grumo nº0 - maio

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na cidade quem olha para o céu? cinevia | notas dos dias que passam | a tela e o monstro | sentidos impressos | saí eu de casa para isto | orienta(sons) | entre palavras | em viagem com...| a ver... vamos... 1 2 3 4 5 6 7 8 grumo | fanzine número: 0 | maio de 2012 | tema: contemplação grumo

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Se fomos parar-lhe às mãos, é porque alguma coisa temos para lhe contar. Somos um coletivo de pessoas, com origens, saberes e sabores diferentes, que reunidos sob um tema, propomos trilhar um caminho sem destino. Falamos de coisas que adoramos: música, pintura, fotografia, cinema, livros. Sempre com um olhar próprio, procuramos entregar-lhe propostas para outros voos, escalas apontadas num mapa, em que se inicia hoje o seu desenho, partida para a descoberta do ADN desta também sua fanzine: a Grumo. Grumo é uma aglomeração das nossas colaborações, pequenos pós, um pequeno nada, com sabor a amêndoa.

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na cidade quem olha para o céu?cinevia | notas dos dias que passam | a tela e o monstro | sentidos impressos | saí eude casa para isto | orienta(sons) | entre palavras | em viagem com...| a ver... vamos...

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Grumo Maio 2012Tema: Contemplação na cidade quem olha para o céu?

Direção Alice Laranjeira Edição Alice Laranjeira, João Vilas Maia Redação Alice Laranjeira, António Carvalho, Eduarda Allen, Eduardo Fernandes, João Vilas Maia, Miguel Marecos Fotografia Capa Miguel Marecos Design Gráfico Sílvia Pacheco Impressão Norcópia Periodicidade Mensal Online grumofanzine.wordpress.com Email [email protected] Tiragem Incerta

grumo

02 Grumo manifesto03 Notas dos dias que passam | Alice Laranjeira05 Cinevia | João Vilas Maia06 Sentidos Impressos | Miguel Marecos07 A Tela e o Monstro | Eduarda Allen 08 Saí eu de casa para isto | António Carvalho09 Orienta(sons) | Eduardo Fernandes10 Entre Palavras11 Em viagem com... 12 A Ver...Vamos...

Índice

Se fomos parar-lhe às mãos, é porque alguma coisa temos para lhe contar. Somos um coletivo de pessoas, com origens, saberes e sabores diferentes, que reunidos sob um tema, propomos trilhar um caminho sem destino. Falamos de coisas que adoramos: música, pintura, fotografia, cinema, livros. Sempre com um olhar próprio, procuramos entregar-lhe propostas para outros voos, escalas apontadas num mapa, em que se inicia hoje o seu desenho, partida para a descoberta do ADN desta também sua fanzine: a Grumo.Grumo é uma aglomeração das nossas colaborações, pequenos pós, um pequeno nada, com sabor a amêndoa.

grumo manifesto

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Notas dos dias que passam

Alice Laranjeira

az-me falta o espanto pelas coisas e momentos – as pessoas têm-se esquecido de reparar na quantidade de coisas bonitas que estão continu-amente a acontecer diante dos seus olhos. Reparam no passar do som

das sirenes (murmuram para si: ainda bem que não sou eu), mas não no aroma contagiante daquela árvore da rua por onde caminham todos os dias. Anotam desgraças, intrigas, maldizeres e ocultam no recanto mais sombrio de si mesmas tudo o que é belo. Os sentidos são ofuscados pelo desprazer. Tudo isto sempre me causou um certo grau de estranheza. Fui educada a olhar para o céu estrelado nas noites de verão. Lia Carl Sagan e sonhava com milhões de outras realidades. Aprendi bem cedo a interrogar o universo – a minha mãe costumava dizer que não estávamos sozinhos e que para além da minha vista haveriam de existir milhentas formas de vida. De certa forma substitui deus pela vontade de arquitetar outros mundos. Rapidamente generalizei essa crença a quase tudo o que me rodeava – apaixonava-me o mistério da vida. Talvez por isso me tenha tornado uma suprema alheada relati-vamente às coisas banais da cidade - passei a andar de cabeça erguida para o céu. Tornei-me numa distraída compulsiva e vivi situações hilariantes por isso. Mas nem sempre foi assim. Durante anos tentei aperfeiçoar o meu método de existir, pensando que a vida iria ganhar uma ordem diferente – tornar-se mais organizada – se olhasse mais para baixo. Alguns tentaram ensinar-me regras e soluções; outros sugeriram-me livros com planos infalíveis para um dia-a-dia mais planificado. E eu tentei mudar – passei a dialogar comigo tentando incentivar-me à concentração. O sucesso estava perto: já conseguia fazer menos disparates e também fazer rir menos os que me rodeavam; já conseguia andar mais atenta e também mais triste. Quando arranjamos um molde diferente para nós próprios, este nunca irá servir-nos na perfeição. O que fazer quando insistem em moldar-nos? Olhar para o céu – diria. Como Mário Quintana observa: Se as coisas são inatingíveis... Ora! Não é motivo para não querê-las...Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas! Assim decidi continuar o caminho na minha forma habitual: distraída e sorridente. Um abraço e dias felizes!

Na cidade quem olha para o céu?

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Miguel Marecos

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A conquista do que não gosto

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A conquista do que não gosto

o outro dia, apareceu lá pelo escritório, o filho mais novo do técnico de manutenção da informática. Dado como miúdo de inteligência espevitada, cedo enveredou pela matemática, demonstrando talento e trabalho. Aos

13 anos, irá participar na final nacional das Olimpíadas de matemática em Coim-bra . O meu incentivo e valorização foram sinceros, mas assolou-me uma questão:- Gostas de matemática? - Tirei acima 85% em todos os testes. – Disse-me convicto, em tom de “não percebo o que perguntas”.- Ok, mas não foi isso que te perguntei. Perguntei-te se gostas de matemática. O silêncio imperou, como em todo o escritório, e a resposta não chegou. Fiquei a pensar que a distância entre aquilo para que se tem talento e o tédio é por vezes muito ténue e a conquista daquilo que já não se gosta tem em certos momen- tos da vida uma importância fulcral.A mesma insatisfação que uma vida absurda pode fazer emergir, mesmo que ligada às artes, neste caso literatura, alimentada por um só mecenas, sustendo-a de trela, Mónica Vitti dá corpo a mais uma mulher de Michelangelo Antonioni (Vittoria), que inundada de tédio, rompe com a sua fonte de rendimentos e segue rumo para uma Roma nova, porém ainda deserta. Vittoria é tradutora (castelhano/italiano), que mergulhada numa crise existencial crónica, não consegue ser feliz ao ponto de se relacionar com o outro, adotando um comporta-mento evasivo, pontuado com um repetitivo “não sei!”Eclipse (1962), que fecha a trilogia sobre a incomunicabilidade (Aventura,1960, A Noite, 1961) é um filme à cor dos nossos dias: um carrossel financeiro especula-tivo e aparente apatia com que se reage perante os outros, que alternam entre o júbilo e a aflição. É uma viagem ao silêncio, que facilmente se transforma num caminho cinematográfico pela incomunicabilidade entre os Homens, que encur-ralados de cimento e de infraestruturas, mergulham em si e nada constroem por dentro, apesar da “fotografia” de conjunto. No fundo, é um possível retrato daquilo que Luís Gouveia Monteiro designa de cimêncio: cimêncio, s.m. (do lat. coementu por agluti- nação com do lat. silentiu). Estado calcário de pessoa ou cidade que revela uma calma fortíssima || Mistura de cal, segredo e mistério, impenetrável ao tempo || União íntima; pausa fundamental || Suspensão de base ou fundamento || Sono profundo dos arredores || Construção imaginária; matéria-prima do espírito.Pela mão de um dos mais notáveis realizadores italianos, parta à conquista daquilo que não gosta. .

CineviaJoão Vilas Maia

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Sentidos Impressos Miguel Marecos

Na espera...contemplo o mundo...através do olhar...sinto-o

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A Tela e o MonstroEduarda Allen

um olho vê, o outro sente.

um olho vê, o outro sente”: visualmente associado ao Expressionismo, Klee é um artista modernista cuja procura constante por um individualismo irrefutav-elmente pessoal e lírico o deixou desenquadrado, ou melhor, o “abandonou” para uma situação quase impossível de catalogar e/ou associar a uma escola ou corrente em particular, dividindo-se nomeadamente entre o Abstracionismo Geométrico e o Surrealismo mas, também o Cubismo e o Futurismo.

Apesar das suas telas serem muitas vezes de difícil classificação, o que preenche e identifica as obras de Klee é o sentido do livre, a espontaneidade poética das coisas desmascarando sentimentos, complementando emoção e pensamentos – privilegia-se a fantasia, a mística, a contemplação.

O Monstro: Paul KleeA Tela: Contemplação ao pequeno almoço (1925)

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António CarvalhoSaí eu de casa para isto

Mark Lanegan @ Hard Club (Porto) 30-03-2012

ark Lanegan tem um percurso musical impressionante. Paralelamente ao seu papel como vocalista dos Screaming Trees, uma das bandas injustamente esquecidas e equivocamente colocadas no caldeirão do

grunge, forjou a sua carreira a solo durante os 15 anos de atividade do grupo, lançando o seu primeiro álbum em 1990. E não se fica por aqui, pois colaborou em inúmeros projetos até à data presente, mais notoriamente com os Queens of The Stone Age. Provavelmente foram estas ramificações (The Gutter Twins, Soulsavers e os duetos com Isobel Campbell, entre outros) que o afastaram das edições em nome próprio durante quase 8 anos. Mas o regresso aos álbuns (neste caso, “Blues Funeral”) foi o mote para uma nova digressão. A primeira parte foi garantida pelos belgas Creature With The Atom Brain, com quem Lanegan já colaborou, os quais praticam um stoner rock vindo de longi-tudes insuspeitas. Já passava das dez da noite quando a figura esguia, de negro vestida, entrou em palco. Homem de poucas palavras, atacou o último álbum com o seu tema de abertura, “The Gravedigger’s Song”. Quando aquela voz grave, rouca e poderosa se faz ouvir, a plateia estremece. Não se imagina outro timbre a debitar aquelas letras sombrias. Quase imóvel, aparentemente distante, aborda o eterno dualismo amor/morte em tomos belos, complexos e por vezes insondáveis. Fosse nas baladas pintadas a sangue, nas viagens pela América profunda ou nas odes onde o êxtase alterna com a melancolia, o blues infetado penetra-nos mais profundamente do que podemos permitir. É nesse caminho que o espetador deixa de o ser simplesmente, pois estávamos perante uma experiência quase religiosa. Maioritariamente interpretou temas do novo século, para mim a sua melhor fase. E estava muito bem acompanhado, com uma formação que incluía um sósia do Johnny Cash. Após um alinhamento irrepreensível, ainda nos brindou com um encore, terminando em beleza com “Methamphetamine Blues”, do consagrado “Bubblegum”.

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Orienta(sons)Eduardo Fernandes

rimeiro pensamento: que raio de nome é este? Tributo ao virtuoso guitarrista Django Reinhart ou armar ao arty e vai de repetir o nome para o pessoal elaborar esta mesma questão? A resposta fica para o final, por

ora fica uma possível crítica ao candidato a melhor disco deste ano.Oriundos de Edimburgo na velha Escócia, este quarteto formado por Vinny Neff, Dave Maclean, Jimmy Dixon e Tommy Grace editaram o single “Storm” em 2009 criando um burburinho em seu redor e desde logo comparações aos extintos The Beta Band com os quais partilham afinidades familiares, já que Dave é o irmão mais novo do teclista dos autores de “Squares” e “Dry The Rain”.Autêntico cocktail sonoro corroborado pela infindável lista de agradecimentos que inunda o libreto, na qual figuram nomes dos mais variados estilos e diferentes décadas, este registo debutante soa acima de tudo, a uma banda com uma vasta cultura musical que não se confinou a uma qualquer onda e revela um esforço em criar uma sonoridade única, algo que nos tempos que correm parece cada vez mais difícil de detetar.Apesar do ecletismo sonoro, a banda conseguiu criar um disco coeso capaz de encaixar pop soalheira, western spaghetti, blues, folk, surf, psicadelismo, krautrock, electrónica, doo-wop, ritmos africanos, para além da utilização dos mais variados instrumentos. Por diversas vezes somos remetidos para o universo dos Clinic, que não desdenhariam em ser os autores de “Default”, os Hot Chip e a sua nerd-electro-pop também se fazem sentir, assim como o legado de Captain Beefheart, Silver Apples, Can, Arthur Russell, Super Furry Animals, The Coral sem esquecer os já citados The Beta Band. Por esta altura já entenderam que este disco é daqueles que cresce a cada audição, quase como um desafio para captar mais uma influência. Vai uma tentativa?

Django Django – “Django Django” (Because Music, 2012)

P.S. O nome foi inspirado nos Quando Quango, banda dos oitenta que fundia funk, d disco, jazz e ritmos latinos. Sintomático, não?

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Entre Palavras

Dei por mim a querer ler mais deste bonito lugar construído pelo Gon-çalo Tavares e o deslumbramento aumenta em cada página lida. De tempos a tempos há encantos que nos deixam simplesmente a planar

sobre terra. Ler tem destas coisas: faz-nos voar!

Os pesadelos

Alice Laranjeira

Os pesadelos

O vinho aproxima o que está longe nos dias, e afasta o que está próximo no espaço. Memória, sim, mas distorção também. Tens demasiados acontecimentos maus no teu corpo, e não esqueces. Deves fechá-los como se fecha uma porta: com chave de três voltas. Mas não adormeças: os pesadelos apanham facilmente quem dorme com a cabeça pousada numa mesa dura de Café. Materiais como a madeira, precisamente, entupidos de atrito, não permitem que os discursos do sono saiam da cabeça para o exterior. Daí os pesadelos serem mais frequentes na cabeça sobre material duro que na cabeça deitada sobre a almofada gentil.

Mas mesmo que os teus ossos mais altos se encaixem em superficie meiga, não te esqueças de, ao acordar, sacudir a almofada à janela,para que o pó do sono mau não permaneça, em redor de si próprio, como uma poça de água, a criar bicho.

Gonçalo M. Tavaresin Poesia 1

goncalomtavares.blogspot.pt

Gonçalo M. Tavares: Escritor

português de 40 anos, é detentor

de uma vasta e diversa obra

literária, repartida pela prosa e

pela poesia. Entre elas

destacam-se O Bairro, Jerusalém,

Poesia 1, Aprender a rezar na era

da técnica, O homem ou é tonto

ou é mulher

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Em Viagem Com...

... Um Livro (poesia)Como se desenha uma casa | Manuel António Pina | Assírio & Alvim

“Um tempo houve em que,De tão próximo, quase podias ouvir

O silêncio do mundo pulsandoOnde também tu eras mundo, coisa pulsante”

(in poema Sob Escombros)

Mas mesmo que os teus ossos mais altos se encaixem em superficie meiga, não te esqueças de, ao acordar, sacudir a almofada à janela,para que o pó do sono mau não permaneça, em redor de si próprio, como uma poça de água, a criar bicho.

enina palhaça, palhaça mulher, mulher artista...às vezes Patrícia, muitas outras Estrelinha. Patrícia Afonso tem na ponta dos seus dedos o encanto de uma voz que me ê uma história que começa assim: “na

palma da minha mão tenho um coração botão...” De formação inicial na área do Teatro /Marionetas /Dança(Balleteatro) tem trabal- hado profissionalmente e em simultâneo em teatro e animação, efetu-ando também formação em expressão dramática. Os seus dias repartem-se por diferentes atividades e práticas artísticas como o teatro, performance, teatro de rua, vídeo, pintura, desenho, escrita, desenvolvimento de figurinos e adereços.Colaborou com diversas instituições tais como, Seiva Trupe, Teatro Nacional de São João, Fundação de Serralves e foi membro fundador e colaborador do grupo ACARO, mais conhecido pelo seu projeto Contagiarte. Paralelamente a isto fez nascer uma personagem que lhe é muito querida: a Estre- linha – Palhaça, que é já uma adolescente, com cerca de 15 anos de idade. “A Estre- linha tem uma identidade própria – já não é só uma extensão de mim própria, porque passou a ser autónoma – ajuda-me em muitos momentos. Quando estou muito tempo sem ela sinto saudades – preciso dela e ela de mim”.Todas as áreas de criação surgem para a Patrícia como uma necessidade urgente de comunicar – uma “espécie de necessidade básica como comer”, uma “outra forma de cuspir o coração, as emoções, tudo o que fica guardado no meu quarto interno”. No momento Patrícia divide as suas atenções por mais algumas criações:_ Pelas suas mãos nascem as Alfazemas, artesanato urbano – peças únicas feitas com dedicação e muito afeto;_ Divulga o projeto efetuado em parceria com o artista plástico JAS, uma curta- metragem intitulada Silêncio, que estreou no ciclo “Sabor do Cinema” em Serralves;_ Prepara-se para finalizar o seu livro Coração PAM.

Muito haveria ainda por dizer, pois não há limite para os sonhos. Mas como diz Patrícia no final desta conversa: Nada mais direi a não ser bizarras futilidades.www.facebook.com/patricia.pedro.afonso

patricia pedro afonso

Conversa com Alice Laranjeira

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A Ver... Vamos...

... Uma exposição de Desenho5 Séculos de Desenho na Coleção da Faculdade de Belas ArtesFaculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

Museu Nacional Soares dos Reis

... Um Livro (poesia)Como se desenha uma casa | Manuel António Pina | Assírio & Alvim

“Um tempo houve em que,De tão próximo, quase podias ouvir

O silêncio do mundo pulsandoOnde também tu eras mundo, coisa pulsante”

(in poema Sob Escombros)

... Um Filme Título original:Assim Assim De: Sérgio Graciano Com: Ivo Canelas, Nuno Lopes e Rita BlancoGénero:ComédiaClassificação:M/12Um filme sobre relações. Sobre aquilo que pretendemos para nós. E sobre o que não conseguimos alcançar.

... Uma Exposição de Fotografia“Way Home”

Centro Português de Fotografia

www.cpf.pt

... Teatro35.a edição do FITEI

Festival internacional de teatro de expressãoibérica 28 de Maio a 03 de Junho

http://www.fitei.com