gestão orçamentária e financeira

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SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL ACADEMIA INTEGRADA DE DEFESA SOCIAL Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA Instrutor: TC BM Coutinho

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Page 1: Gestão Orçamentária e Financeira

SECRETARIA DE DEFESA SOCIALACADEMIA INTEGRADA DE DEFESA SOCIAL

Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Instrutor: TC BM Coutinho

Page 2: Gestão Orçamentária e Financeira

Instrutor: Ten Cel Coutinho

Currículum vitae resumido:CFO BM na APMP (1993);Ciências Econômicas na UFPE (2008);Gestão nas Organizações na Estácio de Sá (2002);CAO no CBMERJ (2002);Políticas de Seg. Pública na Estácio (em curso)

Diversos cursos nas áreas financeira, orçamentária, logística e licitações

Page 3: Gestão Orçamentária e Financeira

Instrutor: Ten Cel Coutinho

Principais funções exercidas:6ª Seção do EMG (1995 a 1996);Diretoria de Planejamento (1996 a 1999);Diretoria de Finanças (1999 a 2002);Diretoria de Logística (2002 a 2007);Chefe do Centro de Assistência Social (2007 a 2010);Chefe do Centro de Intendência (2010);Membro da CPL (2000);Membro da CPA (2003 a 2007); Diretor de Orçamentação e Finanças (2011).

Page 4: Gestão Orçamentária e Financeira

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E

FINANCEIRA

Page 5: Gestão Orçamentária e Financeira

O que vamos estudar?

Conteúdo programáticoCarga Horária: 30 horas

Unidade 1: Administração Financeira Pública

Unidade 2: Orçamento Público e seus instrumentos

Unidade 3: Finanças Públicas

Page 6: Gestão Orçamentária e Financeira

Bibliografia:

• Lei Federal 4.320/64 de 17MAR64;• Lei Estadual 7.741 de 23OUT78(Código de Administração Financeira do Estado)• Lei Complementar 101 de 04MAI2000(Lei de Responsabilidade Fiscal)• Apostila Admin. Financeira e OrçamentáriaProf. Fábio Gondim, Maio 2004• Apostila Admin. Financeira e OrçamentáriaProf. Gustavo Bicalho Ferreira• Apostila Gestão Financeira e OrçamentáriaUniversidade Estácio de Sá

Page 7: Gestão Orçamentária e Financeira

Objetivos da unidade 1:

Ao final desta unidade, o aluno deverá ser capaz de:

• Definir o que vem a ser finanças públicas; • Conceituar as funções econômicas do Estado

Page 8: Gestão Orçamentária e Financeira

UNIDADE 1

Base Legal:

Lei Federal 4.320/64 de 17MAR64;

Lei Estadual 7.741 de 23OUT78(Código de Administração Financeira do Estado)

Lei Complementar 101 de 04MAI2000(Lei de Responsabilidade Fiscal)

LEI 4.320

CAF

LRF

Page 9: Gestão Orçamentária e Financeira

Finanças Públicas:

“Finanças Públicas é a terminologia que tem sido tradicionalmente aplicada ao conjunto de problemas da política econômica que envolvem o uso de medidas de tributação e de dispêndios públicos”. (Richard Musgrave, 1980)

Page 10: Gestão Orçamentária e Financeira

Finanças Públicas:

Disciplina ou ramo do conhecimento que estuda a forma como o Estado deve tratar a arrecadação e o gasto público.

Page 11: Gestão Orçamentária e Financeira

Objetivos, Abrangência e Metas: A abrangência das Finanças Públicas

corresponde à atuação política do Estado no setor econômico, utilizando-se, por vezes, de políticas fiscais, tributárias e monetárias como métodos de intervenção estatal que objetive compensar as falhas do sistema de mercado.

Finanças Públicas:

Page 12: Gestão Orçamentária e Financeira

Importância da gestão eficiente

O Estado para implementação de suas políticas necessita de um aporte financeiro. Os recursos que financiam as atividades do Estado são em grande maioria oriundas dos impostos e tributos cobrados de pessoas físicas e jurídicas pelo desempenho de suas atividades. Tais recursos são aplicados pelo Estado no pagamento de pessoal, no custeio de suas atividades e pelo investimento em obras ou aquisição de materiais. A Gestão eficiente de tais recursos amplia a ação do Estado na implementação das políticas públicas, sejam na área de segurança pública, saúde, infra-estrutura e etc..

Page 13: Gestão Orçamentária e Financeira

Importância do Estado

Podemos citar que a intervenção do Estado no sistema de mercado é necessária para o funcionamento do próprio sistema, bem como para a proteção dos consumidores contra as imperfeições do mercado.

O Estado, para desempenhar seu papel de tentar atenuar as distorções na economia desempenha quatro funções principais: a função alocativa, a distributiva, a estabilizadora e a reguladora.

Page 14: Gestão Orçamentária e Financeira

Função alocativa

A alocação de recursos governamentais visa à oferta de bens e serviços desejados e necessários à sociedade, mas que não sejam fornecidos pelo setor privado. Busca suprir a demanda pelos bens púbicos, bens semipúblicos ou meritórios e bens privados.

Page 15: Gestão Orçamentária e Financeira

Função alocativa

A função alocativa pode ser exercida, seja por meio da produção direta dos bens e serviços demandados pela sociedade, seja por qualquer tipo de estímulo à produção, como a concessão de subsídios, financiamentos a juros subsidiados, isenção de impostos, etc.

Page 16: Gestão Orçamentária e Financeira

Função alocativa

Exemplos: Segurança Pública, Justiça, Segurança

Nacional, construção de estradas, etc.

Page 17: Gestão Orçamentária e Financeira

Função Distributiva

A função distributiva objetiva o ajuste da distribuição de renda e riqueza na sociedade.

A função distributiva, normalmente, é exercida por meio da tributação progressiva, que aplica alíquotas maiores para as camadas sociais mais ricas, e transferências, que buscam redistribuir a renda e a riqueza entre os cidadãos e entre as regiões do País.

Page 18: Gestão Orçamentária e Financeira

Função Distributiva

Exemplos: Bolsa família, bolsa escola, bolsa formação,

aposentadorias, entre outros.

Page 19: Gestão Orçamentária e Financeira

Função estabilizadora

A função estabilizadora é um instrumento de política macroeconômica. Ela busca propiciar à sociedade um nível de pleno emprego, estabilidade de preços, equilíbrio no balanço de pagamentos e razoável taxa de crescimento econômico, não controláveis pelo livre mercado.

Page 20: Gestão Orçamentária e Financeira

Função reguladora

A função reguladora do Estado é uma mudança de postura, onde o governo deixa de fornecer serviços, e passa a regular os serviços privatizados.

Como exemplo podemos citar as seguintes agências reguladoras: ANP (Agência Nacional do Petróleo); ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), etc...

Page 21: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

Identifique qual atividade econômica se refere:

Estabelece o fornecimento de bens públicos à população.

Função distributiva

Função alocativa

Função reguladora

Função estabilizadora

Resposta:

Page 22: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

Identifique qual atividade econômica se refere:

Procura melhorar o nível de empregos, estabilizar os preços e obter uma taxa razoável de crescimento econômico.

Função distributiva

Função alocativa

Função reguladora

Função estabilizadora

Resposta:

Page 23: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

Identifique qual atividade econômica se refere:

Realiza ajustes na distribuição de renda, tornando-a mais justa.

Função distributiva

Função alocativa

Função reguladora

Função estabilizadora

Resposta:

Page 24: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

Identifique qual atividade econômica se refere:

Regula a atividade econômica por meio de legislação, normas administrativas e com a criação de agências reguladoras.

Função distributiva

Função alocativa

Função reguladora

Função estabilizadora

Resposta:

Page 25: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

• Pesquise em sites (informando a fonte) qual o peso atual do estado brasileiro na economia, ressaltando:

• a carga tributária nominal e percentual com relação ao PIB;

• as despesas do governo (em % do PIB);

• Com essas informações, discorra sobre o papel do Governo na gestão econômica do país

Page 26: Gestão Orçamentária e Financeira

UNIDADE 1

ORÇAMENTO PÚBLICO

Page 27: Gestão Orçamentária e Financeira

Objetivos desta unidade

Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de:

• Definir o que vem a ser o orçamento público; • Resumir as características do orçamento

público.

Page 28: Gestão Orçamentária e Financeira

Orçamento Público

“Documento que prevê as quantias de moeda que, num período determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas e despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas mais relevantes”.

Osvaldo Maldonado Sanches

Page 29: Gestão Orçamentária e Financeira

Orçamento Público É o instrumento de gestão de maior

relevância e provavelmente o mais antigo da administração pública. É um instrumento que os governos usam para organizar os seus recursos financeiros. Partindo da intenção inicial de controle, o orçamento público tem evoluído e vem incorporando novas instrumentalidades. No Brasil, reveste-se de formalidades legais.

Page 30: Gestão Orçamentária e Financeira

Orçamento Público

É uma lei constitucionalmente prevista (ou ainda um instrumento legal) que estima a receita e fixa a despesa para um exercício. Por causa dessa rigidez, as despesas só poderão ser realizadas se forem previstas ou incorporadas ao orçamento.

Page 31: Gestão Orçamentária e Financeira

Tipos de Orçamento Público

Orçamento tradicional

Orçamento Programa

Orçamento Base Zero

Orçamento de desempenho

Page 32: Gestão Orçamentária e Financeira

Tipos de Orçamento Público

Orçamento tradicional

O Orçamento tradicional surgiu na Inglaterra, em 1822, juntamente com o Estado Liberal, preocupado em manter o equilíbrio financeiro e evitar, ao máximo, o aumento dos gastos públicos.

Foi instituído com a finalidade de possibilitar aos órgãos de representação um controle político sobre o Poder Executivo.

No orçamento tradicional, os aspectos econômico, social, contábil, administrativo, jurídico, etc. tinham papel secundário.

Page 33: Gestão Orçamentária e Financeira

Tipos de Orçamento Público

Orçamento tradicional

É o orçamento clássico, elaborado de forma empírica, não vinculando o planejamento aos programas, e sim confeccionado a proposta orçamentária adotando como base o ano anterior, ou seja, somando o valor do orçamento do ano anterior com a projeção de inflação do período, por exemplo.

Page 34: Gestão Orçamentária e Financeira

Tipos de Orçamento Público

Orçamento tradicional No orçamento tradicional, ou clássico, os diversos órgãos e

entidades da Administração Pública Federal eram contemplados com recursos suficientes para o pagamento de pessoal e aquisição de material de consumo e permanente para um exercício financeiro. Não eram adotados programas de trabalho ou objetivos a atingir, como, por exemplo, redução do analfabetismo, melhoria dos índices sociais de determinada região, etc. O principal critério para distribuição de recursos era o montante de gastos do exercício anterior, não se levando em conta novas realizações futuras.

Preocupava-se com os meios e não com os fins das funções governamentais.

Page 35: Gestão Orçamentária e Financeira

Tipos de Orçamento Público

Orçamento Programa

O orçamento-programa consiste em um método de orçamentação por meio do qual as despesas públicas são fixadas a partir da identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade de um certo nível de governo e da sua organização segundo níveis de prioridades e estruturas apropriadas de classificação da programação.

Page 36: Gestão Orçamentária e Financeira

Tipos de Orçamento Público

Orçamento Programa

A elaboração de um orçamento-programa envolve algumas etapas: planejamento – definição de objetivos e metas -; programação – atividades necessárias à consecução dos objetivos -; projeto – estimação dos recursos de trabalho necessários -; orçamentação – estimação dos custos e dos recursos necessários -; e avaliação dos programas.

Page 37: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

• Elabore um resumo com no máximo duas laudas sobre o seguinte tema:

Histórico dos orçamentos no Brasil e no mundo

Textos de referência:• Histórico na Legislação das Atividades Orçamentárias no Brasil • Aspectos Históricos do Orçamento Público

Page 38: Gestão Orçamentária e Financeira

Princípios Orçamentários

Objetivos desta unidade

Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de:

Identificar os principais princípios orçamentários.

Page 39: Gestão Orçamentária e Financeira

Princípios Orçamentários

Os princípios orçamentários não devem ser interpretados como mandamentos imutáveis, dogmas orçamentários. São, outrossim, produto da evolução do processo de elaboração e execução orçamentária, refletindo as alterações na legislação correlata. São úteis, contudo, para orientar o estudo sobre alguns aspectos orçamentários.

Page 40: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:

1. Princípio da anualidade ou periodicidade:

O princípio da anualidade reza que a previsão das receitas e a fixação das despesas devem referir-se a um exercício financeiro. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil.

(Lei 4.320/64 Art. 64)

Page 41: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:

2. Princípio da Unidade ou totalidade:

Deve existir apenas um orçamento para cada exercício financeiro. Dessa forma, evita-se a elaboração de orçamentos paralelos, que poderiam servir para burlar a programação e o controle da despesa.

Page 42: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:

3. Princípio da Universalidade:

O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, sendo vedado o início de programas e projetos não incluídos na lei orçamentária anual.

Page 43: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:4. Princípio do Orçamento Bruto:

O princípio do orçamento bruto, como vem sendo interpretado pelos tratadistas, determina que todas as parcelas de receitas e despesas devem constar do orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. A regra busca dar transparência no processo orçamentário, impedindo a simples apresentação dos valores líquidos da confrontação entre receitas e despesas relativas a determinado serviço público, constituindo condição essencial ao controle financeiro.

Page 44: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:

5. Princípio da Não vinculação das receitas:

O princípio da não-afetação ou não-vinculação das receitas determina que nenhuma receita poderá ser reservada ou comprometida para atender a despesas previamente determinadas

Page 45: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:

6. Princípio da Discriminação ou especialização:

O princípio da discriminação ou especialização determina que as despesas sejam classificadas em um nível de desagregação suficiente para a análise pela sociedade. A discriminação das despesas nos orçamentos anuais far-se-á, no mínimo, por elementos

Page 46: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:

7. Princípio da Exclusividade:

O princípio da exclusividade no Direito brasileiro surgiu na reforma constitucional de 1926. Por esse princípio, a lei orçamentária anual não poderá conter nenhum assunto estranho à previsão da receita e à fixação da despesa

Page 47: Gestão Orçamentária e Financeira

São eles:

8. Princípio do equilíbrio:

O princípio do equilíbrio visa dar transparência maior à obtenção de recursos. O orçamento deve explicitar todas as fontes de recursos, bem como sua destinação. O orçamento sempre estará equilibrado, uma vez que se trata de uma demonstração contábil.

Page 48: Gestão Orçamentária e Financeira

Orçamento na CF/88

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais.” “Art. 61. § 1° São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis

que: II – disponham sobre: b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e

orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;”

“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de

diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Constituição;”

Page 49: Gestão Orçamentária e Financeira

“Art. 48 Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

II – plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;”

“Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.”

Orçamento na CF/88

Page 50: Gestão Orçamentária e Financeira

No âmbito do Estado de Pernambuco, a Constituição Estadual consagra em seu Art. 123 os referidos instrumentos de planejamento governamental.

Utilizados de forma integrada, estes instrumentos formam o SISTEMA NACIONAL DE ORÇAMENTO PÚBLICO.

São eles: PPA : Planejamento das ações concretas; LDO: Orientações de Política Orçamentária e financeira LOA: Classificação das transações para contabilização das ações

Page 51: Gestão Orçamentária e Financeira

O Plano Plurianual

É o instrumento de planejamento recepcionado pelo art. 165, § 1º da CF/88, o qual disciplina que: “A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”.

Page 52: Gestão Orçamentária e Financeira

O Plano Plurianual O PPA é um planejamento de médio prazo,

para um período de quatro anos, iniciando-se no segundo ano de mandato do chefe do Poder Executivo que o elaborou e terminando sua vigência no final do primeiro ano de mandato do chefe do Poder Executivo subseqüente, em consonância com o Art. 35, § 2º do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). O intuito do legislador foi o de evitar uma descontinuidade dos projetos em andamento.

Page 53: Gestão Orçamentária e Financeira

O Plano Plurianual

Nesse plano, o governante procura indicar, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para os programas de duração continuada. O que o governante pretender realizar de investimentos deverá estar constando primeiro no PPA.

Page 54: Gestão Orçamentária e Financeira

O Plano Plurianual O projeto do plano plurianual deverá ser encaminhado ao

Congresso Nacional, pelo Presidente da República, até o dia 31 de agosto do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente e devolvido para sanção até o último dia útil antes do dia 15 de dezembro do mesmo ano. O Congresso tem, portanto, três meses e meio para a apreciação do Plano Plurianual.

o plano plurianual deverá incluir as despesas com investimentos;

O PPA é revisto anualmente pelo Governo.

Page 55: Gestão Orçamentária e Financeira

O Plano Plurianual

Não pode haver nenhuma despesa de capital que não esteja prevista no PPA. Como é vedado, como já foi visto, o início de programas e projetos não incluídos na lei orçamentária, conclui-se que o início das despesas com investimentos só pode ocorrer se estiverem previstas no plano plurianual. Caso contrário, nem poderiam estar previstas na lei orçamentária.

Page 56: Gestão Orçamentária e Financeira

Lei de Diretrizes Orçamentárias

“Art. 165, § 2° CF: A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.”

Page 57: Gestão Orçamentária e Financeira

Lei de Diretrizes Orçamentárias

A LDO, por força do inciso I do art. 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), também disporá sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, critérios e forma de limitação de empenho, normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos do orçamento e demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.

Page 58: Gestão Orçamentária e Financeira

Lei de Diretrizes Orçamentárias Além disso, ela orientará a elaboração da lei

orçamentária. A orientação, no entanto, não deve ultrapassar os limites da competência da Lei n° 4.320/64, limitando-se a situações que tenham caráter anual que não poderiam ser previstas numa lei complementar, de caráter permanente.

Orientação sobre os limites orçamentários de cada Poder para o exercício subseqüente, a fixação do superávit primário, a definição do montante da reserva de contingência, a determinação de categorias de programação específicas para determinadas despesas, por exemplo, são temas que sofrem variação anual e, portanto, devem ser tratados nas leis de diretrizes orçamentárias, salvo previsão diversa na futura lei complementar de que trata o art. 165, § 9°, da Constituição Federal.

Page 59: Gestão Orçamentária e Financeira

Lei Orçamentária Anual

Segundo o § 5º do art. 165 da CF/1988, a lei orçamentária anual (LOA) compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Page 60: Gestão Orçamentária e Financeira

Lei Orçamentária Anual

É o instrumento de planejamento governamental, elaborado pelo Poder executivo (com aprovação do Legislativo), com vigência a partir da data de sua publicação, contando seus efeitos a partir de 01 de janeiro do ano subseqüente, com a finalidade de exprimir, em termos financeiros a alocação dos recursos públicos.

O que é?

Page 61: Gestão Orçamentária e Financeira

Lei Orçamentária Anual

A lei orçamentária prevê as receitas e fixa as despesas, logo, seria razoável que as receitas previstas na proposta orçamentária correspondessem aos recursos, de fato, disponíveis para o exercício subseqüente.

Page 62: Gestão Orçamentária e Financeira

Prazos:

Projeto Prazo de envio (até) Prazo de devolução (até)

PPA 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro. Na prática, deve

ser encaminhado até 31/08

Encerramento da sessão legislativa. Na prática, deve ser

devolvido até 22/12.

LDO 8,5 meses (oito meses e meio) antes do encerramento do exercício financeiro. Na prática, deve ser encaminhado até 15/04.

Encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Na prática, deve ser devolvido até 17/07.

LOA 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro. Na prática, deve ser encaminhado até 31/08.

Encerramento da sessão legislativa. Na prática, deve ser devolvido até 22/12.

Page 63: Gestão Orçamentária e Financeira

Alguns aspectos da execução orçamentária

O Orçamento da União, ao ser aprovado, é registrado nas Unidades Orçamentárias de cada Órgão. No entanto, para ser executado, os créditos orçamentários devem ser descentralizados para as Unidades Gestoras correspondentes.

A descentralização de créditos consiste na movimentação de dotações orçamentárias entre órgãos diferentes ou entre Unidades Gestoras do mesmo órgão. Os recursos são disponibilizados para os ordenadores de despesa para que eles possam realizar a despesa.

Ordenador de Despesa é toda e qualquer autoridade de cujos atos resultem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou

dispêndio de recursos da União ou pelos quais esta responda

Page 64: Gestão Orçamentária e Financeira

Alguns aspectos da execução orçamentária

No caso do Estado de Pernambuco, a Unidade Orçamentária é denominada Unidade Gestora Controladora (UGC). Ex: SDS UGC 39000

Já os órgãos Operativos são Unidades Gestoras Executoras (UGE). Ex: CBMPE UGE 390601, PMPE UGE 390401

As UGEs, poderão descentralizar créditos orçamentários para unidades administrativas subordinadas, através de NPCO

Page 65: Gestão Orçamentária e Financeira

Art. 137. Em casos excepcionais, devidamente justificados pelo titular da unidade orçamentária, poderá ser provisionado crédito orçamentário para uma unidade administrativa que lhe seja subordinada.

§ 1º Considera-se provisão de crédito orçamentário a transferência do poder de disposição do crédito, a uma unidade administrativa pela unidade orçamentária.

§ 2º A justificativa prevista no "caput" deste artigo será feita perante a Secretaria da Fazenda.

§ 3º O titular da unidade orçamentária que provisionar crédito orçamentário será responsável pelo controle de sua efetiva aplicação, pela unidade administrativa.

Base legal para o Repasse Financeiro (REFIN)

CAF Arts. 137, 138 e 139, regulamentado pelo Dec. 20.416/98

Page 66: Gestão Orçamentária e Financeira

Art. 138. A cada provisão de crédito orçamentário corresponderá a emissão de uma nota de provisão de crédito orçamentário.

Art. 139. A despesa efetuada através da provisão de crédito orçamentário obedecerá às exigências de licitação, empenho, liquidação, pagamento e Programação Financeira, previstas neste código.

Base legal para o Repasse Financeiro (REFIN)

CAF Arts. 137, 138 e 139, regulamentado pelo Dec. 20.416/98

Page 67: Gestão Orçamentária e Financeira

Unidade 3

Receita e despesa públicas

Page 68: Gestão Orçamentária e Financeira

Receita e Despesa Pública

Receita Pública:

Entende-se por Receita ou ingresso público, todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos.

Pode ser classificada em:

Receita Orçamentária: aquela que é própria do estado. Ex: ICMS

Receita Extra-Orçamentária: São os créditos de terceiros. Ex: depósito em caução

Page 69: Gestão Orçamentária e Financeira

Receita e Despesa Pública

Despesa Pública:

É o conjunto de dispêndios efetuados pelo Estado, em dinheiro, que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Está contida no orçamento e compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições governamentais.

Page 70: Gestão Orçamentária e Financeira

Ainda:

A despesa pública pode ser definida como sendo o gasto ou o compromisso de gasto dos recursos governamentais, devidamente autorizados pelo poder competente, com o objetivo de atender às necessidades de interesse coletivo previstas na Lei do Orçamento, elaborada em conformidade com o Plano Plurianual de Investimentos, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Em outras palavras representa desembolso efetuado pelos agentes pagadores do Estado, ou mesmo a promessa desse pagamento, em face de serviços prestados ou bem consumido.

Page 71: Gestão Orçamentária e Financeira

Classificação da despesa:

Classificação Institucional: Corresponde a identificação dos órgãos e entidades do governo e respectivas unidades orçamentárias

Ex: Secretaria de Educação: UGC 14000 Ex: SDS: UGC 39000

Page 72: Gestão Orçamentária e Financeira

Classificação da despesa:

Classificação Funcional: Tem por finalidade fornecer informações agregadas sobre os gastos públicos por área de ação governamental.

Ex: Função Educação (pode ser usado por qualquer secretaria ou órgão)

Ex: Função saúde (pode ser usado por qualquer secretaria ou órgão)

Page 73: Gestão Orçamentária e Financeira

Classificação da despesa:

Classificação Econômica: Consiste em classificar a despesa pela sua natureza ou objeto de gasto conforme os seguintes níveis:

Categoria Econômica: despesas correntes ou de capital Grupo de despesa: Pessoal, juros e encargos da dívida,

outras despesas correntes, investimentos, inversões, etc. Modalidade de aplicação: Transferências ou aplicação direta; Elemento de despesa: Material de consumo, OST PJ, OST

PF, Material de distrib. Gratuita, Material Permanente, etc.

Page 74: Gestão Orçamentária e Financeira

Classificação da Despesa:

Despesas Correntes

Código 3

Destinadas a manutenção e

funcionamento do órgão

Pessoal

(código 3.1)

Outras Desp. Correntes

(código 3.3)

Vencimentos, Salário Família,

ajuda de custo, etc

Mat de consumo, OST PF, OST PJ,

Mat de distrib gratuita, etc

Exemplo: 3.3.90.30 = Material de consumo

Onde 90 = aplicação direta

Cat. Econômica

Grupo de despesa

Modalidade de aplicaçãoElemento de despesa

Page 75: Gestão Orçamentária e Financeira

Classificação da Despesa:

Despesas de capital

Código 4

Destinadas a formar ou adquirir ativos reais

Investimentos

(código 4.4)

Inversões Financeiras

(código 4.5)

Mat. Permanente, obras, etc

Compra de ações de empresas, etc

Exemplo: 4.4.90.52 = Material Permanente

Onde 90 = aplicação direta

Cat. Econômica

Grupo de despesa

Page 76: Gestão Orçamentária e Financeira

Estágios da Despesa Pública

Comumente se diz que os estágios ou fases da despesa pública são:

Empenho; Liquidação; Pagamento.

Alguns autores porém incluem como fases da despesa:

Programação; Licitação.

Page 77: Gestão Orçamentária e Financeira

Empenho:

O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no Art. 58 da Lei n° 4.320 e Art. 140 do CAF:

“o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição”.

Questionamento:

O empenho cria obrigação jurídica de pagamento?

Page 78: Gestão Orçamentária e Financeira

Resposta:

O empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.

Page 79: Gestão Orçamentária e Financeira

Despesa sem prévio empenho

Art. 142 CAF e Art. 60 da Lei 4.320/64: É vedada a realização de despesa sem prévio empenho ou acima do limite dos créditos orçamentários concedidos.

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São modalidades de empenho:

Empenho global: destina-se a atender despesa determinada e quantifica e a ser liquidada e paga parceladamente, em geral em cada mês, durante o exercício financeiro. Por exemplo, a aquela relacionada a um contrato de prestação de serviço de limpeza com valor determinado, uma obra que será paga parcelada, entre outras;

Empenho ordinário: é destinado a atender despesa quantificada e liquidável de uma só vez. Por exemplo, a aquisição de automóvel.

Empenho estimativo: destina-se a atender a despesa de valor não quantificado durante o exercício. Por exemplo, gasto com combustível, energia elétrica, telefonia, entre outras;

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Atividade proposta:

Identifique qual modalidade de empenho se refere:

Aquisição de uma viatura com pagamento único.

Empenho estimativo

Resposta:

Empenho Global

Empenho ordinário

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Atividade proposta:

Identifique qual modalidade de empenho se refere:

Despesa que não sabemos o valor correto. Ex: Fornecimento de energia elétrica.

Empenho estimativo

Resposta:

Empenho Global

Empenho ordinário

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Atividade proposta:

Identifique qual modalidade de empenho se refere:

Despesa que sabemos o valor correto. Porém será paga parceladamente.

Ex: Obra de construção de um aquartelamento.

Empenho estimativo

Resposta:

Empenho Global

Empenho ordinário

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Liquidação

A liquidação é o estágio que consiste na verificação do direito do credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Essa verificação tem por objetivo determinar: a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

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Liquidação

Do valor bruto da nota fiscal, podem ser deduzidos INSS, Imposto de Renda, ISS ou qualquer outra obrigação, conforme o caso, restando o valor líquido a ser pago ao credor.

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Pagamento

O pagamento representa a fase final do processo da despesa pública. O pagamento somente poderá ser efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

Obs: No caso de Pernambuco, o pagamento da despesa já não é mais realizado pela UG. É realizada uma operação chamada Previsão de

Desembolso (PD) e a SEFAZ é encarregada de confirmar o pagamento, gerando uma Ordem Bancária (OB), que segue para o banco no dia

seguinte através de uma Relação Externa Bancária (RE).

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Casos Especiais:

Restos a Pagar: A despesa orçamentária é executada pelo

regime de competência, consoante o dispositivo no artigo 35 da lei federal n.° 4.320/64 e inciso II, onde estabelece que “pertence ao exercício financeiro, as despesas nele legalmente empenhadas”.

Page 88: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais:

Restos a Pagar: “Artigo 36. Consideram-se Restos a Pagar as

despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.”

(idem Art. 41 CAF)

Page 89: Gestão Orçamentária e Financeira

Restos a Pagar:

Processados: Entende-se por Restos a Pagar

processados, as despesas legalmente empenhadas que já tenham sido liquidadas até o dia 31 de dezembro, ou seja, já ocorreu o segundo estágio da despesa. São contabilizados no momento da entrega ou uso do bem ou da prestação do serviço

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Restos a Pagar: Não Processados: Os Restos a Pagar não processados são

despesas legalmente empenhadas, mas não liquidadas até o dia 31 de dezembro. Seu registro contábil é feito no dia 31 de dezembro de cada ano, em obediência ao preceito legal. Contudo, fere-se o princípio da competência, uma vez que o fato gerador da despesa, ainda não ocorreu.

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Restos a Pagar:

Não Processados: No caso do Estado de PE, geralmente são

considerados como Restos a Pagar Não processados:

Materiais em fase de fabricação no país; Obras em fase de conclusão; Materiais importados que já possuam a guia de

importação.

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Casos Especiais:

Despesas de Exercícios Anteriores (DEA):

As despesas de exercícios anteriores são débitos exigidos pelo credor e reconhecidos pela Administração Pública, relativos a bens utilizados ou entregues, bem como a serviços prestados em exercícios anteriores, para os quais não haja inscrição em Restos a Pagar, seja em virtude de cancelamento, seja por causa de falhas no processo à época.

Page 93: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

O credor entregou o material licitado, porém a fatura não foi certificada tampouco liquidada (a Nota de Empenho foi cancelada):

DEA

Resposta:

Restos a Pagar Processado

Restos a Pagar Não Processado

Page 94: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

O credor entregou o material licitado, a fatura foi certificada e liquidada mas não foi paga:

DEA

Resposta:

Restos a Pagar Processado

Restos a Pagar Não Processado

Page 95: Gestão Orçamentária e Financeira

Atividade proposta:

O credor não entregou o material importado licitado, pois encontra-se retido na alfândega:

DEA

Resposta:

Restos a Pagar Processado

Restos a Pagar Não Processado

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Vantagem da Inscrição em RAP

Contabilmente, a Inscrição em Restos a Pagar garante que esta despesa seja enquadrada como Despesa Extra-orçamentária, diferente da DEA. A liberação de recursos acontece antes e o orçamento do ano vigente não é comprometido.

Page 97: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais:

Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 156. Somente em casos excepcionais, estabelecidos neste Código e a critério do ordenador de despesa, o pagamento será efetuado mediante suprimento individual.

Page 98: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 157. O regime de suprimento individual consiste em entrega de numerário a servidor, de preferência segurado sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal.

Page 99: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 158. O suprimento feito para determinado elemento de despesa não poderá ser aplicado em outro elemento.

Ex: SI de consumo, para comprasSI de serviço para prestação de serviço

Page 100: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 159. São despesas especialmente processáveis pelo regime de suprimento individual:

I - despesas extraordinárias ou urgentes; II - despesas de custeio não superiores a 600

(seiscentas) Unidades Fiscais do Estado de Pernambuco - UFEPE's, com exceção da Secretaria de Educação, cujo limite será de 1.800 (hum mil e oitocentas) UFEPE's, ou outro índice que venha a substituí-la, obrigando-se o responsável pelo suprimento a comprová-las, mediante a apresentação de prestação de contas, no prazo estipulado neste Código;

Page 101: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 159. São despesas especialmente processáveis pelo regime de suprimento individual:

III - despesas de custeio de pronto pagamento não superiores a 40 (quarenta) UFEPE's ou outro índice que venha a substituí-la, independentemente de comprovação, bastando relacioná-las;

IV - despesas que tenham de ser efetuadas em local distante da sede da unidade, entendendo-se como tal, fora da Região Metropolitana do Recife;

V - despesas com diligências policiais ou motivadas pela necessidade de restabelecimento da ordem pública;

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Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

§ 1º Para efeito deste Código, consideram-se: I - despesas extraordinárias, as aplicadas nos casos de

calamidade pública ou estado de emergência; II - despesas urgentes são aquelas não compreendidas

no inciso anterior, mas, que, por sua natureza sejam consideradas inadiáveis.

§ 2º Os suprimentos individuais para as despesas consideradas extraordinárias ou urgentes dependerão da autorização do Governador do Estado.

§ 3º Para efeito dos incisos II e III, deste artigo, considera-se o valor da UFEPE, vigente no primeiro dia útil do mês do empenhamento da despesa.

Page 103: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 160. Da solicitação de suprimento individual deverá constar:

I - nome, matrícula, cargo ou função do servidor a quem deve ser entregue o suprimento;

II - classificação completa da despesa por conta do crédito orçamentário;

III - exercício financeiro; IV - indicação do valor do suprimento; V - o local ou locais onde será aplicado o suprimento; VI - período de aplicação e prazo para comprovação; VII - espécie do pagamento a realizar; VIII - referência expressa de que o suprimento deverá

corresponder a determinada nota de empenho, não podendo ser aplicado em mais de um elemento de despesa.

Page 104: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais:

Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 160. Da solicitação de suprimento individual deverá constar:

Parágrafo único. Para cada elemento de despesa corresponderá um suprimento individual.

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Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 161. Não será concedido suprimento individual: I - a responsável por dois suprimentos pendentes de

prestação de contas, ou em alcance; II - nas despesas cuja licitação não possa ser

dispensada Art. 162. Quando o responsável pelo suprimento

funcionar apenas como Tesoureiro, os pagamentos dependerão de autorização do ordenador de despesa no documento hábil.

Page 106: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 163. O prazo para prestação de contas será de 60 (sessenta) dias, a contar da data de liberação do suprimento.

Art. 164. Na hipótese do não cumprimento do disposto no artigo anterior, o responsável pelo suprimento ficará sujeito ao pagamento de multa correspondente a 10% (dez por cento) do valor original do suprimento, atualizado monetariamente pela variação da URF, a partir da data em que a prestação de contas era devida.

Page 107: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais:

Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 165. No caso da prestação de contas ser entregue fora do prazo, o responsável pelo suprimento anexará a respectiva guia de recolhimento à conta única da multa estipulada no artigo anterior.

Parágrafo único. A prestação de contas só se considerará efetuada quando a respectiva documentação estiver completa.

Page 108: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 166. A prestação de contas de suprimento individual será encaminhada ao Órgão Central do subsistema de Contabilidade mediante ofício acompanhado dos seguintes documentos:

I - comprovantes de despesas referidas no artigo 173; II - quitação correspondentes a recolhimentos de tributo; III - balancetes demonstrativos dos recursos e de sua

aplicação; IV - guia de recolhimento à Conta Única, anexada à via

própria da nota de anulação de empenho ordem de pagamento, quando houver estorno parcial de ordem de pagamento e respectivo recolhimento.

Page 109: Gestão Orçamentária e Financeira

Casos Especiais: Suprimento Individual (conforme CAF):

Art. 167. Os documentos de comprovação das despesas sob regime de suprimento individual, obedecidas as normas de liquidação, deverão:

I - ser emitidos em data não anterior ao empenho do suprimento, em nome do Estado, e indicar a unidade orçamentária;

II - ter os recibos firmados pelo credor ou procurador legalmente habilitado, em nome do responsável pelo suprimento;

III - conter anotação do documento de identificação, quando se tratar de pessoa física;

IV - serem visados pelo titular da Unidade Orçamentária.

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Atividade proposta