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GLOBAL PORTUGUESE CONSTRUCTION 2017 Guia sobre os Mercados da Construção de África Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas MOÇAMBIQUE

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GLOBAL PORTUGUESE CONSTRUCTION

2017Guia sobre os Mercados da Construção de África

Associação dos Industriais da ConstruçãoCivil e Obras Públicas

MOÇAMBIQUE

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AICCOPNA internacionalização da Construção contém especi-ficidades próprias de uma atividade que, por regra, é desenvolvida localmente e, como tal, sujeita a regras e condicionalismos próprios de cada espaço geográfico onde se localiza.

Com estes Guias de Mercado, a AICCOPN pretende disponibilizar informação relevante e de natureza prática sobre o desenvolvimento da atividade de construção nos mercados externos, agrupados por grandes áreas: Europa, América Latina e África.

Organizados por Países, cobrem os principais aspetos associados aos mercados da Construção, o enquadra-mento legal e fiscal, bem como os principais custos operacionais. De forma não exaustiva, mas com caráter eminentemente objetivo e pragmático, abordam-se matérias que vão desde a operação de empresas portu-guesas no exterior e o destacamento de trabalhadores, até à constituição de sociedades e sucursais.

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ÍNDICE

01 | INTRODUÇÃO02 | LISTA DE ABREVIATURAS

03 | MOÇAMBIQUE03.1. - Enquadramento do Setor03.2. - Enquadramento Fiscal03.3. - Enquadramento Legal

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01| INTRODUÇÃOEste Guia sobre os Mercados da Construção em África foi elaborado pela Baker Tilly a pedido da AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, no âmbito do projeto “Rede Internacional da Construção Portuguesa“, cofinanciado pelo Compete 2020. O presente guia apresenta-se como um instrumento de apoio no processo de internacional-ização das empresas portuguesas do Setor de Construção.

No que concerne ao setor da construção em África, cumpre salientar que para a maioria dos países, o mesmo apresenta uma contribuição significativa ao nível do desenvolvimento económico e da empregabilidade. Não obstante, o setor apre-senta uma certa dependência do investimento público, sendo que evidencia uma envolvente bastante competitiva, essen-cialmente como resultado da reduzida quantidade de projetos, comparativamente ao número de empresas que desenvolvem atividade no setor.

O propósito deste guia é o de oferecer à AICCOPN e seus associados uma visão genérica do enquadramento normativo, fiscal e económico do setor da construção civil de diversas jurisdições de África. Recordamos que o conteúdo deste documento é genérico, e não aplicável a situações e casos concretos, pelo que recomendamos que a efetiva opção pela realização de investimento numa jurisdição estrangeira seja precedida de uma análise aprofundada ao enquadramento do mercado pretendido.

O presente guia foi elaborado no pressuposto de que o investi-

mento é realizado por empresas portuguesas, encontrando-se, contudo, excluído do mesmo o enquadramento setorial em Portugal. Porém, sendo Portugal a origem do investimento a realizar, sempre que se mostre relevante, é feita menção às diligências que devem ser adotadas em Portugal com o propósito de permitir e agilizar a efetivação do investimento no estrangeiro.

Nesse contexto, alertamos para as seguintes temáticas que de-vem ser sempre analisadas previamente à concretização de um investimento internacional, em particular no setor em questão:

• Definição da estrutura societária a adotar para a concretização do investimento (subsidiária ou sucursal);

• Em projetos de reduzida duração, deve-se atender às regras para a determinação da existência de estabelecimento estável, para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas na jurisdição de destino. Devem ser analisadas as regras locais e aquelas previstas no acordo para evitar a dupla tributação, celebrada por Portugal e o Estado do destino do investimento (se aplicável);• Ao abrigo das Convenções para Evitar a Dupla Tributação cel-ebradas com Portugal, um local ou um estaleiro de construção ou de montagem num país da África (Angola, Moçambique e Cabo Verde) só constitui um estabelecimento estável se a sua duração exceder o prazo aí previsto - https://info.portaldas-financas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/convencoes_evitar_dup-la_tributacao/. Nota: o destacamento de trabalhadores tem de

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ser tido em conta para este tipo de prazos.• Relativamente ao IVA, dever-se-á atender às regras específi-cas do setor, e adotar os procedimentos aplicáveis, por exem-plo, validando que o cliente qualifica como sujeito passivo de imposto;

• Atender às regras locais quanto às particularidades fiscais específicas, nomeadamente, quanto à natureza da atividade desenvolvida e suas implicações fiscais (eg: correta descrição das operações nas faturas emitidas, com implicação direta na retenção na fonte de impostos sobre o rendimento);

• Atender às regras laborais locais, nomeadamente quanto às tabelas salariais aplicáveis para cada função, tendo em atenção a particularidade das ajudas de custo que, em determinadas jurisdições, não concorrem para o rendimento relevante, para efeitos laborais;

• Em caso de destacamento de trabalhadores, alerta-se para a necessidade das empresas portuguesas celebrarem acordos de destacamento. Neste documento serão definidas as matérias respeitantes ao destacamento, entre as quais salientamos: as retribuições a auferir durante o destacamento (que devem res-peitar os mínimos legais obrigatórios na jurisdição de destino); a assunção, pela entidade empregadora, das despesas com

transporte, alimentação e alojamento dos trabalhadores; as condições do repatriamento; o acesso a cuidados de saúde na jurisdição de destino; entre outras. Neste contexto, salientamos que a AICCOPN pode apoiar os seus Associados, designa-damente, através da disponibilização de minuta do acordo a celebrar;

• Comunicar à Autoridade para as Condições do Trabalho, bem como às autoridades competentes no país de destino, o desta-camento de trabalhadores (caso aplicável);

• Alargar o âmbito geográfico do seguro de acidentes de tra-balho dos trabalhadores deslocados;

• Em caso de destacamento de trabalhadores (conforme previs-to nos instrumentos de coordenação internacional das matérias de segurança social), solicitar aos serviços da segurança so-cial em Portugal a emissão do documento de destacamento, permitindo que os trabalhadores destacados mantenham as contribuições para a segurança social em Portugal.

• Analisar a possibilidade de concessão de vistos de negócios, com vista à abordagem ao mercado, nomeadamente, para a constituição de subsidiárias ou sucursais.

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02 | LISTA DE ABREVIATURAS

p.p. — Pontos Percentuais PIB — Produto Interno Bruto

cfr — Conforme

IRS — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (e impostos similares)

IVA — Imposto sobre o Valor Acrescentado

IRC — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (e impostos similares)

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03 | MOÇAMBIQUE

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

REGIMES DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

O Decreto n.º 14/93, de 21 de julho, aprovou o Regulamen-to da Lei de Investimento, que estabelece a formalização dos processos de proposta, autorização e concretização dos pro-jetos de investimento. Este diploma foi revogado (exceto o seu artigo 4.º) pelo Decreto n.º 43/2009, de 21 de agosto, cujo ar-tigo 12.º (competências e prazos para decisão sobre projetos de investimentos) foi alterado pelo Decreto n.º 48/2013, de 13 de setembro.

Os principais aspetos a realçar no novo regulamento, pren-dem-se com:

• Remoção da exigência do valor mínimo do investimento dire-to nacional (fixado em $ 5.000,00 nos termos do anterior reg-ulamento);

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MERCADO DA CONSTRUÇÃOTENDÊNCIA E EVOLUÇÃO DO SETOR

De acordo com a informação fornecida pelo BPI, no período de 2015, o setor da construção apresentou uma contribuição de 2,3% para o PIB, evidenciando um acréscimo de 0,5 pon-tos percentuais, face a 2013.

No período 2015, o governo aprovou um aumento de salário em vários setores, sendo que o setor da construção foi o que registou um maior acréscimo, nomeadamente em 13,5%.

Cumpre salientar que a degradação da situação orçamental e macroeconómica de Moçambique afetou severamente as fi-nanças públicas do país, sendo que o Ministério das Finanças confirmou que não vai pagar a prestação de janeiro de 60 mil-hões de dólares relativos aos títulos de dívida soberana, en-trando em incumprimento financeiro (default).

FATORES CONDICIONANTES DA PROCURA

• Risco elevado;• Situação económica do país;• Dificuldade em obter financiamento bancário, e• Necessidade de elevadas quantidades de capital. FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

• Posicionamento no setor;• Cumprimento de prazos;• Obtenção de financiamento;• Satisfação do cliente;• Preços competitivos, e• Controlo eficaz de projetos.

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

INCENTIVOS FINANCEIROS E FISCAIS

• Liberdade de transmissão ou cessão de participação social detida pelo investidor, desde que a mesma ocorra em Moçam-bique e seja notificada a entidade que autorizou, e • Após a autorização de investimento, o investidor estrangeiro deve proceder ao respetivo registo junto do Banco de Moçam-bique, no prazo de 90 dias, a contar da data da autorização da entidade competente ou da efetiva entrada do valor do inves-timento. A falta de registo pode implicar o não reconhecimento do direito à exportação de lucros e à reexportação do capital investido. Os incentivos aplicáveis ao setor da construção em Moçam-bique são os seguintes:

• O Fundo Português de Apoio ao Investimento em Moçam-bique, visa promover o financiamento de projetos de investi-mento nas áreas da energia, do ambiente e das infraestruturas, a efetuar por ou com participação de empresas Portuguesas, e• As empresas que operam numa Zona Económica Especial ou numa Zona Franca Industrial, podem beneficiar da isenção de impostos na importação de materiais de construção, equipa-mentos, acessórios e peças.

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ANÁLISE SWOT

ANÁLISE DAS 5 FORÇAS DE PORTER

PONTOS FORTES: • Elevado peso na economia nacional;• Geração de emprego, e • Elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes.

PONTOS FRACOS:

• Incumprimento de prestações de juros relativos aos títulos de dívida soberana;• Economia dependente do setor energético;• Dependência de investimento público, e• Número de projetos de construção limitados.

OPORTUNIDADES:

• Mão-de-obra relativamente barata;• Investimento em infraestruturas públicas, e• Investimento estrangeiro.

AMEAÇAS:

• Recessão económica global;• Conjuntura económica do país, e• Saturação do mercado.

PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES

Relativamente ao poder negocial das empresas fornecedoras de materiais e equipamentos de construção, pode ate-star-se que o mesmo é diminuto, considerando que existe uma lacuna de clientes no mercado.

AMEAÇA DE NOVOS CONCORRENTES

A ameaça de novos concorrentes no setor da construção em Moçambique é escassa, em virtude da necessidade de elevadas quantidades de capital ser um fator crítico de sucesso.

PODER NEGOCIAL DOS CLIENTES

No setor da construção em Moçambique, o poder negocial dos clientes é considerável, como resultado do reduzido número de clientes, comparativamente à quantidade de empresas construtoras.

AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS

No que concerne à ameaça de produtos substitutos, pode atentar-se que a mesma é moderada, devido à tentativa das empresas se diferenciarem através da adoção de métodos, produtos e técnicas inovadoras.

CONCORRÊNCIA DE MERCADO

A concorrência do mercado da construção em Moçambique é substancial, em virtude da saturação do mercado e da degradação da situação macroeconómica do país.

3.1. ENQUADRAMENTO DO SETOR

MERCADODA CONSTRUÇÃO

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ENQUADRAMENTOFISCAL

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

DESTACAMENTO DE TRABALHADORES

RESIDÊNCIA

TRIBUTAÇÃO DOS RENDIMENTOS

REGIME ESPECIAL PARA OS TRABALHADORES EXPATRIADOS

CONTRIBUIÇÕES PARA A SS E OUTROS REGIMES OBRIGATÓRIOS

O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) incide sobre o rendimento obtido por qualquer pessoa singu-lar que tenha uma conexão pessoal ou material com o territó-rio moçambicano, designadamente quando seja considerada residente para efeitos fiscais no mesmo território, ou quando, mesmo não o sendo, obtenha rendimentos de fonte localizada em Moçambique.São consideradas residentes as pessoas que, no ano a que respeitam os rendimentos:

• estejam presentes em Moçambique, de forma continuada ou intermitente, por mais de 180 dias;• estejam presentes em Moçambique por menos de 180 dias, mas aí mantenham uma residência permanente;• desempenhem funções públicas ao serviço do Estado de Moçambique no estrangeiro; ou• sejam tripulantes de navios e aeronaves que sejam opera-das por empresas com sede ou direção efetiva no território de Moçambique.

Se uma das pessoas a quem incumbe a direção do respetivo agregado familiar reside em Moçambique, considera-se que todos os membros desse agregado são igualmente residentes em Moçambique. Qualquer mudança de residência deve ser comunicada à Administração Tributária moçambicana.O IRPS é devido pelas pessoas singulares que residam em ter-ritório Moçambicano e pelas que, nele não residindo, aí obte-nham rendimento.

Os rendimentos auferidos por pessoas singulares residentes são tributados a taxas progressivas. As taxas de imposto são as constantes da tabela seguinte:

Estão sujeitos à taxa liberatória de 20% os rendimentos de tra-balho dependente auferido por pessoas não residentes.

A contribuição a cargo da entidade patronal ascende a 4%. Para os trabalhadores, a taxa é de 3%, sobre o valor total da remuneração bruta.

Os trabalhadores estrangeiros podem solicitar a isenção do registo no sistema de segurança social, desde que estejam registados num sistema semelhante no seu país de origem.

Não existe um regime fiscal especificamente aplicável a tra-balhadores expatriados.

RENDIMENTO COLETÁVEL TAXA DEDUÇÂO

0 KZ – 42.000 MZN 10% -

> 42.000 MZN – 168.000 MZN 15% 2.100

> 168.000 MZN – 504.000 MZN 20% 10.500

> 504.000 MZN – 1.512.000 MZN 25% 25.700

> 1.512.000 MZN 32% 141.540

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

TRIBUTAÇÃO EM IRC

ESTABELECIMENTO ESTÁVEL

PAGAMENTOS A ENTIDADES LOCAIS

PAGAMENTOS A ENTIDADES NÃO RESIDENTES

As entidades residentes são tributadas em Moçambique pelos seus rendimentos mundiais.

As entidades não residentes são tributadas exclusivamente pelos rendimentos obtidos em Moçambique, nomeadamente quando exerçam atividade no país através de um estabeleci-mento estável.

A taxa geral do IRPC corresponde a 32%. Contudo, os lucros derivados de atividades agrícolas e pecuárias são passíveis de imposto a uma taxa reduzida de 10%.

Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação, cele-brada com Portugal em Moçambique, um local ou um estaleiro de construção, de instalação ou montagem, ou as atividades de supervisão conexas com os mesmos, só constitui um es-tabelecimento estável se a sua duração exceder seis meses.

O fornecimento de serviços em Moçambique, incluindo serviços de consultoria, por uma empresa Portuguesa, através de empregados ou de outro pessoal contratado, só consti-tui um estabelecimento estável, desde que essas atividades prossigam para o mesmo ou para um projeto conexo, se tais atividades forem exercidas durante um período ou períodos que totalizem mais de 6 meses em qualquer período de 12 meses.

Regra geral, os dividendos pagos a entidades residentes em Moçambique encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 20%. Não obstante, dentro de determinadas condições, associadas à percentagem da participação detida e do perío-do de detenção, pode-se aplicar uma isenção de retenção na fonte.

Os dividendos pagos a entidades não residentes em Moçam-bique encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 20%. Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada com Portugal, esta taxa de retenção na fonte pode ser reduzida para 10%.Os juros pagos a entidades não residentes em Moçambique encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 20%. Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada com Portugal, esta taxa de retenção na fonte pode ser reduz-ida para 10%.

Os royalties pagos a entidades não residentes em Moçam-bique encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 20%. Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada com Portugal, esta taxa de retenção na fonte pode ser reduzida para 10%.

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3.2. ENQUADRAMENTO FISCAL

ENQUADRAMENTO FISCAL EM IVA DAS ATIVIDADES DE CONSTRUÇÃO

REGRAS DE LIQUIDAÇÃO E DEDUÇÃO

O IVA incide sobre as transmissões de bens e prestações de serviços, bem como sobre a importação de bens. A taxa geral do IVA é de 17%.

O IVA incidente sobre serviços de construção só é devido no momento do recebimento, quando o cliente é o Estado. Este regime também se aplica a subempreiteiros.

Os serviços de obras públicas (estradas, pontes e infraestrutu-ras ligadas ao abastecimento de água) encontram-se abrangi-dos por um regime fiscal específico. O IVA apenas incide sobre 40% do valor faturado.

O imposto pago pelos sujeitos passivos nas compras realiza-das é, em regra, dedutível. O apuramento do imposto resulta da diferença entre o imposto liquidado e o imposto dedutível.

O arrendamento e venda de imóveis encontram-se isentos de IVA (com determinadas exceções).

Os juros pagos a entidades não residentes em Moçambique encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 20%. Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada com Portugal, esta taxa de retenção na fonte pode ser reduz-ida para 10%.

Os royalties pagos a entidades não residentes em Moçam-bique encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 20%. Ao abrigo da Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada com Portugal, esta taxa de retenção na fonte pode ser reduzida para 10%.

Regra geral, os rendimentos decorrentes da prestação de serviços encontram-se sujeitos a retenção na fonte à taxa de 20%, podendo ser isentos de tributação ao Abrigo da Con-venção para Evitar a Dupla Tributação celebrada com Por-tugal. Saliente-se que, neste ponto, a administração fiscal moçambicana tem adotado uma interpretação distinta sobre a possibilidade deste benefício ser efetivamente aplicável.

Os rendimentos decorrentes de determinadas prestações de serviços em território moçambicano, designadamente os pro-venientes de serviços de telecomunicações e de serviços de transportes, são passíveis de retenção na fonte à taxa reduz-ida de 10%.

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ENQUADRAMENTOLEGAL

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

A Lei n.º 5/93, de 28 de Dezembro (regulada pelo Decreto n.º 108/2014, de 31 de Dezembro), estabelece o regime jurídico do cidadão estrangeiro em Moçambique e fixa as normas de entrada, permanência e saída do país, bem como os direitos, deveres e garantias.

Todo o cidadão estrangeiro necessita de visto para entrar e permanecer em território moçambicano. Entre os diversos ti-pos de vistos, salientamos:

• Visto de negócios: para viagem relacionada com a atividade de negócios ou económica desenvolvida pelo requerente (vá-lido por 30 dias, prorrogáveis até 90); • Visto para atividade de investimento: para permitir a en-trada no país, para fins da implementação de projetos de investimentos de valor igual ou superior a USD 50 000 000. Com prazo até dois anos, prorrogáveis por iguais períodos de tempo, enquanto perdurarem as razões que justificaram a sua concessão;

• Visto de trabalho: concedido a cidadão estrangeiro que pre-tenda trabalhar temporariamente em Moçambique (deve ser utilizado no prazo de 60 dias subsequentes à data da sua con-cessão). São exigidos o atestado médico, carta da entidade empregadora que serve de garantia de condições de estadia e alimentação em Moçambique, o contrato de trabalho e doc-umento comprovativo de permissão de trabalho, a prestação de uma garantia para o eventual repatriamento do cidadão es-trangeiro, bem como do seu agregado familiar, assim como a presença do requerente no escritório da autoridade emissora do visto.

As modalidades de contrato de trabalho são as seguintes:

• contrato de trabalho por tempo indeterminado;• contrato de trabalho a prazo certo; e,• contrato de trabalho a prazo incerto.

A primeira constitui a regra e as duas últimas correspondem a situações excecionais, condicionadas à verificação dos respe-tivos requisitos legais.

A contratação a prazo apenas é permitida para a realização de tarefas temporárias e pelo período estritamente necessário para o efeito, nomeadamente a execução de uma obra, pro-jeto ou outra atividade determinada e temporária, incluindo a execução, direção e fiscalização de trabalhos de construção civil, obras públicas e reparações industriais, em regime de empreitada.

O contrato a prazo certo pode ser celebrado por período não superior a dois anos, podendo ainda ser renovado por duas vezes, mediante acordo das partes.

VISTOSDE TRABALHO

TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO

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DIREITOS DOS TRABALHADORES

SALÁRIO MÍNIMO

3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

As pequenas e médias empresas gozam de regime especial que lhes permite, durante os primeiros 10 anos da sua ativi-dade, celebrar livremente contratos a prazo certo sem respeito pelos limites de duração e renovações acima referidos.

O empregador pode celebrar um contrato a termo incerto quando não seja possível prever com certeza o período em que cessa a causa que o justifica.

O contrato de trabalho de cidadãos estrangeiros só pode ser celebrado a prazo, não devendo em caso algum ter duração superior a dois anos renováveis, mediante autorização.

Nos termos do regime legal aplicável1, a contratação de es-trangeiros pode assumir uma de quatro modalidades:

• Contratação em regime de quotas – estabelece as se-guintes quotas para a contratação de estrangeiros:

• Grandes empresas: 5% da totalidade dos trabalhadores;• Médias empresas: 8% da totalidade dos trabalhadores; e• Pequenas empresas: 10% da totalidade dos trabalhadores, com o limite mínimo de um trabalhador

• Contratação ao abrigo de projetos de investimento aprovados pelo Governo – o número de estrangeiros a con-tratar é definido no próprio projeto de investimento.

• Contratação em regime de curta duração – o exercício de funções por trabalhadores de nacionalidade estrangeira em Moçambique, por períodos inferiores a noventa dias, não carece de autorização e não se integra no regime de quotas; e,

• Contratação mediante autorização – contratação do tra-balhador estrangeiro só é admissível quando este possua as qualificações académicas ou profissionais necessárias e não haja cidadãos nacionais que possuam tais qualificações ou, havendo, o seu número seja insuficiente. O requerimento deve ser submetido ao Ministro que superintende a área do trabalho ou às entidades que este delegar.

O período normal de trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 48 horas semanais. Porém, pode ser alargado até nove horas diárias, desde que ao trabalhador seja conce-dido meio-dia de descanso semanal complementar.

1 – Decreto n.º 55/2008, de 30 de Dezembro

A remuneração mínima mensal encontra-se definida de acor-do com os setores de atividade. O salário mínimo em Moçam-bique, no setor da construção, é atualmente de MZN 4886,74.

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3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

De acordo com o Regulamento do Exercício da Atividade de Empreiteiros e de Consultor de Construção Civil1, qualificam como obras públicas os trabalhos de construção, reconstrução, ampliação, alteração, reparação, conservação, reabilitação, lim-peza, restauro e demolição de bens imóveis promovidas total ou parcialmente por conta do Estado, das autarquias locais, dos institutos públicos, das empresas públicas e das empresas participadas pelo Estado. Consideram-se obras particulares as que são promovidas por entidades particulares.

De acordo com o Regulamento do Licenciamento da Actividade de Empreiteiro de Construção Civil2, pode exercer a atividade de empreiteiro de construção civil a empresa nacional ou es-trangeira que se encontre legalmente autorizada para o efeito.

A autorização é concedida à empresa em nome individual ou sob forma de sociedade, nacional ou estrangeira que o requeira à Comissão de Licenciamento de Empreiteiros e de Consultores de Construção Civil e faça prova de requisitos legais. O requer-imento deve ser formulado pelo interessado devidamente iden-tificado e dirigido ao Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos ou ao Governador Provincial e deve ser acompanhado de prova dos seguintes requisitos:

• Existência legal; • Nacionalidade; • Satisfação dos requisitos de elegibilidade, nomeadamente: idoneidade, equipamento mínimo e capacidades técnica e económico-financeiraRequisitos para obtenção do alvará: (i) idoneidade; (ii) capaci-dade técnica, no que respeita a quadros permanentes, currículo que demonstre experiência da empresa e dos seus quadros; (iii) capacidade económica e financeira.

1 – Vide Decreto 91/2013, de 31 de dezembro2 – Diploma ministerial n.º 77/2015, de 22 de maio

O Código Comercial Moçambicano (CCM) consagra seis for-mas jurídicas de sociedades. Contudo, apenas as duas se-guintes são comummente adotadas: • As Sociedades por Quotas têm como exigência legal um mínimo de dois sócios e um máximo de trinta. A lei não estipula um capital mínimo. Aos sócios é facultada a possibilidade de fixar o capital adequado para a prossecução da sua atividade, o qual deve corresponder ao somatório dos valores nominais das quotas de cada um dos sócios. O capital deve ser expresso em moeda nacional (o Metical). A responsabilidade dos sócios está limitada ao valor do capital social por eles subscrito.

• As Sociedades Anónimas devem ter, no mínimo, três acioni-stas. Exceção feita aos casos em que o Estado, diretamente ou por intermédio de empresa pública, estatal ou outra entidade equiparada por lei, seja acionista, as quais podem constituir-se com um único acionista. Só pode ser constituída estando sub-scrito a totalidade do seu capital social e realizado, pelo menos, em vinte e cinco por cento. A responsabilidade dos acionistas perante terceiros é limitada ao valor das ações que subscre-veram.REQUISITOS PARA OPERAR

NO SETOR

OBRAS PRIVADAS E OBRAS PÚBLICAS

LICENÇAS PARA EXECUÇÃO DE TRABALHOS

ALVARÁ

FORMAS JURÍDICAS DE SOCIEDADES COMERCIAIS EXISTENTES

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A licença para o exercício permanente nas obras públicas pode ser conferida a:

• Empresas moçambicanas;• Empresas estrangeiras que operem legalmente no país há mais de 10 anos;• Sucursais ou filiais de empresas estrangeiras a operar legal-mente no território moçambicano há mais de 10 anos com al-vará de obras particulares ou licença.

A licença para o exercício temporário nas obras públicas pode ser conferida a empresa de construção civil estrangeira que se encontre em qualquer das seguintes situações:

• Ter sido adjudicada uma obra pública por intermédio de con-curso internacional;• Ter origem num país com que hajam sido estabelecidos acor-dos governamentais de reciprocidade no domínio do exercício da atividade de empreiteiro de construção civil;• Ter sido autorizada no estrangeiro e atuar na condição de sub-empreiteiro de empreiteiro licenciado em Moçambique;• Ter sido autorizada ao abrigo da Lei do Investimento. A Lei moçambicana1 define a obrigatoriedade de prestação das seguintes garantias ao consumidor:

• Garantia de bom funcionamento – período não inferior a 1 ano, contado a partir da data da sua aquisição, e,• Garantia mínima de 5 anos para bens imóveis, contados a par-tir da data da sua aquisição.

1 – Vide Lei de Defesa do Consumidor (Lei n.º 22/2009, de 28 de setembro) e o Regulamento da Lei de Defesa do Consumidor (Decreto n.º 27/2016 de 18 de julho)

3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

GARANTIAS DE OBRAS

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GLOBAL PORTUGUESE CONSTRUCTION | 2017

3.3. ENQUADRAMENTO LEGAL

O regime jurídico da contratação pública prevê três regimes jurídicos de contratação:

• Regime geral (concurso público);• Regime Especial;• Regime Excecional.

O concurso público é modalidade geral para a contratação de empreitadas de obras públicas, fornecimento de bens e de prestação de serviços ao Estado. Trata-se de um procedimento no qual pode intervir todo e qualquer interessado, desde que reúna os requisitos estabelecidos nos documentos do concur-so.

O concurso público está estruturado da seguinte forma:

• Preparação;• Lançamento;• Apresentação e abertura de propostas e documentos de qual-ificação;• Avaliação das propostas e documentos de qualificação;• Saneamento;• Classificação;• Recomendação do Júri;• Decisão;• Reclamação e recurso, e• Adjudicação. 1 – Vide Decreto n.º 54/2005, de 13 de dezembro

Os projetos de construção em Moçambique carecem de uma licença ambiental antes de poderem ter início.

A autorização baseia-se na avaliação do potencial impacto da atividade proposta para determinar a sua viabilidade ambien-tal, e termina com a emissão de uma licença ambiental pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA).

Na Lei do Ambiente1 é de salientar o capítulo relativo à pre-venção de danos ambientais através do procedimento de aval-iação de impacto ambiental e do licenciamento ambiental.

A emissão da licença ambiental é baseada numa avaliação de impacto ambiental da atividade e precede a emissão de quais-quer outras licenças legalmente exigidas para cada caso.

• FME - Federação Moçambicana de Empreiteiros• CIMLOP - Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa• APME - Associação das Pequenas e Médias Empresas de Moçambique.

1 – Vide Lei n.º 20/97 e Decreto nº 45/2004, de 29 de Setembro.

CONTRATAÇÃO PÚBLICA

REGRAS AMBIENTAIS

INSTITUIÇÕES RELEVANTES PARA O SETOR

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FICHA TÉCNICA

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TítuloGuia sobre os Mercados da Construção de África

AutoriaBAKER TILLY

EquipaJoão Aranha | PartnerTiago Almeida Veloso | PartnerJosé Pedro Freitas | Associate PartnerLara Castro | Tax Manager

PromotorAssociação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN

CoordenaçãoNúcleo de Apoio à Internacionalização da AICCOPNSónia Oliveira João Afonso Vitor Laranjeira

EdiçãoMarço 2017

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Associação dos Industriais da ConstruçãoCivil e Obras Públicas

Fundo Europeude Desenvolvimento Regional

Anos AICCOPN