grupo 3 - arquivo pro moodle

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GRUPO 3: Saúde como bem-estar e saúde como direito. Ponto P – Eu vi (Rap da saúde pública) "Chegou fim de semana, todos querem diversão" E ele vai aproveitar a ocasião Dia de sol, muita carne, várias bebidas Zoeira total, presente nessas vidas É sempre assim, várias vezes ao mês Um fim de semana, talvez dois, ou três Mais uma vez, a farra era louca E nem vigiou a comida que entrava pela sua boca Esqueceu os problemas que tinha com pressão alta Nesses momentos, a ajuda da mãe fazia falta Excesso de bebida, comida, saúde em escombros Começou a ficar tonto, com uma dor no ombro Preocupação alertando o morro Chamaram a ambulância, que o levou pro pronto-socorro Tava sofrendo um forte ataque Família e amigos sofrendo um baque E eu vi Poucas pessoas cuidando da sua saúde E eu vi Poucas ações para que isso mude Pouca gente se importando no governo Ficando no meio-termo Assim é difícil melhorar É por isso que devemos lutar Estava na maca com dor, pensava na família, nos amigos seus Orava intensamente a Deus Chegaram ao hospital, muita dor ainda sente Precisando ser atendido imediatamente Muitos no Brasil morrem com esse receio Deu sorte que esse rápido atendimento veio Enquanto isso, filas, pessoas na luta pela vida E o governo, que não toma uma atitude? Se liga!

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Page 1: GRUPO 3 - Arquivo Pro Moodle

GRUPO 3: Saúde como bem-estar e saúde como direito.

Ponto P – Eu vi (Rap da saúde pública)

"Chegou fim de semana, todos querem diversão"E ele vai aproveitar a ocasiãoDia de sol, muita carne, várias bebidasZoeira total, presente nessas vidasÉ sempre assim, várias vezes ao mêsUm fim de semana, talvez dois, ou trêsMais uma vez, a farra era loucaE nem vigiou a comida que entrava pela sua bocaEsqueceu os problemas que tinha com pressão altaNesses momentos, a ajuda da mãe fazia faltaExcesso de bebida, comida, saúde em escombrosComeçou a ficar tonto, com uma dor no ombroPreocupação alertando o morroChamaram a ambulância, que o levou pro pronto-socorroTava sofrendo um forte ataqueFamília e amigos sofrendo um baque

E eu viPoucas pessoas cuidando da sua saúdeE eu viPoucas ações para que isso mudePouca gente se importando no governoFicando no meio-termoAssim é difícil melhorarÉ por isso que devemos lutar

Estava na maca com dor, pensava na família, nos amigos seusOrava intensamente a DeusChegaram ao hospital, muita dor ainda sentePrecisando ser atendido imediatamenteMuitos no Brasil morrem com esse receioDeu sorte que esse rápido atendimento veioEnquanto isso, filas, pessoas na luta pela vidaE o governo, que não toma uma atitude? Se liga!E foi atendido por um médico dedicadoTrabalhando com amor, mesmo mal remuneradoAs condições do hospital lhe dão pouco incentivoEquipamento ultrapassado, trabalho excessivoDinheiro até existe pra melhorar, mas e a corrupção?Por enquanto, a saúde pública agoniza no chãoÉ como se gritasse: S. O. S. SUS!

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Mas quase ninguém ouve, apenas Jesus

E eu viPoucas pessoas cuidando da sua saúdeE eu viPoucas ações para que isso mudePouca gente se importando no governoFicando no meio-termoAssim é difícil melhorarÉ por isso que devemos lutar

E ele foi atendido de uma vezProcedimentos médicos realizados com rapidezSua família, por um momento, se tranquilizouÉ muita sorte isso? Não, é a presença do Senhor!Foi preciso uns dias internado no CTIEstava melhorando, queria logo sair!O problema foi tratado, foi liberadoAgradeceu a todos ali pelo cuidadoAgradeceu ao Senhor por ainda não ser seu fimE viu que seu estilo de vida era ruim!E decidiu: "Eu vou mudar com isso! "E, com sua vida, assumiu um compromisso

E eu viPoucas pessoas cuidando da sua saúdeE eu viPoucas ações para que isso mudePouca gente se importando no governoFicando no meio-termoAssim é difícil melhorarÉ por isso que devemos lutar

Nessa música, eu dei a minha vozMas ela é um recado para todos nósPara o povo... Vamos cuidar da nossa saúdeAfinal, temos que tomar uma atitude!E também falo pra quem tá no governoSei que vocês não vão pro SUS quando estão enfermosMas tenham respeito por quem os elegem, tá ligado?Bem, foi dado o recado

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A partir da criação da OMS no final da Segunda Guerra Mundial em 1948, a organização enunciou a saúde como “um completo estado de bem-estar física, mental e social, e não apenas a ausência de doença e enfermidade”. Sendo que esta noção de saúde tenta superar a visão negativa da saúde propagada pelas instituições médicas.

Uma das críticas feitas a esse conceito, é que essa idealização cria dificuldades para os serviços de saúde em relação à adequação de limites de ações planejadas pelos serviços. Além disso, a falta de objetividade impossibilita a mensuração do nível de saúde da população. Outra objeção está relacionada com a possibilidade da amplitude do conceito ser utilizado para fundamentar práticas que determinem controle e exclusão. Existe a preocupação de a prática médica se transforme em prática jurídica, viabilizando assim intervenções e medicalizações.

Outra crítica que vale a pena ressaltar é que este conceito criado pelo OMS peca pela sua falta de objetividade, pois a concepção de saúde por ser ampla, ela também aborda o entendimento que cada um, no particular, tem, ou seja, a subjetividade implica outras noções de bem-estar. Dessa forma, Caponi vai fazer uma advertência, afirmando que a subjetividade é um fator íntimo no processo de definição de saúde-doença e que esta inserida tanto em concepções limitadas quanto nas de sentido mais universal.

A saúde é um direito de cada indivíduo. Na Constituição de 1988, foi determinada que pertencesse ao Estado a garantia à saúde. Isso foi fruto de intensa mobilização por conta do regime autoritário e a decadência do sistema público de saúde. Ela está ligada não apenas aos hospitais e médicos, mas sim às condições de alimentação e moradia, ou seja, qualidade de vida. Por ser um direito, é necessário e obrigatório um sistema único de saúde que atenda a toda população.

A concepção de saúde na Constituição de 88 recebeu ressalvas que dizem respeito sobre como esse conceito foi estruturado a uma única determinante para a saúde e situação socioeconômica. O conceito ampliado, por esse ponto de vista, torna-se, em todos os âmbitos da existência, medicalizados.

O conceito ampliado de saúde deixa a desejar nos quesitos biológicos e psicológicos da patologia, pois acaba por ampliar a responsabilidade da saúde do indivíduo entre setores como trabalho, lazer, habitação, entre outros. Apesar da formação dos profissionais de saúde se orientar de forma a atender a demanda desse conceito ampliado. Afirmar que a saúde é responsabilidade intersetorial acaba por esvaziar a ação específica do setor de saúde.

Ao estabelecer o entendimento as saúde como uma margem de segurança para suportar as adversidades do meio, concede-se certa primazia à dimensão individual do fenômeno saúde-doença, excluindo os determinantes sociais. É imprescindível diferenciar a inevitabilidade do adoecimento (viroses), da perigosa naturalização de condições de vida adversas que conferem maior vulnerabilidade a diferentes grupos e extratos sociais.

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Caponi propõe a extensão do conceito canguilhemiano à esfera social. Saúde nessa perspectiva se amplia, referindo-se à capacidade de indivíduos e coletivos de tolerância às infidelidades do meio. Nesse sentido, os indivíduos mais propensos a adoecer seriam os que estão expostos a dificuldades sociais como falta de alimentação, de moradia adequada, de educação.