governo do estado do rio de janeiro, · 2019-10-22 · terra dos mortos, o poeta caminha en-tre...
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Ministério da Cidadania,
Governo do Estado do Rio de Janeiro,
Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa,
Theatro Municipal do Rio de Janeiro,
Associação de Amigos do Theatro Municipal
e Eletrobras apresentam
de PHILIP GLASS
baseado no filme de JEAN COCTEAU
Direção Cênica FELIPE HIRSCH
Direção de Arte DANIELA THOMAS E FELIPE TASSARA
Direção Musical e Regência PRISCILA BOMFIM
ORPHÉERécita única para estudantes de escolas públicasQuarta, 23 de Outubro de 2019, às 16h
GovERno do ESTAdo do Rio dE JAnEiRo
Governador
Wilson Witzel
vice-Governador
Cláudio Castro
SECRETARiA dE ESTAdo dE CULTURA
E EConoMiA CRiATivA do Rio dE JAnEiRo
Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa
Ruan Fernandes Lira
Subsecretário de Planejamento e Gestão
Leandro Pestana
Subsecretário de Projetos e inovação
Richard Rodrigues
FUndAÇÃo TEATRo MUniCiPAL do Rio dE JAnEiRo
Presidente
Aldo Mussi
vice-Presidente
Ciro Pereira da Silva
diretor Artístico
André Heller-Lopes
SUMáRIO
1. Introdução
2. O Mito Grego
3. O filme de Cocteau
4. Philip Glass
5. O Minimalismo
6. Os atos
7. A Origem da Ópera
8. Ópera
9. O Canto Lírico
IntrOduçãO
Orphée, de Philip Glass, é uma ópera
baseada no filme homônimo do cineas-
ta francês, Jean Cocteau. O personagem
Orfeu é um poeta desprezado pelos
artistas de vanguarda. Ele envolve-se
na morte de seu rival e é convidado
pela morte, na pele de uma princesa,
a acompanhá-la. Logo se apaixonam.
Porém, a morte arma contra Eurídice,
esposa de Orfeu. Eurídice morre, e o
poeta atravessa o espelho para bus-
cá-la no mundo dos mortos.
O enredo é baseado no mito grego Or-
feu, bastante popular na literatura, na
ópera, e nas artes plásticas. A versão
de Philip Glass, de 1993, é a mais re-
cente e exalta o poder transcendental
da música.
O MitO GREGo InsPIRAçãO ORIGInAL
O mito grego conta a história de Orfeu,
filho da musa Calíope. Ele, que possuía
um imenso talento musical, recebera
do deus Apolo uma lira. Quando Orfeu
a tocava e cantava, era capaz de hip-
notizar toda a natureza: os pássaros
paravam para escutar, os animais sel-
vagens perdiam o medo e as árvores
e pedras se moviam de seus lugares
para poderem acompanhar a beleza de
sua música.
Orfeu se apaixonou pela bela Eurídice
e se casaram. Porém, outro homem,
Aristeu, estava interessado na lin-
da mulher e a perseguia. Uma vez,
tentando fugir da abordagem de Aris-
teu, Eurídice acaba tragicamente sen-
do morta por uma picada de serpente.
Desesperado, Orfeu vai até o mundo
dos mortos com sua lira para resgatar
Eurídice. Com o seu talento, ele con-
segue comover Perséfone, esposa de
Hades, o deus dos mortos. E, assim, é
autorizado a levar Eurídice. Porém, há
uma condição: Orfeu não poderia
olhar para o rosto de sua amada até
retornarem ao mundo dos vivos.
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Durante o longo caminho de volta, Or-
feu se questiona se Hades realmente
teria cumprido a sua palavra, e, de
fato, Eurídice seria resgatada. Com a
mente mergulhada em dúvida, vira-se
para trás, em busca da sua amada.
Mas, com essa atitude, acaba perden-
do-a para sempre.
Quando Orfeu desce ao mundo dos
mortos, ele inaugura o orfismo e proclama
o eterno encontro entre homens e deuses,
até então inimaginável na cultura gre-
ga.
O mito de Orfeu é a trama que mais
inspirou composições na história da
música, com versões de diversos com-
positores, em períodos distintos, como
Gluck (1762/1774), Johann Christian
Bach (1770) e Haydn (1791), e, no
século XX, Krenek (1926) e Milhaud
(1926).
na ópera, podemos destacar três grandes
interpretações: L’Orfeo, de C. Monteverdi
(1607), que se mantém até hoje como a
mais célebre das primeiras óperas base-
adas no mito; Orfeu e Eurídice, de Chris-
toph W. Gluck (1762), que possui um
desfecho feliz, já que Eurídice não morre
ao ser olhada por Orfeu em seu retorno
para o mundo dos vivos; e, no século XIX,
Orfeu no submundo (1858), de Jacques
Offenbach, versão que satiriza os deuses
gregos e outras figuras reverenciadas na
Antiguidade Clássica, colocando-os em
um ambiente de festa e de prazer.
A comovente história de amor de Or-
feu e Eurídice também influenciou
uma série de pinturas. Essas imagens
são apenas alguns exemplos em fases
distintas da história da arte: Orfeu e
Eurídice (1636-1638), de Peter Paul
Rubens; Orfeu guiando Eurídice do
submundo (1861), de Jean-Baptiste
Camille Corot; O mito de Orfeu (1977),
do russo Marc Chagall; além de escul-
turas de Auguste Rodin, na França, no
século XX.
ORFEU:ÓPERA,TEATRO, CINEMA E ARTESVISUAIS
O compositor Claudio Monteverdi
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Já no teatro, o enredo inspirou a
peça Orfeu da Conceição – Tragédia
Carioca, de Vinicius de Moraes, que estreou
em 1956, no Theatro Municipal do
Rio de Janeiro, e levou para uma
favela o destino trágico de Orfeu e
Eurídice, em pleno carnaval. A peça
inspirou outras obras, o filme Orfeu
negro, do francês Marcel Camus, que
ganhou o Oscar em 1960, e Orfeu,
de Cacá Diegues, de 1999, que, além
de adaptar o conto para uma favela
carioca, já denunciava a violência ali
presente.
O ORPHéEDE CoCTEAUOrphée (1950), de Jean Cocteau, se pas-
sa na França, nos anos 40: Orfeu, inter-
pretado pelo ator Jean Marais, é um po-
eta famoso, que vive uma crise criativa
e conjugal. Um dia, ele apaixona-se por
uma princesa misteriosa, a Morte, repre-
sentada por Maria Casares. Enciumada,
a princesa resolve usar seus poderes
para tirar a vida de Eurídice, esposa de
Orfeu, interpretada por Marie Déa. Ao
quebrar o código de ética dos agentes
da morte e seus superiores, a Morte
também é levada de volta para o mun-
do inferior.
Assim, Orfeu penetra no mundo dos
mortos, cujas portas são os espelhos,
para encontrar as duas mulheres. na
terra dos mortos, o poeta caminha en-
tre operários e prédios destruídos pelos
bombardeios da segunda Guerra Mun-
dial. Lá, ele depara-se com um julga-
mento: a Morte diante dos que aparen-
tam ser juízes do mundo inferior, que,
no final, permitem o retorno de Eurídice
ao reino dos vivos. Para isso, haveria
uma condição: Orfeu não poderia olhar
mais para a esposa.
Pintor, poeta, escritor, crítico, além de
cineasta, Cocteau, foi um dos maiores
artistas do século XX. Em Orphée, ele
estimula a reflexão sobre as diversas
mortes do poeta, além da sua busca pela
imortalidade, a representação dos espe-
lhos, que testemunham nosso envelhe-
cimento e nos aproximam do fim, ques-
tionando as fronteiras entre os mundos
da vida e da morte.
Jean Cocteau foi umdos maiores artistasdo século XX.
‘Orfeu’, de Cacá Diegues.
‘Orfeu da Conceição’, de Vinicius de Moraes.
Acesse o sitepara saber maissobre a montagem!
www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/teatro/orfeu-da-conceicao
10 11
Philip Glass(compositor da ópera)
Philip Glass nasceu em 1937, em
Baltimore, nos Estados Unidos.
Ainda criança descobriu a músi-
ca na loja de discos de seu pai, e
logo começou a estudar violino e
flauta.
Formou-se aos 19 em Matemáti-
ca e Filosofia pela Universidade
de Chicago, porém seu desejo
era ser compositor e para tal,
foi para Juliard school, em nova
York, no final dos anos 1950.
Ao se mudar para nova York,
Glass vai para a cidade que é
considerada a capital das artes
do mundo. Onde os movimentos
Muito reconhecido por sua pro-
dução de música para o cinema,
Glass recebeu indicações ao Os-
car pelas composições de Kundun
(1997), As horas (2003) e notas de
Escândalo (2007), além de vários
prêmios em festivais da sétima
arte. Ele trabalhou com mui-
tos cineastas, como Godfrey Reg-
gio, Twyla Tharp, Allen Ginsberg,
Woody Allen, David Bowie, Paul
simon, Linda Ronstadt, Yo-Yo Ma
e Doris Lessing.
Os críticos musicais destacam seu
estilo inconfundível, símbolo do
movimento minimalista, do final
dos anos 60, que afirmava a ne-
cessidade de uma música de van-
guarda, fácil de ser assimilada.
artísticos de vanguarda estavam
fervilhando. Ao estourar a segun-
da Guerra Mundial, uma leva de
artistas modernistas se mudaram
para os Estados Unidos e muitos
escolhem nova York para morar.
A cidade tem diversos, museus,
galerias e teatros e uma cena cul-
tural expressiva. nesse momento,
o movimento Minimalista estava
nascendo, bem como a publici-
dade.*
no entanto, Glass insatisfeito com
sua formação, se muda para Paris,
na década de 1960, onde estudou
intensivamente harmonia, com-
posição e técnica da música indi-
ana.
Quando voltou para nova York,
em 1967, Glass fez parte de um
grupo de artistas contracorrente,
que misturava diversas influên-
cias artísticas, formou o conjunto
Philip Glass Ensemble e entrou no
universo do teatro experimental,
onde conheceu o grande diretor
Robert Wilson (Bob Wilson).
A obra de Philip Glass é imensa
e variada. Considerado um dos
compositores americanos mais
executados em todo o mundo.
nos anos 90, Glass dedicou-se à
produção musical da trilogia do
cineasta Jean Cocteau, Orphée
(1993), La Belle et la Bête (1994)
e Les Enfants Terribles (1996). no
primeiro, Orphée, musicou o ro-
teiro do filme, que retrata a efer-
vescência cultural de Paris na dé-
cada de 40, como libreto da ópera,
escrito por ele em francês.
Philip Glassé um doscompositores americanos mais executa-dos em todoo mundo.
NOTA
Vejam a série Mad Men, ela se passa em
um escritório de publicidade em nova York.
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A óPERAoRPhéEE SEUS AToS
ato I
Orfeu, um famoso poeta, con-
versa no “Café dos Poetas” com
um senhor enquanto olha, inve-
josamente, um grupo de jovens
que se aglomeram em torno de
Cégeste, um novo e jovem po-
eta. Orfeu fica fascinado com a
protetora de Cégeste, a Princesa,
mas o encanto é quebrado quan-
do o Cégeste, bêbado, começa
uma briga, ocasionando a chega-
da da polícia, que, por sua vez,
acaba com o tumulto.
Cégeste consegue fugir mas, na
rua, é atropelado por dois mo-
tociclistas. A multidão, chocada,
olha quando os motociclistas en-
na música, o ritmo minimalis-
ta pode ser caracterizado pela
repetição de elementos, durante
um longo período, com pequenas
e sutis variações de fragmentos
melódicos, que criam uma ambi-
entação sonora que visa suspen-
der o tempo. Pode-se dizer que,
em geral, a música minimalista é
formada por uma estrutura for-
mal contínua, ausência de linhas
melódicas, pulso homogêneo,
paleta harmônica simples e
repetição de padrões rítmicos.
Apesar da aparência simples e de
chegar de forma acessível ao ou-
vinte, por trás da música minimalis-
ta há um processo refinado de
composição. é possível analisá-la
como uma espécie de pintura, ini-
cialmente estática, mas que passa
por lentos processos de transfor-
mações.
tram carregando o corpo sem vida
de Cégeste. Quando a polícia tenta
remover o corpo, a Princesa e seu
chofer, Heurtebise, interveem, e
os participantes se dispersam. Ela
se volta para Orfeu e pede-lhe que
a acompanhe enquanto eles trans-
portam o corpo. Orfeu, em estado
de choque, concorda, mas fica sur-
preso quando vê a Pr incesa
aparentemente trazer Cégeste de
volta à vida e o levar embora
através de um espelho. Heurtebise
retorna carregando um rádio que
dá ao pasmado e confuso Orfeu, e
que ele acompanha até em casa.
Ali, a mulher de Orfeu, Eurídice,
está preocupada esperando a vol-
ta do desaparecido Orfeu. Uma
amiga, Aglaonice, espera com ela
e com o Comissário de polícia. Fi-
nalmente, chega Orfeu para alívio
de Eurídice, o qual despede, rude-
mente, o Comissário e Aglaonice.
Desatento e preocupado, Orfeu in-
terrompe sua mulher quando ela
tenta dizer-lhe que está grávida e
se tranca no seu escritório com o
rádio, deixando Eurídice com
Heurtebise, que havia entrado dis-
cretamente e visto a cena inteira.
O miNimAlismO
O movimento minimalista foi
desenvolvido em diversas cor-
rentes, como nas artes plásticas,
literatura, música e arquitetura,
em um contexto histórico de mu-
danças políticas e sociais, do final
dos anos 1950.
nas artes plásticas, o minimalis-
mo utiliza um mínimo de recursos
e elementos, privilegiando formas
geométricas simples, repetidas si-
metricamente e que dialogam de
perto com a estética industrial,
tanto por sua forma, quanto pela
escolha dos materiais emprega-
dos nas obras.
são trabalhos historicamente im-
portantes por terem alterado
substancialmente o aspecto que a
arte poderia ter, como poderia ser
feita e o material que poderia ser
utilizado. Inaugura-se uma nova
categoria, de “objetos tridimen-
sionais”, pois não eram conside-
rados nem pintura, nem escultura.
Carl Andre – Equivalente VIII, 1966
Dan Flavin, sem título, 1968
14 15
Quando ele tenta dizer a Orfeu
que sua mulher está morrendo,
o poeta o ignora preferindo es-
crever. Finalmente Orfeu levanta
os olhos de seu trabalho e Heur-
tebise lhe informa que sua mulher
está, agora, morta. Para tentar
contornar a morte da esposa,
Orfeu deverá entrar em conta-
to com Princesa, que Heurtebise
revela ser a Morte. seguindo as
inst ruções de Heurtebise,
eles partem juntos através do
espelho.
N o m u n d o s u b t e r r â n e o ,
a Princesa está sendo julgada por
um painel de juízes sem nome
por ter tirado a vida de Eurídice
sem “ordens”. Durante o estranho
julgamento, Cégeste, a Princesa,
Orfeu, Heurtebise e Eurídice, são
interrogados. Durante o Inter-
rogatório fica claro que a Prince-
sa está amando Orfeu, enquanto
Heurtebise ama Eurídice.
Os juízes se retiram para estudar
o caso deixando Orfeu e a Prince-
sa sozinhos. Orfeu confessa seu
amor pela Princesa e jura se jun-
tar a ela não interessando o que
possa acontecer. Voltam os juízes
e pronunciam a sentença: à Prince-
sa é dada liberdade provisória e
Eurídice pode voltar à vida com
Orfeu com a condição dele nun-
ca mais poder olhar para ela. Heur-
tebise, por sua própria sugestão, é
designado para acompanhá-los.
Eles voltam para casa, mas acham
ser quase impossível obedecer a
condição imposta. Para evitar Eu-
rídice, Orfeu refugia-se no seu
escritório junto com o misterioso
rádio, mas, eventualmente, seu
olhar cai em sua mulher e ela de-
saparece, imediatamente, para o
mundo subterrâneo.
ato
IIO tempo passa, Orfeu fica com
obsessão em ouvir pelo rádio
mensagens misteriosas. negli-
genciando Eurídice, o homem
trabalha febrilmente, trans-
crevendo as palavras, que ele
interpreta como inspiração
poética. Eurídice se volta para
Heurtebise para consolo. A
morte e o desap a r e c i m e n t o
d e C é g e s t e continuam um
mistério.
na delegacia, o velho poeta,
amigo de Orfeu, junto com Agla-
onice, acusam Orfeu de plagiar
a obra do falecido Cégeste. O
Comissário lembrara-lhes que Or-
feu é um poeta célebre, um te-
souro nacional, e despede-os,
os quais ameaçam de fazer sua
própria justiça.
Entretanto, Eurídice, desespera-
damente infeliz, decide visitar
Aglaonice. Quando está saindo
ouve-se, outra vez, as motoci-
cletas, e Heurtebise, sai rápido
para voltar, momentos mais tar-
de, com a moribunda Eurídice,
que ele estende, com cuidado,
sobre a cama.
16 17
AORIGEM DAÓPERA
A ópera surgiu da união dapoesia dramática e da música.
Apesar de sua origem ter sido na
Itália, mais especificamente em
Florença, no período renascen-
tista, as primeiras características
da ópera formaram-se na Grécia
antiga, quando grandes drama-
turgos – como sófocles, autor
de édipo Rei e Antígona – utili-
zavam corais musicais na ence-
nação das tragédias gregas.
Mas foi na Itália, no século XVI,
que se consolidou a ópera como
conhecemos hoje, com músicos,
cantores, poetas e dramaturgos
produzindo espetáculos batiza-
dos de “comédias madrigais”,
onde a música começou a ter
papel tão importante quan-
to as palavras e ações. Assim,
a ópera é uma das expressões
artísticas mais completas que
existem, com a união da músi-
ca vocal e instrumental, com
a arte dramática e as artes vi-
suais, encantando plateias por
todo o mundo.
Para muitos, a primeira ópera
reconhecida é Dafne, de 1598,
dos italianos Jacopo Peri e Ot-
tavio Rinuccini. Porém, seu tex-
to integral foi perdido ao lon-
go dos séculos. Já as óperas
mais antigas que permanecem
preservadas são Eurídice, dos
mesmos compositores Peri-Ri-
nuccini, encenada pela primeira
vez em 1601, em Florença, na
Itália, e “Orfeo”, do compositor
Cláudio Monteverdi. O conto de
Orfeu é o libreto de ópera mais
popular da História, com cerca
de 60 espetáculos inspirados
em seu enredo, incluindo Or-
phée (1993), de Philip Glass, a
ópera mais recente composta a
partir do mito grego.
ÓperaUma ópera segue, basica-
mente, uma programação
padrão. na primeira parte
da ópera ocorre a abertu-
ra, uma música executada
pela orquestra, localizada no
fosso, com as cortinas ain-
da fechadas, que introduz a
ópera ou um ato.
Já os atos são constituídos pe-
las cenas e marcam uma espécie
de capítulo da ópera. As partes
cantadas também recebem de-
nominações específicas.
Há o recitativo, quando os
cantores ficam dialogando,
trecho que aproxima-se muito
mais da fala, com o objetivo de
contar a história de forma mais
rápida. Além dele, a ária, que
consiste em uma apresentação
de um solo vocal, e o coro, for-
mado pelos personagens se-
cundários, parte destinada a
um tutti com coral e orquestra.
O texto da ópera, chamado libre-
to, na maioria das vezes, é escri-
to em verso, de maneira simplifi-
cada. Pode ser feito pelo próprio
compositor, ou em parceria com
um escritor ou poeta. O libre-
to precisa ser alimentado pela
música, que proporciona a força
cênica e dá mais vida ao texto.
Um conhecimento prévio do li-
breto nos ajuda a compreender
melhor a obra, assim como nos
possibilita prestar mais atenção
aos seus detalhes.
18 19
OCAnTO LíRICOO canto lírico é princi-palmente conhecido pe-los cantores de óperas e cantos sacros.
Privilegia-se um trato vocal mais
alongado, com grande potência
vocal ou volume, já que, mesmo
cantando junto com uma orques-
tra sinfônica, a voz deve alcançar
toda a plateia, sem o auxílio do
microfone. Dentro do canto líri-
co há diferentes classificações
vocais, que, convencionalmente,
foram divididas entre vozes
masculinas – tenor, barítono e
baixo - e vozes femininas - so-
prano, mezzo-soprano e contral-
to, que variam por intensidade,
amplitude vocal, timbre, volume
e algumas notas.
tEnOr
A voz masculina que alcança notas
mais agudas é a de um tenor, que
geralmente representa o mocinho,
ou o galã da ópera, o personagem
mais amoroso.
BArÍtOnO
A voz de transição entre graves
e agudos masculina é a de um
barítono, que nas óperas costuma
representar o pai da mocinha ou
o vilão da história, antagonizando
com o tenor.
BAIXO
O baixo possui o tipo mais grave
da voz humana, com extrema
potência, habitualmente associa-
da às figuras de poder, como
sacerdotes, reis ou juízes.
sOPrAnO
Já o papel principal costuma
ser assumido por uma soprano,
a voz feminina mais aguda.
mEzzO-sOPrAnO
na transição entre a região
grave e aguda está a mez-
zo-soprano que, na maioria das
óperas, convencionalmente é a
rival no amor ou a mãe da pro-
tagonista.
COntrALtO
Já a voz feminina mais grave, e
também mais rara, é a contral-
to: com amplitude dos graves,
vibrantes e vigorosos, com o
som produzido por cordas vo-
cais resistentes e de grandes di-
mensões.
no entanto, desde o modernis-
mo, os compositores e libretistas
vêm alterando essas associações.
Os barítonos passaram a ter igual
relevância ao tenor, assumin-
do em muitos títulos os papéis
principais. Orphée é um exemplo
dessa mudança, interpretado por
um barítono, nessa montagem,
por Leonardo neiva.
Em Orphée, as sopranos Carla
Caramujo e Ludmila Bauerfeldt
dão vida a Princesa e a Eurydice,
respectivamente, a mezzo-sopra-
no Laura Cavalcanti é Aglaonice; os
três tenores: Geilson santos in-
terpreta Cégéste; Giovanni Tris-
tacci, como Heurtebise; Ivan Jor-
gensen dá voz a Repórter/Glazier;
e os baixos, Patrick Oliveira e Murilo
neves, como os Comissários.
FundAçãO tEAtrO munICIPAL
dO rIO dE JAnEIrO
PRESidEnTE
Aldo Mussi
viCE-PRESidEnTE
Ciro Pereira da silva
diREToR ARTÍSTiCo
André Heller-Lopes
MAESTRo TiTULAR dA oRqUESTRA SinFôniCA
Ira Levin
REGEnTE do BALLET
Cecilia Kerche
MAESTRo TiTULAR do CoRo
Jésus Figueiredo
ASSESSoR dA PRESidÊnCiA PARA óPERA
Marcos Menescal
ASSESSoR dA PRESidÊnCiA PARA BALLET E MÚSiCA
Eduardo Pereira
MAESTRA ASSiSTEnTE dA oSTM
Priscila Bomfim
ChEFE dA diviSÃo dE óPERA
Bruno Furlanetto
ChEFE dA diviSÃo dE MÚSiCA
Antonella Pareschi
ChEFE dA diviSÃo dE dAnÇA
Manoel Francisco
ASSESSoRiA ARTÍSTiCA
Jayme soares Chaves
diREToRA oPERACionAL
Adriana Rio Doce
diREToR dA ESCoLA ESTAdUAL
dE dAnÇA MARiA oLEnEWA
Hélio Bejani
ASSESSoRiA dE CoMUniCAÇÃo
Ricardo Rochfort, Arthur da Rocha Tezolim
e Van Ferreira (estagiária)
ASSESSoRiA dE iMPREnSA
Marcia Bahia e Camila Lamoglia
ASSESSoRA dE PRoJEToS ESPECiAiS
Bruna de Carvalho
ASSESSoRiA JURÍdiCA
Cristiane Pereira Lima (chefe), Guilherme Alfradique
Klausner
CEnTRo dE doCUMEnTAÇÃo
Fátima Cristina Gonçalves
SECRETÁRiA
Helene nascimento e Vanessa da silveira
G. dos santos
ARqUivo MUSiCAL
neder nassaro (chefe) e Bruno Reis (encarregado)
CooRdEnAÇÃo dE PRodUÇÃo
Izabel de Vilhena
PRodUToRES oPERACionAiS
Claudia Marques e simone Lima
The Death of Orpheus (A Morte de Orfeu), de Thomas Jones
ASSiSTEnTE AdMiniSTRATivo – TéCniCA
André Luiz santana
CooRdEnAdoRES dE PALCo
nilton Farias, Manoel dos santos e Marcelo
Gomes
CAMAREiRAS
Leila Melo (chefe), Vera Matias, Joice Assis, Cas-
sia de souza, Barbara Alves**, Gilsara Alves**,
Katia Esteves**
ConTRARREGRAS
Francisco Almeida, Gilson sacramento,
Fernando santos**, Yan Dantas**
MAqUiniSTAS
José de sant’anna (encarregado), Antônio Figueiredo,
Antônio da silva, Cesar Clay, Clementino santos, Flavio
Azevedo, Jorge Antunes, Roberto Celestino, severino
Félix, Damião sant’anna**, Ronaldo Garcia**, Cláudio
Lucio**, Elias da silva**, Robson Almeida**, Luiz Carlos
Alves**, Elizangela de Moraes**, Guaracy Lima**
ELETRiCiSTAS CÊniCoS
noel Loretti (encarregado), Fabiano Brito, Igor
scoralick, Paulo Ignácio, Ricardo Brito, Vitor Terra**
oPERAdoRES dE LUZ
Daniel Ramos, Jairo Martins, Paulo Ornellas
oPERAdoRES dE SiSTEMA WB WiLSon
Junio (encarregado), samuel Fernandes**
oPERAdoR dE SoM
Ricardo santos, Roney Torres**
CEntrAL tÉCnICA dE PrOduçÕEs
GAMBoA AdMiniSTRAÇÃo
Luis Carlos santos, Mauro Dunham
inhAÚMA AdMiniSTRAÇÃo
Diego Antônio silva
ASSiSTEnTE AdMiniSTRATivo
Claudenir de souza
AdEREÇo dE CEnA
Edson silvério, Jonas Carvalho
AdEREÇo dE FiGURino
Manuel Proa, Marcia Cristina Machado
CARPinTARiA
Francisco Gomes (encarregado), Geraldo dos
santos
ConTRARREGRA
Josias dos santos
CEnoGRAFiA
José Medeiros (encarregado), Antônio Pinto,
Elias dos santos
CoRTinA E ESToFAMEnTo
nilson Guimarães
GUARdA RoUPA
sergio Pereira da silva, Florisvaldo Evangelista
MAqUiAGEM
Ulysses Rabelo *, Regina Coeli *
PERUCARiA
Divina L. suarez (encarregada)
ASSiSTEnTE dE PERUCARiA
sheiller de Araújo*, Luciana santos*
diREToRiA AdMiniSTRATivA FinAnCEiRA
| diREToRiA
sandra Varanda e Rayana Fontes (estagiária)
ConTABiLidAdE AnALÍTiCA
Gustavo Bispo da silva (chefe contábil)
diviSÃo dE oRÇAMEnTo E FinAnÇAS
Michelle Botelho (chefe de divisão), Valeria
sampaio (chefe de serviço), João Victor da
silva (estagiário) e Pedro Henrique
diviSÃo dE MATERiAL, PATRiMônio
E SERviÇoS
Rosane Gomes (chefe do serviço de patri-
mônio e serviços), Clayton Azevedo, Cri-
sane Marcia, Marcio Ferreira Angelo, Mar-
cus Vinicius Mendes Azevedo, Maria Augusta
Henrique Oliveira, Erica nunes (estagiária) e
Pablo Leonardo (estagiário)
diviSÃo dE RECURSoS hUMAnoS
Tatiana silva (chefe da divisão), Alex Macha-
do (chefe de serviço), solange Rocha (chefe
de serviço), Priscila Castelo Branco, Yara
Tito, Jonathan Moraes (estagiário)
diviSÃo dE EnGEnhARiA, ARqUiTETURA
E MAnUTEnÇÃo
Luciano Ferreira (chefe da divisão), Marisa
Assumpção (chefe de serviço de arquitetura
e conservação), Ednaldo Menezes (encarre-
gado da brigada de incêndio), Alex Ribeiro
(encarregado), Aécio de Oliveira, Alan Car-
valho, Allan Victor Carvalho, Alberto da
silva, Alberto souza, Alexandre Costa, Ale-
xandre sousa, Antônio de Oliveira, Carlos
Eduardo Cartaxo, Flavio Ribeiro, Gessi de
Andrade, Jean da silva, Jefferson da Cruz,
João de Oliveira, Jorge da Cruz, Jordão Bra-
zil, João Paulo Lourenço, Claudio Correa,
Lucio Mauro Rufino, Luiz Carlos sardinha, Luiz
Carlos Gonçalves, Marco Aurélio Ribeiro, Mano-
el da silva, Marcos serafim, Max de souza, Meire
Mescouto, Roberto Feliciano, Tania Martins, Tiago
Dias, Luiz Claudio Estevam
diviSÃo AdMiniSTRATivA
neilton serafim Ferreira (chefe da divisão), Fran-
cisco José Mota, Felipe Lemos, Kelly Krugger
inFoRMAÇõES
Giliana sampaio e silva, Isaulina Maria Correa,
Eduarda Pinheiro (estagiária), Raphaela da silva
(estagiária), Yasmin Teixeira (estagiária)
BiLhETERiA
Celso Luiz Telles (chefe de bilheteria), Ana Paula
dos santos (supervisão de bilheteria), Janaina An-
jos, Jaqueline Brandão, Jorge Luiz Braga
Portaria
Adilson dos santos (encarregado), Mario Torres,
Zulena Gomes da Cunha, Claudia Abreu
RECEPÇÃo
Giuliano Coelho, Hallayane sampaio, Andre
Gomes, João Wagner Pereira, Thomas Victor,
Leandro santos, Leonardo da silva, natacha de
Freitas, nicolas Rafik Rodrigues, Thiago de Carva-
lho, Paulo Couto, Pedro Oliveira, Rayane Araú-
jo, Ronan souza, Robson de Mello, Wellington
Aquino, Rafael Mazzini, Mariana de Queiroz (es-
tagiária), Fabiana Marques (estagiária)
OrQuEstrA sInFÔnICA dO tHEAtrO
munICIPAL dO rIO dE JAnEIrO
MAESTRo TiTULAR
Ira Levin
MAESTRinA ASSiSTEnTE
Priscila Bomfim
PRiMEiRoS vioLinoS
Ricardo Amado (spalla), Gustavo Menezes
(spalla), Carlos R. Mendes (spalla), Andréa Moniz,
Antonella Pareschi, Erasmo Carlos F. Junior, An-
gelo Dell’ Orto, Ayran nicodemo, Fernando Mat-
ta, suray soren, William Doyle, Ivan scheinvar,
nataly Lopez, Ruda Issa, Maressa Carneiro
SEGUndoS vioLinoS
Marluce Ferreira, Marcio sanches, Ricardo Menezes, Cami-
la Bastos Ebendinger, Pedro Mibielli, Tamara Barquette,
Oswaldo Luiz de Carvalho, Thiago Lopes Teixeira, Flávio
Gomes, Pedro Henrique Amaral, José Rogério Rosa, Glau-
co Fernandes, Léo Ortiz
vioLAS
José Volker Taboada, Daniel Albuquerque, Luiz
Fernando Audi, Geraldo Monte, Isabela Passa-
roto, Eduardo Pereira, Carlos Eduardo santos**,
Denis Rangel**
vioLonCELoS
Marcelo salles, Pablo Uzeda, Marie Bernard,
Claudia Grosso Couto, Eduardo J. de Menezes,
Fiorella solares, Lylian Moniz
ConTRABAixoS
José Luiz de souza, Leonardo de Uzeda, Tony
Botelho, Antônio Arzolla
FLAUTAS/FLAUTiM
Rubem schuenck, Eugênio Kundert Ranevsky,
sofia Ceccato, sammy Fuks
oBoéS/CoRnE inGLÊS
Janaína Botelho, Adauto V. João
CLARinETES/CLARonE
Moisés A. dos santos, Marcos Passos, Ricardo
silva Ferreira
FAGoTE/ConTRAFAGoTE
Márcio Zen, Ariane Petri, Carlos Henrique
Bertão
TRoMPAS
Philip Doyle, Daniel soares, Ismael de Oliveira,
Eduardo de Almeida Prado, Francisco de Assis
TRoMPETES
Jailson Varelo de Araújo, Jessé sadoc do na-
scimento, Wellington Gonçalves de Moura,
Tiago Viana, Gilson santos*, Anderson Ferreira**
TRoMBonES
Adriano Garcia, Gilmar Ferreira
TRoMBonE BAixo
Gilberto da Conceição Oliveira, Leandro Dantas
TUBA
Fábio de Lima Bernardo
hARPAS
silvia Braga
TÍMPAnoS/xiLoFonE/PERCUSSÃo
Philipe Galdino Davis, Eliseu Costa, Edmere
sales, Paraguassú Abrahão, sérgio naidin
PiAno
Elisa Wiermann
CooRdEnAÇÃo do CoRPo ARTÍSTiCo
Rubem Calazans
ASSiSTEnTES do CoRPo ARTÍSTiCo
Maria de Fátima M. Mota
AUxiLiAR oPERACionAL
João Clóvis Guimarães
ASSiSTEnTE dE MonTAGEM TEATRAL
Carlos Tadeu soares
BALLEt dO tHEAtrO munICIPAL
dO rIO dE JAnEIrO
ASSiSTEnTE dE CoRPo ARTÍSTiCo
Zelia Iris
EnSAiAdoRES
Áurea Hämmerli, Celeste Lima, César Lima,
Marcelo Misailidis, norma Pinna, Teresa Augusta
ASSiSTEnTE dE EnSAioS
Paulo Arguelles / Cristiane Quintan
PRoFESSoRES
César Lima, Manoel Francisco, Marcelo Misailidis,
nora Esteves, Ronaldo Martins, Teresa Augusta
BAiLARinoS PRinCiPAiS/PRiMEiRoS BAiLARinoS
Ana Botafogo, Áurea Hämmerli, Cecilia Kerche,
Claudia Mota, nora Esteves. Cícero Gomes,
Filipe Moreira, Francisco Timbó, Paulo Ro-
drigues***
PRiMEiRoS SoLiSTAS
Deborah Ribeiro, Fernanda Martiny, Juliana
Valadão, Priscila Albuquerque, Priscilla Mota*,
Renata Tubarão. Alef Albert, Edifranc Alves*,
Joseny Coutinho, Rodrigo negri
SEGUndoS SoLiSTAS
Carla Carolina, Melissa Oliveira, Rachel Ri-
beiro, Vanessa Pedro, Viviane Barreto. Ander-
son Dionísio, Carlos Cabral, Ivan Franco, Paulo
Ricardo, santiago Júnior, Wellington Gomes
BAiLARinoS
Adriana Duarte*, Ana Luiza Teixeira*, Bian-
ca Lyne, Flávia Carlos, Inês Pedrosa*, Isabel
Torres, Karen Mesquita*, Karin schlotterbeck,
Marcella Gil, Márcia Antunes, Márcia Jaque-
line*, Marjorie Morrison, Mônica Barbosa, nina
Farah*, Paula Mendes*, Paula Passos*, Regina
Ribeiro, Rita Martins, sandra Queiroz, sueli
Fernandes*, Tereza Cristina Ubirajara. Bruno
Fernandes, João Wlamir*, Mateus Dutra, Mau-
ro, sá Earp, Moacir Emanoel*, Murilo Gabriel*,
Roberto Lima, saulo Finelon, sérgio Martins
ASSiSTEnTE AdMiniSTRATivo
Margheritta Tostes, Zeni saramago
ASSiSTEnTES ARTÍSTiCoS
Margarida Mathews*, Lourdes Braga*
PiAniSTAS
Gelton Galvão, Gladys Rodrigues, Itajara Dias,
Valdemar Gonçalves, Mariza Tortori seixas***
CoREóLoGA
Cristina Cabral
PRodUÇÃo
Ana Quevedo, élida Brum, Inês schlobach*,
Irene Orazem, shirley Pereira
PESqUiSA E divULGAÇÃo
Elisa Baeta
PrOjeTO‘COm QuAntAs nOtAs sE FAz um EsPEtÁCuLO’
CooRdEnAÇÃo GERAL E ConCEPÇÃoBruna Leite
CooRdEnAÇÃo PEdAGóGiCALeda Fonseca
PRodUÇÃoisabel Zagury
PRoJETo GRÁFiCo Marcio de Andrade
PRodUÇÃo E PESqUiSA dE TExToLuísa Côrtes
“OrPHÉE”
dIrEçãO CênICAFelipe Hirsch
dIrEçãO dE ArtEDaniela Thomas e Felipe Tassara
dIrEçãO musICAL E rEGênCIAPriscila Bomfim
dIrEçãO dE mOvImEntOPriscila Albuquerque
ILumInAçãOBeto Bruel
FIGurInOMarcelo Pies
sOPrAnOsCarla Caramujo e Ludmilla Bauerfeldt
mEzzO-sOPrAnOLara Cavalcanti
tEnOrEsGiovanni TrIstacci, Geilson santose Ivan Jorgensen
BAIXOMurilo neves e Patrick Oliveira
BArÍtOnOLeonardo neiva
ASSiSTEnTE dE CEnoGRAFiA
Renê salazar
MédiCo
Danny Dalfeor
FiSioTERAPEUTA
Roberta Lomenha
BAiLARinoS CEdidoS
Ana Paula siciliano, Barbara Lima, Cristi-
na Costa, Hélio Bejani, João Carvalho, Ka-
rina Dias, Laura Prochet, Márcia Faggioni,
Paulo Ernani, Renata Gouveia, Rosinha
Pulitini, sabrina German