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GLOBAL PORTUGUESE CONSTRUCTION 2017 Guia sobre os Mercados da Construção na Europa Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas FRANÇA

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GLOBAL PORTUGUESE CONSTRUCTION

2017Guia sobre os Mercados da Construção na Europa

Associação dos Industriais da ConstruçãoCivil e Obras Públicas

FRANÇA

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AICCOPNA internacionalização da Construção contém especi-ficidades próprias de uma atividade que, por regra, é desenvolvida localmente e, como tal, sujeita a regras e condicionalismos próprios de cada espaço geográfico onde se localiza.

Com estes Guias de Mercado, a AICCOPN pretende disponibilizar informação relevante e de natureza prática sobre o desenvolvimento da atividade de construção nos mercados externos, agrupados por grandes áreas: Europa, América Latina e África.

Organizados por Países, cobrem os principais aspetos associados aos mercados da Construção, o enquadra-mento legal e fiscal, bem como os principais custos operacionais. De forma não exaustiva, mas com caráter eminentemente objetivo e pragmático, abordam-se matérias que vão desde a operação de empresas portu-guesas no exterior e o destacamento de trabalhadores, até à constituição de sociedades e sucursais.

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ÍNDICE

01 | INTRODUÇÃO02 | LISTA DE ABREVIATURAS

03 | FRANÇA03.1. - Enquadramento do Setor03.2. - Enquadramento Fiscal03.3. - Enquadramento Legal03.4. - Custos Operacionais

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01| INTRODUÇÃOEste Guia sobre os Mercados da Construção na Europa foi elaborado pela Baker Tilly a pedido da AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, no âmbito do projeto “Rede Internacional da Construção Portuguesa“, cofinanciado pelo Compete 2020. O presente guia apresenta-se como um instrumento de apoio no processo de internacionali-zação das empresas portuguesas do Setor da Construção.

No que respeita ao setor da construção Europeu, salienta-se que o mesmo apresenta uma contribuição significativa para o desenvolvimento económico e da empregabilidade desta região. Não obstante, o setor apresenta uma natureza extremamente competitiva, essencialmente em virtude da reduzida quantidade de projetos, face ao número de empresas que desenvolvem ati-vidade no setor, na medida em que o mesmo foi particularmente afetado pela recessão económica de 2008, derivado sobretudo da dificuldade de obtenção de financiamento bancário às suas atividades.

O propósito deste guia é o de oferecer à AICCOPN e seus asso-ciados uma visão genérica do enquadramento normativo, fiscal e económico do setor da construção civil de diversas jurisdi-ções europeias. Recordamos que o conteúdo deste documento é genérico, e não aplicável a situações e casos concretos, pelo que recomendamos que a efetiva opção pela realização de in-vestimento numa jurisdição estrangeira seja precedida de uma análise aprofundada ao enquadramento do setor do mercado pretendido.

O presente guia foi elaborado no pressuposto de que o investi-mento é realizado por empresas portuguesas, encontrando-se, contudo, excluído do mesmo o enquadramento setorial em Portugal. Porém, sendo Portugal a origem do investimento a realizar, sempre que se mostre relevante, é feita menção às diligências que devem ser adotadas em Portugal com o pro-pósito de permitir e agilizar a efetivação do investimento no estrangeiro.

Nesse contexto, alertamos para as seguintes temáticas que de-vem ser sempre analisadas previamente à concretização de um investimento internacional, em particular no setor em questão:

• Definição da estrutura societária a adotar para a concretização do investimento (subsidiária ou sucursal); • Em projetos de reduzida duração, deve-se atender às regras para a determinação da existência de estabelecimento está-vel, para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas na jurisdição de destino. Devem ser analisadas as regras locais e aquelas previstas no acordo para evitar a dupla tributação, celebrada por Portugal e o Estado do destino do investimento (se aplicável);• Ao abrigo das Convenções para Evitar a Dupla Tributação celebradas com Portugal, um local ou um estaleiro de constru-ção ou de montagem no país Europeu (Espanha, França, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Suíça) só constitui um estabelecimento estável se a sua duração exceder o prazo aí previsto (6 ou 12 meses) - https://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/convencoes_evitar_dupla_tributacao/.

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Nota: o destacamento de trabalhadores tem de ser tido em conta para este tipo de prazos.

• Relativamente ao IVA, dever-se-á atender às regras específi-cas relativas ao setor, e adotar os procedimentos aplicáveis, por exemplo, validando que o cliente qualifica como sujeito passivo de imposto, através do portal VIES;

• Atender às regras locais quanto às particularidades fiscais específicas, nomeadamente, quanto à natureza da atividade desenvolvida e suas implicações fiscais (eg: correta descrição das operações nas faturas emitidas, com implicação direta na retenção na fonte de impostos sobre o rendimento);

• Atender às regras laborais locais, nomeadamente, quanto às tabelas salariais aplicáveis para cada função, tendo em atenção a particularidade das ajudas de custo que, em determinadas jurisdições, não concorrem para o rendimento relevante, para efeitos laborais;

• Em caso de destacamento de trabalhadores, alerta-se para a necessidade das empresas portuguesas celebrarem acordos de destacamento. Neste documento serão definidas as maté-rias respeitantes ao destacamento, entre as quais destacamos:

as retribuições a auferir durante o destacamento (que devem respeitar os mínimos legais obrigatórios na jurisdição de des-tino); a assunção, pela entidade empregadora, das despesas com transporte, alimentação e alojamento dos trabalhadores; as condições do repatriamento; o acesso a cuidados de saúde na jurisdição de destino; entre outras. Neste contexto, salien-tamos que a AICCOPN pode apoiar os seus Associados, no-meadamente, através da disponibilização de minuta do acordo a celebrar;

• Comunicar à Autoridade para as Condições do Trabalho, bem como às autoridades competentes, no país de destino, o desta-camento de trabalhadores (caso aplicável);

• Alargar o âmbito geográfico do seguro de acidentes de traba-lho dos trabalhadores deslocados;

•Em caso de destacamento de trabalhadores (conforme previsto nos instrumentos de coordenação internacional das matérias de segurança social), solicitar aos serviços da segurança social em Portugal a emissão do documento portátil A1, permitindo que os trabalhadores destacados mantenham as contribuições para a segurança social em Portugal e, bem assim, caso aplicável, a emissão do CESD – Cartão Europeu de Seguro de Doença.

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02 | LISTA DE ABREVIATURAS

CHF — Francos suíços EEE — Espaço Económico Europeu

GBP — Great British Pound (Libra Esterlina)

IRS — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (e impostos similares)

IVA — Imposto sobre o Valor Acrescentado

IRC — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (e impostos similares)

UE — União Europeia

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03 | FRANÇA

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

REGIMES DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

Ao investidor estrangeiro em França é conferido o mesmo tratamento que aos investidores nacionais, não existindo, de modo geral, restrições no setor privado, podendo as empresas ser detidas na sua totalidade por capital estrangeiro.

A lei prevê vários procedimentos para as empresas estrangei-ras:

• No caso de aquisições por não residentes de, pelo menos, 10% do capital social ou dos direitos de voto de uma empresa residente, desde que o montante do investimento ultrapasse 15 000,000 €, bem como no que respeita aos investimentos imobiliários do mesmo valor;• A comunicar as operações de criação de empresas, no caso dos investimentos superiores a 1 500,000 € e a aquisição de participação do capital social numa empresa de direito francês que ceda mais de um terço do capital social ou dos direitos de voto (salvo se o investidor já possua uma participação superior a 50% na empresa francesa), e

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MERCADO DA CONSTRUÇÃOTENDÊNCIA E EVOLUÇÃO DO SETOR

O setor da construção contribui para cerca de 4,9% do PIB da França, com cerca de 540 000 empresas, que empregam aproximadamente 1 500,000 pessoas.

É maioritariamente composto por pequenas e médias empre-sas, sendo que é estimado que 95% das empresas do setor empreguem entre 1 a 10 pessoas. Por outro lado, somente 200 empresas é que empregam mais de 200 colaboradores.

Conforme os dados fornecidos pela Fédération Française du Bâtiment, no período de 2015, o volume de atividade do setor da construção apresentou um decréscimo de 3%, face ao pe-ríodo homólogo, contribuindo para a tendência negativa que se tem vindo a sentir nos últimos sete anos, desde a recessão económica de 2008.

Em 2015, as novas construções de habitações residenciais apresentaram um decréscimo de 3,9%, face ao ano transato. No mesmo sentido, as habitações não residenciais no sub-setor público apresentaram um decréscimo mais acentuado, mais especificamente em 18%, enquanto o segmento privado apresentou uma contração de 6,6%.

FATORES CONDICIONANTES DA PROCURA

• Recessão económica;• Reduzida promoção ao investimento privado;• Necessidade de elevadas quantidades de capital, e• Dificuldade na obtenção de crédito bancário.

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

INCENTIVOS FINANCEIROS E FISCAIS

• Autorização administrativa prévia a obter junto do Ministre Chargé de l’Économie, de l’Industrie et du Numérique, para certos setores de atividade, explanados no Décret 2014-479.

Os incentivos aplicáveis ao setor da construção em França são os seguintes:

• Zero rate Loan (apoia pessoas singulares que procuram ad-quirir a sua primeira habitação);• PAS, Social home-buying loan (apoia famílias com necessi-dades sociais na aquisição de habitações modestas);• Éco-PTZ (concede um empréstimo sem juros, tendo como objetivo a renovação energética de habitações antigas, finan-ciando projetos até 30 000 €), e• Programme Habiter Mieux (apoia a realização de obras liga-das à renovação energética).

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ANÁLISE SWOT

ANÁLISE DAS 5 FORÇAS DE PORTER

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO: • Cumprimento de prazos;• Gestão eficaz de Project Management Life Cycle;• Qualidade do projeto;• Redução de custos;• Adoção de técnicas inovadoras; • Posicionamento no mercado, e• Satisfação do cliente.

PONTOS FORTES: • Grande peso na economia nacional;• Elevada capacidade de criação de emprego, e • Elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes.

PONTOS FRACOS:

• Custos elevados das matérias primas;• Custos de mão-de-obra elevados;• Elevada dependência de investimento público;• Nível de atividade dependente do clima económico, e• Reduzido investimento em promoção do setor.

OPORTUNIDADES:

• Reabilitação urbana, e• Novos materiais e tecnologias de construção.

AMEAÇAS:

• Elevados níveis de insolvência de empresas no setor, e• Elevada fragmentação empresarial.

Prazos médios de pagamento do setor

PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES

O poder negocial dos fornecedores de matérias primas no setor da construção é reduzido, devido à desproporção do rácio, de entidades fornecedoras, face à necessidade do mercado.

AMEAÇA DE NOVOS CONCORRENTES

No que concerne à ameaça de novos concorrentes, pode-se atentar que a mesma é relativamente baixa, em virtude da dificuldade de entrada do setor, sendo a principal razão a necessidade elevada de financiamento.

PODER NEGOCIAL DOS CLIENTES

Relativamente à margem de negociação dos clientes do setor da construção, é pertinente considerar que a mesma é significativa, essencialmente como resultado da diminuta quantidade de clientes, comparativamente às entidades construtoras em França.

AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS

Cumpre salientar que a ameaça de produtos substitutos no setor da construção em França é moderada, sendo que as empresas procuram adotar métodos inovadores de modo a se diferenciarem da competição.

CONCORRÊNCIA DE MERCADO

É importante referir que o mercado da construção em França é bastante competitivo, devido à conjuntura e fragmen-tação do mercado.

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

MERCADO DA CONSTRUÇÃO

O prazo médio de pagamento das empresas que operam no setor da construção em França é de aproximadamente 55 dias.Adicionalmente, cerca de 60% das faturas foram pagas em atraso, sendo a falta de liquidez uma das razões principais.

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ENQUADRAMENTOFISCAL

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

DESTACAMENTO DE TRABALHADORES

CONTRIBUIÇÕES PARA A SS E OUTROS REGIMES OBRIGATÓRIOS

RESIDÊNCIA

TRIBUTAÇÃO DOS RENDIMENTOS

Regra geral, um indivíduo qualifica como residente, para efei-tos fiscais, em França se, pelo menos, um dos seguintes pres-supostos se encontrar verificado:

• A sua residência ou habitação permanente se encontrar em território francês;• A sua atividade laboral, emprego ou profissão seja desenvol-vida em território francês ou• Tiver o seu centro de interesses económicos em França.

Os indivíduos residentes em França encontram-se sujeitos a tributação sobre os rendimentos mundialmente auferidos. Os não residentes apenas são sujeitos a tributação sobre os ren-dimentos de fonte francesa.

O rendimento de trabalho dependente obtido por residentes fiscais em França encontra-se sujeito a imposto sobre o ren-dimento a uma taxa progressiva que pode variar entre 0% e 45%, acrescida de uma sobretaxa de 3%, sobre o montante do rendimento que exceda 250 000 €, para um único titular, e 500 000 €, para sujeitos passivos casados ou em união civil, e 4% sobre o rendimento anual que exceda 500 000 €, para sujeitos passivos solteiros, e sobre 1 000,000 €, para sujeitos passivos casados ou em união civil.

Os não residentes são sujeitos a tributação a taxas progressi-vas, com um limite de 20%.

As entidades patronais encontram-se obrigadas à realização de contribuições para a segurança social, tendo por base os rendimentos pagos aos trabalhadores. As contribuições (in-cluindo taxas sociais, benefícios familiares e pensões) podem ascender a 50% do rendimento pago.

As contribuições para a segurança social a cargo dos tra-balhadores são apuradas da mesma forma, sendo que as res-petivas taxas podem ascender a 25% dos rendimentos pagos (incluindo taxas sociais e pensões).

RENDIMENTO COLETÁVEL (EURO) TAXA APLICÁVEL

ATÉ 9 700 0%

9 701 A 26 791 14%

26 792 A 71 826 30%

71 827 A 152 108 41%

SUPERIOR A 152 108 45%

Taxas aplicáveis a residentes

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

REGIME ESPECIAL PARA OS TRABALHADORES EXPATRIADOS

Conforme disposto no Regulamento Europeu n.° 1408/71 de 14 de Junho de 1971, a inscrição na Segurança Social portu-guesa mantém-se durante o destacamento em França. Para tal, será necessário preencher um formulário de destacamento – Documento Portátil A1. Este documento permite a dispensa de inscrição na Segurança Social francesa e do pagamento, pelo sua entidade patronal, de cotizações à URSSAF ou à MAS (Sécurité Sociale Agricole).

Para períodos de destacamento superiores a 12 meses, o tra-balhador deve ser inscrito na segurança social francesa, salvo no caso de ter sido concedida uma exceção pelo CLEISS (for-mulário E102).

Um indivíduo que seja destacado para exercer funções e residir em território francês poderá beneficiar de um regime especial de tributação, caso não tenha qualificado como residente fis-cal em França, nos 5 anos anteriores ao destacamento.

Para os trabalhadores expatriados, este regime permite, verifi-cadas determinadas condições, a isenção de tributação sobre as componentes remuneratórias auferidas pelo trabalhador em virtude do destacamento.

Regra geral, quer as entidades coletivas residentes em França, quer as entidades não residentes, encontram-se apenas su-jeitas a tributação sobre os rendimentos de fonte francesa.

A taxa geral de imposto é de 33,33%. Entidades com um vol-ume de negócios superior a 7 630,000 € e cujo imposto sobre os rendimentos exceda 763 000 €, encontram-se sujeitas a uma taxa social adicional de 3,3% sobre o valor do imposto sobre o rendimento devido (taxa efetiva máxima de 34,43%).

Empresas com volume de negócios superior a 250 000,000 €, encontram-se sujeitas a uma taxa adicional de 10,7%, sobre o imposto sobre o rendimento devido (resulta numa taxa efetiva máxima de 38%). Esta taxa foi extinta a 30 de dezembro de 2016.

Uma sobretaxa de 3% é aplicável, caso uma entidade fran-cesa distribua dividendos. Esta sobretaxa não é aplicável a distribuições realizadas ao abrigo da Diretiva “Mães e Filhas”, no contexto do regime doméstico de participation exemption, entre pequenas e médias empresas e organismos de investi-mento coletivo.

As empresas que invistam na produção industrial podem usu-fruir de um benefício fiscal ao investimento, que se materializa na majoração das depreciações dos ativos elegíveis para o mesmo.

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

Em termos gerais, a distribuição de dividendos entre empre-sas francesas não é sujeita a retenção na fonte de imposto sobre o rendimento. Dividendos pagos a pessoas singulares residentes em França são sujeitos a retenção na fonte de 21%.

Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação, cel-ebrada com Portugal, um local ou um estaleiro de construção ou de montagem em França só constitui um estabelecimento estável se a sua duração exceder doze meses.

Os juros pagos a entidades residentes são sujeitos a uma taxa de 24%, reduzindo-se essa taxa para 15% ou 17%, no caso de juros de obrigações.

Não existem retenções na fonte de imposto sobre o rendimen-to no pagamento de royalties.

Em termos gerais, a distribuição de dividendos a entidades não residentes, é sujeita uma taxa de retenção na fonte de 30% (é possível reduzir esta taxa para 21%, caso o benefi-ciário dos dividendos seja uma pessoa singular residente na UE). Se os dividendos forem pagos a entidades residentes em territórios qualificados como paraísos fiscais, a taxa em questão corresponde a 75%.

A remissão dos lucros de uma sucursal para a casa-mãe en-contra-se sujeita a uma taxa de 30%.

Regra geral, o pagamento de juros a uma entidade não resi-dente não é sujeita a retenção de imposto em França. Rendimentos derivados de serviços e royalties pagos a enti-dades não residentes, são sujeitos a retenção na fonte, à taxa de 33,33%.

Não obstante o exposto, as taxas acima identificadas podem ser reduzidas ou eliminadas, se forem aplicáveis as condições previstas em Convenção para Evitar a Dupla Tributação ou nas Diretivas fiscais europeias.

ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

PAGAMENTOS A ENTIDADES LOCAIS

PAGAMENTOS A ENTIDADES NÃO RESIDENTES

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REGRAS DE LIQUIDAÇÃO E DEDUÇÃO

3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

ENQUADRAMENTO FISCAL EM IVA DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO

As prestações de serviços de construção, com vista à melho-ria da eficiência energética de edifícios privados, com idade superior a dois anos, são sujeitas a uma taxa de IVA de 5,5%.

A taxa de IVA de 10% é aplicável às prestações de serviços de construção associadas à renovação de edifícios, sendo a taxa de IVA de 20% aplicável às restantes prestações de serviços de construção.

Os serviços de construção encontram-se sujeitos a uma regra de inversão do sujeito passivo, devendo, por esse motivo, o adquirente dos mesmos liquidar o IVA devido.

Esta regra aplica-se aos trabalhos de construção, incluindo a reparação, preparação, manutenção, alteração e demolição de uma propriedade, em regime de empreitada (qualquer que seja a posição do prestador na cadeia de contratos), a um sujeito passivo de IVA.

Esta regra aplica-se nas seguintes situações:

• O prestador e o adquirente dos serviços qualificam enquan-to sujeitos passivos de IVA e encontram-se estabelecidos em França;• O prestador dos serviços encontra-se estabelecido em França, e o adquirente encontra-se estabelecido no es-trangeiro, mas registado para efeitos de IVA em França;• O prestador dos serviços não se encontra estabelecido em França, mas realiza trabalhos num edifício em França a um sujeito passivo de IVA em França.

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ENQUADRAMENTOLEGAL

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ENQUADRAMENTOLEGAL

3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

Em termos gerais, o Acordo Schengen prevê que os indivíduos com nacionalidade de um Estado-Membro da União Europeia, do Espaço Económico Europeu ou Suíça possam circular li-vremente e trabalhar em território francês, sem necessitar de uma autorização de residência prévia ou visto de trabalho.

Indivíduos de outras nacionalidades necessitam de obter um visto de trabalho, mesmo para destacamentos de curta dura-ção. Assim, os indivíduos que não tenham nacionalidade de um Estado-Membro da União Europeia, do Espaço Económi-co Europeu, Suíça, do Mónaco ou de Andorra e queiram per-manecer em território francês durante um período superior a três meses, podem candidatar-se às seguintes autorizações:

• Autorização de residência temporária (regra geral válida por 1 ano);

• Autorização de competência e qualificação (válida por 3 anos);

• Autorização de residência (válida por 10 anos).

Existe ainda um procedimento de autorização simplificado com vista a atrair imigrantes qualificados para território fran-cês.

As entidades patronais com sede fora do território francês com a intenção de prestar serviços em França devem preen-cher e apresentar às autoridades locais, antes do início do destacamento, uma declaração do destacamento (“déclara-tion préalable de détachement”) dos seus trabalhadores na plataforma eletrónica SIPSI - https://www.sipsi.travail.gouv.fr/, Além do mais, devem essas entidades designar um seu “representante” em França, indicando, na língua francesa, as seguintes informações:• Nome e data de nascimento;• Endereço eletrónico e código postal francês;• Declaração de aceitação que não pode exceder a duração do destacamento;O representante tem como deveres estabelecer ligação com as autoridades, tais como Inspeção do Trabalho, Polícia e as-suntos financeiros e fiscais.

VISTOSDE TRABALHO

FORMALIDADESDO DESTACAMENTO

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

Existem vários tipos de contrato de trabalho:

• Contrat à durée indéterminée (CDI): é a forma normal e comum de regular a relação de trabalho. Por definição, o con-trato não determina data de términus. Regra geral, não carece de forma escrita. • Contrat à durée déterminée (CDD): contrato de trabalho por tempo determinado, renovável apenas uma única vez, sendo que a duração máxima do contrato depende do mo-tivo da sua celebração, encontrando-se os prazos máximos definidos na lei. Só é permitido para a execução de uma tarefa específica, temporária e apenas nos casos enumerados na lei. O contrato tem que assumir a forma escrita.• Contrat de travail temporaire: contrato através do qual um trabalhador é contratado e pago por uma empresa de trabalho temporário, que torna disponível o seu trabalho a uma em-presa utilizadora, por um tempo limitado. O contrato tem que assumir a forma escrita.• Contrat de travail à temps partiel: contrato celebrado com um trabalhador cujo horário de trabalho é inferior à duração – legal ou convencional – praticada na empresa. O contrato tem que assumir a forma escrita. Um trabalhador a tempo parcial pode ter vários empregadores, mas a soma dos tempos de trabalho não pode exceder os prazos máximos legais.• Contrat de travail intermittent: definido para o trabalho in-termitente ou sazonal. As condições aplicáveis são semelhan-tes às previstas para o CDD.

A legislação laboral vigente estabelece que a duração normal do trabalho, salvo casos especiais, é de 35 horas semanais. Regra geral, o tempo de trabalho máximo é de 10 horas por dia e 48 horas por semana, ou uma média máxima de 44 horas por semana, num período de 12 meses.

Em contrapartida do trabalho extraordinário, regra geral, as empresas têm que pagar os seguintes valores adicionais:• 25% pelas primeiras 8 horas de trabalho extraordinário (ou, no caso de horas calculadas semanalmente, entre a 36ª e 43ª hora de trabalho extraordinário), e• 50% nas restantes horas.Regra geral, o limite máximo anual de trabalho extraordinário é de 220 horas.Regra geral, os trabalhadores têm direito a 30 dias de férias remuneradas, por ano.O salário mínimo em França é atualmente de 1466,62 €. No setor da construção, a remuneração mínima mensal varia con-forme a região.

• Contrat de chantier (CDI de chantier): contrato específico para a indústria da construção, com características do Contrat à durée indéterminée.

No âmbito de um contrato desta natureza, a empresa contrata um trabalhador, por uma remuneração de, pelo menos, igual ao salário mínimo, para realizar um trabalho específico ou tra-balhos específicos encomendados por um cliente.

TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO

DIREITOS DOS TRABALHADORES

REGRAS ESPECÍFICAS DO SETOR DA CONSTRUÇÃO (CIS)

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

Para a celebração de contratos desta natureza é necessário que a duração dos trabalhos em causa não possa ser definida de forma precisa – estes contratos não podem assumir a for-ma de um Contrat à durée déterminée. O contrato deve definir claramente a sua característica temporária e qual a obra em questão.

Convenções coletivas de trabalho que podem ser aplicáveis ao setor da construção (exemplos, entre 657 convenções em vigor):

• Convention collective des ouvriers du bâtiment jusqu’à 10 salariés;• Convention collective des ouvriers du bâtiment plus de 10 salariés;• Convention collective de l’immobilier;• Convention collective Syntec.

As principais formas jurídicas de sociedades em França são as seguintes:

• Société anonyme (SA): A sociedade deve ser constituída por um mínimo de dois acionistas (ou sete, tratando-se de uma sociedade cotada).

O capital social mínimo é de 37 000 €, sendo que 50% do mesmo tem que ser realizado na constituição da sociedade, podendo os restantes 50% ser realizados até ao decurso de 5 anos.

• Société à responsabilité limitée (SARL): O número de só-cios poderá variar entre 1 e 100. A responsabilidade de cada um dos sócios varia consoante o valor da entrada de cada um deles, excetuando em caso de administração ou liquidação judicial resultante de gestão danosa.

O montante do capital social da empresa é livremente fixado no contrato social. Um quinto das entradas devem ser inte-gralmente realizadas na sua constituição, podendo a restante parte ser realizada até ao decurso de 5 anos.

• Société par actions simplifiée (SAS): Pode ser constituída por um ou por vários acionistas, cuja responsabilidade se limi-ta ao capital subscrito.

Não existe um montante de capital mínimo para a constitui-ção de sociedades com esta forma jurídica, sendo a sua or-ganização considerada flexível, ideal para pequenas e médias empresas. As participações sociais não podem ser transacio-nadas em mercado de capitais.

FORMAS JURÍDICASSOCIETÁRIAS EXISTENTES

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

REQUISITOS PARA OPERAR NO SETOR

GARANTIAS DE OBRAS

OBRAS PRIVADAS E OBRAS PÚBLICAS

LICENÇAS PARA EXECUÇÃO DE TRABALHOS

As empresas que pretendam desenvolver a atividade de cons-trução em França deverão:

Possuir infraestruturas e meios adequados para o exercício e direção dos trabalhos de construção;Possuir uma licença para construção, emitida pelas entidades municipais competentes.

As empresas do setor da construção devem estar sob o con-trolo e direção de uma pessoa que demonstre ter as qualifi-cações profissionais exigidas para o exercício da profissão. Na ausência de um diploma académico apropriado, é ainda possível desenvolver determinadas especialidades de cons-trução, desde que o responsável da empresa demonstre uma experiência profissional de, pelo menos, 3 anos no exercício das mesmas.

Regra geral, é obrigatória a emissão de uma licença, para qualquer construção nova ou para trabalhos numa construção existente.

Em casos muito limitados, é dispensada a emissão de licença (obras com área de construção inferior a 5 m2, obras de ma-nutenção e conservação, etc).

O período de validade de uma licença de construção é, regra geral, de 3 anos.

Regra geral, a legislação francesa prevê a existência de uma garantia de obra de 10 anos (garantie décennale), em relação ao atual proprietário (o dono do projeto), mas também em re-lação aos compradores subsequentes em caso de revenda da obra. Esta garantia visa garantir que a obra cumpre o seu propósito, garantindo que os eventuais defeitos da obra não colocam em causa a sua finalidade.

Acresce à garantie décennale, a garantie de parfait achève-ment, com um prazo de um ano, respondendo por todas as desconformidades reportadas durante o ano seguinte ao da receção da obra, independentemente da sua dimensão e da natureza.

Encontra-se prevista ainda uma garantia de 2 anos, que obri-ga à reparação ou substituição dos equipamentos que não se encontram a funcionar corretamente.

O dono de obra pode reter um valor que não pode exceder 5% do valor total do contrato, para cumprimento da garantia dos defeitos de construção, durante um ano.

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CONTRATAÇÃO PÚBLICA

REGRAS AMBIENTAIS

INSTITUIÇÕES RELEVANTES PARA O SETOR

Os limites para os procedimentos de adjudicação de contratos públicos variam consoante a sua finalidade e o valor estima-do do contrato. Acima de determinados limites, o organismo público deve recorrer a um procedimento formal. Abaixo dos mesmos limiares, o organismo público pode recorrer a um pro-cedimento adaptado.

Por exemplo, para as seguintes situações, encontram-se fixa-dos os seguintes limites:

• 135 000 €, para concursos lançados pelo Estado e as suas instituições públicas;• 209 000 €, para concursos lançados pelas autoridades locais e estabelecimentos de saúde pública;• 418 000 €, para concursos lançados por um organismo públi-co que atue como operador de rede (produção, transporte ou distribuição de eletricidade, gás, água, etc.).

O organismo público adjudicante deve anunciar publicamen-te os concursos, nas condições previstas pelos regulamentos aplicáveis, em função do objeto do contrato, o valor estimado do mesmo e o organismo em causa.

O enquadramento legal francês relativo à proteção do am-biente decorre do direito comunitário, que prevê, em especial, a responsabilidade do proprietário de um terreno pela sua reabilitação, em caso de poluição do solo (entre outras). Em acréscimo, a legislação francesa impõe limites à utilização e descarga de água, nomeadamente através da imposição da obrigação de tratamento de águas residuais.

Restrições específicas aplicam-se a projetos imobiliários nos denominados sítios classificados, devido aos perigos e/ou im-pactos que esse projetos possam representar para a saúde ou para a segurança e quanto à natureza protegida do local (por exemplo, sítios com interesse arqueológicos).

• AIMCC – Association Française des Industries des Produits de Construction • Agence de l’Environnement et de la Maîtrise de l’Energie (ADEME)• Confédération de l’Artisanat et des Petites Entreprises du Bâtiment• Fédération Française du Bâtiment• Syndicat national des Cadres, Techniciens, Agents de Maîtri-se et assimilés, des industries du Bâtiment, des Travaux Publi-cs et des activités annexes et connexes (CFE-CGC BTP)

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CUSTOS OPERACIONAIS

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3.4. CUSTOS OPERACIONAIS

IDENTIFICAÇÃO DE ALGUNS CUSTOS DE OPERAÇÃO

No mercado francês, constituir e manter uma empresa, acar-reta os seguintes encargos, entre outros1:

1 Os valores apresentados são meramente indicativos e não vinculam qualquer enti-dade à apresentação dos mesmos.

DESCRIÇÃO MONTANTE

CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE (SERVIÇOS NOTARIAIS EXCLUÍDOS) 1 500 EURO

CUSTO ANUAL COM SERVIÇOS DE CONTABILIDADE E OBRIGAÇÕES FISCAIS

(PARA AS OPERAÇÕES DE PEQUENA DIMENSÃO)6 000 EURO

CUSTO ANUAL COM SERVIÇOS DE CONTABILIDADE E OBRIGAÇÕES FISCAIS

(PARA AS OPERAÇÕES DE MÉDIA DIMENSÃO)8 000 – 15 000 EURO

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FICHA TÉCNICA

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TítuloGuia sobre os Mercados da Construção na Europa

AutoriaBAKER TILLY

EquipaJoão Aranha | PartnerTiago Almeida Veloso | PartnerJosé Pedro Freitas | Associate PartnerLara Castro | Tax Manager

PromotorAssociação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN

CoordenaçãoNúcleo de Apoio à Internacionalização da AICCOPNSónia Oliveira João Afonso Vitor Laranjeira

EdiçãoMarço 2017

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Associação dos Industriais da ConstruçãoCivil e Obras Públicas

Fundo Europeude Desenvolvimento Regional

Anos AICCOPN