governo do estado do rio de janeiro secretaria de … · 1.3 – princípios que regem o orçamento...

80
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONTADORIA GERAL DO ESTADO SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS Rio de Janeiro, 02 de março de 2010. Versão 1.0.1

Upload: others

Post on 31-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

CONTADORIA GERAL DO ESTADO SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS

Rio de Janeiro, 02 de março de 2010.

Versão – 1.0.1

Page 2: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 2

GOVERNADOR DO ESTADO SÉRGIO CABRAL FILHO

VICE - GOVERNADOR DO ESTADO LUIZ FERNANDO DE SOUZA

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

SECRETÁRIO RENATO AUGUSTO ZAGALLO VILLELA DOS SANTOS

CONTADOR-GERAL DO ESTADO FRANCISCO PEREIRA IGLESIAS

SUPERINTENDENTE DE NORMAS TÉCNICAS EM EXERCÍCIO

LUIZ ANTONIO DA CRUZ PINHEIRO

Equipe da Superintendência de Normas Técnicas:

THIAGO JUSTINO DE SOUSA JORGE PINTO DE CARVALHO JÚNIOR

MARCELO JANDUSSI WALTHER DE ALMEIDA FABIO BOGOSSIAN

HUGO FREIRE LOPES MOREIRA DAVID DE BRITO DANTAS

MARCIO ALEXANDRE BARBOSA SUELLEN MOREIRA GONZALEZ

BRUNO CAMPOS PEREIRA DANIELE RANGEL PINHEIRO CARVALHO

KELLY CRISTINA DE MATOS PAULA RAFAELA OLIVEIRA DA SILVA

TÂNIA MARIA DA SILVA DAIQUE ALEXANDRE NONATO DE SOUZA

IAN DIAS VELOSO DE ALMEIDA MERIELE DOS SANTOS CONCEIÇÃO

MARCELO DE MEDEIROS SILVA SILVANA DE JESUS FERREIRA

Page 3: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 3

APRESENTAÇÃO

Ao lançar o MANUAL DO GESTOR - MODULO I, a Superintendência de Normas Técnicas da Contadoria-Geral do Estado da Secretaria de Estado de Fazenda do Governo do Estado do Rio de Janeiro tem como objetivo oferecer aos Gestores Públicos, bem como aos profissionais de Contabilidade Pública; de Auditoria; Diretores de Departamentos Gerais de Administração Financeira, - DGAF´s e a todos aqueles que lidam na área de Contabilidade Pública, Controle, Administração Financeira e Auditoria, um suporte documental, atualizado, com textos da legislação federal, estadual e municipal, com vistas que os atos a serem praticados pelos Gestores Públicos, no desempenho de suas atribuições, sejam realizados em consonância com a legislação vigente, como não poderia deixar de ser, com o propósito maior de que a eficácia, a legitimidade, a autenticidade documental e a correção contábil sejam alcançadas.

O seu conteúdo busca a consolidação de normas gerais de direito

financeiro e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados dos Municípios e do Distrito Federal, conforme determina a Lei Federal n. º 4.320, de 17/03/64; as diretrizes constantes no Código de Administração Financeira e Contabilidade Pública do Estado do Rio de Janeiro, aprovado pela Lei Estadual n.º 287, de 04/12/79, e seus Decretos regulamentadores; Resoluções; Portarias; Deliberações do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, TCE-RJ; Estatuto das Licitações, Lei Federal N.º 8.666, de 21/06/93, com as alterações promovidas pelas Leis n.º 8.883, de 08/06/94 e 9.648, de 27/05/98 e Lei Complementar 101, de 02/05/2000.

Além do documental supracitado foram inseridos textos de legislação

Estadual , Fiscal e Previdenciária, e um facilitador ao usuário, que, através de Links, irá direcionar para as páginas inerentes às legislações ou à matéria sobre o assunto, a qual servirá para leitura ou pesquisa, na tomada de decisão.

Este MANUAL DO GESTOR - MODULO I, não esgota o assunto, pois o

mesmo é dinâmico por sua natureza. Servirá como repositório ordenado e sistemático da legislação a ser

aplicada nos atos praticados pelos Gestores Públicos. Será sempre atualizado quando novos dispositivos legais forem

publicados. A Superintendência de Normas Técnicas está à disposição de todos

para receber sugestões, críticas, como também, para elucidar dúvidas sobre qualquer capítulo do MANUAL DO GESTOR - MODULO I. Para tanto poderá ser utilizado o mailto:[email protected]

Page 4: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 4

O presente MANUAL DO GESTOR - MODULO I, já está disponibilizado na Internet na página da Secretaria de Estado de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, no sitio da Contadoria-Geral do Estado.

Page 5: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 5

Sumário

1 - ORÇAMENTO ............................................................................................................ 8

1.1 - CONCEITO ............................................................................................................. 8

1.2 - CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................... 8

1.3 – PRINCÍPIOS QUE REGEM O ORÇAMENTO ........................................................ 9

1.3.1 – PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE ...................................................................... 9

1.3.2 – PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ......................................................................... 10

1.3.3 – PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE ................................................................. 10

1.3.4 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE .......................................................................... 10

1.3.5 – PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA .................................... 11

1.3.6 – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ........................................................................ 11

2 - EXERCÍCIO FINANCEIRO E REGIME CONTÁBIL ................................................ 11

2.1 - EXERCÍCIO FINANCEIRO ................................................................................... 11

2.2 - REGIMES DA CONTABILIDADE PÚBLICA ........................................................ 12

2.3 - RESTOS A PAGAR .............................................................................................. 12

3 - CONCEITOS BÁSICOS DE RECEITA E DE DESPESA PÚBLICA ........................ 13

3.1 – RECEITA ORÇAMENTÁRIA ............................................................................... 14

3.2 - CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA .......................................... 15

3.2.1 - INSTITUCIONAL................................................................................................ 15

3.2.2 – QUANTO À NATUREZA ................................................................................... 15

3.2.3 - FONTE DE RECURSOS .................................................................................... 17

3.2.4 – FUNCIONAL ..................................................................................................... 18

4 - ESTÁGIOS DA REALIZAÇÃO DA DESPESA ........................................................ 20

4.1 - FIXAÇÃO DA DESPESA ...................................................................................... 20

4.2 – EMPENHO DA DESPESA ................................................................................... 20

4.2.1 - CONCEITOS ...................................................................................................... 20

4.2.2 - MODALIDADES ................................................................................................ 21

4.2.3 - DA FORMALIZAÇÃO ........................................................................................ 23

4.3 – LIQUIDAÇÃO DA DESPESA .............................................................................. 25

4.4. DO PAGAMENTO .................................................................................................. 31

5 - REGIME DE EXECUÇÃO DAS DESPESAS ........................................................... 36

Page 6: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 6

5.1 - DESPESAS POR PROCESSO NORMAL DE APLICAÇÃO. ............................... 36

5.2 – ADIANTAMENTOS. ............................................................................................. 37

5.3 - SUBVENÇÕES / AUXÍLIOS - QUADRO DEMONSTRATIVO .............................. 40

5.3.1 – SUBVENÇÕES ................................................................................................. 40

5.3.2 – SUBVENÇÕES SOCIAIS / AUXÍLIOS .............................................................. 40

5.3.3 - SUBVENÇÕES ECONÔMICAS ........................................................................ 41

5.3.4 - PRESTAÇÃO DE CONTAS DE SUBVENÇÕES E AUXÍLIOS AO

ÓRGÃO COMPETENTE. .............................................................................................. 41

5.3.4.1 - DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE

CONTAS ....................................................................................................................... 42

5.3.4.2 - APRESENTAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS AO TCE-RJ .................. 43

5.4 - DESPESAS SOB O REGIME DE DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITOS ......... 44

5.4.1 - DESCENTRALIZAÇÕES INTERNAS DE CRÉDITOS - PROVISÃO. ............... 44

5.4.2 - DESCENTRALIZAÇÕES EXTERNAS DE CRÉDITOS - DESTAQUE. ............. 44

5.5 - DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA) .......................................... 44

6 - TÓPICOS DA LEGISLAÇÃO UTILIZADA NA ANÁLISE DA DESPESA................ 45

6.1 – LICITAÇÃO .......................................................................................................... 45

6.1.1 - DOS PRINCÍPIOS .............................................................................................. 48

6.1.2 - DAS MODALIDADES ........................................................................................ 50

6.1.2.1 - CONCORRÊNCIA ........................................................................................... 50

6.1.2.2 - TOMADA DE PREÇOS .................................................................................. 51

6.1.2.3 - CONVITE ........................................................................................................ 51

6.1.2.4 - CONCURSO ................................................................................................... 51

6.1.2.5 - LEILÃO ........................................................................................................... 51

6.1.2.6 – PREGÃO ........................................................................................................ 52

6.1.3 - DA DISPENSA ................................................................................................... 53

6.1.4 – DA INEXIGIBILIDADE ...................................................................................... 56

6.1.5 - Das Modalidades e Valores Estimados da Contratação (art. 23, I, II,

Lei Federal nº 8.666/93 e alteração Lei Federal nº 9.648, de 27 de maio de

1998 e art. 217, Lei Estadual n.º 287/79) ................................................................... 58

6.2 – Dos Contratos ..................................................................................................... 59

7 – BENS PATRIMONIAIS ........................................................................................... 61

7.1 - CONCEITO ........................................................................................................... 61

8 - DESPESAS QUE MERECEM DESTAQUE ............................................................. 62

8.1 - Despesas com Publicidade ............................................................................ 62

Page 7: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 7

8.2 - Contratação de Pessoal Temporário ............................................................. 62

8.3 – Despesas com Diárias e Traslado ................................................................ 63

8.3.1. – Conceito de Diárias e Traslado ................................................................. 63

8.3.2 – Das Diárias ................................................................................................... 63

8.3.2.1 Requisitos para a Concessão de Diárias .................................................. 63

8.3.2.2 Dos valores .................................................................................................. 64

8.3.2.3 Da não concessão ....................................................................................... 64

8.3.3 Diárias no exterior .......................................................................................... 65

8.3.4 - Do Traslado .................................................................................................. 65

8.3.4.1. Da Concessão ............................................................................................ 65

8.3.4.2 Dos valores .................................................................................................. 65

8.3.4.3 Da não concessão ....................................................................................... 66

8.3.5 Disposições gerais ........................................................................................ 66

8.3.6 Anexos do Decreto nº 41.644 e 41.645 de 15/01/09 ,42.896 de

24/03/11 ........................................................................................................................ 67

8.3.7 RESOLUÇÃO CONJUNTA CASA CIVIL/ SEPLAG Nº 16, DE 12/05/09 .......... 67

8.4 – Sentenças Judiciais - Precatórios .................................................................... 67

8.5 - Da Contratação de Seguros ............................................................................... 71

8.5.1- Contratação de Seguros em Geral .................................................................. 71

8.5.2 – Contratação de Seguros envolvendo veículos da Frota Estadual .............. 71

8.6 – Das Despesas com aquisição de combustíveis .............................................. 71

9 – Assuntos GERAIS que Merecem Destaque ........................................................ 71

9.1. Tipificação da Despesa ........................................................................................ 71

9.2. Implantação da Transação "ALTMODAPLI" - Altera Modalidade de

Aplicação ..................................................................................................................... 72

9.3 - Implantação do “ANALICONT” - Análise Contábil .......................................... 72

9.4 - Módulo de Termino de Mandato – Deliberação 248 – TCE .............................. 72

9.5 – Alienação de Imóvel Público ............................................................................. 73

9.6 - Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC ................................... 73

9.7 – Consórcios Públicos .......................................................................................... 76

10 – Prestação de Contas dos Ordenadores ............................................................ 80

10.1 – Da Obrigação .................................................................................................... 80

Page 8: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 8

1 - ORÇAMENTO Voltar ao Topo

1.1 - Conceito

O Orçamento é um processo de planejamento contínuo e dinâmico do qual o

Estado se utiliza para demonstrar seus planos e programas de trabalho, para

determinado período, obedecidos aos princípios da unidade, universalidade,

anualidade e exclusividade.

1.2 - Classificação

O Sistema Orçamentário encontra fundamento constitucional nos arts. 165 a

169 da Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, e arts.

209 a 213 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, promulgada em 05 de

outubro de 1989. Os dispositivos mencionados da Constituição Federal indicam

os instrumentos normativos do sistema:

Consultar na Página da SEPLAG- RJ, no Índice Planejamento:

a lei complementar de caráter financeiro; a lei do plano plurianual; a lei de diretrizes orçamentárias; a lei orçamentária anual (lei do orçamento anual).

A Lei que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 24, incisos I e II, da Constituição Federal, e a Lei Federal n.º 4.320 de 17 de março de 1964. No Estado do Rio de Janeiro é a Lei Estadual n.º 287/79, de 04 de dezembro de 1979, que trata do Código de Administração Financeira e Contabilidade Pública. A lei que instituir o plano plurianual, estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e metas da administração pública estadual para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada (§ 1º, do Inc. III, Art. 209 da Constituição Estadual). A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública estadual, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária, e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento(§ 2º, do Inc. III, Art. 209 da Constituição Estadual). A lei orçamentária anual compreenderá: (§ 5º, do Inc. III, Art. 209 da

Constituição Estadual).

Page 9: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 9

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. (§ 6º, do Inc. III, Art. 209 da Constituição Estadual).

Os orçamentos previstos nos itens I e II, acima, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. (§ 7º, do Inc. III, Art. 209 da Constituição Estadual).

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo, na proibição, a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. (§ 8º, do Inc. III, Art. 209 da Constituição Estadual).

1.3 – Princípios que regem o Orçamento

Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

efetivamente o orçamento. São voltados especificamente à matéria

orçamentária, e são encontrados na própria Constituição da República vigente,

de forma implícita ou expressa.

Podemos elencar alguns princípios como: o Princípio da Exclusividade, o

Princípio da Anualidade, o Princípio da Universalidade, o Princípio da

Legalidade, o Princípio da Transparência Orçamentária, o Princípio da

Publicidade, entre outros princípios que não trataremos no presente trabalho.

1.3.1 – Princípio da Exclusividade

Esse princípio está expresso na Carta Política, observado no seu art. 165, § 8º,

onde: “A Lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da

receita e à fixação da despesa (...)”.

Esse mesmo dispositivo prevê uma exceção ao princípio em tela, que, em sua

parte final, diz: “(...) não se incluindo na proibição a autorização para abertura

Page 10: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 10

de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que

por antecipação de receita, nos termos da lei.”

Nesse sentido, segue a disposição do Art. 25, da Lei Estadual n.º 287/79.

1.3.2 – Princípio da Anualidade

Esse princípio funda-se na característica fundamental do orçamento, que é sua

periodicidade.

Verifica-se esse princípio expresso no Art. 165, inciso III e § 5º da Carta

Magna, no Art. 34 da Lei Federal 4.320/64, e no Art. 9º da Lei Estadual n.º

287/79, os quais determinam que “O exercício financeiro coincidirá com o ano

civil“.

Nas palavras de José Afonso da Silva, “o princípio da anualidade sobrevive e

revive no sistema, com caráter dinâmico-operativo, porquanto o plano

plurianual constitui regra sobre a realização das despesas de capital e das

relativas aos programas de duração continuada, mas não é operativo por si, e

sim por meio do orçamento anual”.

1.3.3 – Princípio da Universalidade

“Segundo o doutrinador Kiyoshi Harada, esse princípio significa que as

parcelas da receita e da despesa devem figurar em bruto no orçamento, isto é,

sem quaisquer deduções”.

Deve haver a inclusão de todas as rendas e despesas dos Poderes, Fundos,

Órgãos, Entidades da Administração Direta e Indireta etc., no orçamento anual

geral. Assim dispõe a regra do Art. 165, § 5º da Constituição da República, e

também comenta o Art. 12 da Lei Estadual n.º 287/79.

1.3.4 – Princípio da Legalidade

Em geral, o princípio da legalidade é aquele segundo o qual ninguém é

obrigado a fazer, ou deixar de fazer senão em virtude de lei. Esse princípio

decorre da garantia expressa no Art. 5º, inciso II de nossa atual Constituição da

República.

Em se tratando da Administração Pública, verificamos que o princípio da

legalidade revela-se em verdadeira obrigação de fazer unicamente aquilo que

dispõe a lei.

Page 11: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 11

1.3.5 – Princípio da Transparência Orçamentária

Esse princípio está expresso no Art. 165, § 6º da Constituição da República,

onde o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativos

regionalizados do efeito, sobre as receitas e despesas decorrentes de

isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,

tributária e creditícia. Tem sua previsão, também, na Constituição do Estado do

Rio de Janeiro, no art. 209, § 6º.

Possibilita, ainda. que, posteriormente, proceda-se à fiscalização e ao controle

interno e externo da execução orçamentária.

“Nos dizeres de Kiyoshi Harada, esse princípio orçamentário nada mais é do

que o desdobramento do princípio da transparência tributária, que está inserido

no § 5º, do art. 150 da Constituição da República, segundo o qual a lei

determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos

impostos que incidam sobre mercadorias e serviços”.

1.3.6 – Princípio da Publicidade

Decorre, inicialmente, da previsão Constitucional inserida no Art 37, onde a

Administração Pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

A Carta Magna determinou, também, sua observância relativamente aos

projetos de leis orçamentárias (Art. 166, § 7º), além de ordenar,

especificamente, a publicação pelo Poder Executivo, até trinta dias após o

encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária

(Art. 165, § 3º).

2 - Exercício Financeiro e Regime Contábil Voltar ao Topo

2.1 - Exercício Financeiro

É o período durante o qual será executado o orçamento público, ou seja, o período em que

serão arrecadadas as receitas previstas e despendidos os recursos fixados no orçamento.

Conforme estabelece o art. 34 da Lei Federal n.º 4.320/64 e art. 9º da Lei

Estadual n.º 287/79, o Exercício Financeiro coincidirá com o ano civil, iniciando-

se em 1º de janeiro e encerrando-se em 31 de dezembro.

Page 12: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 12

2.2 - Regimes da Contabilidade Pública

Regime Contábil

O registro das receitas orçamentárias obedecerá ao regime de caixa, sendo consideradas pertencentes, ao exercício, as receitas nele arrecadadas (Lei Estadual n.º 287/79, art. 10, I). Pertencem ao exercício financeiro:

As receitas nele arrecadadas; As despesas nele legalmente empenhadas.

Regime Contábil

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do

período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se

correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento.

O registro das despesas obedecerá ao regime de competência, sendo

consideradas pertencentes ao exercício as despesas nele legalmente

empenhadas (Lei Estadual n.º 287/79, art.10, II).

2.3 - Restos a Pagar

Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até

31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.

LEI COMPLEMENTAR FEDERAL N.º. 101 de 04 de maio de 2000.

(Art.41 e Art.42 e Parágrafo único)

LEI N.º 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

(Art.11 os incisos I e II e os Artigos 134 a 137, com os respectivos parágrafos e incisos)

LEI N. º 4.320, 17 DE MARÇO DE 1964.

(Art.36 e Parágrafo único)

Observações:

De acordo que dispõe o Decreto sobre o Encerramento do Exercício de nº 42.682 de 29 de outubro de 2010, do art. 7º, parágrafo único, não serão cancelados os Restos a Pagar Processados cujos credores aderiram ao

Page 13: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 13

programa de pagamento e parcelamento instituído pelos Decretos nº 40.874/07 e nº 41.377/2008, e aos programas das entidades da administração indireta, custeados com recursos próprios.

Consultar: Manual de Procedimentos Contábeis para o Encerramento do Exercício - 2010, em relação aos procedimentos da inscrição dos Restos a Pagar.

3 - Conceitos Básicos de Receita e de Despesa Pública Voltar ao Topo

Receita Pública do Estado é o produto dos impostos, taxas, contribuições,

auxílios, tarifas e preços de alienações, bem como os rendimentos do seu

Patrimônio e dos recursos obtidos do lançamento de empréstimos, obedecidos

aos princípios estabelecidos pela Lei Federal n.º 4.320, de 17 de março de

1964; Lei Estadual n.º 287, de 04 de dezembro de 1979 (CAFC), e Lei

Complementar Federal n.º 101, de 04 de maio de 2000 (LRF).

Despesa Pública é todo desembolso efetuado pelo Estado no atendimento dos

serviços e encargos assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos

da Constituição, da Lei ou em decorrência de Contratos e outros instrumentos.

Ao observarmos os ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei

Complementar Federal n.º 101, de 04 de maio de 2000, a Despesa Pública é

prevista nos arts. 15 ao 24, sendo de maior importância a observância ao

disposto no art. 15 desta Lei Complementar.

Em relação ao disposto na Lei Federal n.º 4.320/64, cuida-se da despesa

pública nos artigos 58 a 70.

Cabe ressaltar, que pertencem ao exercício financeiro (art. 9º, Lei Estadual n.º

287/79), as despesas nele empenhadas, imperativo legal inserido no art. 10,

inciso II, da Lei Estadual n.º 287/79.

Pode-se dizer que, o emprego do dinheiro para consecução de objetivos

públicos constitui o elemento essencial da despesa pública, proporcionando,

aos seus administrados, serviços essenciais ao bem-estar público em respeitos

aos princípios constitucionais consagrados em nosso ordenamento jurídico

pátrio, contribuindo para o mínimo da dignidade humana, a exemplo de

serviços como saúde, transporte, entre outros.

Em análise da LRF (Lei Complementar n.º 101/2000), a receita pública

encontra-se estipulada nos arts. 11 ao 14.

Em relação ao disposto na Lei Federal n.º 4.320/64, cuida-se da receita pública nos artigos 51 a 57. As Receitas e Despesas Públicas desdobram-se em:

Page 14: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 14

Orçamentárias; Extra-orçamentárias.

As Receitas Orçamentárias são aquelas previstas na legislação orçamentária.

Destinam-se a atender às Despesas Orçamentárias devidamente autorizadas.

A Receita Orçamentária pode ser classificada por fonte de recursos e pela

classificação econômica estabelecida na Lei Federal n.º 4.320/64, de 17 de

março de 1964.

As Receitas e Despesas Extra-orçamentárias são, respectivamente, os

recebimentos e pagamentos de recursos:

que não estão previstas e fixadas na lei de orçamento, tais como: cauções, consignações, vencimentos não reclamados, depósitos de terceiros, etc;

ou que, pela sua natureza, não constituem receitas ou despesas orçamentárias, tais como operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), Restos a Pagar, para compensar sua inclusão na Despesa Orçamentária, e os valores arrecadados que revestem características de simples transitoriedade de classificação no passivo.

3.1 – Receita Orçamentária

Conceito

O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer

entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e

de aplicação de recursos em determinado período.

À arrecadação da Receita Orçamentária correspondem todos os ingressos

disponíveis para cobertura das despesas orçamentárias, e para as operações,

que mesmo sem o ingresso de recursos, financiem despesas orçamentárias,

como é o caso das chamadas operações de crédito em bens e /ou serviços.

Em 2001, para atender às disposições da Lei Complementar nº 101, de 4 de

maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, no que se refere à

uniformização dos procedimentos de execução orçamentária, no âmbito da

União, Estados, Distrito Federal e Municípios, o conteúdo do Anexo III, da Lei

Federal n.º 4.320/64, foi consubstanciado no Anexo I da Portaria

Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001,alterada pela

Interministerial STN/SOF nº 519, de 27 de novembro de 2001 e Portaria-

Conjunta nº 2,de 6 de agosto de 2009,com a discriminação da receita para

todos os entes da Federação, ficando facultado o seu desdobramento para

atendimento das respectivas peculiaridades.

Page 15: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 15

3.2 - Classificação da Despesa Orçamentária

As Despesas Orçamentárias podem ser classificadas com base no estabelecido pela Lei Federal n.º 4.320/64, e Portarias da Secretaria de Orçamento e Finanças - SOF, do Governo Federal.

3.2.1 - Institucional

A Despesa é classificada por Órgãos e Unidades Orçamentárias – U.O., de forma a permitir um melhor controle do Erário e sua distribuição, evidenciando a política econômico-financeira e o programa de governo, obedecidos aos princípios da unidade, universalidade, anualidade e exclusividade.

Exemplo:

Órgão: 20000 - SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

Unidades Orçamentárias: 200100 - Gabinete do Secretário

200200 - Subsecretaria de Controle

200300 - Departamento Geral de Administração

200400 - Conselho de Contribuintes

3.2.2 – Quanto à Natureza

A despesa é classificada segundo as categorias econômicas e seus

desdobramentos, conforme abaixo:

1 – Despesas Correntes (§§ 1º e 2º, do Art. 12 da Lei Federal n.º 4.320, de

17 de março 1964)

Consideram-se despesas correntes:

Despesas de custeio, que são as dotações para manutenção de serviços

anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de

conservação e adaptação de bens imóveis.

Transferências correntes, que são as dotações para despesas às quais não

correspondam a contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para

contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras

entidades de direito público ou privado.

2 – Despesas de Capital (§§ 4º , 5º e 6º do Art. 12, da Lei Federal n.º 4.320

de 17 de março 1964)

Consideram-se despesas de capital os investimentos, as inversões financeiras

e as transferências de capital.

Page 16: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 16

Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:

I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a

objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de

seguros.

São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões

financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,

independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços,

constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem

diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como

as dotações para amortização da dívida pública.

As tabelas para classificação da despesa por categoria econômica, grupo de

despesa, modalidade de aplicação, elemento e subelemento constam no

classificador de Receita e Despesa (Decreto nº 41.126, de 09 de janeiro de

2008), periodicamente revisto e atualizado pela Secretaria de Planejamento e

Gestão – SEPLAG,e aprovado por Decreto do Chefe do Poder Executivo.

A especificação da despesa quanto a sua natureza, adotada pelo Estado do

Rio de Janeiro, é a estabelecida pelo (Decreto nº 41.126, de 09 de janeiro de

2008), e alterações posteriores, que conjugam tabelas de categorias

econômicas, grupos de despesa, modalidades de aplicação, elementos de

despesa e sub-elementos da despesa.

De acordo com esse critério a despesa é identificada por um conjunto de oito

dígitos, assim distribuídos:

Page 17: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 17

X.X.XX.XX.XX

Exemplo: A despesa referente à compra de combustível será classificada da

seguinte forma: :

3.3.90.30.13, onde:

3, significa despesa corrente (categoria econômica);

3, outras despesas correntes (grupo de despesa);

90, aplicações diretas (modalidade de aplicação);

30, material de consumo (elemento);

13, combustível destinado a veículo individual (subelemento).

3.2.3 - Fonte de Recursos

A despesa é classificada de acordo com a fonte de receita que a financia, ou seja, a origem dos recursos. Entre as diversas fontes utilizadas, destacam-se as seguintes:

– Recursos do Tesouro

00 - Ordinários Provenientes de Impostos

01 - Ordinários Não Provenientes de Impostos

04 - Indenização pela Extração de Petróleo

05 - Salário Educação

06 - Fundo de Participação dos Estados

07 - Demais Transferências da União Provenientes de Impostos

11 - Operações de Crédito Através do Tesouro

20 - Ressarcimento de Pessoal - Área de Segurança

21 - Operações de Crédito destinadas à Ações de Meio Ambiente

22 - Adicional do ICMS - FECP

Categoria econômica

Grupo de despesa Modalidade de Aplicação

Elemento

Subelemento

Page 18: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 18

26 - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico;

– Recursos de Outras Fontes

10 - Arrecadação Própria - Administração Indireta

12 - Convênios - Administração Direta

13 - Convênios - Administração Indireta

14 - Convênios PAC - Adminstração Direta

15 - Fundo de Manutenção e Desenvolv.da Educação Básica e de Valorização

Profissional da Educação - FUNDEB

16 - Convênios PAC - Administração Indireta

17 - Operações de Crédito Através da Administração Indireta

18 - Convênios Intra-orçamentários - Administração Direta

19 - Convênios Intra- orçamentários - Administração Indireta

25 - Sistema Único de Saúde

96 - Multa pela Infração do Código de Defesa do Consumidor

97 - Conservação Ambiental

98 - Outras Receitas da Administração Indireta

99 - Outras Receitas da Administração Direta.

Consultar página da SEPLAG/RJ – Classificador de Receitas e Despesas

3.2.4 – Funcional

A despesa é classificada por Função, Sub-função, Programa e Projeto, Atividade ou Operações Especiais, obedecendo à seguinte estrutura de codificação, conforme estabelece a Portaria n.º 42, de 14/4/99, do Ministro de Estado do Orçamento e Gestão.

Page 19: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 19

XX.XXX.XXXX.XXXX

Função – representa o maior nível de agregação das ações do

Governo;

Subfunção – é o desdobramento da função, pelo qual se estabelecem

produtos finais que concorrem para a solução dos problemas da

sociedade;

Programa – instrumento de organização da ação governamental

visando a concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado

por indicadores estabelecidos no plano plurianual; e

Projeto / atividade / Operações Especiais – são a materialização dos

objetivos dos programas.

Exemplo:

Na classificação Funcional definida por 01.031.0002.2213,

01 representa a Função Legislativa;

031, a Sub-função Ação Legislativa;

0002, o Programa Gestão Administrativa; e

2213, a Atividade Reformar, Equipar, e Ampliar Instalações.

Portaria n.º 42, de 14/4/99, do Ministro de Estado do Orçamento e Gestão.

“Art. 1º As funções a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria.

................................... § 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. ...................................

Função

Subfunção

Programa

Projeto/Atividade/

Operações Especiais

Page 20: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 20

§ 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. .................................. Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por: a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo; c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo; d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.” (Portaria N.º 42, de 14 de abril de 1999)

4 - Estágios da Realização da Despesa Voltar ao Topo

A Despesa Pública Orçamentária passa por três estágios, de acordo com a Lei Federal n.º 4.320/64. Porém, doutrinariamente, alguns autores consideram, também, a fase da Fixação da Despesa.

4.1 - Fixação da Despesa

A fixação é a etapa inicial da despesa pública, e está consubstanciada em

vários dispositivos Constitucionais, pois a Constituição Federal veda,

expressamente, que as despesas excedam os créditos orçamentários ou

adicionais (art. 167 - II).

4.2 – Empenho da Despesa

4.2.1 - Conceitos

“O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.” (art. 58 da Lei Federal n.º 4.320/64, e art. 84 da Lei Estadual n.º 287/79)

Page 21: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 21

“É vedada a realização de despesa sem prévio empenho ou acima do limite dos créditos orçamentários concedidos” (arts. 59 e 60 da Lei Federal n.º 4.320/64 e Lei Estadual n.º 287/79, art. 87). O Empenho será autorizado pelo Ordenador da Despesa (Lei Estadual n.º

287/79, Art. 82) através da Nota de Autorização de Despesa - NAD, sendo

esta facultativa.

O Empenho materializa-se pela emissão da nota de empenho, comentando

Heraldo da Costa Reis, que há hipóteses em que se pode dispensar esta

exigência, como aquelas do § 1º, do Art. 60, da Lei Federal n.º 4.320/64, onde

é passível de dispensa da Nota de Empenho, desde que regulamentadas na lei

complementar ou supletiva estadual ou municipal, a exemplo de despesas ou

obrigações de contratos de adesão, de convênios ou contratos expressos,

entre outros casos. Nesse sentido, caminha a legislação Estadual, onde

observamos esta dispensa inserida no art. 88, § 1, da Lei Estadual n.º 287/79.

4.2.2 - Modalidades

De acordo com as características da despesa, são definidas três modalidades de Empenhos (Art. 87, Parágrafo Único, da Lei Estadual n.º 287/79):

Empenho Ordinário Destinado à despesa cujo valor se conhece e que será pago em uma única

parcela.

Exemplo: Aquisição de um bebedouro, pago em uma única vez.

Empenho Estimativo

É utilizado nos casos em que não é possível a determinação prévia do valor

exato da despesa, podendo o pagamento ser efetuado em uma única vez, ou

parceladamente. Por essa razão, estima-se um valor e se estabelece um

cronograma de pagamento.

Exemplo: pagamento de contas de energia elétrica, água e telefone.

A cada parcela do Empenho Estimativo a ser paga, acontece uma transação de

Liquidação Parcial desse Empenho e a emissão de uma Ordem de Pagamento.

Constatada a insuficiência do valor estimado para atender à despesa

empenhada, admite-se a sua complementação mediante o reforço do

Empenho.

Trata-se de um novo Empenho cujo valor é acrescentado ao valor do

Empenho Estimativo.

Page 22: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 22

Convém ressaltar que como em qualquer caso de reforço de Empenho, é

obrigatória a existência de saldo no Empenho a ser reforçado.

Empenho Global Utilizado nos casos de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante de pagamento é previamente conhecido. Exemplo: Despesa com locação de imóvel

Devem-se considerar dois fatores para a utilização dessa modalidade de

empenho. A primeira, revela-se no prévio conhecimento do valor total da

obrigação, ou das parcelas vincendas. A segunda concentra-se no

parcelamento da obrigação, deve ser executada por etapas. Assim, o empenho

prévio na modalidade global, destina-se a facilitar a execução da despesa, na

medida em que autoriza a concentração dos empenhos, que seriam feitos de

forma parcelada considerando-se as etapas de execução do contrato, em um

único empenho, tendo por base o valor total do contrato.

Cumpre notar, que, na hipótese da execução exceder os limites do exercício

financeiro não será possível a utilização desta modalidade de empenho. Esse

impedimento decorre do imperativo legal inserido no art. 88, da Lei Estadual n.º

287/79, que determina que apenas será empenhado o valor correspondente a

parte da execução compreendida no exercício financeiro corrente, não sendo

possível empenhar valores relativos à exercícios financeiros subseqüentes.

Essa é a interpretação compreendida do mandamento legal em tela, cujo teor

se transcreve a seguir:

Art. 88 – A despesa que, por determinação legal ou

contratual, se tenha de realizar em vários exercícios,

só será empenhada, em cada ano, pelos

quantitativos correspondentes ao exercício do

compromisso.

Nesta esteira, muito embora se tenha o valor exato e conhecido da obrigação,

e essa venha a se realizar por etapas, caso exceda o exercício financeiro,

apenas poderá compreender os quantitativos correspondentes ao exercício do

compromisso. É possível, porém, valer-se do empenho global para as

obrigações, parceladas, correspondentes ao exercício do seu adimplemento,

sendo vedado englobar valores estranhos ao exercício financeiro do

compromisso.

Imperioso ressaltar,a necessidade da observância aos mandamentos previstos

na LRF (Lei Complementar 101/2000), onde a Lei Orçamentária não poderá

consignar dotação para investimento com duração superior a um exercício

financeiro que não esteja previsto no plano plurianual. Regra que trazemos à

colação a seguir:

Page 23: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 23

Art. 5º. O projeto de lei orçamentária anual,

elaborado de forma compatível com o plano

plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e

com as normas desta Lei Complementar:

(omissis)

§ 5º. A lei orçamentária não consignará dotação para

investimento com duração superior a um exercício

financeiro que não esteja previsto no plano

plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão,

conforme disposto no § 1o do art. 167 da

Constituição.

Pelo exposto, as obrigações que excederem a um exercício financeiro, além de

estarem previstas no PPA (plano plurianual), não poderão ser empenhadas

pela modalidade global considerando-se a totalidade do contrato, mas apenas

pela parte referente ao exercício do compromisso.

Como sabido, compete-nos repetir, que pertencem ao exercício financeiro as

despesas nele legalmente empenhadas, como determina o mandamento legal

previsto no art. 35, inciso II, da Lei Federal 8.666/93. Esta regra transcreve-se

no art. 10, inciso II, da Lei Estadual n.º 287/79, como verificamos a seguir:

Art. 10. Pertencem ao exercício financeiro: (omissis) II – as despesas nele empenhadas.

4.2.3 - Da Formalização

Art. 7º da Resolução SEFCON n.º 6.024 de 27/03/2001

§ 2º - A Nota de Autorização de Despesa - NAD poderá ser utilizada como documento autorizativo de despesa, sendo que, nestes casos, obrigatoriamente, fará parte integrante do processo.

Para as formalidades do empenhamento da despesa deverão ser observados,

além da Lei Estadual n.º 287/79, Artigos 81 ao 89, a Portaria n.º 103/SECIN de

23/12/88, alterada pela Portaria n.º 108/SECIN, de 28/02/1989.

O Empenho será formalizado por meio da emissão, através do SIAFEM/RJ,

com eventos do tipo “4”, do documento denominado Nota de Empenho (NE),

onde são especificados, entre outros, os seguintes campos:

data de emissão, número da NE no SIAFEM/RJ, e código do evento; identificação da Unidade Gestora emitente; nome, CGC/CNPJ ou CPF, e endereço do credor; programa de trabalho, natureza da despesa, fonte dos recursos e valor

da despesa;

Page 24: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 24

modalidade de Empenho; modalidade de Licitação, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referência

legal, número do processo e especificação; NE de referência, no caso de reforço ou anulação; cronograma de desembolso; especificação do objeto da despesa, quantidade e preços unitários e

totais; tipo de Empenho; assinatura do servidor responsável pela emissão da NE; assinatura do Ordenador de Despesa/preposto; assinatura do responsável pela Coordenação Contábil, ou órgão

equivalente. Resolução 3.029, de 26/04/1999 Evento é o instrumento utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento de telas e/ou documentos de entrada no SIAFEM, para transformar atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis automáticos. O código do Evento é composto de seis algarismos, assim

estruturados: XX.X.XXX , onde: os dois primeiros algarismos identificam a Classe, ou seja, o conjunto

de Eventos de uma mesma natureza de registro (exemplo: os Eventos da Classe 40 registram a emissão de Empenhos; os da Classe 51, a apropriação da despesa no estágio da Liquidação; os da Classe 52, as obrigações e retenções para pagamento posterior; e os da Classe 53 ou 7(eventos tipo 7 são destinados, em sua maioria para programação de desembolso “PD”), a liquidação dessas obrigações com o respectivo pagamento);

terceiro algarismo identifica o Tipo de Utilização do Evento (exemplo: 0 quando utilizado diretamente pelo Gestor; 1, quando se tratar de Evento interno do próprio SIAFEM, também chamado Evento de máquina; e 5, para estorno de Evento do Gestor); e

os três últimos algarismos indicam a numeração sequencial dos Eventos. Exemplos: 400091 – Evento destinado a empenhamento da despesa. 510110 - Evento destinado a liquidação de despesas com serviços de terceiros pessoa jurídica.

Da Despesa Pública e sua geração está formalizada na Lei Complementar n.º 101, de 04 de maio de 2000, nos artigos de 15 ao 16. De forma a facilitar a emissão da Nota de Empenho no SIAFEM/RJ, os pontos abaixo relacionados devem ser analisados quando do recebimento da Nota de Autorização de Despesa - NAD, ou documento que o substitua: Número do Processo; Órgão, unidade, função, programa, subprograma, atividade ou projeto,

número de ordem, natureza de despesa, de conformidade com o quadro de detalhamento da despesa;

Page 25: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 25

Sub-elemento / item; Fonte de recursos, Espécie de empenho; Valor que se está empenhando; Valor por extenso do empenho; Nome do favorecido, CNPJ, CPF, endereço completo; Especificação da despesa; Espécie da licitação, sua dispensa ou inexigibilidade; Prazo de entrega dos materiais ou serviços; Data e assinatura do responsável pela emissão da NAD, se houver; Data, assinatura e amparo legal da Autoridade Ordenadora da Despesa; e , Data, assinatura e amparo legal da Autoridade Ratificadora da Despesa,

quando houver necessidade. Quando da utilização de um evento no SIAFEM/RJ, várias são as contas utilizadas de forma a permitir um correto controle contábil daquilo que se pretende realizar. Quando do empenhamento de uma despesa: Documento no SIAFEM/RJ "NE" Evento a ser utilizado: 400091 - EMPENHAMENTO DA DESPESA

400092 - REFORCO DO EMPENHO

400093 - ANULAÇÃO DO EMPENHO

Notamos portanto, que um único empenho envolve a contabilização do valor

proposto em diversas contas contábeis, que permitirão o controle até mesmo

nas fases imediatamente posteriores, ou seja, a liquidação e o pagamento.

4.3 – Liquidação da Despesa

“A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, com o fim de apurar”: I - a origem e o objeto do que se deve pagar; "(Lei Estadual n.º 287/79, Art. 90, § 1º, 1)" II - a importância exata a pagar; "(Lei Estadual n.º 287/79, Art. 90, § 1º, 2)"

III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação."( Lei

Estadual n.º 287/79, ,Art. 90, § 1º, 3)"

“A liquidação da despesa terá por base:” (Lei Estadual n.º 287/79, Art. 90, §2º).

I - o contrato, ajuste ou acordo se houver;

Page 26: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 26

II - a nota de empenho;

III - os comprovantes de entrega do material ou da prestação efetiva do serviço

ou execução da obra, que serão apresentados no original.

No SIAFEM/RJ, a Liquidação é formalizada por meio da “DL” – Documento de

Liquidação, com o Evento tipo 51.0.XXX. Nesse procedimento, a despesa é

classificada até o nível de Sub-elemento, ou seja, com a seguinte estrutura de

codificação:

X.X.XX.XX.XX , onde:

O primeiro algarismo indica a Categoria Econômica;

O segundo indica o Grupo de Despesa;

O terceiro e o quarto indicam a Modalidade de Aplicação;

O quinto e o sexto indicam o Elemento; e

O sétimo e o oitavo indicam o Sub-elemento.

LEI N.º 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

Aprova o Código de Administração Financeira e Contabilidade Pública do

Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências

Seção II

Da Liquidação

Art. 90 - A liquidação da despesa consiste na verificação do direito do credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. § 1º - Esta verificação tem por fim apurar: 1) a origem e objeto do que se deve pagar; 2) a importância exata a pagar; 3) a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. § 2º - A liquidação da despesa por fornecimento feito, serviço prestado ou obra executada terá por base: 1) o contrato, ajuste ou acordo, se houver; 2) a nota de empenho; 3) os comprovantes da entrega do material, da prestação efetiva do serviço ou da execução da obra; 4) prova de quitação, pelo credor, das obrigações fiscais incidentes sobre o objeto da liquidação. § 3º - Os documentos de que trata o item 3 deverão conter declaração expressa, assinada por dois servidores, excetuado o ordenador da despesa, de que foi recebido o material, executado o serviço ou realizada a obra em condições satisfatórias para o serviço público.

Page 27: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 27

§ 4º - Para os fins do item 4 deste artigo, a prova de quitação abrangerá, tão-somente, as obrigações fiscais de ordem estadual que incidam, especificamente, sobre o objeto da liquidação, e poderá ser feita pelo documento fiscal que, para efeito do fornecimento do material, da prestação de serviço ou execução da obra, estiver obrigado o credor a emitir. § 5º - Nos casos de realização de obra ou aquisição e instalação de equipamentos especiais, será indispensável declaração assinada por profissional habitado do Estado em que ateste sua execução, as condições técnicas de realização e a concordância com plantas, projetos, orçamentos e especificações respectivas. Art. 91 - Como comprovante de despesa só serão aceitas as primeiras vias de Nota Fiscal ou documento equivalente, no caso de não obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal. § 1º - No caso de extravio ou inutilização da primeira via do documento fiscal, poderá ser aceita cópia do documento devidamente autenticada pela repartição fiscal competente. § 2º - Em caso de extravio ou inutilização, a Nota de Empenho poderá ser suprida por cópia reprográfica devidamente autenticada, uma vez publicada a ocorrência no órgão oficial do Estado. Art. 92 – A liquidação da despesa, na Administração Estadual, será feita pelas Unidades Gestoras executoras da despesa.(*) Parágrafo único - A regularidade da liquidação da despesa será atestada e certificada por profissional qualificado da área contábil.(*) (*) Nova redação dada pelo Art. 1º da Lei n.º 3.506/2000. (...)

De forma a verificar a condição de conformidade para emissão da “DL” –

Documento de Liquidação no SIAFEM/RJ, deverão ser observados os

seguintes itens:

Se a especificação, o nome do beneficiário e o valor são os mesmos na proposta, na nota de empenho e na nota fiscal;

Se os cálculos aritméticos estão corretos; Se a primeira via da nota de empenho consta do processo; Se a primeira via da nota fiscal consta do processo; Se na primeira via da nota fiscal consta declaração expressa assinada por

dois servidores, excetuado o ordenador de despesa, de que foi recebido o material, executado o serviço ou realizada a obra em condições satisfatórias para o serviço público;

Se houve substituição por documento hábil, devidamente atestado; Se a entrega do material ou execução do serviço foi feita dentro do prazo; Se o atraso na entrega do material ou execução do serviço está

devidamente justificado, caso tenha ocorrido; Se houve a devida aplicação da multa regulamentar, quando for o caso; Se o cálculo das obrigações tributárias está correto, quando for o caso; Se a isenção de obrigações tributárias está justificada, quando for o caso; Conclusão.

Apontar na forma de Conclusão, tomando como base os itens acima:

Page 28: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 28

Se o processo se reveste das formalidades legais;

Se a despesa está liquidada e pode ser providenciado o pagamento;

Se o processo deve retornar ao órgão de origem, para cumprir exigência, neste

caso as exigências devem ser relacionadas de forma clara e objetiva, visando

uma fácil compreensão e saneamento, retornando o mais breve possível para

conclusão da liquidação.

Observações:

A NF-E será obrigatória para compra governamental a partir de 1º de dezembro

de 2010. A liquidação poderá ser efetuada normalmente caso as notas fiscais

de modelo 1 ou 1A que tenham sido emitidas antes dessa data.

A obrigatoriedade da emissão da NF-e em substituição a esses modelos está

prevista na cláusula segunda do Protocolo ICMS 42, de julho de 2009,

estendendo-se inclusive às operações comerciais com empresas públicas e

sociedades de economia mista.

Os setores públicos - Estados, Municípios, União e Distrito Federal - não

poderão aceitar Notas Fiscais nos modelos 1 ou 1 A a partir de 1º de dezembro

de 2010, pois esse serão considerados inidôneos pela Receita Estadual e

Federal.

O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma representação

gráfica simplificada da NF-e e tem como funções, dentre outras, conter a chave

de acesso da NF-e (permitindo assim a consulta às suas informações na

Internet) e acompanhar a mercadoria em trânsito, esse documento e seus

dizeres e indicações estejam bem legíveis.

Ajuste Sinief nº 07/05

Cláusula nona Fica instituído o

Documento Auxiliar da NF-e - DANFE, conforme

leiaute estabelecido no „Manual de Integração -

Contribuinte‟, para acompanhar o trânsito das

mercadorias acobertado por NF-e ou para facilitar a

consulta da NF-e, prevista na cláusula décima quinta

§ 1º O destinatário deverá verificar a validade e autenticidade da NF-e e a existência de Autorização de Uso da NF-e.

§ 2º Caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-e, alternativamente ao disposto no caput, o destinatário deverá manter em arquivo o DANFE relativo a NF-e da operação, devendo ser apresentado à administração tributária, quando solicitado.

Page 29: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 29

Observação:

DANFE impresso em contingência – DPEC, formulário de segurança para

impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA),

esse documento impresso em no mínimo em duas vias em decorrência de

problemas técnicos, tendo uma das vias que permitirá o trânsito das

mercadorias e deverá ser mantida em arquivo pelo destinatário pelo prazo

estabelecido na legislação tributária para a guarda de documentos fiscais.

O Órgão Público receberá o DANFE juntamente com a mercadoria e deverá

realizar a verificação da validade da assinatura digital e a autenticidade do

arquivo digital da NF-e (o destinatário tem à disposição o aplicativo

“visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil) e a concessão da

Autorização de Uso da NF-e, mediante consulta eletrônica à Secretaria da

Fazenda Estadual ou Portal Nacional da NF-e.

A consulta de autenticidade da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) deverá ser realizada no portal do Município de domicilio de origem do documento.

Realizadas as consultas acima descritas e verificadas a existência e a validade da NF-e ou NFS-e, o resultado da pesquisa deverá ser certificado pelo contabilista responsável conforme dispõe o artigo 3º da Instrução Normativa CGE nº 001/10. Desta forma o DANFE poderá ser utilizado como documento hábil para a comprovação documental junto ao Tribunal de Contas, em substituição às notas fiscais em papel modelos 1 e 1A.

PROTOCOLO ICMS 191, DE 30.11.2010 – Prorroga o início da vigência da

obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, pelo critério de

CNAE, prevista no Protocolo ICMS 42/09.

Nota:

O Caput:

"Cláusula primeira Fica prorrogado para 1º de julho de 2011, o início da

vigência da obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica - NF-

e, modelo 55, prevista no Protocolo ICMS 42/09, de 3 de julho de 2009,

para os contribuintes que tenham sua atividade principal

enquadrada em um dos seguintes códigos da Classificação

Nacional de Atividades Econômicas:"

Dessa forma,os contribuintes que tenham os códigos CNAE citados no

Protocolo ICMS 191, também estão as empresas que transacionam com os

Page 30: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 30

Órgãos Públicos, autarquias, sociedades de economia mista,empresas que

realizam operações interestaduais e empresas que fazem operações de

importação/exportação.

O prazo alterado da obrigatoriedade para as operações(incisos I, II e III da

Cláusula segunda do Protocolo ICMS n.º 042/2009 ) se aplicará TÃO-

SOMENTE para os estabelecimentos de empresas que tenham sua atividade

PRINCIPAL enquadrada em um dos seguintes códigos da CNAE:

- a partir de 1° de julho de 2011

PROTOCOLO ICMS 191, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2010

PROTOCOLO ICMS 195, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2010

1811-3/01, 1811-3/02, 4618-4/03, 4647-8/02, 4618-4/99, 5310-5/01, 5310-5/02,

5811-5/00, 5812-3/00, 5813-1/00, 5821-2/00, 5822-1/00 e 5823-9/00 e,

- a partir de 1° de março de 2011

PROTOCOLO ICMS 194, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2010

6110-8/01, 6110-8/02, 6110-8/03, 6110-8/99, 6120-5/01, 6120-5/02, 6120-5/99,

6130-2/00, 6141-8/00, 6142-6/00, 6143-4/00, 6190-6/01, 6190-6/02 e 6190-

6/99.

ATENÇÃO !

A partir de 1° de julho de 2011 os critérios de obrigatoriedade de utilização da

NF-e para todas as operações efetuadas não mais se darão por

estabelecimento, e sim pela empresa. Ou seja, se pelo menos um

estabelecimento da empresa se achar sob obrigatoriedade esta será

estendida para TODOS OS ESTABELECIMENTOS da empresa.

Art. 1º da Resolução SEFAZ n.º 266/2009

§ 4º - A obrigatoriedade aplica-se a todas as operações efetuadas em

todos os estabelecimentos dos contribuintes referidos neste artigo, que estejam

localizados neste Estado, ficando vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1

ou 1-A, pelos mesmos, observado o disposto no § 8º deste artigo.

V – até 30 de junho de 2011, as disposições do § 4.º deste artigo não se

aplicam ao estabelecimento do contribuinte que não esteja enquadrado em

nenhum dos códigos da CNAE constantes da relação do Anexo Único,

observado o disposto no § 2.º;

Como exemplo, temos a obrigatoriedade para a rede varejista ligada aos

Centros de Distribuição (CD). Ou seja, a empresa que teve o seu CD obrigado

à utilização de NF-e, a partir de 1° de março de 2011, por força da

Page 31: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 31

Resolução SEFAZ n° 378/2011, a partir de 1° de julho de 2011 terá TODOS os

seus estabelecimentos varejistas também sob obrigatoriedade

A NF-e é o documento fiscal usado nas transações comerciais por contribuinte

devidamente habilitado perante a Receita Estadual e começou a ser emitida

em abril de 2008, em caráter obrigatório, por determinados setores em

substituição às notas tradicionais modelos 1 ou 1-A.

Para orientação consultar o sitio da Contadoria-Geral do Estado no menu:

MANUAL DE UTILIZAÇÃO DO DOCUMENTO DE LIQUIDAÇÃO – DL DO

SIAFEM/RJ

Estando em condições de se dar prosseguimento à liquidação, é emitida então

uma DL - Documento de Liquidação, no SIAFEM/RJ.

NOTA :

Nas operações destinadas à Administração Pública, direta ou indireta, inclusive

empresa pública e sociedade de economia mista, de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, desde que possua

inscrição estadual, ficam os contribuintes não emitentes de Nota Fiscal

Eletrônica - NF-e autorizados a emitir Cupom Fiscal ou, no lugar deste, Nota

Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, desde que: (cf. art. 50-A do

Convênio SINIEF s/n°, de 15/12/70, acrescentado pelo Ajuste SINIEF 16/2011

– efeitos a partir de 1° de janeiro de 2012)

I – a mercadoria seja destinada a uso ou consumo;

(cf. inciso I do art. 50-A do Convênio SINIEF s/n°, de 15/12/70, acrescentado

pelo Ajuste SINIEF 16/2011 – efeitos a partir de 1° de janeiro de 2012)

II – o valor da operação não ultrapasse 1% (um por cento) do limite

definido na alínea a do inciso II do caput do artigo 23 da Lei Federal n°

8.666, de 21 de junho de 1993.

(cf. inciso II do art. 50-A do Convênio SINIEF s/n°, de 15/12/70, acrescentado

pelo Ajuste SINIEF 16/2011 – efeitos a partir de 1° de janeiro de 2012)

Obs.: Para fins de enquadramento no limite de 1% (R$ 800,00), é prudente

atentar ao entendimento do Tribunal de Contas que considera o valor global do

contrato nas aquisições/operações da mesma natureza.

4.4. Do Pagamento

Consiste na quitação do valor devido ao credor, extinguindo dessa forma a

obrigação. Antes de sua efetivação, faz-se necessária, pelo Ordenador da

Page 32: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 32

Despesa ou servidor com delegação de competência de cada Secretaria, das

Autarquias e das Fundações, a ordenação, para pagamento, nos respectivos

processos de liquidação, a despesa para a elaboração da PD ou outro meio de

pagamento, sendo que a regra é a PROGRAMAÇÃO DE DESEMBOLSO "PD”.

,com base na Resolução Conjunta SEFAZ/SEPLAG nº 28 de 03 de março de

2008, regulamentada pela Portaria da CGE nº 132 de maio de 2008.

Por meio da Resolução Conjunta SEFAZ/CASA CIVIL nº 130 de 29 de

dezembro de 2011 estabelece os procedimentos para os pagamentos de bens

e serviços de qualquer natureza prestados ao Estado do Rio de Janeiro, a

partir de 1º de janeiro de 2012.

Portanto, recomendamos aos responsáveis pelos pagamentos, para que

observem atentamente a leitura da norma, com o proposito de orientar

corretamente aos Fornecedores e Credores Pessoas Físicas ou Jurídicas, em

relação a abertura de conta no Banco Oficial do Estado do Rio do Janeiro e

observando o art. 1º que trata da abertura da conta bancária no Banco Oficial

do Estado Rio de Janeiro, dos contratados a partir de 1º de janeiro de 2012; O

art. 2º ,Inciso I e II, paragrafo único no que diz da vigência do contrato que se

encerre até 31.12.2011 e 31.01.2012 e da opção dos fornecedores com

créditos inscritos em restos a pagar, para que verifiquem a situação do

enquadramento do domicilio bancário e do art. 3º da obrigatoriedade de

abertura de conta no Banco Oficial do Estado do Rio de Janeiro, no que versa

sobre prazo-limite dos contratos firmados e vigência.

Quadro sinótico

Resolução SEFAZ/CASA CIVIL nº 130 de 30/12/2011 CONTA CORRENTE

Art. 1º. Todos os fornecedores da Administração

Direta e Entidades da Administração Indireta do

Estado do Rio de Janeiro, compreendendo as

Autarquias e Fundações, contratados a partir de 1º

de janeiro de 2012, deverão, obrigatoriamente, abrir

conta corrente para recebimento de crédito à vista

no Banco Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

Obrigatório no Banco Oficial do Estado do Rio

de Janeiro.

Page 33: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 33

Art. 2º. Fornecedores com contratos firmados

anteriores à data especificada no art. 1º poderão permanecer com seu domicílio bancário desde que enquadrados nas seguintes situações:

I - Fornecedores cuja vigência de contrato se encerre até 31.12.2011 e cujos pagamentos sejam inscritos em restos a pagar; e

II - Fornecedores cuja vigência de contrato se encerre até 31.01.2012.

Parágrafo único. Os fornecedores com créditos inscritos em restos a pagar, conforme disposto no inciso I, poderão optar pelo seu recebimento em conta corrente no novo Banco Oficial do Estado.

Pode permanecer no Banco Itaú S/A

Pode permanecer no Banco Itaú S/A

Opção pelo Banco Itaú ou Banco Oficial do

Estado Rio de Janeiro.

Art. 3º. Fornecedores com contratos firmados

anteriores à data especificada no art. 1º e cuja vigência será posterior a 31.01.2012 deverão

obrigatoriamente abrir conta corrente para recebimento de crédito à vista no Banco Oficial do Estado do Rio de Janeiro, tendo prazo-limite de 31.01.2012.

Obrigatório no Banco Oficial do Estado do Rio

de Janeiro. (contratos firmados e vigência

posterior a 31.01.2012, observar o prazo-

limite)

Observação:

Nenhum pagamento será efetivado no SIAFEM/RJ sem a correspondente emissão da Programação de Desembolso – PD.

LEI N.º 287, de 04 de dezembro de 1979

Aprova o Código de Administração Financeira e Contabilidade Pública do

Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências

(...)

Seção III

Do Pagamento

Page 34: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 34

Art. 93 - A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa, devidamente liquidada, seja paga. Parágrafo único - A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documento processado pelos órgãos de contabilidade. (*) Parágrafo revogado pelo Art. 1º da Lei n.º 3.506/2000. Art. 94 - Para efetivação da ordem de pagamento, o órgão competente examinará: I - se consta: a) por extenso, o nome do credor e a importância a pagar; no caso de ordens coletivas, o nome e o número de credores, bem assim as quantias parciais e o total de pagamento; b) a classificação da despesa; II - se a despesa foi regularmente liquidada.(*)Nova redação dada pelo

Art. 1º da Lei n.º 3.506/2000.

Art. 95 - Os pagamentos serão feitos pelo Estado, em cheques nominativos, ordens de pagamento, crédito em conta ou, em casos especiais em títulos da Dívida Pública Estadual, à vista de ordem de pagamento. § 1º - As despesas pagáveis fora do Estado, por fornecimento e serviços indispensáveis e urgentes, poderão ser satisfeitas através de ordem de pagamento, de crédito ou de remessa de cambiais, por intermédio do Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. - BANERJ. § 2º - Nenhuma quitação poderá ser aceita sob reserva ou condição. Art. 96 - As autoridades mencionadas nos incisos I a X do artigo 82 deste Código manterão e movimentarão sua respectiva "Conta Única de Recursos a Utilizar", em agência do Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. - BANERJ subordinada ao "Fundo de Recursos a Utilizar", que compreende: (*)Redação dada pela Lei n.º 1.346 de 16/09/1988. I - as cotas e as transferências que vierem a ser liberadas para a execução do orçamento; II - as receitas próprias, as transferências da União ou de Municípios, os recursos provenientes de contratos, acordos, ajustes e convênios, o produto de restrições de consignações a favor de terceiros e outros recursos financeiros de que a entidade seja titular ou depositária. § 1º - As contas únicas serão movimentadas exclusivamente por cheques nominativos. § 2º - Às autoridades referidas no caput deste artigo é vedado: a) a movimentação para outras contas ou outros estabelecimentos bancários; b) a manutenção de depósito a prazo fixo ou outras aplicações financeiras; c) o desdobramento das Contas Únicas para simples controle, exceto nos casos em que, em vista de legislação federal, houver necessidade de demonstrar fontes e aplicações de recursos. § 3º - Não se compreendem no disposto no parágrafo anterior as aplicações financeiras das autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas, com disponibilidades

Page 35: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 35

resultantes de receitas próprias, bem como dos Fundos Especiais, desde que devidamente autorizadas pelo governador. (*) redação dada pela Lei n.º 1.548 de 16/10/1989. § 4º - Não será admitido o débito na conta "Fundo de Recursos a Utilizar" como forma de pagamento de despesa. Art. 97 - O "Fundo de Recursos a Utilizar", com as suas respectivas "Contas Únicas de Recursos a Utilizar", será mantido e movimentado em instituição bancária oficial designada pela Secretaria de Estado de Fazenda, e terá a denominação de "Estado do Rio de Janeiro - Tesouro do Estado - Fundo de Recursos a Utilizar". § 1º - Para a movimentação da "Conta Única de Recursos a Utilizar" o titular da conta ou autoridade delegada requisitará ao Banco talões de cheques assim caracterizados: 1) cruzado em preto, para atender ao pagamento de despesa acima de 5 (cinco) Valores de Referência; 2) sem cruzamento, para as despesas e adiantamentos até 5 (cinco) Valores de Referência. § 2º - É vedada a emissão de mais de um cheque sem cruzamento, para pagamento da mesma nota fiscal ou documento equivalente. § 3º - A abertura, o encerramento, a fusão ou qualquer modificação da "Conta Única de Recursos a Utilizar", bem como os desdobramentos necessários por exigência legal, somente serão processados por ordem expressa da secretaria de Estado de Fazenda. § 4º - As contas em nome do Tesouro Estadual serão movimentadas exclusivamente pela Secretaria de Estado de Fazenda. Art. 98 - No caso de pagamento a mais ou indevido, a autoridade competente providenciará o recolhimento da respectiva importância ao Tesouro Estadual, que será classificada como anulação de despesa, se ainda estiver aberto o exercício relativo ao pagamento ou como receita orçamentária, em caso contrário. Art. 99 - Os serviços e os órgãos de preparo de pagamento manterão registro especiais dos atos suspensivos ou impeditivos de pagamentos. § 1º - As quantias sequestradas ou penhoradas a favor de terceiros somente lhes poderão ser pagas mediante mandato, expedido pela autoridade competente. § 2º - Enquanto não requisitada a entrega das somas penhoradas ou sequestradas, serão as ordens de pagamento arquivadas nas repartições pagadoras, tendo anexos os mandados relativos ao sequestro ou à penhora. Art. 100 - O Tesouro Estadual não pagará vencimento, remuneração ou quaisquer vantagens, sob qualquer título ou pretexto, sem expressa autorização decorrente de lei ou ato que a regulamente. Art. 101 - O pagamento do inativo ou pensionista só será feito depois de sua inscrição em registro próprio, com base no respectivo processo, após apreciada sua legalidade pelo Tribunal de Contas. Parágrafo único - O servidor, quando aposentado, receberá, a título de abono de proventos, e a partir da data da publicação do ato de aposentadoria, importância mensal proporcional ao tempo de serviço apurado, computados vencimentos e vantagens, independentemente da apreciação da legalidade, pelo Tribunal de Contas, do respectivo ato.

Page 36: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 36

Art. 102 - Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, sendo proibida a designação especial de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim. (...)

5 - Regime de Execução das Despesas Voltar ao Topo

5.1 - Despesas por Processo Normal de Aplicação.

São aquelas em que as próprias Unidades Orçamentárias realizam todas as etapas do seu processamento, ou da sua dispensa ou inexigibilidade.

O processamento normal para uma licitação é o seguinte:

Constata a carência do material/serviço necessário (requisitante); Formula expediente solicitando, detalhadamente, o material/serviço

necessário (requisitante); Constata a impossibilidade de atendimento ou a eminência de falta (área

de material); Providencia a cotação para estimar a despesa (área de material); Sugere a forma de aquisição fundamentadamente - indicando modalidade

e tipo - (área de material); Verifica a disponibilidade orçamentária e informada sua existência -

exigência legal -(área financeira); Autoriza a aquisição - início da licitação pública - Ordenador de Despesa; Bloqueia o valor estimado para a despesa (área financeira); Expede a documentação oficial para aquisição (área de material); Aprecia eventuais instrumentos convocatórios/contratos, pronunciando-se; Junta ato(s) de designação dos membros da Comissão Permanente de

Licitação (CPL); Designa dia/hora/local para a realização da Abertura da Licitação,

observando a viabilidade do cumprimento do prazo legal mínimo (CPL); Providencia publicação e/ou expede documentação divulgatória (área de

material); Entrega a documentação convocatória aos interessados qualificados –

cadastrados previamente - (área de material); Na data aprazada recebe os envelopes com a documentação habilitatória e

o com as propostas, e abre os de habilitação (CPL); Divulga habilitações/inabilitações, devolve envelopes-proposta dos

inabilitados, abre os dos habilitados e lavra a Ata (CPL);

Page 37: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 37

Analisa as propostas, preenche o Mapa Comparativo de Preços/notas, julga, divulga o resultado e lavra a Ata (CPL);

Sonda os preços de mercado (área de material); Homologa a licitação e adjudica o objeto (Ordenador de Despesa); Registra o valor real da despesa e emite o documento de Autorização da

Despesa (área financeira); Analisa o processo pela área contábil (área contábil); Emite o empenho (área orçamentária/financeira); Entrega-se a primeira via do empenho ao(s) adjudicatários(s) e formalizam-

se eventuais contratos (área de material).

5.2 – Adiantamentos.

Consiste na entrega de numerário a servidor, devidamente credenciado sempre

precedida de Empenho na dotação orçamentária própria, a fim de realizar

despesas que não possam se subordinar ao processo normal de execução.

(Lei Estadual n.º 287/79, art. 103 ao 115; Decreto n.º 3.147/80, alterado pelo

Decreto n.º 18.827/93).

São despesas especialmente processáveis pelo regime de adiantamentos:

• Concessão

1 - despesas com diligências policiais até R$ 20.000,00 (vinte mil reais),

Decreto n.º 3.147/80,alterado pelo Decreto n.º 18.827/93. Classificação da

Despesa 3390.30.XX, ou 3390.39.XX;

2 - despesas eventuais de gabinete até R$ 20.000,00 (vinte mil reais),

conforme Decreto n.º 3.147/80, alterado pelo Decreto n.º 18.827/93.

Classificação da Despesa 3390.30.XX, 3390.39.XX, ou 4490.52.XX;

3 - despesas miúdas de pronto pagamento até R$ 4.000,00 (quatro mil reais),

conforme Decreto n.º 3.147/80, alterado pelo Decreto n.º 18.827/93. Dispensa

de licitação conforme Art. 24, II, Lei Federal n.º 8666/93. Classificação da

Despesa 3390.39.24;

4 - despesas extraordinárias ou urgentes até R$ 20.000,00 (vinte mil reais),

salvo se tratar de aquisição de gêneros alimentícios, quando esse limite poderá

ascender a até R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), independendo, neste último

caso, de autorização do Governador do Estado, conforme Decreto n.º 3.147/80,

alterado pelo Decreto n.º 18.827/93. Dispensa de licitação conforme Art. 24, IV

Lei Federal n.º 8666/93. Classificação da Despesa 3390.30.XX, ou 3390.39.XX;

5 - despesas de caráter secreto ou reservado até R$ 20.000,00 (vinte mil

reais), conforme Decreto n.º 3.147/80, alterado pelo Decreto n.º 18.827/93.

Page 38: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 38

Dispensa de licitação conforme Art. 24, IV, Lei Federal n.º 8.666/93.

Classificação da Despesa 3390.30.XX, ou 3390.39.XX.

Importante:

Não se concederá adiantamento: (Art. 3º, do Decreto n.º 3.147/80)

→ a servidor em alcance (servidor, responsável por adiantamento, que

não apresentou comprovação dentro do prazo);

→ a servidor responsável por 2 adiantamentos a comprovar;

→ a servidor que não esteja em efetivo exercício;

→ a servidor que esteja respondendo a inquérito administrativo;

→ ao ordenador de despesas ou do pagamento do adiantamento.

Qualquer despesa relativa ao adiantamento somente poderá ser

efetuada após a sua autorização, cujo pagamento, só será permitido, também,

após o seu o recebimento (Art. 8º, Decreto n.º 3.147/80).

Aplicação

Prazo máximo de 60 dias corridos para efetuar as despesas, a partir da data da

assinatura da autorização na NAD (Nota de Autorização da Despesa), Art. 12,

Decreto n.º 3.147/80.

Não sendo gasto todo o valor do adiantamento, o responsável deverá devolvê-

lo ao Estado através de depósito em conta bancária, no mesmo prazo da

aplicação (Art. 12, III, Decreto n.º 3.147/80).

Todas as despesas efetuadas terão como comprovantes as primeiras vias de

Notas Fiscais, com data contemporânea ou posterior à da autorização do

adiantamento, em nome e com CNPJ do Órgão concedente (Art. 16, § 2º,

Decreto n.º 3.147/80).

Todo material adquirido ou serviço prestado deve ser especificado claramente

no documento fiscal (valores, quantidade, etc.).

Todos os documentos fiscais, comprovantes de despesas, deverão conter

declaração expressa do recebimento, no próprio documento. (Art. 12, § 2º,

Decreto n.º 3.147/80).

Todos os documentos fiscais comprovantes de despesas deverão conter

atestação, por dois servidores, do recebimento do material ou a prestação do

serviço. A autoridade requisitante dará o visto. (Art. 12, § 4º, Decreto n.º

3.147/80).

Page 39: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 39

Todo adiantamento só poderá ser aplicado e devolvido dentro do exercício

financeiro (ano) em que foi concedido.(Art. 12, § 5º, Decreto n.º 3.147/80).

Observar atentamente os tópicos sobre legislação, no Modulo II Aspectos

Tributários, com referência a IRRF, e INSS sobre autônomos, aplicáveis sobre

as despesas de adiantamentos.

Comprovação

O prazo para comprovação é de 30 dias após o último dia para aplicação. (Art.

15, § 1º, Decreto n.º 3.147/80).

O Processo de Comprovação será encaminhado à autoridade requisitante, no

prazo acima, através de Ofício.

A autoridade requisitante tem o prazo de cinco dias, a contar da data do

recebimento do Processo de Comprovação do Adiantamento, para encaminhá-

lo a Assessoria de Contabilidade Analítica, ou órgão equivalente.(Art. 19 do

Decreto n.º 3.147/80). A Assessoria de Contabilidade Analítica, ou órgão

equivalente de contabilidade, disporá de 25 dias para o exame do processo.

(Art. 20 do Decreto n.º 3.147/80)

O prazo para cumprimento de exigências é de 20 dias, a contar do seu retorno.

(Art. 20, do Decreto n.º 3.147/80).

O Ordenador da Despesa terá o prazo de cinco dias, a contar do seu

recebimento, para aprovar ou impugnar a comprovação. (§ único do art. 20, do

Decreto n.º 3.147/80).

O Processo de Comprovação de Adiantamento deverá ser instruído com os

seguintes elementos: (Art. 16 do Decreto n.º 3.147/80):

1. 1ª via da Nota Empenho; 2. Recibo do depósito bancário (*); 3. Mapa Discriminativo da Despesa; 4. Comprovante de Despesas (notas fiscais, recibos, etc.); 5. Comprovante do recolhimento do saldo do adiantamento, se houver; 6. NAD de anulação (se for o caso); 7. Cheques não utilizados; 8. Comprovante declarando a inexistência do material adquirido em estoque,

emitido pelo órgão competente; 9. Autorização para abertura de conta corrente bancária, em nome do servidor

responsável pelo adiantamento, vinculada ao valor do adiantamento a ser depositado.(Res. SEF n.º. 3.047 de 13/07/1999);

10. Extratos bancários, com o saldo "zerado".

(*) Desconsiderar, no caso de recebimento através de execução de "PD", pelo

SIAFEM/RJ.

Page 40: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 40

5.3 - Subvenções / Auxílios - Quadro demonstrativo

TÍTULOS CLASSIFICAÇÃO

CONTÁBIL APLICAÇÃO

ENTIDADES

BENEFICIADAS

SUBVENÇÕES Transferências

Correntes

Despesas Correntes

Custeios

Pessoas Jurídicas de

Direito Público ou

Privado com ou sem

fins lucrativos

AUXÍLIOS Transferências

de Capital

Despesas de Capital

Investimentos e

Inversões Financeiras

Pessoas Jurídicas de

Direito Público ou

Privado sem fins

lucrativos

5.3.1 – Subvenções

São transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades de

qualquer natureza, com exceção das empresas com fins lucrativos, salvo se a

concessão tenha sido expressamente autorizada em Lei, (Art. 19, da Lei

Federal N.º 4.320/64 e Art. 41, da Lei Estadual n.º 287/79), destinadas à:

Promover e desenvolver a cultura, inclusive física e desportiva, em qualquer de suas modalidades ou graus;

Promover amparo ao menor, ao adolescente, ao adulto desajustado ou enfermo;

Promover a defesa da saúde coletiva ou a assistência médico-social ou educacional;

Promover o civismo e a educação política; Promover a incrementação do turismo e de festejos populares, em datas

marcantes do calendário.

5.3.2 – Subvenções Sociais / Auxílios

São recursos repassados pelo Estado, a instituições públicas ou

privadas, - sem fins lucrativos. - para auxiliar ou estimular a prestação de

serviços essenciais de assistência social, médica, educacional ou

cultural. Em suma, são recursos para serem utilizados em caráter social.

ENTIDADES BENEFICIADAS: Instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos.

FINALIDADE: Auxiliar ou estimular a prestação de serviços essenciais de

assistência social, médica e educacional, em suplementação à iniciativa

privada.

Page 41: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 41

CONCESSÃO: Com base nas unidades de serviços a serem efetivamente

prestados ou postos à disposição dos interessados

CONDIÇÕES: Obediência a padrões mínimos de eficiência previamente

fixados. Condições satisfatórias de funcionamento julgadas pelos órgãos de

fiscalização, bem como, as previstas no artigo 41, da Lei Estadual n.º 287/79

5.3.3 - Subvenções Econômicas

São recursos repassados pelo Estado, às empresas públicas ou privadas que tenham caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, com ou sem fins lucrativos, para cobertura dos déficits de manutenção, de diferença de preços de mercado e de revenda de gêneros alimentícios ou outros materiais, bem como, para pagamento de bonificações ou produtos de determinados gêneros ou materiais. ENTIDADES BENEFICIADAS: Empresas públicas ou privadas que tenham caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, com ou sem fins lucrativos.

FINALIDADE: Cobertura dos déficits de manutenção ou funcionamento de

entidades da Administração Indireta. Cobertura de diferença de preços de

mercado e de revenda de gêneros alimentícios ou outros materiais. Pagamento

de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.

CONCESSÃO: Com base no interesse público. Para as empresas de fins

lucrativos, exige-se autorização em Lei Especial.

CONDIÇÕES: A serem fixadas em Lei Especial.

5.3.4 - Prestação de Contas de Subvenções e Auxílios ao órgão competente.

(Órgão que concedeu o Auxilio ou Subvenção)

Definição: De acordo com o art. 8º, do Decreto n.º 3.148/80, que regulamentou o Capitulo II, do Título X, do Código de Administração Financeira e Contabilidade Pública (Lei Estadual n.º 287/79), “Prestação de Contas é o procedimento pelo qual, dentro dos prazos fixados em lei, regulamento ou instrução, o responsável está obrigado, por iniciativa pessoal, a comprovar, ante o órgão competente, o uso, o emprego ou a movimentação dos bens, numerários e valores que lhe foram entregues ou confiados”.

O processo de Prestação de Contas será constituído do conjunto desses

documentos comprobatórios organizados em pasta, onde estão dispostos os

Empenhos das Despesas realizadas, acompanhados de toda a documentação

Page 42: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 42

exigida para a sua comprovação (Notas Fiscais, Recibos, Guias de

Recolhimentos de Impostos, Relações de Beneficiários de Diárias, etc.).

Procedimentos

Segundo dispõe o artigo 41, § 2º, da Lei Estadual n.º 287/79, o estabelecimento ou instituição beneficiada pelo Estado prestará contas ao Órgão Estadual competente, da correta aplicação dada ao Auxílio ou à Subvenção recebida, não podendo receber outro benefício antes do cumprimento dessa obrigação.

As entidades beneficiadas, ao prestarem contas da fiel aplicação dos Auxílios/Subvenções recebidas, apresentarão os seguintes documentos:

a) Comprovantes originais das despesas realizadas, no valor igual ou superior ao do beneficio concedido (inciso II, do artigo 18, do Decreto n.º 3.147/80, e artigo 24, e inciso I, da Deliberação TCE 198/96).

b) Como Comprovante de Despesa, só serão aceitas as primeiras vias da

Nota Fiscal ou documento equivalente, no caso de não obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal, com data contemporânea ou posterior ao recebimento do numerário. No caso de extravio ou inutilização da primeira via do documento, poderá ser aceita cópia do documento, devidamente autenticado pela repartição fiscal competente (artigo 24, §§ 1º e 2º, da Deliberação TCE n.º 198/96); e

c) Balancete Analítico da entidade beneficiada ou outro demonstrativo contábil, evidenciando o registro do Auxílio ou da Subvenção, e a aplicação dos recursos recebidos (artigo 24, inciso II, da Deliberação TCE n.º198/96).

5.3.4.1 - Da Formalização do Processo de Prestação de Contas

O órgão formalizará o processo de Prestação de Conta das Subvenções e Auxílios Concedidos, e juntará, ao mesmo, o Processo relativo à concessão daquelas Subvenções e Auxílios (art.21, parágrafo único, da Deliberação TCE n.º 198/96). O órgão de Controle Interno que atua junto ao órgão estadual responsável pela

Concessão dos Auxílios/Subvenções emitirá Parecer sobre as Contas,

conforme preceitua o artigo 24, inciso III, da Deliberação TCE n.º 198/96.

A autoridade competente se pronunciará acerca da Prestação de Contas e do

Parecer do Controle Interno, atestando o conhecimento das conclusões nele

contidas (artigo 24, inciso IV, da Deliberação TCE n.º 198/96).

Caso as contas estejam em perfeitas condições para serem aprovadas, a

autoridade, que concedeu os Auxílios/Subvenções, aprovará formalmente as

mesmas, e providenciará a publicação do aprovo no órgão oficial de imprensa

Page 43: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 43

(artigo 24, inciso V, da Deliberação TCE n.º 198/96 e alíneas b e c do inciso II,

do Art. 18, do Decreto n.º 3.148/80).

Caso as contas não sejam aprovadas pela autoridade concedente, será aberta

uma Tomada de Contas para apuração de responsabilidades acerca do fato.

A Prestação de Contas será encaminhada à Auditoria Geral do Estado,

órgão central de Controle Interno, da Secretaria de Estado de Fazenda,

AGE/SEFAZ, para elaboração de Relatório, com Parecer Conclusivo quanto à

regularidade ou irregularidade das Contas, subscrevendo, posteriormente, o

competente Certificado de Auditoria. (artigo 24, inciso VI, da Deliberação TCE

n.º 198/96 e Art. 34, do Decreto n.º 3.148/80).

5.3.4.2 - Apresentação da Prestação de Contas ao TCE-RJ

Em conformidade com o artigo 20, da Deliberação TCE n.º 198/96, os processos de Prestação de Aplicação de Recursos Concedidos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, a título de Auxílios ou Subvenções, serão remetidos ao TCE-RJ nos seguintes casos:

I - Quando concedidos a Entidades Públicas Estaduais

A Prestação de Contas será parte integrante das Contas Anuais dos

Ordenadores de Despesas do órgão concedente, e será analisada em conjunto

com o respectivo processo do Ordenador.

II - Quando concedidos a Entidades Particulares ou às Entidades Públicas da

Administração Federal ou Municipal, por intermédio do órgão concedente

A Prestação de Contas será devidamente instruída pelos Técnicos do TCE/RJ,

e deverá conter todos os elementos exigidos no parágrafo único, do art. 21 e

do artigo 24, da Deliberação TCE n.º 198/96.

Essa Prestação de Contas deverá ser remetida ao TCE-RJ no prazo máximo

de 180 (cento e oitenta) dias, contados do encerramento do exercício em que

foi entregue o numerário, conforme determina o artigo 21 da mesma

Deliberação.

LEI N.º 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

Das Subvenções e Auxílios (Artigos de nºs. 41 ao 42)

DELIBERAÇÃO N.º 198, de 23 de janeiro de 1996.

Dos Auxílios e Subvenções (Artigos de nºs. 20 ao 24 )

Page 44: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 44

5.4 - Despesas Sob o Regime de Descentralização de Créditos

Regime de Descentralização de Créditos é aquele que, pela utilização da ”NC“ (Nota de Movimentação de Créditos), restringe-se, tão somente, a transferência de orçamento para outra UG ou órgão, integrante do SIAFEM/RJ, executar, respeitada a classificação funcional, por fonte de recursos e natureza da despesa. Ressaltamos que as prestações de serviços entre entes da Administração Pública Estadual não têm característica de descentralização de créditos, e sim de despesa do órgão contratante e receita do órgão prestador de serviços (contratado)

5.4.1 - Descentralizações Internas de Créditos - Provisão.

É a realizada entre Unidades Gestoras, de um mesmo Órgão ou Entidade, integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, respeitada, fielmente, a classificação da funcional-programática. Para os fins de lançamento, o Ordenador de Despesa deverá pronunciar-se, formalmente, com a indicação do CPF do responsável pelo lançamento, para cadastramento do perfil do mesmo. A movimentação por "NC" deverá ser efetuada pela Unidade Gestora detentora

do crédito orçamentário.

5.4.2 - Descentralizações Externas de Créditos - Destaque.

É a efetivada entre Unidades Gestoras de Órgãos ou Entidades de estrutura diferente, respeitada, fielmente, a classificação da funcional-programática.

Para os fins de lançamento, o Ordenador de Despesa deverá pronunciar-se,

formalmente, com a indicação do CPF do responsável pelo lançamento, para

cadastramento do perfil do mesmo.

A descentralização externa deverá ser efetuada por portaria ou resolução

conjunta, firmada pelos titulares dos órgãos e / ou entidades concedente (s) e

executante (s), originando em Destaque de Crédito, e sendo registrado por

meio Nota de Movimentação de Crédito – NC, de acordo com o Decreto n. º

42.436/2010.

A movimentação por "NC" deverá ser efetuada pela Unidade Gestora detentora

do crédito orçamentário.

5.5 - Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)

Poderão ser pagas por dotação para Despesas de Exercícios Anteriores, constantes dos quadros discriminativos de despesas das unidades orçamentárias, as dívidas de exercícios encerrados, devidamente reconhecidas pela autoridade competente.

Page 45: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 45

Foi editado o Decreto Estadual nº 41.880/09, que trata da Programação e

Execução Orçamentária e Financeira do Estado do Rio de Janeiro, no capitulo

IV, artigo 14, nos itens de I a VI, parágrafos 1º e 2 º, incisos I e II e parágrafo

3º, e aborda sobre os Procedimentos para Execução de Despesas de

Exercícios Anteriores.

LEI N.º 4.320, 17 DE MARÇO DE 1964 (Artigo de nº. 37)

LEI N.º 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979 (Artigo nº 11)

6 - Tópicos Da Legislação Utilizada Na Análise Da Despesa

6.1 – Licitação Voltar ao Topo

Em regra, a Licitação é o procedimento para a contratação na esfera da Administração Pública, originando o Contrato Administrativo, apenas sendo dispensável ou inexigível nos casos expressamente previstos em lei, não se admitindo exceção em qualquer outra hipótese. Nestes termos, conclui-se que a Licitação é o antecedente necessário do contrato administrativo, regida pelo princípio da obrigatoriedade, razão pela qual sua dispensa ou inexigibilidade são exceções. O Constituinte Originário abordou a matéria no art. 37, XXI, da Constituição da República, em vigor, onde ficou consagrado o seguinte:

“Art. 37. (omissis)

XXI – ressalvados os casos especificados na

legislação, as obras, serviços, compras e

alienações serão contratados mediante processo

de licitação pública que assegure igualdade de

condições a todos os concorrentes, com cláusulas

que estabeleçam obrigações de pagamento,

mantidas as condições efetivas da proposta, nos

termos da lei, o qual somente permitirá as

exigências de qualificação técnica e econômica

indispensáveis à garantia do cumprimento das

obrigações.”

Em termos de legislação infraconstitucional, regulamentando, em nível federal,

o assunto, temos a Lei Federal n.º 8.666/93, com as alterações produzidas

pelas Leis nºs 8.883/94, 9.648/98 e 12.349/10. Além dessas, temos também a

Lei nº 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da

prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da CF (Lei das

Concessões), e a Lei nº 9.074/95, que estabelece normas para a outorga e

Page 46: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 46

prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos. Em termos

de Legislação Estadual, vislumbramos a matéria prevista na Lei Estadual n.º

287/79, a partir do art. 212.

Esses mandamentos, de cunho constitucional ou infraconstitucional, trazem,

em seu teor, os princípios norteadores da atividade exercida pelos

Administradores durante o certame público.

Cabe ressaltar que, este procedimento não confere ao vencedor nenhum

direito ao contrato propriamente dito, apenas gera uma expectativa de direito,

não ficando a Administração obrigada a celebrar o contrato, mas, se o fizer, há

de ser com o proponente vencedor, assim mostra-se a orientação doutrinária

do mestre Hely Lopes Meirelles.

Conforme § 2º, do art. 84, da Lei Estadual n.º 287/79, toda despesa deverá ser

precedida de Licitação ou a declaração de sua dispensa ou inexigibilidade.

Esse procedimento é destinado a selecionar, entre fornecedores qualificados,

aquele que apresentar a proposta mais vantajosa, considerando, em regra, o

preço e a qualidade do produto ou prestação de serviço. Através desses

critérios, a Administração Pública, tem como objetivo selecionar um fornecedor

que se adeque às necessidades de seus Administrados, primando pelo

interesse público.

O procedimento Licitatório é orientado pelos princípios agasalhados pela

Constituição Federal, inseridos no seu art. 37, como também naqueles

orientados pelo art. 3º, da Lei Federal n.º 8.666/93, alterada pela Lei Federal

nº 12.349, de 2010, quais sejam, da legalidade, da impessoalidade, da

moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da

vinculação ao instrumento convocatório (edital), do julgamento objetivo e dos

outros princípios que lhes são correlatos, admitidos em nosso ordenamento

jurídico, como o princípio da publicidade e transparência dos atos (art. 3º, § 3º

e § 13º, art. 43, § 1º, da Lei Federal n.º 8.666/93 e pela Lei Federal nº

12.349/10 ); do procedimento formal (art. 4º, parágrafo único, da Lei Federal n.º

8.666/93); da moralidade, da legalidade e impessoalidade (art. 3, § 1º,

incisos I, II, da Lei Federal n.º 8.666/93, redação dada pela Lei Federal de n°

12.349, de 2010); igualdade entre os licitantes(art. 3, § 2º, incisos I, II, da Lei

Federal n.º 8.666/93, modificada pela Lei Federal nº 12.349, de 2010, que

também estabeleceu critério de desempate no § 5º ao § 12º), do sigilo na

apresentação das propostas (arts. 3º, § 3º, e 43, § 1º da Lei Federal n.º

8.666/93, conjugada pela Lei nº 12.349, de 2010); da vinculação ao

instrumento convocatório (art. 41, da Lei Federal n.º 8.666/93); da adjudicação

compulsória (art. 50 e 64 da Lei Federal n.º 8.666/93). A Lei Federal n.º

12.440/11, que entra em vigor 180 dias após a publicação, altera o artigo 29 da

Lei n. 8.666/93 para prever a possibilidade de se exigir, para fins de habilitação

Page 47: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 47

em procedimentos licitatórios, a demonstração de regularidade trabalhista, por

meio da apresentação de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas.

As obras, serviços, publicidade, compras, alienações, concessões, permissões

e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão

necessariamente precedidas de Licitação, ressalvadas as hipóteses previstas

na Lei Federal n.º 8.666/93 e 12.232/10

O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente (Art. 38, da Lei Federal n.º 8.666/93):

I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;

II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;

III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite;

IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;

V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;

VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade;

VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;

VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões;

IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado circunstancialmente;

X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;

XI - outros comprovantes de publicações;

XII - demais documentos relativos à licitação.

As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. Parágrafo único, do Art. 38, da Lei Federal n.º 8.666/93. (Dispositivo com redação introduzida pela Lei Federal n.º 8.883, de 08.06.94)

Page 48: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 48

6.1.1 - Dos Princípios

A Lei Federal n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, que estabelece normas gerais

sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços,

compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios (no seu art. 1º), tratou de regulamentar o

art. 37, inciso XXI, da Constituição da República.

De acordo com o art. 1º, parágrafo único, desta Lei Federal, subordinam-se ao

regime ali estabelecido, além dos órgãos da Administração Direta, os Fundos

Especiais, as Autarquias, as Fundações Públicas, as Empresas Públicas, as

Sociedades de Economia Mista e as demais Entidades controladas direta ou

indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, também

determinado pelo mandamento constitucional inserido no art. 173, § 1º, III, da

Constituição da República, alterado pela Emenda Constitucional n.º 19/98, a

qual possibilitou que as empresas públicas e sociedades de economia mista

venham a se reger por normas próprias de Licitação e Contrato, nestes termos:

“Art.173. Ressalvados os casos previstos nesta

Constituição, a exploração direta de atividade econômica

pelo Estado só será permitida quando necessária aos

imperativos da segurança nacional ou a relevante

interesse coletivo, conforme definidos em lei.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa

pública, da sociedade de economia mista e de suas

subsidiárias que explorem atividade econômica de

produção ou comercialização de bens ou de prestação de

serviços, dispondo sobre:

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e

alienações, observados os princípios da administração

pública;”

Entre os princípios a serem observados na Licitação, o da Igualdade mereceu

destaque especial na Lei Federal n.º 8.666/93 alterada pela Lei Federal n

12.349, de 2010, art. 3º, § 1º, incisos I e II, e § 2º, incisos I a III:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

Page 49: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 49

II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal,

trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e

estrangeiras, inclusive no que se refere à moeda, modalidade e local de

pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências

internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte, e no art. 3º da Lei

Federal n.º 8.248, de 23 de outubro de 1991.

§ 2º - Em igualdade de condições, como critério de desempate, será

assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional;

II - produzidos no País;

III – “produzidos ou prestados por empresas brasileiras."

Não menos importante, mostra-se essencial tecer breves considerações acerca

dos princípios da publicidade dos atos, do sigilo na apresentação das

propostas, da probidade administrativa, da adjudicação compulsória e da

vinculação ao edital. Embora importantes esses não são os únicos princípios

norteadores do processo licitatório, porém não é o objetivo do presente manual

esgotar a matéria em pauta, cingindo-se a apresentar noções gerais, bem

como, abordar brevemente os aspectos correlatos ao procedimento de

licitação.

Acerca do Princípio da Publicidade, cabe a observância ao disposto nos arts.

3º, § 3º, 21 e 43, § 1º, todos da Lei Federal n.º 8.666/93, onde, os atos

realizados no procedimento licitatório devem ser públicos, atribuindo maior

transparência a esse procedimento. Esse princípio abrange desde os avisos de

sua abertura até o conhecimento do edital e seus anexos, como a divulgação

do resultado do julgamento. Mostra-se de grande importância para os

concorrentes, uma vez que possam acompanhar o procedimento com maior

transparência e certeza das etapas do processo. Nesse passo, através da

publicidade, a Administração adquire a certeza de que a competitividade

restará garantida, a fim de selecionar a proposta mais vantajosa.

O Sigilo na Apresentação das Propostas é um dos princípios que norteiam o

procedimento de licitação, finalisticamente para evitar a desigualdade entre os

licitantes, uma vez que ficaria em posição vantajosa o proponente que viesse a

conhecer a proposta de seu concorrente antes da apresentação da sua. Esse

sigilo é mantido até a data designada para a abertura dos envelopes contendo

as mencionadas propostas.

Como é sabido, o Edital representa a primeira etapa para a publicidade do

certame público, delineando as regras gerais concernentes ao processo

licitatório. O Edital é considerado a Lei Interna da licitação, desta importância

decorre o Princípio da Vinculação ao Edital. Nada mais natural que seus

Page 50: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 50

termos vinculem tanto os licitantes como a própria Administração que o

expediu. Essa condição decorre do mandamento previsto nos arts. 41, 44 e 54,

§ 1º, da Lei Federal n.º 8.666/93. Como explica a doutrina jurídica pátria,

estabelecidas as regras do certame, tornam-se inalteráveis para aquela

licitação, durante todo o procedimento, caso no decorrer da licitação a

Administração verifique sua inviabilidade, deverá invalidá-la e reabri-la em

novos moldes, mas, enquanto vigente o edital ou convite, não poderá desviar-

se de suas prescrições, quer quanto à tramitação ou quanto ao julgamento.

Acerca da Probidade Administrativa, podemos dizer que decorre de previsão

expressa no Texto Constitucional (art. 37, § 4º), estando presente, também, no

texto da Lei Federal n.º 8.666/93, em seu art. 3º. Esse princípio orienta o

administrador público a agir com honestidade diante dos licitantes, representa

um agir exigido por todo administrador público. Segundo a doutrina jurídica

pátria, a probidade representa o sentido de honestidade, boa-fé, moralidade

por parte dos administradores. Na verdade, o exercício honrado, honesto,

probo da função pública leva à confiança que o cidadão comum deve ter em

seus dirigentes.

O princípio da Adjudicação Compulsória impede que a Administração atribua

seu objeto a outrem que não seja o legítimo vencedor. Observamos esta regra

estipulada pelo art. 50 e 64 da Lei Federal n.º 8.666/93. A adjudicação ao

vencedor é obrigatória, salvo se este desistir expressamente do contrato ou

não o firmar no prazo prefixado, a menos que comprove justo motivo. Esse

princípio também veda que se abra nova licitação enquanto válida a

adjudicação anterior. Por fim, a homologação e a adjudicação encerram o

procedimento licitatório, passando-se para a etapa do contrato. Frise-se que, a

adjudicação do objeto não obriga a Administração ao contrato imediato, apenas

impede que seja firmado acordo com pessoa estranha à figura do vencedor da

licitação.

6.1.2 - Das Modalidades

São modalidades de Licitação (Lei Federal n.º 8.666/93, art. 22, incisos I a V, §§ 1º ao 5º):

6.1.2.1 - Concorrência

É a modalidade de Licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. (ver art. 22, I, e § 1º, Lei Federal n.º 8.666/93)

Page 51: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 51

É orientada, principalmente, pelos princípios da ampla publicidade e da

universalidade, que aparecem como características básicas desta modalidade.

Observa-se a ampla publicidade, em razão da divulgação necessária,

possibilitando o conhecimento por um maior número de interessados, assim

como previsto no art. 21, § 2º, I, “b”, II, “a”, Lei Federal n.º 8.666/93. Já a

universalidade, possibilita a participação de qualquer interessado que preencha

os requisitos previstos no edital.

6.1.2.2 - Tomada de Preços

É a modalidade de Licitação entre interessados devidamente cadastrados, ou que atendam a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. (ver art. 22, II, e § 2º, Lei Federal n.º 8.666/93)

6.1.2.3 - Convite

É a modalidade de Licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela Unidade Administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório, e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse, com antecedência de até 24 (vinte quatro) horas da apresentação das propostas. (ver art. 22, III, e § 3º, Lei Federal n.º 8.666/93)

6.1.2.4 - Concurso

É a modalidade de Licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial, com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. (ver art. 22, IV, e § 4º, Lei Federal n.º 8.666/93)

6.1.2.5 - Leilão

É a modalidade de Licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração, de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para alienação de bens imóveis prevista no art. 19, da Lei Federal n.º 8.666/93, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (ver art. 22, V, e § 5º, Lei Federal n.º 8.666/93)

Importante:

“É vedada a utilização da modalidade Convite ou Tomada de Preços, conforme

o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e

serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizados

conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores

caracterizar o caso de Tomada de Preços ou Concorrência, respectivamente,

nos termos deste Artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que

Page 52: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 52

possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa

daquela do executor da obra ou serviço" (Lei Federal n.º 8.666/93, art. 23, §

5º).

O mandamento previsto no supramencionado parágrafo obriga a Administração

a somar os valores, em se tratando de obras e serviços da mesma natureza,

para que seja indicada a modalidade de licitação. Porém, existe uma exceção a

essa previsão, qual seja, as situações de parcelas de natureza específica que

possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa

daquela do executor da obra ou serviço. Nesse caso, as parcelas não se

somam ao resto da obra ou do serviço, para fins de escolha da modalidade de

licitação.

É vedada, também, a criação de outras modalidades de licitação, como versa a

regra do art. 22, § 5º, Lei Federal n.º 8.666/93.

6.1.2.6 – Pregão

É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns em que

a disputa pelo fornecimento é feita em sessão pública, por meio de proposta e

lances, para classificação e habilitação do licitante com a proposta de menor

preço.

Esta nova modalidade de licitação é regida pela Lei Federal nº 10.520, de

17/07/2002 e pelos Decretos Estaduais nº 31.863, de 16/09/02 e 31.864, de

16/09/2002, aplicando-se, também, a RESOLUÇÃO SARE nº 429, de

11/01/2011, e a RESOLUÇÃO PGE nº 2.180, de 08/06/2006, que trata da

Minuta-Padrão de Edital Presencial, e a Resolução PGE nº 2.570, de

13/12/2009, que trata da Minuta-Padrão de Edital do Pregão Eletrônico.

Subsidiariamente, adapta-se, também, a Lei Federal n.º 8.666/93, a Lei

Estadual n.º 287/79, e o Decreto nº 3.149, de 28/04/1980.

Os bens e serviços comuns a serem licitados na modalidade Pregão estão

elencados na Resolução SARE nº 2.981, de 17/09/02, DOE de 18/09/02.

NOTA – No preenchimento no sistema SIAFEM/RJ da NE decorrente dessa

modalidade de licitação foram estabelecidos através da CIRCULAR SUNOT Nº

03/2011 os seguintes códigos de identificação :para “Pregão Eletrônico” o

código a ser registrado é 09(nove), enquanto que para “Pregão Presencial” o

código será 00 (zero).

Base Legal: Das Licitações:

DECRETO Nº 31.863 DE 16 DE SETEMBRO DE 2002.

Page 53: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 53

DECRETO Nº 31.864 DE 16 DE SETEMBRO DE 2002.

RESOLUÇÃO SARE Nº 2.985 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2002.

RESOLUÇÃO SARE Nº 2.981 DE 17 DE SETEMBRO DE 2002.

DECRETO N.º 42.301 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010

6.1.3 - Da Dispensa

Vislumbra-se, no texto da Lei Federal n.º 8.666/93, algumas hipóteses em que

será dispensado o procedimento licitatório. Segundo a melhor doutrina jurídica,

a licitação pode ser dispensada, dispensável ou inexigível.

A licitação dispensada é aquela prevista no art. 17, da Lei Federal n.º 8.666/93,

que cuida das alienações de bens da Administração Pública, considerando-se,

sempre, o interesse público.

É dispensável a licitação nas hipóteses previstas pela legislação. Assim, é

dispensável a Licitação (Lei Federal n.º 8.666/93, art. 24, atualizada pela Lei n.º

8.883/94, com redação dada pela Lei n.º 9.648/98 nos seus incisos I e II):

“I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento)

do limite previsto para a modalidade Convite, desde que não se refiram

a parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e

serviços da mesma natureza e no mesmo local, que possam ser

realizados conjunta e concomitantemente;”

(*)

II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do

limite previsto para a modalidade Convite e para alienações, nos casos

previstos na Lei Federal n.º 8.666/93, desde que não se refiram a

parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto

que possa ser realizada de uma só vez;

(*) Os percentuais referidos nos incisos I e II, serão 20% (vinte por cento)

para compras, obras e serviços contratados por sociedade de economia

mista e empresa pública, bem assim por autarquia e fundação qualificadas,

na forma da lei, como Agências Executivas

III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando

caracterizada urgência de atendimento de situação que possa

ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,

serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e

somente para os bens necessários ao atendimento da situação

Page 54: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 54

emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que

possam ser concluídos no prazo máximo de cento e oitenta dias

consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou

calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;

V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,

justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a

Administração, mantidas, neste caso, todas as condições

preestabelecidas;

VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços

manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou

forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes,

casos em que, observado o parágrafo único do Art. 48 da Lei Federal

n.º 8.666/93, e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação

direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do

registro de preços ou dos serviços;

VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de

bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que

integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim

específico em data anterior à vigência da Lei Federal n.º 8.666/93,

desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no

mercado;

X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das

finalidades precípuas da Administração, cujas necessidades de

instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço

seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;

XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em

consequência da rescisão contratual, desde que atendida à ordem de

classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições

oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,

devidamente corrigido;

XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros

perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos

licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço

do dia;

XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou

estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento

institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso,

desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-

profissional e não tenha fins lucrativos;

Page 55: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 55

XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo

internacional específico, aprovado pelo Congresso Nacional, quando as

condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder

Público;

XV - para a aquisição ou restauração de obras-de-arte e objetos históricos,

de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às

finalidades do Órgão ou Entidade;

XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de

uso da administração e de edições técnicas oficiais, bem como para a

prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito

público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração

Pública, criados para esse fim específico;

XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou

estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o

período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses

equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável

para a vigência da garantia;

XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem

fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades

da Administração Pública, para a prestação de serviços ou

fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja

compatível com o praticado no mercado;

XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa

científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP,

CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo

CNPq para esse fim específico;

XXII - na contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica e

gás com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as

normas da legislação específica;

XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de

economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição

ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o

preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;

XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as

organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas

de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão;

XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica –

ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia para

Page 56: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 56

o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação

protegida.

As dispensas baseadas nos incisos III a XXIV, que devem ser,

obrigatoriamente justificadas, deverão ser comunicadas no prazo de 3(três)

dias à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial no

prazo de 5 (cinco) dias, como condição para eficácia dos atos. Nestes casos,

os empenhos devem indicar a data da publicação da dispensa, cuja cópia será

anexada à Prestação de Contas (Art. 26 da Lei Federal n.º 8.666/93, com

redação dada pela Lei Federal n.º 9.648, de 27.05.98).

6.1.4 – Da Inexigibilidade

Dá-se a inexigibilidade de licitação quando for inviável a competição. Todas as situações de inviabilidade de competição, porém ensejar a inexigibilidade de licitação, e por consequência, a contratação direta. Ao contrário das hipóteses de dispensa, que possui em seu artigo um rol exaustivo de situações, por conseguinte não podendo ser ampliado, no caso da inexigibilidade, o legislador tratou apenas de elencar um rol exemplificativo, podendo este ser ampliado levando-se em consideração os pressupostos que ensejam à inexigibilidade de procedimento licitatório, quais sejam a inviabilidade de competição ou singularidade do objeto. Embora seja inexigível o procedimento licitatório em certas situações, na qual se deve atender a supremacia do interesse público, não há imperativo legal proibitivo da licitação, ou seja, se a Administração, embora presentes os pressupostos de inexigibilidade, entender por bem abrir processo de licitação, não há impeditivo algum. O art. 25 da Lei Federal n.º 8.666/93 dispõe: “É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em

especial:

I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam

ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial

exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de

exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de

registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra

ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou,

ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art.13 desta

Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória

especialização, vedada a Inexigibilidade para serviços de publicidade e

divulgação;

Page 57: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 57

III- para contratação de profissional de qualquer setor artístico,

diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que

consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo

conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior,

estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe

técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita

inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à

plena satisfação do objeto do contrato.”

A Lei Federal n.º 8.666/93 dispõe:

"Art.13- Para fins desta Lei consideram-se serviços técnicos profissionais

especializados os trabalhos relativos a:

I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou

tributárias; IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras e serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.” VIII -

As inexigibilidades, que devem ser, obrigatoriamente justificadas, deverão ser

comunicadas dentro de 3 (três) dias à autoridade superior, para ratificação e

publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição

para eficácia dos atos. Nesses casos, os Empenhos devem indicar a data da

publicação, e uma cópia da publicação deve ser anexada à Prestação de

Contas. (Art. 26, da Lei Federal n.º 8.666/93, com redação dada pela Lei

Federal n.º 9.648, de 27.05.98).

A Inexigibilidade de Licitação na aquisição de alguns bens, como, por exemplo,

veículos integrantes de frotas oficiais, têm como principal justificativa o

atendimento ao princípio da padronização.

O art. 15 da Lei Federal n.º 8.666/93, inciso I, dispõe:

“As compras, sempre que possível, deverão:

I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

II - ...................................“.

Page 58: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 58

6.1.5 - Das Modalidades e Valores Estimados da Contratação (art. 23, I, II, Lei Federal nº 8.666/93 e alteração Lei Federal nº 9.648, de 27 de maio de 1998 e art. 217, Lei Estadual n.º 287/79)

QUADRO DE MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Tabela de Valores

Artigo Inciso Alínea Valor (R$) Modalidades de Licitação

Obras / Serviços de Engenharia

23

I a 150.000,00 Convite

I b 1.500.000,00 Tomada de Preço

I c Acima de

1.500.00,00 Concorrência

Compras / Outros Serviços

23

II a 80.000,00 Convite

II b 650.00,00 Tomada de Preço

II c Acima de

650.000,00 Concorrência

Dispensa de Licitação

24

I - 15.000,00 Obras / Serviços de Engenharia

II - 8.000,00 Compras / Outros Serviços

Sociedade de Economia Mista; Empresas Públicas; Autarquias e

Fundações Qualificadas como Agência Executiva

24

I - 30.000,00 Obras / Serviços de Engenharia

II - 16.000,00 Compras / Outros Serviços

(Valores estabelecidos pela Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998)

Page 59: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 59

6.2 – Dos Contratos

“Considera-se Contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da

Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para

a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a

denominação utilizada.” (Lei Federal n.º 8.666/93, art. 2º, Parágrafo Único).

“O instrumento de Contrato é obrigatório nos casos de Concorrência e de

Tomada de Preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços

estejam compreendidos nos limites dessas duas modalidades de Licitação, e

facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros

instrumentos hábeis tais como Carta-Contrato, Nota de Empenho de Despesa,

Autorização de Compra, ou Ordem de Execução de Serviço.” (Lei Federal n.º

8.666/93, art. 62).

Com relação aos Contratos firmados pela Administração Pública, convém

destacar os seguintes aspectos:

é dispensável o “termo de contrato” e facultada a substituição pelos instrumentos Carta-Contrato, Nota de Empenho de Despesa, autorização de Compra ou Ordem de Execução de Serviço, a critério da Administração e independentemente de valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica (Lei Federal n.º 8.666/93, art. 62, § 4º);

contratos e convênios, como seus aditamentos, que tenha como objeto prestação de serviços envolvendo basicamente recursos humanos, serão analisados, previamente, pela Comissão de Programação Financeira (Comissão criada pelo Decreto n.º 25.625 de 06/10/1999, e Resolução Conjunta SEGAB/SEFCON n.º 01 de 20/10/1999) o § 6º do Art. 19 do Decreto n.º 25.992 de 26/01/2000 não se refere a convênios firmados pelo Estado;

é obrigatório o Termo de Contrato nos casos de locação de imóvel e nos convênios, independentemente do valor; todo contrato deverá ter o visto da PGE, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes constantes de padrão aprovado (Resoluções PGE n.º 2.510 de 11/08/08 (Cessão de Uso), nº 2.087, de 28/10/05 (Compras), nº 2.644, de 20/07/09 (Comodato de Bem Móvel ), nº 2.645, de 20/07/09 (Comodato de Bem Imóvel), nº 2.513 (Concessão de Uso), nº 2.070, de 30/09/05 (Entrega e Recebimento de Imóvel), nº 2.722, de 16/11/09 (Locação de Imóvel), nº 2.511, de 11/08/2009 (Permissão de Uso), nº 1.939, de 01/09/04 e alteração nº 2.682, de 24/09/09 (Prestação de Serviços), e nº 2.503, de 05/08/09 (Prestação de Serviços por prazo determinado), ou órgão competente da União , em se tratando de contrato a ser com esta celebrado (Decreto n.º 3.148, de 28/04/1980, § 1º, Art. 52, alterado pelos Decretos n.º 4.022, de 14/04/1981);

Page 60: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 60

A Procuradoria Geral do Estado por meio das Resoluções PGE de n.º 3009 de 26/08/2011 acresce nota explicativa à minuta-padrão de clausula, que estabelece prazo para pagamento nos contratos administrativos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro e de nº 3010 de 26/08/2011 altera as clausulas de pagamento, das minutas-padrão de editais e contratos concernentes as resoluções acima citadas;

Por meio da Resolução PGE nº 3066 de 30 de dezembro de 2011 altera Minutas-Padrão que trata das sanções administrativas e demais penalidades e inclui nova redação nas minutas de edital de concorrência ,tomada de preços e convite.

A Minuta-Padrão não exime os órgãos de consultarem a Procuradoria-Geral do Estado, se assim o assunto exigir, nos termos do Decreto n.º 40.500/2007.

todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas da Lei Federal n.º 8.666/93, e às cláusulas contratuais (Lei Federal n.º 8.666/93, Art. 61).

A Resolução da PGE nº 3065 de 30 de dezembro de 2011 aprova minuta de clausula-padrão, a ser inserida em todos os Editais da PGE referente à obrigatoriedade de apresentação de certidão de inexistência de débitos trabalhistas.

é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado (Lei Federal

n.º 8.666/93, art. 57, § 3º);

anexar a respectiva Ordem de Serviço ou de Fornecimento de Mercadoria ao contrato cujo início do prazo de vigência estiver condicionado à emissão desse documento;

Cópia autenticada do contrato será encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado, para conhecimento, até o segundo dia útil seguinte ao de sua assinatura (Deliberação TCE n.º 251, de 18.12.08), (Decreto n.º 3.148, de 28/04/1980, § 3º, do Art. 52, alterado pelo Decreto n.º 7.212, de 23/03/1984);

de acordo com a Lei Federal n.º 8.666/93, art. 57, incisos I, II e IV, com redação alterada pela Lei Federal n.º 9.648/98, a duração dos contratos “ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

“aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas

estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados, se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

Page 61: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 61

à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que deverão ter a sua duração dimensionada com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a duração a sessenta meses;

ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do Contrato.”

Consultar página da PGE-RJ no menu: ( Minutas–Padrão)

7 – Bens Patrimoniais Voltar ao Topo

7.1 - Conceito

“Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica.” O Estado despende recursos para adquirir e construir bens que devem ser administrados a contento.

(Lino Martins da Silva – Contabilidade Governamental – Um Enforque Administrativo – Ed. Atlas).

“São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas

de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for à

pessoa a que pertencerem”.(Código Civil Brasileiro 2002 – Art.98 ).

Os bens públicos são: (Código Civil Brasileiro 2002–Art.99, incisos I,II e III e

Parágrafo único ):

- os de uso comum do povo, como os mares, rios, estradas, ruas e praças;

- os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou

estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,

inclusive os de suas autarquias;

- os dominicais (também chamados de domínio privado do estado) constituem

o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito

pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

- Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens

pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado

estrutura de direito privado.

Page 62: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 62

8 - DESPESAS QUE MERECEM DESTAQUE Voltar ao Topo

8.1 - Despesas com Publicidade

Os pedidos e autorizações de despesas relativos aos serviços de comunicação

e publicidade, com exceção de matéria legal, deverão ser remetidos à

Coordenadoria de Comunicação Social, para aprovação, conforme Decreto n.º

22.043/96, Decreto n.º 25.624/99 e alterações, e pela Resolução SEGAB N.º

011, de 12/05/2000.

8.2 - Contratação de Pessoal Temporário

A contratação de pessoal, por prazo determinado, pelos órgãos e entidades da

administração direta, indireta, autárquica e fundacional, de qualquer dos

Poderes do Estado, só é admissível para atendimento de necessidade

temporária de excepcional interesse público, e, exclusivamente, nos seguintes

casos, sendo vedado o desvio de função da pessoa contratada: (Inc. IX do Art.

37 da Constituição Federal, Lei Estadual n.º 2.339/95, Lei Estadual n.º

2.701/97, Lei Estadual n.º 2.873/97, Lei Estadual n.º 2.998/98 e Lei Estadual

4.599/05, Decreto n.º 23.760/97 e Decreto n.º 24.228/98):

Educação Pública, sendo preferencialmente para atender às necessidades do Programa Especial de Educação - Quantitativo 5.800 (Lei n. º 2.873/97) Prazo 06 anos (Lei Estadual n.º 2.873/97);

Saúde Pública - Quantitativo 1.000 (Lei Estadual n. º 2.873/97) Prazo 01 ano (Lei Estadual n. º 2.873/97);

Sistema Penitenciário - Quantitativo 300 (Lei Estadual n. º 2.873/97) Prazo 06 meses (Lei Estadual n. º 2.399/95), prorrogável por mais 06 meses (Lei Estadual n. º 2.998/98);

Assistência à Infância e Adolescência - Quantitativo 600 (Lei Estadual n.º 2.873/97) Prazo 06 meses (Lei Estadual n.º 2.399/95);

Agente de Disciplina da Secretaria de Estado de Justiça (Lei Estadual n. º 2.998/98) - Quantitativo 150 (Lei Estadual n. º 2.998/98) Prazo 06 meses (Lei Estadual n. º 2.998/98).

As condições para contratação do trabalho temporário são as seguintes:

Autorização expressa do Governador do Estado em procedimento administrativo específico, o qual conterá a justificação acerca da ocorrência das situações que as autorizam;

A autorização de que trata o item anterior será objeto de decreto do Executivo que, observado o disposto na Lei Estadual n. º 2.399/95, será publicado no Diário Oficial do Estado, no dia seguinte ao da assinatura do ato de contratação, devendo dele constar o nome do contratado, a função a ser exercida, a remuneração correspondente e o prazo do contrato, bem como os demais requisitos de caráter pessoal indispensáveis a serem preenchidos pelos contratados, sob pena de ineficácia absoluta;

Page 63: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 63

A remuneração do pessoal contratado obedecerá aos padrões remuneratórios dos planos de carreira do órgão ou entidade contratante;

Não poderá haver contratação de pessoas que venham a completar setenta anos de idade antes do término do prazo do contrato;

Deverão ser observados critérios objetivos e impessoais de recrutamento, ampla divulgação de todas as fases do recrutamento e seleção, na forma de ato regulamentar específico.

8.3 – Despesas com Diárias e Traslado

O dispositivo legal que fundamenta a realização de despesas com diárias e

traslado é pelo Decreto nº 41.644 e 41.645 de 15/01/09, conjugado com o

Decreto de nº 42.896, de 24/03/11, publicado em 25/03/11.

A partir de sua publicação ficam revogadas, no que concerne aos servidores

civis, às disposições em contrário, em especial os arts. 193 a 198, do Decreto

nº 2.479, de 08/03/79, e os Decretos nº 15.436, de 06/09/90, nº 18.303, de

16/12/92 e nº 18.686, de 20/05/93. (Decreto 41.644, art. 23).

O Decreto está sujeito à regulamentação pelas Secretarias de Estado de

Planejamento e Gestão – SEPLAG e Casa Civil – CASA CIVIL, em conjunto,

conforme art. 22. Por meio de Resolução Conjunta Casa Civil/Seplag nº 16, de

12 de maio de 2009, foi aprovado o Manual de pedidos de diárias e cotas de

traslados.

A concessão de diárias de alimentação e hospedagem a Militares será

orientada pelo Decreto nº 41.465, de 15/01/09, sendo observado, no que

couber, o contido no Decreto nº 41.644, de 15/01/09.

8.3.1. – Conceito de Diárias e Traslado

DIÁRIAS (art.7º) – Consideram-se diárias as indenizações destinadas a

compensar despesas de alimentação e pousada do servidor público civil,

empregado público ou contratado temporário.

TRASLADO (art. 13) – Despesas decorrentes de deslocamentos:

Da residência ou trabalho ao local de embarque;

Do local de desembarque ao local do evento ou hospedagem;

Do local do evento ou hospedagem ao local de embarque;

Do local de desembarque ao local do trabalho ou residência; e

Nos deslocamentos diários para cumprir a missão.

8.3.2 – Das Diárias

8.3.2.1 Requisitos para a Concessão de Diárias

O Decreto Estadual nº 42.896/11, estabeleceu no art. 1º,§ 3º e 4º que os

afastamentos serão autorizados pelos titulares dos órgãos ou dirigentes das

entidades a que o servidor estiver vinculados e para o exterior deverão ser

Page 64: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 64

submetidos à aprovação do Secretário de Estado Chefe da Casa Civil, devendo

tal ato ser publicado no Diário Oficial do Estado.

O Decreto Estadual nº 41.644/09, versa em seu art. 4º que as solicitações de

passagens deverão observar a programação prévia do órgão ou entidade,

devendo ser efetuadas preferencialmente com antecedência mínima de 5

(cinco) dias com relação a data de viagem.

Os servidores públicos civis, empregados públicos e contratados temporários

da Administração Pública Estadual Direta e Indireta que se afastem, no

interesse do serviço, da localidade em que têm exercício, farão jus ao custeio

de traslados, bem como a diárias de alimentação e pousada, na forma deste

Decreto. (art. 1º)

As parcelas a que se referem o caput do art. 1º possuem natureza

indenizatória, não incidindo sobre as mesmas desconto a título de contribuição

previdenciária e de imposto sobre a renda, tampouco gerando direito à

incorporação, (parágrafo único do art. 1º)

8.3.2.2 Dos valores

O cálculo dos valores de diárias será efetuado aplicando-se um percentual (art.

9º) ao valor base (constante do Anexo I do Decreto), de acordo com o período

de afastamento.

Os valores base de diárias de alimentação e pousada são os constantes do

Anexo I do Decreto.

Tabela do Anexo I do Decreto nº 41.644, de 15 de janeiro de 2009, foi alterado

pelo Decreto n° 42.896 de 24 de março de 2011.

8.3.2.3 Da não concessão

Art. 7º, Parágrafo único:

Não se concederá diária:

I – quando o deslocamento constituir exigência permanente do exercício do

cargo ou função;

II – quando o município para o qual se deslocar o servidor seja contíguo ao da

sede da repartição e em relação a este constitua unidade urbana;

III – quando o deslocamento se der entre os municípios da Região

Metropolitana;

Page 65: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 65

IV – quando o deslocamento de ida e volta não exceder o período de 04

(quatro) horas;

V – quando as despesas com alimentação e pousada estiverem asseguradas

gratuitamente ou ocorrerem por conta de terceiros;

VI – durante o período de trânsito, no caso de remoção do trabalhador para

outra unidade administrativa situada em município diverso daquele em que

tinha exercício;

VII – quando na localidade de destino existir estrutura organizacional do Estado

com refeitório e alojamento gratuitos destinados à categoria funcional a que

pertence o agente público ou outra que lhe seja equiparada.

8.3.3 Diárias no exterior

Quando se tratar de viagem ao exterior o valor pago a título de diária será

proposto de acordo com a realidade econômica do país visitado, e fixado, em

cada caso, pelo Secretário de Estado Chefe da Casa Civil (Redação dada pelo

Decreto Estadual 42.896, de 24/03/2011 - Art.8º § 2º)

8.3.4 - Do Traslado

8.3.4.1. Da Concessão

Aos servidores públicos civis, empregados públicos e contratados em caráter

temporário, quando em viagem a serviço, serão concedidas cotas de traslado

para atendimento a despesas decorrentes de deslocamentos da residência ou

trabalho ao local de embarque, do local de desembarque ao local do evento ou

hospedagem, do local do evento ou hospedagem ao local de embarque e do

local de desembarque ao local do trabalho ou residência, bem como nos

deslocamentos diários para cumprir a missão. (Art. 13).

8.3.4.2 Dos valores

Parágrafo único do art. 13

Serão observados os seguintes critérios para a concessão das cotas de

traslado, observado o valor constante do Anexo II do Decreto:

I – no deslocamento de ida – 02 (duas) cotas de traslado;

II - no deslocamento de volta – 02 (duas) cotas de traslado;

III – no deslocamento diário – 02 (duas) cotas de traslado por dia

Tabela do Anexo II do Decreto nº 41.644, de 15 de janeiro de 2009, foi

alterado pelo Decreto n° 42.896 de 24 de março de 2011.

Page 66: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 66

8.3.4.3 Da não concessão

Art. 14 - Não haverá pagamento de traslado:

I – nos casos previstos pelos incisos I a IV do art. 7º deste Decreto;(ver item

8.3.2.3)

II – quando o transporte ou as despesas a isto relacionadas estiverem

assegurados pelo Estado ou correrem por conta de terceiros; e

III – durante o período de trânsito, no caso de remoção do trabalhador para

outra unidade administrativa situada em município diverso daquele em que

tinha exercício.

Parágrafo único

Se a missão ou o evento acontecer no mesmo local da hospedagem ou for

assegurado transporte pelo organizador, o servidor público civil, empregado

público ou contratado temporário fará jus apenas às despesas decorrentes de

deslocamentos da residência ou trabalho ao local de embarque e do local de

desembarque ao local do trabalho, ou residência, bem como nos

deslocamentos diários para cumprir a missão.

Art. 3º - O artigo 12º do Decreto nº 41.644, de 15 de janeiro de 2009, passa a

vigorar com a seguinte redação:

Art.12º. ...............................................

§ 1º. ...................................................

§ 2º - “Será vedada a concessão de diárias para o exterior a pessoas sem

vínculo com a administração pública estadual, ressalvadas aquelas designadas

ou nomeadas pelo Governador do Estado.”

8.3.5 Disposições gerais

- A contagem do período de afastamento inicia-se a partir do embarque no

meio de transporte na sede da repartição em que tem exercício e finda por

ocasião de seu desembarque na sede (art. 15)

- No retorno à sede, deverá ser apresentado, no prazo máximo de 05 (cinco)

dias úteis, o relatório de viagem e os cartões de embarque das passagens

recebidas (art. 16)

- Caso o retorno da viagem a serviço ocorra em prazo inferior ao previsto

inicialmente, deverá ser restituído o excedente de diárias e traslados já

percebidos, no prazo máximo de 02 (dois) dias úteis a contar do retorno. (Art.

18)

Page 67: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 67

- No caso de cancelamento da viagem, os valores recebidos a título de diárias

e traslados deverão ser devolvidos no prazo máximo de 02 (dois) dias úteis.

(art. 19)

- Em caso de viagem ao exterior, o Estado arcará com as despesas para

contratação de seguro de saúde para o servidor civil. (art.21)

-As despesas de alimentação e pousada de colaboradores eventuais serão

indenizadas mediante a concessão de diárias correndo à conta do órgão

interessado, imputando-se a despesa à dotação consignada sob a classificação

de serviços.(art.12)

- O titular do órgão ou dirigente da entidade concedente da diária estabelecerá

o nível de equivalência da atividade a ser cumprida pelo colaborador eventual

com a tabela de diárias.(art.12, § 1º)

8.3.6 Anexos do Decreto nº 41.644 e 41.645 de 15/01/09 ,42.896 de 24/03/11 DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE DIÁRIAS E TRASLADOS A

SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS, EMPREGADOS PÚBLICOS E

CONTRATADOS TEMPORÁRIOS EM VIAGEM A SERVIÇO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

8.3.7 RESOLUÇÃO CONJUNTA CASA CIVIL/ SEPLAG Nº 16, DE 12/05/09

APROVA MANUAL DE ANÁLISE DE PEDIDOS DE DIÁRIAS DE VIAGEM E

COTAS DE TRASLADOS PARA SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS,

EMPREGADOS PÚBLICOS E CONTRATADOS TEMPORÁRIOS EM

VIAGENS A SERVIÇO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

8.4 – Sentenças Judiciais - Precatórios

Os créditos de devidos pela Fazenda Estadual, em virtude de sentença judicial,

com exceção dos créditos de natureza alimentícia (decorrentes de salários

vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios

previdenciários indenizações por morte ou invalidez, fundadas na

responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado), far-se-ão

exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à

conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas

nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim.

Segundo a doutrina, precatório judicial significa requisição de pagamento feito

pelo Presidente do Tribunal, que proferiu a decisão exequenda contra a

Fazenda Pública (União, Estados membros, DF e Municípios), por conta da

dotação consignada ao Poder Judiciário. É a forma de execução por quantia

certa contra a Fazenda Pública, regulada pelo art. 730 do Código de Processo

Civil. Funciona como sucedâneo de penhora, em virtude do princípio da

impenhorabilidade de bens públicos.

Page 68: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 68

Neste sentido, trata nossa Carta Magna, em observação ao disposto em seu art. 100, in verbis: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

“Art. 100 Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”

Ademais, o nosso Diploma Processual Civil, como mencionado, também regula o pagamento dos precatórios, como veremos a seguir:

“Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, citar-se-á a devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta não os opuser, no prazo legal, observar-se-ão as seguintes regras: (Vide Lei nº 9.494, de 10.9.1997)

I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal competente;

II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do respectivo crédito.”

Para efeito das classificações do SIAFEM – Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios, podem os “passivos a pagar”, referentes às condenações judiciais, dividirem-se em: sentenças judiciais e precatórios. Essa classificação decorre da natureza jurídica da despesa, sendo considerados princípios de Direito Administrativo e Financeiro.

Como observado na legislação e na doutrina, os precatórios são devidos pela FAZENDA PÚBLICA, não incluindo neste rol as entidades empresariais, paraestatais e as entidades fundacionais submetidas ao regime jurídico de Direito Privado. Assim, as pessoas jurídicas de Direito Privado se submetem a classificação denominada sentenças judiciais.

As Sentenças Judiciais, embora transitadas em julgado, para fins de contabilidade, referem-se a classificação que tenham como executados pessoas jurídicas submetidas ao regime de Direito Privado, como a exemplo daqueles que integrem a Administração Pública Indireta (ex.: sociedade de economia mista, empresas públicas, fundações submetidas ao regime de direto privado).

Todo precatório é uma sentença judicial, mas nem toda sentença judicial é um precatório, devendo, as Unidades Gestoras, observarem a correta

Page 69: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 69

classificação, de acordo com o regime jurídico, para fins de contabilidade no SIAFEM/RJ.

As entidades de direito público deverão conter, em seus orçamentos, verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.

A contabilização das despesas judiciais será efetuada em contas próprias, de despesa orçamentária no exercício, porém, ao final do exercício, o saldo não será transformado em Restos a Pagar, e sim na subconta adequada de Sentenças Judiciais.

A partir do exercício financeiro de 2004, a Contadoria-Geral do Estado, visando dar maior transparência e controle tanto das sentenças quanto dos precatórios judiciais, implantou novo grupamento de contas denominado Sentenças Judiciais.

Esse novo conjunto de conta e subcontas permitirá, no final de cada exercício, a transferência automática entre contas dos passivos financeiros de execução orçamentária para Obrigações de Exercícios Anteriores, dando maior conforto e segurança ao usuário e evitando atrasos em pagamentos e classificações indevidas. Para atingir esse objetivo o órgão / entidade deverá, no momento da liquidação da despesa utilizar o evento adequado de liquidação (510.XXX), e no momento do pagamento também o seu correspondente.

A seguir, arquivo com as contas de Sentenças Judiciais, e seus desdobramentos. Abaixo de cada conta escriturável (aquelas que recebem lançamentos) também relacionamos os respectivos eventos de apropriação, confirmação de pagamento e pagamento por PD.

CONTAS DESCRIÇÃO

212110300 SENTENCAS JUDICIAIS - FORNECEDORES E CREDORES

212110300 SENTENCAS JUDICIAIS - FORNECEDORES E CREDORES

212110301 PRECATORIOS TJ

510047 LIQ.SENT.JUDIC.PRECATORIOS TJ.

510058 LIQ.PREC.TJ FORNECEDORES

530484 REG.PAG.SENT.JUD.PRECT.TJ.FORN

510985 RET.CONSIG.FORNEC.-PREC.TJ

700484 PAGT.SENT.JUD.PRECTJ-OUTRA DESPESAS

700482 PAGT.SENT.JUD.DESC.PRECT. TJ

700485 PAGT.SENT.JUD.PRECTJ-INVEST.

212110302 OUTRAS SENTENCAS

510052 LIQ.SENT.JUD.OUTRAS SENTENÇAS

Page 70: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 70

510065 LIQ.SENT JUD. TJ FORNEC.CRED.

510989 RET.CONSIG.FORNEC.-PREC.TJ

530487 REG.PAG.SENT.JUD.OUTRAS SENTENÇAS

700520 PAGAMENTO SENTENCAS JUDICIAIS

700407 PAGT.SENT.JUDICIAIS DESCENTRALIZADO OUTRAS SENTENÇAS

700487 REG.PAG.SENT.JUD.OUTRAS SENTENÇAS

212120300 SENTENCAS JUDICIAIS – PESSOAL

212120301 = PRECATORIOS TJ

510048 LIQ.SENT.JUD.PESSOAL PREC.TJ

510049 LIQ.RPPS.PESSOAL PREC.TJ

510987 REG.PAG.SENT.JUD. PESS.ENCARGOS TJ

530481 REG.PAG.SENT.JUD. PESS.ENCARGOS TJ

700481 PAGT.SENT.JUD.PRECATÓRIOS TJ-PESSOAL E ENCARGOS

700492 PAGT.DESCENTRALIZADO SENT.JUD.PREC PESSOAL TJ

212120302 = PRECATORIOS TRT

510050 LIQ.SENT.JUD.PRECT.TRT PESSOAL

510986 RET.CONSIG. PESSOAL PREC TRT

530334 REG.PAG.PRECATOR. PESSOAL E ENCARGOS TRT

530381 PAG.DESC.SENT.JUDIC.PREC.TRT

700334 PAG.SENT.JUD.PRECTRT.PESSOAL E ENCARGOS

700381 PAGT.DESCENTRALIZADO SENT. JUDICIAIS.PREC.TRT.

212120303 = OUTRAS SENTENCAS

510057 LIQ.SENT.JUD.PESS.OUTRAS DESP.

510990 RETENÇÃO CONSIGNAÇÕES -SENT JUD

530353 PAG.DESC.SENT.JUD.PESS.ENC.SOC

530491 REG.PAG.SENT.JUD. OUTRAS PESSOAL

700491 PAGT.SENT.JUD.PESS.ENC.SOCIAIS

700353 PAGT.DESC.SENT.JUD.PESS.EN.SOC

Base Legal : Constituição da República Federativa do Brasil e Emenda Constitucional 62 de 09/12/2009.

PORTARIA CGE Nº 141 DE 10 DE FEVEREIRO DE 2010 ( Circular 12/2009 –

SUNOT)

Page 71: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 71

8.5 - Da Contratação de Seguros 8.5.1- Contratação de Seguros em Geral Para a contratação de seguros no âmbito da Administração Pública do Estado

do Rio de Janeiro deve ser observado o Decreto n.º 25.731, de 18 de

novembro de 1999,alterado pelos Decretos de nºs 26.433, de 30/05/2000 e

33.615 , de 29/06/2003,que dispõe sobre o comitê de Seguros e Riscos do

Estado do Rio de Janeiro – COSER.

8.5.2 – Contratação de Seguros envolvendo veículos da Frota Estadual Por meio do Decreto Estadual de nº. 41.952, de 16/07/09, o qual dispõe sobre

a Gestão Operacional e Patrimonial da Frota de Veículos Oficiais pelos Órgãos

e Entidades da Administração Pública Estadual, e de acordo com o artigo Art.

28, parágrafos 1º e 2º, que tratam das formalidades dos procedimentos

licitatórios da contratação de seguros de Veículos da Frota Estadual.

Do Seguro

Art. 28 - Será facultativa a contratação de seguro

total para veículos oficiais próprios, ficando a

análise da viabilidade econômica de sua efetivação

por conta de cada Órgão ou Entidade contratante.

§ 1º - No caso de veículos locados deverá constar

do contrato que a empresa locadora será

integralmente responsável pelo seguro total.

§ 2º - Os Órgãos e Entidades detentores de

veículos próprios deverão manter regularizados os

pagamentos dos seguros obrigatórios - DPVAT.

8.6 – Das Despesas com aquisição de combustíveis A despesa com aquisição de combustíveis, pelos órgãos,será executada por descentralização de créditos, de acordo com o Decreto Estadual de n.º 40.788, de 01/06/2007, associado pelo Decreto Estadual de nº. 41.952, de 16 de julho de 2009, que normatiza os procedimentos da Gestão Operacional da Frota de Veículos Oficiais dos Órgãos e Entidades, tendo como destaque o abastecimento de combustíveis preceituados nos artigos 24 ao 27.

Encontra-se disponível na página da Secretaria de Planejamento e Gestão - SEPLAG,no menu de Recursos Logísticos, as orientações em relação à Frota de Veículos.

9 – Assuntos GERAIS que Merecem Destaque Voltar ao Topo

9.1. Tipificação da Despesa

Page 72: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 72

A Contadoria-Geral do Estado prevendo a necessidade de adoção de

procedimentos para controle e geração de informações relativas à execução da

despesa, no sentido do atendimento às regras de final de mandato,

estabeleceu orientação em relação a Tipificação da Despesa, por meio da

Portaria CGE nº 143, de 29 de abril de 2010.

9.2. Implantação da Transação "ALTMODAPLI" - Altera Modalidade de Aplicação

Foi editada a Portaria CGE n.º 135, de 16 de Fevereiro de 2009 , criando no

SIAFEM a transação "ALTMODAPLI" - ALTERA MODALIDADE DE

APLICACAO, com o objetivo de permitir o remanejamento dos créditos

orçamentários disponibilizados na modalidade de aplicação 90 - Aplicações

Diretas, para a 91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos,

Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social,

conforme autoriza o Decreto nº 41.682/2009 em seu artigo 7º, parágrafo único.

9.3 - Implantação do “ANALICONT” - Análise Contábil

A Contadoria-Geral do Estado,visando procedimentos para uma Análise Contabil consistente, em condições para que sejam feitos os ajustes contábeis ou conciliações, que serão importantes na estrutura das Demonstrações Contábeis, implantou, por meio da Portaria CGE n.º 138, de 16 de Outubro de 2009, no Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios – SIAFEM/RJ, no Subsistema "AUDICON", o módulo "AUTENTICA", com o objetivo de registrar, através da transação "REGDOCLIQ", os documentos fiscais ou equivalentes que deram suporte às liquidações de despesa, cuja obrigação esteja pendente de pagamento no encerramento do exercício.

9.4 - Módulo de Termino de Mandato – Deliberação 248 – TCE

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Deliberação 248 de 29 de abril de 2008, criou o módulo “Término de Mandato” no Sistema Integrado de Gestão Fiscal (SIGFIS), com a finalidade de definir e padronizar o registro e o envio, através de meio eletrônico, das informações referentes aos atos e fatos praticados com repercussão direta ou indireta nas regras de finanças públicas e de assunção de despesas que deverão ser observadas pelos agentes públicos no último ano de mandato, no âmbito estadual. Encontra-se disponibilizado no sitio da Contadoria-Geral do Estado no link de normas e orientações, no menu de apresentações, no tópico de Orientações SIG/Del nº 248-TCE e Downloads das planilhas dos anexos I e II, procedimentos para atendimento ao Egrégio Tribunal de Contas.

Page 73: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 73

9.5 – Alienação de Imóvel Público

A Procuradora-Geral do Estado,através do ato da Resolução PGE nº 2.979 de 08 de junho de 2011, determinou a inclusão no site da Procuradoria Geral do Estado, para fins de consulta pública pelos órgão e entidades da Administração direta e indireta a proposta de Minuta-Padrão de edital de concorrência pública para alienação de imóvel público.

9.6 - Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC

Foi editado o Decreto Federal nº 7.581, de 11 de outubro de 2011, que regulamentou o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC, com base na Lei Federal nº 12.462, de 5 de agosto de 2011.

Destacamos que a aplicação deste dispositivo legal é exclusiva em

atendimento às licitações e contratos necessários à realização dos eventos

elencados no Decreto Federal nº 7.581/11, Art 2º, incisos I, II e III, parágrafo

único, assim definido: Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016; Copa das

Confederações da FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014 de obras de

infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos

Estados da Federação distantes até 350 km das cidades sedes dos eventos

referidos nos itens anteriores da Lei Federal nº 12.462/11, art. 1º, I, II e III;

A legislação orienta em relação às fases de procedimentos licitatórios: Os seguintes pressupostos. A norma estabelece responsabilidade de delimitação dos contratos à Autoridade Pública Olímpica (APO) e ao Grupo Executivo GECOPA 2014 aos projetos e plano estratégico, conforme art. 1º, I e II da Lei Federal nº 12.462/11; O Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC é uma opção que deve constar no instrumento convocatório, dos casos previstos na Lei do RDC art. 1º, §2º e devendo ser observado os princípios básicos da Lei Federal 8666/93, da economicidade e da eficiência no seu art. 3º;

O Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC preocupou-se com os aspectos ambientais estabelecendo que as contratações devam respeitar e proteger o meio ambiente, a utilização de produtos que reduzam o consumo de energia e recursos naturais e avaliação de impactos ecológicos visando a proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial e acessibilidade de portadores de deficiências ou mobilidade reduzida, como preceitua a Lei Federal 12.462/2011 no art. 4º, §1º;

Caso não conste do instrumento convocatório, o orçamento previamente

estimado para a contratação será tornado público apenas e imediatamente

após o encerramento da licitação, sendo disponibilizado antes disso apenas

aos órgãos de controle interno e externo de acordo com a Lei Federal

12.462/2011, art. 6º, caput e §3º;

Page 74: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 74

A administração pública pode indicar para a aquisição de bens, marca ou

modelo, desde que formalmente justificado e nas hipóteses de necessidade de

padronização do objeto; ser o bem o único capaz de atender à entidade

contratante; e servir de referência para a melhor compreensão do objeto a ser

licitado no art. 7º, I; da Lei Federal nº 12.462, de 5 de agosto de 2011;

Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do Regime

Diferenciado de Contratações Públicas - RDC poderá ser utilizada a

contratação integrada, desde que técnica e economicamente justificada, dos

projetos básicos e executivos, a execução de obras e serviços de engenharia,

a montagem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demais

operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto. (Lei Federal

12.462/11,art. 9º, §1º);

Art. 8o da Lei Federal 12.462, de 5 de agosto de 2011, na execução indireta de

obras e serviços de engenharia, são admitidos os seguintes regimes: a)

Empreitada por Preço Global, Empreitada Integral e Contratação Integrada. A

utilização dos demais regimes é exceção e dever ser justificada na Lei Federal

12.462/11, art. 8º, §§1º e 2º; b) Custo Global - Deve ser obtido a partir da

tabela SINAPI, para a construção civil em geral, e da tabela SICRO, no caso de

obras e serviços rodoviários. Na impossibilidade de uso das referidas tabelas,

admite-se o uso de outras tabelas de referência e de publicações

especializadas. Quando se tratar de contratações dos municípios, Estados e

DF, desde que não envolvam recursos da União, o custo poderá ser obtido por

outros sistemas já utilizados pelos respectivos entes e aceitos pelos órgãos de

controle internos e externos, art. 8º, §§ 3º, 4º e 6º da Lei Federal 12.462/2011;

O Art. 10 da Lei Federal 12.462/2011, determina que na contratação das obras

e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração

variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas,

padrões de qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazo de

entrega definidos no instrumento convocatório e no contrato, essa

remuneração deve respeitar o limite orçamentário fixado;

A administração pública poderá, mediante justificativa expressa, contratar mais

de uma empresa ou instituição para executar o mesmo serviço, desde que não

implique perda de economia de escala, quando a possibilidade de execução

possa ser dessa forma, de acordo com art. 11 da Lei Federal 12.462/2011;

O procedimento de licitação de que trata a Lei Federal 12.462/2011, no art. 12º,

observará as fases de apresentação das propostas e de julgamento, estando

expressamente previsto no instrumento convocatório;

O art. 15, §1º da Lei Federal 12.462/11, determina que seja dada ampla

publicidade aos procedimentos licitatórios e de pré-qualificação disciplinados

Page 75: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 75

por esta Lei, ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja

imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, devendo ser adotados

os prazos mínimos estabelecidos nos incisos I a IV do artigo 15 para

apresentação de propostas, contados a partir da data de publicação do

instrumento convocatório, a publicação de extrato do edital no Diário Oficial

do respectivo ente federado ou, no caso de consórcio público, no de maior

nível entre eles, sem prejuízo da possível publicação em jornal de grande

circulação; e a divulgação em sítios eletrônicos oficiais;

O Decreto Federal nº 7.581, de 11 de outubro de 2011, no Art.17, esclarece

que comissão de licitação verificará a conformidade das propostas com os

requisitos estabelecidos no instrumento convocatório quanto ao objeto e ao

preço; regulamento disporá sobre as regras e procedimentos de apresentação

de propostas ou lances públicos e sucessivos, ou fechado quando as propostas

serão mantidas em sigilo até data e hora determinadas;

Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais propostas, serão utilizados critérios

de desempate, conforme art. 25 da Lei Federal 12.462/11; As microempresas e

as empresas de pequeno porte têm preferência de contratação, estabelecido

no parágrafo único, e respaldado no art. 44 da LC 123/06;

A Lei Federal 12.462/11, no art.37, vedou a contratação direta, sem licitação,

de pessoa jurídica na qual haja administrador ou sócio com poder de direção

que mantenha relação de parentesco, inclusive por afinidade, até o 3º grau

civil, no inciso I detentor de cargo em comissão ou função de confiança que

atue na área responsável pela demanda ou contratação e no inciso II a

autoridade hierarquicamente superior no âmbito de cada órgão ou entidade;

Com base na Lei Federal 8.666/93, arts. 24 e 25, da dispensa e inexigibilidade, as contratações por meio do Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC seguem o rito de procedimento previsto no art. 26. Os contratos celebrados com fundamento no Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC, seguirão as normas da referida lei, executando as regras especificas do art. 39, que reger-se-ão pelas normas da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993;

O art. 40, da Lei Federal 12.462/11, esclarece que administração pública pode optar por revogar ou convocar os licitantes remanescentes, por motivo de o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, conforme incisos I e II e Parágrafo único da referida lei;

A Lei Federal 12.462/11, preceitua a vigência dos contratos celebrados pelos

entes públicos responsáveis pelas atividades descritas no art. 1o desta Lei

poderão ter sua vigência estabelecida até a data da extinção da Autoridade

Pública Olímpica - APO e atos da administração pública poderão ser objetos de

Page 76: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 76

pedidos de esclarecimentos e impugnações, de recursos e de representações,

no que consta no art. 45. Em relação a sansão administrativo aplicada ao

licitante está prevista no art. 47, que ficará impedido de licitar e contratar com a

União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 5 (cinco)

anos, sem prejuízo das multas previstas no instrumento convocatório e no

contrato, bem como das demais cominações legais.

Nota:

As explanações acima sobre o Regime Diferenciado de Contratações

Públicas – RDC são para auxiliar e orientar, de forma que essas informações

não substituem a consulta da Lei Federal 12.462/11 e Decreto Federal nº

7.581, de 11 de outubro de 2011, bem como ao setor jurídico do órgão ou

entidade.

9.7 – Consórcios Públicos

Base Legal:

1. Lei Complementar 101,de 4 de maio de 2000.

2. Lei Federal nº 11.107, de 6 de abril de 2005.

3. Lei Federal nº 8.666,de 21 de junho de 1993.

4. Lei Federal nº 12.396,de 21 de março de 2011.

5. Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

6. Decreto Federal nº 6.017,de 17 de janeiro de 2007.

7. Lei Estadual nº 5.949,de 13 de abril de 2011.

8. Lei Municipal nº 5.260, de 13 de abril de 2011.

9. Extrato do Contrato de Rateio – Diário Oficial da União de 14/09/2011.

Conceito

Consiste na união entre dois ou mais entes da federação (Municípios,

Estados e União), sem fins lucrativos, com a finalidade de prestar serviços e

desenvolver ações conjuntas que visem o interesse coletivo e benefícios

públicos.

Objetivo

Por meio da Lei Federal nº 11.107, de 6 de abril 2005 foi estabelecida as

Page 77: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 77

normas para os Consórcios Públicos que são parcerias formadas por dois

ou mais entes da federação, com o objetivo de promover e viabilizar a

gestão pública através de politicas e ações conjuntas.

Regulamentação

O Decreto Federal nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007, regulamentou a Lei

Federal nº 11.107/05, que dispõe sobre normas gerais de contratação de

consórcios públicos.

Constituição do Consórcio Público

A Lei Federal nº 12.396 de 21 de março de 2011, ratifica o Protocolo de

Intenções firmado entre a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município

do Rio de Janeiro, com a finalidade de constituir Consórcio Público,

denominado Autoridade Pública Olímpica – APO

Protocolo de Intenções e Ratificação

O Estado do Rio de Janeiro aprovou a Lei nº 5.949, de 13 de abril de 2011,

em que ratifica o Protocolo de Intenções firmado entre a União, Estado e

o Município do Rio de Janeiro que tem por finalidade constituir Consórcio

Público que objetiva planejar e coordenar a atuação dos três entes

federados na preparação e realização dos jogos olímpicos e paraolímpicos

de 2016, em obediência ao mandamento inscrito na cláusula vigésima oitava

desse instrumento.

A Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, através da Lei Municipal de nº

5.260, de 13 de abril de 2011, autoriza o Município do Rio de Janeiro, por

meio do Poder Executivo, a integrar, na forma de Consórcio Público de

Regime Especial, a Autoridade Pública Olímpica – APO ratifica o respectivo

Protocolo de Intenções e dá outras providências.

Contratos

O art. 3o da Lei Federal 11.107/2005 determina, que o consórcio público será

constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de

Page 78: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 78

protocolo de intenções.

Os Contratos de Rateio deverão conter cláusulas que tratam da

fiscalização e das penalidades pelo seu descumprimento, em atendimento

ao art.13, § 3º do Decreto Federal nº 6.017/07.

Os Contratos de Programa deverão conter cláusulas de obrigatoriedade,

forma e periodicidade da prestação de contas por parte do consórcio

público, no que se refere à execução de obras e a prestação de serviços

públicos, conforme art. 33 do Decreto Federal nº 6.017/07.

Os Consórcios Públicos podem ser firmados entre todas as esferas de

governo (municípios-municípios, municípios-estados, estados-União,

municípios-estado-União). Entretanto, a União somente participará de

Consórcios Públicos em que também façam parte todos os estados em cujos

territórios estejam situados os Municípios consorciados, conforme preceitua

a Lei Federal 11.107/2005 no art. 1º, §2º;

É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de

rateio para o atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências

ou operações de crédito estabelecido na Lei Federal 11.107/2005 no art. 8º,

§2º;No entanto deverá ser observado o conceito de despesas genéricas no

que diz o art. 15 nos §1º e §2º do Decreto Federal nº 6.017/07.

A União, O Estado do Rio de Janeiro e Município do Rio de Janeiro

celebraram um contrato de rateio de nº 001/2011, com o consórcio

público denominado Autoridade Publica Olímpica – APO, conforme extrato

publicado no Diário Oficial da União de 14 de setembro de 2011 da Seção 3

do Poder Executivo, com a definição das regras e recursos financeiros, para

a realização das despesas relativas ao exercício financeiro de 2011, cuja

vigência inicia na data de sua assinatura e termina em 31 de dezembro de

2011, em estrita observância à legislação orçamentária e financeira de cada

ente consorciado e nunca superior às dotações que o suportam.

Execução

Page 79: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 79

A execução das receitas e despesas do Consórcio Público deverá

obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis às entidades públicas

pela Lei Federal 4.320/64 e 8.666/93, devendo respeitar a Lei Complementar

101/00 (LRF) e os limites de endividamento.

Os pagamentos realizados decorrentes da contratação direta de

fornecimento de bens ou da prestação de serviços nos termos do inciso III

do §1º do art. 2º da Lei Federal 11.107/2005 serão executados como

despesas das esferas de governos que celebraram o acordo em decorrência

da contribuição pactuada no contrato de rateio.

Prestação de Contas

A fiscalização é atribuída ao sistema de controle interno do Consórcio, aos

órgãos de controle interno dos entes da Federação consorciados, da

sociedade civil e do Tribunal de Contas competente para apreciar as contas

do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, em

conformidade com o art. 9º e do paragrafo único da Lei Federal 11.107/2005.

Personalidade Jurídica

Os Consórcios Públicos de personalidade jurídica podem ser entidades de

direito público ou privado o que dispõe o art. 2º, I, do Decreto Federal nº.

6.017/07; De direito público, integram a administração indireta de todos os

entes consorciados. De direito privado, deverá observar as normas do direito

público para licitação, celebração de contratos, prestação de contas e

admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT) estabelecida, no art. 6º, conforme incisos I e II e Parágrafos

1º e 2º da referida lei.

Licitação

Os Consórcios Públicos, se constituídos para tal fim, podem realizar licitação

cujo edital preveja contratos a serem celebrados pela administração direta ou

indireta dos entes da Federação consorciados, nos termos do § 1o do art. 112

da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Page 80: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE … · 1.3 – Princípios que regem o Orçamento Os princípios orçamentários são parâmetros que irão servir para orientar

MÓDULO I – ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Coordenação de Estudos e Manuais – Superintendência de Normas Técnicas 80

Nota

As explanações acima sobre o Consórcios Públicos são para auxiliar e

orientar, de forma que essas informações não substituem a consulta da Lei

Federal nº 11.107, de 6 de abril de 2005 e Decreto Federal nº 6.017,de 17 de

janeiro de 2007 e demais normas, bem como ao setor jurídico do órgão ou

entidade.

10 – Prestação de Contas dos Ordenadores Voltar ao Topo

10.1 – Da Obrigação

Os Ordenadores de Despesas deverão prestar contas anual, em face do que

estabelece o inciso IX, e parágrafo 1º, do artigo 82, da Lei Estadual n.º 287/79,

e dos preceitos da Lei Complementar Estadual nº 63, de 08/07/90, da Lei

Federal 4.320, de 17/03/64 no seu artigo 101, e no que foi estabelecido na Lei

Estadual n.º 287/79, com os artigos 17,18,19 e 20 do Decreto Estadual 3.148,

de 28/04/80, e da Deliberação do TCE 198, de 23/01/96,combinado com os

artigos do 4º ao 6º e incisos.

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de acordo com o artigo 37

da Constituição Federal, obedecerá aos princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

A prestação de contas é um meio transparente de fornecer informações ao

Governo para controlar os bens públicos e administrar despesa e dívidas

públicas, cabendo aos responsáveis por valores públicos, bens patrimoniais,

bens em almoxarifado e tesouraria, prestarem contas por término do exercício

financeiro ou por final de gestão do responsável.