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PL

01-0355/93-6

"Institui, no ambito do Município

de São Paulo, o DIA DO BAIRRO DA•••

a--ot-.3-t= vi ~cias" .- f -

A Camara Municipal des São Paulo D'É C R -É T-A.

Art. 1 2 - Fica instituído, no ambito do Município

de Sao Paulo, o "DIA DO BAIRRO DA MOOCA"

•a ser comemorado,anualmente, a 17 de agosto.

Parágrafo unico - A Municipalidade diligenciará,

junto a entidades representati-

vas do bairro, para que nesse dia sejam organizadas exposiça-es, seminá

rios, palestras e feiras alusivas à efemeride.

Município.

Art. 2 2 - O evento ora instituído passará a cons-

tar do Calendário Oficial de Eventos do

Art. 3 2 - As despesas decorrentes com a execução

da presente lei correrão à conta das do-

taçOes orçamentárias prOprias, suplementadas se necessário.

Art. 4 2 - Esta lei entrará em vigor na data de sua

publicação, revogadas as disposiçOes me

contrário.

Sala das SessOes, 11 de maio de 1.993

VICENTE VISCOMEVereador

Côd. 0561

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Folha n o Õ 2- de proc

no 3 4; 5- de 19.93_

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Cantado em verso e prosa pelas diversas geraçOes

por ele agasalhadas, o tradicional bairro da Mooca merece ter perpetu

ado o dia de seu surgimento; merece ver registrado na histOria de São

Paulo um dia especialmente designado para que o povo possa reverenci-

ar e festejar o seu nascimento.

Conta a histOria que o bairro da Mooca tem a ida-

de de nossa São Paulo e que nasceu a 17 de agosto de 1.556. Dizem,tam-

bem, que o querido bairro tem apenas cento e catorze anos de idade.Sa-

bemos, entretanto, que a "velha Mooca", como carinhosamente a chamam,

e bem mais antiga que muitos de nossos bairros aos quais se(atribuem

duzentos ou trezentos anos. Não sabemos ao certo.

Pouco importa, entretanto, que o querido bairro

da Mooca tenha cem, duzentos ou quatrocentos anos de idade. Importa -

isso sim - o extraordinário impulso que o bairro deu à cidade de São

Paulo atraves de suas industrias, através de seus filhos ilustres e

atraves dos imigrantes húngaros, italianos, lituanos, espanhois e tan

tos outros oriundos de outras plagas e que lá se instalaram.

Em tempos remotos,no bairro imperavam sítios e

chácaras, substituídos posteriormente por fábricas e usinas pioneiras,

a maioria das quais ja no existe; delas resta a lembrança dos nomes:

Armazens Matarazzo, Cia Paulista Moinhos Gamba, Casa Vanorden, Tecela-

gem 3 Irmãos Andraus, Cia Paulista de Louças Esmaltadas, Cotonifício

Rodolfo Crespi, Fábrica de Tecidos Labor, Fábrica de Meias Mousseline

e, mais recentemente, a Cia. de Calçados Clark.

Outras indústrias, contudo, permanecem, continu-

ando a grandiosa obra de seus iniciadores: São Paulo Alpargatas, Atti-

lio Fuzer S/A, Papeis Madi S/A, Frigorífico Anglo, Cia. Antarctica,Má-

quinas Piratininga, Alumínio Fulgor, Cia União dos Refinadores, etc.

Cód. 0561

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Temos a certeza de que o coração do paulistano

abriga um pedacinho de nossa Mooca e a ninguem e dado omitir-se quan

to ao extraordinária papel que o querido bairro desempenhou no cresci

mento de São Paulo.,Estamos certos de que a instituição de uma data

gy para que os que aqui vivem e os que por aqui passam festejem o surgi-

mento do bairro irá ao encontro dos anseios da população, dal porque

a proposta que ora apresentamos e que esperamos seja acolhida pelos

nobres Vereadores que, como nos vem no tradicional bairro mais um-berço das grandiosidades que fizeram a historia de Sao Paulo.

VICENTE VISCOMEVereador

Cód. 0561

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Padre José de Anehleta (15334597)

(~1~4 "~)17~7~44

C:5:›

1556 - Edi ao Histórica-1na.

PARABENS MOOCA...M4is uma vez estamosjuntos para participarcom imensa alegria des-ta data tão feliz.Mais um ano se passa etodos nós: Comércio, In-dústria, Entidades, Au-toridades, Estudantes eTrabalhadores, vibra-mos desta vez, não pormais um aniversário,mas sim por muitos ani-versários que não foram

"pe om amorados .Graças a um trabalhode pesquisa bem sucedi-do e documento deixado

'por um dos maiores htoriadores do Brasil, rdemos dizer hoje orglhosos que somos gr.trocentões há muitempo.A Mooca agradece alaboração de todas Endades Representative Imprensa do bairroSecretaria MunicipalCultura, ao Departmento do PatrimõrHistórico, à Secretardas Administrações Rgionais e a PrefeituMunicipal de São Paupela credibilidade desnova data.

ASSOCIACÃO • ESP.ORTIVAÃI CUtTURAL-REPE . LEGAL• . •_

O RIGENS .;' DA", MOOCA" .i.: DATA/ DE ..R'EFER.ÊNCIA' HIi • im . /. tivro CONCHETA:: . 11 17 DE illeSTO , -.•E. 1556, DOIS

-

ANOS E POUCO • @PÔS Fi RRIBAOP - 2 . 00Eg1Jlt0S,..R -:COVERNANÇA .

DE SANTO ANDRE COMUNICOU 1111,S'‘.1 t. :fMUNFOPE:SÇ ESTAREM; TODOS.

MIGADOS FAZER A PONTE *DO., R111 :. .:TOMETt:ALA .DE :.r.PAS11 POR

JUNTO DR VILA TODAS AS VEZES QUE DISSO *. TIVER NECESSIDADE.

A PONTE DEVE SER MESMOi, A** NOSSA PM= ELA *PASSAVAMus PADRES DA COMPANHIA DE JESUS. • •

ESSA PONTE - CHAVE REPAROU -SE 011 .„ RECONSTRUIU -SE

PERIODICAMENTE POR ANOS ,E SECULOS AFORA. 11 - PONTE DO TAMANDUATEI

FOI SEMPRE A MAIS NOTAVEL E TRADICIONAL . • • .

NUTO SANT ANNA•

EU e'l • UCIÂNO JUNIOR - PESQUISADORrd=

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11100CA — 15Folh. no de roc

.=_Edialàfistárida• ,•

." _O Bairro Indígena

EXPEDIENTE —Responsável por texto".

fotos e edição

Eugenio Luciano JuniorRotary Clube do São

Paulo - Mooca

Colaboração:Riccieri Eugenio

PonchirolliVlaria das Gr oen.

Tiragem: 25.000exemplares

COL~FFAVATTXTUCÃO,COMPOSICÃO E IMPRESSÃOIMPRENSA OFICIAL00 ESTADO S.A.IMESPRua de Mooca. 1921 – Fone: 291- e Tecem:em - 1898 - = •

(atual prédio dos Correios). Foto Família Castanha

Referências sobre a Moo-ca, praticamente vagas, sãoinúmeras; agora, ricas emdetalhes não se encontram.Focalizando-a exclusivamen-te, inexistem.

Pesquisando suas origensconcluiu-se que aqui por todaa extensão do Ta manduateíera local de aborígenes. Moo-ca, palavra indígena, é o seunome de batismo.

2 fatores constituem aspilastras mestras da históriada origem da Mooca.

Atentai! o rio e o indíge-na, porque a região que inte-grava as terras de João Ra-malho, das quais não chegaraa tomar posse da maior dasSesmarias, a região, qual dis-se era habitada por índios,por toda a extensão do Ta-manduatei, e daí a dentro.

Mas estamos no séculoXVI, ano da fundação de SãoPaulo, e porque aqui Anchie-ta ao fundar o seu colégio nu-

a visão estratégica esco-u o altiplano (defesa con-

a os índios). Agora estamosem 1560. "João Ramalho aju-dara a colonização e catequi-zação, pois era ligado aosíndios e amigos deles." Em1567 é que aparece o fabulosoBrás Cubas, recebe oficial-mente do Capitão — Mor Jor-ge Ferreira esta Sesmariaimensa, e passa a percorrê-la, descobre o Tatuapé, Caa-guassu (depois Belém) inva-de vales, vence morros,embrenha-se por cerrados eatinge a colina da Penha.Nesta época já se tinha co-nhecimento do Cambuci, deItovuvu e de Tijicuassu.

Nos escritos dos religio-sos e nos elementos indígenasé que podemos buscar osprincípios para esclareci-mentos históricos.

Crtiz, sotaina, burel, pa-

a

ras do Tupi-Guarany sãobases de nossa história, vaií o que significa o topónimo

Mooca?Há diversas versões so-

bre a palavra Mooca. Uma"Moo-oka significa ares se-cos, enxutos, que faz aresamenos, sadios. Esta versãonão convence muito . Aquitínhamos o rio Ta manduatei,o riacho !piranga, o rio Ta-tuapé, o riacho Mooca, Ari-canduva e outros que davamcondições para que o lugarfosse úmido.

Uma outra versão, emvirtude "de certo riacho de-nominado Mo-ka afluente doTa manduatei que cortavaaquela região a zona passou achamar-se Campo da Moka,Caminho da Moka". Mas, emtupi, parece que rio é Mogi,ao depois, rio não constrói ca-sa, ajuda sim, a construircom a sua água. Outra versãoque parece a mais consentâ-nea é esta Moo= FazOca = Casa, Faz Casa. FazRancho, Rancharia, conjuntode casas.

Em épocas que se per-dem em grandes recuos os Ti-jicuassu através do Taman-duateí exportavam o licor dasfinas ampelídias e a argila deótima qualidade, para reves-timento de casas de Taipa edepois para fabricação de te-lhas.

Ao que parece os primei-ros habitantes, brancos oureinóis, começaram suasconstruções de casas, daí aexclamação dos índios dianteda novidade: Mooca-Faz Ca-sa! E há outra versão que meparece razoável: os seus cole-gas jesuítas ainda dos Tiji-cuassu enviavam através doTamanduatei então navegá-vel. Por isso é que temos aLadeira Porto Geral, porquelá era o Porto Geral das Em-barcações do Tamanduateí.Então, estes colegas manda-vam o barro para os jesuítasdaqui, que estavam a poucosmetros do Pátio do Colégio, eos jesuítas ensinavam osíndios a fazer casa e comoeles falavam o Tupi-Guaranydiziam Mooca-Fazer Casa,Faz Casa, e dai surgiu a histó-ria originária desta palavraindígena.

Daí a palavra encontrouum meio fácil para fixar-se epopularizar-se.

Como região, a Moocatem a idade de São Paulo.Evidente que nós não vamoscomemorar a data do apare-cimento da Mooca com a datada fundação de São Paulo.Anchieta não descobriu SãoPaulo, Anchieta fundou SãoPaulo, o que é muito diferen-te. Antes de Anchieta estaraqui, esteve um dos elemen-tos integrantes da comitivade jesuítas que estava em SãoVicente sob as ordens do Pa-dre Manoel de Nóbrega, quemandou a São Paulo o jesuítaLeonardo Nunes, ele veio coma missão de examinar, visto-riar o local onde deveria sermais conveniente erguer-se otemplo e o Colégio que aindanão tinha denominação e o no-me veio porque coincidia como dia 25 de janeiro, que é o diaconsagrado ao apóstolo, istoporque os portugueses erammuito religiosos e batizavamlugares, cidades etc, com onome do santo do dia.

"Leonardo Nunes ao aquichegar encontrou o apoio ecolaboração de João Rama-lho, que era aparentado e

amigo dos índios; e diise - d-claregião do Tamanduatei, osíndios."

Anchieta veio com umgrupo de jesuítas e foi quandofundou São Paulo de Pirati-ninga, porque já havia umaregião entre Santo André eSão Paulo chamada Pirati-ninga.

Quando os brancos come-çaram a erguer as suas casas(na Mooca), já existia um Pi-Query (palavra indígena quequer dizer ponto de referên-cia).

No sentido exato, rigoro-so, quer dizer: Rio dos Peixi-nhos, mas prevalece o sentidolato: "Ponto de referência" eo nosso era o Piquery da Moo-ca.

Saindo da FreguesiaEclesiástica da Sé, descia-seá Rua do Carmo, atingia-se aRua Tabatingilera e descia-se, ainda, para atingir umaponte existente sobre o Ta-manduatei, ponte de madeiraesta denominada Tabatingtle-ra ou Ipiranga; a seguir,alcançava-se um caminhoque se aprofundava por lé-guas. Caminho de índio, debrancos e até de uma bandei-ra que demandara à regiãoSudeste do País.

O caminho era por ai enão pelo Brás.

Já Brás Cubas erguerauma capelinha devocional aSanto Antônio, que depois, se-gundo dizem, se transfeririapara a Praça do Patriarca.

E é Brás Cubas quem;avançando terras da zonaLeste, vai encontrando porquase toda a extensão do Ta-manduatei e matas adentroda região Leste índios e.maisíndios, que constituíam omaior conglomerado aboríge-ne não só de São Paulo, senãodo Brasil. Era a tribo Guaia-na (corruptela: Guaianases)do tronco Tupi-guarany.

Os grandes Caciques des-sa época são: Tlbiriça,Caiuby, chefe dos Guaianas eirmão de Tibiriça. Regiãoadentro dominava o caciqueJaguanhara (todo o vale doParaíba) e que era sobrinhodos primeiros.

ante-o-Brasil &kin.e Brasil Império existiamFreguesias EclesiásticaSurgiram: Nossa Senhora rPenha de França e FreguesNossa Senhora do O (15-01796).

A Freguesia da Penlera integrada por toda a ZorLeste.Brás Cubas esteve aqui e ates integrara a Sesmaria rJoão Rarnalho, e que "recbeu do Capitão-mor JonFerreira em 1567; a Brás Cbas sucede Francisco Jorgdepois seus herdeiros quevenderam ao sertanista pdrc licenciado Matheus Nnes de Siqueira, depois o scede Padre Gaya, a este. Mnoel Luís Ferraz, e a este f,colau Barreto".

O Brás, antiga Freguesde São Bom Jesus de Matosnhos, separou-se da Penha.a Mooca, que fazia parte rBrás, separou-se em 23 de dzembro de 1910 no governo rpresidente Albuquerque Lin

O PORTAL DAZONA LESTE:

Não quer dizer apenas ertrada para a zona Leste, potque entrada da Zona Leste éBrás também, é a Vila Pudente também, isto, se estreferindo à época do Piquer>está-se referindo à época dBrás Cubas, quando a Mooc.era o caminho para a ZonLeste, e era o caminho paraSudeste.• Perto do Núcleo Centra

de Anchieta, abriu-se de fateste caminho para a zonLeste e Sudeste do País. Caminho até de Bandeira.

Em 1867 a Câmara Municipal de São Paulo, então chemacia de Câmara Régia, ccmeçou a doar terras a futuroproprietários da Moocaeram as Sesmarias. Mas istcsenhores, é muito depois. Ccmeçou a doar estas terras cnotem bem, a Câmara er.composta de brancos, de lwmens que podiam entendeum pouco de, por assim dizerdada a convivência, o Tupyguarany, não que falassemIsto se deu em 1867, e est.provado que em 1700 quase j

o da Rua dos Trilhos

se

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MOUCA — 1556 — Edicão Histórica 1985Folha n G de procn.e .. de 19 Q

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~ctos da Rua da Mooca 1958-1959-1960. a) O- Prefeito Manoel de Figueiredo Ferraz faz uma vistoria no péssimo calo,.

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b) já arr:Cac iti :0eArtjrgilig.71212L—e—saiktalykalbsiihá muito demolido) Que fazia todo 9,5rrviro Funerário da Capital, bem como festas de casamentos, ficando ali também acocheira do£animais.

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Nania~~11a4,;ii.9.1904— Membro de família Rnrmanuto posam para a posteridadeFoto Luís Romanato

C) Finalmente o Pre,feltoPresto e Mala inaugura o calcamento ritual da,Rua da Mooca com grande festa

não havia índios em São Pau-lo. Em 1770 já não havia defi-nitivamente mais índios, por-que o Marechal Rondon jáproclamara que era impres-cindível a defesa dos índios,pois estavam acabando comeles, que fugiram para o Sul epara a zona Oeste do País.

Istb vem reafirmar que aCâmara não podia ter criadoum vocábulo que já existia, eestas Sesmarias são posterio-res àquelas doações a BrásCubas. A Mooca tem a idadede São Paulo.

Não, p retendemos que se-ja comemorada a 25 de Janei-ro, mas queremos que estadata se aproxime da Funda-ção de São Paulo porque aPenha, que veio depois, a últi-ma a ser descoberta por BrásCubas, tem mais de 300 anos,o Tatuapé comemora 313anos, o Pari, dizem, 404. tam-bém o Belém 82 e Mooca 114anos, que história mal conta-da, não? (risos e palmas). Élá o início de tudo.

Então precisamos con-sertar isso, minha gente. Eu

ir1/4 •

me sinto orgulhoso por ter si-do convidado pela AssociaçãoComercial de São Paulo. porduas vezes, para falar isso,porque é preferível que estasobservações partam de al-guém daqui, antes que par-tam de alguém de outro bair-ro. para nos dar lição de quenão precisamos.

O que interessa é que obairro da Mooca canta atra-vés das suas chaminés diaria-mente o canto de glória aotrabalho profícuo e ao traba-lho honrado; o que interessanão é se ela tem 100-200 ou 400anos, o que interessa é que éum bairro digno, extraordiná-rio, onde contamos com altasfiguras, com altas personali-dades com relevantes servi-ços em todas as esferas da or-dem social.

Excertos da Conferênciaproferida pelo autor no SalãoNobre das Faculdades SãoJudas Tadeu, em 21 de outu-bro de 1981. Semana de Festi-vidades do Bairro da Mooca.

Lybio Martlre

litsarnento de Vicente Montuori e Emilla StellaMantuort ígue aparecem a Janela)a da Mooca próximo à Rua Pira tininga. 18 de dezembro de 1913

[Foto cedida pela A.C.S.P. - Cvrilo Con

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Rendblica itfiRrne.b ' com presença do Governador do Estado Abrem Sadré.-e-E'celeAspectos da _constru do do Viaduto 'Cantara Afteçhadrt (na época O Machadlo) fnaugurado em maio de 1967

Observar Bondes na Rua PiratiningaiÃotos gentilmehriiastd—TOTMO-15aulo Alpargatas S/A

Destaque especial para estastrês fotos pois este local representa

ara nós as "DJILGENS-DA--M.QQÇA"'Ponte do Tamanduatei)

3 aspectos do mesmo local em épocas diferentes "ennte tiú Tamanduatel"1915- Rumo ao Centro - Foto Museu de Raridades da Biblioteca Mario de Andrade

1954 - Abertura da Radial Leste -„foto Hospital D. Pedro

atual Elevado Costa e Silva

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Classe derritmutt v aldo Cruz. Foto 1916Primeira tur der,gago Oswaldo Crus em 1914 •

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com p.Animilms,AQ PAULISTA — Balanço ano RN

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MOUCA — 1556neen~mafflEas~

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Edicão Histórica 1985

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1918- Um dos primeiros estabelecimentos comerciais da Rua Oratório(antigo Caminho do Oratório) altura do n.° 1.400. Família hfolina

Foto tirada na década de 20 mostra cinco gerações da família Romanato 6.••••

16.096.149 - Passagens de 100 réis116.841 • Passagens de 200 reis8 - Linhas para a Mooca a saber:Mercado à Mooca ( Via Hospício)- Rua 28 de Março - Vdrzea daMooca • Rua da Mooca - extensdo2250m • 51 viagens de meia emmeia hora.Mercado à Mooca ( ViaGasómetro) — Vdrzen e Rua doGasómetro • Travessa do Brds •Rua Piratininga • Rua da Mooca •extensdo 3898m -29 viagens~rias.Mercado à Imigrava° (mesmopercurso) R. PiratiningaRua Visconde de Parnaiba •esganado 4000m71 viagens diáriasMercado ao Hyppodromo viaRangel Pestana) mesmo percursoAv. Rangel Pestana • Rua doHyppodromo • Largo doHyppodromo - extenado 3750m •18 viagens diáriasMercado ao Alto da Mosca,-Mercado • Várzea e Rua doGasómetro - Travessa do BrásRua Piratininga • Porteira daMooca e Alto da Mooca • extensdo3210mLargo do Rosário à ImistraCiiá •Travessa do Rosário • 15 deNovembroTravessa Jodo Alfredo - Várzea eRua do Gasômetro • Travessa doBrds

Rua Piratininga • Rua Viscondede Parnatba - Inaigraedo •extenado 5350m • 46 viagensdiárias.Largo do Rosário ao Largo doHyppodromo (mesmo percurso)Av. Rangel Pestana - Rua doIlippodrorno • Largo doIlippodromo • extensa° 5100m- 13viagens diáriasLargo do Rosário ao Alto daMooca - (mesmo percurso) • RuaPiratinInga • Rua da Mooca •4885mOs horários variavam das 5,00 às6,00 horas da snanhd a até 51.00 e23,00 horasMooca entende-se até Rua AnaNbri e Alto da Mooca, RuaVisconde de Laguna (alémporteiras).

Outras linhas de bonde:Ponte Grande d Liberdade-Avenida Paulista • Hygienópolis •Consolaçdo é Esta çdo da Luz(circular) • Vila Buarque -Alameda do Triunfo (via RuaYpiranga) • Perdizes (viaPalmeiras) • Perdizes (via BarraFunda) • Bom Retiro • (via Cons.Bebias) • Amador Bueno • RuaVitória (via Conselheiro Ramalho• Oriente • Vila Mariana • Rua deSdo Iodo d Santa Cecilia - BomRetiro - Rua dos Gusmões •Belenzinho - Ypiranga • Cansbucy• Brat (Jardim. Mercado e Largodo Rosdrio).

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MOOCA - 155Folh— tdiça. - r, • óricad

111W);;.'•.

1930- A Cantina do ~nato lá era famosa e ficava ali na221.18 Javan (antiga Javry) Foto: Sonla Monti

Aug_da Mooca_192Charutaria de propriedade de Eduardo e Filomena Rodrigues,etwenitores io_clay_m e Rodrigues. Ano de 1928.Foto cedida Al meida Despacha-1;1-i--

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Fotos extraídas da RevistaComemorativa dos 75 Anos da São PauloAlpargatas S/A. Editada em 1982

Em 1932 a Alpargatas vestia as tropas paulistas

1924: a Revolta dos Tenentes em São Paulo

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)11!ice.

provirkIncia 'wadre Teresa miebel''

fundada em/901à

Em 19,1 foiconstruiria a Careta

Nocsn SPI)110r11

Divina Providenciaj'axgue da Monco em 1956 c n atura Rua JuatIndiba ondese localiza o 18." D.P. Foto Onuma

Cr.gu uel defcDesta , ,,Tnrantia 1110 MaiQui rnim hen va na R UR CIOS Trilhos Colobias ifnrreto.

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•LIVIOOCA — 1556 — Edicão Histórica 1985 1„f=rxr

os 429 anos da Mooca em 1985po literário do "Pirralho, em1912. Foi redator da "A Gaze-ta" em 1918 e de 1922 a 1930,pertencia desde 1935, ao cor-po de colaboradores efetivosdo "O Estado de S. Paulo" noqual era redator das efeméri-des — históricas. Em 1930,fundou, o jornal "O Dia", quenus tarde passou a nova di-reção. Fundou e dirigiu a"Revista do Arquivo Munici-pal", a qual, depois. foi orien-tada por Sérgio Milliet c Má-rio de Andrade; em 1945 vol-tou a sua direção. Em 1925 or-ganizou e publicou cinco pe-quenos volumes de poesiasdos poetas Gustavo Teixeira,Cassiano Ricardo, AristeuSeixas, Alfredo de Assis e ou-tros. Em 1927, com SérgioMilliet, organizou e publicou,para o Instituto Histórico eGeográfico de São Paulo, do-ze volumes de DocumentosInteressantes, Inventários eTestamentos e Sesmarias.Era autor de numerosos tra-balhos esparsos em impren-sa. Diplomou-se pela Escalade Farmácia e Odontologiada Universidade de São Pauloem 1914; foi professor de Ins-trução Cívica e Moral, noCurso Militar da Força Públi-ca, em 1929-1930; fez concurso

para a Prefeitura Munide São Paulo em 1932. Tsiciz, classificado, foi nomescriturário. Em 1936 foimo' ido a chefe de secçãcpois subdivisão, de 1me p tação Histórica, temdo eia 1944, designadosubgtituto da Divisão dccumentação Histórica ccial do Departamento detura, cargo em que foi rvado em 1946. Em 1936eleito para o Instituto

Gererafico de São P:Era membro do ComConsultivo, secção dePaulo, do Instituto Braside Geografia e EstatisEm 1945, foi eleito na vagJosé de Freitas Guimarpara a cadeira n.° 7, de qpatrono José Bonifácio. 1do jornalismo, em queversado numerosos assuem artigos, notas. suelt.crônicas, publicou livipoesias, romances e enshistóricos, possuindo diveenéditos. Mário de Anchachou seu "São Paulo Hisco" obra monumental.poeta, romancista, histcdor e crítico. Faleceu nCapital, a 2 de janeiro de 1

(1889-19:

Mooca muda seu) aniversário e as

entidades abaixorelacionadas assumer

•Administração Regional da MoocaAdministrador Dino Perez

*Associação Comercial de São Paulo - Distrital MoocaSuperintendente Elvio Aliprandi

*Associação Esportiva e Cultural Pepe LegalPresidente Anibal Mario Correa

• Biblioteca Affonso TaunayBibliotecaria Chefe Ana Maria Pantaleão

4, Centro das Industrias do Estado de São Paulo - Delegacida Zona LestePresidente Iscandar Tayar

•Çlube Atlético Juy_entusPresideiille:Jvcisé Ferreira. pinto Filho

9t filho dos Lojiãtai Ar-niig-oi da Mo_e_caPresidente Magdalena Brasko Mônaco

• Lions Clube de São Paulo - MoocaPresidente Enrique Gregory

. 5.° Delegacia do Ensino da Capital •Supervisora de Ensino Apparecida Gomes do NascimentThomazelli

•Rotary_ Clube de São Paulo - Mooca_ _Presidente Ms-cifiti

• SOciedadFAffligõã " da Mooca-13Fesjaente eïrm_mawnic--• linDre.nga Oficial_ do _Rstado S/A - IMESP—biretor Superintendente - Aiidálio- Ferreira Dantas •*Jornal da Zona Leste

Cim ino'J- ornal A Voz do Bairro

tor'rhphilo Ribeiro de Morae/MI "

Atas de 1563 já registra-vam a necessidade de quemandassem fazer as pontesda Vila.

Em 1608 um têrmo faziareferência à necessidade deconserto das pontes do Guare-pe Cio norte da vila, sobre oAnhangabaú) e da Tabatin-guera (a leste, atravessandoo Tamanduatei). E em mea-dos do sécu Ia dezessete — em1653— tomavam-se providên-cias para que se refizessemas pontes "debaixo desta vi-la": a chamada Anhangobale a ponte de Manuel da Cu-nha, "debaixo do Carmo"".Observou Nuto Sant'Anna! Ia-se pelo lado do nascente pelocaminho correspondente aotraçado da futura rua do Car-mo. Rigorosamente, parasueste. Era um caminho es-treito, que contornava a coli-na até a ponte do Tamandua-

Wtei ou da Tabatingtlera, ouainda do Ipiranga — pois portodos esses nomes ela foi co-nhecida na era quinhentista.Logo depois dessa ponte saíauma variante que mais tardese chamou da Mooca e que le-vava à Penha. Os caminhosde maior importância que ir-radiavam da povoação emfins do século dezesseis — emtorno de 1583 — sabe-se queeram apenas cinco: em dire-ção a leste, procurando o Ta-manduatet, o da Tabatingile-ra para o sul o do lpiranga —começo do Caminho do Mar— e o de Ibirapuera, futura-mente de Santo Amaro; paraoeste o caminho de Pinhei-ros; e para o norte doGuaré.".

O caminho à direita, norumo do morro da Mooca erautilizado no primeiro quartel

Iliko oitocentismo ainda pelosndios andarilhos, pelos cava-

leiros, pelas tropas de burro epelos carros de boi, que secruzavam também pelas ruasda cidade.

Ernani Silva Bruno.

A PONTE DOTAMANDUATEI

28-1-1730

Havia em torno de SãoPaulo de Piratininga diversaspontes, pois que a sabedoriado índio, a que se aliou e aper-feiçoou a do jesuita. instala-ram as tabas de Tibiriçá eposteriormente o Colégio-Igreja, num ângulo acidenta-do de morros, entre dois ribei-rões.

Sim, que se impunhaatravessar o Tamanduatei ouo Anhangabaú, para se alcan-çar o terreiro adequado emque os autóctones edificaram,possivelmente por inspiraçãode Manuel da Nobrega, quepor aqui peregrinou em 1553,o tejupar barreado, cobertode palhas, que abrigaria a co-mitiva religiosa de 24 de ja-neiro de 1554.

Mas qual o caminho se-guido pelos padres?

Provavelmente chega-ram pela Tabatinguera; aponte do Ta manduatei foisempre a mais notável e tra-dicional: reconstruiram-naperiodicamente os moradoresque tinham propriedade porela servidos.

Há um fato concreto: a 17de agosto de 1556. dois anos epouco após a arribada dos je-suítas, a governança de SantoAndré coinunicou aos muníci-pes estarem todos "obrigadosa fazer a ponte dd rio Tome-teai que pasa por junto da vilatodas as vezes que disso tivernecessidade e por ora ao pre-sente a dita ponte ter necessi-dade de concertar-se manda-rão que por todo este mes deagosto deste dito ano (1556)concerten a dita ponte".

A ponte deve ser mesmoa nossa e por ela passavam ospadres da Campanhia de Je-sus; pelo menos é de crerpois, como se vê, fora con-temporânea de tal evento.Aliás, possivelmente, desdemuito antes, desde os dias deereção, por Martim Afonso,da vila Piratininga em 1532,ou mais remotamente, jáexistiria, que por aqui acam-pavam e proliferavam os au-tóctones das tribos da região.

Essa ponte-chavereparou-se ou reconstruiu-seperiodicamente por anos e sé-culos afora.

Em que pesem porém to-dos os óbices, com numeráriosonante ou não, a ponte sub-sistiu algumas dezenas demetros do local primitivo emque se encontrava em 1556 ouem 1730, no sopé do morro,quase na embocadura do ca-minho que se transformariana Rua da Tabatinguera, ain-da lá se encontra hoje, em só-lida estrutura de cimento ar-mado. Só não subsistiram apaisagem agreste das velhascentúrias e os costumes ro-mânticos do oitocentismo,quando por ali zanzavam es-cravos, pescadores e lavadei-ras, como também espaire-ciam estudantes, burgueses,ociosos, gente de todas asclasses, constituindo o céle-bre arrabalde fluvial, um dosrecantos mais aprazíveis dapequena cidade provinciana.

São Paulo no Século XVIIINUTO SANT'ANNA

IIISTORICO

Benevenuto Silvério de Arru-da Sant'Anna, Nuto Sant'An-na, nasceu em Itirapina a 5 desetembro de 1889. Estreou-seno jornalismo em Rio Claro,como colaborador e, depois,redator do antigo Diário "OAlfa". Transferiu-se para S.Paulo em 1910. ingressandono "Correio Paulistano", doqual foi redator da secção bi-bliográfica. Fez parte do gru-

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-"-1;111111E111111nnr nrsacilla dos festeito do Cinintenteittalda-C~st

na Igreja São Rafael. em 1964. Foto Pro essora orna Bresser - parte externa do Hipódromo, onde se localiza hoje it.,1~-tração Regional da Mooca e mais atraso Centro Educacional da Mooca

MOUCA

roo tirada dos fundos do Coléat0Santa Catarina rumo a Rua Oratório Foto de 1945

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efflelleg~el Córrego Cassandoca em 1960 - canalizado e

Fantasias Infantlx.doCarnayal de 1948. tranformado em via públican

y . , >Lis''' . -N-r.iwkigrm,r,,,,r12+-iitreler-k,,t,,:rwrirs4ALL?, .., ......., , Mal ' 49 . , Eljr, • 'It gliNW 1. J • F - ';/

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Aspectos de uma f,i,,,,, homettnitem ao Dia das Milese 1957 promovidt.A.C.S.P. (ao fundo as Sociais do antigo gl3ra7g—rin ( loquei Clube) após a sdo Jóquei, esta área foi ocupada': por muito tempo, pela Aeronáutica e o locficou conhecido como Aviação

Hipódromo da Mooca - Arquibancada ano de 1931

A.E.C. Peqp..LegiklAtratessa Fronte'Mtojn Coninn to rtsJOA_FT.S.

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tillefra-lrifael Carda mona

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~55 4.1 o Histórica 1985

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INEWIFEING19 - or. orazione Music. P :res o da Mooca mRqmanato e que .cpois passou a c amar-se ocie.ade Musica

nhecida como Banda do

Cat--"ToGotoes. Primeiro maestro Furlim.

atine-da-Roma

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Sociedade Musical ;Varlosdomes"com o maestro Bastiglla ano de 1933

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Syjlr Tocrplionicubveira.Pçob-~ãiíeamentoBandeira Paulista pelolSr. Dr. Jánlo da Silva

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Frigorifico ~RIO S.Á..lia Bua

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Sr. PaschoalCarillo. nasci,.21/03/1887

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veio para a MrRua Placidinacom 2 anos. Seprimeiro emp:levar aguaaos trabalhadtque colocavan

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trilhos paraos bondes /mixta burro. De p0'

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"Em tempos remotos, via-se de longe um caminho, com irpaisagem vasta: no chão, a terra vermelha e preta dominava.terrenos subiam e desciam em suaves declives e, no meio, viaum campo verdejante e matizado de flores de todas as cores.

No espelho das águas refletia o concerto musical dos pass:nhos que lá habitavam. O Sol brilhava e era radiante. a Lua a(mava os habitantes e as Estrelas iluminavam as aldeias qu(existiam. Rebanhos de ovelhas, cavalos, carros de boi. raposcoelhos e etc, eram a paisagem constante deste lugar. O Rio (lá passava trazia em seu leito várias espécies de peixes. e as!viviam os índios em suas aldeias..."

No dia 17 de agosto de 1556, começava o marco de uma grde história, era o surgimento da MOOCA.

Era um lugar muito bonito, rico e abundante em naturez:lá habitavam índios, e, pelas suas aldeias, passavam vários;chos, que eram cortados por um enorme rio que se chamavaTamanduateL

A Tribo destes índios era a Tribo Guaiana, tinham comofe o Cacique Caiuby, irmão de Tibiriça. Mas não era somente rto do Rio Tamanduateí que havia índios: avançando-se madentro rumo à Região Leste, encontravam-se muitos índios.não erraremos em afirmar que ali estava a maior concentrade índios de São Paulo, como também do Brasil.

Naquela região, a terra era virgem e a caça abundante, esim se estendia por todo Vale do Paraíba.

O tempo foi passando e a Mooca crescendo e com isso suram os imigrantes, Húngaros, Italianos, Lituanos e Espanhoicom eles o aparecimento de grandes fábricas e indústriacomércio se expandiu também, trazendo para cá o ereseimerápido de urmt população, que até hoje permanece em nosso br0.

Hoje tudo mudou, os índios se foram, deixando somente ircas de um passado respeitado por nós mooquenses, os imigrardeixaram seus descendentes que continuaram com a garracrescer e vencer como os seus antepassados. E aqui estandiante da evolução dos tempos, diante do crescimento incessr.de nossa população, que se interessa e se preocupa com o cremento de nosso Bairro: A MOOCA.

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MOUCA — 1556 — Edicão Histórica 1985

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Trabalhadores — 1924 Rua da Moocadefronte RUO Conselheiro João AlfredoJ. Martinez GueraoFoto Hyppolito M. Trujillo

Nica nor e Fausto dois expoentes oFotografia que só deixaram sou&A Arte continua com Mairelo e Z:

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111O Mooquense Irineu Pugliesi Rei Momo de São Paulo de 1969 a 1983.

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1929- Festa Anual dos Operários da Fábrica de Calcados Clnrk com Pic . Nic a SO clark que foi a primeira indústria de calcados do Brasil tinha suas instalacRua da Mooca esquina Rua JoAn Antonio do OliveirVonde hoje se encontra aIm_prensa Ofictal do Estado) Foi inaugurada em 1904.

-rãto cedida peTni• omina Castanha.

•0 Salão de Festas Piratininga já proporcionou os maiores bailes de São Paulo.Na foto de 1955 uma das orquestras que abrilhantava o 'baile do Pira".

.:—E..Z.Gegio(i.ouvaldo Cruz" já em fase de acabamentoFoto ii-laugtWdoemPJIT

Scholn Cantorum São Rafael este ma gnifico Coral da Mooca tem como Regent,Professor Ferdinando Bastiglia. totó de 1980

(t:r-shrlea de Tecidos Lato_rjRua da Mooca. 815Fabricava tecidos paracamisas, toalhas, colchas,lençóis. cretone etc.Iniciou Nuas atividadesem fins do século passado

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,Silerateã assina o seu primeiro contrato milionário na Mooca.io lado de David Reeves. eresidente da Stfolibro A lpargítas e Sr. Buch Presiden-do Conselho de Administraç o a . Pauto Alpargatas

ÁLMio.oquenso-Ka tiasLuciano com 6 recordg.

mediTEio da Mooca ao_UPer 4-~

.ZalOPek Fdtp CfP "A Gazeta Esportiva"

er

Festa do 1Aniversário do •

Colégio Oswaldo Cru?' em 1915

plsclnajlo Centro Educ, do Antigo Hloódromo-

roda, em terrenooto °NUMA. 19

Eduardo Borone (Edu) S'ampeão Sul-Americano de'Ténis de mesa. DisputouMundiais em:1971 -Nagoya (Japão)1973- Iugoslávia1975 . Calcutá - India

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preliminar do jogo Brasil x Austria .Lcicspedida do Pele em São Paulo)Foto cedida pelo Pres. Sebastião Ubson Carneiro Ribeiro

Folha n o . ._ ..1C-______de proc

1 t — 15-''S—de 19 9Ã00CA — 1 âti — Edi - 1,Histori111 c a 19

N445231~1~§~1~11 leffielery.7~Campo da Portuguesa da Mooca. Rua Oratório altura do n." 500. Foto de 1954

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555—de 19IVIDOCA — 1556 — Edição Histórica 1985

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A Mooca de Ontem... e de Ante-OntemA Mooca que era um bair-

ro pitoresco, cheio de Cháca-ras e Sitios, passou a ser ocu-pada por fábricas e usinas enaturalmente casas de mora-dias. para seus operários eempregados.

Muitas dessas indústriaspioneiras desapareceramcom o tempo, deixando-nos alembrança de seus nomes:Armazéns Matarazzo; Gran-dPs Moinhos Gamba; CasaVanordem ; Tecelagem 3 Ir-mãos Andraus; Cia. Paulistade Louças Esmaltadas; Coto-nificio Rodolfo Crespi; Fábri-ca de Tecidos Labor; FábricaMeias Mousseline, e ainda hápouco, a Cia. de CalçadosClark.

Outras permanecem,continuando a obra de seusiniciadores: São Paulo Alpar-gatas; Attilio Fuzer S.A.; Pa-péis Madi S.A.; FrigorificoAnglo; Cia. Antárctica; Má-quinas Piratininga; AlumínioFulgor; Cia.UniãodosRefina-dores, etc...

Mas, como a vida não seresume somente em traba-lhar, o povo da Mooca tam-bém precisava se divertir.

Em 1923, inaugurou-se oCine Teatro Moderno, suces-sor do Palácio Moderno, em1928. surgiu o Cine Santo An-tonio, próximo a Rua Mem deSá, e posteriormente, "o CineAliança, o Imperial, o Icarai(hoje Ouro Verde), e o Pa-triarca.

Houve também a erafaustosa dos circos, armadosna Rua da Mooca esquina Al-meida Lima, Rua dos Trilhos.esquina Taquari Rua da Moo-ca antes da Paes de Barros ena própria Paes de Barros es-quina Leocadia Cintra.

As sociedades dançantes-

.familiares encarregavam-sede fazer os moradores daMooca fruir o prazer das Val-sas, dos Tangos, dos Maxi-xes...

Uma sociedade, cujo no-me não me recordo, estavasediada na Rua Jão Antoniode Oliveira, esquina da Moo-

ca; frente à Rua Visconde deLaguna, havia a sociedadeBanda Lyra da Mooca. Emfrente ao atual Ouro Verde. aSociedade Italiana da Mooca., E não somente para osmoradores da Mooca, maspara toda São Paulo, o JockeyClub, instalado na Rua Bres-ser, proporcionava o prazerde suas corridas todos os do-mingos, a partir das 13 horas.

Mas o verdadeiro prazerdos Mooquenses, era o "Foo-ting" realizado aos sábados edomingos à noite, entre asruas João Antonio de Oliveirae Avenida Paes de Barros. Alié que as "Dalilas" desfila-vam aos grupos ou com seuspares, enquanto os "Sansões"sem namoradas .ficavamapreciando...Quantos casamentos não te-rão saído desses desfiles?

Antigamente os morado-res de um bairro concentra-vam-se em seu próprio bair-ro.

Muito difícil ir à cidadepara fazer compras, ou mes-mo trabalhar. Compras e em-pregos no próprio bairro.

Mas havia os que precisa-vam se movimentar, e, dessaforma, apelavam para ostransportes.

A Mooca era servida en-tão por bondes abertos da an-tiga Light: 16 - Borges de Fi-gueiredo, do Largo da Sé atéos Armazéns Matarazzo naRua Borges de Figueiredo; 8 -Mooca, do Largo do Tesourévia Mooca e 10 - do Largo doTesouro, Via Rangel Pestana.

Quando se instalaram, osbondes fechados "Cama-rões", a Light alterou os itine-rários: o bonde 16 passou apartir do Largo do Tesouro, eos bondes Mooca 8 e 10 passa-ram a partir da Praça da Sé.

Em 1925, a cidade de SãoPaulo sofreu uma grande cri-se de energia elétrica.

Além de racionamento daenergia para as fábricas econsumo de luz domiciliar, aLight diminuiu o número debondes e passou a recolhê-losàs 21 horas.

Para suprir essa deficiên-cia de transportes, surgiramos primeiros veículos coleti-vos motorizados. Primeiro.as jardineiras: eram peque-nos carros marca Ford, com 4bancos, estribos, etc... comoum bonde. Depois surgiramos autobondes, veículos maio-res, fechados, porém com en-trada e salda somente na par-te da frente; a seguir vieramos autoônibus; maiores aindae que aos poucos foram sendoconhecidos apenas como óni-bus.

A Mooca teve estas li-nhas: 7 - Via Piratininga; 9 -Via Rangel Pestana; e muitomais tarde 28- Vila Bertioga.

Os lampiões de gás pro-porcionavam a iluminaçãopública.

Distanciados uns dos ou-tros, sua luz mortiça ofereciadeficiente iluminação. Assimmesmo se utilizara esse siste-ma até 1930 quando se trocoua iluminação pública pela ele-tricidade. A Mooca era entãoum arrabalde: fim de cidade.Os útimos lampiões estavamsituados, na subida da Rua daMooca. na esquina da atual

Marquês de Valenca, e erecão ao Parque da Moo(Rua Conselheiro Benevic

A Avenida Paes deros. a Rua da Mooca, ada Rua Taquari, a RuOratório (então EstradOratório) e todas suastransversais, não posscalçamento.

Quando chovia, a erada trazia para a Ri.Mooca uma água barque deixava depoiscentímetros de lama e to que obrigava seus mores a limpar as calçadaspoder transitar.

Apesar dos carros ator, havia então muito vea tração animal.

Até 1925, o próprio cde bombeiros e o carrorança da Light moviamtração animal.

A Empresa Rodo%detentora exclusiva do sco funerário de São Ftambém tinha serviçosfestas e casamentos echeira dos animais e dosros estava localizada nada Mooca, esquina daGama.

Esta foto histórica marca a reunião da passagem do nome.C.A. Fiorentino para C.A. Juventus. após ter conquistado o Campeonato Paulista de Futebolem 1934- Foto cedida pela Família Monti.

Escola de Comércio Brasilux na Rua da MO0C8 2.131. Aparece ainda Casa detr_Avi a n=t%jcionL_Iosk4cciollo ,41.5~ dos Irmãos Cosme e Damião e L

CÕroziei Filho. Foto de 1939, cedida por Esther

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Benlamino Gigli "o maior Tenor do mundo na Mooca" nesta foto de 1947. na Rua Borges de 1- igueiro, 93 ele aparece de chapéu com seu grande amigo moo quenseBruno Corradini c família

• 14~et"!

eeeeieeIMEEEIE.211

Sua Excelência ol2L-zudeac.~:~s nakdoci quando visitava oer, , ode lmigraçâo e Colonizacao, lialalba. 1.316. Foto de 1939de_ lmigraçâo e C-c-Ti onizaçao. naRua ViÉconde de Farnalba. 1.316. Foto de 1939

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Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho, teve seu inicio na Rua Bixira, 233 (1941) Foto-Missa da pedra undamen a o ciada pelo cardeal Dom Carlos Carnielo diVasconcelos Mota -28 de abril de 1946. no mesmo local onde hoje se encontrao templo. Gentileza Padre Luizinho

zabagaman. -^Visita do Exmo. Sr. Dr. Washington Luiz PereiraEstado de ao 'au o, a ém 31 de dezeiffurzraê 1913

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MOOCA

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Prim arnera —,eampeão Mundial de Boxe juntamente com diretores daompan ia tártica Padiista. saboreia seu delicioso cho pP. em 16/01/35

Vacaria na Rua Oratório (Rua Torquato Tasso com

Rua Umuarama)Antonip dos Soritrkzcom umde seus touros. Foto de 1936

G ino B chi — Cantor de renomeernacion 1 e astro do cinema

italiano, em sua visita asdependênciasPaulista na Mooca em 20/09/1951

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MOOCA — 1556 — Edicão Histórica 1985Folha n _do moon o 3 5.7.5- de 19.9_3_

Como Tudo ComeçouSão Paulo naquele tempo

era uma cidade pequena depouco mais de trinta mil habi-tantes. O paulista ainda nãohavia contemplado o surto doextraordinário progresso quesó os dias futuros trariam.

Nem ao alvorecer dosdias as fábricas gritavam al-to, através da garganta metá-lica das chaminés.

A moça bandeirante ain-da alongava os olhos amoro-sos por detrás das rótulas dasjanelas para espreitar a me-do a passagem do vulto queri-do... São Paulo era um templode paz. Só o estrépito dos ca-valos que passavam pelasruas quebrava de quando emquando essa tranqüilidade se-rena.

Apenas a velha Faculda-de de Direito, dentro de suaroupa de taipa, fervia numbulício constante. Tudo omais era quietude, silêncio.Um viver edênico. mas que já

"ocultava nas entranhas o es-q/frondoso progresso que ia

chegar.

A um tiro do centro, a co-meçar do Pátio do Colégio edescendo pela várzea do Car-mo, coaxante de sapatos,uma trilha feita por indíge-nas, levava a um lugar demagia, pedaço de paraíso. Deum lado e de outro estendiam-se longos muros de pedra, en-volvendo chácaras semprecobertas de pedreiras. Ti-nham razão os últimos guer-reiros tupis de chamar estelugar de Moo Oka, "ares fres-cos", "ares sadios". Era, en-tão, 1867. A Régia Câmara"muito bem houvera de defe-

rir, como de certo seriaaprazível a S. MajestadeReal, a doação de terras paradar nascimento ao povoado,em recanto de ares tão saudá-veis".' A esta altura é oportuno

lembrar que antes da Moocasurgir como povoado, duasoutras épocas marcaram suahistória: 380 anos de Arraial;118, de povoado; e 75 anos debairro. Por volta de 1605, eraapenas o Arraial de NicolauBarreto. Em sua área BrásCubas construiu a capela deSanto Antônio, posteriormen-te transferida para a Praçado Patriarca.

Um acontecimento:o Jockey

A Mooca nascente correudepressa. Dois anos após oato de criação, o seu períme-tro urbano era tomado de umsuceder de belas construçõese de pequenas moradias,mais modestas, mas a quenão faltava graça. Mais noveanos, em 1876, Rafael AguiarPaes de Barros, senhor demuitas terras, criava o ClubePaulista de Corridas de Cava-lo, transformando o lugarnum envolvente centro de la-zer.

Significava também onascimento do turfe no Brasile a semente do atual JockeyClube. Os cavalos chegavamdiretamente da Inglaterra eFrança, e Rafael Aguiar Paesde Barros os criava em suafazenda no Alto da Mooca.

Tão importante em nossoprogresso a criação do Joc-key que, em 1877, para aten-

der aos aficcionados do turfese instalou a linha de bondeMooca-Centro, movida portração animal.

Mais tarde foi ela substi-tuída por uma linha férrea.Afinal, quem não queria veros cavalinhos naquele SãoPaulo mergulhado em um do-ce não fazer. Realmente. Ascarreiras representavamuma recreação, para todas asclasses. Pessanha Póvoa, co-mo aprazível região toda opu-lenta de várzea e de flores,descreve um domingo de cor-rida no bairro: que surgia:"Os homens ricos apostaramgrandes somas; os estudan-tes, as mesadas de um ano;as moças, os presentes de do-ces das freiras da Luz."

Fato que pouca gente co-nhece: a Marquesa de Santos,ja envelhecida e respeitávelsenhora, entregue a obras decaridade, era uma das ani-madoras principais das car-reiras. A Marquesa compare-cia com seu carro, com umasacola de veludo para reco-lher as apostas dos plantado-res, dos tropeiros e dos fun-cionários entusiastas.

Pioneira em transportes

A esse tempo, a Mooca,juntamente com os largos deS. Francisco, São Bento e Pá-tio do Colégio, constituia pon-to de passagem de carros, pu-xados por animais, servindode transporte. Tais carrua-gens representavam verda-deira inovação, e por isso,motivo de curiosidade e atéde polêmica. Um oficio dochefe de policia à municipali-dade, em 1868, falava em fa-

tos que punham em perig,sobressaltavam as pessnas ruas: veículos de aluique se abalroavam, que apelavam gente, que corrdesabaladamente nasmais estreitas. Havia ne,sidade — advertia o Sr. Clde Policia — de planifictrânsito, indicando as rpara subidas e descidas.que saudades.

Na rasteira do tremde ferro o progresso

Na Mooca, ao tempcsua criação, ainda pelos scaminhos rústicos, masruas arborizadas traiuvarri tropas de burros, ca.de bois e cavaleiros. Tud(so por muito pouco tempo.go esse cenário bucólico emitivo iria desaparecer s(violento empurrão dograsso. Exatamente nacplongínquo 1867, São Paulo.maçaria a transformacom a chegada da EstradaFerro Inglesa.

Um ramal estende:até o bairro da Mooca,trilhos colocados no leitouma rua — Rua dos Trilho

Aqui se achavam destos, num relance os temheróicos do bairro. Temquase idílicos, bucólicos,radistacos, quando aindavia um frufru de saias e ocioso desfile das ultimasdeirinhas. Derradeiros ado século p assado. A loco:tiva se arrastava fumegaanunciando uma civilizanova. Os primeiros imigrtes italianos chegavam a !Paulo para nos ajudar a cctruir a civilização do café.chaminés tingiam de fuligo céu imaculado da Mooca

Ruas da Mooca111, Compulsando uma série

de antigas plantas da cidadede São Paulo. temos oportuni-dade de verificar o lento de-senvolvimento da Mooca atéo começo deste século a pau-latina seqüência da criaçãode suas ruas. E evidente queem qualquer dessas plantas,não estão identificadas todasentradas ou caminhos exis-tentes e que depois se trans-formaram em ruas, porémapenas as mais importantes.

Começando pela famosaplanta de 1810, de Rufino JoséFelizardo e Costa, notamosque não existe nela, a indica-ção de um único bairro. Aplanta limita-se apenas aoque hoje é o centro da cidade,sem nenhuma indicação. Lo-calizamos o que seria a re-gião da Mooca apenas pelaponte sobre o Tamanduaten7"

.no fira_da_atua 1 rua Taba tin- 19.2"42...k

Já em 1841. consta umaestrada comoCaminho da.p.looca" e uma estrada semnome, facilmente identifica-val como sendo a atual Rua,Piratininga. Entre a varzeado Tamanduatehy e essa es-

trada sem nome, não há ne-nhuma rua demarcada, ape-nas divisões indicando possi-velmente sítios ou chácaras.

A situação é a mesma em1842 na planta de José Jaquesda Costa Ourique e em outraplanta de C. A. Bresser (semdata). Na planta de C.A.Bresser, o caminho sem no-me de 1841, é agora "Cami-nho para a MOOla " (com'K"). Ao que parece essa foia primeira designação daRua Pira tininga.

Cabe aqui uma observa-ção: porque entre a antigaVárzea e a Freguesia doBraz, somente q atual rua Pi-catininaa foi a -nrimaira_r_ua.(ou caminho) aberto para aMooca?

Sabe-se, que toda a áreacompreendida entre o Rio Ta-mandauatchy e a atual ruaPiratininga, embora não sen-do totalmente várzea, era fa-cilmentc_....inundkyeI. 15-a7"-Tabertura de um caminho ondeo terreno já era suficiente-mente firme e garantido paratodas épocas do ano. As ruasintermediárias, como Carnei-

ro Leão, por exemplo só sur-giram muito mais tarde.

Carlos Rath, em sua plan-ta de 1855, dá ao "Caminho daMooca" o nome de "Estrada

xam'ccroo.co:Adortinsarn,c4-do.de-7is 4O anos de Mooca.

Primeira residencla Rua Placidina.

da Mouca" enquanto queriosamente em 1868, o mesCarlos Rath, dá a atual ruaMooca o norlie de "Estrrda Tal_latkia. solai Já exist

Associação de Bocha Aposentadosda Maoca tolo cedida —at—l=r--tantit.

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MOOCA

5:t - I de Voe.

iftraa318:

Enrico Bastiall

P'ntt.j_n_2premsacInúmeras vezes peAssociação Paulis

de Belas ArteVencedor do Prém •Fernando Crista e

uma infinidade cConcursos de Art

giPTN- 4103211~- em quase todas:Sua arte está fizac

Igrejas de São Paulo (Capital e Interior) Em 1952 entre oito concorrentes nacionae estrangeiros vence o concurso e decora toda a fi,t,aral !Vossa Senhora cCarmo na ~na,. de Santo André (maior obra decorativa do Brasil) que vai desc1952 até 1957 até ser concluída. Tem como seu braço dir& -to seu irmão FerdinanBastiglia também pintor e regente do famoso Coral da Igreja São Ra faeU••n••••' 1...nn+••nnn

Em rasa de Onibus Alto da Mooca fundada em 1937 pelos irmãos °anil,oto J,uá Terezina ano de 1952.

16 ).,piefflefflemeneemem

' SPR, conseqtlentemente jádeve existir a estação da

j,10oca, o que não se podecomprovar, porque a plantanão alcança essa parte da ci-dade.

Jules Martin, o constru-tor do primeiro viaduto em1877 uma planta desenhadapor Francisco Sangoni. Essaplanta na parte da Mooca éinterrompida na ponte da Ta-batinguera, porém como éuma planta "alegórica" po-demos ver como eram tantosedifícios públicos ou locaisimportantes. O antigo Hipó-dromo ali está desenhado,com uma explicação: "locali-zado a 3.891 metros da ponteda Tabatinguera".

Em 1881, a Cia. Cantarei-ra e Esgotos, incumbiu o En-genheiro Henry B. Joyner defazer uma planta da cidade.Essa planta, a primeira do lo-te compulsado bem feita,bem desenhada, indica pelaprimeira vez "A rua da Moo-ca", e dá o nome de Rua Pira-tininga, ao antigo caminho

diFnome, e posteriormenteinho Para a Mooca.

Vemos também, que jáexistia o ramal ferroviárioque a São Paulo Railwayconstruiu para vir até o Hipó-dromo. Esse ramal safa da li-nha principal, na altura dosfundos da atual Fábrica Al-pargatas, fazia uma curvasob o atual viaduto da ZonaLeste, onde ainda há um pe-queno trecho abandonado, eentrava pela estrada poste-dormente denominada Ruados Trilhos, e na Rua do Hipó-dromo entrava à esquerdaaté a Bresser, frente aos por-tões do Hipódromo.

Novamente Jules Martinedita uma planta em 1890,desta vez de sua autoria ondedefine claramente as ruas:Mooca, Piratininga, CarneiroLeão. LUIZ Gama e Concor-f

o

_ TFrente à rua it.f5WIT"--inga,projeto" de uma avenida1piranga, para ligar a

Mooca até o museu do 1piran-ga. Houve realmente um pro-jeto nesse sentido, reativadoem 1922, ano do Centenário daIndependência, mas que nãofoi executado.

Nessa planta, pela pri-meira vez, aparece o nomeMooca dando destaque aobairro. E finalmente. em1879, o intendente de obrasGomes Cardim, desenha eedita beltssima planta. Nessaplanta dá destaque a um lo-teamento denominado "VilaGomes Gardim" que com-preende toda . área desde apraça atual de Silvio Romeroaté a estação da 6.* Parada,Vila essa que até 1990 nãopassava de grandes chácarase até sítios, somente após estaépoca entrou em desenvolvi-mento. Nesse mapa constaclaramente: O Hipódromo daMooca. o ramal ferroviárioainda sem existir "Rua dosTrilhos", as estradas de ferroS. Paulo Railway e Central doBrasil e as seguintes ruas: 1.0— Que tiveram seus nomesalterados:

Jamundá (Coronel Cin-tra), Licavale (Oscar Horta),Xingu (Dom Bosco), Puzo-mayo (André Reis), Negro(Odorico Mendes), Bavaria(Presidente Wilson). Purus(Final da atual Rua AlmeidaLima), Concordia (AlmeidaLima), De Oliveira (trechoda atual Borges de Figueire-do até a rua Monsenhor Fili-po), Taubaté (final da ruaBorges de Figueiredo daatual Monsenhor Filipo até aatual Conselheiro Benevides,Travessa sem nome da Esta-ção da Mooca, hoje Monse-nhor Filipo, Pindamonhanga-ba ga4o Antonio de Olivei-J.Lal, Loreno (Rubião Jr.) Ja-carehy (Visconde de Cairu),da Cachoeira (ConselheiroBenevides). Jutahy (nry.11e.r)prhi) Viana (Marcial),Travessa Hipódromo (ruaJoão Caetano). Santa Cruz,(Ipanema), Carijós (251mi:Tante Rras11), Curuça (Piaci-

2.° — Que ainda mantém os, s_rug duras •

Mooca. Luis Gama, Ba-rão de Jaguara. Guaratingue-tá, Taauarv. Rresseri 1ta-'jahy, Hipõdromo , çei Gas-pari_Visconde de —mi. a,tZieIhciro Lafavete, pir2~erin

Wande o .Ruas

Há nessa planta, uma sé-rie de ruas, que supomos te-nham sido projetadas masnão construídas, por razõesque desconhecemos. Assim éque, na antiga Bavaria (pre-sidente Wilson), após a esta-ção da Mooca, do lado direito,uma série de ruas que não fo-ram concretizadas, Coavi, en-tre a estrada de ferro e Bor-ges de Figueiredo; Juruá, nascercanias do Largo S. Rafael,e por último desapareceram,para dar lugar à Radial Les-te; D. Placidina, Azevedo Jr.,Conselheiro Seabra, Bento Pi-res e Conselheiro Justino.

Assim era a Mooca, emfins do século.

O Parque da Mooca

A área da Avenida Paesde Barros desde a Rua daMooca, até o seu recente alar-gamento na altura da RuaFrancisco H. Caparroz, e delargura da rua (antiga estra-da do Oratório) até o leito daantiga São Paulo Railway, dooutro lado, foi adquirida dosproprietários da antiga fazen-da Paes de Barros, pela Cia.Chácara da Mooca, posterior-mente denominada Cia. Par-que da Mooca, em 25 de julhode 1912, num total de 9.120.000(quatro milhões, cento vinte emil metros quadrados) porCrS 1.200,000 (mil e duzentoscontos de reis antigos).

Esses 1.200 contos equi-valiam a 1.200 cruzeiros ve-lhos e a um cruzeiro e vintecentavos de hoje.

Ao preço médio de CrS10.000,00 por metro quadrado,atualmente com o que foicomprada a fazenda compra-se aproximadamente ummilímetro.

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