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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL E DA BIODIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ DIRETORIA DE GESTÃO E MONITORAMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DGMUC GERENCIA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA "MOSAICO DE TUCURUÍ" ATA DA 1º REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DA APA LAGO DE TUCURUÍ DIA 17 DE FEVEREIRO DE 2017 No dia 17 de fevereiro de 2017 às 09:34 horas, no Auditório do Centro de Proteção Ambiental da Eletronorte, 1 no município de Tucuruí, inicia-se a 1º Reunião Ordinária/2017 do CONSELHO DA ÁREA DE PROTEÇÃO 2 AMBIENTAL DO LAGO DE TUCURUÍ . Fazem-se presentes os representantes do CONSELHO DA APA LAGO DE 3 TUCURUÍ: Sra. Mariana Bogéa de Souza e Jossandra Carvalho Pinheiro (IDEFLOR-Bio), Sra. Gleiciane Felix dos 4 Santos Ramos e Sr. Jones Willian (PMT), Sr. Samuel Domingos de Oliveira e Sr Guilherme Souza Vilela Andrade 5 (PMBB), Sr. Joaquim Jacibergs G. Urbano e Sr. Rafael Domiciliano Rocha (PMG), Sra. Valéria de Oliveira Guedes 6 e Sr. Eduardo Pagnocelli Júnior (PMJ), Sra. Raiara de Paula Araújo de Oliveira (PMNI), Sr. Paulo Rogério de 7 Almeida (PMI), Sra. Árita Picanço (PMNR), Sr. Nilson Alves de Castro (EMATER), Sra. Carmen Silva Galvão da 8 Rocha (ELN), Sr. Átila Santos Brandão (SEDAp), Sra. Waldeci Barroso dos Santos e Sra. Ana Lúcia Vasconcelos 9 Oliveira (RDS Alcobaça), Sr. Giberto Santos Vaz (FAEPA), Sr. Raul Castro Lima (APELT), Sr. José Rubens Monteiro 10 Lima e Sr. Cledemilton Araújo Silva (AMVILA), Sr. Antônio Ferreira Nunes (CECOAT), Sr. Oneildo Monteiro 11 Carvalho (COLÔNIA DE PESCADORES DE TUCURUÍ), Sr. Raimundo Nonato Gonçalves Vieira (COLÔNIA DE 12 PESCADORES DE GOIANÉSIA DO PARÁ), Sr. Orivan Paes de Leão (SINPAATUR) e como convidados e/ou 13 ouvintes Sr. André Luis Raveta (IDEFLOR Bio), Sr. Frankstenio Pereira da Silva (SINDJAQ), Sra. Ana Claúdia 14 Abreu dos Santos (DTA ENGENHARIA), Sr. Ernani Muraro (DTA ENGENHARIA), Sr. Noberto Lopes (DTA 15 ENGENHARIA), Sra. Maria Claúdia Paley (DTA ENGENHARIA), Sr. Mauro Suatufca (DTA ENGENHARIA), Sra. 16 Solange Balbi (DTA ENGENHARIA), Sr. Fabrício Corrêa (MPPA), Sr. Lutero de Andrade (ADEPARÁ), Sr. Marciel 17 Carvalho (ADEPARÁ), Sr. Gesoaldo Eduardo da Silva (ADEPARÁ), Sr. Allan Jameson S. de Jesus (IFPA Tucuruí), 18 Sr. Anderson Barbosa (IFPA Tucuruí), Midson Cardoso (IFPA Tucuruí), Sr. Demison F. da Silva e Sra. Ivanilde 19 (COLÔNIA DE PESCADORES Z 44), Sra. Elizangela R de Oliveira (COLÔNIA DE PESCADORES Z 44), Sra. 20 Regiane Sandre Broeche e Sr. Oziel Souza Cândido (SECRETARIA DE PESCA DE NOVO REPARTIMENTO), Sr. 21 Dennys Santos Silva (PMI), Sr. Jones Willian da Silva (COMPART), Sr. Deusivaldo S. Pimentel (Amizade - 22 PREFEITO DE NOVO REPARTIMENTO), Sr. Edmilson Batista Alves, Sra. Ivandi Braga Lima (COLÔNIA DE 23 PESCADORES DE NOVO REPARTIMENTO), Sr. João Rodrigues de Barros Filho (SEMMAT), Sr. Everton Macias 24 Freitas (VICE PREFEITO DE NOVA IPIXUNA), Sra. Melissa Valeria de O. Albuquerque (ASSESSORA JURÍDICA DA 25 PMT), Sr. Jefferson Rosa (SEMMA ITUPIRANGA) e representantes da Colônia de Pescadores de Itupiranga. A 26 presidente do conselho saúda a todos os presentes e dá início a reunião ressaltando que está reunião conta 27 com a presença dos Conselheiros do Mosaico Lago de Tucuruí (Conselhos da APA LAGO DE TUCURUÍ e das 28 RDS ALCOBAÇA E RDS PUCURUÍ ARARÃO ), ressalta a presença de convidados e ouvintes na reunião, assim 29 sendo lembra todos que se trata de uma reunião de conselho e que o regimento interno será aplicado, sendo 30 priorizada a manifestação dos representantes dos Conselhos Gestores e na sequência a palavra será 31 franqueada aos convidados e/ou ouvintes. Dando continuidade aos trabalhos é realizada uma breve 32

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL E DA BIODIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

DIRETORIA DE GESTÃO E MONITORAMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – DGMUC GERENCIA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA "MOSAICO DE TUCURUÍ"

ATA DA 1º REUNIÃO ORDINÁRIA DO

CONSELHO DA APA LAGO DE TUCURUÍ DIA 17 DE FEVEREIRO DE 2017

No dia 17 de fevereiro de 2017 às 09:34 horas, no Auditório do Centro de Proteção Ambiental da Eletronorte, 1

no município de Tucuruí, inicia-se a 1º Reunião Ordinária/2017 do CONSELHO DA ÁREA DE PROTEÇÃO 2

AMBIENTAL DO LAGO DE TUCURUÍ. Fazem-se presentes os representantes do CONSELHO DA APA LAGO DE 3

TUCURUÍ: Sra. Mariana Bogéa de Souza e Jossandra Carvalho Pinheiro (IDEFLOR-Bio), Sra. Gleiciane Felix dos 4

Santos Ramos e Sr. Jones Willian (PMT), Sr. Samuel Domingos de Oliveira e Sr Guilherme Souza Vilela Andrade 5

(PMBB), Sr. Joaquim Jacibergs G. Urbano e Sr. Rafael Domiciliano Rocha (PMG), Sra. Valéria de Oliveira Guedes 6

e Sr. Eduardo Pagnocelli Júnior (PMJ), Sra. Raiara de Paula Araújo de Oliveira (PMNI), Sr. Paulo Rogério de 7

Almeida (PMI), Sra. Árita Picanço (PMNR), Sr. Nilson Alves de Castro (EMATER), Sra. Carmen Silva Galvão da 8

Rocha (ELN), Sr. Átila Santos Brandão (SEDAp), Sra. Waldeci Barroso dos Santos e Sra. Ana Lúcia Vasconcelos 9

Oliveira (RDS Alcobaça), Sr. Giberto Santos Vaz (FAEPA), Sr. Raul Castro Lima (APELT), Sr. José Rubens Monteiro 10

Lima e Sr. Cledemilton Araújo Silva (AMVILA), Sr. Antônio Ferreira Nunes (CECOAT), Sr. Oneildo Monteiro 11

Carvalho (COLÔNIA DE PESCADORES DE TUCURUÍ), Sr. Raimundo Nonato Gonçalves Vieira (COLÔNIA DE 12

PESCADORES DE GOIANÉSIA DO PARÁ), Sr. Orivan Paes de Leão (SINPAATUR) e como convidados e/ou 13

ouvintes Sr. André Luis Raveta (IDEFLOR Bio), Sr. Frankstenio Pereira da Silva (SINDJAQ), Sra. Ana Claúdia 14

Abreu dos Santos (DTA ENGENHARIA), Sr. Ernani Muraro (DTA ENGENHARIA), Sr. Noberto Lopes (DTA 15

ENGENHARIA), Sra. Maria Claúdia Paley (DTA ENGENHARIA), Sr. Mauro Suatufca (DTA ENGENHARIA), Sra. 16

Solange Balbi (DTA ENGENHARIA), Sr. Fabrício Corrêa (MPPA), Sr. Lutero de Andrade (ADEPARÁ), Sr. Marciel 17

Carvalho (ADEPARÁ), Sr. Gesoaldo Eduardo da Silva (ADEPARÁ), Sr. Allan Jameson S. de Jesus (IFPA Tucuruí), 18

Sr. Anderson Barbosa (IFPA Tucuruí), Midson Cardoso (IFPA Tucuruí), Sr. Demison F. da Silva e Sra. Ivanilde 19

(COLÔNIA DE PESCADORES Z – 44), Sra. Elizangela R de Oliveira (COLÔNIA DE PESCADORES Z – 44), Sra. 20

Regiane Sandre Broeche e Sr. Oziel Souza Cândido (SECRETARIA DE PESCA DE NOVO REPARTIMENTO), Sr. 21

Dennys Santos Silva (PMI), Sr. Jones Willian da Silva (COMPART), Sr. Deusivaldo S. Pimentel (Amizade - 22

PREFEITO DE NOVO REPARTIMENTO), Sr. Edmilson Batista Alves, Sra. Ivandi Braga Lima (COLÔNIA DE 23

PESCADORES DE NOVO REPARTIMENTO), Sr. João Rodrigues de Barros Filho (SEMMAT), Sr. Everton Macias 24

Freitas (VICE PREFEITO DE NOVA IPIXUNA), Sra. Melissa Valeria de O. Albuquerque (ASSESSORA JURÍDICA DA 25

PMT), Sr. Jefferson Rosa (SEMMA ITUPIRANGA) e representantes da Colônia de Pescadores de Itupiranga. A 26

presidente do conselho saúda a todos os presentes e dá início a reunião ressaltando que está reunião conta 27

com a presença dos Conselheiros do Mosaico Lago de Tucuruí (Conselhos da APA LAGO DE TUCURUÍ e das 28

RDS ALCOBAÇA E RDS PUCURUÍ ARARÃO), ressalta a presença de convidados e ouvintes na reunião, assim 29

sendo lembra todos que se trata de uma reunião de conselho e que o regimento interno será aplicado, sendo 30

priorizada a manifestação dos representantes dos Conselhos Gestores e na sequência a palavra será 31

franqueada aos convidados e/ou ouvintes. Dando continuidade aos trabalhos é realizada uma breve 32

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL E DA BIODIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

DIRETORIA DE GESTÃO E MONITORAMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – DGMUC GERENCIA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA "MOSAICO DE TUCURUÍ"

apresentação dos participantes e a presidente apresenta a pauta da reunião: 1 - Apresentação Consórcio 33

DTA/O’MARTIN – Solicitação de Anuência da Unidade de Conservação APA Lago de Tucuruí, referente aos 34

Estudos para o Licenciamento Ambiental do Projeto de Drenagem e Derrocamento no Trecho do Rio 35

Tocantins Pedral do Lourenço (Marabá – Baião). Processo nº 02001.00809/2013 – 80 IBAMA; 2 - 36

Manifestação dos Gestores Municipais (Termo de Cessão de Uso dos Equipamentos); 3 - Apresentação do 37

Relatório das Operações do Defeso 2016/2017; 4 - O que ocorrer; Dando início a pauta a equipe técnica da 38

DTA/O’MARTINS é convidada a fazer a apresentação referente aos Estudos para o Licenciamento Ambiental 39

do Projeto de Drenagem e Derrocamento no Trecho do Rio Tocantins Pedral do Lourenço (Marabá – Baião). 40

Processo nº 02001.00809/2013 – 80 IBAMA, assim sendo o Sr. Mauro (DTA Engenharia) que inicia sua 41

manifestação agradecendo a oportunidade e ressaltando que o processo se encontra em fase inicial para 42

licenciamento e execução de obras, explica que para se criar uma hidrovia se faz necessário a intervenção de 43

engenharia, objetivando garantir um trânsito regular, assim sendo já existe uma série de estudos já realizados 44

pelo governo federal, citando como exemplo dois estudos: Plano Hidroviário Estratégico do Ministério de 45

Transportes (2014) e o Plano Nacional de Integração Hidroviária (2013), feito pela Agência Nacional de 46

Transportes Aquaviários. Estes estudos apontam a hidrovia do Tocantins como uma das hidrovias de maior 47

potencial, passando a ser prioridade na execução. A hidrovia do Tocantins será o alimento principal do que é 48

chamado de corredor Centro Norte, que conta com um sistema de ferrovia, rodovia e hidrovia, que trabalhará 49

de forma multimodalidade, ou seja, a carga é transferida de um local para outro visando menor custo e 50

eficiência de transporte, esse corredor quando totalmente executado trará a carga desde o Estado do 51

Tocantins, ao sul de Palmas até o Porto de Vila de Conde, de onde essa atingirá o oceano, podendo ser 52

transportada a qualquer lugar do planeta terra, esse processo onde a carga é transferida de um modal de 53

barcaça ao modal de navio. Nesse processo ao qual a empresa está envolvida, vai trabalhar de Marabá até a 54

Vila do Conde, sendo que a montante de Marabá não existe um cronograma de definido obras, o que existe é 55

de Marabá até Vila Conde e quando totalmente executada terá 1. 560 quilômetros de extensão. Essa hidrovia 56

está calculada naqueles planos e quando totalmente instaladas prevê atender a 9,5 milhões de toneladas/ano 57

de mercadoria, especialmente granéis que vem da região do cerrado do país com escoamento no centro norte, 58

hoje essa, em sua maior parte, pelo sudeste pelos portos de Santos, ou no sul, pelo Porto de Paranaguá, 59

fazendo uma volta imensa pelo país, indo contra o fluxo natural que é o Hemisfério Norte, criando custos 60

adicionais que tornam a mercadoria menos competitiva no mercado internacional. É interessante observar 61

que essas 9,5 milhões de toneladas, se a gente imaginar que em cada comboio de barcaças será possível 62

transportar 30 mil toneladas, isso representará entre 300 e 400 comboios anuais de grãos, dividindo pelos dias 63

do ano estamos falando em passagem de barcaça, onde um dia poderá passar uma no outro dia duas ou três e 64

tendo dias em que poderão não passar nenhuma barcaça, ressalta que não se trata de um fluxo intenso de 65

barcaças, com base nos planos, o fluxo será de um a dois comboios de 9 barcaças por dia. As cargas principais 66

são os grãos, com possibilidade de ter como carga, o carvão mineral, caso a siderurgia seja implantada em 67

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Marabá, no caso de importação do carvão mineral seria importado de outros países. A construção da hidrovia 68

precisa ser vista e trabalhada nesse momento atual para que daqui a quatro ou cinco anos, quando 69

efetivamente estiver entrando em operação. Ressalta a importância da hidrovia ser pensada pelos diferentes 70

agentes em termos de quais oportunidades essa hidrovia ira trazer, os municípios devem incluir em seus 71

planejamentos, as opções de interface com a hidrovia, o prazo é de quatro anos para que isso aconteça, para 72

que os planejamentos municipais se adaptem a essa hidrovia. Aquele que não planejar tende a perder as 73

oportunidades, ressalta também, a importância de se rever os planos diretores fazendo as adaptações 74

necessárias de forma que sejam previstas áreas para futuras instalações portuárias, áreas de acesso, para que 75

estas não estejam dentro da cidade, porém devem estar próximas da cidade, de modo a evitar os incômodos. 76

Outras oportunidades estão na construção e manutenção naval, além das opções de transporte no trecho da 77

hidrovia, lembra ainda que a hidrovia além de atender ao mercado global ela tende a dinamizar os mercados 78

globais, por causa dos fluxos entre os portos, e com isso o desenvolvimento da cidade, produção agropecuária, 79

entre outras. Para dar continuidade à apresentação a palavra é franqueada a Sra. Maria Cláudia (DTA 80

ENGENHARIA), que agradece a disponibilidade do espaço na agenda, explica que tal solicitação se deve em 81

função do Estudo de Impacto Ambiental, processo de Licenciamento Ambiental que vem sendo conduzido 82

pelo IBAMA, ressalta que se trata de dois tipos de intervenção sendo: a DRAGAGEM e o DERROCAMENTO, 83

esclarece que para viabilizar a hidrovia não basta tornar a via navegável, se faz necessário à implantação dos 84

terminais onde os comboios serão carregados e as eclusas, explica que o consórcio DTA ENGENHARIA e O’ 85

MARTINS foi contratada em junho de 2016, através de um processo de licitação. Esse contrato tem três frentes 86

sendo o PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA, as AÇÕES AMBIENTAIS e a OBRA propriamente dita, a seqüência 87

do processo é de primeiro se estudar, para na seqüência desenvolver o projeto e executar a obra, o prazo do 88

contrato é de 58 meses (05 anos). O processo de licenciamento ambiental, nesse momento, encontra-se na 89

fase de elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, onde o DNIT solicita ao IBAMA a Licença 90

Prévia – LP, que não autoriza o início das obras. É uma fase, de concepção e localização do empreendimento, 91

depois de avaliado o empreendimento e tudo que o estudo de impacto concluir, poder-se-á então ser emitida 92

a Licença Prévia – LP, que dará autorização ao empreendimento com um conjunto de compromissos. Esse 93

compromisso é um termo geral que se usa para dizer que a obra, que aquele projeto, aquele objeto, trouxe 94

uma serie de impactos e que medidas mitigadoras deverão ser definidas ao longo do processo. Hoje em dia a 95

Licença Prévia – LP, vem acompanhada das CONDICIONANTES, são as medidas que devem ser executadas 96

junto com o projeto para que este seja ambientalmente viável, depois de emitida essa Licença Prévia – LP, vem 97

uma segunda fase ainda de Estudo, que é o detalhamento dessas medidas mitigadoras que é o PLANO BÁSICO 98

AMBIENTAL OU PROJETO BÁSICO AMBIENTAL que será entregue ao IBAMA para solicitar a Licença de 99

Instalação – LI, após análise e aprovação pelo IBAMA será emitida a Licença de Instalação – LI, somente nessa 100

fase as obras podem ser iniciadas. Ressalta que o contrato do Consórcio com o DNIT atende apenas o 101

DERROCAMENTO. Porém para o Estudo de Impacto Ambiental devido a um pedido do IBAMA, foi considerado 102

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o trecho de Marabá a Vila do Conde, que apesar da obra neste trecho conter as fases de DRAGAGEM e 103

DERROCAMENTO, entretanto, o consórcio DTA/O’MARTINS quando for solicitar a Licença de Instalação – LI, 104

será apenas para o DERROCAMENTO, de acordo com o contrato da mesma com o DNIT, uma vez que as obras 105

de DRAGAGEM não estão contempladas no contrato. Apresentando o cronograma: Contrato foi assinado em 106

Julho de 2016, nesse mesmo período, o IBAMA, emitiu uma revalidação do Termo de Referência – TR em 107

outubro de 2016, em seguida, iniciou-se o Estudo de Impacto Ambiental e no mesmo mês foi solicitada a ABIO 108

– Autorização para coleta de material para análise de fauna e biota, no qual foi elaborado um Plano de 109

Trabalho para ser apresentado para análise e aprovação do IBAMA, em dezembro de 2016. O IBAMA devolveu 110

a empresa solicitando ajustes, que já foram realizados, e em janeiro de 2017 foi realizado o primeiro contato 111

com Ideflor-Bio, solicitando a anuência do órgão para dar início aos trabalhos de coleta de dados nos limites 112

do Mosaico Lago de Tucuruí. A partir da anuência do Ideflor-Bio e da emissão da autorização pelo IBAMA 113

iniciará a coleta de material, enquanto isso, a empresa vem realizando o levantamento de dados 114

socioeconômicos da região. O Estudo de Impacto Ambiental tem a previsão da primeira campanha de coleta 115

de dados ser até outubro, referente ao período de cheia e uma segunda etapa no período de seca, que deverá 116

ocorrer no meio do ano. Realizadas as coletas e concluído o Estudo de Impacto Ambiental, os mesmos serão 117

entregues ao IBAMA, e devem ser apresentados a SEMAS, ao IDEFLOR-Bio e as prefeituras para análise e 118

aprovação. Depois vem a fase das Audiências Públicas com participação da sociedade civil, tudo isso ainda na 119

fase de Licença Prévia – LP. Vencidas todas essas etapas e se o empreendimento for considerado viável será 120

emitida a Licença Prévia – LI. Dando seqüência à apresentação no que se refere à LOCALIZAÇÃO E DADOS 121

GERAIS DO PROJETO, são três trechos de projeto sendo dois a montante e um a jusante da barragem (Trecho 1 122

– Marabá a jusante de Itupiranga, Trecho 2 – Jusante de Itupiranga até a ilha do Bogéa e Trecho 3 – Jusante de 123

Tucuruí até Baião). Sendo de DERROCAMENTO, o trecho de jusante de Itupiranga até a Ilha do Bogéa, e em 124

volume de DERROCAMENTO de 1.284.000,00 m³(Um Milhão Duzentos e Oitenta e Quatro Mil Metros Cúbicos) 125

de Rocha com largura de 145 metros em linha reta e 160 metros em curvas. Trechos de DRAGAGEM somam 126

5.674.000,00 m³ (Cinco Milhões Seiscentos e Setenta e Quatro Mil Metros Cúbicos) de Areia com largura de 70 127

metros e 140 metros na saída da eclusa, isso tudo foi dimensionado pelo projeto elaborado pela Universidade 128

Federal do Pará – UFPA em 2010, esse processo vem passando por revisões, o anteprojeto já foi revisto pela 129

Universidade Federal do Paraná em 2013 e agora a DTA ENGENHARIA, vem estudando para rever e certificar 130

essa geometria e esses volumes, com base nos levantamento batimétricos realizados pela empresa. Com base 131

no período de seca e nas dimensões das eclusas de Tucuruí (Comboio de 3 x 3, sendo totalizado em 9 barcaças 132

que no total são de 30 metros de largura e 180 metros de comprimentos). No trecho 1 – De Marabá a jusante 133

de Itupiranga são 52 Km – 3.300.000,00 m³(Três Milhões e Trezentos Mil Metros Cúbicos) de Areia, com 134

profundidade de quatro metros e largura de setenta, além do talude na lateral para estabilidade da areia que 135

mede de um a sete metros, ou seja, a cada um metro de altura, sete de largura. Trecho 2 – Jusante de 136

Itupiranga até a Ilha do Bogéa tem 34 Km de extensão e o volume de DERROCAMENTO de 1.284.000,00 (Um 137

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Milhão Duzentos e Oitenta e Quatro Mil Metros Cúbicos) de Rocha, profundidade de três metros e largura de 138

145 metros em linha reta e 160 metros em curva. Trecho 3 – De Tucuruí a Baião a Jusante da UHE Tucuruí, tem 139

2.300.000,00 m³(Dois Milhões e Trezentos Mil Metros Cúbicos) de Areia, profundidade de quatro metros, 140

largura de setenta metros e um talude na lateral para estabilidade da areia que mede de um a sete metros, ou 141

seja, cada um metro de altura sete de largura. Esse processo ainda se encontra em fase de estudo que deverão 142

definir o detalhamento das obras, importante ressaltar que no contrato da empresa em se tratando de obras 143

efetivamente está contemplado apenas o DERROCAMENTO, que está previsto pelo cronograma para iniciar 144

em 2018 e terminar no prazo de 3 anos. Porém isso depende da liberação das Licenças Ambientais (LP e LI), 145

que autorizam o início das obras. Durante as obras estão previstas redução das atividades durante o período 146

do defeso e 286 pessoas, o número geral de empregos de contratação local, sendo 19 especializados que 147

deverão vir de fora. O canteiro de obras será instalado em Itupiranga e todo material DERROCADO ou 148

DRAGADO não será retirado do rio, no caso da rocha a mesma será triturada e depositada no próprio canal, 149

pois o canal não é retilíneo, considerando que o canal contém fossas (poços) que serão utilizados para 150

depósito do material. No caso da DRAGRAGEM o material será colocado na lateral, pois se o sedimento ficar 151

no canal ele tende a se deslocar. Na sequência a palavra é franqueada ao Sr. Beto (DTA ENGENHARIA), que é 152

responsável pela coordenação do biótico, no que se refere ao Estudo de Impacto Ambiental, é composto por 153

uma série de capítulos que contam com a colaboração de vários profissionais. Este estudo começa com a 154

caracterização do empreendimento, que vai descrever toda a estrutura e como a obra vai ser feita, é isso que 155

a empresa DTA vem desenvolvendo com base em dados fornecidos pelo DNIT no caso da DRAGAGEM. Nesse 156

processo será feito ainda um diagnóstico da região, focando nos meios (socioeconômico, físico e meio biótico), 157

com base nesses dados coletados será possível entender quais são as alterações que o projeto trará a área, 158

sejam elas positivas e/ou negativas, alterações estas que são chamadas de IMPACTOS AMBIENTAIS. Daí é 159

possível definir quais são as ações de controle e de mitigação dos impactos a serem implementadas, no caso 160

dos impactos negativos, e as medidas que potencializarão, para impactos positivos. Todo esse processo conta 161

com a participação social, conforme previsão na legislação, que prevê que ao final do processo, após a 162

realização dos estudos, sejam realizadas audiências públicas, entretanto, se observa que quando o processo 163

conta com a participação da sociedade desde o início, esse processo tende a ser simplificado. O Estudo deve 164

acontecer ao longo de um ano com base nos temas definidos no Termo de Referência fornecido pelo IBAMA, 165

neste caso, os temas a serem abordados são: Meio Físico (Clima, Meteorologia, Ruído e Vibração, Geologia, 166

Geomorfologia parte de relevo, caracterização dos sedimentos); Recurso Hídricos (Hidrologia - curso d’água, 167

bacias, características e qualidade da água); No Meio Biótico (Flora e Fauna dentro e fora da água, definindo 168

grupos bioindicadores) e o Estudo das Áreas Protegidas (Mosaico do Lago de Tucuruí e o Parque Ecológico do 169

Lourenção, recentemente criado em Itupiranga). Dando continuidade aos estudos será realizado o 170

levantamento de dados socioeconômico da região (dinâmica econômica; histórico de ocupação; configuração 171

e infraestrutura econômica regional; a população e as condições de vida; as atividades produtivas; dinâmica 172

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econômica e as finanças públicas dos municípios; organizações sociais e civis; uso e ocupação do solo; lazer, 173

turismo e cultura; caracterização das comunidades ribeirinhas e/ou comunidades tradicionais; patrimônio 174

histórico, cultural e arqueológico; e áreas de riscos endêmicos). No caso do Mosaico Lago de Tucuruí se faz 175

necessário a anuência do órgão gestor das Unidades de Conservação, para que a empresa possa dar início à 176

coleta de dados para subsidiar os estudos de impactos ambientais. A palavra então é franqueada ao Sr. Ernani 177

(DTA ENGENHARIA), este ressalta que as obras estão previstas para iniciarem daqui a dois anos, pois 178

dependem da emissão das licenças e autorizações prévias, esclarece que o trecho das obras será de 35 km, 179

apresenta um modelo de comboio com empurrador, ressaltando os trajetos de obras, onde de acordo com o 180

planejamento 52% (cinqüenta por cento) da obra ocorrerá no inicio do Pedral do Lourenção equivalente a 5 181

Km de pedral. Em sua explanação esclarece a diferença entre DRAGAGEM e DERROCAGEM, apresenta o local a 182

ser implantado o canteiro de obras, a modelagem hidrodinâmica numérica e as referências de nível do rio, 183

apresenta também, os marcos utilizados pela empresa (26 Marcos), batimetria de conferência e levantamento 184

de dados, medição de vazão, de nível e diagrama de velocidade do rio, para fazer o perfil de corte do Pedral do 185

Lourenção. Apresenta os equipamentos que deverão ser utilizados durante as obras, mostrando o 186

funcionamento na prática (perfuração, instalação dos explosivos, faz os procedimentos de segurança, 187

explosão, escavação, o bota fora e/ou despejo); além da utilização de 06 balsas com 03 perfuratrizes, 06 balsas 188

com escavadeiras, 12 batelões split (abrem no fundo) com 150 metros cúbicos e um empurrador para cada 189

dois batelões; e o restante é para manutenção, transporte de insumos e mão de obra e equipamentos. Mostra 190

um vídeo técnico da explosão de uma pedra ocorrida nos Estados Unidos, semelhante ao procedimento que 191

deverão ser utilizados na hidrovia Tocantins. A palavra então é devolvida a presidente do conselho que 192

agradece a apresentação e esclarece que o objetivo da empresa nessa primeira etapa do processo é solicitar a 193

ANUÊNCIA DO ÓRGÃO GESTOR DA UNIDADE, para dar início a coleta de dados, que deverão subsidiar os 194

estudos de impactos ambientais, a presidente ressalta a importância da participação desse colegiado no 195

acompanhamento do processo, tendo em vista que se trata de uma obra cujo impacto ambiental será 196

considerado grande, diante da realidade se faz indispensável à realização do Estudo de Impacto Ambiental 197

devido a sua magnitude, uma vez que tais estudos servirão para subsidiar as medidas compensatórias, lembra 198

ainda, que se trata de um empreendimento que irá se sobrepor aos da UHE Tucuruí, que por si só já causa 199

impactos diários no que se refere a sua operação, isso sem falar dos impactos de sua implantação, tendo em 200

vista que a época de sua implantação não haviam preocupações e nem tão pouco legislações ambientais que 201

pudessem garantir a preservação ambiental, como tão pouco a mitigação dos impactos. Somado a isso, ainda 202

tem o fato do não cumprimento das condicionantes ambientais em sua totalidade por parte da empresa 203

ELETRONORTE/ELETROBRÁS, o que agrava ainda mais tais impactos ambientais. Portanto, a enorme 204

preocupação por parte da sociedade e do poder público da região. Entretanto, ressalta a necessidade e 205

compreensão da importância do empreendimento Hidrovia Araguaia Tocantins para o desenvolvimento 206

econômico do país. Ressalta ainda, que os moradores da região não têm interesse em dificultar o processo, 207

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porém não se pode desconsidera-los e estes não devem ficar literalmente a “ver navios”. Assim sendo, 208

destacou que a empresa DTA ENGENHARIA apresentou no IDEFLOR-Bio a proposta de Plano de Trabalho, 209

referente aos Estudos de Impactos Ambientais, ao qual foi analisada pela equipe técnica do instituto, que 210

elaborou o Parecer Técnico N° 02/2017, no qual fazem considerações e da necessidade de correções e/ou 211

complementações no Plano Ideflor-Bio, a de Trabalho apresentado. A ANUÊNCIA foi NEGADA e o parecer foi 212

encaminhado à empresa para complementações. A presidente passa à palavra a equipe técnica do engenheira 213

de Pesca, a Sra. Jossandra Pinheiro (IDEFLOR-Bio), que esclarece que algumas metodologias propostas pela 214

empresa foram levantadas, principalmente no que se refere ao período de coleta dois períodos (cheia e seca), 215

adverte que na região principalmente por influência da UHE Tucuruí no reservatório, esse período não atende 216

a necessidade da região, tendo em vista que a mesma tem quatro períodos bem definidos, sendo estes: 217

período de enchente, cheia, vazante e seca. Outro ponto destacado pela técnica foi sobre as áreas de 218

ictioplantos (estudo de larvas e peixes), por considerar que através destes estudos será possível identificar 219

quais são as áreas de desovas e de criação, diante da importância do levantamento destas informações foi 220

solicitado detalhamento desse processo, bem como que a coleta fosse realizada no período diurno e noturno, 221

as metodologias previstas no plano de trabalho (exemplo da rede de arrasto de meia coluna), em termo de 222

fauna foram incluídas algumas considerações no que se refere ao detalhamento dos apetrechos de pesca a 223

serem utilizados para a coleta, tendo em vista a importância destes berçários para a manutenção da atividade 224

da pesca na região. Considerando que estes estudos deverão subsidiar as medidas compensatórias do 225

impacto. A Gerente do Mosaico do Lago de Tucuruí, a Sra. Mariana Bogéa (IDEFLOR Bio) pondera, de que 226

apesar das obras estarem a princípio, centradas a jusante de Itupiranga, e logo ser natural a intensificação do 227

monitoramento nessas áreas, é preciso lembrar que estamos tratando de um reservatório artificial, que tem 228

sua dinâmica natural sofrendo alterações diárias, causadas pelo funcionamento da UHE Tucuruí, como 229

também, dos impactos de empreendimentos acima da barragem, pois tudo passa para o reservatório. 230

Destacou que já é possível identificar as mudanças no período de desova das espécies, na dinâmica da 231

atividade pesqueira, considerando que a pesca profissional é de suma importância para a economia da região, 232

fazendo-se indispensável criar hoje, mecanismos que possam garantir a continuidade da atividade no 233

reservatório. Tal preocupação se deve principalmente ao fato de que na maioria dos reservatórios artificiais, 234

de acordo com dados científicos, a atividade da pesca profissional não consegue perdurar, e a realidade do 235

reservatório de Tucuruí, já é sentida, seja pelo esforço de pesca aplicado ou pelos impactos dos grandes 236

empreendimentos sobre o mesmo. Se considerarmos, que as obras prevêem de duas a três explosões diárias 237

ao longo de três anos, serão 1.470 explosões, tal possibilidade é extremamente preocupante tendo em vista os 238

prováveis impactos dessas explosões, que se somados aos problemas que já existentes na região, tendem a 239

inviabilizar a subsistência do pescador. A palavra é franqueada ao Biologo, o Sr. André Ravetta (IDEFLOR-Bio), 240

enfatiza que analisou o plano de trabalho no que se refere à fauna terrestre, reitera a preocupação com os 241

períodos de coletas, ressalta as questões dos pontos de coletas por distribuição geográfica, processos 242

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ecológicos, integridade, diversidade e sazonalidade. Destaca também, é um tanto quanto ambicioso, não 243

considerar as mudanças climáticas (ano atípico), que interferirem no resultado final dos estudos. Outro ponto 244

são os grupos de amostragens ao qual avaliou insuficiente, como o tempo de amostragem são inferiores aos 245

recomendados pela literatura, de forma garantir a real diversidade da área. Quanto ao material coletado, está 246

previsto de acordo com o Plano de Trabalho apresentado, que a equipe técnica que fará o levantamento 247

biótico e o recebimento do material, conforme carta de anuência será a Universidade do Paraná, portanto, 248

sugere-se que pelo menos metade do material coletado fique nas instituições de pesquisa do Estado do Pará. 249

Com relação aos pedrais baseados em estudos já realizados em outras regiões, se faz necessário dar uma 250

atenção especial, devido a existência de animais endêmicos nessas regiões. Diante das exposições técnicas a 251

presidente do conselho explica a plenária que a mesma de imediato não poderá deliberar a respeito do 252

pleito apresentado pela empresa DTA Engenharia, tendo em vista que a proposta não passou pela 253

aprovação da equipe técnica do IDEFLOR-Bio, assim sendo a gerencia se coloca a disposição da empresa 254

para reunir com a equipe técnica caso julguem pertinente, para que os ajustem solicitados pela equipe 255

técnica do instituto possam ser discutidos de modo a prestar qualquer esclarecimento que por ventura seja 256

necessário, de forma que os interesses da empresa e da região sejam consolidados aos objetivos do Mosaico 257

do Lago de Tucuruí. A palavra é franqueada aos conselheiros: Sr. Antônio Nunes (CECOAT), em sua 258

manifestação parabeniza o prefeito de Tucuruí pela presença e apresenta a sua preocupação enquanto 259

representante do setor da pesca ressalta como exemplo a ELN, que apesar dos planos e das medidas 260

“mitigatórias”, na prática o setor da pesca que foi o maior impactado, nunca foi contemplado de fato. E que 261

com a implementação da hidrovia, com os comboios de barcaças, a pesca vai se acabar, isso sem falar dos 262

resíduos tóxicos que serão jogados no reservatório pelas barcaças que vão descer com carvão vegetal e subir 263

com carvão mineral. Questiona ainda, o material a ser utilizado durante a explosão sobre o que representará 264

para a qualidade da água, sem falar na parte de DRAGAGEM, pois hoje o assoreamento do leito do rio e do 265

próprio reservatório já pode ser facilmente identificado. Solicita que o DNIT se manifeste a respeito das 266

medidas compensatórias desses impactos, e lembra que em outro momento, já houveram audiências públicas 267

em 2010, onde as manifestações foram apresentadas ao DNIT, nessas, ficaram definidos que o produto a ser 268

retirado seriam colocados em terra e doados as prefeituras, hoje já se fala em tirar e colocar na lateral, sem 269

considerar que esse material tende a ser levado pela força da água. O conselheiro solicita que a equipe técnica 270

do IDEFLOR-Bio, se manifeste quanto aos impactos das explosões. A Sra. Mariana Bogéa, esclarece que tais 271

informações só podem ser definidas mediante a conclusão dos estudos, enquanto não houver coleta e analise 272

dos dados, não será possível avaliar os impactos de forma conclusiva, podendo-se apenas imaginar tais 273

impactos, com base no conhecimento “comum”, mas precisa-se de informações pautadas no conhecimento 274

“técnico cientifico”. Após a conclusão dos estudos, o mesmo deverá ser apresentado a este conselho para 275

manifestação e validação, são etapas que precisam ser vencidas, para que o processo tramite. Para coletar os 276

dados, a empresa precisa da anuência do órgão gestor, sem esta, não haverá coleta e consecutivamente não 277

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há estudo. A legislação prevê um prazo para manifestação do órgão gestor, e a equipe técnica trabalha de 278

modo a atendê-la e de garantir a participação efetiva da mesma no processo, acompanhando cada etapa do 279

processo. A anuência sairá acompanhada da condicionante de trazer o resultado do estudo para 280

conhecimento e manifestação desse conselho. A presidente solicita que o conselho tenha em mente que a 281

realidade do processo de licenciamento da ELN não pode ser comparado ao processo atual, até porque não 282

existia legislação ambiental, no caso da UHE Tucuruí não foram realizados Estudos de Impactos Ambientais e, é 283

exatamente por falta destes estudos que jamais será possível mensurar os reais impactos da implantação da 284

UHE Tucuruí. A realidade da hidrovia é outra, pois estes estudos servirão como instrumento na hora de definir 285

as condicionantes e/ou medidas mitigadoras, por isso a importância de se garantir que tais estudos sejam 286

realizados da forma mais minuciosa, de modo que o resultado possa ser o mais próximo da realidade. A 287

palavra é franqueada ao Sr. Raul Lima (APELT), apresenta a sua preocupação com o material apresentado pela 288

empresa, onde fica claro o objetivo de economizar. Faz um apelo aos gestores sobre a necessidade de chamar 289

o DNIT para discussão tendo em vista que este é o responsável pela hidrovia. Sugere que a UFPA sendo a 290

entidade que realmente conhece a região seja inserida no processo. A palavra é franqueada ao Sr. Roquevam 291

Alves (MAB), que questiona os benefícios da hidrovia e indaga ainda, quem ganhará com a navegabilidade, 292

quais os benefícios dessa para a região. E quais os impactos sociais que essa hidrovia deixará, uma vez que tem 293

como objetivo viabilizar o escoamento da produção e não para beneficiar a classe trabalhadora. Sugere ainda 294

que tais estudos possam contar com a participação da equipe técnica do IDEFLOR-Bio. Ainda destaca que em 295

2019 terminará o contrato de concessão da empresa à UHE Tucuruí, assim sendo solicita que o conselho fique 296

atento a esse fato. A palavra é franqueada ao Sr. Oneildo Monteiro (COLÔNIA DE PESCADORES DE TUCURUÍ), 297

parabeniza a equipe técnica pela análise do Plano de Trabalho da empresa DTA ENGENHARIA, lembra que a 298

dita “AUDIÊNCIA PÚBLICA” realizada em Itupiranga, os demais municípios sequer foram convidados, ressalta a 299

preocupação com o fato dos materiais que antes seriam retirados do leito do rio, sejam remanejados a outras 300

áreas sem uma prévia justificativa, uma vez que os poços servem de berçários as espécies (Mapará e Pescada 301

Branca), isso significa assinar o atestado de óbito da categoria. Adverte que em nenhum momento se falou da 302

navegabilidade dos moradores, e só apenas dos comboios de barcaça. Outra preocupação do conselheiro é o 303

número de explosões e os impactos. E que tecnicamente, os benefícios estarão direcionados aos grandes 304

empresários e ao governo, e que, em nenhum momento, fala-se sobre os impactos sobre o setor da pesca, 305

sobre o ribeirinho. Questiona ainda, o fato de que dentro do planejamento da empresa, não haver entidades 306

paraenses, que são as que conhecem a região, os costumes. Parabeniza novamente, a equipe técnica do 307

IDEFLOR-Bio pela analise e pela deliberação da presidência deste conselho em suspender a votação tendo em 308

vista que o parecer solicita correções no Plano de Trabalho apresentado pela DTA ENGENHARIA. A palavra 309

então é franqueada ao Sr. Jones William (PMT), neste caso representando também o COMPART, manifestou-310

se preocupado, por entender os benefícios desse empreendimento para a região, e ressaltou a importância de 311

se discutir esses impactos, uma vez que a empresa está se preocupando em economizar recursos e destruir 312

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berçários e por conseguinte, com a atividade pesqueira. A remoção desse material e o direcionamento aos 313

municípios, entende que é o momento de se discutir juntamente com o governo federal. Solicita que todos 314

possam vislumbrar os benefícios do empreendimento, que sejam favoráveis ao desenvolvimento, mas que 315

esse, venha acompanhado de benefícios à população local. Enquanto gestor municipal de Tucuruí e 316

representando os demais gestores através do COMPART, aproveita a oportunidade para solicitar ao IDEFLOR 317

Bio, cópia do Relatório do Processo de Licenciamento da UHE Tucuruí para que os municípios, através dos 318

seus gestores possam acompanhar junto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – 319

SEMAS o processo de renovação da Licença de Operação da UHE Tucuruí, pois o COMPART pretende acionar 320

juridicamente a ELN para cobrar o cumprimento das condicionantes. A palavra é repassada ao Sr. Gilbert Vaz 321

(FAEPA), sugere que os demais gestores municipais participem das reuniões do conselho, ressalta a 322

importância do canal de transposição para garantir a reprodução do pescado, como conselheiro não acredita 323

que esse conselheiro possa impedir que a hidrovia aconteça, assim sendo, sugere a criação de uma comissão 324

de acompanhamento da equipe técnica do IDEFLOR-Bio e do Conselho, e como alternativa para minimizar os 325

impactos sobre a pesca, sugere que seja liberada a aqüicultura no Lago de Tucuruí, como forma de geração e 326

renda. A palavra é franqueada ao Sr. Cledemilton Araújo (AMVILA), agradece a presença dos prefeitos e do 327

representante do Ministério Público, se manifesta lembrando que o empreendimento está longe de beneficiar 328

a região, pede que o Ministério dos Transporte, através do DNIT possam vir discutir a questão da hidrovia. 329

Sugere que os estudos só possam iniciar a partir da conversa com o DNIT. Sr. Paulo Rogério (PMI), manifesta-330

se com preocupação a questão da preservação do pescado, mas ressalta que o questionamento é se a coleta 331

de dados causa ou não impactos, e que não gostaria de viver eternamente de condicionantes, solicita que os 332

demais possam visualizar nisso uma oportunidade de desenvolvimento. A presidente volta a esclarecer que 333

dentro do processo de licenciamento o DNIT contratou a empresa DTA ENGENHARIA, para realizar essa etapa 334

do processo, assim sendo nesse momento, a responsabilidade de solicitar a anuência para coleta de dados é 335

da DTA, e o papel do Ideflor-bio enquanto gestora foi realizado, o processo foi analisado pela equipe técnica e 336

repassado por email aos conselheiros que deveriam fazer a sua analise e caso julgassem pertinente trazer seus 337

questionamentos para a reunião, devido a impossibilidade de durante esta, a leitura na integra do Plano de 338

Trabalho apresentado, portanto, foi disponibilizado previamente aos conselheiros. Ressalta ainda que dentro 339

do plano já havia uma parecer técnico do Ibama solicitando ajustes, assim sendo, precisamos compreender 340

que o processo é feito por etapas. Dando prosseguimento a presidente abre para manifestação dos 341

Convidados Sr. Alan (IFPA Tucuruí), que saúda o conselho e vê nesse momento uma oportunidade impar, 342

acredita que um diagnóstico ambiental participativo faz toda a diferença, utilizar a heterodinâmica com 343

modelagem ecológica, e que o IFPA coloca-se a disposição desse conselho, além de aproveitar a oportunidade 344

para solicitar assento nesse conselho de forma poder colaborar. A Sra. Maria Claúdia (DTA ENGENHARIA), 345

agradece a oportunidade e se coloca a disposição, ressaltando que esse método de conversa é algo inovador, 346

ressalta que esse parecer será considerado e na seqüência voltará para deliberação do conselho gestor. A 347

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presidente convida o prefeito Deusivaldo Amizade (PMNR) e o prefeito Jones Willian (PMT), e aproveitando a 348

presença dos mesmos, a presidente solicita aos conselheiros que possam alterar a ordem da pauta para tratar 349

a respeito dos equipamentos (Termo de Cessão de Uso), esclarece que logo no início de janeiro, a gerência 350

esteve em reunião com os sete prefeitos, que estes solicitaram a renovação do Termo de Cessão de Uso dos 351

Equipamentos. Logo, os novos gestores assumiram o compromisso de resolverem as pendências deixadas 352

pelas gestões passadas. Lembra ainda, que esses equipamentos foram adquiridos com o objetivo de garantir a 353

Gestão, o Monitoramento e a Fiscalização priorizando o Mosaico Lago de Tucuruí, entretanto na prática, isso 354

não tem ocorrido, é possível identificar a utilização de equipamentos de forma irregular. Vale ressaltar que os 355

municípios de Tucuruí, Goianésia, Itupiranga, até dezembro Breu Branco estava atuando, apesar de 356

compreender as dificuldades da atual gestão, não justifica o fato do município não desenvolver a gestão 357

ambiental. Se cada município atuar dentro dos seus limites territoriais a fiscalização ambiental seria 358

simplificada, todos os municípios do entorno do lago possuem pontos estratégicos, onde o ilícito ambiental 359

passa, agora é preciso que haja mais compromisso e comprometimento por parte dos gestores municipais e 360

ambientais, é comum recebermos relatos de fiscais que se sentem intimidados para cumprir o seu papel, pela 361

pressão política, assim sendo se faz necessário que os gestores compreendam a importância de garantir o 362

monitoramento ambiental, que compreendam que esse prejuízo vai além da questão ambiental, pois perpassa 363

por prejuízos econômicos e sociais. É preciso que se moralize a gestão ambiental nos municípios, que cada um 364

tome para si como prioridade cuidar do mosaico e partindo desse principio, que as ações ocorram de forma 365

constante para que possa obter resultados positivos. Somos responsáveis pela gestão ambiental e isso envolve 366

o poder público, a sociedade civil e o terceiro setor. Diante de tudo que já foi exposto fica o apelo desse 367

conselho para que os gestores municipais colaborem fortalecendo as Secretarias Municipais de modo que as 368

mesmas possam desenvolver o seu papel, para que no próximo defeso possamos estar atuando de forma 369

integrada, para que a gestão do mosaico possa trabalhar em outras linhas de produção, evitando que técnicos 370

que deveriam estar trabalhando na elaboração e implementação de projetos, tenham que fazer fiscalização 371

porque esse papel cabe aos fiscais ambientais. O Sr. Paulo (PMI) sugere que se faça um cronograma de 372

monitoramento e fiscalização para o ano inteiro, de forma que se garantam ações permanentes. Já o Sr. 373

Antonio Nunes (CECOAT) ressalta que o setor da pesca solicita fiscalização, no passado, foi feita uma proposta 374

para que as ações fossem coordenadas pelo IDEFLOR-Bio com a equipe dos municípios, só assim poderá 375

consolidar a gestão, evitando a pressão política no município. Ressalta que os prefeitos precisam compreender 376

que o Lago de Tucuruí é um termômetro para economia dos municípios. A presidente afirma que a 377

fiscalização é uma demanda do setor da pesca, daqueles que estão de fato preocupados com a 378

sustentabilidade da atividade da pesca. O Sr. Oneildo Monteiro (COLÔNIA DE PESCADORES DE TUCURUÍ), se 379

manifesta dizendo que existe mais quem peça pela fiscalização do que aqueles que reclamam, pois da mesma 380

maneira que não existe político sem voto não existe pescador sem peixe. Afirma ainda que a desculpa do 381

atraso do seguro defeso não cabe, pois desde 1994, quando começou o Seguro Defeso este nunca saiu no 382

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tempo hábil, lembra que quando um cidadão chamado Miguel atuava havia-se respeito, que está na hora de 383

moralizarmos e atuar na fiscalização. O Sr Jaciberg (PMG), afirma que os equipamentos são fundamentais para 384

as secretarias, concorda que precisa preparar a equipe técnica para atuar na fiscalização e que sensibilizar o 385

gestor quanto ao fato de que essa é uma obrigação da secretaria municipal, conscientizar o gestor quanto à 386

importância do trabalho desenvolvido pela secretaria municipal e que intervir no sentido de atrapalhar o 387

trabalho da equipe técnica é um retrocesso. A Sra. Mariana Bogéa solicita aos municípios que durante a 388

atuação que cumpram todos os procedimentos criminais e administrativos de modo que os infratores possam 389

de fato respeitar a gestão. A Sra. Gleiciane Felix (PMT), afirma que faz todo o monitoramento da utilização dos 390

equipamentos de modo que atendam exclusivamente os interesses da gestão ambiental, a caráter de 391

prestação de contas, e em menos de dois meses a frente da secretaria municipal, já foram apreendidos mais 392

de duas toneladas de pescado. A Sra. Valéria (PMJ) esclarece a situação da SEMMA de Jacundá e informa que 393

foi realizado um levantamento das rotas de passagem do pescado, e que o departamento de fiscalização 394

passou por reestruturação e que agora se encontra apto para atuar. O Sr. Raul Lima (APELT), diz que se todo 395

mundo fizer o seu papel a coisa funciona, o problema é que um faz e o outro não faz nada. Sr. Jones William 396

(PMT), sugere que façamos uso da tecnologia de modo a nos ajudarmos, afirma que no município de Tucuruí a 397

secretária tem autonomia para atuar, apesar das dificuldades. O prefeito apóia a proposta de atuar em 398

conjunto, pois entende que isso fortalece a gestão, garantindo o êxito das ações. As 12: 45 foi realizada uma 399

pausa para o almoço e o retorno ocorreu as 14:30 horas. Dando continuidade aos trabalhos, a presidente 400

apresenta o resultado parcial das ações de fiscalizações referentes ao período do Defeso 2016/2017, ações 401

realizadas de novembro até fevereiro totalizam a apreensão de 18.640 toneladas de pescado irregular, 05 402

veículos e 740,458 m³ de madeira, as ações foram coordenadas pelo IDEFLOR-Bio, através da Gerencia 403

Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí, contaram com a participação dos órgãos de ambientais de 404

fiscalização SEMAS, SEMMA de Tucuruí, SEMMA de Breu Branco, SEMMA de Goianésia, SEMMA de Itupiranga, 405

SEMMA de Marabá e IBAMA de Marabá, tivemos ainda a colaboração na logística com cessão de lancha, 406

combustível e piloteiros da ELN, a segurança ficou por conta do Batalhão de Policia Ambiental de Belém e da 407

Policia Militar de Tucuruí – CPR IV. Sr. Júnior (PMBB) se manifesta que recentemente assumiu a Secretaria de 408

Meio Ambiente de Breu Branco, informa que o município encontra-se numa situação difícil e em função disso 409

se viu obrigado a eleger prioridades e como a secretaria tem a responsabilidade de garantir a manutenção e a 410

limpeza da cidade. Esclarece que o maior problema é exatamente o risco da atividade desenvolvida pelo fiscal, 411

lembra que o secretário de meio ambiente de Altamira e de Piçarra foram assassinados, a preocupação é a 412

segurança pós-ação, diante do exposto chama as colônias a responsabilidade no que se refere à 413

conscientização dos pescadores. Ressalta o crescimento populacional e as ações predatórias, esclarece que o 414

veículo esta sendo utilizado para atender ao trabalho de podas no município, duas pessoas dirigem a 415

caminhonete e assim sendo se a caminhonete não puder ser utilizada para atender os interesses da gestão 416

ambiental do município, fica difícil manter os mesmos. Objetivando garantir a segurança dos fiscais propõe 417

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que sejam realizadas ações conjuntas, onde os fiscais de um município possam atuar no outro. A presidente do 418

conselho esclarece que tais medidas já foram pensadas em anos anteriores, porém existem problemas de 419

jurisdição, uma vez que não existe respaldo legal para o fiscal de um município atue nos limites de outro, para 420

que isso ocorresse seria necessário que se fizesse um Termo de Cooperação Técnica, outro ponto é o 421

pagamento de diárias para garantir o deslocamento desse fiscal, uma vez que o mesmo foi contratado para 422

desenvolver o papel de fiscal no município, a presidente afirma que compreende o receio dos fiscais, porém 423

entende que é inevitável realizar fiscalização sem correr riscos, logo cada profissional deve definir se aceita ou 424

não o desafio, pois a possibilidade de se eximir do trabalho ao qual foi contratado para desenvolver não cabe 425

nesse caso. Claro que a abordagem deve ser feita da forma mais respeitosa possível, evitando o máximo de 426

conflitos, porém fiscalização sem risco não existe, seja ela individual e/ou coletiva. Outro discurso que precisa 427

ser evitado é esse de colocar o pescador como coitadinho porque não recebeu o seguro defeso, como o Sr. 428

Oneildo já esclareceu o seguro nunca saiu na data certa, as pessoas questionam como o pescador vai se 429

manter por quatro meses e a nossa preocupação é garantir o sustento do pescador o ano inteiro. Sr. Paulo 430

(PMI) ressalta importância de se garantir um monitoramento permanente. Dando continuidade a 431

apresentação a respeito das operações de defeso a presidente mostra o registro fotográfico de uma ação 432

realizada no mercado municipal de Tucuruí, onde pescado foram encontrados escondidos em um fundo falso 433

com vários ratos, o pescado apesar de apreendido não pode ser doado, por questões de segurança alimentar. 434

Seguindo a pauta da reunião referente aos Termos de Cessão de Uso dos Equipamentos, a presidente 435

esclarece que o termo venceu no fim do ano passado e que após vistoria realizada nos municípios foram 436

identificadas varias irregularidades e que em função do objetivo ao qual os equipamentos foram adquiridos 437

não estarem sendo atendidos, o conselho deliberou pelo recolhimento dos mesmos, somado a isso ainda 438

temos as pendências no que se refere a revisão dos veículos, manutenção e conservação, contratação de 439

seguro, renovação de IPVA, dentre outras. Reforça ainda que os equipamentos podem e devem contribuir nas 440

atividades de interesse da gestão ambiental, independente dessas ações ocorrerem nos limites do mosaico, o 441

problema é que as ações são desenvolvidas na maioria das vezes fora do mosaico e quando são ações de 442

interesse do mosaico, falta pessoal, falta combustível, etc. A Sra. Árita (PMNR) esclarece que a gestão passada 443

tentou por várias vezes junto a prefeitura sanar as pendências, entretanto sem obter sucesso, inclusive no que 444

se refere ao seguro foram duas licitações vazias. A presidente franqueia a palavra aos secretários de meio 445

ambiente para os mesmos possam se manifestar a respeito da situação de cada secretaria, todos informam 446

que tem interesse em sanar as pendências, mas que, no entanto, necessitam de um prazo de pelo menos 90 447

dias. A presidente então sugere ao conselho que delibere a respeito da renovação dos termos de cessão de 448

uso dos equipamentos, considerando que a atual gestão não pode ser penalizada pelos erros da gestão 449

passada, assim sendo sugere que a renovação seja feita, acompanhada de um termo de compromisso onde 450

o município, se dispõe a sanar as pendências sob a penalidade de perder os equipamentos no prazo de 90 451

dias a contar a data da assinatura do termo de cessão de uso dos equipamentos, a proposta é lançada a 452

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plenária e aprovada por unanimidade. A presidente apresenta os informes: 1 – Encontro dos Mosaicos de 453

Áreas protegidas da Região Norte – Período de 06 a 09 de Março, ficando definida a participação do Mosaico 454

Lago de Tucuruí e para tal selecionaremos seis conselheiros da sociedade civil para participarem do referido 455

encontro, sendo estes: 1 – Raul Castro Lima (APELT), 2 – Antônio Ferreira Nunes (CECOAT), 3 – Roquevan Alves 456

(MAB), 4 - Rosaly Dias Silva (COOPAB), 5 – Oneildo Monteiro Carvalho (Colônia de Pescadores de Tucuruí), 6 – 457

Ana Lúcia Vasconcelos (RDS Alcobaça) e dois representantes do poder público a serem definidos. 2 - Cursos de 458

Capacitação (Municípios Verdes) – LAR – Período De 20 a 24 de Março – 03 a 07 de Abril, a ser realizados no 459

auditório do Mosaico Lago de Tucuruí. 3 - Levantamento de demandas de Capacitação, ficando os secretários 460

de meio ambiente com a responsabilidade de se reunirem e apresentarem a essa gerência a relação com as 461

demandas dos municípios. A palavra é franqueada ao Sr. Gilberto Vaz (FAEPA), que solicita a colaboração de 462

todos para que a atividade de aqüicultura possa ser viabilizada, como proposta sugere que se trabalhe com 463

áreas aquícolas, para tal o Sr. Francisco Medeiros, que é o proponente da proposta de criar áreas aquícolas e 464

que o mesmo conseguiria regularizar tais áreas no prazo de 90 dias (outorga e licenciamento), diante do 465

exposto a presidente solicita ao Sr. Gilberto Vaz que busque informações detalhadas sobre a proposta de 466

modo que numa próxima reunião possamos avaliar a viabilidade da mesma, uma vez que o prazo apresentado 467

inicialmente parece ser insuficiente para a tramitação dos processos, entretanto, caso as informações sejam 468

viáveis traremos a discussão para pauta da próxima reunião do Conselho Gestor. Dando continuidade à 469

apresentação das demandas a presidente apresenta a manifestação da Secretaria de Meio Ambiente de 470

Marabá e do IFPA de Tucuruí no qual solicitam acento no conselho, apesar de não haver no momento 471

nenhuma vaga disponível no Conselho da APA Lago de Tucuruí, o Conselho da RDS Alcobaça Pucuruí possui 472

vagas a serem preenchidas, assim sendo, a SEMMA de Marabá e o IFPA Tucuruí devem formalizar a sua 473

solicitação apresentando nome de titular e suplente que deverão representar as entidades durante as 474

reuniões, esclarece que no mês de agosto durante o processo de renovação do conselho da APA Lago de 475

Tucuruí, as entidades poderão solicitar acento no Conselho da APA Lago de Tucuruí, caso tenham interesse, a 476

princípio fica deliberado o ingresso da SEMMA de Marabá e do IFPA de Tucuruí, no Conselho da RDS Pucuruí 477

Ararão, podendo as entidades participarem das reuniões do Mosaico Lago de Tucuruí com direito de voz e 478

voto. Nada mais tendo a ser tratado, a presidente agradece a presença de todos e as 16:47 h dá como 479

finalizada a reunião do Mosaico lago de Tucuruí. Eu, Mônica Ferreira dos Santos, redigi esta ata, que deverá 480

ser aprovada na próxima reunião do conselho e referendada por lista de presença em anexo. 481