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8/13/2019 Gestão+Pública--- http://slidepdf.com/reader/full/gestaopublica- 1/23  CURSO ON-LINE – GESTÃO PÚBLICA PARA ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO – BDMG PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 0 – A Gestão Pública e a Gestão Privada: Convergências e Divergências. Olá pessoal, tudo certinho? Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou mineiro de Uberrrlândia (não reparem no sotaque) e é com grande prazer que iniciaremos este curso de Gestão Pública para o concurso do BDMG. Antes de começarmos, deixo aqui um breve resumo do meu currículo:  Graduado em Administração na Universidade Federal de Uberlândia;  MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na FGV;  Atualmente, sou Analista Judiciário (área administrativa) no CNJ – concurso do STF;  Ex-servidor do FNDE – Especialista em Finan. e Exec. de Progr. e Proj. Educacionais;  Classificado nos concursos de analista judiciário no STJ (área administrativa ) e no TJDFT (administrador );  Aprovação no concurso APO-MPOG (excedente no concurso atual);  Recentemente, lecionei, no sítio do Ponto dos Concursos, cursos para os seguintes concursos: MPU; Fiocruz, ABIN, INMETRO, TRE-ES, Previc, MMA, STM e PG-DF;  Atualmente, leciono outros cursos para concurso, também por meio do sítio do Ponto dos Concursos, como um curso de TRTs da banca FCC.

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CURSO ON-LINE – GESTÃO PÚBLICA PARA ANALISTA DE

DESENVOLVIMENTO – BDMG

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

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www.pontodosconcursos.com.br

Aula 0 – A Gestão Pública e a Gestão Privada: Convergências eDivergências.

Olá pessoal, tudo certinho?

Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou mineiro de Uberrrlândia (não

reparem no sotaque) e é com grande prazer que iniciaremos este

curso de Gestão Pública para o concurso do BDMG. Antes de

começarmos, deixo aqui um breve resumo do meu currículo:

•  Graduado em Administração  na Universidade Federal de

Uberlândia;

•  MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na FGV;

•  Atualmente, sou Analista Judiciário (área administrativa) no

CNJ – concurso do STF;

•  Ex-servidor do FNDE – Especialista em Finan. e Exec. de Progr.

e Proj. Educacionais;

•  Classificado nos concursos de analista judiciário no STJ (área

administrativa) e no TJDFT (administrador);

• 

Aprovação no concurso APO-MPOG (excedente no concursoatual);

•  Recentemente, lecionei, no sítio do Ponto dos Concursos,

cursos para os seguintes concursos: MPU; Fiocruz, ABIN,

INMETRO, TRE-ES, Previc, MMA, STM e PG-DF;

•  Atualmente, leciono outros cursos para concurso, também por

meio do sítio do Ponto dos Concursos, como um curso de

TRTs da banca FCC.

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Sobre o curso 

O foco deste curso, ministrado em 3 aulas (além desta aula

demonstrativa), é capacitá-los para resolver  a prova do BDMG, no

cargo Analista de Desenvolvimento.

Meu objetivo aqui é fazer com que vocês acertem as questões desta

disciplina e que isso contribua para a aprovação no concurso.

Como a nossa banca (FUMARC) é um pouco desconhecida, iremos

colocar, nas aulas, exercícios de outras bancas também, com intuito

de treiná-los para a prova.

Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras

complementares. A minha resposta: depende do nível e da

disponibilidade de cada um. O edital será todo abordado em nossas

aulas.

Esta aula será um pouco menor do que as demais.

Cronograma

Abaixo, coloco o cronograma do nosso curso. Antes, uma ressalva: as

próximas aulas serão estruturadas, preferencialmente, conforme os

tópicos abaixo, sempre com ênfase nos conteúdos tidos como mais

importantes para o concurso. No andamento do curso, pode haver

alteração na ordem proposta, por questões didáticas. Porém, todos os

itens descritos serão abordados.

•  Aula 0 (16/03): A Gestão Pública e a Gestão Privada:

Convergências e Divergências;

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• Aula 1 (30/03): O Paradigma do Cliente na Gestão Pública;Gestão de Resultados na Produção de Serviços Públicos;

•  Aula 2 (13/04): Novas Tecnologias Gerenciais; Comunicação na

Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais;

•  Aula 3 (27/04): Organização e Cidadania; Excelência nos

Serviços Públicos.

Fórum

O fórum de dúvidas é um importante mecanismo de aprendizado.

Qualquer questionamento com relação à matéria pode ser feito por

lá. À medida que as perguntas são postadas, vou respondendo

seguindo a ordem de postagem.

Normalmente eu respondo às perguntas com 2 dias de diferença. Àsvezes, pode acontecer de demorar um pouco mais, mas todos os

questionamentos serão atendidos.

A Gestão Pública e a Gestão Privada: Convergências e

Divergências 

Temos visto que, sob vários aspectos, a gestão pública tem utilizado

teorias administrativas oriundas da administração privada.

Entretanto, por mais que esses modelos sejam aplicados no setor

público, há diferenças que devem persistir entre as gestões pública e

privada.

A mais importante diferença diz respeito à legalidade. O princípio da

Legalidade, juntamente com a Impessoalidade, a Moralidade, a

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Publicidade e a Eficiência – acrônimo LIMPE, está expresso no caputdo art. 37 da Constituição Federal de 1988. Esses cinco são os

princípios norteadores da Administração Pública.

Além de ser um princípio da Administração Pública, esse princípio

também está consignado em outra parte da Carta Magna. Trata-se do

art. 5º, em que são elencados os direitos e deveres individuais e

coletivos.

Nos termos preconizados, o agente público deverá agir em

conformidade com os ditames da Lei, só podendo fazer o que a lei

permite.

Mas e aí, professor? Você está querendo dizer que a administração

privada é contra a lei? Tudo que ela faz é ilegal? De forma alguma. O

que muda, para o agente privado, é que ele pode fazer tudo o que a

lei não proíbe. Assim, no setor privado, há mais liberdade e

flexibilidade para agir.

Vejamos outras divergências existentes entre os setores:

Interesse: como sabemos, o setor público está direcionado para o

interesse da coletividade (o bem estar de todos os cidadãos). Por

outro lado, a administração privada visa a satisfação dosstakeholders*.

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Recursos: quem financia o setor público? Nós, os contribuintes.

Trabalhamos 4 meses do ano para isso, não é? No caso da gestão

privada, as empresas possuem recursos próprios ou oriundos de

investidores (capital de terceiros).

Controle: a atuação dos agentes públicos, uma vez que eles lidam

com recursos públicos, deve ser controlada. O povo confere ao

servidor público o poder de atuar em seu nome. Além da população,

os agentes são controlados pelos seus pares, por subordinados, por

superiores e por órgãos específicos. Na administração privada, isso

não ocorre.

Objetivos: toda a atuação da administração pública deve estar

voltada para um único foco: cidadão. Esse conceito vem evoluindo ao

longo do tempo. Veremos nas próximas aulas que, na Public Service

Orientation – PSO, essa definição ganhou o formato que conhecemos

hoje.

*Stakeholders são as partes interessadas na

empresa. São os agentes afetados positiva ou

negativamente pelas decisões da organização.

Nesse sentido, podem ser considerados os

funcionários ou os acionistas, por exemplo. Em

algumas situações, podemos considerar como

stakeholders os fornecedores e clientes.

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Com relação à gestão privada, o foco é o lucro. Não adianta aquelavisão de que lucro é algo “ruim”, que é “feio pensar em lucro”. Não, o

lucro é sim a razão de ser das empresas. Sem lucros, elas não

existem.

Na gestão pública, é possível que haja lucro também. Nas empresas

públicas, que fazem parte da Administração Indireta, o lucro também

é visado. Mas, o objetivo maior, no setor público, deve ser sempre o

atendimento às necessidades do cidadão.

Concorrência: no setor público, normalmente não há concorrência.

Os serviços são monopolizados. Só o Estado, por exemplo, cuida da

segurança pública. No caso do setor privado, normalmente os

mercados são caracterizados pela concorrência natural, ou seja, há

vários concorrentes em cada ramo da indústria.

A partir dessa diferença, podemos inferir que, geralmente, não há

competição no setor público e que no setor privado a competição é

acirrada. Uma vez havendo competição, o modo de atuar das

empresas deve ser diferente. Elas devem buscar a excelência

(produtos com qualidade, bom atendimento, inovação, eficiência) em

seus serviços para não perder fatia (share) de mercado.

No setor público, há também a busca pela excelência. Mas o motivo é

outro: a razão gira em torno do seu objetivo, que é atender às

necessidades do cidadão.

Privacidade: Com pequenas exceções (relacionada à segurança

pública, por exemplo), não há privacidade na administração pública.

Aliás, um dos princípios constitucionais da administração pública,

como vimos, é a publicidade. A administração deve publicar todos os

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seus atos, visando a transparência, facilitando o controle(accountability).

Na administração privada, a privacidade pode ser fundamental para o

sucesso nos negócios. Um segredo de negócio desvendado pode ser a

razão do fracasso de uma empresa. Lançamentos de produtos e

serviços normalmente são guardados a sete chaves. Esse é um

assunto tão sério no meio empresarial que há autores que

aconselham as organizações a tomarem conta inclusive do seu lixo,

ou seja, não podem deixar nenhum vestígio. Os segredos industriais

são fundamentais.

Carreiras e Promoções: desde a administração burocrática

implantada por Getúlio Vargas na década de 30, criando o DASP

(Departamento Administrativo do Setor Público), o sistema de

carreiras e promoções no setor público encontra-se estruturado.Assim, não há discricionariedade (liberdade na atuação) para a

autoridade determinar o modo de desenvolvimento das carreiras e

estruturar as promoções. Na gestão pública, as promoções são

determinadas ou pelo mérito (meritocracia – conceito aproveitado

pelo gerencialismo) ou pelo critério de antiguidade. O agente público

sempre está vinculado às normas que dizem respeito a carreiras e

promoções.

No setor privado, a flexibilidade é total, ficando sempre a critério do

administrador a maneira como estruturar as carreiras e promoções. A

revisão e reestruturação são comuns, já que não há entraves legais

para frear a atuação dos gestores.

Contratação: a realização de concursos públicos é a regra no setor

público. Assim, o ingresso no serviço público se dá geralmente pela

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aprovação nesses certames. Veja como isso está consignado no incisoII do art. 37 da Constituição Cidadã de 88:

 “A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação

prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de

acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na

forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em

comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”

Diferença básica entre cargo e emprego público:

•  Cargo público: regido pelo Estatuto do Servidor Público (Lei nº

8.112/90). São os chamados estatutários. Geralmente, os

cargos públicos estão presentes na administração pública direta

(ministérios e seus órgãos; presidência da república e seus

órgãos) e em parte da administração pública indireta

(autarquias e fundações públicas);

•  Emprego público: regido pela CLT (Consolidação das Leis do

Trabalho – Decreto-Lei nº 5.452/43). São os chamados

celetistas. Geralmente, os empregos públicos estão presentes

somente na outra parte da administração indireta (empresas

públicas e sociedades de economia mista).

Agora, vejam que há uma ressalva no dispositivo mencionado. Trata-

se da nomeação de cargos em comissão, que são de livre nomeação

e exoneração. O que isso quer dizer? O agente público possui

liberdade para nomear e para exonerar (“demitir”) os detentores de

cargo em comissão.

Quando alguém que já é servidor público detém cargo em comissão e

perde esse cargo, o funcionário continua no serviço público. “Apenas”

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deixa de ser chefe, juntamente com a perda de seus direitos edeveres de chefia.

Além dos concursos normais, há também os chamados concursos

temporários. Em determinadas circunstâncias, o órgão público pode

realizar esse tipo de certame para admitir servidores temporários,

que permanecerão no cargo por tempo determinado, mesmo sendo

permitida a prorrogação do tempo de permanência.

A contratação no setor privado é bastante diferente. Como sempre, a

flexibilidade (discricionariedade; desvinculação a normas) é a

característica. As empresas contratam de acordo com seus

interesses, podendo considerar a escolaridade, a experiência, a

capacidade, o bom relacionamento com alguém que já esteja dentro

da empresa, etc.

O recrutamento (atração de profissionais) e a seleção de funcionários

não possuem um formato pré-determinado, como são os concursos

(de provas ou de provas e títulos) no setor público. Assim, as

empresas podem fazer entrevistas individuais, provas, dinâmicas de

grupo, etc. Elas podem inclusive não fazer nada disso, contratando

diretamente, caso tenha o aval dos gestores.

Ainda com relação à contratação, os cargos e empregos públicos são

acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos

em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

No setor privado, ressalvadas as exigências da profissão (a

contratação de um engenheiro civil, por exemplo), não há restrições

legais nem com relação a estrangeiros.

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Estrutura: a maneira como a o setor público se estrutura é, ainda,mais tradicional, com hierarquias mais verticalizadas. Na

administração privada, mais moderna, a estrutura é mais

horizontalizada e flexível.

Embora a gestão pública ainda possua uma estrutura mais

tradicional, ela vem seguindo os passos da gestão privada.

Vamos falar de uma convergência agora.

Um grande exemplo é a descentralização, que vem sendo adotada na

gestão pública desde a década de 60. Essa descentralização permite

maior agilidade na tomada de decisões, uma vez que permite que

agentes que estejam em contato com o problema decidam.

Essa descentralização é fundamental nos dias de hoje, em que os

ambientes são extremamente instáveis. As constantes mudançasrequerem agilidade que é marca da descentralização. Vejamos como

é a descentralização na administração pública.

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Administração Pública

A organização do Estado Brasileiro se traduz na estruturação da

Administração Pública, que abrange órgãos e entidades dos três

Poderes  (legislativo, executivo e judiciário) de todos os entes  (a

União, os Estados, o DF e os Municípios).

Como podemos ver na ilustração, a Administração Pública é integrada

exclusivamente pelos órgãos da Administração Direta (órgãos que

integram as pessoas políticas: União, Estados, DF e Municípios) e

pelas entidades da Administração Indireta (autarquias, fundações

públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Outro ponto de destaque no desenho: a descentralização e a

desconcentração, ações que objetivam agilizar a prestação dos

Direta Indireta

Ministérios

Autarquias

EmpresaPública

Sociedadede

Economia

Mista

Fundações

Repartições

Descentralização

por outorga

D

e

s

c

o

n

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Desconcentração

Desconcentração

Desconcentração

Desconcentração

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serviços. Falemos desses institutos, além, é claro, da centralização econcentração, que são processos inversos, que possuem o objetivo de

aumentar o controle dos serviços.

Primeiro par de conceitos: concentração e desconcentração. A

desconcentração, que sempre envolve apenas uma pessoa

 jurídica, é a distribuição de competências  no âmbito da própria

estrutura.

A desconcentração pode ocorrer  na Administração Direta, quando,

por exemplo, a União distribui competência entre os seus órgãos

(Ministério da Educação, Ministério do Trabalho, por exemplo). Esse

instituto acontece também na Administração Indireta, quando uma

empresa pública cria departamentos para execução de determinadas

funções.

Uma característica importantíssima da desconcentração é a existência

de subordinação, de hierarquia, de auto-tutela. Ora, se falamos

que é envolvida apenas uma pessoa jurídica, esses departamentos ou

ministérios guardarão subordinação perante o órgão central. Alguém

tem que mandar, não é? A Petrobrás tem hierarquia em seus

departamentos, é claro.

Vamos “refazer” o desenho sobre outro enfoque, para falarmos de

descentralização e centralização. Agora, colocarei também entidades

que não participam do conceito de Administração Pública que vimos

acima. Essas outras entidades, embora não estejam inseridas na

estrutura da Administração Pública, a Administração Direta

descentraliza funções para essas entidades. Vejamos novamente

desenho já colocado em aula.

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Descentralização da Administração Direta

Na descentralização, o Estado distribui suas atividades para outras

pessoas jurídicas. Se há 2 pessoas jurídicas envolvidas, não há

subordinação, não há hierarquia. A palavra certa para definir a

relação entre as PJs é vinculação ou supervisão (tutela).

A descentralização pode ocorrer por outorga (depende de lei),

quando o Estado cria uma entidade para a transferência dos serviços,

sendo realizada normalmente por tempo indeterminado. Não criaram

a Caixa Econômica para acabarem com ela amanhã!!! São 4 os tipos

de entidade que podem ser criadas: autarquia, fundação pública,

empresa pública e sociedade de economia mista.

O outro tipo de descentralização é a delegação, em que a

transferência de serviços se dá por contrato  (concessão ou

permissão) ou por ato  unilateral (autorização). Nos contratos, o

Outorga   Delegação

Autarquias

Fundações

EmpresaPública

Sociedadede

EconomiaMista

Concessão

Permissão

Autorização

Contrato

Contrato

Ato Unilateral

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prazo é sempre determinado. Por outro lado, as autorizações nãopossuem prazo, mas são precários, ou seja, podem ser revogados a

qualquer tempo.

Custo-Benefício: na gestão privada, as decisões relacionadas ao

processo produtivo giram em torno da análise do custo-benefício. O

gestor sempre questiona se compensa fabricar determinado produto. 

No caso do setor público, essa história é diferente. O custo-benefíciopode até ser considerado. Porém, mais importante do que isso são as

funções sociais do Estado, como a de redistribuir a renda para a

população.

Impessoalidade: esse é outro princípio da administração pública

consignado na Carta Magna. O agente público não pode agir

subjetivamente, por interesses próprios, etc. Ele deve ser impessoal

em suas decisões.

Na gestão privada, não há essa restrição. O que se passa na cabeça

do presidente é o que vale.

Vejamos um quadro resumo com as divergências.

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As diferenças entre a administração privada e a pública sãofundamentais para entendermos os seus funcionamentos. Depois que

estudamos essa parte, fica mais fácil compreendermos as

convergências entre as duas administrações. Por eliminação,

podemos deduzir em que se assemelham as gestões.

Por exemplo: ambas as administrações precisam realizar um

planejamento; focar no sucesso do cliente/cidadão; buscar usar

ferramentas que visem a qualidade/excelência; mirar a eficiência, a

efetividade e a eficácia.

Vamos para as questões.

1) (FCC TRT 22ª 2010) Considerando-se os modelos de gestão

na Administração Pública e na Administração Privada é correto

afirmar:

a) Na Administração Pública, ao contrário da Administração

Privada, há autonomia decisória e baixos impactos de

ingerências políticas no processo de gestão.

b) Na Administração Pública um bom ou mau funcionamento

não tem impacto político maior que na Administração Privada.

c) Enquanto que a Administração Pública é orientada para o

lucro, a Administração Privada é orientada para o bem-estar

social e serviços ao cidadão.

d) Na Administração Privada há autonomia decisória,

enquanto que no aspecto organizacional a Administração

Pública é afetada por forças externas.

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e) A rentabilidade é vital para a Administração Pública,enquanto para a Administração Privada a rentabilidade dos

produtos e serviços não é vital para o seu crescimento.

Vejamos item por item.

a) A autonomia decisória pode ocorrer nas duas administrações.

Entretanto, na Administração Pública, os limites da lei devem ser

observados sempre. Outro ponto é que há muita ingerência política(interferência) na gestão.

b) O impacto político sempre ocorre no funcionamento da

administração pública. Um mau funcionamento, por exemplo, pode

refletir na visão do cidadão em relação ao governo atual.

c) A assertiva inverteu as administrações.

d) Esse é o nosso gabarito. Forças externas são políticas.

e) A rentabilidade é vital para o crescimento da administração

privada.

Gabarito: D

2) (FCC PGE-RJ 2009) O novo paradigma gerencial adotado

pela Administração Pública enfatiza o lugar central do cidadão

como cliente dos serviços públicos. Em relação à diferença

entre o cliente-cidadão e o consumidor de serviços privados é

correto afirmar que

a) o cliente-cidadão consome serviços públicos apenas

mediante um contrato formal com os órgãos públicos.

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b) os dois são equivalentes, pois ambos consomem serviçosmediante o pagamento de taxas.

c) o cliente só assume a condição de cidadão quando utiliza

serviços exclusivamente fornecidos pela Administração

Pública.

d) o consumidor de serviços privados pode reclamar da

qualidade do atendimento nos órgãos autorizados, enquanto ocidadão só pode agir por meio do voto.

e) o cliente-cidadão consome serviços públicos na condição de

portador de direitos e deveres, por meio dos quais pode

avaliar e até mesmo elaborar políticas públicas.

Veremos o paradigma do cliente em aula futura. Mas creio que

podemos responder a essa pergunta.

Item por item.

a) O cidadão não precisa celebrar contratos para consumir serviço

público.

b) Não podemos falar em equivalência. Além disso, não chamamos de

taxas os pagamentos na administração privada.

c) Não precisa utilizar para ser considerado cidadão.

d) O cidadão também pode reclamar da qualidade do atendimento.

e) Esse é o nosso gabarito.

Gabarito: E

3) (FCC TRT 24ª 2011) Considere:

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I. Na gestão pública só é lícito fazer o que a lei autoriza.

II. Tanto na gestão pública como na gestão privada, só é lícito

fazer o que a lei autoriza.

III. Na gestão privada, as fronteiras demográficas são bem

definidas.

Considerando as convergências e diferenças entre a gestão

pública e privada, está correto o que consta APENAS em

a) I.

b) II.

c) III.

d) II e III.

e) I e II.

Vejamos item poritem.

I) e II) Somente na gestão pública é que ocorre o dever de fazer

apenas aquilo que a lei autoriza. Na gestão privada, pode ser feito

tudo que a lei não proíbe. Item I certo e Item II errado.

III) Não há fronteiras para a gestão privada, principalmente na atual

era de globalização.

Gabarito: A

4) (FCC TCE-RO 2010) A principal diferença entre a gestão

privada e a gestão pública é que a segunda

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a) é obrigada a atender a todos, independentemente dacapacidade financeira dos cidadãos e de suas demandas

idiossincráticas.

b) encontra-se limitada por regras legais e princípios morais,

enquanto a primeira se orienta apenas pelo objetivo do lucro.

c) funciona exclusivamente sob a forma do modelo

burocrático, o que a impede de atender às necessidadesindividuais dos cidadãos.

d) funciona sempre em condições de monopólio natural, o que

a torna insensível a questionamentos de ordem ética.

e) pode operar sem levar em conta princípios típicos da gestão

privada, como a economicidade e a eficiência.

Vejamos item por item.

a) Essa é a nossa resposta.

b) A gestão privada também tem certos limites legais.

c) Veremos em aula futura que o modelo vigente não é o burocrático.

Trata-se do modelo gerencial, que foca nas necessidades do cidadão.

d) A ética é fundamental no setor público. E, não existe só o

monopólio natural. A educação, por exemplo, é uma área comum

tanto na gestão privada quanto na pública.

e) os princípios da gestão privada vêm sendo cada vez mais

utilizados.

Gabarito: A

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Exercícios Trabalhados 

1) (FCC TRT 22ª 2010) Considerando-se os modelos de gestão na

Administração Pública e na Administração Privada é correto afirmar:

a) Na Administração Pública, ao contrário da Administração Privada,

há autonomia decisória e baixos impactos de ingerências políticas no

processo de gestão.

b) Na Administração Pública um bom ou mau funcionamento não tem

impacto político maior que na Administração Privada.

c) Enquanto que a Administração Pública é orientada para o lucro, a

Administração Privada é orientada para o bem-estar social e serviços

ao cidadão.

d) Na Administração Privada há autonomia decisória, enquanto que

no aspecto organizacional a Administração Pública é afetada por

forças externas.

e) A rentabilidade é vital para a Administração Pública, enquanto para

a Administração Privada a rentabilidade dos produtos e serviços não é

vital para o seu crescimento.

2) (FCC PGE-RJ 2009) O novo paradigma gerencial adotado pelaAdministração Pública enfatiza o lugar central do cidadão como

cliente dos serviços públicos. Em relação à diferença entre o cliente-

cidadão e o consumidor de serviços privados é correto afirmar que

a) o cliente-cidadão consome serviços públicos apenas mediante um

contrato formal com os órgãos públicos.

b) os dois são equivalentes, pois ambos consomem serviços medianteo pagamento de taxas.

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c) o cliente só assume a condição de cidadão quando utiliza serviçosexclusivamente fornecidos pela Administração Pública.

d) o consumidor de serviços privados pode reclamar da qualidade do

atendimento nos órgãos autorizados, enquanto o cidadão só pode

agir por meio do voto.

e) o cliente-cidadão consome serviços públicos na condição de

portador de direitos e deveres, por meio dos quais pode avaliar e atémesmo elaborar políticas públicas.

3) (FCC TRT 24ª 2011) Considere:

I. Na gestão pública só é lícito fazer o que a lei autoriza.

II. Tanto na gestão pública como na gestão privada, só é lícito fazer o

que a lei autoriza.

III. Na gestão privada, as fronteiras demográficas são bem definidas.

Considerando as convergências e diferenças entre a gestão pública e

privada, está correto o que consta APENAS em

a) I.

b) II.

c) III.

d) II e III.

e) I e II.

4) (FCC TCE-RO 2010) A principal diferença entre a gestão privada e

a gestão pública é que a segunda

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a) é obrigada a atender a todos, independentemente da capacidadefinanceira dos cidadãos e de suas demandas idiossincráticas.

b) encontra-se limitada por regras legais e princípios morais,

enquanto a primeira se orienta apenas pelo objetivo do lucro.

c) funciona exclusivamente sob a forma do modelo burocrático, o que

a impede de atender às necessidades individuais dos cidadãos.

d) funciona sempre em condições de monopólio natural, o que a

torna insensível a questionamentos de ordem ética.

e) pode operar sem levar em conta princípios típicos da gestão

privada, como a economicidade e a eficiência.

Gabarito:

1)  D 2)  E 3)  A 4)  A

Um grande abraço e bons estudos!!!