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Governo Federal Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Gilberto Kassab Secretário-Executivo Elton Santa Fé Zacarias Diretoria de Gestão de Entidades Vinculadas Tarcísio de Bastos Cunha Diretoria de Administração (Assessor) Antônio Alberto Pinheiro Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças Tácito Antônio Basto Brandão Presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear Renato Machado Cotta Diretor de Gestão Institucional Cláudio de Souza Gimenez Diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear Paulo Fernando Lavalle Heilbron Filho Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Altair Souza de Assis Coordenador Geral de Planejamento e Avaliação Elson Ronaldo Nunes Chefe da Divisão Comercial Pedro Maffia da Silva Equipe de Elaboração: Alberto Barbosa de Almeida Neto Carolina Mello Bittencourt Duarte Francisco Rondinelli Junior Marcia Pires da Luz Bettencourt Rosangela Veridiano de Oliveira Colaboração: Data: 08 de março de 2017 Divisão Comercial Coordenação Geral de Planejamento e Avaliação Março de 2017

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Page 1: Governo Federal - CNEN · Elton Santa Fé Zacarias Diretoria de Gestão de Entidades Vinculadas ... Marcia Pires da Luz Bettencourt Rosangela Veridiano de Oliveira Colaboração:

Governo Federal

Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação

Gilberto Kassab

Secretário-Executivo

Elton Santa Fé Zacarias

Diretoria de Gestão de Entidades Vinculadas

Tarcísio de Bastos Cunha

Diretoria de Administração (Assessor)

Antônio Alberto Pinheiro

Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças

Tácito Antônio Basto Brandão

Presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear

Renato Machado Cotta

Diretor de Gestão Institucional

Cláudio de Souza Gimenez

Diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear

Paulo Fernando Lavalle Heilbron Filho

Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento

Altair Souza de Assis

Coordenador Geral de Planejamento e Avaliação

Elson Ronaldo Nunes

Chefe da Divisão Comercial

Pedro Maffia da Silva

Equipe de Elaboração:

Alberto Barbosa de Almeida Neto

Carolina Mello Bittencourt Duarte

Francisco Rondinelli Junior

Marcia Pires da Luz Bettencourt

Rosangela Veridiano de Oliveira

Colaboração:

Data: 08 de março de 2017

Divisão Comercial

Coordenação Geral de Planejamento e Avaliação

Março de 2017

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Glossário de Termos e Siglas

A seguir, é apresentada a lista das siglas e de alguns termos utilizados ao

longo do documento, assim como uma breve explicação dos principais

produtos comercializados pela CNEN.

Siglas e termos utilizados:

CDTN - Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear

CGMI - Coordenação-Geral de Instalações Médicas e Industriais

CGPA – Coordenação Geral de Planejamento e Avaliação

CGTI - Coordenação Geral de Tecnologia da Informação

CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear

CODIN - Coordenação de Instalações Nucleares do Ciclo do Combustível

CODRE - Coordenação de Reatores

CRCN-CO - Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste

CRCN-NE - Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste

DIMAP - Divisão de Matérias-Primas e Minerais

DIREJ - Divisão de Rejeitos Radioativos

ESBRA - Escritório de Brasília

IEN - Instituto de Engenharia Nuclear

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial

IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

IRD - Instituto de Radioproteção e Dosimetria

LAPOC - Laboratório de Poços de Caldas

LOA - Lei Orçamentária Anual

MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

MPDG - Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

PR – Presidência da CNEN

TLC - Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas

Instalações

UTC – Unidade Técnico-Científica

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1 INTRODUÇÃO

Este relatório teve por finalidade demonstrar e analisar a composição de

receitas das principais fontes próprias da Comissão Nacional de Energia

Nuclear - CNEN, ou seja, aquelas cuja arrecadação tem origem no esforço

próprio da Sede e das UTC da CNEN durante o exercício de 2016. As análises

baseiam-se no comportamento da Receita Faturada, no desempenho da

arrecadação efetiva através das UTC.

As apreciações demonstradas estabelecem um maior entendimento do

comportamento de receitas das principais fontes próprias da CNEN, com

destaque para a receita oriunda da comercialização de produtos e serviços, e

também do recolhimento da Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização

(TLC), de modo a fornecer informações que contribuam, quando necessário,

para elaboração com maior consistência das projeções de faturamento e

arrecadação, assim como a formulação de cenários mais apropriados.

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2 RECEITA DA CNEN

2.1 VISÃO GERAL

As receitas próprias cuja arrecadação tem origem no esforço da Sede e das

UTC da CNEN concentram-se nas fontes orçamentárias 174, 250, 280 e 281.

A Lei Orçamentária Anual de 2016 previa a arrecadação de aproximadamente

R$ 120,2 milhões, no entanto a arrecadação de 2016 atingiu a marca de R$

135,6 milhões, ou seja, excesso de arrecadação na ordem de R$15,4 milhões.

Ao longo do exercício de 2016, a CNEN solicitou ao Ministério do

Planejamento, Desenvolvimento e Gestão crédito suplementar decorrente

desse excesso de arrecadação, que foi negado em duas ocasiões. Abaixo pode-

se verificar a participação de cada Fonte de arrecadação prevista na LOA-2016

assim como a participação das mesmas na arrecadação realizada no mesmo

ano.

Participação das Fontes Próprias da CNEN

Destaca-se que 95,2% da arrecadação em 2016 concentra-se na Fonte 250,

sendo que cerca de 97% da arrecadação nesta fonte é decorrente do

desempenho da receita industrial oriundo da produção e comercialização de

radiofármacos e radioisótopos. Além desses, compõe essa Fonte a arrecadação

dos: serviços administrativos e comerciais; serviços de registro, certificação e

fiscalização; serviços de informação e tecnologia; multas e juros previstos em

contratos; e restituição de despesas de exercícios anteriores.

O recolhimento da Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de

Materiais Nucleares e Radioativos e suas Instalações (TLC) é realizado através

da Fonte 174 e participou com cerca de 5% de toda a arrecadação da CNEN

em 2016. Esta arrecadação tem destinação específica estabelecida no Art. 7º

da Lei Federal nº 9.765/1998 conforme abaixo:

5,0% 2,1%0,7%

92,2%

Receita Arrecada Realizada 2016Distribuição por Fonte

Fonte 174

Fonte 280

Fonte 281

Fonte 250

4,0% 0,8%0,0%

95,2%

LOA Receitas 2016Distribuição por Fonte

Fonte 174

Fonte 280

Fonte 281

Fonte 250

R$ 135,6 M R$ 120,2 M

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“Os recursos provenientes da TLC serão destinados às atividades da CNEN

voltadas para: I-Segurança nuclear, licenciamento, controle e fiscalização de

materiais nucleares e radioativos e suas instalações; II-Pesquisa e

desenvolvimento relacionados às atividades previstas no inciso anterior; III-

Apoio técnico operacional relacionado às atividades previstas no inciso I; IV-

Apoio ao desenvolvimento e aplicação de materiais didáticos e pedagógicos

relacionados às atividades previstas no inciso I.”

Em 08 de setembro de 2016, através da Emenda Constitucional 93, foram

desvinculados da CNEN, até 31 de dezembro de 2023, trinta por cento das

receitas da TLC. Na ocasião, a Coordenação Geral de Planejamento e

Avaliação CGPA realizou consultas ao Ministério da Ciência, Tecnologia,

Inovações e Comunicações (MCTIC), ao Ministério do Planejamento,

Desenvolvimento e Gestão (MPDG) e à Procuradoria Federal-CNEN sobre a

legalidade da desvinculação, já que esta poderá trazer a necessidade de gestões

junto ao MCTIC em busca de recursos financeiros e orçamentários adicionais

para que as atividades de licenciamento, controle e fiscalização não sejam

prejudicadas.

O parecer da Procuradoria esclarece que é juridicamente possível desvincular

receitas relativas à TLC, a partir da EC-93 que se sobrepõe à Lei Ordinária

que criou a TLC. Desta forma, a receita oriunda da TLC, na Fonte 174, terá

seus valores desvinculados da CNEN em 30%, até 31 de dezembro de 2023.

Por fim, cerca de 2,8% da arrecadação da CNEN está concentrada nas Fontes

280 e Fonte 281, Remuneração de Depósitos Bancários e Convênios

respectivamente.

2.2 RECEITA FATURADA

A Receita Faturada derivada da comercialização dos Produtos e Serviços da

CNEN alcançou ao final do exercício de 2016 a cifra de R$125.804.337 (cento

e vinte e cinco milhões, oitocentos e quatro mil, trezentos e trinta e sete reais).

Ao se confrontar com a Receita do ano anterior, cujo faturamento alcançou

R$117.724.004 (cento e dezessete milhões, setecentos e vinte e quatro mil e

quatro reais), verifica-se a ocorrência de acréscimo em valores absolutos de

R$ 8.080.333 (oito milhões, oitenta mil, trezentos e trinta e três reais),

representando crescimento de 6,86%.

O quadro comparativo e os gráficos que se seguem dão uma visão mais exata

da evolução do desempenho da Receita Faturada, quando ampliamos a análise

para o período de 2012 a 2016.

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QQuuaaddrroo II:: CCoommppaarraattiivvoo ddaa RReecceeiittaa FFaattuurraaddaa

ÓRGÃOS 2012

(Em R$) 2013

(Em R$) 2014

(Em R$) 2015

(Em R$) 2016

(Em R$)

Crescimento no Período 2016 / 2015

Crescimento no Período 2016 / 2012

IPEN 86.079.069 86.938.130 92.042.551 112.193.792 120.809.278 7,68% 40,35%

IRD 923.753 579.182 520.743 491.534 379.238 -22,85% -58,95%

IEN 872.044 1.263.146 1.960.943 1.647.711 1.165.882 -29,24% 33,70%

CDTN 1.945.111 2.103.987 1.953.808 2.922.773 2.919.810 -0,10% 50,11%

CGTI 547 204 266 176 50 -71,59% -90,86%

CRCN/NE 1.127.081 486.972 209 468.018 530.079 13,26% -52,97%

CNEN 90.947.605 91.371.621 96.478.520 117.724.004 125.804.337 6,86% 38,33%

Comparativo da Receita Faturada

Analisando o Quadro I, no que diz respeito ao período de 2016, fica

demonstrado que dos seis órgãos geradores de receita da comercialização de

produtos e serviços, destaca-se a performance obtida pelo IPEN, CRCN-NE e

CDTN. Os dois primeiros lograram crescimento da receita faturada,

respectivamente, de 7,68% e 13,26%. Já o CDTN faturou próximo de três

milhões de reais assim como em 2015, mantendo seu nível de faturamento.

Quando se estende o período de observação para 2016/2012, constata-se que o

panorama indica dois órgãos com desempenho positivo, o IPEN e o CDTN

com 40,35% e 50,11% respectivamente.

Observando-se sob o prisma da participação dos órgãos na Receita Faturada

no período de 2016, tem-se o seguinte panorama:

IPEN IEN CDTN IRD CGTI CRCN/NE

86

.07

9.0

69

87

2.0

44

1.9

45

.11

1

92

3.7

53

54

7

1.1

27

.08

1

86

.93

8.1

30

1.2

63

.14

6

2.1

03

.98

7

57

9.1

82

20

4

48

6.9

72

92

.04

2.5

51

1.9

60

.94

3

1.9

53

.80

8

52

0.7

43

26

6

20

9

11

2.1

93

.79

2

1.6

47

.71

1 2.9

22

.77

3

49

1.5

34

17

6 46

8.0

18

12

0.8

09

.27

8

1.1

65

.88

2

2.9

19

.81

0

37

9.2

38

50

53

0.0

79

2012 2013 2014 2015 2016

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Participação na Receita Faturada 2016 – Por Órgão

O gráfico anterior demonstra a expressiva marca alcançada pelo IPEN com a

participação de 96,03% no total da Receita Faturada pela CNEN ao longo do

período de 2016.

Vale mencionar que o somatório dos radioisótopos e radiofármacos da CNEN

participaram com 96,96% na receita faturada de produtos e serviços, com

destaque para o Gerador de Tecnécio, cuja contribuição foi de 62,37%.

O Quadro II e gráficos que seguem apresentam um espelho do comportamento

dos principais produtos e serviços da CNEN, cuja participação na Receita

Faturada alcança aproximadamente 86,27%.

Quadro II: Receita dos Principais Produtos

PRODUTOS E SERVIÇOS

2012 (EM R$)

2013 (EM R$)

2014 (EM R$)

2015 (EM R$)

2016 (EM R$)

Crescimento no Período 2016/ 2015

Crescimento no Período 2016 / 2012

Gerador de Tecnécio 49.989.265 53.010.174 56.508.277 73.116.632 78.469.985 7,32% 56,97%

Iodeto de Sódio-131 8.345.939 8.016.893 8.189.531 10.076.221 10.662.515 5,82% 27,76%

Iodeto de Sódio – Cápsulas

5.439.310 6.285.393 6.388.262 7.566.589 7.346.887 -2,90% 35,07%

Flúor-18 FDG 6.488.667 5.284.544 6.112.186 5.910.162 5.987.805 1,31% -7,72%

Citrato de Gálio 4.129.419 3.859.623 3.738.451 4.144.945 4.121.069 -0,58% -0,20%

Serviços 3.044.680 1.715.839 1.996.353 2.071.294 1.943.111 -6,19% -36,18%

IPEN96,03%

IEN0,93%

CDTN2,32%

IRD0,30%

CGTI0,00004%

CRCN/NE0,42%

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Comparação da Receita dos Principais Produtos

Desempenho do Faturamento dos Principais Produtos 2015 vs 2016

A demanda por radioisótopos e radiofármacos nos últimos anos tem se

comportado de maneira irregular, em função de dois aspectos distintos; o

primeiro se deve ao nível de desempenho observado na economia nacional,

uma vez que existe uma relação direta desta com o desenvolvimento e

expansão da medicina nuclear, e o segundo está vinculado a uma característica

técnica pela implementação de uma maior eficiência do setor na utilização e

aplicação dos produtos disponibilizados pela CNEN, como consequência das

crises de fornecimento de matéria-prima verificadas no mercado mundial.

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

Gerador deTecnécio

Iodeto de Sódio(I-131)

Iodeto de Sódio(I-131) Cápsulas

Flúor-18 FDG Citrato de Gálio Serviços

49

.98

9

8.3

46

5.4

39

6.4

89

4.1

29

3.0

45

53

.01

0

8.0

17

6.2

85

5.2

85

3.8

60

1.7

16

56

.50

8

8.1

90

6.3

88

6.1

12

3.7

38

1.9

96

73

.11

7

10

.07

6

7.5

67

5.9

10

4.1

45

2.0

71

78

.47

0

10

.66

3

7.3

47

5.9

88

4.1

21

1.9

43

x R

$ 1

.00

0

2012 2013 2014 2015 2016

7,32%

5,82%

1,31%

-2,9%

-0,6%

-6,2%

-8,00%

-6,00%

-4,00%

-2,00%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

Gerador de Tecnécio Iodeto de Sódio(I-131)

Iodeto de Sódio(I-131) Cápsulas

Flúor-18 FDG Citrato de Gálio Serviços

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O Gerador de Tecnécio obteve um crescimento financeiro positivo da ordem

de 7,32% em relação ao ano anterior, fato este diretamente relacionado ao

reajuste de preços de 2015. O Iodeto de Sódio-131 registrou variação positiva

de 5,82% quando comparado ao ano anterior. Já o Iodeto de Sódio-131 em

Cápsulas obteve decrescimento de 2,9% no mesmo período.

Em relação ao Citrato de Gálio, verifica-se decrescimento de 0,6%, lembrando

que este produto pode ser substituído, dependendo do caso, pelo Flúor-18

FDG, na realização de alguns procedimentos de diagnóstico para localização

de tumores em tecidos moles e lesões inflamatórias. Observa-se, por outro

lado, que o Flúor-18 FDG apresentou uma variação positiva em relação ao ano

anterior de 1,31%, mesmo estando em um mercado com forte atuação do setor

privado.

O crescimento positivo de 4,81% no faturamento total da CNEN em termos

financeiros, ocorreu principalmente devido aos reajustes de preços aplicados

em 2015 com impacto parcial nos resultados do mesmo ano e impacto pleno

em 2016. No entanto, considerando o desempenho em termos físicos dos

produtos Gerador de Tecnécio (99MTc), Iodeto de Sódio (131I), Iodeto de Sódio

em cápsulas (131I), Flúor-18 FDG e Citrato de Gálio que representam 84,73%

de todo faturamento da CNEN, verifica-se uma redução da

comercialização/demanda de cerca de 2,8% em 2016.

Nos Serviços prestados pela CNEN verifica-se que o desempenho em relação

ao ano anterior foi de -6,2% e computa no período de 2012 a 2016 resultado

negativo de 36,18%, estas variações podem ser explicadas pela política de

credenciamento de novos laboratórios de monitoração no país e pela

desaceleração da economia principalmente nos últimos três anos.

Em relação aos preços dos produtos e serviços comercializados, a CNEN

manteve os preços dos produtos e serviços inalterados em 2016. No entanto,

pensando em um horizonte saudável do ponto de vista orçamentário em 2017,

tornou-se inexorável a necessidade em realinhar os preços praticados pela

CNEN com sua cadeia de fornecimento. A alternativa viável no balanço

socioeconômico, dado o momento que passa o país, foi de um reajuste, a partir

de fevereiro de 2017, de 10% em todos os serviços e produtos com exceção do

18F-FDG, Fluoreto de Sódio (NaF), Indio-111, Gálio-67, Tálio-201, Iodo-131,

MIBI, Fontes seladas (Ba-133, Cs-137 e Co-57) e Sementes de Iodo-125

(Braquiterapia) que permaneceram com preços inalterados. Com esta medida,

espera-se que alguns riscos que poderiam gerar danos ou interrupção da

produção estejam minimizadas ou mitigados.

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2.3 RECEITA ARRECADADA

Analisando o desempenho da Receita Total da CNEN no exercício de 2016,

sob o prisma da arrecadação, verifica-se que a efetiva entrada de caixa oriunda

da comercialização dos produtos e serviços, da remuneração patrimonial, das

aplicações financeiras e da Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização–

TLC situou em torno de R$135.664.179 (cento e trinta e cinco milhões,

seiscentos e sessenta e quatro mil, cento e setenta e nove reais), representando

um acréscimo de 8,12% em relação ao ano anterior.

O quadro III e os gráficos a seguir ampliam o campo de análise, apresentando

a evolução do desempenho da Receita Arrecadada Total, por órgão, relativo ao

período de 2012 a 2016, demonstrando que o crescimento no período foi de

29,82% e indica crescimento médio anual de 6,74%.

Observando sob o prisma da participação por órgão na Receita Arrecadada,

tem-se o seguinte panorama:

Quadro III: Receita Arrecadada

ÓRGÃOS/ RECEITA

2012 (Em R$)

2013 (Em R$)

2014 (Em R$)

2015 (Em R$)

2016 (Em R$)

Crescimento no Período 2016 / 2015

Crescimento no Período 2016 / 2012

IPEN 86.662.547 86.624.225 94.656.878 111.996.398 119.018.687 6,27% 37,34%

IRD 882.232 652.897 535.187 445.441 357.124 -19,83% -59,52%

IEN 825.629 1.264.780 1.808.929 1.338.029 1.495.684 11,78% 81,16%

CDTN 1.918.730 2.131.899 1.942.730 2.946.251 3.240.660 9,99% 68,90%

CGTI 623 69 138 97 50 -48,45% -91,97%

TLC 7.459.267 6.742.409 6.755.976 6.042.273 6.839.992 13,20% -8,30%

SEDE 5.322.245 4.363.589 3.840.665 2.083.697 3.717.551 78,41% -30,15%

DIMAP 232.110 273.338 194.260 270.152 258.213 -4,42% 11,25%

CRCN/NE 1.193.904 496.154 209 352.018 736.168 109,13% -38,34%

TOTAL 104.497.287 102.549.360 109.734.972 125.474.356 135.664.179 8,12% 29,82%

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Comparação Receita Arrecadada

Participação na Receita Arrecadada 2016 - Por Órgão

Verifica-se que a diferença da Receita Arrecadada no exercício de 2016 em

relação ao ano anterior, em termos financeiros, representou acréscimo de

R$10.189.823 (dez milhões, cento e oitenta e nove mil e oitocentos e vinte e

três reais), significando um ganho monetário de 8,12%.

Vale informar, ainda, que a Receita Arrecadada, exclusivamente, de produtos

e serviços em relação à Faturada para o exercício de 2016, apresentou um

índice de recebimento de 99,2%, segundo quadro IV a seguir:

IPEN IEN CDTN IRD CGTI CRCN/NE DIMAP Sede TLC

11

9.0

18

.68

7

82

5.6

29

1.9

18

.73

0

88

2.2

32

62

3 1.1

93

.90

4

23

2.1

10

5.3

22

.24

5

7.4

59

.26

786

.66

2.5

47

1.2

64

.78

0

2.1

31

.89

9

65

2.8

97

69 4

96

.15

4

27

3.3

38

4.3

63

.58

9

6.7

42

.40

9

86

.62

4.2

25

1.8

08

.92

9

1.9

42

.73

0

53

5.1

87

13

8

20

9

19

4.2

60

3.8

40

.66

5

6.7

55

.97

6

94

.65

6.8

78

1.3

38

.02

9

2.9

46

.25

1

44

5.4

41

97 35

2.0

18

27

0.1

52

2.0

83

.36

7 6.0

42

.27

3

11

1.9

96

.39

8

1.4

95

.68

4

3.2

40

.66

0

35

7.1

24

50 25

8.2

13

73

6.1

68 2

.08

3.6

97 6.8

39

.99

2

2012 2013 2014 2015 2016

IPEN87,73%

IEN1,10%

CRCN/NE0,5426%

CDTN2,39%

IRD0,26%

TLC5,04%

SEDE2,74%DIMAP

0,19%CGTI

0,00004%

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Quadro IV: Índice de Recebimento

ÓRGÃOS EXERCÍCIO DE 2016 ÍNDICE DE

RECEBIMENTO (2016) (%) FATURADA (1) ARRECADADA (2)

IPEN 120.809.278 119.018.687 98,6%

IRD 379.238 357.124 94,2%

IEN 1.165.882 1.495.684 128,9%

CDTN 2.919.810 3.240.660 111,0%

CGTI 50 50 100,0%

CRCN/NE 530.079 736.168 138,9%

TOTAL 125.804.337 124.848.373 99,2%

Conforme se pode verificar, o índice de recebimento geral representou um

excelente resultado, e revela que a CNEN vem praticando, de maneira eficaz,

a política de cobrança dos seus Produtos e Serviços.

O gráfico a seguir demonstra a evolução desta política de cobrança, através do

índice de recebimento ao longo dos últimos anos.

Evolução do Indicador “Índice de Recebimento (%)” 2002 a 2016

Os números alcançados pelos índices de recebimento, ao longo dos anos

focalizados, evidenciam que a política de cobrança em relação aos clientes tem

surtido efeito, contribuindo para a disponibilidade de recursos próprios

necessários para dar prosseguimento aos projetos/atividades da CNEN.

100,0%

97,0%

95,0%

98,0%

101,0%

98,0% 98,0% 98,0% 98,2%

96,0%

100,6%99,8%

102,6%

99,5% 99,2%

90,0%

95,0%

100,0%

105,0%

110,0%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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2.4 RECOLHIMENTO DA TLC

Os recursos provenientes do recolhimento da Taxa de Licenciamento,

Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas

Instalações (TLC) - Lei Federal nº 9.765/1998 - durante o exercício em foco,

apresentaram um total de R$ 6.839.992 (seis milhões, oitocentos e trinta e

nove mil, novecentos e noventa e dois reais). Em comparação com o obtido

em 2015 de R$6.042.273 (seis milhões, quarenta e dois mil, duzentos e setenta

e três reais), representa um acréscimo monetário de R$ 797.719 (setecentos e

noventa e sete mil, setecentos e dezenove reais), representando um aumento de

13,2%.

Quadro V: Recolhimento da TLC por órgão

TLC 2016 Recebimento (R$)

CODRE - Reatores 1.890.000

CODIN - Ciclo do Combustível 150.700

DIMAP - Matérias-Primas e Minerais 1.483.138

CGMI - Instalações Médicas e Industriais 3.297.734

DIREJ - Rejeitos 18.420

TOTAL 6.839.992

Observando-se sob o prisma da participação por Órgão no recolhimento da

TLC, tem-se o seguinte panorama:

Participação no Recolhimento da TLC por Órgão

CODRE27,63%

CODIN2,20%

CGMI48,21%

DIMAP21,68%

DIREJ0,27%

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Do total de recursos arrecadados através da TLC, deve-se mencionar o

desempenho da CGMI - Instalações Médicas e Industriais com o recebimento

de cerca de R$3.297.734 (três milhões, duzentos e noventa e sete mil,

setecentos e trinta e quatro reais), representando a significativa participação de

48,21% do total da TLC.

Vale destacar também que a CODRE - Reatores obteve um recolhimento de

R$1.890.000 (um milhão, oitocentos e noventa mil reais), com 27,63% do

total da TLC recolhida, enquanto a DIMAP – Matérias-Primas e Minerais

auferiu recebimento de R$1.483.138 (um milhão, quatrocentos e oitenta e três

mil, cento e trinta e oito reais) representando 21,68% do total.

REFERÊNCIAS

- Base de dados da arrecadação da TLC - Divisão Comercial da CNEN.

- Informativo de Faturamento/Arrecadação de 2016 - CDTN.

- Informativo de Faturamento/Arrecadação de 2016 - CRCN-NE

- Informativo de Faturamento/Arrecadação de 2016 - IEN.

- Informativo de Faturamento/Arrecadação de 2016 - IPEN.

- Informativo de Faturamento/Arrecadação de 2016 - IRD.

- Sistema de Gestão do Recolhimento da União - 2.2.1 - SISGRU.

- Sistema Integrado de Administração Financeira / Módulo Conrazao - SIAFI.