva e Conselho de Administração Executivo

II.3.1 – Os administradores executivos prestam, pontualmente e atempadamente, todas as

informações solicitadas pelos outros membros dos órgãos sociais, para além das que são prestadas

independentemente de solicitação.

II.3.2 – As actas da Comissão Executiva são distribuídas a todos os membros do Conselho de

Administração e disponibilizadas ao Conselho Fiscal.

II.3.3 – O Conselho Fiscal tem acesso às actas do Conselho de Administração

II.4. Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para as matérias Financeiras, Comissão de

Auditoria e Conselho Fiscal

II.4.1 – Não aplicável.

II.4.2. – O relatório do Conselho Fiscal, do Auditor e do Revisor oficial de contas são publicados

anualmente e conjuntamente com os documentos de prestação de contas.

II.4.3. – O relatório do Conselho Fiscal descreve a actividade de fiscalização levada a curso e

desenvolvida e, se for o caso, os constrangimentos com que se tenha eventualmente deparado.

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II.4.4. - O Conselho fiscal tem relacionamento directo com os serviços da empresa e com o auditor

externo. A .contratação deste poderá ser proposta pelo Conselho Fiscal, não sendo aconselhável no

entanto alteração no decurso do mandato. De notar que o actual Conselho Fiscal foi eleito em 2008

para completar o mandato que termina em 2009.

II.4.5. – O Conselho Fiscal pode avaliar o auditor externo e, se o entender, propor a sua destituição.

Refira-se, no entanto que a fiscalização é já submetida à apreciação da Assembleia Geral

II.5 Comissões Especializadas

II.5.1. - .Foi submetido em 2008, à Assembleia-geral uma proposta contendo as orientações a

observar pela Comissão de Remunerações, as quais estabelecem também os princípios gerais no

estabelecimento da remuneração dos administradores executivos, designadamente na parte

relacionada com o desempenho.

Existe uma Comissão, na dependência da Comissão Executiva, presidida por um membro desta, que

tem como missão monitorizar todas as matérias relacionadas com o Governo da Sociedade,

reavaliar o modelo existente em função da envolvente e das estratégias prosseguidas, propor a sua

manutenção ou as alterações que entenda adequadas. Esta comissão é composta pelos seguintes

membros:

o Dr. António Frada (Presidente)

o Dr. Jorge Alves

o Dr. Gonçalves Afonso

o Dr. Fernando Semana

o Dr. Nelson Paquete

o Sr. António Paula Santos

Na Comissão do Governo da Sociedade não está integrado qualquer Administrador não executivo.

O Grupo Soares da Costa conforme as peças que fazem parte deste Relatório e Contas demonstram

exerce a sua actividade em vários segmentos de negócios e em vários espaços geográficos.

Neste âmbito o Grupo está exposto, naturalmente, a diversos riscos que podem ser classificados em:

• Riscos dos processos de negócio :

� Riscos operacionais: os que podem afectar a eficácia e a eficiência dos processos

operativos e prestação dos serviços do grupo, a satisfação dos clientes e a reputação

das empresas

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� Riscos de integridade: os relacionados com fraudes interna e externa a que possam

estar sujeitas as empresas do grupo

� Riscos de direcção e recursos humanos: riscos vinculados entre outros à gestão,

direcção, liderança, limites de autoridade, etc.

� Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro,

riscos de liquidez e risco de crédito

• Riscos de informação

� Informação operativa, financeira e avaliação estratégica

• Riscos do Meio

� Concorrência

� Meio político, económico, legal e fiscal

� Regulação e mudanças no sector

Um sistema de gestão de riscos visa portanto assegurar a eficácia e eficiência das operações do

grupo, a salvaguarda dos activos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e

normas.

As contas anuais da sociedade são objecto de auditoria externa, o mesmo ocorrendo em relação às

contas das sociedades do grupo Soares da Costa com peso significativo. O auditor efectua

recomendações em matéria de controlo interno no caso das sociedades mais importantes.

Através da sua organização interna as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de

Negócios, Direcção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos…) são

orientadas em termos de identificar e avaliar os riscos que as suas decisões, nas respectivas áreas

de intervenção e competência, envolvem e de tentar minimizá-los.

A exposição ao risco, por parte de qualquer participada do Grupo Soares da Costa é função da sua

estratégia, mas sempre limitada e acessória à sua própria actividade e é subordinada à prossecução

dos objectivos traçados para as diferentes áreas de negócio.

O processo de Gestão de Risco é da responsabilidade das Administrações de cada uma das áreas

de negócio do Grupo, concretizando-se, na generalidade, num conjunto de etapas ou fases que

podem ser sistematizadas do modo seguinte:

• Identificação: determinação dos riscos a que o grupo está exposto

• Mensuração: quantificação das exposições ao risco e produção de relatórios de base à

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tomada de decisão

• Controlo e gestão do risco: Definição da tolerância ao risco aceitável e das acções a

empreender

• Implementação das medidas de gestão de risco definidas

• Monitorização e inerente avaliação do processo de gestão de risco

A nível da Sociedade está a institucionalizada uma direcção de análise e controlo de riscos, ao nível

do grupo, para coordenar as diversas gestões de risco parcelares.

Existe ainda um Conselho de Sustentabilidade que coordena e promove a politica de

sustentabilidade e responsabilidade social do Grupo.

II.5.2. - A Comissão de Remunerações, na sua composição actual, não integra Administradores

Executivos, nem seus cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao terceiro grau inclusive,

verificando-se assim a independência preconizada.

II.5.3. Sempre que aplicável, são elaboradas actas das reuniões das diversa comissões.

III. Informação e Auditoria

III.1 Deveres Gerais de Informação

III.1.2. - A empresa adoptou, desde há muito, uma política de permanente contacto com o mercado,

com respeito por todos os accionistas. Dispõe de um gabinete de apoio ao investidor que, através de

vários meios disponíveis, assegura comunicação com analistas, investidores, accionistas e público

em geral.

A divulgação de informação pertinente para o mercado de capitais é enviada electronicamente para

a CMVM e para a Euronext. Dá-se integral cumprimento ao disposto na lei sobre a publicação de

informação (relatório anual e contas, convocatórias, avisos,...) e disponibilização de documentos

necessários à participação na Assembleia-geral.

A página oficial da Sociedade na internet, www.soaresdacosta.pt, contém informação dirigida ao

investidor, designadamente indicadores económico-financeiros actualizados trimestralmente,

convocatórias de Assembleias Gerais e deliberações destas, emissões de títulos, pagamentos

relativos a dividendos, obrigações ou outros títulos e comunicação de informações privilegiadas. A

partir da página, poderão ainda obter-se, por e-mail, os estatutos da Sociedade e, em formato

comprimido, o Relatório Anual e Demonstrações Financeiras ou a Informação Semestral.

Durante o exercício de 2008 o Representante para as relações com o Mercado foi o Administrador

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Dr. Gonçalo Andrade Santos, tendo sido designado para essas funções já em 2009, o Administrador,

Sr. Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada secundado pelo Gabinete do Investidor.

O Sr. Dr. António Frada pode ser contactado pelo endereço e-mail antó[email protected].

As entrevistas pessoais são normalmente reservadas a accionistas ou seus representantes, gestores

de fundos ou carteiras, corretores, agentes da Banca e outros operadores no mercado de capitais.

Os pedidos de entrevista deverão preferencialmente ser feitos para o Gabinete do Investidor. O

Gabinete do Investidor, na dependência do Sr. Dr. António Frada, é chefiado pelo Sr. Paula Santos,

acessível pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 228 342 534. O Gabinete

presta informação avulsa sobre o comportamento histórico dos títulos da Sociedade, inscrição

(directa ou por mandatário) para as Assembleias Gerais e fornecimento dos respectivos documentos

de preparação, pagamentos de dividendos, cupões ou remição de títulos, fornecimento de relatórios

anuais e informações semestrais e trimestrais, demonstrações financeiras respectivas e divulgação

de factos relevantes. A informação poderá ser transmitida por correio ou e-mail, em formato

comprimido no caso de documentos extensos. A prestação de informações ou fornecimento de

documentos só é prestada mediante identificação do requerente, podendo ser ainda solicitado que

justifique o seu interesse na informação e a qualidade em que o faz.

Os profissionais dos meios de comunicação social podem contactar a empresa para a Direcção de

Comunicação e Marketing, chefiado pela Srª. Drª. Rita Pinto pelo e-mail [email protected]

ou pelo telefone 228 342 692.

III.1.3. - Toda a informação disponível no sítio da sociedade na página de Investidores será traduzida

para inglês.

Adopção das Normas Internacionais de Contabilidade

As contas consolidadas da Sociedade passaram a processar-se em conformidade com as

disposições das IAS/IFRS, tal como adoptadas na União Europeia, no início de 2005, pelo que, a

partir da “Informação sobre a actividade no I trimestre de 2005”, todas as demonstração financeiras

consolidadas divulgadas à CMVM, à Euronext/Lisboa e ao público em geral, incluindo as que

acompanham o relatório de gestão referente ao exercício de 2008, são preparadas e apresentadas

de acordo com as referidas regras internacionais.

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Outros Órgãos Sociais

Os restantes órgãos sociais à data do fecho do exercício têm as seguintes composições:

Revisor Oficial de Contas

• Moreira & Valente, Associados, SROC, representada por Dr. Jorge Bento Martins Ledo,

ROC nº 591

• Dr. Carlos de Jesus Pinto de Carvalho, ROC nº 622

Secretario e Secretário Suplente da Sociedade

• Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves (Secretário)

• Dr. Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós (Secretário Suplente)

Não existe lista de incompatibilidades definidas internamente pelo Órgão de Administração, nem

número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgãos de administração de

outras sociedades.

Outras Sociedades em que os membros da Administraçã o exercem cargos sociais

A informação disponível sobre esta matéria encontra-se permanentemente acessível a qualquer

accionista que a solicite junto do Gabinete do Investidor. Transcreve-se a seguir a informação que

nos foi disponibilizada com referência a 31/12/2008.

• Sr. Manuel Roseta Fino

o Presidente do Cons. Adm da Manuel Fino, SGPS SA.

o Presidente do Cons. Adm. da Carfino, SGPS SA

o Presidente do Cons. Adm. da Fino Participações, SGPS SA

o Presidente do Cons. Adm. da Snucker (Portugal) Confecções, SA

o Presidente do Cons. Adm. da Quinta da Ramada Imobiliário, SA.

o Presidente do Cons. Adm. da Quinta da Ramada Sociedade Agrícola, SA.

o Presidente do Cons. Adm. da Imoban Imobiliário do Ancão, SA

o Presidente do Cons. Adm. da Predifino Sociedade Imobiliária, SA

o Vogal do Cons. Adm da Speciality Minerals (Portugal) Especialidades Minerais, SA

o Gerente da GMC – Granitos e Material de Construção, Lda.

o Membro do Conselho Superior do BCP

o Membro do Conselho Geral da Fundação BCP

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• Dr.ª Maria Angelina Martins Caetano Ramos

o Presidente do Cons. Adm da Atlântica – Compª. Portuguesa de Pescas, SA

o Presidente do Cons. Adm da Layna Galicia, S.L.

o Presidente do Cons. Adm da Lavorauto – Administração de Imb e Cons. De Empresas, SA.

o Presidente do Cons. Adm da Poal – Pavimentações e Obras Acessórias, SA

o Presidente do Cons. Adm da Companhia Administradora Imobiliária São Bernardo, SA

o Presidente do Cons. Adm. da Auto Partner – Imobiliária, S.A.

o Vice-Presidente do Cons. Adm da Grupo Salvador Caetano, SGPS, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Caetano, SGPS, SA

o Vogal do Cons. Adm da Toyota Caetano Portugal, SA

o Vogal do Cons. Adm da Saltano, SGPS, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Caetano, Auto, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Ibericar – Soc Ibérica Del Automobil, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Cociga – Construções Civis de Gaia, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Simoga – Soc. Imobiliária de Gaia, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Portianga – Comércio Internacional e Participações, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Turispaiva, Soc. Turística Paivense, SA.

o Vogal do Cons. Adm da Layna Inversiones, SL.

o Vogal do Cons. Adm da Cabo Verde Motors, SARL.

o Vogal do Cons. Adm da Robert Hudson, Lda.

o Presidente da Mesa da A.G. da Salvador Caetano – Auto, SGPS SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Baviera – Comércio de Automóveis, SA

o Presidente da Mesa da A.G. da Tovicar – Soc. de Comércio de Automóveis SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Caetsu Publicidade, SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Coral – Corretores de Seguros, SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Soc. Imobiliária da Qta. Da Fundega, SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Caetano Renting, SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Carvega – Comércio de Automóveis SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Carweb – Comércio de Automóveis SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Auto-Vaga – Comercio de Automóveis, SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Novavaga – Comércio de Automóveis SA

o Presidente da Mesa da A.G. da Setucar – Comércio de Automóveis SA

o Presidente da Mesa da A.G. da Setuvega – Reparação de Automóveis SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da Novo Mar, SGPS, SA.

o Presidente da Mesa da A.G. da ENP – Energias Renováveis Portugal, SA.

o Gerente da Saltriana – Soc. Agrícola da Triana, Lda

o Gerente da Crustacil – Comércio de Mariscos, Lda.

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• Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves

o Presidente do Cons. Adm da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.

o Presidente do Cons. Adm da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.

ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA.

ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Indústria, SGPS, SA.

ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Desenvolvimento, SA.

ο Presidente do Conselho de Administração da Clear –Instalações Electromecânicas, S.A.

ο Presidente do Conselho de Administração da Ciagest - Imobiliária, SA.

ο Presidente do Conselho de Administração da Habitop - Sociedade Imobiliária, Lda.

ο Presidente do Conselho de Administração da Soarta Imobiliária Soares da Costa, SA.

ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Serviços Partilhados S.A.

ο Gerente da Mercados Novos – Imóveis Comerciais, Lda.

ο Gerente da M.Z.I. – Sociedade de Construções Lda.

ο Gerente da Sodel – Empreendimentos Imobiliários Lda.

• Dr. António Pereira da Silva Neves

o Vogal do Cons. Adm. da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.

o Vogal do Cons. Adm. da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.

o Vogal do Cons. Adm. da Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A.

• Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada

o Presidente do Cons. Adm. da Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A.

o Presidente do Cons. Adm. da SCUTVIAS Autoestradas da Beira Interior, S.A.

ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa – Serviços Técnicos e de

Gestão, S.A.

ο Presidente do Conselho de Administração da Intevias- Serviços e Gestão, S.A.

ο Presidente do Cons. Adm. da Auto-Estradas XXI – Subconcessionária Transmontana, S.A.

ο Vogal do Conselho de Administração da Soares da Costa Desenvolvimento S.A.

ο Vogal do Conselho de Supervisão da INDÁQUA, Industria e Gestão de Águas, S.A.

ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Fafe – Gestão de Aguas de Fafe, S.A.

ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Santo Tirso / Trofa – Gestão de Águas

de Santo Tirso e Trofa, S.A.

ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Feira – Indústria de Aguas de Santa

Maria da Feira, S.A.

ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Matosinhos – Gestão de Águas de

Matosinhos, S.A.

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ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Vila do Conde – Gestão de Águas de

Vila do Conde, S.A.

ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Porto Carlton – Sociedade de Construção e

Exploração Hoteleira, S.A.

• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos

o Presidente do Cons. Adm da Gameinvest – Investimentos e gestão de Media Interactivos,

SA.

o Vogal do Conselho de Administração da Investifino – Investimentos e Participações SA

o Vogal do Conselho de Administração da Manuel Fino SGPS SA

o Vogal do Conselho de Administração da Carfino, SGPS SA

o Vogal do Conselho de Administração da Fino Participações, SGPS SA

o Vogal do Conselho de Administração da Deéssepor – Distribuição de Cosméticos SA

o Vogal do Conselho de Administração da Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A.

• Sr. José Manuel Baptista Fino

o Vogal do Conselho de Administração da Manuel Fino, SGPS, S.A.

o Vogal do Conselho de Administração da Carfino, SGPS S.A.

o Vogal do Cons. Adm. da Speciality Minerals (Portugal) Especialidades Minerais, SA.

o Vogal do Cons. Adm. da Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, SA.

o Vogal do Cons. Adm. da Investifino- Investimentos e Participações SGPS, SA:

o Presidente do Conselho de Administração da SGFI – Soc. Gestora de Fundos de

Investimento Imobiliário, SA.

o Presidente do Conselho de Administração da Ramada Holdings SGPS, SA.

o Presidente do Conselho de Administração da Área Infinitas – Design de Interiores, SA.

o Presidente do Conselho de Administração da J. M. Fino, SA:

o Vogal do Cons. Adm. da Block – Imobiliária, SA.

o Vogal do Cons Adm. da Ethica – Soc. Gestora de Participações Sociais, SA.

o Gerente da Dorfino – Imobiliário, Lda.

• Dr. António Manuel Palma Ramalho

o Presidente do Conselho de Administração da Unicre – Inst. Financeira de Crédito, S.A..

o Vice – Presidente do Conselho de Administração da AIP – Associação Industrial Portuguesa

– Confederação Empresarial

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• Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques

o Presidente do Conselho de Administração da Parmov S.A.

o Presidente do Conselho de Administração da Movex – Empresa Metalúrgica de Mobiliário e

de Casa Pré-Fabricadas S.A.

o Presidente do Conselho de Administração da Movex III – Empresa Metalúrgica de Mobiliário

e de Casa Pré-Fabricadas S.A.

o Gerente da Sociedade de Construções de Móveis Metálicos, Lda.

o Gerente da Movex Moçambique – Aluguer e Venda de Pré-Fabricados Lda.

o Gerente da Movex Angola – Aluguer e Venda de Pré-Fabricados, Lda.

Outras Sociedades em que os membros do Conselho Fis cal exercem cargos sociais

• Dr. Júlio de Lemos de Castro Caldas

o Membro do Conselho Geral e de Supervisão da Global Vida – Companhia de Seguros de

Vida, S.A.

o Vogal do Comité de Auditoria da Global Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A.

o Administrador não executivo da OGMA

o Presidente do Conselho de Supervisão da Viniverde – Promoção e Comércio de Vinho

Verde, S.A.

o Gerente da Sociedade Agrícola de Faquelo, Lda

o Presidente da Assembleia Geral da Adega Cooperativa de Ponte da Barca, C.R.L.

o Presidente da Assembleia Geral da Multinova – União Livreira e Cultural, S.A.

o Presidente da Assembleia Geral da Zon Multimédia – Serviços de Telecomunicações e

Multimédia, SGPS, S.A.

o Presidente da Assembleia Geral da Naval Rocha – Sociedade de Construções e Reparações

Navais, S.A.

• Dr. Carlos Pedro Machado de Sousa Góis

Exerce a função de Fiscal Único em representação da Sociedade J. Bastos, C Sousa Góis &

Associado, SROC, Lda nas seguintes Sociedades

o Escrita Digital. S.A.

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o IG – Informática e Gestão, S.A.

o Mscinco – Participações e Gestão, S.A.

o NCO SGPS, S.A.

o Sapasseio – Comercio de Pneus, Lda

o Sociedade Independente de Participações SGPS, S.A.

o Tavamar – Sociedade de Produtos Congelados, S.A.

o Turismo Sintra Litoral, S.A.

o Viveiros do Falcão, S.A.

o Infosistema – Sistemas de Informáticos, S.A.

o Franquiger, S.A.

o INCG, SGPS, S.A.

o Nova Franquiger, S.A.

o Plurirokers – Consultadoria em Franchising, S.A.

o HIQ Consulting – Consultadoria e Engenharia, S.A.

o OKE – Tiner, Lda

o Acácia – Semicondutor, S.A.

o GTIE – Consultores, S.A.

o Sociedade Civil Agrícola Isalema, S.A.

o Trigifo – Promoção Imobiliária, GSPS, S.A.

o Soluções 18 18 - Desenvolvimento de Projectos Especiais, S.A.

o Caetano de Freitas & Associados, SGPS, S.A.

o Vans Madeira – Consultadoria e Projectos, S.A.

o Seveneves Investimentso Imobiliários, S.A.

o Robies Machado, SGPS, S.A.

o Acquae – Comércio e Serviços, S.A.

o Fisomar – Administração de Imóveis, S.A.

o Imonónio – Imobiliária. S.A.

o Montheano – Exploração de Minas, S.A.

o Tomásio Duarte, S.A.

o Slick House – Promoção Imobiliária, S.A.

o Palácio da Luz – Sociedade Imobiliária, S.A.

o Lagendra – Investimentos Imobiliários, S.A.

o Projecto Nata Design, S.A.

o Commonground, S.A.

o Tormo & Associados Portugal, S.A.

o Câmara Municipal de Angra do Heroismo

• Dr. Joaquim Augusto Soares da Silva

o Membro Suplente do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, SA

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o Membro Suplente do Conselho Fiscal da Altri, SGPS, SA

o Membro Suplente do Conselho Fiscal da Celulose do Caima, SGPS, SA

o Membro Suplente do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS,SA

Outras Sociedades em que os membros da Mesa da Asse mbleia-geral exercem

cargos sociais

• Dr. João Pessoa e Costa

o Presidente da Assembleia Geral da Euroestates, SA

o Presidente da Assembleia Geral da AJS, SA

o Presidente da Direcção Cooperativa de Const. Tejo. Crl.

PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Membros do Conselho de Administração

• Sr. Manuel Roseta Fino

É Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Investifino – Investimentos e

Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2008, 113.302.682 que

correspondem a 70,81442% do capital social assim discriminado:

ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto

26.992.645 99,9728%

Total 113.302.682 70,8142%

• Dra. Maria Angelina Martins Caetano Ramos

Detinha em 1 Janeiro de 2008, 9.000 acções.

É Administradora da Caetano SGPS, SA. Detinha em 1 de Janeiro de 2008, 17.600.000 acções,

correspondente a 11% do capital social .

Em 31 de Dezembro de 2008 mantém as 17.600.000 acções que correspondem a 11,00% do

capital social.

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• Dr. António Pereira da Silva Neves

Detinha em 1 de Janeiro de 2008, 13.220 acções em 31 de Dezembro de 2008 mantêm a mesma

quantidade.

• Dr. Pedro Gonçalo Sotto-Mayor de Andrade Santos

É Administrador da Sociedade Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade

detinha em 1 de Janeiro de 2008, 113.302.682 acções, que correspondem a 70,8142% do

capital social assim discriminado:

ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto

26.992.645 99,9728%

Total 113.302.682 70,8142%

Em 31 de Dezembro de 2008 mantém as 113.302.682 acções

• Sr. José Manuel Baptista Fino

É Administrador da Sociedade Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade

detinha em 1 de Janeiro de 2008, 113.302.682 acções, que correspondem a 70,8142% do

capital social assim discriminado:

ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto

26.992.645 99,9728%

Total 113.302.682 70,8142%

Em 31 de Dezembro de 2008 mantém as 113.302.682 acções

• Dr. António Manuel Palma Ramalho

Adquiriu em 25 de Janeiro de 2008, 13.793 acções ao preço de 1,42€ por acção mantendo em 31 de Dezembro de 2008 a mesma quantidade.

• Dr. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques

Adquiriu em Julho de 2008 30.000 acções e em Outubro 10.000 acções conforme abaixo indicado.

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DATA PREÇO QUANTIDADE € 1,20 10.000

1 de Julho de 2008 € 1,10 10.000

3 de Julho de 2008 € 1,00 10.000

14 de Outubro de 2008 € 1,10 10.000

É vice-presidente da Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2008, 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142% do capital social, assim discriminado:

ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto

26.992.645 99,9728%

Total 113.302.682 70,8142%

Mantém em 31 de Dezembro de 2008 as mesmas quantidades.

Os restantes membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização não detêm acções da

Sociedade.

Não foram no ano de 2008 realizadas quaisquer negócios e operações entre a sociedade e os

membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou

sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo.

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

Os cargos de Secretário e de Secretário Suplente da Sociedade são desempenhados, desde

3/01/2003, respectivamente pelo Sr. Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves e pelo Sr. Dr. Pedro Miguel

Tigre Falcão Queirós, tendo sido reconduzidos nos cargos em 2006 acompanhando o actual

quadriénio dos órgãos sociais

AUDITORES

Remunerações dos auditores

É auditor da Sociedade, a firma BDO bdc & e Associados, SROC, inscrita na Ordem dos Revisores

Oficiais de Contas sob o nº. 29 e no Registo de Auditores da CMVM sob o nº. 1122, representada

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pelo Exmo. Sr. Dr. Paulo Jorge de Sousa Ferreira, ROC nº. 781.

Esta firma e outras pessoas colectivas com as quais a mesma tem uma vinculação de domínio

receberam, no exercício de 2008, da Sociedade e de quaisquer outras pessoas colectivas nas quais

a Sociedade detém uma posição de domínio, o total de € 82.500,00€ referentes, na sua totalidade, à

prestação de serviços de certificação legal de contas e auditoria.

O Revisor Oficial de Contas, Moreira e Valente recebeu no exercício de 2008, o total de 16.800€

Independência dos auditores

O Conselho de Administração da Sociedade declara que, na contratação de qualquer projecto e

antes da sua adjudicação, se assegura que aos Auditores da Sociedade e sua respectiva rede não

foram nem são contratados serviços que, nos termos da Recomendação o nº. C (202) 1873, de

2004/5/16, da Comissão Europeia, possam por em causa a sua independência.

COMPORTAMENTO BOLSISTA – RELAÇÕES COM OS INVESTIDOR ES

O capital social da Sociedade é representado por 160.000.000 acções ao portador com valor nominal

de um euro, tituladas de forma escritural, das quais 27.000.000 preferenciais e 133.000.00

ordinárias. Em conformidade com o disposto no nº. 3 do artº. 342 do Código das Sociedades

Comerciais as acções preferenciais gozam actualmente do direito de voto. As acções da Sociedade

estão cotadas na Euronext.

Evolução da cotação das acções

Durante o exercício foram transaccionadas cerca de 81 milhões de acções, praticamente 16% do

que em 2007 e o valor dos títulos transaccionados também muito reduzido comparado com o ano de

2007. Por esta razão as acções saíram do PSI 20.

No mapa seguinte apresentamos alguns indicadores do comportamento das acções ordinárias,

incluindo a comparação com os dois anos anteriores.

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Evolução das acções do Grupo Soares da Costa

0,00 €

0,50 €

1,00 €

1,50 €

2,00 €

2,50 €

Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Meses

Cot

ação

1

1

23 4 5 6

8 910

11

12

7

INDICADOR UNID. VALOR 2008 VALOR 2007

VALOR 2006

VALOR 2005

Acções ordinárias transaccionadas

Unid. 81095.182 510.237.948 286.071.140 33.505.540

Valor total das acções ord. transaccionadas.

mil EUR 123.070 857.549 183.006 10.425

Valor de abertura no exercício

EUR/acção 2.08 0,69 0,348 0,37

Valor de fecho no exercício EUR/acção 0,63 2.09 0,69 0,35

Valor médio /acção ordinária EUR/acção 1.52 1,68 0,64 0,31

Valor máximo acção ordinária EUR/acção 2.13 2,87 0,77 0,39

Data da sessão respectiva mmm/dd Janeiro/04 Julho/10 Agosto/21 Jan/19

Valor mínimo acção ordinária EUR/acção 0,58 0,69 0,326 0,26

Data da sessão respectiva mmm/dd Dez/19 Jan/02 Jan/16 Dez/05

Nota: As quantidades e os valores das cotações dos anos de 2005 a 2006 foram ajustados

atendendo a split efectuado em Agosto de 2006, em que o valor nominal unitário passou de € 5,00

para € 1,00.

Presta-se seguidamente, informação da evolução da acção Soares da Costa em conexão com a

divulgação dos comunicados mais relevantes e informações privilegiadas

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LEGENDA DATA COMUNICADO COTAÇÃO

1 03/01/2008 Contrato para aquisição da Contacto Sociedade de Construções SA € 2,06

2 10/03/2008 Apresentação dos Resultados 2007 e Perspectivas para 2008 € 1,45

3 25/03/2008 Grupo Soares da Costa esclarece sobre notícias publicadas na imprensa € 1,49

4 12/05/2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre esclarecimento da

notícia sobre pré-qualificação para o Metro de S. Petersburgo € 1,80

5 16/05/2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre Contas relativas ao

Primeiro Trimestre de 2008 € 1,79

6 20/05/2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, dá conhecimento de documento de

apresentação a grupo de Investidores (versão em inglês) € 1,81

7 02/06/2008 Anunciado pela Nyse Euronext a saída do Grupo Soares da Costa do PSI-

20 a 1 de Julho de 2008 € 1,71

8 07/07/2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre Consórcio para a Alta

Velocidade € 1,00

9 18/08/2008 Aquisição de Sociedade nos Estados Unidos € 1,17

10 28/08/2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre Contas relativas ao 1º

Semestre de 2008 € 1,38

11 16/09/2008 Grupo Soares da Costa informa sobre Acordo de Parceria com Banif

Investment Bank para projectos na área da Infra-estruturas € 1,36

12 27/10/2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre subconcessão da Auto-

Estrada Transmontana € 0,88

Factos relevantes e comunicados

A Sociedade divulgou os seguintes comunicados ao Mercado, no curso de 2008:

1- Comunicados e Informações disponibilizadas ao público através dos sítios da CMVM, da

NYSE Euronext e da Grupo Soares da Costa SGPS, S.A.

2- a) Informação Privilegiada

Data Descrição

29-10-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre notícia publicada no Diário Económico

27-10-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre subconcessão da Auto-Estrada

Transmontana

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16-09-2008 Grupo Soares da Costa informa sobre Acordo de Parceria com Banif Investment Bank para

projectos na área de Infra-estruturas

18-08-2008 Aquisição de Sociedade nos Estados Unidos

07-07-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre Consórcio para a Alta Velocidade

23-05-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre fusão de participadas

20-05-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA dá conhecimento de apresentação a grupo de Investidores

(versão em inglês)

12-05-2008 Grupo Soares das Costa, SGPS, SA, informa sobre esclarecimento da notícia sobre Pré-

Qualificação para o Metro de S. Petersburgo

25-03-2008 Grupo Soares da Costa esclarece sobre notícias publicadas na imprensa

10-03-2008 Apresentação dos Resultados 2007 e Perspectivas para 2008

21-03-2008 Contrato definitivo de aquisição da Contacto Sociedade de Construções, SA

12-02-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre a alteração do seu Representante para as

Relações com o Mercado

31-01-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre a ampliação da Comissão executiva

03-01-2008 Contrato para aquisição da Contacto Sociedade de Construções, SA

b) Prestação de Contas (anuais, semestrais e trimestrais)

Data Descrição

21-11-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre Contas relativas ao 3º Semestre de 2008

28-08-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre Contas relativas ao 1º Semestre de 2008

28-08-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, Relatório e Contas do 1º Semestre de 2008

16-05-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre Contas relativas ao Primeiro Trimestre de 2008

29-04-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre resultado da Assembleia Geral Anual

10-03-2008 Apresentação dos Resultados 2007 e Perspectivas para 2008

c) Relatório sobre o Governo da Sociedade

Data Descrição

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10-03-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA Governo da Sociedade 2007

d) Titulares de Órgãos Sociais

Data Descrição

29-04-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre resultado da Assembleia Geral Anual

e) Convocatórias

Data Descrição

27-03-2008 Aditamento à Convocatória para a Assembleia Geral

26-03-2008 Convocatória para a Assembleia Geral

f) Participações Qualificadas

Data Descrição

04-08-2008 Aumento da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de

Investimento, SA

30-07-2008 Diminuição da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de

Investimento, SA

22-07-2008 Aumento da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de

Investimento, SA

17-04-2008 Redução da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de

Investimento, SA

31-03-2008 Redução da Participação Qualificada do Santander Asset Management

g) Síntese Anual da Informação Divulgada

Data Descrição

12-03-2008

Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre síntese anual da informação divulgada

em 2007

h) Outros Comunicados

Data Descrição

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28-11-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre pagamento de Juros do Cupão nº 2 das

obrigações Soares da Costa 2007/ 2017

03-11-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre pagamento de Juros do Cupão nº 2 das

obrigações do Grupo Soares da Costa 2007/ 2015

26-05-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre o pagamento de juros do Cupão nº1 das

Obrigações da Soares da Costa 2007/2017

05-05-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre o pagamento de juros de Cupão nº1 das

Obrigações do Grupo Soares da Costa 2007/2015

3- Comunicados e Informações disponibilizadas ao público através do Portal de Justiça

Data Descrição

28-03-2008 Aditamento à Convocatória para a Assembleia Geral

27-03-2008 Convocatória para a Assembleia Geral

4- Comunicados e Informações disponibilizadas ao público através do Boletim de Cotações da Euronext

Data Descrição

26-05-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre o pagamento de juros do Cupão nº1 das

Obrigações da Soares da Costa 2007/2017

05-05-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA informa sobre o pagamento de juros de Cupão nº1 das

Obrigações do Grupo Soares da Costa 2007/2015

27-03-2008 Aditamento à Convocatória para a Assembleia Geral

26-03-2008 Convocatória para a Assembleia Geral

12-02-2008 Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, informa sobre a alteração do seu Representante para

as Relações com o Mercado

Obrigações

A Grupo Soares da Costa SGPS, SA emitiu em 28 de Novembro de 2007 um empréstimo

Obrigacionista no montante de € 20.000.000,00 e por um prazo de 8 anos.

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Em 20 de Dezembro de 2007 emitiu novo empréstimo Obrigacionista no montante de €

80.000.000,00 e por um prazo de 10 anos.

Procedeu-se ao pagamento dos respectivos juros no ano de 2008.

Dividendos

Não houve lugar à distribuição de dividendos. A não atribuição deve-se ao facto dos capitais próprios

da sociedade ainda serem inferiores ao capital social, com resultados transitados negativos, com o

consequente impedimento legal – artº. 33 do CSC.

É intenção da empresa proceder, no futuro, à distribuição de dividendos logo que aquela situação de

impedimento seja ultrapassada e tendo em conta a existência de acções preferenciais sem voto, às

quais não foram pagos dividendos há mais de três exercícios.

Porto, 26 de Março de 2009

O Conselho de Administração

Manuel Roseta Fino

(Presidente)

Maria Angelina M. Caetano Ramos José Manuel Baptista Fino

António Pereira da Silva Neves Pedro M. de Almeida Gonçalves

(Presidente da Comissão Executiva)

António Manuel S. Barbosa

da Frada

Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor

De Andrade Santos

António Manuel Palma Ramalho António Manuel Pereira Caldas

Castro Henriques

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(Valores em unidades de Euro)A C T I V O Notas 31-Dez-08 31-Dez-07

Activo Líquido Activo LíquidoNÃO CORRENTE

Goodwill 8 87.730.659 5.962.136 Activos intangíveis 8 346.717 9.706

88.077.375 5.971.841

Activos fixos tangíveis: 9 e 10 Terrenos e edifícios 432.911.356 197.601.415 Equipamento básico 64.467.618 51.051.809 Imobilizações em curso 9.208.551 10.273.117 Outros activos fixos tangíveis 27.034.980 14.328.220

533.622.505 273.254.562 Investimentos financeiros: Propriedades de investimento 11 e 20 5.967.645 229.963 Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 11 1.005.770 13.437.882 Empréstimos a empresas associadas 11 2.593.659 7.049.231 Outros investimentos financeiros 11 12.214.452 6.444.191 Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 11 - 37.000.000

21.781.526 64.161.267

Activos por impostos diferidos 25 13.908.985 10.929.231 Dívidas de terceiros - - Outros activos não correntes - -

Total do activo não corrente 657.390.390 354.316.902

CORRENTE

Inventários 12 e 20 152.431.603 120.753.233

Dívidas de terceiros: 13 e 20 Clientes 332.559.575 186.792.119 Imposto sobre o rendimento do exercício 2.997.722 963.839 Outras dívidas de terceiros 39.537.051 45.724.627

375.094.348 233.480.586

Outros activos correntes 14 128.688.782 72.011.406 Caixa e seus equivalentes 15 66.755.099 32.235.283

Total do activo corrente 722.969.831 458.480.508

Total do activo 1.380.360.221 812.797.409

O Responsável Técnico O Conselho de Administração

BALANÇO CONSOLIDADO

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(Valores em unidades de Euro)CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 31-Dez-08 31-Dez-07

CAPITAL PRÓPRIO

Capital social 16 160.000.000 160.000.000 Acções próprias 16 (1.306.746) - Reservas e resultados transitados 16 (29.045.665) (36.685.721) Resultado líquido do exercício 8.206.863 12.039.592 Capital próprio atribuível ao Grupo 137.854.452 135.353.872

Interesses minoritários 971.761 889.667

Total do capital próprio 138.826.213 136.243.539

PASSIVO

NÃO CORRENTE

Provisões 20 563.601 19.325

Empréstimos: Empréstimos obrigacionistas 17 100.000.000 100.000.000 Empréstimos bancários 17 410.188.000 174.868.371 Outros empréstimos obtidos - 52.354

510.188.000 274.920.725 Dívidas a terceiros: Fornecedores de imobilizado 9.017.157 4.890.863 Outros dívidas a terceiros 11.663.076 8.711.367

Passivos por impostos diferidos 25 26.460.431 17.551.760

Total do passivo não corrente 557.892.264 306.094.040

CORRENTE

Empréstimos: Empréstimos bancários 17 118.817.800 35.948.475 Outros empréstimos obtidos 20.625.059 19.521.799

139.442.859 55.470.275 Dívidas a terceiros: Fornecedores 224.629.467 154.023.837 Fornecedores de imobilizado 8.873.628 6.492.048 Adiantamentos de clientes 111.204.051 45.978.917 Imposto sobre o rendimento do exercício 2.490.545 1.071.260 Outros dívidas a terceiros 18 39.029.031 42.023.149

386.226.722 249.589.211

Outros passivos correntes 19 157.972.163 65.400.345

Total do passivo corrente 683.641.744 370.459.831

Total do passivo 1.241.534.008 676.553.870

Total do capital próprio e passivo 1.380.360.221 812.797.409

O Responsável Técnico O Conselho de Administração

BALANÇO CONSOLIDADO

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(Valores em unidades de Euro)DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Notas 31-Dez-08 31-Dez-07

Vendas e prestação de serviços 834.751.131 550.540.801 Variação da produção 33.481.781 2.400.857 Outros ganhos operacionais 22 12.392.502 11.665.841 Proveitos operacionais 880.625.415 564.607.499

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (205.896.934) (148.441.830) Fornecimentos e serviços externos (438.772.526) (249.699.936) Custos com o pessoal (134.342.442) (109.154.133) Amortizações e perdas de imparidade (32.561.379) (12.093.401) Provisões e ajustamentos de valor (2.862.125) (2.756.174) Outras perdas operacionais 22 (15.018.322) (18.970.142) Custos operacionais (829.453.728) (541.115.617)

Resultado operacional das actividades continuadas 51.171.687 23.491.882

Custo líquido do financiamento (34.526.390) (10.688.868) Ganhos e perdas em empresas associadas (235.490) 3.868.290 Outros ganhos e perdas financeiros (7.033.728) (4.122.913) Resultado financeiro 24 (41.795.609) (10.943.491)

Resultado antes de impostos €9.376.078 12.548.391

Impostos sobre o rendimento 25 (1.187.328) (187.359)

Resultado consolidado do exercício 8.188.751 12.361.032 Atribuível ao Grupo 8.206.863 12.039.592 Atribuível a interesses minoritários (18.113) 321.440

Resultado por acção das actividades continuadas: 26 Básico 0,052 0,080 Diluído 0,052 0,080

Resultado por acção: 26 Básico 0,052 0,080 Diluído 0,052 0,080

O Responsável Técnico O Conselho de Administração

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

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(Valores em unidades de Euro)

Rubrica

Saldo a 1/Jan/2008

Diferenças cambiais

transposição DF

Outros Res. Liquido em 31/Dez/2008

Saldo a 31/Dez/2008

Capital social 160.000.000 - - - 160.000.000

Reserva de justo valor 65.863.386 - (37.387) - 65.825.999

Reserva de conversão cambial 185.615 492.639 - - 678.254

Acções próprias - - (1.306.746) - (1.306.746)

Outras reservas e resultados transitados (90.695.130) - (4.854.789) - (95.549.919)

Resultado líquido do exercício - - - 8.206.863 8.206.863

Dividendos antecipados - - - - -

Interesses minoritários 889.668 - 100.207 (18.113) 971.762

136.243.539 492.639 (6.098.715) 8.188.750 138.826.213

Rubrica

Saldo a 1/Jan/2007

Diferenças cambiais

transposição DF

Outros Res. Liquido em 31/Dez/2007

Saldo a 31/Dez/2007

Capital social 160.000.000 - - - 160.000.000

Reserva de justo valor 65.611.796 - 251.590 - 65.863.386

Reserva de conversão cambial 303.195 (117.580) - - 185.615

Outras reservas e resultados transitados (102.535.217) - (199.505) - (102.734.722)

Resultado líquido do exercício - - - 12.039.592 12.039.592

Dividendos antecipados - - - - -

Interesses minoritários 770.089 - (201.862) 321.440 889.668

124.149.863 (117.580) (149.777) 12.361.032 136.243.539

O Responsável Técnico O Conselho de Administração

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

(Valores em unidades de Euro)

31-Dez-08 31-Dez-07

Actividades operacionais:

Recebimentos de clientes 744.285.412 537.906.504

Pagamentos a fornecedores (643.818.313) (447.700.118)

Pagamentos ao pessoal (126.883.595) (93.701.537)

(26.416.496) (3.495.151)Pagamento /recebimento do imposto s/o rendimento (3.550.564) (938.740)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 20.150.559 (30.491.425)

16.599.995 (31.430.165)Fluxos das actividades operacionais (9.816.500) (34.925.316)

Actividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 73.430.180 3.859.485

Activos fixos tangíveis 177.376 7.741

Activos fixos intangíveis - 238

Subsídios de investimento - -

Juros e proveitos similares 1.184.124 1.216.107

Dividendos 1.773.011 76.564.691 3.639.487 8.723.059 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 112.706.479 71.449.214

Activos fixos tangíveis 24.468.084 5.141.744

Activos intangíveis 593 137.175.156 2.810 76.593.769Fluxos das actividades de investimento (60.610.464) (67.870.710)

Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 524.851.303 530.240.579

Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão 264.120 13.586

Juros obtidos 570.520 525.685.943 175.169 530.429.334 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 402.311.701 401.406.675

Amortização de contratos de locação financeira 8.659.880 5.124.724

Juros e custos similares 45.817.777 20.611.376

Dividendos 969.889 140.377

Aquisições de acções (quotas) próprias 1.226.696 458.985.942 - 427.283.151Fluxos das actividades de financiamento 66.700.001 103.146.183

Variação de caixa e seus equivalentes (3.726.964) 350.156 Efeito das diferenças de câmbio 1.270.033 (1.225.554) Efeito das alterações de participação 36.976.747 359.609 Caixa e seus equivalentes no início do período 32.235.283 32.751.072 Caixa e seus equivalentes no fim do período 66.755.099 32.235.283

O Responsável Técnico O Conselho de Administração

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ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDA DOS

Aquisições, subscrições, aumentos de capital e alterações em participações sociais

• Realização, por caixa e seus equivalentes, da quantia de 306.000 Euros referente à participação do Grupo no capital da sociedade “Mini Price Hotels (Porto), S.A.”;

• Aquisição da totalidade do capital social da Contacto – Sociedade de Construções, S.A. pelo valor de 81.500.000 Euros, integralmente realizados por caixa e seus equivalentes;

• Aquisição da totalidade do capital social da Cais da Fontinha – Investimentos Imobiliários, S.A. pelo

valor de 2.176.089 Euros, integralmente realizados por caixa e seus equivalentes;

• Realização, por caixa e seus equivalentes, da quantia de 250.000 Euros referente à participação do Grupo no capital da sociedade “Coordenação & Soares da Costa, SGPS, S.A.”;

• Realização, por caixa e seus equivalentes, da quantia de 165.000 Euros referente à aquisição de uma quota representativa de 3% do capital da sociedade “Montinho de Monchique (Construções), Lda.” e da quantia de 165.000 Euros concedidos à referida sociedade a título de suprimentos.

• Aquisição da totalidade do capital social da Prince Contracting, LLC pelo valor de 24.331.644 Euros, integralmente realizados por caixa e seus equivalentes;

• Aquisição de títulos do Banco Africano de Investimentos no valor de 3.146.193 Euros, integralmente realizados por caixa e seus equivalentes.

A data de inclusão da Contacto – Sociedade de Construções S.A. no perímetro de consolidação pelo método integral foi 03 de Janeiro de 2008. A essa data o justo valor dos activos e passivos da sociedade, é como segue:

Activo PassivoNão corrente Não Corrente Activos fixos intangíveis 8.557 Provisões 544.988 Activos fixos tangíveis 263.904 Outros passivos não correntes 4.672.100 Activos por impostos diferidos 203.180 Passivos por impostos diferidos 6.464.126 Outros activos não correntes 6.821 11.681.214

482.462 Corrente Dívidas a terceiros 42.818.797

Corrente Outros passivos correntes 17.215.472 Inventários 1.474.456 Dívidas de terceiros 104.544.304 Outros activos correntes 2.203.991 60.034.269 Caixa e seus equivalentes 375.928

108.598.679

109.081.141 71.715.483

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A data de inclusão da Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. no perímetro de consolidação pelo método proporcional foi 01 de Janeiro de 2008. A essa data o justo valor dos activos e passivos da sociedade ponderados pela participação detida pelo Grupo, é como segue:

Activo PassivoNão corrente Não Corrente Activos fixos intangíveis 352.928 Dívidas a terceiros 230.036.996 Activos fixos tangíveis 249.438.180 Outros passivos não correntes -

249.791.108 230.036.996Corrente Corrente Dívidas de terceiros 957.831 Dívidas a terceiros 15.183.961 Outros activos correntes 14.248.652 Outros passivos correntes 22.877.693

Caixa e seus equivalentes 24.238.95339.445.436 38.061.655

289.236.544 268.098.650

A data de inclusão da Cais da Fontinha, Investimentos Imobiliários, S.A. no perímetro de consolidação pelo método integral foi 01 de Janeiro de 2008. A essa data o justo valor dos activos e passivos da sociedade ponderados pela participação detida pelo Grupo, é como segue:

Activo PassivoNão corrente Não Corrente Activos fixos tangíveis - Passivos por impostos diferidos 262.777

- 262.777Corrente Corrente Inventários 2.416.989 Dívidas a terceiros 2.827.252 Dívidas de terceiros 7.221 Outros passivos correntes 5.643

Caixa e seus equivalentes 1.421.0003.845.210 2.832.894

3.845.210 3.095.671

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A data de inclusão da Hidroequador Santomense – Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda. no perímetro de consolidação pelo método integral foi 01 de Janeiro de 2008. A essa data o justo valor dos activos e passivos da sociedade ponderados pela participação detida pelo Grupo, é como segue:

Activo PassivoNão corrente Não Corrente Investimentos financeiros 95.625 Dívidas a terceiros 121.067

95.625 121.067Corrente Corrente Dívidas de terceiros 101 Dívidas a terceiros 454 Outros activos correntes 200

Caixa e seus equivalentes 28.12528.426 454

124.051 121.520

O justo valor dos activos e passivos da sua subsidiária, Hidroeléctrica STP, Lda., ponderados pela participação detida pelo Grupo, é como segue:

Activo PassivoNão corrente Não Corrente Investimentos financeiros 9.637 Dívidas a terceiros -

9.637 - Corrente Corrente Dívidas de terceiros 37.834 Dívidas a terceiros 15.090 Outros activos correntes - Outros passivos correntes 12.012

Caixa e seus equivalentes 15.44553.278 27.103

62.915 27.103

A data de inclusão da Prince – Contracting LLC no perímetro de consolidação pelo método integral foi 21 de Setembro de 2008. A essa data o justo valor dos activos e passivos da sociedade expressos em dólares, é como segue:

Activo PassivoNão corrente Não Corrente

Activos fixos tangíveis 15.934.744 Dívidas a terceiros 6.908.248 Investimentos financeiros 8 Passivos por impostos diferidos 2.495.000

15.934.752 9.403.248

Corrente Corrente

Dívidas de terceiros 14.944.446 Dívidas a terceiros 8.831.001 Outros activos correntes 5.584.560 Outros passivos correntes 9.192.555

Caixa e seus equivalentes 13.222.644 18.023.55633.751.650

49.686.403 27.426.803

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Outras Operações

Durante o exercício de 2008, ocorreu o reembolso do empréstimo que a Contacto – Sociedade de Construções, S.A. detinha com a anterior detentora do seu capital social, tendo ocorrido uma entrada em caixa e seus equivalentes no montante de 71.000.000 Euros.

Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes

31-Dez-08 31-Dez-07

Numerário 1.750.316 1.847.829Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 64.233.393 30.051.757Equivalentes a caixa 771.390 335.698

Caixa e seus equivalentes 66.755.099 32.235.283

Titulos Negociáveis - - Disponibi lidades constantes do balanço 66.755.099 32.235.283

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POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A sociedade actualmente denominada GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, S.A. (“Empresa”) foi constituída em 2 de Junho de 1944, sob a denominação de Soares da Costa, Lda., sociedade comercial porquotas, tendo sido transformada em sociedade anónima por escritura notarial em 1 de Maio de 1968 e assumido a denominação social de “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.”.

Em 30 de Dezembro de 2002 após um processo de reorganização do Grupo, a sociedade assumiu a sua denominação actual e alterou o objecto social para “Gestão de participações sociais como forma indirecta do exercício de actividades económicas”.

A actual estrutura de participações da Empresa pode ser representada pelo diagrama anexo que evidencia a “holding” do Grupo, “GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, S.A.”, sociedade de capital aberto ao investimento do público e quatro “subholdings”, uma por cada grande segmento ou área de negócios:

• Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. – que integra o “portfolio” de participações sociais na área de construção civil e obras públicas onde se destaca a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., empresa construtora nacional do Grupo.

• Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. – que integra as participações de capital das empresas que se dedicam às actividades industriais complementares da construção, nomeadamente nas áreas de serralharia e metalomecânica e das infra-estruturas ferroviárias e marítimas.

• Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A. – que integra as participações nas empresas que se dedicam ao segmento imobiliário e de gestão imobiliária.

• Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. – onde se centralizou o “portfolio” de participações financeiras das empresas ligadas às concessões.

A relação completa das empresas incluídas na consolidação e dos métodos de consolidação aplicados constam nas notas seguintes.

Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de Euro, salvo indicação em contrário.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes:

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2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal ajustados, no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia, em vigor para os exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2005, data que corresponde ao início do período da primeira aplicação pela Empresa dos IAS/IFRS.

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso.

O Conselho de Administração da Empresa entende que as demonstrações consolidadas anexas e as notas que se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira consolidada.

Nas presentes demonstrações financeiras o Grupo não procedeu à implementação de qualquer norma ou interpretação já emitida pelo IASB cuja data de aplicação obrigatória seja posterior. Das alterações já aprovadas não resultarão efeitos significativos nas demonstrações financeiras do Grupo.

2.2. Princípios de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:

a) Empresas do Grupo – Método de consolidação integral

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. Os interesses correspondentes à participação de terceiros nestas empresas são apresentados autonomamente na “Interesses minoritários”, sendo no balanço consolidado incluída nos capitais próprios e na demonstração de resultados incluída nos resultados consolidados do exercício.

Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos tenha sido recuperada.

Os activos e passivos de cada empresa do Grupo são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como “goodwill” (Nota 2.2.d). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício.

Os interesses minoritários incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos activos e passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de empresas participadas, efectuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.

As empresas consolidadas pelo método de consolidação integral encontram-se identificadas na Nota 3.

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b) Empresas controladas conjuntamente – Método de consolidação proporcional

As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo é partilhado. De acordo com este método os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada entidade conjuntamente controlada na data de aquisição, é reconhecido como “goodwill” (Nota 2.2.d). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das entidades conjuntamente controladas para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. As mais-valias decorrentes da alienação deempresas participadas, efectuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.

A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base em acordos parassociais que regulam o controlo conjunto, na percentagem efectiva de detenção e/ounos direitos de voto detidos.

Os interesses financeiros em Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE´s), por regra, foram consolidados nas demonstrações financeiras pelo método da consolidação proporcional.

As empresas consolidadas pelo método de consolidação proporcional encontram-se identificadas na Nota 4.

c) Empresas associadas – Método da equivalência patrimonial

As participações financeiras em empresas associadas, empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo, nem o controlo conjunto das mesmas através da participação nasdecisões financeira e operacional das Empresas - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa - são registadas pelo método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos.

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como “goodwill” (Nota 2.2.d). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registado como custo na demonstração de resultados as perdas de imparidade que se demonstrem existir.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo.

Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 5.

d) “Goodwill”

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas e o justo valor dessas empresas à data da sua aquisição, foram registadas como activo intangível na rubrica de “Goodwill” (no caso dos investimentos em empresas do Grupo e entidades conjuntamente controladas).

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O “goodwill” não é amortizado, sendo testado, anualmente, para verificar se existem perdas por imparidade. Qualquer perda por imparidade é registada imediatamente na demonstração de resultados do exercício afectando os resultados financeiros, não sendo posteriormente revertida.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas, sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivosidentificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda de reporte dessas empresas, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas no Capital Próprio narubrica “Reserva de conversão cambial”.

e) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

São tratadas como entidades estrangeiras as entidades que operando no estrangeiro têm autonomia organizacional, económica e financeira.

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio existente à data do balanço e os custos e proveitos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para Euro utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante é registada no capital próprio na rubrica “Reserva de conversão cambial”.

O “goodwill” e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euro de acordo com a taxa de câmbio, à data do balanço.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação.

As cotações utilizadas para conversão em Euro das contas das empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas estrangeiras foram as seguintes:

Cambio em Cambio Médio Cambio em Cambio médio31-Dez-08 2008 31-Dez-07 2007

Dólar Americano EUR/USD 1,3917 1,4747 1,4721 1,3797Metical de Moçambique EUR/MZN 35,25 35,76 34,83 35,57Dobra de S. Tomé e Príncipe EUR/STD 20.557,10 21.465,29 20.947,87 18.737,35Kuanza de Angola EUR/AOA 106,19 110,26 110,38 106,50Leu Romeno EUR/ROL 4,0225 3,7003 3,6118 3,3526Shekel Israel EUR/ILS 5,2606 5,2501 5,6454 5,6454

2.3. Propriedades de investimento

As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, terrenos e edifícios detidos para obter rendas ou valorização do capital ou ambos e não para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios.

As propriedades de investimento estão registadas pelo custo. À data da transposição das demonstrações financeiras para o quadro referencial IAS/IFRS (1 de Janeiro de 2004) as propriedades de investimento materialmente relevantes foram ajustadas de forma a reflectir o seu justo valor à data da conversão (“deemed-cost”).

Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades (IMI – Imposto Municipal Sobre Imóveis), são reconhecidos como um custo na demonstração de resultados consolidada do exercício a que se

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referem. As beneficiações relativamente às quais se estima que gerem benefícios económicos adicionais futuros, são capitalizadas na rubrica “Propriedades de investimento”.

O método de amortização utilizado nas propriedades de investimento é o método das quotas constantes considerando como taxa de amortização a correspondente a uma vida útil de 100 anos.

2.4. Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 2003, data da transição para IAS/IFRS encontram-se registados ao “deemed cost”, deduzido de amortizações e perdas de imparidade. O “deemed cost” foi determinado como segue:

- Terrenos e edifícios – valor de mercado a 31 de Dezembro de 2003 determinado por avaliação independente - J. Curvelo, Lda..

- Equipamento básico – valor de mercado a 31 de Dezembro de 2003, determinado através de uma avaliação interna dos bens numa óptica de uso, corroborada por uma avaliação externa efectuada por entidade independente – J. Curvelo, Lda..

- Restantes elementos – custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Os bens adquiridos após 31 de Dezembro de 2003, encontram-se registados ao seu custo de aquisição deduzido de amortizações acumuladas e perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendoem conta a utilização esperada do activo pelo Grupo, do desgaste natural esperado, da sujeição a uma previsível obsolescência técnica e do valor residual atribuível ao bem. O valor residual atribuível ao bem é determinado com base na estimativa do valor recuperável no final da sua vida útil.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Vida Útil

Edifícios 8 - 100Equipamento básico 2 - 20Outros activos tangíveis 3 - 10

As imobilizações em curso encontram-se registadas ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados, como “outros ganhos operacionais” ou “outras perdas operacionais”.

2.5. Activos Intangíveis

Os activos intangíveis, excepto “goodwill”, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As amortizações do exercício dos activos intangíveis são registadas na demonstração de resultados na rubrica “Amortizações e perdas de imparidade”. O método de amortização utilizado nos activos intangíveis com vida útil finita é o método das quotas constantes, tendo-se considerado para estes activos um período

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de vida útil compreendido entre 3 e 5 anos, com excepção dos encargos com contratos de concessão pagos ao Estado Português que são amortizados pelo método das quotas constantes e por duodécimos, durante o período da concessão.

2.6. Activos e Passivos Financeiros

a) Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo despesas de transacção.

Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são remensurados pelo seu justo valor sem qualquer dedução de custos da transacção em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, sãomantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justovalor através de resultados são registados na demonstração consolidada dos resultados do exercício.

b) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade,reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal.

Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos, pagas antecipadamente aquando da emissão desses empréstimos, são reconhecidas linearmente na demonstração de resultados do exercício ao longo do período de vida desses empréstimos, encontrando-se classificados, na rubrica de ”Outros activos correntes”.

Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data do balanço, classificados na rubrica “Outros passivos correntes”.

d) Dívidas a terceiros

As dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros.

e) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

As letras descontadas e as contas a receber cedidas em factoring (com recurso) encontram-se apresentadas no activo pelo seu valor nominal e no passivo pelo adiantamento já recebido.

Os encargos com juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

f) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.

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2.7. Locações

Os contratos de locação são classificados como: - locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens

inerentes à posse; - locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e

vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, são registados pelo seu valor no activo e as respectivas responsabilidades no passivo. As amortizações destes activos calculadas em conformidade com o descrito em 2.4. supra são registadas em amortizações do exercício.

A parcela de capital incluída nas rendas pagas é registada como redução daquelas responsabilidades e os juros incluídos nessas rendas são registados como custos financeiros do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados durante o período do contrato de locação na rubrica “Fornecimento e serviços externos”.

2.8. Inventários

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo de aquisição ou do valor realizável líquido. O método de custeio utilizado pelo Grupo na movimentação dasmatérias-primas, subsidiárias e de consumo é o custo médio ponderado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao menor do custo de produção ou do valor realizável líquido. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. O método de custeio é o custo médio.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para terminar a produção e dos custos de comercialização.

2.9. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Durante o exercício não foram capitalizados encargos financeiros como parte do custo de produção de activos.

A associada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A., consolidada pela primeira vez pelo métodoproporcional, capitalizou em exercícios anteriores um montante total de 241.883.040 Euros como parte integrante do custo de activos fixos tangíveis. Assim, nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo estão relevados, a este título, a quantia de 80.619.617 Euros.

2.10. Provisões

As provisões são reconhecidas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado e é provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e que o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

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2.11. Imposto sobre o rendimento

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de montantes registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.12. Apresentação de balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.

2.13. Reconhecimento de custos e proveitos

a) Contratos de construção

Para o reconhecimento dos proveitos e custos dos contratos de construção, foi adoptado o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas “Outros activos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença. Os proveitos e custos relativos à promoção imobiliária são diferidos no balanço até que a respectiva execução esteja total ou substancialmente terminada.

Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado doexercício quando é fortemente provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.

b) Empreendimentos imobiliários

O reconhecimento das vendas de empreendimentos imobiliários é efectuado no momento em que legalmente ocorre a transferência de propriedade ou, excepcionalmente, quando a posse ou riscos inerentes ao imóvel são transmitidas ao promitente comprador e se considera a venda irreversível.

c) Restantes actividades

Os proveitos relativos a vendas e prestações de serviços em geral são reconhecidos com a sua realização. Os proveitos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte dos clientes são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade.

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d) Custos com a preparação de propostas

Os custos incorridos com a preparação de propostas são reconhecidos na demonstração de resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho da proposta não ser controlável.

e) Especializações dos exercícios

As empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outrosactivos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença.

2.14. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção.

Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço,foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração consolidada de resultados do exercício.

2.15. Imparidade de activos não correntes, excepto goodwill

É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, éreconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.

A quantia recuperável, é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção ao alcance das partes envolvidas deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação nofinal da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais.

Contudo, a reversão da perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.16. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados no anexo às demonstrações financeiras excepto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.

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2.17. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam àdata do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas demonstrações financeiras consolidadas.

2.18. Informação por segmentos

Em cada exercício são identificados os segmentos de negócio e segmentos geográficos aplicáveis ao Grupo. Informação detalhada é incluída na Nota 7.

2.19. Subsídios

Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração dos resultados de acordo com os custos incorridos.

2.20. Instrumentos financeiros derivados

O Grupo recorre à contratação de instrumentos financeiros derivados com o objectivo de efectuar cobertura de riscos financeiros a que se encontra exposto, em particular as decorrentes nas variações de taxa de juro, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O método de reconhecimento depende da natureza e objectivo da contratação.

Contabilidade de cobertura

A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições do IAS 39, nomeadamente quanto à respectiva documentação e efectividade.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

- Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;

- A transacção objecto da cobertura é altamente provável.

As variações no justo valor dos instrumentos financeiros designados como cobertura de “justo valor” são reconhecidas como resultado financeiro do período bem como as alterações no justo valor do activo ou passivo sujeito aquele risco.

As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como cobertura de “cash flow” são reconhecidas em “Reservas de operações de cobertura” na sua componente efectiva e, em resultados financeiros na sua componente não efectiva. Os valores registados em “Reservas de operações de cobertura” são transferidos para resultados financeiros no período em que o item coberto tem igualmente efeito em resultados.

A contabilidade de cobertura é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou exercido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos no IAS 39. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de

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cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica “Reservas de operações de cobertura” são transferidas para resultados do exercício.

Relativamente aos instrumentos derivados que, embora contratados com o objectivo de efectuar coberturaeconómica, não cumprem todas as disposições da IAS 39 (Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) no que respeita à possibilidade de qualificação para contabilização como de cobertura, as respectivas variações no justo valor são registadas na demonstração dos resultados do período em que ocorrem.

Instrumentos de negociação

Relativamente aos instrumentos financeiros derivados que, embora contratados com o objectivo de efectuar cobertura económica de acordo com as politicas de gestão de risco da empresa, não cumpram todas as disposições do IAS 39 no que respeita à possibilidade de qualificação como contabilidade de cobertura, as respectivas variações no justo valor são registadas na demonstração dos resultados do período em que ocorrem.

2.21. Acções Próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica “Outras reservas e resultados”.

2.22. Trabalhos para a própria empresa

Os trabalhos para a própria empresa correspondem basicamente a obras de construção e beneficiação executadas pela própria empresa.

Tais despesas são objecto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos: - Os activos desenvolvidos são identificáveis; - Existe forte probabilidade de os activos virem a gerar benefícios económicos futuros, e; - Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

2.23. Gestão de Capitais Investidos

A gestão do Capital levada a cabo pelo Grupo visa assegurar a continuidade das operações do Grupo, procurando maximizar a criação de valor para os accionistas. Assim, os capitais do Grupo compreendem os capitais próprios atribuíveis aos accionistas (compostos pelo capital social que se encontra totalmente subscrito e realizado, reservas de capital acumuladas, reservas por reavaliação de activos, reservas por conversão cambial, diferenças de consolidação e resultados de anos anteriores não distribuídos aos accionistas), o endividamento (com recurso e sem recurso) e os montantes disponíveis em caixa e seus equivalentes.

O endividamento do Grupo tem duas origens diferentes: endividamento com recurso e endividamento sem recurso. A distinção entre estes dois tipos de endividamento assenta no tipo de responsabilidade assumida pelo Grupo perante o cumprimento da obrigação de fazer face ao seu pagamento. A dívida com recurso assumida por uma qualquer sociedade do Grupo é exigível ao accionista do Grupo enquanto que a dívida sem recurso, assumida exclusivamente no âmbito de negócios concessionados financiados em regime de “project finance”, é apenas exigível à sociedade que a contraiu, e portanto, apenas os activos desta respondem pelo seu pagamento.

2.24. Gestão de riscos financeiros

A gestão que o Grupo efectua dos riscos financeiros em que incorre, está descrita no capítulo V do Relatório de Gestão do Grupo do exercício de 2008.

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3. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas do Grupo incluídas na consolidação pelo método integral, suas sedes sociais e proporção docapital detido em 31 de Dezembro 2008, são as seguintes:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Grupo Soares da Costa SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

Empresa Mãe - -

Soares da Costa Serviços Part ilhados, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

100,00% - 100,00%

Soares de Costa Desenvolvimento, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

100,00% - 100,00%

Construção Civil e Obras Públicas

SDC Construções SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

100,00% - 100,00%

Soares da Costa América, Inc. 7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH3 -

Miami - Florida - 33126 U.S.A.

- 100,00% 100,00%

Porto Construction Group, LLC 7270 N.W . 12 TH Street, Suite #207 -

Miami - Florida - 33126 U.S.A.

- 60,00% 60,00%

Soares da Costa Construction Services, LLC 751 Park of Comm. Drive, Suite #108 -

Boca Raton - Florida - 33487 U.S.A.

- 80,00% 80,00%

Soares da Costa CS, LLC 751 Park of Comm. Drive, Suite #108 -

Boca Raton - Florida - 33487 U.S.A.

- 100,00% 100,00%

Soares da Costa Contractor, LLC 7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH3 -

Miami - Florida - 33126 U.S.A.

- 100,00% 100,00%

Gaia Contracting and Construct ion ManagementServices, LLC

7270 N.W. 12 TH Street, Unit 205 -

Miami - Florida - 33126 - U.S.A.

- 100,00% 100,00%

Soares da Costa Moçambique, SARL Av. Ho Chi Min nº 1178, Maputo

Moçambique

- 80,00% 80,00%

Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções,Lda

S. Tomé e Príncipe - 100,00% 100,00%

Soares da Costa Construcciones CentroAmericanas, S.A.

Cantón Cero Uno - S. José Costa Rica - 100,00% 100,00%

Carta - Cantinas e Restauração, Lda Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

Carta - Restauração e Serviços, Lda Rua Cónego Manuel das Neves, 19

Luanda - República de Angola

- 100,00% 100,00%

Soc. Construções Soares da Costa, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

CONTACTO - Soc. Construções, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

Percentagem do capital detido

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Denominação social Sede Directa Indirecta Total

CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. Rua Srª do Porto, 874 4250-453 Porto - 100,00% 100,00%

CLEAR ANGOLA, S.A. Rua Cónego Manuel das Neves, 874

Luanda - Angola

- 95,00% 95,00%

MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda Rua Cônego Manuel das Neves, casa

19, Bairro Patrice Lumumba - Angola

- 50,50% 50,50%

Prince Contracting, LLC 5411 Willis Road Palmetto, Florida

34221 - USA

- 100,00% 100,00%

LusoAir Corp, INC 7270 NW 12TH STREET - PH3 MIAMI,

FL 33126 - USA

- 100,00% 100,00%

Imobi liária

Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

100,00% - 100,00%

MZI - Sociedade de Construções, Lda. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

SODEL - Empreendimentos Imobiliários, S.A. Rua Srª do Porto, 930 4250-453 Porto - 100,00% 100,00%

CIAGEST - Imobiliária e Gestão, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

Mercados Novos - Imóveis Comerciais, Lda. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

SOARTA - Soc Imob. Soares da Costa, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

Soares da costa Imobiliária, Lda Estrada Farol das Lagostas Município

da Sambízanga, C. do N'Golakiluange -

Luanda

- 100,00% 100,00%

Cais da Fontinha - Investimentos Imobiliários, S.A. Rua do Campo Alegre, 830 - 9º

Massarelos - Porto

- 100,00% 100,00%

IMOKANDANDU - Promoção Imobiliária, Lda. Estrada Farol das Lagostas, Município

do Sambízanga, Comuna do N'Gola

Kiluange - Angola

- 51,00% 51,00%

NAVEGAIA - Instalações Industriais S.A. Rua Srª do Porto, 930 4250-453 Porto - 100,00% 100,00%

IMOSEDE, Lda Rua Conego Manuel das Neves Casa nº

19 - Luanda

- 100,00% 100,00%

Costa Sul Sociedade de Promoção Imobiliária, Lda Rua Conego Manuel Dasa Neves Casa

nº 19 - Luanda

- 100,00% 100,00%

Concessões

Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

100,00% - 100,00%

Soares da Costa Concesiones - Costa Rica, S.A. 100 Est,200 Sul, 50 Oest - H. de La

Mujer - San José - Costa Rica

- 100,00% 100,00%

Percentagem do capital detido

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Denominação social Sede Directa Indirecta Total

COSTAPARQUES - Estacionamentos, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

Soares da Costa Serviços Técnicos e de Gestão,S.A.

Rua Santos Pousada, 220 4000-478

Porto

- 100,00% 100,00%

Infraestructuras Soares da Costa Costa Rica, S.A. 100 Est,200 Sul, 50 Oest - H. de La

Mujer - San José - Costa Rica

- 100,00% 100,00%

C.P.E. - Companhia de Parque de estacionamento,S.A.

Parque Estacionamento Subterrâneo da

Praça do Município - 1100 Lisboa

- 100,00% 100,00%

Intevias - Serviços e Gestão, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

Hidroequador Santomense - Exploração de CentraisHidroeléctricas, Lda.

Av. Repatriamento dos Poveiros, nº 67,

Edifício Cecominsa, Póvoa de Varzim

- 75,00% 75,00%

Hidroeléctrica STP, Limitada Avenida Água Grande, São Tomé - S.

Tomé e Príncipe

- 45,00% 45,00%

Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

100,00% - 100,00%

Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto

- 100,00% 100,00%

Indústrias relacionadas com a actividade de constru ção civil e obras públicas

Percentagem do capital detido

Durante o exercício de 2008 ocorreram as seguintes alterações nas empresas integradas no perímetro de consolidação pelo método integral:

• Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade “Imokandandu – Promoção Imobiliária, Lda”, sociedade de direito Angolano detida pelo Grupo em 51%, cujo objecto social é a promoção imobiliária;

• Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade “Cais da Fontinha – Investimentos Imobiliários, S.A.” cujo capital social é detido na íntegra pelo Grupo;

• Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade “Contacto – Sociedade de Construções, S.A.”, na sequência da aquisição da totalidade do capital social pela Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.;

• Inclusão no perímetro de consolidação da Sociedade Hidroequador Santomense – Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda, detida pelo Grupo em 75%, e da sua subsidiária Hidroeléctrica STP, Lda. detida por aquela em 60% e de forma indirecta pelo Grupo em 45%, ambas adquiridas no segundo semestre de 2007, sendo consolidadas pelo método integral, depois de aferido o respectivo goodwill apurado com referência à data de 31 de Dezembro de 2007;

• Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade “Prince Contracting, LLC” e da Sociedade “LusoAir Corp, INC, sociedades sedeadas no Estados Unidos da América, na sequência da aquisição da totalidade do capital social pela Soares da Costa América, INC.;

• Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade “Costa Sul – Sociedade de Promoção Imobiliária, Lda.”, sociedade de direito Angolano detida pelo Grupo em 100%, cujo objecto social é a promoção imobiliária;

• Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade “Imosede, Lda.”, sociedade de direito Angolano detida pelo Grupo em 100%, cujo objecto social é a promoção imobiliária;

• Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade “Soares da Costa Imobiliária, Lda.”, sociedade de direito Angolano detida pelo Grupo em 100%, cujo objecto social é a promoção imobiliária;

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• Inclusão no perímetro de consolidação da Sociedade “MTA – Máquinas a Tractores de Angola, Lda., detida de forma indirecta pelo Grupo em 50,5%, cujo objecto social é a distribuição, comercialização e assistência pós-venda no sector dos equipamentos industriais e agrícolas;

4. EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE

As empresas controladas conjuntamente incluídas na consolidação pelo método proporcional, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2008, são as seguintes:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Construção Civil e Obras Públicas

TRANSMETRO - Construção do Metropolitano doPorto, ACE

Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 50,00% 50,00%

Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto,ACE

Rua Santos Pousada, 300 - 7º Bonfim

Porto

- 17,90% 17,90%

ASSOC - Soares da Costa - Construção do Estádiode Braga, ACE

Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume -

4700-034 Braga

- 40,00% 40,00%

ACESTRADA - Construção de Estradas, ACE Rua Julieta Ferrão, nº 12, 11º andar

Lisboa

- 20,00% 20,00%

Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 60,00% 60,00%

Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues eNévoa - Soares da Costa, Construção do Estádio de Braga - Acabamentos e Instalações/InfraestruturasInteriores, ACE

Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume -4700-034 Braga

- 40,00% 40,00%

Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod.Linha do Norte, ACE

Avª das Forças Armadas, 125 - 2ºC -

Lisboa

- 50,00% 50,00%

Somague, Soares da Costa - AgrupamentoConstrutor do Metro de Superfície, ACE

Rua Engº Ferreira Dias, 164 4100-247

Porto

- 50,00% 50,00%

Ramalho Rosa Cobetar & Soares da Costa, ACE Rua Soeiro Pereira Gomes, nº7, sala 9 -

Edifício América - Lisboa

- 50,00% 50,00%

Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T.,ACE

Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 50,00% 50,00%

Fomento de Construcciones Y Contratas e Soaresda Costa, ACE

Rua Soeiro Pereira Gomes, nº7, sala 9 -

Edifício América Lisboa

- 50,00% 50,00%

GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE Rua da Paz, 66, Sala 19 - 4050 Porto - 28,57% 28,57%

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda. Rua Julieta Ferrão, nº 12, 13º Andar, N.

Senhora de Fátima - 1000 Lisboa

- 50,00% 50,00%

GCVC, ACE Rua do Rêgo Lameiro, nº 38,

Campanhã, 4300-454 Porto

- 28,57% 28,57%

Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano -Matosinhos, ACE

Via Adelino Amaro da Costa nº 315,Lugar da Guarda 4470-557 Moreira daMaia

- 28,57% 28,57%

HidroAlqueva, ACE Av. Frei Miguel Contreiras, nº 54 7º

Andar, Lisboa

- 50,00% 50,00%

Nova Estação, ACE Av. Frei Miguel Contreiras, nº 54 - 7º

Andar, 1749-083 Lisboa

- 25,00% 25,00%

CAET XXI - Construções,ACE Rua de Santos Pousada, 220 Bonfim,

Porto

- 50,00% 50,00%

Percentagem do capital detido

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Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Israel Metro Builders - a Registered Partnership 132 Derekh Menakhem begin, Tel-Aviv,

Israel

- 30,00% 30,00%

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. Avª da República, 42 - 3º 1069-207

Lisboa

- 40,00% 40,00%

OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas,S.A.

Avª Columbano Bordalo Pinheiro, 93-7º

1000 Lisboa

- 40,00% 40,00%

Somafel e Ferrovias, ACE Avª Columbano Bordalo Pinheiro, 93-7º

1000 Lisboa

- 24,00% 24,00%

Concessões

SCUTVIAS - Autoestradas da Beira Interior, S.A. Praça de Alvalade nº 6 7º Andar Lisboa - 33,33% 33,33%

OPERESTRADAS XXI, S.A. Rua Santos Pousada, nº 220 - Bonfim,

4000 - Porto

- 50,00% 50,00%

Exproestradas XXI - AE Transmontana, S.A. Rua Santos Pousada, nº 220, 4000 -

Porto

- 50,00% 50,00%

Auto-estradas XXI - Subconcessionária, S.A. Rua Santos Pousada, Nº 220, 4000 -

Porto

- 50,00% 50,00%

Indústrias relacionadas com a actividade de constru ção civil e obras públicas

Percentagem do capital detido

Durante o exercício de 2008 ocorreram as seguintes alterações nas empresas integradas no perímetro de consolidação pelo método proporcional:

• Durante o primeiro semestre do exercício de 2008 foram obtidas as autorizações inerentes à aquisição dos 13,33% do capital social da Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. resultando numa participação efectiva total de 33,33%. Por tal facto, conjugado com o conjunto de acordos celebrados, a referida associada deixou de ser consolidada pelo método da equivalência patrimonial passando a ser consolidada pelo método de consolidação proporcional;

• Inclusão da sociedade “Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda”, constituída em Maio de 2008, com o Grupo a participar no capital na proporção de 50% por via da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.;

• Inclusão da sociedade “CAET XXI – Construções, ACE”, constituída em Dezembro de 2008, com participação do Grupo na proporção de 50% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.;

• Inclusão da sociedade “Auto-Estradas XXI – Subconcessionária, S.A.”, constituída em Dezembro de 2008, com o Grupo a participar no capital na proporção de 50% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. e da Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A.;

• Inclusão da sociedade “Exproestradas XXI – AE Transmontana, S.A.”, constituída em Dezembro de 2008, com o Grupo a participar no capital na proporção de 50% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. e da Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A.;

• Inclusão da sociedade “Operestradas XXI, S.A.”, constituída em Dezembro de 2008, com o Grupo a participar no capital na proporção de 50% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. e da Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A.;

• Inclusão da sociedade “Mota-Engil, Soares da Costa, Monte Adriano – Matosinhos, ACE”, com participação do Grupo na proporção de 28,57% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.;

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• Inclusão da sociedade “Nova Estação, ACE”, com participação do Grupo na proporção de 25% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.;

• Inclusão da sociedade “HidroAlqueva, ACE”, com participação do Grupo na proporção de 50% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.;

• Inclusão da sociedade “GCVC, ACE”, com participação do Grupo na proporção de 28,57% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.;

• Inclusão da sociedade “Israel Metro Builders – a Registered Partnership”, sociedade de direito Israelita, com o Grupo a participar na proporção de 30% por via da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A..

À data de 31 de Dezembro de 2008 as quantias agregadas, ponderadas pela percentagem de controlo conjunto, dos activos correntes, dos activos não correntes, dos passivos correntes, dos passivos não correntes, dos rendimentos e dos gastos relacionados com os interesses em empreendimentos conjuntos são como seguem:

Activo Activo Passivo Passivo Resultado Empresa Não Corrente Corrente Não corrente Corrente Gastos Rendi mentos Líquido

ACESTRADA - Construção de Estradas, ACE 835 1.031.891 18.096 146.936 140.627 182.843 42.216ASSOC - Soares da Costa - Construção do Estádio de Braga, ACE 1.129 95.994 - 97.123 29.576 29.576 -

Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues e Névoa - Soares da Costa, ACE 885 24.336 - 7.149 583 1.122 540Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE - 289.589 - 289.588 218.436 218.435 -

Fomento de Construcciones Y Contratas e Soares da Costa, ACE - 26.223 - 26.223 - - - GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE 11.735 6.975.609 - 6.987.346 7.029.989 7.029.988 -

Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE 711 6.257.281 - 6.258.038 14.550.573 14.550.527 (45)OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A. 1.996.656 4.663.074 212.173 3.757.648 14.615.145 14.753.385 138.238

Ramalho Rosa Cobetar & Soares da Costa, ACE - 92.043 - 89.789 15 2.269 2.255Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE - 1.757.838 - 1.757.839 7.637 7.637 -

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. 10.576.425 13.567.638 928.060 9.659.007 18.081.704 18.526.087 444.384Somafel e Ferrovias, ACE 20.775 53.891 - 39.634 31.825 40.114 8.289

Somague, Soares da Costa - Agrupamento Construtor do Metro de Superfície, ACE 161 739.975 - 759.063 19.060 131 (18.928)TRANSMETRO - Construção do Metropolitano do Porto, ACE 7.924 5.948.399 - 5.977.932 1.822.369 1.800.760 (21.609)Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod. Linha do Norte , ACE - 543.722 - 392.609 - - -

Coordenação & Soares da Costa , SGPS 99.000 149.421 - 325 1.904 - (1.904)SCUTVIAS - Autoestradas da Beira Interior, S.A. 235.356.281 40.645.827 219.692.074 42.670.687 36.042.435 40.145.845 4.103.408

Auto-estradas XXI - Subconcessionária, S.A. - 151.500 - 126.500 - - - Exproestradas XXI - AE Transmontana, S.A. - 105.000 - 80.000 - - -

HidroAlqueva, ACE 164.942 1.246.644 - 1.389.383 577.393 599.596 22.202Israel Metro Builders - a Registered Partnership 76.370 3.666.129 - 3.742.498 4.592.680 4.592.679 -

Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano - Matosinhos, ACE 1.175 2.310.519 - 2.311.694 2.683.540 2.683.541 - Nova Estação, ACE 316 754.554 - 839.060 84.190 - (84.190)

Operestradas XXI, S.A. - 37.500 - 12.500 - - - Total 248.315.320 91.134.597 220.850.403 87.418.571 100.529.681 105.164.535 4.634.856

Não existem à data do balanço compromissos contingentes ou compromissos de capital relativos a empreendimentos conjuntos.

5. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

As empresas incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2008, são as seguintes:

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Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 10873 Bucharest - Roménia - 50,00% 50,00%

Alsoma, AEIE 3 Av André Malrau 92300 Leval loisPerret

- 18,00% 18,00%

Traversofer Industrie & Services Ferroviaires, SARL 27 Chemin du Reservoir - Hydra - Alger - 20,00% 20,00%

Metropoli tan Transportation Solutions, Ltd. 14 Hamelecha Street, Park Afek, Rosh

Haya'in Israel

- 20,00% 20,00%

GAYAEXPLOR - Construção e Exploração deParques de Estacionamento, Lda.

Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 25,00% 25,00%

INDÁQUA - Indústria e Gestão de Águas, S.A. Rua Antero de Quental, 221-3º Sala 303

- 4455-586 Perafita

- 28,57% 28,57%

INDÁQUA MATOSINHOS - Gestão de Águas deMatosinhos, S.A.

Rua 1º de Maio, nº 273 4451-956

Matosinhos

- 28,14% 28,14%

Indáqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vi lado Conde, S.A.

Praça Luís de Camões, 9, 3º 1480-719

Vila do Conde

- 28,00% 28,00%

Mini Price Hotels (Porto), S.A. Rua Senhora do Porto, 930 4250-453

Porto

- 34,00% 34,00%

Percentagem do capital detido

À data de 31de Dezembro de 2008 o detalhe do valor total dos activos, passivos, rendimentos e resultados das empresas integradas no perímetro de consolidação pelo método da equivalência patrimonial são como seguem:

Activo Capitais ResultadoEmpresas Líquido Passivo Próprios Gastos Rendimentos Líquido

INDÁQUA - Indústria e Gestão de Águas, S.A. 38.625.716 30.475.218 8.150.498 4.533.038 5.421.351 888.313Traversofer Industrie & Services Ferroviaires 625.525 591.201 34.323 435.821 440.854 5.033

GAYAEXPLOR - Construção e Exploração de Parques de Estacionamento, Lda 268.204 240.145 28.059 1.935 - (1.935)Alsoma, AEIE (b) 3.105.767 2.366.189 739.578 1.930.484 1.737.030 (193.454)Grupul Portuguhez de Constructii S.R.L. 6.801.677 5.753.185 1.048.492 7.644.600 7.305.779 (338.821)Mini-Price Hotels (Porto), S.A. 5.118.017 4.052.368 1.065.649 276.021 144.016 (132.005)Indáqua Matosinhos, S.A. 16.580.516 16.186.320 394.196 14.926.610 14.868.182 (58.428)

Indáqua Vila do Conde, S.A. 4.783.199 4.342.733 440.466 76.205 16.690 (59.515)Total 75.908.621 64.007.359 11.901.261 29.824.715 29.933.903 109.188(b) Contas referentes a 31 de Março de 2008

Durante o exercício de 2008 ocorreram as seguintes alterações nas empresas integradas no perímetro de consolidação pelo método da equivalência patrimonial:

• Inclusão da sociedade “Traversofer Industrie & Services Ferroviaires, SARL”, sociedade de direito Argelino, na qual o Grupo possui uma participação indirecta de 20% (por via da associada Somafel – Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. que detém directamente 50% do capital da referida sociedade).

• Inclusão da sociedade “Metropolitan Transportation Systems, Ltd.”, sociedade de direito Israelita, na qual o Grupo possui uma participação de 20%.

Durante o exercício não houve registo de perdas por imparidade nestas participações por não haver indícios da sua existência.

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6. EMPRESAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO

As empresas excluídas da consolidação por imaterialidade, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2008 são como segue:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Agrupamento p/ Construção Ponte do Sado, ACE Bairro do Forno da Cal - Alcácer do Sal - 33,33% 33,33%

ÁGUAMINHO - Constr. Abastecimento Águas, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 45,00% 45,00%

Construção Estação Tratamento das Águas doPaiva, ACE

Av. Fabril do Norte, 1601 - Matosinhos - 50,00% 50,00%

Engil, Soares da Costa, Mota - Hosp. Vale Sousa,ACE

Av. Fabril do Norte, 1601 - Matosinhos - 45,00% 45,00%

FERDOURO - Constr. Pontes e Ferrovias, ACE Rua Santos Pousada, 220 - Porto - 45,00% 45,00%

GPCC - Grupo Português de Construção deInfraestruturas de Gás Natural, ACE

Rua Santos Pousada, 220 - Porto - 25,00% 25,00%

GPCIE - Grupo Português de Construção deInfrestruturas da Expo, ACE

Quinta de Beirolas - Estaleiro

Moscavide (Parque Expo) Stª Maria dos

Olivais - 2685 Sacavém

- 25,00% 25,00%

Grupo Construtor do Edifício Gil eanes, ACE Edifício Gil Eanes - Expo 98 - lotes

1.13.03 e 1.14.01 - Santa Maria dos

Olivais

- 50,00% 50,00%

Molinorte Linha do Norte - Construção Civil, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 23,50% 23,50%

Soares da Costa, Engil, ACE - (Hosp. De Tomar) Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 50,00% 50,00%

Soares da Costa, Engil, Mota, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478

Porto

- 37,50% 37,50%

Teisomar - Obras Marítimas, ACE Avª República, 42 - 1000 Lisboa - 50,00% 50,00%

REVIA - Redes Rodoviárias e ferroviárias deAngola, Lda.

Rua Assalto de Moncada, 9 - R/C

Luanda - Angola

- 22,00% 22,00%

Percentagem do capital detido

As empresas constantes na relação acima são Agrupamentos Complementares de Empresas cujos projectos se encontram praticamente concluídos. Os activos, passivos, rendimentos e resultados destas Empresas à data de 31 de Dezembro de 2008 são como seguem:

% Activo Capitais ResultadoEmpresas Participação Líquido Passivo Próprios Gastos Rendimentos Líquido

ÁGUAMINHO - Constr. Abastecimento Águas, ACE (a) 45,00% 85 85 - - - - Construção Estação Trat. Das Águas do Paiva, ACE 50,00% 34.116 34.116 - 209 209 - Engil, Soares da Costa, Mota - Hosp. Vale do Sousa, ACE (a) 45,00% 3.901.091 3.890.425 10.667 10.667 823 11.490

GPCC - Grupo Português de Construção de Infraestruturas de Gás Natural, ACE 25,00% 271.591 271.591 - 59.755 59.755 - GPCIE - Grupo Português de Construção de Infraestruturas da Expo, ACE 25,00% 113.767 113.767 - 32.378 32.378 - Grupo Construtor do Edifício Gil Eanes, ACE 50,00% 265.990 265.990 - 37.866 37.866 - Molinorte Linha do Norte - Construção Civil, ACE (b) 23,50% 419.871 419.343 528 528 - 528

Soares da Costa, Engil, ACE - (Hosp. de Tomar) (a) 50,00% 112.120 112.120 - - 997 997

Soares da Costa, Engil, Mota, ACE (b) 37,50% 333.895 333.895 - - 24.341 24.341

Teisomar - Obras Marítimas, ACE 50,00% 1.100 - 1.100 - - - Total 5.453.626 5.441.331 12.295 141.403 156.369 37.356a) Contas referentes a 31 de Dezembro de 2007

a) Contas referentes a 31 de Dezembro de 2006

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7. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

As principais actividades desenvolvidas pelo Grupo são agrupadas nos seguintes segmentos de negócio: - Construção civil e obras públicas - Indústrias relacionadas com a actividade de construção civil - Imobiliária - Concessões

Partindo da informação financeira consolidada de cada uma das áreas de negócio, apresenta-se a seguinte discriminação dos resultados por segmentos a 31 de Dezembro de 2008:

Construção Civil e Obras

Públicas

Indústrias relacionadas

Imobiliário Concessões Participações financeiras

Eliminações Consolidado

Réditos:Vendas externas 721.553.255 63.250.437 1.775.558 48.102.002 69.880 - 834.751.131 Vendas intersegmentais 4.511.353 33.245.724 3.664.118 5.983 9.184.362 (50.611.540) - Réditos Totais 726.064.607 96.496.161 5.439.675 48.107.985 9.254.242 (50.611.540) 834.751.131

Resultado segmentado 36.375.606 3.078.730 (1.616.555) 15.864.716 (2.343.162) (187.648) 51.171.687 Gastos da empresa não imputados -

Resultado operacional das actividades continuadas

36.375.606 3.078.730 (1.616.555) 15.864.716 (2.343.162) (187.648) 51.171.687

Resultado liquido das operações descontinuadas

-

Gastos de juros (10.933.298) (1.438.918) (1.673.974) (22.371.235) (10.663.885) 4.982.830 (42.098.479) Proveitos de juros 5.023.908 269.055 500.912 2.756.148 4.023.246 (5.001.179) 7.572.089 Partes de lucros líquidos em Associadas (169.410) (34.234) (44.374) 13.872 - (1.345) (235.490) Outros ganhos e perdas financeiros (5.948.652) 29.982.540 (99.334) 263.743 32.297.455 (63.529.479) (7.033.728) Impostos s/ lucros (4.869.170) (99.414) 290.853 752.032 2.491.083 247.288 (1.187.328) Resultado das actividades ordinárias 19.478.984 31.757.760 (2.642.472) (2.720.725) 25.804.737 (63.489.532) 8.188.751 Interesses minoritários (67.552) 96.999 (7.376) (40.184) - - (18.113)

Resultado líquido atribuível ao grupo 19.546.535 31.660.761 (2.635.097) (2.680.541) 25.804.737 (63.489.532) 8.206.863

Outras Informações:

Activos do segmento 874.328.290 73.748.694 117.864.497 417.991.220 396.421.736 (503.593.645) 1.376.760.792 Investimento em associadas 537.577 149.043 349.835 2.552.373 12.000 (1.399) 3.599.429

Activos totais consolidados 1.380.360.221

Passivos do segmento 746.608.101 23.497.214 41.501.796 421.921.484 222.281.240 (214.275.828) 1.241.534.008 Passivos totais consolidados 1.241.534.008

Depreciações 10.600.686 2.458.115 1.570.779 17.333.855 622.817 (24.872) 32.561.379 Outros gastos não desembolsadosdiferentes da depreciação 1.171.137 251.227 1.439.761 - - - 2.862.125

Aquisições de activos fixos tangíveis e intangíveis no período 32.967.883 2.025.102 2.615.267 2.853.365 3.542.194 - 44.003.811

A discriminação dos resultados por segmentos a 31 de Dezembro de 2007 é como segue:

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Construção Civil e Obras

Públicas

Indústrias relacionadas

Imobiliário Concessões Participações financeiras

Eliminações Consolidado

Réditos:Vendas externas 471.733.073 70.255.563 6.190.108 2.272.630 89.428 - 550.540.801Vendas intersegmentais 8.113.886 28.632.423 3.164.635 - 7.582.964 (47.493.908) - Réditos Totais 479.846.959 98.887.986 9.354.743 2.272.630 7.672.392 (47.493.908) 550.540.801

Resultado segmentado 20.720.193 6.956.115 50.527 (911.311) (3.177.137) (146.506) 23.491.882 Gastos da empresa não imputados - Resultado operacional das actividades continuadas

20.720.193 6.956.115 50.527 (911.311) (3.177.137) (146.506) 23.491.882

Resultado liquido das operações descontinuadas -

Gastos de juros (10.412.840) (1.788.529) (1.290.919) (2.313.262) (7.256.416) 5.176.233 (17.885.735)Proveitos de juros 7.987.833 376.111 537.350 2.321.447 1.150.358 (5.176.233) 7.196.867 Partes de lucros líquidos em Associadas 14.523 64.495 (1.792) 3.791.118 - (54) 3.868.290 Outros ganhos e perdas financeiros (2.601.263) (1.363.075) (76.244) 1.021.377 11.796.291 (12.900.000) (4.122.913) Impostos s/ lucros (3.594.449) (388.062) 159.220 1.063.465 2.572.466 - (187.359) Resultado das actividades ordinárias 12.113.997 3.857.055 (621.858) 4.972.835 5.085.562 (13.046.560) 12.361.032 Interesses minoritários 207.427 114.013 - - - - 321.440 Resultado líquido atribuível ao grupo 11.906.570 3.743.043 (621.858) 4.972.835 5.085.562 (13.046.560) 12.039.592

Outras Informações:Activos do segmento 459.882.784 105.511.172 110.560.509 134.935.546 319.519.488 (338.099.203) 792.310.296Investimento em associadas 670.882 186.866 328.208 19.291.212 10.000 (54) 20.487.113 Activos totais consolidados 812.797.409

Passivos do segmento 352.644.408 69.711.977 31.105.591 131.692.571 169.874.982 (78.475.658) 676.553.870 Passivos totais consolidados 676.553.870

Depreciações 7.546.777 2.679.486 1.537.285 86.098 246.394 (2.640) 12.093.401 Outros gastos não desembolsadosdiferentes da depreciação 1.336.056 25.389 1.394.729 - - - 2.756.174

Aquisições de activos fixos tangíveis e intangíveis no período 30.575.195 3.038.961 3.213.517 297.193 2.048.594 - 39.173.460

As transacções intersegmentos são efectuadas a valores de mercado.

- As vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma:

Réditos de vendas por mercados geográficos 31-Dez-20 08 % 31-Dez-2007 %

Portugal 417.908.557 50,07% 178.923.782 32,50%Angola 305.258.643 36,57% 228.217.902 41,45%E.U.A. 40.193.287 4,82% 95.016.747 17,26%S. Tomé e Príncipe 8.238.463 0,99% 14.523.690 2,64%Moçambique 22.801.079 2,73% 16.385.796 2,98%Guiné 12.005.839 1,44% 8.823.521 1,60%Roménia 7.373.437 0,88% 136.718 0,02%Israel 5.594.968 0,67% 1.557.720 0,28%Argélia 9.087.444 1,09% 3.782.103 0,69%Marrocos 5.246.335 0,63% 2.460.029 0,45%Outros 1.043.079 0,12% 712.794 0,13%Totais 834.751.131 100,00% 550.540.801 100,00%

- Os activos líquidos e investimentos em activos tangíveis distribuem-se por mercados geográficos comosegue:

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Portugal Angola E.U.A. MoçambiqueS.Tomé e Príncipe

Guiné Roménia Outros Total

Activos líquidos:

- Activos intangíveis 79.283.328 - 8.739.491 - 54.187 - - 369 88.077.375 - Activos fixos tangíveis 417.511.715 90.659.431 14.311.966 2.071.014 2.917.985 4.000.083 2.100.454 49.857 533.622.505

- Investimentos financeiros 15.076.419 - 7 41.807 - - 243.101 6.420.192 21.781.526

- Inventários 87.788.273 60.160.108 - 2.398.145 226.697 1.858.380 - - 152.431.603

- Dívidas de terceiros 195.922.016 128.163.003 26.560.821 4.865.564 1.408.406 4.126.378 9.210.678 4.837.482 375.094.348

- Disponibilidades 47.352.156 10.778.515 5.763.683 2.078.591 21.018 8.358 16.320 736.458 66.755.099 - Activos por impostos diferidos 8.683.421 - 5.225.564 - - - - - 13.908.985

- Outros activos 61.670.084 39.269.601 6.608.701 8.370.046 1.105.845 5.891.646 4.634.865 1.137.992 128.688.780 Totais 913.287.412 329.030.658 67.210.233 19.825.167 5.734.138 15.884.845 16.205.418 13.182.350 1.380.360.221

Investimentos realizados no Exercício de 2008: - Activos fixos tangíveis e intangíveis 11.811.909 28.233.276 639.330 290.046 2.611.546 63.674 27.557 326.473 44.003.811

Totais 11.811.909 28.233.276 639.330 290.046 2.611.546 63.674 27.557 326.473 44.003.811

8. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DO ACTIVO INTANGÍVEL

a) Activo Bruto

O movimento ocorrido no valor bruto dos activos intangíveis é como segue:

Variação no Efeito de Transfer.Activos intangíveis Saldo Inicial perímetro Aumentos Alienações conv. cambial e Abates Saldo Final

Goodwill 5.962.136 - 81.768.523 - - - 87.730.659 Outros activos intangíveis 17.875 498.436 668 - - (2.810) 514.169

5.980.011 498.436 81.769.191 - - (2.810) 88.244.828

O goodwill registado na coluna “Saldo inicial” respeita na totalidade à aquisição da participada Indáqua – Indústria e Gestão de Águas, S.A..

A Empresa Indáqua e suas participadas foram avaliadas mediante a aplicação do “Discounted Cash-Flow”, através da metodologia de free cash flow to firm (a Indáqua) e free cash-flow para o accionista (as participadas). Para esta avaliação os fluxos financeiros usados foram os relativos ao plano de negócios de cada empresa, traduzidos nos modelos financeiros de cada empresa/concessão. Foram ainda utilizados os seguintes pressupostos financeiros:

Prémio de risco de mercado: 5.5% Taxa de juro sem risco equivalente a yields das OT’s a 10 anos Euribor a 6 meses – calculada com base na forward yieald curve (30 anos) Beta dos activos: 0,40

A percentagem de participação do grupo vezes o valor da empresa assim determinado é muito superior ao valor registado no balanço, razão pela qual não foi registada qualquer imparidade durante o exercício em análise.

No exercício de 2008, a Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. celebrou com a SC – Engenharia e Promoção Imobiliária, SGPS, S.A., integrada na Sonae Capital, SGPS, S.A., o contrato definitivo de aquisição das acções que representam a totalidade do capital social da Contacto – Sociedade de Construção, S.A.. Desta aquisição resultou o apuramento de um goodwill de 44.134.341 Euros registado na rubrica “Goodwill”, determinado como segue:

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Custo da concentração 81.500.000

Justo valor dos activos e passivos adquiridos 37.365.659

Goodwill 44.134.341

O resultado líquido do exercício de 2008 da Contacto – Sociedade de Construção, S.A. foi de 6.137.492 Euros.

Durante o exercício de 2008 foram obtidas as autorizações inerentes à aquisição dos 13,33% do capital social da Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. resultando numa participação efectiva total de 33.33%. Desta aquisição resultou o apuramento de um goodwill de 28.128.844 Euros registado na rubrica “Goodwill”, determinado como segue:

Custo da concentração 36.583.321

Justo valor dos activos e passivos adquiridos 8.454.477

Goodwill 28.128.844

O resultado líquido do exercício de 2008 da Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. foi de 4.103.408 Euros.

O Grupo adquiriu no segundo semestre de 2007, conforme anunciado nas respectivas demonstrações financeiras, uma participação de 75% do capital social da Hidroequador Santomense – Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda. À data de 31 de Dezembro de 2007 esta participação encontrava-se registada pelo custo de aquisição uma vez que o Grupo encontrava-se ainda em fase de exercício de determinação do justo valor dos activos e passivos da referida sociedade. Durante o exercício de 2008 foi determinado o justo valor dos referidos activos e passivos (determinado com referência à data de 31 de Dezembro de 2007) tendo-se registado um goodwill de 765.846 Euros.

O resultado líquido do exercício de 2008 da Hidroequador Santomense – Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda. foi de 1.789 Euros.

No exercício de 2008, a Soares da Costa América, INC. celebrou com a Chester W. Prince, sociedade individual sedeada na Florida – E.U.A. o contrato de aquisição das acções que representam a totalidade do capital social da Prince Contracting, LLC. Desta aquisição resultou o apuramento de um goodwill de 8.739.491 Euros registado na rubrica “Goodwill”, determinado como segue:

Custo da concentração 24.302.379

Justo valor dos activos e passivos adquiridos 15.562.888

Goodwill 8.739.491

O resultado líquido gerado pela Prince Contracting, LLC desde a data da sua integração no perímetro deconsolidação até 31 de Dezembro de 2008 foi de 2.490.595 Euros.

À data de 31 de Dezembro de 2008 não existem compromissos contratuais para a aquisição de activos fixos intangíveis nem foram reconhecidas despesas de investigação e desenvolvimento como um gasto no período.

O valor evidenciado na coluna “Variação no perímetro” na rubrica “Outros activos intangíveis” respeitaessencialmente a despesas incorridas com propriedade industrial e outros direitos pela associada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A..

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b) Amortizações Acumuladas

O movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas dos activos intangíveis é como segue:

Variação no Efeito deActivos intangíveis Saldo Inicial perímetro Reforço Regularizações conv cambial Saldo Final

Outros activos intangíveis 8.170 136.951 22.488 (156) - 167.453 8.170 136.951 22.488 (156) - 167.453

9. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DO ACTIVO FIXO TANGÍVEL

a) Activo Bruto

O movimento ocorrido no valor bruto dos activos fixos tangíveis é como segue:

Variação no Efeito de Transfer.Activos fixos tangíveis Saldo Inicial perímetro Aument os Alienações conv cambial e Abates Saldo Final

Terrenos e edifícios 240.110.007 295.030.291 8.457.262 (803.461) 128.768 (4.034.901) 538.887.966 Equipamento básico 100.968.091 16.486.186 17.151.614 (2.713.641) 33.224 (356.060) 131.569.415 Imobilizações em curso 10.273.117 930 7.943.230 - 1.447 (9.010.173) 9.208.551 Outros activos fixos tangíveis 36.607.440 13.087.426 8.531.283 (516.289) 46.317 1.597.505 59.353.681

387.958.655 324.604.833 42.083.389 (4.033.391) 209.756 (11.803.630) 739.019.613

Do total reportado na coluna Transferências e Abates na rubrica “Terrenos e edifícios”, salienta-se a transferência do edifício onde se encontra instalado o Hotel Star Inn, pelo valor de 7.243.855 Euros para Investimentos financeiros e a transferência do edifício de escritórios, no valor de 2.827.406 Euros, de Terrenos e edifícios para Inventários.

Na coluna “Aumentos” das rubricas “Terrenos e edifícios”, “Equipamento básico”, “Imobilizações em curso” e “Outros activos fixos tangíveis” encontram-se registados trabalhos para a própria empresa nos montantes de 6.103.906 Euros, 112.815 Euros, 250.913 Euros e 450.134 Euros, respectivamente.

A informação relativa aos valores brutos do imobilizado corpóreo concessionado para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 pode ser analisada como segue:

Activos tangíveisSaldo Inicial

Variação no perímetro

Aumentos AlienaçõesTransf. e Abates

Regularizações Saldo Final

Terrenos e edifícios 69.553.871 294.745.941 294.496 - 1.540.996 - 366.135.304Equipamento básico 1.746.564 58.857 81.855 - (3.259) - 1.884.017Imobilizações em curso 1.703.948 930 9.965 - (1.550.000) - 164.843Outros activos fixos tangíveis 483.480 542.628 32.495 - (42.598) - 1.016.005

73.487.863 295.348.356 418.811 - (54.862) - 369.200.169

À data de 31 de Dezembro de 2008 todo o imobilizado concessionado tem origem no segmento de negócio das Concessões.

b) Amortizações Acumuladas

O movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas dos activos fixos tangíveis é como segue:

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Variação Anulação Efeito deActivos fixos tangíveis Saldo Inicial no perímetro Ref orço Reversão conv cambial Saldo Final

Terrenos e edifícios 42.508.591 45.456.833 20.458.884 (2.446.979) (718) 105.976.610 Equipamento básico 49.916.282 11.413.506 7.625.489 (1.860.278) 6.797 67.101.797 Outros activos fixos tangíveis 22.279.220 6.671.015 4.476.063 (1.133.867) 26.270 32.318.701

114.704.093 63.541.354 32.560.436 (5.441.124) 32.349 205.397.108

À data de 31 de Dezembro de 2008 não existem compromissos contratuais materialmente relevantes para a aquisição de activos fixos tangíveis.

A informação relativa aos valores das amortizações do imobilizado corpóreo concessionado para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 pode ser analisada como segue:

Activos tangíveisSaldo Inicial

Variação no perímetro

Aumentos AlienaçõesTransf. e Abates

Regularizações Saldo Final

Terrenos e edifícios 4.237.484 45.442.944 16.852.538 - - (866) 66.532.101Equipamento básico 1.216.267 40.161 263.886 - - (3.259) 1.517.055Outros activos fixos tangíveis 360.383 427.070 92.398 - - (41.952) 837.899

5.814.134 45.910.176 17.208.821 - - (46.077) 68.887.055

A informação relativa aos valores líquidos do imobilizado incorpóreo e do imobilizado corpóreo por segmento de relato primário à data de 31 de Dezembro de 2008 pode ser analisada como segue:

Construção Civil e Obras Públicas

Indústrias Relacionadas Imobiliário Concessões

Participações Financeiras

Total

Goodwill 52.873.832 - - 34.856.826 - 87.730.658Outros activos intangíveis 8.926 2.297 906 334.588 - 346.717Total de activos fixos intangíveis 52.882.758 2.297 90 6 35.191.414 - 88.077.375

Terrenos e edifícios 55.635.161 2.034.975 73.717.564 301.993.588 (469.932) 432.911.356Equipamento básico 54.973.545 8.572.767 249.781 671.525 - 64.467.618Outros activos fixos tangíveis 21.728.889 273.093 626.901 219.856 4.186.241 27.034.980

Imobilizações em curso 4.151.598 426.109 2.155.886 2.474.958 - 9.208.551Total de activos fixos tangíveis 136.489.193 11.306.9 44 76.750.132 305.359.927 3.716.309 533.622.505

A participada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. celebrou em 13 de Setembro de 1999 um Contrato de Concessão com Estado Português através do qual lhe foi atribuída a concessão “SCUT da Beira Interior”. Neste contrato ficaram definidos, entre outros aspectos, o prazo de concessão de 30 anos, bem como outras disposições relacionadas com pagamentos, garantias, responsabilidades, financiamento e outros assuntos relativos à actividade da Empresa. Os poderes de fiscalização do cumprimento das obrigações da Empresa emergentes do Contrato de Concessão, são exercidos pelo Ministério das Finanças para os aspectos económicos e financeiros e pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitaçãonos demais.

A concessão apresenta duas fases distintas: (i) o Período Pré-Operacional, que decorreu desde o início da Concessão até 31 de Dezembro de 2004 e (ii) o Período Operacional, com início em 1 de Janeiro de 2005 e que irá até 2029.

Em Janeiro de 2005, a SCUTVIAS entrou no Período Operacional da Concessão, correspondendo esta data ao início efectivo da actividade, no qual as receitas correspondem efectivamente à valorização do tráfego que circula na autoestrada, de acordo com os níveis de tarifa estabelecidos no contrato de concessão.

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Adicionalmente, ao abrigo do contrato de concessão, o Estado Português pôs à disposição da Scutvias alguns troços já construídos, os quais reverterão para o Concedente no fim do período de concessão.

Em 31 de Dezembro de 2008, o valor das imobilizações líquidas incluídas no balanço consolidado afectas à actividade concessionada, e que de acordo com o contrato de concessão, no final do mesmo reverterão a favor do Estado Português (exercício de 2029), sem qualquer compensação para a Scutvias, ascendem a 234.179.546 Euros. Estas imobilizações estão sujeitas ao regime de domínio público e afectas à actividade da Empresa, que as pode administrar no âmbito do contrato de concessão, mas não pode dispor das mesmas no que diz respeito ao regime de comércio jurídico privado.

Não foram reconhecidas durante o exercício perdas (ou reversão de perdas) por imparidade relativamente a activos fixos tangíveis.

10. INFORMAÇÃO SOBRE OS BENS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA E OPERACIONAL

Locação Financeira

O Grupo possui activos fixos tangíveis incluídos no balanço em regime de locação financeira. À data de 31 de Dezembro de 2008 o valor contabilístico desses bens é como segue:

Locação financeira Imob. Bruto Amort Acum. Imob. Líquido

Terrenos e Edifícios 649.409 111.511 537.898 Equipamento básico 15.261.963 2.638.221 12.623.742 Outros activos fixos tangíveis 6.556.154 1.161.508 5.394.646

22.467.526 3.911.240 18.556.286

A responsabilidade do Grupo por estes contratos é como segue:

Curto Prazo 7.994.238Médio e Longo Prazo 9.017.157

A reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos das locações financeiras à data do balanço e o seu valor presente, por períodos, é como segue:

31-Dez-08

Pagamentos mínimos da locação financeira:2009 8.854.801 2010 4.765.162 2011 4.878.088 2012 152.490 2013 - 2014 -

após 2014 - 18.650.542

Actualização/Juros 1.639.146

Valor presente dos pagamentosmínimos da locação financeira 17.011.396

Corrente 7.994.239

Não Corrente 9.017.157

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Os contratos de locação financeira vencem juros a taxa de mercado e têm períodos de vida útil definidos. Não existem à data de 31 de Dezembro de 2008 rendas contingentes nem restrições respeitantes a dividendos (ou qualquer dívida adicional) associadas aos contratos de locação financeira em vigor.

Adicionalmente, o Grupo realizou duas operações de lease-back imobiliário cujo passivo se encontra apresentado no balanço consolidado como “Empréstimos bancários”. À data de 31 de Dezembro de 2008 o passivo de curto prazo e o passivo de médio e longo prazo associados a estes contratos ascendem a 1.336.236 Euros e 16.475.242 Euros, respectivamente.

As principais condições associadas aos contratos de lease-back imobiliário são as seguintes:

Contrato Contrato de locação financeira Imobil iário nº 45000 3696

Data do contrato 28 de Dezembro de 2005

Locador Banco Comercial Português, S.A.

Locatário Ciagest - Imobiliária e Gestão, S.A.

Objecto Aquisição com financiamento de benfeitorias de imóveisalienados pela HABITOP - Sociedade Imobiliária S.A. e pelaCIAGEST - Imobiliária e Gestão S.A.

Valor do financiamento Valor total financiado: 17.352.500 Euros

Valor residual 2% do valor total do financiamento

Prazo 15 anos

Número de rendas 60 rendas, antecipadas

Periodicidade Trimestral, com inicio em 25 de Março de 2006

Taxa de juro Euribor a 3 meses + 1,750%

Contrato Contrato de locação financeira Imobil iário nº 45000 7448

Data do contrato 29 de Fevereiro de 2008

Locador Banco Comercial Português, S.A.

Locatário Ciagest - Imobiliária e Gestão, S.A.

Objecto Fracções de prédio urbano sito na Rua Alvaro Pais, Rua Sousa

Lopes e Rua Julieta Ferrão - Lisboa

Valor do financiamento Valor total financiado: 3.000.000 Euros

Valor residual 300.000 Euros

Prazo 12 anos

Número de rendas 48 rendas, antecipadas

Periodicidade Trimestral, com inicio em 25 de Maio de 2008

Taxa de juro Euribor a 3 meses + 1,50%

Locação Operacional

Durante o exercício de 2008 foram reconhecidos custos de 1.590.697 Euros relativos a rendas de contratos de locação operacional.

As rendas de contratos de locação operacional (rendas fixas) mantidos pelo Grupo em 31 de Dezembro de 2008, essencialmente relativas a contratos de locação operacional de viaturas, apresentam os seguintesvencimentos:

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Vencimentos:

2009 1.195.9852010 887.9012011 555.3612012 200.4342013 8822014 - 2014 e seguintes -

2.840.563

11. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO ANUAL DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS

a) Activo Bruto

O movimento ocorrido no valor bruto dos investimentos financeiros é como segue:

Variação no Equivalência Transfer.Investimentos financeiros Saldo Inicial perímetro Efei to cambial Aumentos Alienações Patrimonial e Abates Sal do Final

a)

Propriedades de investimento 320.314 - - - (94.498) - 7.243.855 7.469.671 Inv. fin. em equiv. patrimonial 13.437.882 (12.231.983) - 300.974 (199.020) (289.484) (12.600) 1.005.770 Emprést. a empresas associadas 7.049.231 (4.736.071) - 280.499 - - - 2.593.659 Outros investimentos financeiros 6.614.324 (764.941) (1.660) 6.912.319 (38.993) - (110.840) 12.610.208 Adiant. por conta inv. financeiros 37.000.000 (37.000.000) - - - - - -

64.421.751 (54.732.995) (1.660) 7.493.792 (332.511) (289.484) 7.120.415 23.679.309

O valor registado na coluna “Saldo inicial” na rubrica “Adiantamentos por conta de investimentos financeiros” respeitava a adiantamentos realizados no âmbito dos contratos-promessa de aquisição de acções da Scutvias, tendentes ao aumento da participação do Grupo nesta participada, regularizados por via da concretização do negócio. O Grupo adquiriu uma participação de 75% no capital social da Hidroequador Santomense – Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda., que por sua vez detém uma participação de 60% no capital social da Hidroeléctrica STP, Lda. pelo valor de 800.000 Euros. À data de 31 de Dezembro de 2007 esta participação encontrava-se registada pelo custo de aquisição na rubrica “Outros investimentos financeiros” uma vez que o Grupo se encontrava ainda em fase de exercício de determinação do justo valor dos activos e passivosdas referidas empresas. Durante o exercício de 2008 foi determinado o justo valor dos activos e dos passivos e foi registado o goodwill associado a esta aquisição. Ambas as empresas foram integradas no perímetro de consolidação pelo método integral.

O valor registado na coluna “Transferências e Abates” na rubrica “Propriedades de investimento” respeita à transferência do edifício onde se encontra instalado o Hotel Star Inn, propriedade da participada Ciagest – Imobiliária e Gestão, S.A. de “Terrenos e Edifícios” para “Propriedades de investimento”.

O valor registado na coluna “Aumentos” na rubrica “Outros investimentos financeiros” respeita essencialmente à aquisição de 3% do capital social da sociedade Montinho de Monchique (Construções), S.A. e a suprimentos concedidos à mesma no valor de 165.000 Euros cada, à aquisição de títulos do Banco Africano de Investimentos no valor de 3.146.193 Euros e ao empréstimo concedido pela participada Infraestructuras Soares da Costa Costa Rica, S.A. à Autopistas Del Sol, S.A., sociedade detida indirectamente pelo Grupo Soares da Costa em 17%, no montante de 3.380.184 Euros.

À data de 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a decomposição do saldo registado na rubrica “Outros investimentos financeiros” é como segue:

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31-Dez-08 31-Dez-07

Activos financeiros em instrumentos de capital próprio ao custo 4.271.327 5.958.510Activso financeiros em instrumentos de capital próprio ao justo valor por resultados 4.614.446 401.562Outros investimentos financeiros 3.724.435 254.252

12.610.208 6.614.324

Os investimentos financeiros em instrumentos de capital próprio estão registados ao valor de aquisição, com excepção dos que possuem cotação no mercado que se encontram registados a preços de mercado.

b) Amortizações acumuladas e Ajustamentos de valor

O movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas e ajustamentos de valor dos investimentos financeiros é como segue:

Variação Efeito deInvestimentos financeiros Saldo Inicial no perímetro R eforçoRegularizações conv cambial Saldo Final

Propriedades de investimento 90.351 - 419 1.411.256 - 1.502.026 Outros investimentos financeiros 170.133 35.052 191.278 (210) (496) 395.757

260.484 35.052 191.697 1.411.046 (496) 1.897.783

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 foram reconhecidas rendas relativas a propriedadesde investimento no montante de 1.174 Euros.

Não existiram no período gastos operacionais directos de propriedades de investimento nem obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver propriedades de investimento ou para reparação, manutenção ou aumentos das mesmas.

À data de 31 de Dezembro de 2008 o valor contabilístico das propriedades de investimento reflecte o justo valor das mesmas.

12. DISCRIMINAÇÃO DOS INVENTÁRIOS

Inventários 31-Dez-08 31-Dez-07

Matérias-primas, subsidiarias e de consumo 37.656.366 42.661.246 Produtos e trabalhos em curso 77.393.119 43.766.828 Produtos acabados e intermédios 34.593.669 33.157.716 Mercadorias 3.504.128 2.816.239 Adiantamentos p/conta de compras 2.279.915 - Ajustamentos de valor (2.995.594) (1.648.795)

152.431.603 120.753.233

A informação relativa a contratos de construção em curso pode ser analisada como segue:

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31-Dez-08

Custos de construção incorridos até à data 1.157.222.101Custos de construção incorridos no ano 557.897.678

Proveitos reconhecidos até à data 1.295.376.310Proveiros reconhecidos no ano 600.798.612

Adiantamentos recebidos de clientes 79.595.751Retenções feitas por clientes 18.110.855Garantias dadas a clientes 75.390.475

Excesso de produção relativamente à facturação 27.162.890Défice de produção relativamente à facturação 31.667.228

O detalhe dos principais “Produtos e trabalhos em curso” à data de 31 de Dezembro de 2008 é como segue:

Empreitadas em curso 69.161.783

Troia Resort - apartamentos da praia 6.211.486Troia Verde-Aparthotel Rosamar 5.396.632ROC - 112 casas, centro comunitário e infraestructuras na ZR6B 3.611.387SONANGOL - 324 FOGOS em Viana 3.491.209

KINAXIXI Empreendimentos imobiliários - Shopping Center KINAXI 3.391.043SIVOL - Sana Luanda Royal Hotel 3.046.869

Ministério Obras Públicas - Remodelação Palácio Presidencial 2.391.508Sonils-Diversos Trabalhos na Sonils 2.120.788

SONILS - Ampliação da base da SONILS 1.921.452

Sigma - Oemga Compound 1.860.000MARMAGNO - APARTHOTEL MAGNOLIAMAR 1.695.572

TULIPAMAR - Acabamentos Aparthotel 1.466.302

ANE - Ponte sobre o Rio Zambeze 1.463.373Ligne Taourirt / Beni Ansar ( Marrocos ) 1.266.411

Ligne de Tanger ( Marrocos ) 1.229.790SONILS - Terminal de contentores na base da SONILS 927.864

SONILS - Instalações da BP 868.882

Heavy Ground - Edifício Sweet Dream 788.684SONANGOL - Sonair Hangar Renovation 773.220

SONILS - Instalações da FMC 727.719El Gourzi/Toug. - Biskra ( Argélia ) 649.439

CR ROCA - Edifício no Largo do Ambiente 631.206FORÇAUTO - Edíficio Farol Velho 599.246ATLANTIC TOWERS - Luanda 535.077Hotel S. João 507.082

Outras empreitadas em curso (valores por obra inferiores a 500.000 Euros) 21.589.541

Empreendimentos Imobiliários em curso 8.231.336

Alcantara Mescal - Santo Amaro 102 C/D 2.247.558

Alcantara Luis de Camões 38-40 Jacinta 1.130.218Bloco J - Rua Senhora do Porto 3.167.206

Casas de Gaia 733.682Outros empreendimentos imobiliários em curso 952.672

Total de Produtos e trabalhos em curso 77.393.119

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13. DISCRIMINAÇÃO DAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Dívidas de terceiros 31-Dez-08 31-Dez-07

Clientes c/c 326.423.379 180.071.708 Clientes-títulos a receber 6.369.252 6.113.215 Clientes de cobrança duvidosa 19.206.391 18.839.188 Ajustamentos de valor (19.439.447) (18.231.991) Clientes 332.559.575 186.792.119

Empresas participadas e participantes 6.699.896 7.030.182 Adiantamentos a fornecedores/fornecedores imobilizado 2.154.084 1.717.208 Estado e outros entes públicos 11.433.465 17.314.399 Outros devedores 24.479.996 24.039.777 Ajustamentos de valor (5.230.390) (4.376.939) Outras dívidas de terceiros 39.537.051 45.724.627

A exposição do Grupo ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal actividadecomercial do Grupo, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.Não existem à data de 31 de Dezembro de 2008 situações de concentração significativa de risco de crédito.

Descrição da Empresa Por vencer 0 a 180 dias 181 a 360 dias 361 a 540 dias 5 41 a 720 dias + de 720 dias TotalSoc. Construções Soares da Costa, S.A. 141.658.911 17.182.405 3.798.108 7.378.926 14.041.077 27.032.892 211.092.319CONTACTO - Soc. Construções, S.A. 10.170.466 30.107.709 257.722 113.877 607 123.452 40.773.832

Soares da Costa Construction Services, LLC 7.044.782 2.250.918 2.489.198 4.212.756 - - 15.997.654CLEAR ANGOLA, S.A. 1.846.276 3.357.577 375.480 847.104 46.894 546.827 7.020.159

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. 6.052.367 690.632 139.890 296.711 430.561 -752.503 6.857.659Prince Contracting, LLC 5.315.481 863.452 - - - - 6.178.933CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. 4.588.511 1.168.575 159.499 41.824 10.696 189.292 6.158.397

Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE 4.879.292 540.534 - - - - 5.419.826GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE 630.450 3.320.377 - - - - 3.950.827

Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. 325.111 3.288.644 21.808 1.366 3.801 20.674 3.661.404Israel Metro Builders - a Registered Partnership 3.093.680 - - - - - 3.093.680

Soares da Costa Moçambique, SARL 255.680 1.649.514 307.648 84.269 22.758 299.948 2.619.816OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A. 1.703.964 447.397 101.208 -50.258 19.484 - 2.221.795Soares da Costa Serviços Técnicos e de Gestão, S.A. 43.959 - 1.640.835 - - - 1.684.794

TRANSMETRO - Construção do Metrop. do Porto, ACE 1.597.229 - - - - - 1.597.229Mota-Engil, SDC, MonteAdriano - Matosinhos, ACE 1.509.258 - - - - - 1.509.258

HidroAlqueva, ACE - 1.095.575 - - - - 1.095.575C.P.E. - Companhia de Parque de estacionamento, S.A. 106.882 771.883 57.529 31.886 33.910 34.187 1.036.277

Porto Construction Group, LLC 221.986 624.527 816 11.752 7.449 24.464 890.994Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções, Lda 34.719 792.301 - 56.659 - 439 884.117

Nova Estação, ACE 497.313 - - - - - 497.313NAVEGAIA - Instalações Industriais, S.A. 1.241 4.096 10.947 30.932 19.703 395.523 462.442Outras Empresas 484.914 632.309 119.421 58.440 69.385 354.610 1.719.079

192.062.471 68.788.424 9.480.108 13.116.245 14.706.325 28.269.805 326.423.379

O quadro supra evidencia por escalões de antiguidade os saldos de clientes c/c detidos pelas principais subsidiárias do Grupo. Parte substancial dos créditos correspondentes aos escalões de maior antiguidade são provenientes de entidades públicas, não havendo risco de incobrabilidade.

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os saldos da rubrica “Estado e outros entes públicos” têm a seguintecomposição:

31-Dez-08 31-Dez-07

Imposto sobre o valor acrescentado 11.425.338 17.300.616Outros 8.126 13.783

11.433.465 17.314.399

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14. DISCRIMINAÇÃO DOS OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Outros activos correntes 31-Dez-08 31-Dez-07

Acréscimos de proveitos 72.495.017 37.832.231 Custos diferidos 56.193.765 34.179.175

128.688.782 72.011.406

Em 31 de Dezembro de 2008 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

31-Dez-08 31-Dez-07Acréscimos de proveitos

Trabalhos executados não facturados 69.767.817 33.728.035Estimativa de receitas por banda 749.900 - Outros acréscimos de proveitos 1.977.300 4.104.196

72.495.016 37.832.231

Custos diferidosCustos iniciais de arranque de obra 46.618.879 25.288.767Custos de montagem de operações de financiamento 5.256.783 5.336.105

Outros custos diferidos 4.318.104 3.554.30356.193.765 34.179.175

A rubrica “Custos de montagem de operações de financiamento” engloba, essencialmente, custos com a emissão de obrigações ocorrida no exercício de 2007 a repartir pelo respectivo prazo de liquidação.

A rubrica “Estimativa de receitas por banda” respeita a valores de receita de tráfego gerados e ainda não facturados.

15. DISCRIMINAÇÃO CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Caixa e seus equivalentes 31-Dez-08 31-Dez-07

Depósitos bancários 65.004.783 30.387.454 Caixa 1.750.316 1.847.829

66.755.099 32.235.283

À data de 31 de Dezembro de 2007 a totalidade do saldo apresentado respeita a saldos de caixa e seus equivalentes com recurso. Da totalidade do saldo apresentado à data de 31 de Dezembro de 2008, 23.013.272 Euros respeita a caixa e seus equivalentes sem recurso contabilizados sob a forma de depósitos a prazo decorrentes da empresa concessionária de auto-estradas Scutvias - Autoestradas da Beira Interior, S.A..

Os contratos de financiamento e de concessão contraídos pela associada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. obrigam à manutenção de saldos de depósitos equivalentes a 5/3 do montante do próximo vencimento do serviço da dívida. Assim, à data de 31 de Dezembro de 2008 as contas de reservas sob a forma de depósitos à ordem ou a prazo incluídas no balanço consolidado ascendem ao montante acima referido (23.013.272 Euros).

16. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Na sequência da Assembleia-Geral extraordinária de 4 de Julho de 2006 que deliberou a renominalização das acções de 5 euros para 1 euro, o capital social da Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., totalmente subscrito e realizado, é composto por 160.000.000 de acções ao portador com o valor nominal de 1 Euro cada, sendo

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133.000.000 de acções ordinárias e 27.000.000 de acções preferenciais. Estas últimas estão actualmente nas condições do disposto no artigo 342º. do Código das Sociedades Comerciais pelo que gozam de direito de voto.

Durante o exercício de 2008 o Grupo adquiriu 1.594.738 acções próprias que podem ser resumidas como segue:

Numero Descontosde acções e prémios Valor

Saldo InicialCompras 1.594.738 (287.992) 1.306.746Alienações - - - Saldo Final 1.594.738 (287.992) 1.306.746

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, a sociedade adquiriu 1.594.738 acções próprias, ordinárias, de valor nominal unitário de 1 €, ao preço médio de 0,8194 €. Esta operação visou transmitir maior liquidez e protecção ao título numa altura de alguma perturbação dos mercados financeiros.

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Estareserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

A reserva de conversão cambial reflecte as variações cambiais ocorridas na transposição das demonstrações financeiras de filiais em moeda diferente do Euro e não são passíveis de ser distribuídas ou de ser utilizadas para absorver prejuízos.

As reservas de reavaliação não podem ser distribuídas aos accionistas, excepto se se encontrarem totalmente amortizadas ou se os respectivos bens objecto de reavaliação tiverem sido alienados.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a associada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. procedeu ao registo da alteração no justo valor do instrumento financeiro de cobertura de taxa de juro na rubrica “Reservas e resultados transitados”, no montante de -5.723.244 Euros. Adicionalmente a participada Intevias – Serviços e Gestão, S.A. contratou durante o exercício de 2008 um instrumento financeiro de cobertura de taxa de juro. À data de 31 de Dezembro de 2008 associado a este instrumento financeiro encontra-se registada na rubrica “Reservas e resultados transitados” a quantia de 729.107 Euros.

17. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2008 os empréstimos bancários, sob a forma de contas correntes caucionadas, venciam juros à taxa média anual de 5,226 %.

Os principais empréstimos bancários do Grupo Soares da Costa vigentes à data de fecho do balanço e as respectivas condições são como segue:

Holding

A sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. tem contratada com um sindicato bancário a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 22.000 milhares de Euros, ao abrigo de umcontrato programa válido até 19 de Junho de 2010. Em 31 de Dezembro de 2008 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

Empréstimo contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. junto da Caixa Central de Crédito Agrícola Mutuo no montante actual de 1.500 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 6 prestações semestrais com termo em Junho de 2011.

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Empréstimo contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. junto da Caixa de Depósitos no montante de 4.000 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 16 prestações trimestrais com termo em Março de 2013.

Empréstimo contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. junto do Banco BAI Europa no montante actual de 2.700 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 3 prestações mensais com termo em Março de 2009.

Empréstimo obrigacionista contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. no montante actual de 20.000 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá em Novembro de 2015.

Empréstimo obrigacionista contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. no montante actual de 80.000 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá em Dezembro de 2017.

Área Construção

Empréstimo, sob a forma de Hot Money, contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Nova no montante actual de 865 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá em Fevereiro e Março de 2009.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Geral de Depósitos no montante actual de 1.789 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 13 prestações trimestrais com termo em Janeiro de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Nova no montante de 1.450 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 29 prestações semestrais com termo em Janeiro de 2023.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco BPI no montante actual de 2.691 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 13 prestações trimestraiscom termo em Fevereiro de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco BPI no montante actual de 2.584 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 12 prestações trimestraiscom termo em Setembro de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Português de Negócios no montante actual de 1.250 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 15 prestaçõesmensais com termo em Março de 2010.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Português de Negócios no montante actual de 8.701 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 18 prestaçõessemestrais com termo em Maio de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco BAI Europa no montante actual de 1.575 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 7 prestações trimestrais com termo em Julho de 2010.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. tem contratado com Barclays Bank a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 15.000 milhares de Euros, ao abrigo de umcontrato programa válido até Junho de 2012. Em 31 de Dezembro de 2008 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Africano de Investimentos no montante actual de 208 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 3 prestações mensais com termo em Março de 2009.

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35

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco de Fomento de Angola no montante actual de 8.250 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 55 prestações mensais com termo em Janeiro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Africano de Investimentos no montante actual de 7.350 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 49 prestações mensais com termo em Janeiro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Africano de Investimentos no montante actual de 3.838 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 18 prestações mensais com termo em Junho de 2010.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Africano de Investimentos no montante actual de 2.996 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 6 prestações semestrais com termo em Julho de 2011.

Empréstimo contratado pela Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. junto da Caixa Nova no montante actual de 988 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 34 prestações mensais com termo em Outubro de 2011.

Área Concessões

Empréstimo contratado pela Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. junto do Banco Comercial Português no montante actual de 2.457 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 2 prestações semestrais com termo em Dezembro de 2009.

Empréstimo contratado pela Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. junto do Banco BPI no montante de 2.857 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 6 prestações semestrais com termo em Dezembro de 2012.

Empréstimo contratado pela Intevias - Serviços e Gestão, S.A. junto do Banco BPI no montante de 63.880milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 14 prestações anuais com termo em Julho de 2028.

Área Imobiliária

Empréstimo contratado pela Ciagest - Imobiliária e Gestão, S.A. junto do Banco Comercial Português no montante actual de 2.801 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 45 prestações trimestraiscom termo em Fevereiro de 2020.

Empréstimo contratado pela Ciagest - Imobiliária e Gestão, S.A. junto do Banco Comercial Português no montante actual de 14.330 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 48 prestações trimestrais com termo em Setembro de 2020.

Empréstimo contratado pela Ciagest - Imobiliária e Gestão, S.A. junto da Caixa Nova no montante actual de 680 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 22 prestações mensais com termo em Abril de 2011.

Empréstimo contratado pela Soarta – Sociedade Imobiliária Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Nova nomontante actual de 1.564 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 3 prestações trimestrais com termo em Novembro de 2010.

Empréstimo contratado pela Cais da Fontinha - Investimentos Imobiliária, S.A. junto do Caixa Nova no montante actual de 1.100 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 8 prestações trimestrais com termo em Março de 2013.

Empréstimo contratado pela Cais da Fontinha - Investimentos Imobiliária, S.A. junto do Caixa Nova no montante actual de 256 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 8 prestações trimestrais com termo em Março de 2013.

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36

Área Indústria

Empréstimo contratado pela Clear - Instalações Electromecânicas, S.A. junto da Caixa Nova no montante actual de 59 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 8 prestações mensais com termo em Agosto de 2009.

Empréstimo contratado pela Navegaia - Instalações Industriais, S.A. junto do Banco Popular Portugal nomontante actual de 387 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 36 prestações mensais com termo em Dezembro de 2011.

Em 31 de Dezembro de 2008, a rubrica “Empréstimos bancários” do passivo não corrente inclui os financiamentos obtidos pela associada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. no âmbito do financiamento da construção da autoestrada objecto de concessão, do Banco Europeu de Investimento e dosindicato bancário, nos montantes de 110.091.156 Euros e 99.653.117 Euros, respectivamente. As principais condições associadas a estes empréstimos são as seguintes:

LinhaÚltima

Amortização

1º sem. de 20191º sem. de 2024

1º semestre de 20062º Semestre de 2007

1ª Amortização

Taxa variável indexada à Euribor 6 Taxa fixa de 6,43%

Sindicato BancárioBanco Europeu Investimento

Taxa de Juro

Ao abrigo dos contratos de financiamento, a Empresa encontra-se ainda sujeita ao cumprimento de Rácios de Restrição Financeira. Estes rácios, abaixo descritos, não poderão descer abaixo de valores mínimos sob pena de incumprimento contratual. Em 31 de Dezembro de 2008 a participada cumpre com os requisitos indicados.

Mínimo

1,05 x

1,15 x

Rácio

Rácio de Cobertura Anual do Serviço de Dívida sem Caixa

Rácio de Cobertura da Vida do Empréstimo

Descrição

(Cash Flow para Serviço de Dívida) / Serviço da Dívida

Somatório do Valor Actual de ((Cash Flow para Serviço de Dívida + Saldo de Reservas

c/ excepção de Reserva de Liquidez e Reserva de Serviço de Dívida)/ Serviço da

Dívida)

O valor nominal dos empréstimos registados no balanço consolidado à data de 31 de Dezembro de 2008 tem as seguintes maturidades:

MaturidadesEmpréstimos

bancáriosEmprest. por obrigações

Outros emprést. obtidos

Descobertos bancários

Factoring Total

2009 108.563.929 - 52.354 10.253.871 20.572.705 139.442.8592010 53.408.505 - - - - 53.408.5052011 28.501.013 - - - - 28.501.0132012 26.101.461 - - - - 26.101.4612013 37.736.877 - - - - 37.736.8772014 21.368.699 - - - - 21.368.699

Após - 2014 243.071.445 100.000.000 - - - 343.071.445518.751.929 100.000.000 52.354 10.253.871 20.572.705 649.630.859

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37

Os montantes relativos ao endividamento sem recurso, com referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, derivam exclusivamente de empréstimos bancários e são como segue:

Maturidades2.0092.0102.0112.0122.0132.014

após 2014221.338.304

13.342.77015.417.21517.109.103

137.830.660

Empréstimos bancários12.160.29512.569.48512.908.776

Os empréstimos do Grupo, à data de 31 de Dezembro de 2008, venciam juros às seguintes taxas:

Natureza Mínimo Máximo

Contas caucionadas 3,820% 8,585%

Hot Money 4,548% 4,767%Empréstimos bancários 4,247% 8,080%

Empréstimo obrigacionista 4,306% 4,337%Emissão de papel comercial 4,399% 4,992%

Os empréstimos bancários, com excepção dos empréstimos da associada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. e da participada Intevias – Serviços e Gestão, S.A. constantes do balanço consolidado por 107.067.982 Euros e 64.530.000 Euros, respectivamente, os quais têm associados os instrumentos financeiros abaixo descritos, vencem juros a taxas variáveis de mercado encontrando-se assim, o Grupo,exposto ao efeito das alterações nas taxas de juro de mercado.

Assim, e tendo como base o nível de financiamento líquido a 31 de Dezembro de 2008 e 2007, uma variação de um ponto percentual na taxa de juro indexante produziria um impacto anual nos encargos financeiros de 4,3 milhões de euros e 3,1 milhões de euros, respectivamente. Adicionalmente, uma subida na taxa de juro produziria um impacto positivo nos resultados financeiros decorrentes da valorização dos instrumentos financeiros abaixo descritos.

Na área das Concessões as empresas do Grupo Scutvias e Intevias têm contratados os seguintes instrumentos de cobertura de taxa de juro:

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Swap Scutvias - Autoestradas da Beira Interior, S.A .

Tipo de instrumento financeiro: Derivado

Descrição do derivado: Cobertura de taxa de juro, de 100% da Dívida à Banca Comercial (para todo o período da Dívida).

Bancos: BCP / BPI / BAYERISCHE / CGD

Moeda: Euro

Data do contrato: 24-09-1999

Data de ínicio: 01-10-1999

Data de vencimento: 04-10-2018

Periodic idade: Semestral

Swap: 7,14

Montante total coberto em 31-12-2008: 320.195.992 Euros

Referência: Euribor + 1% em fase de construção; Euribor + 0,9% em fase de Exploração

Em Dezembro de 2008 a participada Intevias – Serviços e Gestão, S.A. contratou com uma instituição financeira, um instrumento derivado – Interest Rate Swap – de taxa de juro sobre um montante de 57.492.000 Euros, amortizável, por forma a cobrir o risco de taxa de juros de um empréstimo de médio elongo prazo no montante de 63.880.000 Euros. O referido instrumento financeiro pode ser resumido como segue:

Tipo de instrumento financeiro: Derivado

Descrição do derivado: Cobertura de taxa de juro

Banco: BPI

Moeda: Euro

Data do contrato: 04-12-2008

Data de ínicio: 03-12-2008

Data de vencimento: 15-07-2023

Periodicidade: anual

Swap: 3,45

Montante total coberto em 31-12-2008: 57.492.000 Euros, amortizável

Referência: Euribor a 12 meses

À data de 31 de Dezembro de 2008 estes instrumentos foram designados como de cobertura uma vez que cumpriam com os requisitos formais estabelecidos no IAS 39 relacionados com a documentação da relação e efectividade de cobertura do instrumento derivado. Estes instrumentos financeiros são avaliados pelas instituições financeiras com as quais foram contratados.

18. DISCRIMINAÇÃO DE OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2008 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tem a seguinte decomposição:

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Dívidas a terceiros 31-Dez-08 31-Dez-07

Outros credores 11.663.076 8.711.367Divídas a terceiros - não corrente 11.663.076 8.711.367

Empresas participadas e participantes 214.937 10.151

Outros accionistas (sócios) 60.136 23.717

Estado e outros entes públicos 4.803.072 5.327.639 Outros credores 33.950.886 36.661.643Divídas a terceiros - corrente 39.029.031 42.023.149

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” acima evidenciada à data de 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

31-Dez-08 31-Dez-07

Imposto sobre o valor acrescentado 2.007.785 1.931.796Constribuições para a segurança social 1.603.873 2.020.262Outros 1.191.414 1.375.581

4.803.072 5.327.639

19. DISCRIMINAÇÃO DOS OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Outros passivos correntes 31-Dez-08 31-Dez-07

Acréscimos de custos 105.265.611 35.869.223 Proveitos diferidos 52.706.552 29.531.122

157.972.163 65.400.345

Em 31 de Dezembro de 2008 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

31-Dez-08 31-Dez-07Acréscimos de custos

Facturas por recepcionar 83.872.909 21.713.813Remunerações a liquidar 10.228.307 6.928.521Juros a liquidar 2.265.808 837.687Outros acréscimos de custos 8.898.587 6.389.202

105.265.611 35.869.223

Proveitos diferidosTrabalhos facturados não executados 51.557.090 25.082.502Rendas antecipadas 301.445 2.959.510

Outros provei tos diferidos 848.017 1.489.11052.706.552 29.531.122

A rubrica “ Subsídios ao investimento” respeita a subsídios a fundo perdido atribuídos à associada Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A. para financiamento de imobilizações corpóreas, registados como

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proveitos diferidos e reconhecidos em resultados no período da concessão, proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.

20. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DOS AJUSTAMENTOS DE VALOR E DAS PROVISÕES

O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é como segue:

AlteraçõesAjustamentos de valor Nota Saldo In icial no perímetro Aumento Redução Saldo Final

Clientes cobrança duvidosa 18.231.991 640.422 835.442 (268.408) 19.439.447 Clientes 13 18.231.991 640.422 835.442 (268.408) 19.439.447

Outros devedores 4.376.939 33.557 826.283 (6.388) 5.230.391 Outras dívidas de terceiros 13 4.376.939 33.557 826.283 (6.388) 5.230.391

Matérias-primas, subsidiarias e de consumo 46.416 - 70.447 (1.232) 115.631 Produtos e trabalhos em curso 10.538 - 244.352 (4.688) 250.202 Produtos acabados e intermédios 1.470.167 - 1.000.000 (652) 2.469.515 Mercadorias 121.674 - 88.589 (50.017) 160.246 Inventários 12 1.648.795 - 1.403.389 (56.590) 2.995.594

Outros investimentos financeiros 170.133 35.052 191.068 (496) 395.757 Investimentos financeiros 11 170.133 35.052 191.068 (496) 395.757

Total de ajustamentos de valor 24.427.858 709.031 3.256.181 (331.882) 28.061.189

O movimento ocorrido nas provisões é como segue:

AlteraçõesProvisões Saldo Inicial no perímetro Aumento Redução Saldo Final

Outras provisões para riscos e encargos 19.325 544.988 - (712) 563.60119.325 544.988 - (712) 563.601

As provisões existentes, registadas essencialmente pela participada Contacto – Sociedade de Construções, S.A. (consolidada, pela primeira vez no exercício de 2008, pelo método de consolidação integral), respeitam a processos judiciais em curso à data de 31 de Dezembro de 2008. Estas provisões foram mensuradas de acordo com o valor esperado do exfluxo futuro.

O registo das perdas por imparidade relacionadas com as dívidas de terceiros tem por base uma análise individualizada do risco, ponderando a natureza do terceiro, a mora do crédito e a experiência acumulada do Grupo em situações análogas.

O detalhe dos ajustamentos de valor e provisões existentes à data de 31 de Dezembro de 2008, por segmento de relato primário, é como segue:

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Construção

Civil e Obras

Indústrias

relacionadas Imobiliário Concessões

Participações

financeiras

Total

Consolidado

Investimentos Financei ros

Outros investimentos financeiros 54113 - - - 341.644 395.75754.113 - - - 341.644 395.757

InventáriosMatérias-primas, subsidiárias e de consumo 115.631 - - - - 115.631Produtos acabados e intermédios 2.300.000 - 169.515 - - 2.469.515

Produtos e trabalhos em curso - 250.202 - - - 250.202Mercadorias - - 160.246 - - 160.246

2.415.631 250.202 329.761 - - 2.995.594

ClientesClien tes cobrança duvidosa 15.739.961 57.953 3.638.148 3.385 - 19.439.447

15.739.961 57.953 3.638.148 3.385 - 19.439.447Outras dívidas de terceiros

Outros devedores 1.492.915 - 3.737.476 - - 5.230.391

1.492.915 - 3.737.476 - - 5.230.391

19.702.620 308.155 7.705.385 3.385 341.644 28.061.189

Outras provisões para riscos e encargos 563.084 517 - - - 563.601563.084 517 - - - 563.601

21. PARTES RELACIONADAS

Os saldos e transacções entre as empresas do Grupo que integram o perímetro de consolidação são eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transacções entre o Grupo e as empresas associadas (consolidadas por equivalência patrimonial) encontram-se discriminados nos quadros abaixo.

Os termos ou condições praticados entre o Grupo e as partes relacionadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 ClientesOutras

dívidas de terceiros

Empréstimos a empresas do

grupo e associadas

FornecedoresOutras

dívidas a terceiros

Gayaexplor - Const.Exploração de Parques Estacionam., Lda 125.408 - 27.500 - - Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, SA - 6.467.146 2.289.410 - - Metropolitan Transportation Solutions, ltd. - 1.951 204.999 - 685.914 Grupul Portughez de Construtii, S.R.L. - 1.631.711 - - - Mini Price Hotels (Porto), S.A. 1.369.981 50.000 68.000 1.450 -

1.495.389 8.150.808 2.589.909 1.450 685.914

Transacções em 2008Fornecimentos

e serviços externos

Vendas e prestação de

serviços

Juros debitados

Mini Price Hotels (Porto), S.A. 1.450 3.909.031 - Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, S.A. 344.968 - 431.532Grupul Portughez de Construti i, S.R.L. 1.161.116 - -

1.507.534 3.909.031 431.532

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42

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 ClientesOutras

dívidas de terceiros

Empréstimos a empresas do

grupo e associadas

FornecedoresOutras

dívidas a terceiros

Gayaexplor - Const.Exploração de Parques Estacionam., Lda 125.408 - 27.500 - - Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, SA - 6.035.614 2.285.660 - - Scutvias - Autoestradas da Beira Interior, SA 116.914 1.862.072 4.736.071 1.288 33.591 Grupul Portughez de Construtii, S.R.L. - 148.200 - 239.319 - Revia - Redes Rodiviárias e Ferroviárias, Lda. 2.242.361 - - - 31.997 Mini Price Hotels (Porto), S.A. - - - - 231.000

2.484.683 8.045.886 7.049.231 240.607 296.588

Transacções em 2007Fornecimentos

e serviços externos

Vendas e prestação de

serviços

Juros debitados

Scutvias - Autoestradas da Beira Interior, S.A. 72.085 143.220 272.669 Revia - Redes Rodiviárias e Ferroviárias, Lda. - 979.353 - Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, S.A. - - 373.142 Grupul Portughez de Construtii, S.R.L. 433.271 - -

505.356 1.122.573 645.811

À data de 31 de Dezembro de 2008, 70,81% do capital da sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. é directamente detido pela Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, S.A., que por sua vez detém uma participação superior a 20% no Grupo Cimpor. Neste âmbito, face ao disposto na IAS 24, o Grupo Cimpor é de forma indirecta uma parte relacionada pelo que se apresentam os saldos à data de 31 de Dezembro de 2008 e as transacções ocorridas no exercício findo com o citado Grupo:

Saldos em 31 de Dezembro de 2008Outros

devedoresFornecedores

Cimpor - Indústria de Cimentos, S.A. 15.753 - Cimpor Betão - Indústria de Betão Pronto, S.A. - 81.606

15.753 81.606

Transacções em 2008 Compras

Outros Proveitos e

Ganhos Financeiros

Cimpor - Indústria de Cimentos, S.A. 153.840 569 Cimpor Betão - Indústria de Betão Pronto, S.A. 159.939 - Cimbetão - Cimpor Betão de Moçambique, S.A.R.L. 99.404 -

413.183 569

Os saldos e transacções com o citado Grupo reportados à data de 31 de Dezembro de 2007 são como segue:

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 Fornecedores

Cimpor - Indústria de Cimentos, S.A. (7.624) Cimpor Betão - Indústria de Betão Pronto, S.A. (3.189)

(10.813)

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43

Transacções em 2007 ComprasFornecimentos

e serviços externos

Outros Proveitos e

Ganhos Financeiros

Cimpor - Indústria de Cimentos, S.A. 125.448 - (478) Cimpor Betão - Indústria de Betão Pronto, S.A. 34.055 361 -

159.502 361 (478)

Mais se informa que as transacções acima referidas foram efectuadas a condições normais de mercado.

22. DISCRIMINAÇÃO DOS OUTROS GANHOS E OUTRAS PERDAS OPERACIONAIS

Os outros ganhos operacionais são como segue:

Outros ganhos operacionais 31-Dez-08 31-Dez-07

Trabalhos para a própria empresa 6.917.768 5.322.550 Ganhos em imobilizações 546.275 36.703 Subsídios à Exploração 261.844 148.678 Reversão de ajustamentos 227.409 2.182.636 Outros proveitos e ganhos operacionais 4.439.206 3.975.274

12.392.502 11.665.841

As outras perdas operacionais são como segue:

Outras perdas operacionais 31-Dez-08 31-Dez-07

Impostos 7.238.895 10.806.460 Perdas em imobil izações 558.804 1.751.701 Multas 513.969 63.947 Perdas em existências 500.106 63.540 Dívidas incobráveis 334.221 2.364.485 Donativos 115.379 126.437 Outros custos e perdas operacionais 5.756.948 3.793.572

15.018.323 18.970.142

23. PESSOAL

O número médio de pessoal ao serviço nas empresas do Grupo incluídas na consolidação pelo método integral, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, num total de 5.542, é como segue:

Direcção Quad. Superior

Quad. Médios Enc. Mest.e Chefes

Prof. Alt. Qualif.

Qualif./semi-qual.

Não Qualific. Pratic./aprendizes

41 368 290 466 2.451 1.170 696 60

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44

O número médio de pessoal ao serviço nas empresas do Grupo incluídas na consolidação pelo método integral, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, num total de 3.284, é como segue:

Direcção Quad. Superior

Quad. Médios Enc. Mest.e Chefes

Prof. Alt. Qualif.

Qualif./semi-qual.

Não Qualific. Pratic./aprendizes

38 277 146 312 1.409 584 504 14

O número médio de trabalhadores ao serviço do Grupo no exercício de 2008 não é comparável com o número médio de colaboradores apresentados para o exercício de 2007 uma vez que, pela primeira vez, o Grupo considerou para efeitos de divulgação dos dados referentes ao exercício de 2008 o número médio de colaboradores contratados localmente na Guiné, Moçambique e Angola. À data de 31 de Dezembro de 2008 o número médio de colaboradores contratados nestes países ascende a 1.821.

O número médio de pessoal ao serviço nas empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional, durante o primeiro semestre de 2008, num total de 715, é como segue:

Direcção Quad. Superior

Quad. Médios Enc. Mest.e Chefes

Prof. Alt. Qualif.

Qualif./semi-qual.

Não Qualific. Pratic./aprendizes

15 101 48 73 239 101 137 1

O número médio de pessoal ao serviço nas empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional, durante o primeiro semestre de 2007, num total de 357, é como segue:

Direcção Quad. Superior

Quad. Médios Enc. Mest.e Chefes

Prof. Alt. Qualif.

Qualif./semi-qual.

Não Qualific. Pratic./aprendizes

8 80 31 56 162 15 4 1

24. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 31 de Dezembro de 2007 apresentam a seguinte decomposição:

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Custos e Perdas 31-Dez-08 31-Dez-07

Juros suportados 42.098.479 17.885.735

Diferenças de câmbio desfavoráveis 29.134.739 13.265.785

Perdas em Investimentos financeiros em assoc. 250.434 2.395

Descontos de pronto pagamento concedidos 670.125 6.656Ajustamentos para aplicações financeiras 191.979 402

Menos valias na alienação de investimentos financeiros 188.289 -

Amortizações Investimentos Imóveis 1.290 1.313

Outros custos e perdas financeiros 6.804.158 4.779.808(1) 79.339.493 35.942.094

Proveitos e Ganhos 31-Dez-08 31-Dez-07

Juros obtidos 7.572.089 7.196.867Diferenças de câmbio favoráveis 27.635.406 11.734.629Rendimentos de participação de capital 1.773.011 41.031Rendimentos de imóveis 99.292 135.420Descontos de pronto pagamento obtidos 45.603 21.840Ganhos em Investimentos financeiros em assoc. 14.944 3.870.684Outros proveitos e ganhos financeiros 403.541 1.998.133

(2) 37.543.886 24.998.604

Resultados financeiros (2)-(1) (41.795.609) (10.943.491)

A rubrica ”Outros custos e perdas financeiras” inclui, essencialmente, os custos com garantias bancárias, com a montagem de empréstimos e diversas comissões e custos com serviços debitados por instituições bancárias.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo adquiriu 60% do capital social da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, S.A., resultando numa participação efectiva total de 100%. Desta aquisição resultou o apuramento de um Badwill de 1.580.441 Euros registado no exercício findo em31 de Dezembro de 2007 na rubrica “Outros proveitos e ganhos financeiros”.

A rubrica “Outros proveitos e ganhos financeiros” contém a quantia de 333.733 Euros relativos a ganhosobtidos em activos financeiros em instrumentos de capital próprio ao justo valor por resultados.

Os ganhos e perdas em empresas associadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 podem ser analisados como segue:

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31-Dez-08 31-Dez-07

Perdas em Empresas associadas GAYAEXPLOR - Construção e Exploração de Parques de Estacionamento, Lda 484 549 Mini Price Hotels (Porto), S.A. 1.345 54 Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 169.410 - Mini Price Hotels (Porto), S.A. 44.374 1.792 Alsoma 34.822 -

250.435 2.395

Ganhos em Empresas associadas Grupul Portughez de Constructii S.R.L. - 3.058 SCUTVIAS - Autoestradas da Beira Interior, S.A. - 3.791.667 INDÁQUA - Indústria e Gestão de Águas, S.A. 14.356 - REVIA - Redes Rodoviárias e ferroviárias de Angola, Lda. - 11.465 Alsoma, AEIE - 64.495 Traversofer, SARL 589 -

14.945 3.870.685

Ganhos / (Perdas) em empresas associadas (235.490) 3.868.290

25. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E IMPOSTOS DIFERIDOS

As Empresas e as suas participadas nacionais encontram-se sujeitas a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC, actualmente à taxa anual de 25%, acrescida de Derrama1. A partir do exercício de 2007, a Derrama passou a ser calculada até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, podendo assim o imposto atingir a taxa máxima agregada de 26,5%. Face à sua forma jurídica e objecto social, aEmpresa individualmente está abrangida pela legislação fiscal aplicável às sociedades gestoras de participações sociais. Os ganhos ou perdas em empresas do Grupo e associadas resultantes da aplicação do método de equivalência patrimonial não são relevantes para efeitos fiscais, sendo os dividendos recebidos dessas empresas participadas excluídas de tributações de acordo com a redacção do artigo 45ºdo Código de Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - CIRC.

Desde o exercício de 2003 a Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. e algumas das subsidiárias localizadas em Portugal (as que cumprem os respectivos pressupostos legais) são tributadas em IRC, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, previsto no artigo 63º do Código de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC.

De acordo com a legislação em vigor em Portugal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a segurança social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações,casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais das Empresas do Grupo com sede em Portugal dos anos de 2004 a 2007 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 decompõe-se do seguinte modo:

1 Lei n.º 2/2007 de 15 de Janeiro (artº 14.º; n.º1) – Lei das Finanças Locais. Anteriormente a derrama podia atingir a taxa máxima de 10% do IRC.

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Imposto sobre o rendimento 31-Dez-08 31-Dez-07

Imposto corrente 4.580.693 1.694.432 Imposto diferido (3.393.365) (1.507.074)

1.187.328 187.359

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:

31-Dez-08

Resultado antes de impostos 9.376.078

Ajustamentos geradores de Impostos diferidos (2.473.411)

Outros ajustamentos não geradores de impostos diferidos 5.270.784

Movimentos de consolidação com impacto no RAI 3.896.000

Alterações no justo valor de activos/passivos financeiros 5.988.812

Lucro Tributável 22.058.263

Utilização de perdas fiscais que não deram origem a activos por impostos diferidos (12.916)

Outros (9.576)

22.035.771

Taxa nominal média de Imposto sobre o rendimento 21,5%

4.733.308

Efeito da alteração de taxa no cálculo de impostos diferidos -

Efeito da constatação ou reversão de impostos diferidos (3.393.365)

Tributação autónoma 676.662

Benefícios fiscais 4.354

Outros (833.631)

Imposto sobre o rendimento 1.187.328

Os activos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos apresentados no balanço têm as seguintes naturezas das situações que lhes dão origem:

Activos por impostos Diferidos 31-Dez-08 31-Dez-07

Diferença Valorização Activos Fixos Tangíveis 3.682.069 4.183.426Reporte Prejuízos 8.737.529 3.209.717Outros 1.421.256 639.089Ajustamentos de Valor em Contas a Receber 9.140 9.140Ajustamentos de Valor em Existências 57.638 2.793Diferença Valorização Investimentos Financeiros 1.353 2.885.066

13.908.985 10.929.231

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48

Passivos por impostos Diferidos 31-Dez-08 31-Dez-07

Diferença Valorização Activos Fixos Tangíveis 17.577.887 17.426.263Ajustamentos de Valor em Existências 269.333 - Provisões não aceites fiscalmente 8.174.279 - Mais Valias com Tributação Diferida 438.870 125.497Outros 62 -

26.460.431 17.551.760

Os activos por impostos diferidos com origem em prejuízos fiscais reportáveis discriminam-se por exercícios do modo seguinte:

Ano de Origem Ano limite de utilização Valor

2008 2.838.6052007 5.863.0892006 4.680.5072005 8.474.6212004 7.259.5202003 3.756.615

20122011

20142013

20102009

De acordo com a legislação aplicável estes prejuízos apenas poderão ser utilizados se as respectivas empresas gerarem resultado fiscal positivo.

26. RESULTADOS POR ACÇÃO

Conforme referido na nota 16 o capital da empresa é representado por 133.000.000 acções ordinárias e 27.000.000 acções preferenciais sem voto, de valor nominal de 1 Euro. Estas acções preferenciais sem direito de voto conferem ao seu titular o direito a um dividendo prioritário nas condições previstas no ponto 2.7 do respectivo prospecto de emissão e admissão à cotação, não inferior a 5% do respectivo valor nominal, nos termos do disposto no nº. 2º do artº. 341 do CSC.

Resultados por acção 31-Dez-08 31-Dez-07

Resultado das operações continuadas, líquido de interesses minoritários 8.206.863 12.039.592 Resultado das operações descontinuadas, líquido de interesses minoritários - - Resultado líquido 8.206.863 12.039.592

Número de acções preferenciais 27.000.000 27.000.000 Número total de acções ordinárias 133.000.000 133.000.000 Número total de acções próprias 1.594.738 - Número médio ponderado de acções ordinárias 132.198.274 133.000.000

Resultado atribuído às acções preferenciais 1.350.000 1.350.000

Resultado por acção das operações continuadas Básico 0,052 0,080 Diluído 0,052 0,080

Resultado por acção Básico 0,052 0,080 Diluído 0,052 0,080

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A sociedade não tem instrumentos de dívida convertíveis em acções, pelo que o resultado básico é igual ao resultado diluído.

Por decisão da Assembleia-geral realizada em 4 de Julho de 2006, foi deliberada a renominalização das acções (“stock-split”) de 5 Euros para 1 Euro, ocorrida em conformidade com o aviso nº. 788/06 da Euronext Lisboa, divulgado no boletim de cotações de 10 de Agosto de 2006. Por força do exposto à data de apresentação das contas o número de acções representativas do capital social da empresa é de 160.000.000.

27. ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA E ACTIVIDADES EM DESCONTINUAÇÃO

À data de 31 de Dezembro de 2008 não existem actividades em descontinuação nem activos detidos para venda.

28. GARANTIAS PRESTADAS E RECEBIDAS

O detalhe das garantias bancárias prestadas pelo Grupo a terceiros, das garantias bancárias recebidas de terceiros e das cauções prestadas a terceiros à data de 31 de Dezembro de 2008 discriminadas por moeda, são como segue:

Euros Dólar Americano Koanza de Angola Outras Total

Garantias Bancárias prestadas a Terceiros 494.331.362 545.369 - 4.959.934 499.836.665Garantias Bancárias prestadas por Terceiros 13.939.000 - - - 13.939.000Cauções prestadas 5.259.719 - 21.630 - 5.281.349

29. RISCOS FINANCEIROS

Risco cambial

Este risco advém principalmente da presença internacional do grupo Soares da Costa. O exercício da actividade por parte de algumas das empresas do grupo em mercados externos expõe o grupo aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco detaxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objectivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados do grupo a flutuações cambiais. O grupo procura tanto quanto possível, equilibrar os activos com responsabilidades na mesma divisa.

Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, convertidos para Euros em 31 de Dezembro de 2008, são como segue:

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Activos EUR USD AOK MZM STD CRC ILS Outras Total Eliminações Total co nsolidado

Investimentos financeiros 869.050.528 52.652.971 - 60.868 - 222 - - 921.764.589 (898.085.281) 23.679.309Clientes 198.779.138 160.719.629 574.974 1.147.511 - - 4.149.821 8.407.323 373.778.396 (41.218.821) 332.559.575Subcritores de Capital 147.392 - - - - - - - 147.392 (129.892) 17.500

Adiantamentos a fornecedores (2.737) 1.119.347 57.544 507.359 - - - 153.063 1.834.576 (69.898) 1.764.678Adiant. a fornecedores de Imobilizado - - - - - - - 389.407 389.407 - 389.407Estado e Outros Entes Públicos 12.422.555 597.601 - - 42.914 - 115.680 1.005.148 14.183.899 247.288 14.431.187

Outros devedores 375.918.730 9.748.721 1.079 (111.831) 1.253 6.581 (127.269) 5.315.154 390.752.418 (364.820.408) 25.932.010Tìt.negociáveis e O.Aplic.Tesouraria 771.390 - - - - - - - 771.390 - 771.390Depósitos bancários 44.497.163 15.624.736 733.199 367.318 (427) 1.394.107 409.381 1.207.915 64.233.393 - 64.233.393

Caixa 1.139.607 384.607 128.929 36.109 337 0 143 60.585 1.750.316 - 1.750.316

Acréscimos e diferimentos 113.424.489 11.913.080 657.249 1.704.434 161.280 1.059 38.418 1.797.445 129.697.453 (1.008.671) 128.688.782594.217.546

Passivos EUR USD AOK MZM STD CRC ILS Outras Total Eliminações Total co nsolidado

Empréstimos bancários 482.883.154 39.440.811 - 24.880 - - 1.136.354 5.520.601 529.005.800 - 529.005.800Empréstimos por obrigações 100.000.000 - - - - - - - 100.000.000 - 100.000.000Outros empréstimos obtidos 52.354 - - - - - - - 52.354 - 52.354

Fornecedores 194.136.993 55.237.514 3.897.967 1.172.256 12.759 493 453.762 6.128.431 261.040.175 (36.410.708) 224.629.467Fornecedores de Imobilizado 2.320.392 - 59.664 - - - - 248.886 2.628.942 (1.749.553) 879.389Adiantamentos de clientes 23.423.192 81.006.620 - 1.392.004 - - - 1.384.170 107.205.987 (70.973) 107.135.014

Adiantamentos por conta de vendas 4.069.037 - - - - - - - 4.069.037 - 4.069.037Credores por locação financeira 10.410.011 6.601.385 - - - - - - 17.011.396 - 17.011.396Estado e Outros Entes Públicos 5.344.413 115.335 135.921 662.105 47.200 7.596 47.333 933.713 7.293.617 - 7.293.617

Outros credores 508.682.013 27.470.989 (3.239.049) 55.035 9.532 278 1.614.784 11.989.956 546.583.537 (480.121.775) 66.461.762Acréscimos e diferimentos 147.014.660 8.045.583 542.112 1.314.294 454 - 490.266 1.084.319 158.491.688 (519.547) 157.972.141

1.214.509.976

Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira, convertidos para Euros em 31 de Dezembro de 2008, são como segue:

EUR USD AOK MZM STD CRC ILS Outras Total

Activo 743.422.061 27.635.086 10.065.746 1.055.787 3.307.092 580.533 76.370 - 786.142.675

Passivo 25.325.209 1.698.823 - - - - - - 27.024.032

Risco de crédito

Este risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das actividades dogrupo. As situações de risco de crédito apuradas à data de cada balanço são identificadas pelas áreas competentes. Em função da antiguidade do crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades.

Em 31 de Dezembro de 2008 é convicção do Conselho de Administração que os ajustamentos de contas a receber estimados se encontram adequadamente relevados nas demonstrações financeiras.

Em 31 de Dezembro de 2008 as contas a receber para as quais não foram registados ajustamentos por se considerar que as mesmas são realizáveis, são os seguintes:

Vencimento Clientes C/C

Clientes Títulos

a receber

Clientes Cobrança duvidosa Total

Não vencido 192.062.472 5.709.500 - 197.771.9720 a 180 dias 68.788.424 659.752 - 69.448.176181 a 360 dias 9.480.108 - - 9.480.108361 a 540 dias 13.116.245 - 29.346 13.145.591541 a 720 dias 14.706.325 - 2.430.906 17.137.231+ de 720 dias 28.269.805 - 16.746.139 45.015.944

Total 326.423.379 6.369.252 19.206.391 351.999.022

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Risco de Liquidez

A política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da dívida se adequa à capacidade do Grupo de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de fluxos de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras).Em paralelo, o grupo toma medidas de gestão que previnem a ocorrência deste risco mediante uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez o Grupo mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, o grupo tem contratos de apoio à tesouraria que permitem, evitar a existência de roturas (temporárias) de tesouraria.

A maturidade dos passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2008 é como segue:

Maturidades Empréstimos FornecedoresFornecedores

Imobilizado

Credores por locações

financeiras

Adiantamentos de clientes

Outros credores

Outros passivos Total

2009 139.442.859 224.629.467 879.389 7.994.239 111.204.051 41.519.576 157.972.163 683.641.7442010 53.408.505 - - 4.287.349 - 4.952.486 - 62.648.3402011 28.501.013 - - 4.589.792 - 506.667 - 33.597.4722012 26.101.461 - - 140.016 - 506.667 - 26.748.1442013 37.736.877 - - - - 503.667 - 38.240.5442014 21.368.699 - - - - 503.667 - 21.872.366Após - 2014 343.071.445 - - - - 4.689.924 26.460.431 374.221.800

649.630.859 224.629.467 879.389 17.011.396 111.204.051 53.182.652 184.432.594 1.240.970.410

30. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES

Não existem factos relevantes a assinalar.

31. CONTINGÊNCIAS

a) Diferendo Quinta da Murtosa / Sociedade de Construções Soares da Costa / CM Porto

A subsidiária Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. mantém uma conta a receber da entidade “Quinta da Murtosa – Empreendimentos Imobiliários, Lda.” no montante de 5.985.575 Euros, evidenciado no balanço consolidado anexo na rubrica “Clientes – conta corrente”, o qual está associado a um contrato promessa de venda de um terreno que deveria ter sido entregue pela Câmara Municipal do Porto ao abrigode um protocolo celebrado em 7 de Dezembro de 2000. A realização desta conta a receber está pendente

da resolução de um processo de contencioso que envolve a subsidiária, aquela entidade e a Câmara Municipal do Porto. Paralelamente, a referida entidade intentou um processo judicial contra a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. no sentido de lograr judicialmente que lhe seja entregue o terreno objecto do contrato promessa acima referido.

Em Janeiro de 2005 a subsidiária Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. intentou um processo contra a Câmara Municipal do Porto visando a entrega do terreno que constitui objecto de litígio. Subsidiariamente, caso não seja concretizada a entrega do terreno, a Soares da Costa exige o pagamentoda quantia de 7.182.689 Euros acrescida de juros de mora. Já foi realizado o julgamento deste processo, tendo a decisão sido favorável à Soares da Costa. Todavia, ainda decorre prazo para recurso.

Em consequência, mediante qualquer um dos cenários acima referidos, os créditos da Soares da Costa mantêm-se salvaguardados. Assim, dado que o Conselho de Administração entende que a resolução deste processo não produzirá qualquer impacto nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, não foi registada qualquer provisão.

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52

b) Processo fiscal

Tal como amplamente divulgado, no ano de 2002 o Grupo Soares da Costa foi sujeito a um profundo processo de reestruturação e reorganização que passou, de entre o mais, pela criação de uma Holding e de quatro sub-holdings, uma por cada grande área de negócios: Construção, Imobiliária, Concessões e Indústria.

Estas sub-holdings foram constituídas com o seu capital a ser realizado em espécie pela holding mediante a transferência a valor de mercado do portfolio de participações sociais anteriormente detidas de cada um desses segmentos para a respectiva sociedade gestora, sendo geradas neste processo mais valias e menosvalias com relevância fiscal.

A Administração Fiscal na sequência de exame à escrita à sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. notificou a empresa de uma liquidação de IRC no valor de 17.136.692 Euros, essencialmente determinada pela desconsideração como custos fiscais de um conjunto de menos-valias geradas no citado processo empresarial (sendo certo que considera como proveitos as mais-valias também geradas no mesmo processo). Conforme oportunamente comunicado ao mercado (facto relevante de 10 de Novembro de 2005) esta sociedade, bem como os consultores externos, revisores e auditores que acompanharam e intervieramno processo discordam e rejeitam frontalmente aquele entendimento, tendo sido a liquidação em causa impugnada judicialmente, com excepção do valor de 381.752 Euros de que já se procedeu ao pagamento.

É forte expectativa do Conselho de Administração e dos advogados que a impugnação em causa obterá deferimento.

32. APROVAÇÃO DE CONTAS PARA EMISSÃO

Em reunião de 26 de Março de 2009 o Conselho de Administração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras.

33. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS, ESTIMATIVAS E ERROS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2007 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.

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(Valores em unidades de euro)31 de Dezembro de 2008 31 de Dezembro de 2007

A C T I V O Notas Activo Bruto Amortizações Activo Activoe Ajustamentos Líquido Líquido

IMOBILIZADO

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 10Equipamento de transporte 500 500 0 0Equipamento administrativo 2.360.298 2.324.834 35.464 55.092Imobilizações em curso 0 0 0

2.360.798 2.325.334 35.464 55.092

INVESTIMENTOS FINANCEIROS 10

Partes de capital em empresas do grupo 271.031.495 16.000.000 255.031.495 255.031.495Empréstimos a empresas do grupo 28.516.138 28.516.138 11.396.638Títulos e outras aplicações financeiras 5.197.553 341.644 4.855.909 1.869.082Adiantamentos p/c de investim. financeiros 50.000 50.000 50.000

304.795.186 16.341.644 288.453.542 268.347.215

CIRCULANTE

DÍVIDAS DE TERCEIROS-CURTO PRAZO

Clientes - c/c 920.705 920.705 1.775.661Empresas do grupo 95.396.676 95.396.676 38.338.290Empresas participadas e participantes 59.656 59.656 59.656Estado e outros entes públicos 1.681.336 1.681.336 729.455Outros devedores 4.966 4.966 3.336

98.063.339 0 98.063.339 40.906.399

DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA

Depósitos bancários 584.931 584.931 169.304Caixa 2.703 2.703 2.303

587.634 587.634 171.607

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Custos diferidos 48 3.946.261 3.946.261 4.929.724Activos por impostos diferidos 6 4.000.000 4.000.000 4.000.000

7.946.261 7.946.261 8.929.724

Total de amortizações 2.325.334 Total de ajustamentos 16.341.644

T O T A L D O A C T I V O 413.753.219 18.666.978 395.086.241 318.410.037

B A L A N Ç O

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(Valores em unidades de euro)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 31 de Dezembro de 2008 31 de Dezembro de 2007

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 36 160.000.000 160.000.000Acções próprias - Valor nominal (1.594.738) 0Acções próprias - Descontos e prémios 287.992 0Ajust.Partes de Capital em Filiais e Associadas (660.530) (660.530)Reservas de reavaliação 0 0Reservas: Reservas legais 4.572.320 2.996.528 Outras reservas 993.274 2.300.020Resultados transitados (14.743.525) (19.855.406)Resultado líquido do exercício 25.485.994 5.380.928

T O T A L D O C A P I T A L P R O P R I O 40 174.340.788 150.161.540

PASSIVO

DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO

Empréstimos por obrigações - não convertíveis 100.000.000 100.000.000Dívidas a instituições de crédito 25.250.000 53.800.000

125.250.000 153.800.000

DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO

Dívidas a instituições de crédito 9.698.496 2.233.841Fornecedores - c/c 553.116 488.413Empresas do grupo 83.643.944 10.225.311Fornecedores de imobilizado - c/c 5.262 10.761Estado e outros entes públicos 687.941 976.599Outros credores 185.050 105.000

94.773.809 14.039.925

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Acréscimos de custos 48 721.644 408.573Proveitos diferidos 0 0Passivos por impostos diferidos 0 0

721.644 408.573T O T A L D O P A S S I V O 220.745.453 168.248.498

T O T A L D O C A P I T A L P R O P R I O E D O P A S S I V O 395.086.241 318.410.037

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

B A L A N Ç O

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D E M O N S T R A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S P O R N A T U R E Z A S(Valores em unidades de euro)

C U S T O S E P E R D A S

Fornecimentos e serviços externos 1.617.450 2.124.664

Custos com o pessoalRemunerações 3.227.096 2.574.361Encargos sociais 505.082 3.732.178 748.245 3.322.606

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 24.648 57.011Ajustamentos 0 24.648 0 57.011

Impostos 300.995 400.108Outros custos e perdas operacionais 17.724 318.719 17.909 418.016

(A) 5.692.995 5.922.297Amortiz.e ajustam.aplicaç.e investim.financeiras 191.979 0Juros e custos similares

Relativo a empresas do grupo 824.728 4.041.974Outros 11.437.692 12.454.399 4.330.456 8.372.429

(C) 18.147.394 14.294.726Custos e perdas extraordinárias 47.357 98.995

(E) 18.194.750 14.393.721Imposto sobre o rendimento do exercício (2.625.125) (2.473.498)

(G) 15.569.625 11.920.224Resultado líquido do exercício 25.485.994 5.380.928

41.055.619 17.301.151

PROVEITOS E GANHOS

VendasMercadorias 0 0Produtos acabados e intermédios 0 0

Prestações de serviços 2.740.346 2.740.346 3.153.161 3.153.161

Variação da produção 0 0Trabalhos para a própria empresa 0 0Proveitos suplementares 0 826Subsídios à exploração 13.694 69.079

Outros proveitos e ganhos operacionais 0 13.694 19 69.924(B) 2.754.040 3.223.084

Ganhos em empresas do grupo e associadas 0 0Rendimentos de participação de capital 34.083.733 12.907.281

Outros juros e proveitos similaresRelativo a empresas do grupo 4.141.507 1.156.684Outros 2.890 38.228.129 13.900 14.077.864

(D) 40.982.169 17.300.948

Proveitos e ganhos extraordinários 73.450 203(F) 41.055.619 17.301.151

R E S U M O : Resultados operacionais (B)-(A) (2.938.955) (2.699.213) Resultados financeiros (D-B)-(C-A) 25.773.730 5.705.435 Resultados correntes (D)-(C) 22.834.775 3.006.222 Resultados antes de impostos (F)-(E) 22.860.869 2.907.430 Resultado líquido do exercício (F)-(G) 25.485.994 5.380.928

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31 de Dezembro de 2008

31 de Dezembro de 2008

31 de Dezembro de 2007

31 de Dezembro de 2007

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

EXERCÍCIOS

R U B R I C A S

31 de Dezembro de 2008 31 de Dezembro de 2007

Vendas e prestações de serviços 2.740.346 3.153.987

Custo das vendas e das prestações de serviços (3.327.076) (297.850)

Resultados brutos (586.730) 2.856.137

Outros proveitos e ganhos operacionais 13.694 69.098

Custos administrativos (2.365.918) (5.581.539)

Outros custos e perdas operacionais (1.595.722) (1.128.361)

Resultados operacionais (4.534.676) (3.784.666)

Custo líquido de financiamento (6.522.301) (6.091.612)

Ganhos (perdas) em outros investimentos 33.891.753 12.907.281

Resultados não usuais ou não frequentes 26.093 (123.573)

Resultados correntes 22.860.869 2.907.430

Impostos sobre os resultados correntes 2.625.125 2.473.498

Resultados correntes após impostos 25.485.994 5.380.928

Resultados Extraordinários 0 0

Impostos sobre os resultados extraordinários 0 0

Resultados líquidos 25.485.994 5.380.928

Resultados por acção 0,16 0,03

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 31 de Dezembro de 2007

Actividades operacionais:

Recebimentos de clientes 3.763.783 3.420.786

Pagamentos a fornecedores (1.648.517) (2.895.287)

Pagamentos ao pessoal (3.593.906) (2.998.182)

(1.478.639) (2.472.683)

Pagamento /recebimento do imposto s/o rendimento 2.438.286 2.544.068

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (707.844) (963.824)

1.730.442 1.580.244

Recebimentos relacionados com rúbricas extraordinárias 0 0

Pagamentos relacionados com rúbricas extraordinárias (38.290) (42.346)

Fluxos das actividades operacionais 213.513 (934.785)

Actividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 177.175.217 10.154.552

Imobilizações corpóreas 0 0

Subsídios de investimento 0 69.079

Juros e proveitos similares 0 1.286.643

Dividendos 34.083.733 211.258.949 12.905.737 24.416.011

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 250.467.941 5.466.057

Imobilizações corpóreas 6.560 97.973

Imobilizações incorpóreas 0 250.474.501 0 5.564.029

Fluxos das actividades de investimento (39.215.552) 18.851.982

Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 389.676.272 479.646.010

Juros obtidos 2.689.304 392.365.576 2.716 479.648.726

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 341.933.377 484.351.342

Amortização de contratos de locação financeira 820 11.586

Juros e custos similares 9.772.248 13.050.043

Aquisições de acções (quotas) próprias 1.226.696 352.933.140 0 497.412.971

Fluxos das actividades de financiamento 39.432.435 (17.764.245)

Variação de caixa e seus equivalentes 430.397 152.951

Efeito das diferenças de câmbio (14.369) 219

Caixa e seus equivalentes no início do período 171.607 18.437

Caixa e seus equivalentes no fim do período 587.634 171.607

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

31 de Dezembro de 2008

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ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

1. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, ocorreram as seguintes operações, totalmente realizadas por

caixa e seus equivalentes, relativas às imobilizações financeiras:

• Realização do aumento de capital no Banco Africano de Investimentos através da aquisição de 450.000 novas

acções no valor de 3.146.193 euros

2. Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes:

31.12.2008 31.12.2007

Numerário 2.703 2.303

Depósitos bancários imediatamente

mobilizáveis 584.931 169.304

Equivalentes a Caixa

Caixa e seus equivalentes 587.634 171.607

Outras disponibilidades

Disponibilidades constantes do balanço 587.634 171.607

3. Não aplicável.

4. Não aplicável.

5. Os recebimentos/pagamentos respeitantes a empréstimos – actividades de financiamento – incluem liquidações sucessivas e novas emissões de papel comercial no montante total 310.000.000 de euros.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

1

NOTA INTRODUTÓRIA Elementos identificativos:Denominação Social: Grupo Soares da Costa, SGPS, SA Número de matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e de Pessoa Colectiva: 500 265 763 Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220 - 4000-478 PORTO Objecto Social: Gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas.

A Sociedade actualmente denominada “ Grupo Soares da Costa, SGPS, SA” (“Empresa”) foi constituída em 2 de Junho de 1944, sob a denominação de Soares da Costa, Lda., sociedade comercial por quotas, tendo sido transformada em sociedade anónima por escritura notarial de 1 de Maio de 1968 e assumido a denominação social de “ Sociedade de Construções Soares da Costa, SA”. O seu objecto social consistia na “ Exploração da indústria de construção civil e obras públicas, actividades conexas e acessórias e a aquisição e disposição de imóveis”.

Em 30 de Dezembro de 2002 após o trespasse das suas actividades directamente produtivas, designadamente a actividade de construção, por escritura pública celebrada no 4º Cartório Notarial do Porto, alterou o seu objecto social para “Gestão de participações sociais” e assumiu a sua denominaçãoactual “ Grupo Soares da Costa, SGPS, SA”.

As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.

Os valores monetários utilizados nas notas que se seguem são expressos em unidades de Euro.

1. A NÃO DERROGAÇÃO DE DISPOSIÇÕES DO P.O.C.

As demonstrações financeiras foram elaboradas, respeitando as normas e princípios contabilísticos estabelecidos no Plano Oficial de Contabilidade (P.O.C.), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89 de 21.11.89 e, supletivamente, as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

2. COMPARABILIDADE

Não se verificaram no período alterações de políticas contabilísticas que ponham em causa a comparabilidade das contas do balanço e da demonstração de resultados.

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

2

3. CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS E MÉTODOS DE CÁLCULO RESPEITANTES AOS AJUSTAMENTOS DE VALOR

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados foram os seguintes:

a) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou de reavaliação pela aplicação de diplomas legais (Nota 12)

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes por duodécimos, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas: Anos Equipamento de transporte 4 Equipamento administrativo 3 a 10

b) Investimentos financeiros

Relativamente às partes de capital em empresas do grupo (subholdings), as mesmas estão valorizadas pelo valor de aquisição (resultante do seu processo constitutivo ocorrido em finais do exercício de 2002). Estes valores são objecto de ajustamento quando existe evidência de que o valor recuperável de mercado é inferior.

Os restantes investimentos financeiros são expressos pelo respectivo custo histórico, líquido de ajustamentos considerados necessários para perdas de valor de carácter não temporário.

c) Saldos e transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes em 31 de Dezembro de 2008. As transacções expressas em moeda estrangeira são convertidas para a moeda de referência aos câmbios oficiais vigentes à data da operação.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

3

d) Imposto sobre lucros e impostos diferidos

O cálculo da estimativa para o imposto sobre o rendimento baseou-se numa simulação do imposto a pagar nos termos do Código do IRC e demais legislação aplicável.

São registados como activos e/ou passivos diferidos os impostos referentes às diferenças temporárias, correspondentes às diferenças de valoração dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos tributários, nos termos do estabelecido na Directriz Contabilística n.º 28.

Os activos por impostos diferidos são registados quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais suficientes para os utilizar.

e) Locação financeira

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo são registadoscomo custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

f) Especialização dos exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

4. COTAÇÕES

As cotações utilizadas para conversão em euros, à data de 31 de Dezembro de 2008, das rubricas incluídas no Balanço e Demonstração dos Resultados originariamente expressas em moeda estrangeira, foram as seguintes:

Câmbio Médio

USD = 1,3917

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

4

6. IMPOSTOS

De acordo com a legislação fiscal, as declarações dos principais impostos estão sujeitas a revisão porparte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social). Deste modo as declarações fiscais da Empresa referentes aos exercícios de 2005 e seguintes podem vir ainda a ser objecto de revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

Com referência a um conjunto de sociedades em relação de domínio total e que cumprem os pressupostos para tributação pelo regime especial dos grupos de sociedades, optou-se por este regime de tributação a partir do exercício de 2004. Nesta matéria seguiu-se o disposto nos nºs 45 a 47 da Directriz Contabilística n.º 28. Assim a empresa, sendo dominante, registou nas relações com o Estado o encargo de imposto do Grupo relevando nas contas de “ Accionistas/Empresas do Grupo” o crédito/débito do imposto relativamente ao contributo das restantes empresas.

Nos termos do disposto na Directriz Contabilística n.º 28 apresenta-se quadro reconciliador entre o imposto do exercício e o imposto corrente:

Descrição Base Fiscal Imposto

Resultados antes de Impostos 22.860.869Diferenças permanentes (33.514.830)

(10.653.961)

Encargo normal de imposto (2.663.490)Tribtutação autónoma 38.365Imposto do Exercício (2.625.125)Activos por impostos diferidos 0Imposto das restantes empresas (RETGS) 3.077.489Imposto corrente 452.364

Discriminação dos activos por impostos diferidos de acordo com a natureza das situações:

Descrição Valor

Activos por Impostos DiferidosAjustamentos em participações financeiras 4.000.000

4.000.000

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

5

7. PESSOAL

O número médio de pessoal ao serviço da empresa no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 foi de 24 pessoas, distribuídas da seguinte forma:

Direcção Quad Superior Quad Médios Prof Alt Qualif

7 9 2 6

10. MOVIMENTOS REFERENTES AO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2008 o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e ajustamentos foi o seguinte:

a) Activo Bruto:

TransferênciasRubricas Saldo Inicial Reavaliação Aumentos Alienações e Abates Saldo Final

Imobilizações corpóreas

Equipamento de transporte 500 0 0 0 0 500Equipamento administrativo 2.428.402 0 5.088 (73.192) 0 2.360.298

2.428.902 0 5.088 (73.192) 0 2.360.798

TransferênciasRubricas Saldo Inicial Equivalência Aumentos Alienações e Abates Saldo Final

Patrimonial

Investimentos financeiros

Partes capital emp do grupo 271.031.495 0 0 0 0 271.031.495Emprestimos a emp do grupo 11.396.638 0 17.299.500 (180.000) 0 28.516.138Titulos e outras aplic.financ. 2.020.528 0 3.177.025 0 0 5.197.553Adiant p/c inv financeiros 50.000 0 0 0 0 50.000

284.498.661 0 20.476.525 (180.000) 0 304.795.186

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

6

b) Amortizações e Ajustamentos:

AnulaçãoRubricas Saldo Inicial Reavaliação Reforço Reversão Saldo Final

AMORTIZAÇÕESImobilizações corpóreasEquipamento de transporte 500 0 0 0 500Equipamento administrativo 2.373.310 0 24.648 (73.124) 2.324.834

2.373.810 0 24.648 (73.124) 2.325.334AJUSTAMENTOS

Investimentos financeirosPartes de capital em empresas do grupo 16.000.000 0 0 016.000.000Outras aplicações financeiras 151.446 0 190.198 0 341.644

16.151.446 0 190.198 0 16.341.644

O valor de 16 Milhões de Euros respeita ao ajustamento de valor da participação social na sociedade, “ Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA”e foi registado em 2005, visando adequar o valor contabilístico ao valor de mercado, tendo servido como referência ou “ proxy” deste valor os capitais próprios consolidados (IAS) da Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA.

12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

A empresa procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente:

- Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro - Decreto-Lei nº 31/98 de 11 de Fevereiro

14. OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREA S E EM CURSO

a) Não existem imobilizações em poder de terceiros;

b) Imobilizações em Portugal, por naturezas do imobilizado:

Terrenos e Equipamento Equipamento Equipamento ImobilizadoEdifícios Básico Transporte Administrativo em Curso Total

0 0 500 2.360.298 0 2.360.798

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

7

16. DADOS RELATIVOS A EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS

Em 31 de Dezembro de 2008, as empresas do grupo e associadas em que a sociedade participa directamente eram as seguintes:

Valor de Balanço Fracção de Capitais Resultado em 31.12.2008 Capital detido Próprios 31.12.2008

Empresas do Grupo:

Soares da Costa Construção, SGPS, SA 95.929.853 100,00% 103.613.770 6.595.291 Rua de Santos Pousada, 220 4000-478 Porto

Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA 83.393.057 100,00% 100.098.032 419.791 Rua de Santos Pousada, 220 4000-478 Porto

Soares da Costa Indústria, SGPS, SA 48.297.642 100,00% 65.696.146 29.530.334 Rua de Santos Pousada, 220 4000-478 Porto

Soares da Costa Concessões, SGPS, SA 25.967.527 100,00% 40.335.909 23.797.572 Rua de Santos Pousada, 220 4000-478 Porto

SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 1.293.416 99,96% 1.112.909 324.028 Rua de Santos Pousada, 220 4000-478 Porto

Soares da Costa - Desenvolvimento, SA. 150.000 100,00% 143.934 (3.568) Rua de Santos Pousada, 220 4000-478 Porto

36. DIVISÃO DO CAPITAL SOCIAL POR CATEGORIAS DE ACÇ ÕES

O capital social é composto por 160.000.000 de acções escriturais, de valor nominal de € 1,00, sendo 133.000.000 de acções ordinárias e 27.000.000 de acções preferenciais sem direito a voto. Estas últimas estão actualmente nas condições do disposto no nº3 do art.º 342º do Código das Sociedades Comerciais, conferindo direito de voto.

37. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL

O capital da sociedade, à data de 31 de Dezembro de 2008, é detido na proporção de 71,5271% correspondente a 113.302.682 acções que conferem a mesma percentagem dos direitos de voto, pela sociedade «Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, SA»

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

8

40. MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DE "CAPITAIS PRÓPRIOS"

O movimento ocorrido nas outras rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 foi como segue:

Contas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

51 - Capital 160.000.000 0 0 160.000.00052 - Acções próprias - Valor nominal 0 (1.594.738) 0 (1.594.738) - Descontos e prémios 0 287.992 287.99255 - Ajust. partes de capital em filiais e associadas (660.530) 0 0 (660.530)56 - Reservas de reavaliação 0 0 0 057 - Reservas - Reservas legais 2.996.528 1.575.792 0 4.572.320 - Outras Reservas 2.300.020 0 1.306.746 993.27459 - Resultados transitados (19.855.406) 5.111.882 0 (14.743.524)88 - Resultados líquidos - Exercício de 2007 5.380.928 0 5.380.928 (0) - Exercício de 2008 0 25.485.994 0 25.485.994

150.161.540 30.866.922 6.687.674 174.340.788

O movimento ocorrido durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 na rúbrica de acções próprias foi o seguinte:

Numero Valor Descontosde acções nominal e prémios Valor

Saldo InicialCompras 1.594.738 1.594.738 (287.992) 1.306.746AlienaçõesSaldo Final 1.594.738 1.594.738 (287.992) 1.306.746

43. REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 foram as seguintes:

Orgãos Sociais Valor

Administração 2.277.664Conselho Fiscal 70.242Revisores Oficiais de Contas 19.768

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

9

Não foram assumidas responsabilidades relativamente a pensões de reforma dos antigos membros dos órgãos acima referidos.

45. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Custos e perdas 31.12.2008 31.12.2007

681 - Juros suportados 10.646.049 7.251.691684 - Ajustamentos para aplicações financeiras 191.979 0685 - Diferenças de câmbio desfavoráveis 147.755 7688 - Outros custos e perdas financeiros 1.468.616 1.120.731

(1) 12.454.399 8.372.429

Proveitos e ganhos 31.12.2008 31.12.2007

781 - Juros obtidos 4.123.748 1.160.078784 - Rendimentos de participações de capital 34.083.733 12.907.281785 - Diferenças de câmbio favoráveis 18.867 226788 - Reversões e outros proveitos e ganhos financeiros 1.782 10.279

(2) 38.228.129 14.077.864

Resultados financeiros (2)-(1) 25.773.730 5.705.435

Os outros custos e perdas financeiros respeitam essencialmente a comissões de papel comercial e empréstimos obrigacionistas

46. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Custos e perdas 31.12.2008 31.12.2007

691 - Donativos 25.000 53.400694 - Perdas em imobilizações 68 2.483695 - Multas e penalidades: - Multas 13.290 3.846698 - Outros custos e perdas extraordinários - Insuficiência da estimativa para imposto 8.341 3.434 - Correcções a impostos e contribuições 0 32.012 - Juros compensatórios 0 3.795 - Outros não especificados 657 24

(1) 47.357 98.995

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

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Proveitos e ganhos 31.12.2008 31.12.2007

794 - Ganhos em imobilizações 0 166798 - Outros proveitos e ganhos extraordinários - Outros não especificados 73.450 36

(2) 73.450 203

Resultados extraordinários (2)-(1) 26.093 (98.792)

47. INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

A empresa tem a sua situação contributiva perante a Segurança Social regularizada (Art. 21º, n.º 1 do Decreto-lei n.º 411/91, de 17 de Outubro).

48. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2008, o saldo destas rubricas do activo e do passivo apresentam a seguinte decomposição:

Natureza 31.12.2008 31.12.2007

Activos Custos Diferidos - Prémios de seguro 1.761 3.303 - Despesas de emissão de Obrigações 3.441.769 3.846.844 - Despesas de emissão de Papel Comercial 476.325 1.062.885 - Comissões BAI 7.735 - Outros custos diferidos 18.671 16.693

3.946.261 4.929.724

Passivos Acréscimos de Custos - Prémios de seguro 2.010 0

- Remunerações a Liquidar

Encargos com férias 367.010 312.054

- Juros a liquidar 352.625 96.519721.644 408.573

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

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49. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES ENTREGUES AO ESTADO DURANTE O EXERCÍCIO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 registaram-se os seguintes pagamentos:

Natureza Valores

A. De conta própria. 811.992

1. Impostos: 534.945

-Impostos indirectos: 532.428

.Imposto s/ Valor Acrescentado 499.536 .Imposto de Selo 47 .Taxas 32.845

- Impostos directos: 2.517

.Imposto Municipal s/ Imóveis 2.517

2. Contribuições: 277.047 - Segurança Social 277.047

B. De conta de terceiros. 1.111.097

1. Impostos: 980.721

-Impostos indirectos: 0 .Imposto de Selo 0

-Impostos directos: 980.721 . IRS - Valores retidos na Fonte e Depositados .Trabalho Dependente 971.508 .Trabalho Independente 9.193 .Prestações de Serviços 20

2. Contribuições: 130.375 - Segurança Social 130.375

C. Total de impostos e contribuições (A + B) 1.923.089

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

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50. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2008, o detalhe dos empréstimos obtidos é o seguinte:

Médio eNatureza Curto prazo longo prazo Total

Financiamentos para Tesouraria 9.698.496 25.250.000 34.948.496Empréstimos por Obrigações 0 100.000.000 100.000.000

9.698.496 125.250.000 134.948.496

51. OUTRAS INFORMAÇÕES

Nos termos do n.º 4 do art.º 5º do Decreto-lei 495/88, identificam-se em seguida os saldos por empresaparticipada dos empréstimos concedidos e/ou obtidos à data do balanço (31 de Dezembro de 2008):

Empréstimos concedidos

Empresa Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

Prestações Acessórias / Suprimentos Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. 1.682.768 0 0 1.682.768SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 0 0 0Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. 9.713.870 17.299.500 (180.000) 26.833.370

Total 11.396.638 17.299.500 (180.000) 28.516.138

EmpréstimosSoares da Costa Construção, SGPS, S.A. 12.099.792 161.221.049 (103.259.841) 70.061.000Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. 7.874.500 18.842.000 (26.716.500) 0Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. 0 7.241.690 (7.241.690) 0Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A. 0 6.570.700 (600.000) 5.970.700Cais da Fontinha - Investimentos Imobiliários S.A. 0 76.000 76.000Carta - Cantinas e Restauração, Soc.Unipessoal Lda 0 547.000 (7.583) 539.417Clear-Instalações Electromecânicas, SA 8.441.258 26.716.692 (30.265.510) 4.892.440Ciagest - Imobiliária e Gestão, S.A. 157.000 3.134.840 (2.554.840) 737.000Construções Metálicas Socometal, SA 1.612.000 3.744.039 (5.356.039) 0CPE - Companhia de Parques de Estacionamento, S.A. 0 3.236.000 (765.000) 2.471.000MZI - Sociedade de Construção Lda 0 20.500 20.500Habitop - Sociedade Imobiliária, S.A. 363.484 378.028 (741.511) 0Maxbela - Soluções em Madeiras e Alumínios, S.A. 1.205.000 3.443.838 (4.648.838) 0Mercados Novos-Imóveis Comerciais, Lda 79.000 498.000 (577.000) 0Navegaia - Instalações Industriais, S.A. 16.000 491.605 (505.105) 2.500SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 404.487 5.010.413 (2.602.900) 2.812.000Soarta-Sociedade Imobiliária Soares da Costa, SA. 127.000 604.000 (731.000) 0Sodel - Empreendimentos Imobiliários, Lda 1.500 7.000 (8.500) 0

Total 32.381.021 241.783.393 (186.581.857) 87.582.557

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

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Empréstimos obtidos

Empresa Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. 0 0Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. 0 39.886.000 (5.852.686) 34.033.314Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. 0 15.000.000 (9.658.000) 5.342.000Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A. 8.895.000 1.711.000 (10.606.000) 0Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. 0 65.331.723 (30.630.716) 34.701.007Soares da Costa Desenvolvimento S.A. 0 25.000 (1.000) 24.000Intevias - Serviços e Gestão S.A. 0 855.000 (12.000) 843.000Soarta-Sociedade Imobiliária Soares da Costa, SA. 0 6.403.000 (1.674.000) 4.729.000

Total 8.895.000 129.211.723 (58.434.403) 79.672.321

52. CONTINGÊNCIAS

Tal como amplamente divulgado, no ano de 2002 o Grupo Soares da Costa foi sujeito a um profundo processo de reestruturação e reorganização que passou, de entre o mais, pela criação de uma Holding e de quatro sub-holdings, uma por cada grande área de negócios: Construção, Imobiliária, Concessões e Indústria.

Estas sub-holdings foram constituídas com o seu capital a ser realizado em espécie pela holding mediante a transferência a valor de mercado do portfolio de participações sociais anteriormente detidas de cada um desses segmentos para a respectiva sociedade gestora, sendo geradas neste processo mais valias e menos valias com relevância fiscal.

A Administração Fiscal na sequência de exame à escrita à sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, notificou a empresa de uma liquidação de IRC no valor de 17.136.692 €, essencialmente determinada pela desconsideração como custos fiscais de um conjunto de menos-valias geradas no citado processo empresarial (sendo certo que considera como proveitos as mais-valias também geradas no mesmo processo)

Conforme oportunamente comunicado ao mercado (facto relevante de 10 de Novembro de 2005) esta sociedade, bem como os consultores externos, revisores e auditores que acompanharam e intervieram no processo discordam e rejeitam frontalmente aquele entendimento, tendo sido a liquidação em causa impugnada judicialmente, com excepção do valor de 381.752 € de que já procedeu ao pagamento.

É forte expectativa do Conselho de Administração e dos advogados que a impugnação em causa obterá deferimento.

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

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53. EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICO-FINAN CEIROS

Indicadores económicos 31.12.2008 31.12.2007 31.12.2006

Liquidez reduzida 1,041 2,926 0,081

Liquidez geral 1,041 2,926 0,081

Solvabilidade 1,790 1,892 2,017

Autonomia financeira 44,13% 47,16% 50,42%

Autofinanciamtº. capitais permanentes 0,582 0,494 0,742

Liquidez reduzida Disponib. + Créditos c.p. Passivo a curto prazo

Liquidez geral Disponib. + Créditos c.p. + Existencias Passivo a curto prazo

Solvabilidade Activo Líquido Passivo

Autonomia financeira Capitais próprios Activo Líquido

Autofinanciamento cap. permanentes Capitais próprios Capitais próprios + Passivo M.L. prazo

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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PARECER DO CONSELHO FISCAL

Em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 508-D, do Código das Sociedades

Comerciais, foram-nos submetidas, para exame, as contas consolidadas do exercício

de dois mil e oito da GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, S.A., que integram:

• o balanço consolidado;

• a demonstração consolidada de resultados;

• o anexo a estas duas peças contabilísticas;

• o respectivo relatório consolidado de gestão.

Igualmente nos foram presentes o documento da certificação legal das contas e o

relatório do auditor externo.

O Conselho Fiscal, após análise, concorda com os referidos documentos, pelo que

deliberou, por unanimidade, elaborar este parecer e propor que as contas

consolidadas e o relatório de gestão do exercício de dois mil e oito sejam aprovados

pela Assembleia Geral como consignado no artigo 376.º do Código das Sociedades

Comerciais.

Porto, 2 de Abril de 2009

O Conselho Fiscal

- Júlio de Lemos de Castro Caldas – Presidente

- Carlos Pedro Machado de Sousa Góis – Vogal

- Joaquim Augusto Soares da Silva - Vogal

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS E PROPOSTAS APRESENTADAS PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO RELATIVAMENTE AO EXERCÍCIO DO ANO DE 2008

No âmbito das suas competências e para cumprimento do que se encontra estabelecido na alínea g) do n.º 1, do art.º 420.º do Código das Sociedades Comerciais, que refere expressamente: “Elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadas pela Administração”, o Conselho Fiscal elaborou o presente documento, que espelha o trabalho desenvolvido durante o exercício de 2008 e a conclusão a que chegou, razão de ser do seu parecer.

TRABALHO DESENVOLVIDO PELO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal realizou, durante o exercício de 2008, as tarefas indispensáveis ao acompanhamento do desenvolvimento do Grupo Soares da Costa, enquadradas no mandato que lhe foi conferido, nomeadamente:

a) análise das actas do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, visando o conhecimento dos assuntos tratados e o andamento do Grupo;

b) análise da informação trimestral individual e consolidada sobre a

actividade do Grupo;

c) questionamento de aspectos relevantes sobre procedimentos adoptados, especialmente sobre consolidação, controle orçamental, estrutura organizativa que assegura as relações com o mercado e com a CMVM e comunicação de política de irregularidades;

d) tomada de conhecimento da arquitectura do Sistema de Informação do Grupo para avaliar as tecnologias que estão subjacentes e a informação (output) capaz de produzir;

e) análise das certidões da situação tributária regularizada;

f) esclarecimentos, através de exposição adequada, sobre a arquitectura e respectiva implementação do SAP e recomendações sobre a sua segurança (backups);

g) abordagem da questão do risco e do controlo interno e recomendações sobre o reforço de procedimentos fiáveis nesta área;

h) encontro com os representantes de Patrício, Moreira, Valente e Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Senhores Drs. Jorge Ledo e Pedro Morais, para troca de impressões sobre diversos assuntos e esclarecimento de questões relacionadas com a certificação legal das contas.

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O Conselho Fiscal recebeu, para análise, os seguintes documentos: relatório de gestão, contas do exercício e relatório anual sobre a fiscalização realizada pela sociedade de revisores oficiais de contas.

Após a sua análise, congratulamo-nos com a forma como estão elaborados, fornecendo uma visão apropriada da situação do Grupo e o esforço que vem sendo desenvolvido pelos órgãos directivos em período de grande incerteza e de muitas dificuldades, o qual, apesar disso, conduziu a um volume de negócios deveras assinalável. De realçar também o Relatório do Governo da Sociedade que revela as práticas seguidas, em conformidade com o Código do Governo das Sociedades publicado pela CMVM, as quais são indutoras de uma harmoniosa e garantida condução dos negócios do Grupo.

Tudo considerado, as referidas peças merecem o acordo do Conselho Fiscal.

AGRADECIMENTOS Não queremos deixar de destacar o apoio que sempre recebemos, especialmente por parte dos Srs. Drs. António Pereira da Silva Neves e Fernando Semana, pela forma como nos acompanharam nos esclarecimentos e informações que foram prestando, facilitando o trabalho do Conselho Fiscal, pelo que lhes são devidos os nossos agradecimentos.

Do mesmo passo agradecemos as palavras que nos foram dirigidas e se encontram expressas no relatório de gestão.

PARECER

Em face do que precede, somos de parecer que a Assembleia Geral anual:

a) Aprove o relatório de gestão e as contas do exercício de 2008 que foram apresentados pela Administração;

b) Aprove a proposta de aplicação dos resultados, como consta do relatório de gestão apresentado pela Administração;

c) Proceda à apreciação geral da Administração e Fiscalização da sociedade e dela colha as conclusões a que se refere o art.º 455.º do Código das Sociedades Comerciais;

d) Manifeste apreço à Administração pela actividade desenvolvida.

Porto, 2 de Abril de 2009

O Conselho Fiscal

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Júlio de Lemos de Castro Caldas - Presidente

Joaquim Augusto Soares da Silva - Vogal.

Carlos Pedro Machado de Sousa Góis - Vogal

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DECLARAÇÃO

(nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários)

Tanto quanto é do seu conhecimento, a informação prevista na alínea a) foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do referido GRUPO e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Júlio de Lemos de Castro Caldas - Presidente

Joaquim Augusto Soares da Silva - Vogal.

Carlos Pedro Machado de Sousa Góis - Vogal