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Educação Física - 1 - ÍNDICE ÍNDICE ____________________________________________________________________ 1 INTRODUÇÃO ______________________________________________________________ 2 HISTÓRIA DA GINÁSTICA __________________________________________________ 3 OBJECTIVOS da GINASTICA ARTISTICA ____________________________________ 4 CARACTERISTICAS da GINÁSTICA ARTISTICA ______________________________ 5 EQUIPAMENTO - MATERIAL ________________________________________________ 7 POSIÇÕES CORPORAIS _____________________________________________________ 8 INTERAJUDA _______________________________________________________________ 9 Salto de eixo ______________________________________________________________ 10 Salto entre mãos __________________________________________________________ 10 TÉCNICA DAS AJUDAS _____________________________________________________ 10 SEGURANÇA ______________________________________________________________ 11 OBSERVÂNCIA TOTAL DO DEVER DE VIGILÂNCIA __________________________ 11 ESTADO DO GINÁSIO _____________________________________________________ 12 EQUIPAMENTO GÍMNICO ADEQUADO _____________________________________ 12 TRANSPORTE E MONTAGEM DOS APARELHOS _____________________________ 12 TRAMPOLIM ACROBÁTICO ________________________________________________ 14 Regras de Segurança a ter com o mini-trampolim _______________________________ 15 As ajudas no mini-trampolim ___________________________________________________ 17 Considerações Técnicas do Mini-Trampolim _____________________________________ 19 HABILIDADES MOTORAS __________________________________________________ 22 Plinto __________________________________________________________________________ 22 Mini-Trampolim ________________________________________________________________ 25 Trave __________________________________________________________________________ 30 Barra Fixa ______________________________________________________________________ 36 AVALIAÇÃO _______________________________________________________________ 42 BIBLIOGRAFIA ____________________________________________________________ 46

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Educação Física - 1 -

ÍNDICE

ÍNDICE ____________________________________________________________________ 1

INTRODUÇÃO ______________________________________________________________ 2

HISTÓRIA DA GINÁSTICA __________________________________________________ 3

OBJECTIVOS da GINASTICA ARTISTICA ____________________________________ 4

CARACTERISTICAS da GINÁSTICA ARTISTICA ______________________________ 5

EQUIPAMENTO - MATERIAL ________________________________________________ 7

POSIÇÕES CORPORAIS _____________________________________________________ 8

INTERAJUDA _______________________________________________________________ 9

Salto de eixo ______________________________________________________________ 10

Salto entre mãos __________________________________________________________ 10

TÉCNICA DAS AJUDAS _____________________________________________________ 10

SEGURANÇA ______________________________________________________________ 11

OBSERVÂNCIA TOTAL DO DEVER DE VIGILÂNCIA __________________________ 11

ESTADO DO GINÁSIO _____________________________________________________ 12

EQUIPAMENTO GÍMNICO ADEQUADO _____________________________________ 12

TRANSPORTE E MONTAGEM DOS APARELHOS _____________________________ 12

TRAMPOLIM ACROBÁTICO ________________________________________________ 14

Regras de Segurança a ter com o mini-trampolim _______________________________ 15

As ajudas no mini-trampolim ___________________________________________________ 17

Considerações Técnicas do Mini-Trampolim _____________________________________ 19

HABILIDADES MOTORAS __________________________________________________ 22

Plinto __________________________________________________________________________ 22

Mini-Trampolim ________________________________________________________________ 25

Trave __________________________________________________________________________ 30

Barra Fixa ______________________________________________________________________ 36

AVALIAÇÃO _______________________________________________________________ 42

BIBLIOGRAFIA ____________________________________________________________ 46

Educação Física - 2 -

INTRODUÇÃO

A Ginástica Artística é uma modalidade praticada há longos anos, muito embora

com características bastante diferentes das actuais. Ao longo dos séculos sempre foi

encarada como uma vasta gama de exercícios e destrezas corporais associados à época

e regiões, como a prática de lançamentos e exercícios de força.

Implicando em alto grau, flexibilidade, coordenação, dinâmica geral, sentido de

equilíbrio, um perfeito conhecimento do corpo, musculação e também determinado tipo

de resistência, fácil se torna entender a sua relativa indefinição no passado.

Actualmente é encarada como uma disciplina que engloba a realização de um

determinado número de gestos em diversos aparelhos e em situações inabituais.

A realização destes Textos de Apoio serve de base para garantir o sucesso do

processo ensino-aprendizagem na respectiva modalidade, justificando-se a sua

existência pela necessidade de apoiarmos a nossa actividade em objectivos preciosos e

sistematizados.

Os Textos de Apoio, possuem desta forma uma estrutura que se pretende

facilitadora da acção educativa, principalmente da prática docente.

Pretendemos que no final desta “mini Unidade Didáctica” os alunos cumpram os

objectivos pretendidos para este bloco, e que se sintam motivados para a prática da

modalidade.

Educação Física - 3 -

HISTÓRIA DA GINÁSTICA

O nome que mais se destaca na história da

formação da ginástica moderna foi a do alemão

Johann-Friedrich-Ludwig-Christoph-Jahn (1778-1852),

grande nacionalista alemão considerado o pai da

ginástica, responsável pela propagação da ginástica em

aparelhos pelo mundo inteiro que inventou o termo

turnen, para designar a prática da ginástica na

Alemanha. Durante o bloqueio ginástico de 1820 a 1842 na Alemanha, diversos

ginastas alemães emigraram para o mundo inteiro difundindo a ginástica de Jahn.

A palavra Ginástica vem do grego Gymnastiké e significa a "Arte ou acto de

exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade. A ginástica faz parte da história

humana desde os primórdios, quando o homem começou a organizar-se em civilizações

e começou pela primeira vez a estruturar a actividade física ao invés de simplesmente

praticá-la naturalmente para a sobrevivência. É fácil de constatar que estava

estritamente ligada ao treino militar, mas também com carácter religioso. Desde

tempos remotos que se iniciaram as competições em todo mundo civilizado, dentro

delas as olimpíadas gregas realizadas durante quase 12 séculos (776 a.C.-393 d.C.).

Mas a ginástica moderna surgiu no século XVIII com Johann-Cristoph Guts Muths

(1759-1839), autor alemão de Gymnastik fur Jugend, publicado em 1793 e Francisco

Amóros Y Ondeano (1769-1849), espanhol naturalizado francês que fundou uma escola

de ginástica em Grenelle.

A partir da segunda metade do século XIX, apareceram na Europa as primeiras

federações de ginástica como a da Suíça, Alemanha, Bélgica, Polónia, Holanda e

França. Em 1881 iniciou-se a Federação Europeia de Ginástica na Bélgica que torna-se

a FIG (Federação Internacional de Ginástica), a partir de 1921, tendo por presidente

Nicolas Cupérus que permaneceu até 1924.

Em 1896 iniciam-se as competições internacionais nas olimpíadas de Atenas, com

a presença da ginástica e em 1903 o primeiro Torneio Internacional de Ginástica em

Antuérpia na Bélgica. Em 1928 inicia-se a participação feminina nas Olimpíadas.

Educação Física - 4 -

OBJECTIVOS da GINASTICA ARTISTICA

Como é sabido, a abordagem da Ginástica Artística assume um papel importante

na formação da criança. É uma disciplina que faz parte integrante dos programas de

Educação Física (EF), tendo como objectivos específicos:

- Criar e consolidar hábitos de actividade física;

- Melhorar a atitude e a postura corporal;

- Melhorar a capacidade funcional do organismo;

- Procurar o relaxamento nos planos físicos e psicológicos;

- Lutar contra o sedentarismo.

Em contrapartida, o valor educativo da ginástica fundamenta-se em

determinadas características, as quais são de realçar:

a) Promove a educação para a saúde – com a prática de actividades físicas fomenta-se os hábitos de higiene, luta-se contra a sedentarização e melhora-se as capacidades funcionais.

b) Responde às necessidade de expressão e movimento dos alunos- porque permite o desenvolvimento de capacidades motoras, adquirir habilidades técnicas de carácter gímnico, desenvolve o sentido estético e artístico.

c) Facilita o processo de socialização – já que melhora as relações interpessoais, o desenvolvimento da capacidade de comunicação, de cooperação e fomenta o espirito competitivo.

d) Elimina factores que inibem ou bloqueiam a acção.

e) Desenvolve a capacidade intelectual e qualidades da personalidade – como por exemplo a concentração, o autodomínio, a autonomia, a decisão e a perseverança.

f) Meio de vivificar novas emoções e sensações – ao conseguir vencer as dificuldades através da coragem e da audácia.

ROMÃO [1984], ainda acrescenta:

a) Desenvolve a capacidade de desempenho psicomotor que significará a construção de uma estrutura preceptiva correcta;

b) Proporciona situações de descoberta e exploração, contributo indispensável na formação de uma cultura motora.

Educação Física - 5 -

CARACTERISTICAS da GINÁSTICA ARTISTICA

Dividida em Ginástica Artística Masculina com os seguintes

aparelhos:

1. SOLO

2. CAVALO COM ARÇÕES

3. ARGOLAS

4. MESA DE SALTOS

5. PARALELAS SIMÉTRICAS

6. BARRA FIXA

Ginástica Artística Feminina com os seguintes aparelhos:

1. PARALELAS ASSIMÉTRICAS

2. MESA DE SALTOS

3. TRAVE OLÍMPICA

4. SOLO

Em cada prova realizam-se dois conjuntos de exercícios, um chamado

de obrigatório e outro chamado de livre, criado pelo próprio atleta. Para

contagem dos pontos são levados em consideração: dificuldade, combinação,

originalidade e execução

Educação Física - 6 -

A Ginástica Artística implica todo um tipo de trabalho pouco natural se o

comparamos com outras modalidades desportivas e requer predicados de ordem física

(força e agilidade) quer de ordem psicológica (audácia, vontade, espírito de decisão,

etc).

Por outro lado, os exercícios executados nos aparelhos e as diferenças existentes

entre estes condizem a um trabalho perfeitamente diferenciado caracterizando-se por

movimentos a partir da Suspensão e Apoio. A estética associada à performance

conferem-lhe o qualificativo de Artístico.

No aspecto competitivo, os exercícios executados nos diferentes aparelhos

compõem-se de elementos codificados segundo um determinado valor (Código de

Pontuação), e que analisados segundo a sua combinação e execução permitem um

julgamento o mais completo possível com um principio e fim perfeitamente definidos.

Todavia, a Ginástica também encerra uma grande variedade de movimentação /

exercitação não só em exercícios no solo e aparelhos da Ginástica Artística e Rítmica,

mas também nos Trampolins (Mini, Duplo-mini e Trampolim ou “Cama Elástica”) e a

Acrobática.

Educação Física - 7 -

EQUIPAMENTO - MATERIAL

A ginástica de solo é uma disciplina gímnica da modalidade de Ginástica Artística

Desportiva e é, por norma, realizada sobre um praticável. No entanto para o ensino da

ginástica de solo são necessários materiais de apoio para as progressões pedagógicas.

Os materiais tradicionalmente utilizados são os seguintes:

Colchão

Colchão de Queda

Plinto

Banco Sueco

Trampolim sueco – “Reuther”

Trampolim de Madeira

Espaldares

Mini-Trampolim

Trave

Barra Fixa

Paralelas Assimétricas

Paralelas simétricas

Cavalo com arções

Cavalo

Duplo mini-trampolim

Educação Física - 8 -

POSIÇÕES CORPORAIS

Posição Básica

A posição natural na ginástica, de solo utilizada como posição inicial e final de

todos os elementos deverá corresponder à seguinte: cabeça erguida com olhar dirigido

para a frente; segmentos corporais alinhados; bacia em retroversão; membros

superiores e inferiores em extensão; ponta do pé em extensão.

Posição do Corpo na Execução dos Elementos

No entanto, na execução dos diferentes elementos gímnicos o ginasta deverá

assumir uma posição corporal bem definida:

Posição dos Membros na Execução dos Elementos

MEMBROS INFERIORES: afastados, unidos, em extensão e flectidos.

MEMBROS SUPERIORES: lateral, oblíqua, superior, estendidos, flectidos.

ACÇÕES MOTORAS

Fecho: aproximação dos MI do tronco;

Abertura: afastamento dos MI do tronco;

Repulsão: extensão dos MI;

Impulsão: ”empurrar” com os MI / MS o solo;

Flexão / Extensão: acção de flectir ou estender os MI / MS;

Antepulsão –acção de afastamento dos MI do tronco com as mãos fixas;

Retropulsão –acção de aproximação dos MI do tronco com as mãos fixas;

Empranchada

“Puck”

Engrupada

Encarpada

Educação Física - 9 -

INTERAJUDA

As ajudas são um aspecto muito importante para todo o processo de ensino.

Através das ajudas podem ser evitados os maiores erros técnicos e os eventuais

acidentes. Por este motivo a técnica das ajudas deve ser rigorosa.

O professor não pode por si só assegurar a função de ajudante com grupos

numerosos de alunos. Assim torna-se necessário que estes participem nesta importante

tarefa.

Ao ensinar a técnica das ajudas o professor leva os alunos a reflectir sobre as

razões da sua eficácia, contribuindo deste modo para um melhor conhecimento dos

objectivos a atingir para realizar correctamente exercício.

Ajudar o executante numa técnica é intervir no decurso da execução do

exercício de forma a facilitar a execução. Assim uma ajuda deverá ser

realizada de forma a :

Segurar o executante é protegê-lo da queda

Assim o professor deverá ter atenção de forma a ter que actuar,

segurando o aluno. Normalmente as situações de risco de queda devem-se a:

uma execução defeituosa;

um acidente imprevisível;

uma hesitação do aluno durante execução do elemento gímnico.

Os ajudantes devem:

Estar conscientes do seu papel, dando confiança ao executante, e da sua

responsabilidade;

Saber precisamente o que é preciso fazer, como fazer e em que momento fazer;

Não se distrair da sua tarefa.

Acentuar ou prolongar uma repulsão Oferecer um ponto de apoio suplementar

Fixar uma articulação

Aliviar passageiramente o segmento corporal a elevar

Educação Física - 10 -

TÉCNICA DAS AJUDAS

Salto de eixo

Salto entre mãos

Na frente do executante colocar as mãos na parte superior dos

braços do executante, quando este coloca as mãos sobre o plinto ou bock, acompanhando a sua trajectória até à sua recepção ao

solo.

Salto em extensão Salto engrupado

Colocado lateralmente e à frente do Mini-Trampolim, acompanhando a trajectória do executante;

Colocar a mão na barriga para evitar o desequilíbrio do aluno para a frente.

Salto de pirueta vertical

Colocado lateralmente e à frente do Mini-Trampolim, acompanhando a trajectória do executante.

Salto encarpado de MI afastados

Colocado lateralmente e à frente do Mini-Trampolim, acompanhando a trajectória do executante; Colocar a mão na barriga para evitar o desequilíbrio do aluno para a frente.

Salto mortal à frente engrupado

Colocar uma mão nas costas para ajudar a rotação.

Entrada a um pé (trave)

Colocação ao lado da trave, do lado contrário da entrada, para proteger eventual queda; Dar a mão ao aluno.

Marcha na ponta dos pés (trave)

Colocado lateralmente segue a trajectória do executante. Dar a mão ao aluno.

Meia volta Colocado lateralmente segue a trajectória do executante.

Salto a pés juntos Colocado lateralmente segue a trajectória do executante.

Avião Colocado lateralmente ao executante; dar a mão ao aluno.

Saída em salto em extensão com meia

pirueta

Colocado lateralmente segue a trajectória do executante.

Subida de frente (trave)

Colocação ao lado da trave para proteger eventual queda; Dar a mão ao aluno.

Meia volta em apoio (trave)

Colocação ao lado da trave para proteger eventual queda.

Educação Física - 11 -

SEGURANÇA

O professor tem a importante tarefa de cuidar da segurança chamando a

atenção dos alunos para os perigos de uma prática desordenada e de execuções

imprudentes, sem directivas precisas e fora do seu controlo. Isto pressupõe que o

professor conhece todas as precauções a ter no ginásio, e recorre a todas as medidas

de segurança e de ajuda adequadas.

Pouca exactidão na descrição dos exercícios a executar, indicações inadequadas

ao ajudante ou ao praticante, organização deficiente da aula, estruturação dos

exercícios de uma forma pouco cuidada, ajuda incorrecta, materiais impróprios ou

danificados, etc., constituem factores susceptíveis de originar acidentes. O conceito de

prevenção de acidentes engloba a totalidade das medidas necessárias para evitar

acidentes no ginásio nomeadamente:

OBSERVÂNCIA TOTAL DO DEVER DE VIGILÂNCIA

Não deixar os alunos realizar tarefas sem orientação nem vigilância

Verificar o estado do ginásio e dos aparelhos

Dar indicações referentes às questões de segurança e ajuda

Assegurar uma visão geral de todos os alunos

Nunca abandonar o ginásio durante a aula

Educação Física - 12 -

ESTADO DO GINÁSIO

O ginásio deve estar em condições perfeitas no que se refere a limpeza,

arejamento, espaço, luz, arrumação, etc.

Após a aula os aparelhos deverão ser arrumados nos seus lugares uma vez que

aparelhos por desmontar ou arrumar podem constituir uma fonte de perigo para

os alunos da aula seguinte.

EQUIPAMENTO GÍMNICO ADEQUADO

Também o equipamento gímnico se constitui fundamental na prevenção da

segurança uma vez que deve permitir aos alunos a necessária liberdade e

segurança de movimentos. Cintos, roupas apertadas, calçado inadequado ou

adornos (anéis, brincos, pulseiras, colares e relógios) poderão ser causa de

lesões tanto do próprio aluno como dos colegas.

TRANSPORTE E MONTAGEM DOS APARELHOS

Pelas suas dimensões, pelo seu custo e pelas suas características os aparelhos

devem ser transportados e montados com cuidado, de forma a preservar os

mesmos e a evitar acidentes.

Os alunos devem conhecer o local exacto onde vai ser montado o material,

efectuar o transporte devagar, vendo sempre o trajecto e cumprir as regras de

transporte e montagem.

Educação Física - 13 -

Apresentamos de seguida, alguns cuidados a ter no transporte e na montagem

do material.

Cuidados a ter no transporte do material

Colchão – deve ser transportado por 2 ou 4 alunos pelas pegas, num passo

uniforme. Plinto – o transporte das caixas do plinto deve ser efectuado por 2 alunos,

cada um deles colocando uma mão na pega e outro no rebordo lateral

superior. A cabeça do plinto deve ser retirada em primeiro lugar e só depois

efectuar o transporte das caixas necessárias. Bock – o seu transporte deve ser feito por 1 ou 2 alunos conforme o

aparelho está ou não equipado com rodas.

Trampolim tipo “reuther” – transporte feito por 2 alunos cada um deles

pegando com ambas as mãos na extremidade.

Mini-Trampolim – deve ser transportado por dois alunos, cada um deles

pegando com ambas as mãos nos bordos laterais.

Cuidados a ter na montagem

do material

Não deixar espaços abertos entre colchões.

Os colchões devem cobrir todo o eventual espaço de queda.

Assegurar-se de que o material está bem fixo.

Colocar o material com uma distância de segurança evitando choques.

Educação Física - 14 -

TRAMPOLIM ACROBÁTICO

Estas modalidades são relativamente novas no contexto desportivo, e só

recentemente é que o trampolim passou a ser um desporto olímpico, são elas:

Trampolim Acrobático, Tumbling e Duplo Mini. Estes trampolins modernos podem

propulsar tão alto os atletas treinados, que estes podem chegar até 5 / 6 metros

durante as performances!

Durante duas séries competitivas de 10 habilidades cada, os atletas de nível

superior podem facilmente demonstrar uma bela ordem de saltos duplos, triplos

quádruplos e piruetas.

Trampolim Sincronizado: Exige a mesma habilidade técnica

que o trampolim individual, porém soma-se a isso uma maior

precisão de tempo na execução dos exercícios. São usados dois

trampolins para dois atletas de performances parecidas que devem

executar uma série de 10 elementos ao mesmo tempo. Assim,

artisticamente, cada um executa como se fosse uma imagem de

espelho do outro, dobrando a beleza visual da competição de

trampolim.

Tumbling: O Tumbling é executado em uma pista

elevada que ajuda os acrobatas dando uma propulsão que

os elevam mais alto que uma tabela de basquetebol;

sempre demonstrando velocidade, força e habilidade

enquanto executam uma série de manobras acrobáticas.

Saltos mortais explosivos com múltiplos saltos e piruetas

serão executadas sempre em busca de uma performance

próxima ao topo.

Educação Física - 15 -

Duplo Mini-Trampolim: É um desporto relativamente novo que combina a

corrida horizontal do tumbling com os saltos verticais do trampolim. Depois de uma

pequena corrida, o atleta salta sobre um trampolim pequeno duplamente nivelado para

executar um movimento (salto) em um dos níveis, ressaltando no segundo nível,

seguido imediatamente por um elemento que irá finalizar sobre a área de recepção.

Mini-Trampolim: O mini-trampolim é um

trampolim de saltos. Um único salto para um voo

livre ou para a transposição de um obstáculo é o

objectivo. Existem diferentes tipos de saltos simples

e/ou combinados, razão pela qual este aparelho se

torna tão atraente e motivador e que por isso

desperta o interesse dos praticantes. Pode, contudo,

ser perigoso se não se levarem em conta as recomendações e ensinamentos do

professor.

É constituído por:

- Armação metálica formando um quadrado com, aproximadamente, 1,20m por lado;

- 4 Elásticos laterais e 4 elásticos de canto ou molas cilíndricas;

- Lona compacta ou em tiras de nylon entrelaçadas com, aproximadamente 70 cm;

- Almofadas de protecção.

Regras de Segurança a ter com o mini-trampolim

Hoje em dia, a segurança é vista como um ponto fundamental no ensino dos

diferentes elementos gímnicos. Encarada como um dos pontos a ter em conta na

preparação e elaboração das sessões, apresenta um vasto conjunto de regras que

Educação Física - 16 -

professor e alunos deverão seguir, para que não se coloque em risco a sua integridade

física.

Actualmente, sabe-se que os materiais a utilizar apresentam um menor risco de

acidentes, devido à sua quantidade e, principalmente, à qualidade. No entanto, é

necessário que se proceda à sua correcta utilização, não descurando os factores de

perigo que poderão estar subjacentes.

É da responsabilidade de quem ensina a utilização de dispositivos de segurança.

Daí, dever-se-á ter em conta os seguintes princípios de segurança, de forma a

prever qualquer perigo para o praticante:

- Não saltar sozinho;

- Não saltar descalço ou em meias;

- Não saltar para o chão;

- Não usar adornos (fios, pulseiras, anéis...);

- Não saltar sem ajudante qualificado;

- Reconhecer o cansaço – “A fadiga provoca o acidente”;

- Não saltar sem antes ter realizado uma activação geral, que mobilize

todos os segmentos corporais, principalmente, os membros inferiores, os

ombros e a coluna vertebral;

- Na iniciação aos saltos; não permitir aos alunos saltos demasiado

elevados, pois tendem a descontrolar-se;

- Não fornecer informação em excesso ao aluno, pois poderão ocorrer

algumas más interpretações e, desta forma, alguns acidentes;

- Não ensinar depressa demais. É preciso não esquecer que cada criança

tem um determinado ritmo biológico que é preciso respeitar;

- Em exercícios mais complexos, não saltar sem ajuda;

- Após o salto, não permitir que o aluno permaneça no aparelho por muito

tempo;

- Não permitir que os alunos executem muitos saltos seguidos;

- Não saltar directamente do trampolim para o solo.

Educação Física - 17 -

Para além da segurança que se deve ter em relação ao aluno, também deverão

ser tomadas algumas precauções relativamente ao aparelho:

- Após terminar a sessão, os aparelhos deverão ser devidamente arrumados, não

permitindo a sua utilização;

- É necessário que se proceda à verificação permanente do estado dos aparelhos

(elásticos, molas, lonas, almofadas de protecção, parafusos, ganchos, etc.);

- Preparar os aparelhos conforme os objectivos traçados e as actividades a

realizar;

- Atender ao vestuário utilizado na realização dos exercícios. Vestuário muito

largo pode provocar acidentes, devido à sua propensão para se prenderem aos

aparelhos;

- Ter em atenção o tipo de material a utilizar para realizar as recepções. Tapetes

pouco densos ou mesmo o próprio chão poderão dar origem a lesões musculares

e/ou articulares;

O mini-trampolim é perigoso? Não... desde que sejam seguidas as regras básicas

de segurança. O mini-trampolim deverá ser usado sempre com a vigilância por pessoas

que tenham conhecimentos na área e utilizando aparelhos apropriados para os

movimentos que se pretendem realizar. Não esquecer, que um mini-trampolim é como

um amplificador e um pequeno erro com um grande balanço pode tornar-se num erro

gravíssimo.

As ajudas no mini-trampolim

A importância das ajudas é que «facilitam a orientação temporal e espacial e

proporciona novas sensações cinestésicas influenciadoras da qualidade de execução».

Educação Física - 18 -

BOTELHO [1991] classifica as ajudas em dois tipos:

- As ajudas materiais: são as disposições dos aparelhos e dos meios complementares

que facilitam a execução.

- As ajudas manuais: são as ajudas executadas por outrem. Tal como existe uma

técnica para a execução de uma habilidade, também existe uma técnica para ajudar em

cada habilidade.

No que diz respeito às ajudas no mini-trampolim, tipo de ajuda a ser realizada

será a ajuda parada.

No entanto, poderemos referir algumas ajudas solicitadas aquando do ensino e

aprendizagem dos vários saltos aqui propostos.

Em principio, o ajudante deverá colocar-se ao lado do trampolim e, em função do

salto a executar e/ou das «necessidades» de ajuda do aluno, deverá intervir rápida e

eficazmente.

Nos saltos em Extensão, Encarpado e Engrupado, normalmente, haverá,

numa primeira fase verificar se os jovens precisam de ajuda para executar bem o salto

(nesse caso deverá ser ajudado à saída do trampolim com uma mão no peito e outra

nas costas).

No salto mortal à frente engrupado, normalmente, os jovens precisam de ajuda

na «saída» do mortal. O ajudante deverá colocar-se ligeiramente à frente e ao lado do

trampolim e por apoio de uma mão num dos ombros e outra nas costas (ombro mais

próximo do ajudante) deverá evitar que ele se desequilibre para a frente (caso mais

frequente) e faça uma recepção em segurança e boa atitude.

Em todos os saltos, o ajudante deverá exercer a sua acção até verificar que o

aluno fez uma recepção equilibrada e segura.

Educação Física - 19 -

Considerações Técnicas do Mini-Trampolim

- CORRIDA DE BALANÇO

Em Ginástica e nos saltos de cavalo especificamente é extremamente importante

a velocidade de aproximação do ginasta ao trampolim.

A corrida de balanço deverá ser efectuada em aceleração progressiva, sobre a

planta dos pés (parte anterior) e com elevação dos joelhos, de modo, a manter o

tronco quase vertical. A velocidade horizontal atingida deve ser, em princípio, a maior

possível em função das acções motoras a executar seguidamente (pré-chamada,

chamada, etc.); torna-se assim importante «coordenar» velocidade e precisão.

Quanto mais rápida for a corrida de aproximação ao aparelho maior amplitude

terá o salto, embora aumente o risco de haver mais desequilíbrio. Durante a fase de

aprendizagem os alunos deverão adoptar uma corrida moderada, aumentando-a

progressivamente com o evoluir do tempo de treino.

Na parte final da corrida e, imediatamente antes da Pré-chamada, deverá ter-se

o cuidado de não permitir ao aluno que «dê passinhos».

- PRÉ-CHAMADA

Deverá ser rápida, rasante, permitindo uma boa ligação da Corrida com a

Chamada sem se perder a velocidade horizontal adquirida.

Durante esta fase devem colocar-se os membros superiores junto ao corpo ou

ligeiramente atrasados para que na fase seguinte possam ser lançados para a frente e

para cima ajudando a elevação do corpo. Os membros inferiores juntam-se para que os

pés cheguem paralelos e unidos ao trampolim. O último apoio antes do contacto com o

Educação Física - 20 -

mini-trampolim deve ser efectuado a uma distância tendo em conta a altura do aluno e

a velocidade de aproximação, bem como o salto que se pretende efectuar.

Porém, deve-se privilegiar mais a altura da pré-chamada do que o comprimento

da mesma. Uma pré-chamada muito comprida leva a uma perda de altura no salto e a

um aumento do comprimento do mesmo diminuindo a execução técnica do exercício,

podendo o aluno entrar em desequilíbrio. Para além disso provocará uma recepção

demasiado baixa e rápida impossibilitando, assim, uma recepção correcta.

- CHAMADA

A chamada efectua-se com o terço anterior dos pés amortecendo até aos

calcanhares. Os membros inferiores deverão estar semiflectidos, executando

seguidamente uma rápida e forte extensão.

Na chegada dos pés ao trampolim, o corpo encontra-se ligeiramente inclinado à

frente. Os membros superiores deverão ser lançados vigorosamente para a frente e

para cima em coordenação com a impulsão dos membros inferiores no trampolim,

permitindo uma grande elevação e consequentemente um bom voo (em função de cada

salto é claro).

- RECEPÇÃO

Segundo PEIXOTO [1993], “o objectivo básico da recepção é reduzir a velocidade

dos seus movimentos de rotação a zero, após o contacto no solo”.

Na recepção, a chegada ao solo deve ser realizada através do contacto da parte

anterior dos pés e pela flexão dos joelhos para amortecer a queda, de modo a terminar

de pé com os MS dirigidos para a frente. Só após a efectivação da recepção, o aluno

deverá levantar os MS à posição de extensão completa.

Educação Física - 21 -

A chegada deverá efectuar-se em alinhamento com o corredor de saltos e o

trampolim.

Como protecção à integridade física dos alunos, o professor deverá chamá-los a

atenção para que não executem a recepção sem uma ligeira flexão dos membros

inferiores (chegar com os membros inferiores em extensão é muito perigoso pelas

lesões que pode provocar ao nível da coluna vertebral). Uma má recepção se um

elemento é muitas vezes indicação de problemas reais nas fases anteriores.

Erros mais frequentes:

- Apoiar imediatamente o calcanhar, provocando um encontro violento com o solo;

- Com uma distância maior entre os pés, as pernas ficam oblíquas e os joelhos tortos,

provocando acidentes;

- As rotações dos pés para dentro ou para fora aumentam o risco de esforço dos

ligamentos à volta do tornozelo. Além disso, os dedos vão funcionar efectivamente

como mecanismo de travão se não apontarem para a frente;

- Saltar com os joelhos em extensão, provocando um embate com o solo que forçará os

ligamentos dos joelhos e repercutir-se para cima em direcção à coluna vertebral;

- Colocação dos membros superiores muito acima (atrás das orelhas), sendo dificil ao

praticante conservar a parte da frente do corpo rígida o que irá, inevitavelmente,

arquear as costas;

- Não rigidez das costas implica a queda descontrolada para a frente;

- Dirigir a cabeça para a rectaguarda.

Educação Física - 22 -

HABILIDADES MOTORAS

Plinto SALTO DE EIXO (Plinto Transversal)

• Corrida de velocidade progressiva;

• Chamada a dois pés e à largura dos ombros, com os MS dirigidos para trás;

• Elevação do corpo com os MI em extensão e extensão dos MS em frente para apoiar as mãos

no centro do boque;

• No momento de apoio das mãos, repulsão dos MS e os MI devem ser acentuadamente

afastados, mantendo-se em extensão;

• Olhar dirigido para a frente;

• Recepção equilibrada com o corpo em extensão, em posição de sentido com os MS em

elevação superior.

• Fraca impulsão na chamada;

• Não eleva os MS no momento da impulsão;

• Bacia abaixo da linha dos ombros;

• MS flectidos no momento da retropulsão;

• Fraca retropulsão dos MI;

• Fecho tronco/MI pouco enérgico;

• Olhar dirigido para o solo durante o 2º voo;

• Na frente do executante colocar

as mãos na parte superior dos braços do

executante, quando este coloca as mãos

sobre o plinto ou bock, acompanhando a sua

trajectória até à sua recepção ao solo.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 23 -

SALTO DE EIXO (Plinto Longitudinal)

• Corrida em velocidade progressiva;

• Chamada a dois pés e à largura dos ombros, com os MS dirigidos para trás;

• 1º Voo rasante, impulsionando as mãos na extremidade da cabeça do plinto;

• Numa 2ª fase de voo, colocar os joelhos junto ao peito (engrupar);

• Impulsão dos MS;

• Recepção no solo.

• Fraca impulsão na chamada;

• Não eleva os MS no momento da impulsão;

• Bacia abaixo da linha dos ombros;

• MS flectidos no momento da retropulsão;

• Fraca retropulsão dos MI;

• Fecho tronco/MI pouco enérgico;

• Olhar dirigido para o solo durante o 2º voo.

• Na frente do executante colocar as mãos na parte superior dos braços do executante,

quando este coloca as mãos sobre o plinto ou bock, acompanhando a sua trajectória até à sua

recepção ao solo.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 24 -

SALTO ENTRE MÃOS (Plinto Transversal)

•• Corrida em velocidade progressiva;

• Chamada a dois pés e à largura dos ombros, com os MS dirigidos para trás;

• Elevação do corpo com os MI em extensão e extensão dos MS em frente para apoiar as mãos

no centro do boque;

• No momento de apoio das mãos, repulsão dos MS e simultânea flexão dos MI e joelhos ao

peito, passagem dos MI entre os MS ;

• Elevação e extensão do corpo, e olhar dirigido para a frente;

• Recepção equilibrada com o corpo em extensão

• Fraca impulsão na chamada;

• Não eleva os MS no momento da impulsão;

• Bacia abaixo da linha dos ombros;

• MS flectidos no momento da retropulsão;

• Fraca retropulsão dos MI;

• Fecho tronco/MI pouco enérgico;

• Olhar dirigido para o solo durante o 2º voo.

• Na frente do executante colocar as mãos na parte superior dos braços do executante,

quando este coloca as mãos sobre o bock (ou plinto), acompanhando a sua trajectória até à recepção

no solo.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 25 -

Mini-Trampolim SALTO EM EXTENSÃO (Vela)

• Corpo deve estar tenso;

• Corpo eleva-se verticalmente;

• MI unidos em extensão;

• MS em elevação superior, com os dedos unidos;

• Olhar em frente.

• MS em baixo aquando a realização da chamada no mini-trampolim;

• Corpo não estendido;

• Extensão dos MI antecipadamente (fora do momento exacto);

• Exagerada retroversão da bacia;

• Não fazer retroversão da bacia (barriga para a frente);

• MI estendidos na recepção;

• Saltar para a frente e não para cima.

• Colocado lateralmente e à frente do mini-trampolim, acompanhando a trajectória do

executante;

• Colocar a mão na barriga para evitar o desequilíbrio do aluno para a frente.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 26 -

SALTO ENGRUPADO

• No ponto mais alto do voo, grande flexão dos MI, levando os joelhos ao peito;

• As mãos fazem um contacto ligeiro com os MI, logo abaixo dos joelhos;

• Cabeça direita com o olhar dirigido para a frente;

• Pés em extensão;

• Após realização da figura dá-se a extensão (abertura) rápida e total do corpo.

• Olhar dirigido para cima;

• Bacia em retroversão;

• Saltar para a frente e não para cima;

• A flexão dos MI não é feita no ponto mais alto da trajectória aérea;

• Recepção em desequilíbrio.

• Colocado lateralmente e à frente do mini-trampolim, acompanhando a trajectória do

executante;

• Colocar a mão na barriga para evitar o desequilíbrio do aluno para a frente.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 27 -

SALTO DE PIRUETA VERTICAL

• Corpo deve estar tenso e rodar num só bloco;

• Pés ligeiramente avançados;

• Os braços são colocados o mais próximo possível do eixo longitudinal à vertical, ou na forma

clássica, flectidos em cruz contra o peito (mais utilizado para piruetas múltiplas);

• Neste salto, na recepção ao solo (colchão), os braços afastam-se progressivamente, travando

a velocidade de rotação para melhor controlar a recepção.

• Travamento da impulsão na chamada;

• Maior trajectória horizontal que vertical;

• Não controla os MS no momento da rotação;

• Recepção desequilibrada.

• Colocado lateralmente e à frente do mini-trampolim, acompanhando a trajectória do

executante.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 28 -

SALTO ENCARPADO DE MEM. INF. ESTENDIDOS E AFASTADOS

• Fecho dos M.I. ao tronco que se flecte ligeiramente à frente;

• Pernas em extensão na horizontal, com afastamento;

• As mãos tocam na ponta dos pés, que se encontram em extensão;

• Após realizada a figura, dá-se a extensão (abertura) rápida e total do corpo.

• Travamento da impulsão na chamada;

• Maior trajectória horizontal que vertical;

• Pouco afastamento dos MI com pouco fecho dos MI sobre o tronco;

• Baixa o tronco em demasia para aproximar dos MI;

• Recepção desequilibrada.

• Colocado lateralmente e à frente do mini-trampolim, acompanhando a trajectória do

executante;

• Colocar a mão na barriga para evitar o desequilíbrio do aluno para a frente.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 29 -

SALTO MORTAL EM FRENTE ENGRUPADO

• Projecção dos membros superiores de baixo para cima e para a frente;

• Antes de atingir o ponto mais alto, deve iniciar-se o engrupamento;

• Rápido contacto dos joelhos no peito, agarrando as pernas;

• Cabeça flectida sobre o peito;

• Rotação na máxima altura;

• No fim da rotação, elevar os MI em extensão;

• Olhar fixo num ponto de referência;

• Extensão do corpo.

• Cabeça em extensão;

• Não agarrar os MI;

• Saltar na horizontal e não na vertical;

• Não existe fecho tronco- MI;

• Recepção em desequilíbrio.

• Colocar uma mão nas costas para ajudar a rotação.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 30 -

Trave ENTRADA A UM PÉ

• Corrida curta e oblíqua;

• Chamada a um pé no “reuther”;

• Pequeno salto com flexão acentuada do MI contrário para apoiar na trave;

• Elevação do corpo sobre o MI de apoio na trave, com ajuda dos MS.

• Fraca impulsão do MI de chamada;

• Movimento dos MS de pouca amplitude;

• Fraca flexão do MI livre.

• Colocação ao lado da trave, do lado contrário da entrada, para proteger eventual queda;

• Dar a mão ao aluno.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 31 -

MARCHA NA PONTA DOS PÉS

• Tronco em extensão com MS em elevação lateral;

• Olhar dirigido para a frente (extremidade da trave);

• Passos curtos;

• Contacto da trave lateralmente com a parte interior do pé;

• Coordenação do movimento dos MS com os MI.

• Apoio na trave com os calcanhares;

• Flexão do tronco à frente;

• Olhar dirigido para baixo.

• Colocado lateralmente segue a trajectória do executante.

• Dar a mão ao aluno.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 32 -

MEIA VOLTA

• Braços sempre elevados lateralmente;

• Elevar os calcanhares;

• Rotação do corpo sobre a ponta dos pés.

• Flexão do tronco à frente;

• Olhar dirigido para baixo.

• Colocado lateralmente segue a trajectória do executante.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 33 -

SALTO A PÉS JUNTOS

• Braços estendidos e colocados na perpendicular com o tronco;

• Impulsão na trave com os dois pés;

• Manter as pernas estendidas durante o salto;

• Flectir as pernas no contacto com a trave;

• Os braços devem acompanhar o movimento de impulsão elevando-se e depois retomando a

posição inicial.

• Flexão do tronco à frente;

• Olhar dirigido para baixo;

• Não elevar os MS aquando da impulsão.

• Colocado lateralmente segue a trajectória do executante.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 34 -

AVIÃO

• Elevar uma das pernas à retaguarda;

• Flectir o tronco com os braços; estendidos e a cabeça levantada;

• Olhar dirigido para a frente.

• Baixar demasiado o tronco;

• Flexão da perna de apoio;

• Nota: a elevação do MI em extensão para a posição pretendida deve ser feita de uma forma

progressiva e equilibrada.

• Colocado lateralmente ao executante;

• Dar a mão ao aluno.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 35 -

SALTO EM EXTENSÃO COM MEIA PIRUETA

• Efectuar a impulsão a pés juntos com os braços na vertical;

• Procurar atingir a maior altura possível para executar meia- volta com o corpo estendido e os

braços no seu prolongamento.

• Olhar dirigido para o solo;

• Fraca impulsão dos MI;

• Impulsão para a frente;

• Não elevação dos MS após a impulsão;

• Bacia em anteversão;

• Colocado lateralmente segue a trajectória do executante.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 36 -

Barra Fixa SUBIDA DE FRENTE

• Pegas em pronação;

• Flexão dos membros superiores, aproximando os ombros da barra;

• Flexão dos MI, sobre o tronco, projectando a bacia para cima e aproximando-a da barra;

• Manter a cabeça em flexão (não deve existir uma extensão da cabeça, pois estamos a criar

uma força contrária à subida na fase ascendente) e o olhar dirigido para os pés até ter a bacia

apoiada na barra;

• Após o apoio da bacia na barra, o aluno deve efectuar a extensão dos punhos ao mesmo

tempo que promove a extensão do corpo;

• Já em apoio e após ter terminado a fase ascendente, fazer a repulsão dos membros

superiores direccionando o olhar para a frente e mantendo o corpo em tonicidade geral.

• Flexão dos MI no momento da elevação da bacia à barra

• Extensão da cabeça;

• MS em extensão e abertura do ângulo tronco/MI na rotação sobre a barra;

• Elevação dos ombros na posição final.

• Colocação ao lado da trave para proteger eventual queda;

• Dar a mão ao aluno.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 37 -

BALANÇOS COM MEIA VOLTA EM APOIO

• Projectar o corpo à retaguarda.

• No balanço à frente, executar uma meia- volta, mantendo uma pega mista, até o corpo atingir

o ponto mais alto de voo.

• Agarrar de novo a barra com mãos em pronação e continuar balanço.

• Soltar a barra fixa muito tarde;

• Não efectuar a deslocação do peso do corpo durante a rotação;

• Corpo flectido.

• Colocação ao lado da trave para proteger eventual queda.

Erros mais frequentes

Ajudas

Aspectos técnicos

Educação Física - 38 -

Balanços em apoio

Componentes Criticas Erros mais Comuns

Apoiar as palmas das mãos com os dedos

bem unidos a agarrar bem os banzos

M.S. em extensão completa

Repulsão dos M.S.

Balanço à frente através de uma ligeira

flexão dos M.I., unidos e estendidos, sobre o

tronco

Extensão completa do corpo na fase

ascendente e descendente

M.S. flectidos

Falta de repulsão dos M.S.

Flexão dos M.I.

Travar o balanço à retaguarda

Encarpar o corpo no balanço à retaguarda

ACÇÕES MOTORAS

Educação Física - 39 -

Pino de ombros

Componentes Criticas Erros mais Comuns

Posição inicial – posição de sentado com

M.I. afastados e estendidos, cada sobre um

banzo

Mãos colocadas nos banzos à frente do corpo

e junto à parte interior das coxas

Inclinar o tronco à frente

Apoiar a face anterior dos M.S. nos banzos

mantendo o tronco inclinado à frente com a

cabeça na posição natural

Elevar a bacia lentamente até à posição

vertical em simultâneo com a elevação e

união dos M.I. estendidos

Na posição invertida, alinhamento dos

segmentos corporais e olhar dirigido para o

solo

Posição final – posição de sentado com M.I.

afastados e estendidos, cada sobre um banzo

M.I. flectidos na posição inicial

Mãos colocadas exageradamente à frente das

coxas

Não atingir a vertical após a elevação da bacia

e dos M.I.

Elevação dos M.I.. em flexão

Não controlar a elevação dos M.I., selar o

corpo e deixar cair o corpo efectuando rotação

transversal

Pouca tonicidade do corpo

ACÇÕES MOTORAS

Fecho do ângulo Tronco/ M.I.

Abertura do ângulo M.I./ Tronco

Educação Física - 40 -

Saída simples à retaguarda

Componentes Criticas Erros mais Comuns

Apoiar as palmas das mãos com os dedos

bem unidos e agarrar bem os banzos

M.S. em extensão total

Repulsão dos M.S.

No balanço à frente efectuar uma ligeira

flexão dos M.I. sobre o tronco, afastando a

bacia dos apoios

No balanço atrás extensão completa do corpo

e ligeira inclinação dos ombros à frente

Olhar dirigido em frente

No balanço atrás elevar os M.I. acima do

plano dos banzos

Inclinação dos ombros e da bacia para fora

dos banzos ( para o lado pelo qual se irá

efectuar a saída)

Passar o apoio do banzo contrário ao banzo

sobre o qual se efectuará a saída, para o

banzo do lado da saída

Manter sempre a repulsão dos M.S.

Flexão ligeira dos M.I. na recepção no solo

Flexão dos M.I. e ou/ dos M.S.

Não efectuar a repulsão dos M.S. mantendo os

ombros descaídos

Balanços curtos (pouca amplitude)

Inclinação exagerada dos ombros à frente no

balanço atrás

Passagem do apoio lenta o que provocará

desequilibro

Flectir os M.I. e tocar nos banzos na saída

ACÇÕES MOTORAS ???????

Educação Física - 41 -

Saída simples à frente

Componentes Criticas Erros mais Comuns

Apoiar as palmas das mãos com os dedos

bem unidos e agarrar bem os banzos

M.S. em extensão total

Repulsão dos M.S.

No balanço à frente afastar a bacia dos

apoios

No balanço atrás extensão completa do corpo

e ligeira inclinação dos ombros à frente

Olhar dirigido em frente

No balanço à frente elevar os M.I. acima do

plano dos banzos

Inclinação dos ombros e da bacia para fora

dos banzos ( para o lado pelo qual se irá

efectuar a saída)

Passar o apoio do banzo contrário ao banzo

sobre o qual se efectuará a saída, para o

banzo do lado da saída

Manter sempre a repulsão dos M.S.

Flexão ligeira dos M.I. na recepção no solo

Flexão dos M.I. e ou/ dos M.S.

Não efectuar a repulsão dos M.S. mantendo os

ombros descaídos

Balanços curtos (pouca amplitude)

Inclinação exagerada dos ombros à frente no

balanço atrás

Passagem do apoio da mão exageradamente

lenta o que provocará desequilibro

Flectir os M.I. e tocar nos banzos na saída

ACÇÕES MOTORAS ?????

Educação Física - 42 -

AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos será feita no início do ano lectivo (Avaliação

Diagnóstica e Prognóstica), ao longo as aulas (Avaliação Formativa) e na parte

final da Unidade Didáctica (Avaliação Sumativa).

O sucesso do processo de ensino-aprendizagem é representado pelo domínio do

conjunto das capacidades e competências, que se encontram especificadas nos

objectivos (gerais e comportamentais). O desenvolvimento do aluno na modalidade a

que a Unidade Didáctica se refere, corresponde à qualidade demonstrada na

interpretação prática dessas capacidades e competências nas situações características

ou exercícios critério (avaliação sumativa), bem como na assimilação dos exercícios de

aprendizagem que decorrem nas aulas (avaliação formativa).

A avaliação recai necessariamente sobre comportamentos concretos que se

reportam à consecução dos objectivos estabelecidos, que por sua vez foram

perseguidos, com o ensino realizado. É necessário que o processo de Planificação-

Realização-Avaliação seja unitário. A congruência da avaliação materializa-se no que vai

ser exigido aos alunos. Deve centrar-se, por isso, no que se definiu como essencial e

que foi alvo de um processo de apropriação.

Os critérios e parâmetros de avaliação, foram definidas pelo Departamento e

serão aplicados pelo professor, no sentido de classificar o aluno em função do seu

desempenho nas situações de prova seleccionadas para a demonstração das qualidades

visadas. Estas provas ou exercícios critério têm por base os utilizados na Avaliação

Inicial, permitindo aferir eventuais progressos dos alunos após a leccionação da

Unidade Didáctica. Estes exercícios deverão ser adaptados às especificidades de

cada turma, mediante o seu ano e/ou os objectivos seleccionados.

Educação Física - 43 -

Escola Sec/3 do Fundão

2005/2006

Educação Física - 44 -

Avaliação Sumativa

Grelha de Valores da Sequência da Trave NIVEL I

Elemento Entr. 1 pé

Ap.Trans.

Marcha

Frente Meia Volta

Marcha a

trás

Salto pés

jun.

Marcha

ponta pés

Meia

Volta

Saída Salto

Extensão Fluidez

TOTAL

%

Valores 5% 5% 10% 5% 15% 5% 10% 5% 10% 70%

Nº Nome

Grelha de Valores da Sequência da Trave NIVEL II

Elemento Entr. 1 pé

Ap.Trans.

Marcha

Frente

Meia

Volta

Marcha

a trás

Salto pés

jun.

Marcha

ponta pés Avião

Meia

Volta

Saída ½

Pirueta Fluidez

TOTAL

%

Valores 5% 5% 10% 5% 10% 5% 15% 10% 5% 10% 85%

Nº Nome

Grelha de Valores da Sequência da Trave NIVEL III

Elemento Entr. 1 pé

Ap. Long.

Marcha

Frente

Meio

Pivot

Marcha

a trás

Salto pés

jun.

Marcha

ponta pés Avião

Meia

Volta

Saída 1

Pirueta Fluidez

TOTAL

%

Valores 15% 5% 10% 5% 10% 5% 15% 10% 5% 10% 100%

Nº Nome

Escola Sec/3 do Fundão

2005/2006

Educação Física - 45 -

Grelha de Valores da Sequência das Paralelas Simétricas

Elemento Apoio Desl. Fr. Balanços af. MI em apoio Balanços Saída Simples Fluidez TOTAL %

Nº Nome / Valores 10% 10% 15% 25% 15% 15% 10% 100%

1

2

Escola Sec/3 do Fundão

2005/2006

Educação Física - 46 -

Bibliografia

Araújo, C. (2002). Manual de ajudas em Ginástica. Editora Carlos Araújo

Abrantes, J.et al.. (2002).Ser Activo – Educação Física 3º ciclo. Lisboa Texto

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Barata, J. & Coelho, O. (2002). Hoje há Educação Física 3º Ciclo. Lisboa: Texto

editora.

Batista, P., et al. (2002). Em Movimento 7º/8º/9º anos. Porto: Edições Asa.

Cardoso, E. et al. (2002). Educação Física 7º. 8º. 9º. anos. Lisboa: Plátano

Editora.

Costa, J. (2002). Jogo Limpo 7º/8º/9º.Porto: Porto editora.

Costa, M & Costa, A. (2002). Na aula de Educação Física 7º/8º/9º. Porto: Areal

Editores

Costa, M. & Costa, A. (2001). Na aula de Educação Física 7º/8º/9º. Porto: Areal

Editores.

Romão, P. e Pais, S.(2002) Educação física - 7/8/9º anos de escolaridade, Porto

editora