gestÃo dos planos de saÚde na modalidade de … · destacar o quadro atual dos planos de saúde....

21
1 GESTÃO DOS PLANOS DE SAÚDE NA MODALIDADE DE AUTOGESTÃO: ESTUDO DE CASO DE UMA AUTARQUIA FEDERAL Tereza Cristina Rosa (CNEN) Resumo: O objetivo da pesquisa foi analisar um plano de saúde, de uma autarquia federal, frente a algumas dimensões de gestão características da modalidade autogestão, tais como gestão participativa, flexibilidade, rede credenciada, custo e programas de prevenção de doenças e promoção à saúde dos servidores. O foco foi na modalidade de autogestão por ser a que possibilita maior facilidade de comunicação entre beneficiários e gestores, atendimento mais eficiente, com custo compatível e participação dos beneficiários. Para isso, buscou-se identificar e analisar a estrutura de gestão, através da avaliação das respostas dadas em questionário, aplicando-o a uma amostra de beneficiários do Plano Médico do Rio de Janeiro. Com os resultados obtidos foi possível levantar os pontos positivos e negativos da modalidade de autogestão, como também possibilitou avaliar o plano médico da Comissão Nacional de Energia Nuclear e propor medidas de melhoria. Palavras-chaves: Saúde, Autogestão, Plano de Saúde. ISSN 1984-9354

Upload: phamkien

Post on 02-Jan-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

GESTÃO DOS PLANOS DE SAÚDE NA MODALIDADE DE AUTOGESTÃO: ESTUDO DE CASO DE UMA AUTARQUIA FEDERAL

Tereza Cristina Rosa

(CNEN)

Resumo: O objetivo da pesquisa foi analisar um plano de saúde, de uma autarquia federal, frente a algumas dimensões de gestão características da modalidade autogestão, tais como gestão participativa, flexibilidade, rede credenciada, custo e programas de prevenção de doenças e promoção à saúde dos servidores. O foco foi na modalidade de autogestão por ser a que possibilita maior facilidade de comunicação entre beneficiários e gestores, atendimento mais eficiente, com custo compatível e participação dos beneficiários. Para isso, buscou-se identificar e analisar a estrutura de gestão, através da avaliação das respostas dadas em questionário, aplicando-o a uma amostra de beneficiários do Plano Médico do Rio de Janeiro. Com os resultados obtidos foi possível levantar os pontos positivos e negativos da modalidade de autogestão, como também possibilitou avaliar o plano médico da Comissão Nacional de Energia Nuclear e propor medidas de melhoria.

Palavras-chaves: Saúde, Autogestão, Plano de Saúde.

ISSN 1984-9354

2

1. INTRODUÇÃO

A Autogestão é uma modalidade de administração de planos de saúde na qual a

própria empresa ou outro tipo de organização institui e administra, sem finalidade lucrativa, o

programa de assistência à saúde de seus beneficiários, configurando-se como forma de

organização social fundada nos princípios de solidariedade, cooperação, apoio mútuo,

autonomia e auto-organização e representa uma mobilização social que nasce da consciência

comunitária em determinado contexto.

Os planos de saúde, na modalidade de autogestão, possibilitam maior facilidade de

comunicação entre beneficiários e gestores do plano. Dessa forma, permitem que os planos se

moldem para atender às necessidades da população assistida, oferecem uma cobertura

adequada ao perfil de seus beneficiários a um custo de acordo com suas possibilidades, além

de garantir a participação dos beneficiários na gestão de seu próprio plano de saúde.

Para avaliar um plano de saúde frente às dimensões de gestão será utilizado o plano

médico da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

O Plano Médico da CNEN (PLAM-CNEN) constitui-se em um sistema dentro da

modalidade de autogestão, administrado diretamente pelo órgão. Destina-se a um grupo

fechado de beneficiários (servidores ativos, inativos, seus dependentes e pensionistas) sem

fins lucrativos, que conta com subsídios do Governo Federal, através de uma parcela

orçamentária e outra parcela maior correspondente à participação dos próprios servidores.

Considerando essas reformulações e ajustes, a situação problema do presente trabalho

será avaliar como o PLAM-CNEN se comporta frente às condicionantes de um plano de

saúde na modalidade autogestão.

ELEMENTOS CONDICIONANTES PROBLEMA

Gestão Participativa Frente às dimensões de gestão de um plano

de saúde na modalidade de autogestão, o

PLAM-CNEN/RJ garante a qualidade de

vida e o acesso a um sistema de saúde que

atenda às necessidades dos beneficiários?

Custo

Flexibilidade

Rede Credenciada

Promoção à saúde

Quadro 1 - Elementos condicionantes e problema da pesquisa

3

Foram escolhidas as dimensões mais utilizadas quando se fala de autogestão, baseadas

na Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998, na Medida Provisória n.º 2.177- 44, de 24 de agosto

de 2001 e na Resolução Normativa – RN n° 137/ANS, de 14 de novembro de 2006.

1.1 OBJETIVO GERAL

ELEMENTOS

CONTEXTUALIZADORES OBJETIVO GERAL

Gestão Participativa Avaliar o PLAM-CNEN/RJ frente às

condicionantes de gestão de um plano de saúde

na modalidade de autogestão e à Lei nº

9.656/98

Custo

Flexibilidade

Rede Credenciada

Promoção à saúde

Quadro 2 - Objetivo geral da pesquisa

O objetivo geral do presente trabalho, é avaliar como o PLAM-CNEN/RJ se comporta

frente às dimensões de gestão de um plano de saúde na modalidade de autogestão.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ELEMENTOS

CONTEXTUALIZADORES OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Gestão Participativa Identificar e analisar a estrutura de gestão do

PLAM-CNEN/RJ por meio das condicionantes de gestão

dos planos de autogestão

Estabelecer uma modelo de avaliação baseado nas

condicionantes de gestão dos planos de autogestão

Aplicar o modelo de avaliação no PLAM-

CNEN/RJ

Custo

Flexibilidade

Rede Credenciada

Promoção à saúde

Quadro 3 - Objetivos específicos da pesquisa

Para desenvolvimento dos objetivos específicos propostos, será analisada a estrutura de

gestão do PLAM-CNEN/RJ, através das dimensões de gestão dos planos de autogestão, buscando

estabelecer um modelo de avaliação a ser aplicado no plano médico da CNEN.

Após finalizar toda a análise das dimensões de gestão da autogestão, e da estrutura de

gestão do próprio plano médico da CNEN, o presente trabalho deve responder à seguinte questão:

Como o PLAM-CNEN/RJ se comporta frente às condicionantes de gestão de um plano de saúde na

modalidade autogestão?

4

1.3 JUSTIFICATIVA

A justificativa maior para o presente trabalho pauta-se na necessidade de um estudo

mais específico e profundo do plano de saúde da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

Desde a sua criação não houve nenhum estudo que envolvesse a questão da presente pesquisa.

Para a autora, o fato de trabalhar diretamente na área, transforma esse trabalho em uma

oportunidade única de entender melhor seu trabalho e buscar alternativas que facilitem o

desenvolvimento das atividades do plano, além de possibilitar a interação com outras

Instituições que também possuem planos de saúde na modalidade de autogestão, buscando

objetivos e soluções que possam ser úteis a todos.

1.4 DELIMITAÇÃO

O trabalho busca analisar um plano de saúde na modalidade autogestão, através de um

estudo de caso de uma autarquia federal – Comissão Nacional de Energia Nuclear, no Rio de

Janeiro. Embora o plano seja único, na prática, possui uma divisão em três estados: Rio de

Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. A decisão de delimitar o Plano do Rio de Janeiro se

deve à facilidade de estudo e de informações

1.5 ESTRUTURA DO ARTIGO

Além da seção introdutória, o artigo está dividido em seções.

A segunda seção apresenta a metodologia.

A terceira apresenta a estrutura da CNEN e onde se situa o plano médico. Além disso,

apresenta o plano propriamente dito, sua estrutura, plano de custeio, etc, e, por fim as

dimensões da gestão atual.

A quarta apresenta a análise dos resultados encontrados através de questionário

respondido pelos beneficiários do plano.

A quinta apresenta as conclusões do trabalho e as proposições de ajustes que possam

auxiliar a Direção da CNEN em futuras decisões sobre o plano.

2 METODOLOGIA

5

Neste capítulo, será definida a elaboração da pesquisa, apresentando o tipo, o método

utilizado, a aplicação da ferramenta utilizada para alcançar os objetivos propostos para a

presente pesquisa. Como sequencia das etapas que serão apresentadas, seguem a identificação

do tipo de pesquisa; o objeto da pesquisa; método de pesquisa adotado – coleta e tratamento –

; o instrumento de pesquisa.

2.1 OBJETO DA PESQUISA

Para o estudo de caso em questão foi escolhido o plano médico de uma autarquia

federal com cerca de 8.000 beneficiários no total, sendo cerca de 3.300 beneficiários apenas

no Rio de Janeiro.

No PLAM-CNEN/RJ estão incluídos os beneficiários (servidores ativos, aposentados e

pensionistas) da SEDE (Unidade Botafogo), IEN (Unidade Ilha do Fundão), IRD (Unidade

Recreio), Distrito de Angra dos Reis, CRCN-CO (Unidade Goiânia), CRCN-NE (Unidade

Recife), Laboratório de Poços de Caldas, Distrito de Fortaleza, Escritório de Resende,

Escritório de Porto Alegre, Escritório de Brasília e Distrito de Caetité (Bahia).

Embora conte, com todas essas unidades, apenas o processamento das faturas,

contribuição mensal e coparticipação dos beneficiários é efetuado no Rio de Janeiro. Nesses

locais foi feito um convênio com a UNIMED para atendimento dos beneficiários já que

existem dificuldades para credenciamento, seja pela precariedade de atendimento de médicos

e/ou hospitais da localidade, seja pelo número reduzido de beneficiários

Em função disso, a pesquisa será delimitada apenas ao Rio de Janeiro e Angra dos

Reis pela facilidade de conseguir dados e informações. É importante ressaltar que a amostra

será composta apenas pelos titulares do plano já que existe grande dificuldade de contato com

os dependentes. Dessa forma, o total de beneficiários passa a ser de cerca de 750 pessoas, para

as quais foi enviado o questionário.

Embora, na teoria, seja um plano único, a realidade é que os planos que cobrem São

Paulo e Belo Horizonte, possuem estrutura, gestão, custeio, benefícios, etc, diferentes do Rio

de Janeiro.

2.2 MÉTODO DE PESQUISA

A pesquisa inicia com a contextualização do tema SAÚDE através de pesquisa

bibliográfica e sites da Internet.

6

A evolução histórica da saúde no Brasil, desde o tempo das colônias até os dias atuais,

com todos os ganhos e perdas da área ao longo do tempo, serve como pano de fundo para se

destacar o quadro atual dos planos de saúde.

Dentre os diversos tipos existentes, o foco do trabalho passa a ser os planos de saúde

na modalidade de autogestão. Justifica-se a escolha pelo fato de ser um segmento crescente

dentro da saúde no Brasil e, também, por ser o tipo de plano administrado pela autarquia

escolhida.

A partir das condicionantes utilizadas quando se fala de autogestão, foram escolhidas

cinco como as mais características desse tipo de modalidade: gestão participativa, Custo,

Flexibilidade, Rede Credenciada e Promoção à Saúde.

O objetivo da pesquisa, então, se configura na avaliação do PLAM-CNEN/RJ frente à

essas condicionantes de gestão.

Para tentar responder à questão de se frente às condicionantes de gestão de um plano

de saúde na modalidade de autogestão, o PLAM-CNEN/RJ garante a qualidade de vida e o

acesso a um sistema de saúde que atenda às necessidades dos beneficiários, o primeiro passo

foi identificar e analisar a estrutura de gestão do plano. O segundo passo foi estabelecer um

questionário de avaliação a ser aplicado e o terceiro passo foi a aplicação desse questionário.

Ao final, após análise dos dados conseguidos, deve-se conseguir estabelecer a relação

entre as condicionantes de gestão escolhidas e o PLAM-CNEN/RJ.

A Figura abaixo demonstra melhor o método de pesquisa utilizado:

MÉTODO DE PESQUISA

Figura 1 - Método de pesquisa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOCUMENTOS INTERNOS E EXTERNOS

SOBRE AUTOGESTÃO PESQUISA DE CAMPO

(Questionário)

ANÁLISE

7

Elaborado pela autora

2.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

O método escolhido para a pesquisa foi um questionário semiestruturado, elaborado

com o objetivo de verificar a percepção dos beneficiários sobre as condicionantes de gestão

escolhidas.

Foi realizado um pré-teste para identificar possíveis problemas, seja de entendimento,

seja de inadequação das perguntas e, como é uma pesquisa exploratória, não havia

necessidade de validação.

O questionário foi enviado, por meio eletrônico, para 750 beneficiários titulares do

PLAM-CNEN/RJ (ativos, aposentados e pensionistas) que tinham seus dados atualizados. O

questionário foi composto por 30 questões formuladas de acordo com cada uma das

condicionantes da autogestão.

Foi dado um prazo de 13 (treze) dias para retorno das respostas e 87 titulares

responderam.

Os dados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa, já que havia espaço

para comentários dos beneficiários.

2.4. DESCRIÇÃO DO CASO

A Comissão Nacional de Energia Nuclear é uma autarquia federal subordinada ao

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e conta com várias unidades

distribuídas pelo país:

Unidade Central - SEDE – Rio de Janeiro

Instituto de Energia Nuclear – IEN – Rio de Janeiro

Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD – Rio de Janeiro

Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN – Belo Horizonte

Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN – São Paulo

Escritório de Angra dos Reis - ESAR– Angra dos Reis

Escritório de Resende – ESRES -Resende

8

Distrito de Fortaleza - DIFOR – Fortaleza

Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro Oeste – CRCN-CO – Goiânia

Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste – CRCN-NE – Recife

Laboratório de Poços de Caldas – LAPOC - Poços de Caldas

Escritório de Brasília – ESBRA – Brasília

Escritório de Porto Alegre – ESPOA – Brasília

Distrito de Caetité – DICAE

Criada pela Lei nº 4.118, de 27 de agosto de 1962, a CNEN tem como competências:

colaborar na formulação da Política Nacional de Energia Nuclear; executar as ações de

pesquisa, desenvolvimento e promoção da utilização da energia nuclear para fins pacíficos e,

regulamentar, licenciar, autorizar, controlar e fiscalizar essa utilização.

O PLAM-CNEN abrange todas as unidades da CNEN no país e atende aos servidores

ativos, aposentados e pensionistas, seus dependentes (cônjuge, filhos (até 24 anos)) e seus

agregados (pai, mãe, filhos maiores de 24 anos e netos (até 21 anos)).

Atualmente (junho/2013), o plano possui 7.927 beneficiários, sendo 3.943 titulares,

2.637 dependentes e 2.347 agregados. O quadro abaixo demonstra como estão divididos os

beneficiários:

QUANTITATIVO DE BENEFICIÁRIOS DO PLAM-CNEN

PLANO TIPO DE BENEFICIÁRIO

TOTAL TITULAR DEPENDENTE AGREGADO

CNEN/IPEN (SP) 1.009 903 759 2.671 CNEN/CDTN (BH) 552 597 768 1.917

CNEN/RJ (RJ) 1.382 1.137 820 3.339TOTAL GERAL 2.943 2.637 2.347 7.927

Quadro 4 - Quantitativo de beneficiários do PLAM-CNEN Fonte: Sistema SCAM – sistema do PLAM-CNEN – junho/2013

Segundo o Regulamento Geral1, o objetivo do plano é a concessão dos benefícios de

forma igualitária, garantindo a proteção à saúde a todos os inscritos no PLAM-CNEN como

beneficiários titulares, dependentes e agregados, em conformidade com a Portaria Normativa

SRH/MP nº 3, de 30 de julho de 2009.

1 Regulamento Geral do PLAM-CNEN, aprovado em 14/08/2009 

9

De acordo com o quadro abaixo, são considerados Beneficiários:

TIPOS DE BENEFICIÁRIOS DO PLAM-CNEN/RJ

TITULARES DEPENDENTES AGREGADOS

Servidor ocupante de cargo efetivo da CNEN

Cônjuge, companheiro ou

companheira de união estável.

Filhos e enteados, maiores de

21(vinte e um) anos.

Servidor inativo da CNEN Companheiro ou companheira de

união homo-afetiva, comprovada

Netos menores de 21 (vinte e

um) anos

Pensionista da CNEN, já inscrito no plano.

Pessoa separada judicialmente ou

divorciada, com percepção de

pensão alimentícia do

Beneficiário Titular.

Pai (ou padrasto), mãe (ou

madrasta), inscritos até 2004

e, após aprovação deste

REGPLAM, de acordo com

o Regulamento de gestão de

cada Plano Regional.

Servidor ocupante de cargo comissionado na CNEN

Filhos e enteados solteiros, até

21 (vinte e um) anos de idade ou,

se inválidos, enquanto durar a

invalidez.

Irmãos inválidos de qualquer

idade inscritos até 1995

Ex-funcionário, aposentado sob o Regime Geral de Previdência Social, inscrito no plano até 6 de dezembro de 2006.

Filhos e enteados solteiros, entre

21 (vinte e um) e 24 (vinte e

quatro) anos de idade,

dependentes economicamente do

servidor e estudantes de curso

regular reconhecido pelo

Ministério da Educação.

Empregado público readmitido, em regime celetista, pela CNEN.

Menor sob guarda ou tutela

concedida por decisão judicial

Empregado público aposentado da CNEN sob o Regime Geral da Previdência Social

Quadro 5 - Tipos de beneficiários do PLAM-CNEN

Fonte: Regulamento Geral do PLAM-CNEN/2012

10

O PLAM-CNEN cobre os custos relativos aos atendimentos ambulatoriais, internações

hospitalares e atendimentos obstétricos, previstos nas Tabelas adotadas e no Rol de

Procedimentos da ANS, assim como nas Resoluções CONSU n° 10, 11 e 12 de 1998.

O Quadro abaixo representa a estrutura do PLAM-CNEN e a divisão das

responsabilidades sobre a gestão do plano.

DIAGRAMA DO PLAM-CNEN

Quadro 6 - Diagrama do PLAM-CNEN Fonte: Regulamento Geral do PLAM-CNEN/RJ/2013

A responsabilidade sobre a gestão do plano está dividida da seguinte forma:2

1. Presidente da CNEN: responsável por diligenciar junto ao Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG buscando uma política de correção de valores da

coparticipação da União no custeio da assistência à saúde suplementar do servidor; aprovar o

REGPLAM e suas revisões posteriores; assegurar a realização das reuniões do Conselho

Consultivo Nacional - CCN de acordo com o calendário estabelecido.

2. Gestor Institucional: é o Diretor de Gestão Institucional designado pelo

Presidente. Entre suas obrigações estão: fazer cumprir o Regulamento Geral e os

Regulamentos de Gestão do PLAM-CNEN; nomear os membros do Conselho Consultivo

Nacional – CCN, garantir a autonomia, tanto do CCN quanto do Conselho Consultivo

Regional – CCR; encaminhar ao Presidente as propostas de alteração do regulamento;

convocar o CCN; assegurar a infraestrutura administrativa e operacional necessária para o

gerenciamento do plano; assegurar, anualmente, avaliação atuarial; zelar pela correta

2 Regulamento Geral do PLAM‐CNEN/RJ – Comissão Nacional de Energia Nuclear/2013 

PRESIDÊNCIACCN

(Conselho Consultivo Nacional)

DGI (Gestor Institucional)

Comitê Gestor Regional PLAM-CNEN/RJ

CCRPLAM-CNEN/RJ

Gestor Operacional PLAM-CNEN/RJ

Comitê Gestor RegionalPLAM-CNEN/CDTN

Comitê Gestor Regional PLAM-CNEN/IPEN

CCRPLAM-CNEN/CDTN

CCR PLAM-CNEN/IPEN

Gestor OperacionalPLAM-CNEN/CDTN

Gestor Operacional PLAM-CNEN/IPEN

11

aplicação dos recursos destinados às contas do plano; promover auditorias interna ou externa

quando recomendado pelo CCN e assegurar a realização das reuniões do CCN.

3. Comitê Gestor: comitê responsável pela gestão do PLAM-CNEN/RJ,

constituído pelo Coordenador Geral de Recursos Humanos e Diretores do IEN, IRD, CRCN-

CO, CRCN-NE e LAPOC.

4. Gestor Regional: Diretores das unidades regionais. Diretor do CDTN e do

IPEN.

Ao Comitê Gestor e aos Gestores Regionais compete: representar o PLAM-CNEN

perante a rede credenciada em todos os atos necessários; aprovar o Regulamento de Gestão

proposto pelo CCR; assegurar o cumprimento dos Regulamentos Geral e de Gestão; indicar

seus representantes no CCN e CCR, nomear seus representantes e os eleitos pelas

Associações para os CCR; encaminhar propostas de alteração de regulamento ao CCN e CCR;

assegurar a correta utilização dos recursos do plano destinados à sua unidade; garantir a

autonomia do CCR em sua unidade gestora; manter a estrutura necessária para a

operacionalização do plano em sua unidade; convocar o CCR; disponibilizar a infraestrutura

administrativa e operacional necessária; realizar auditoria interna ou externa quando

solicitado pelo CCR; assegurar a realização das reuniões do CCR de acordo com o calendário.

5. Conselho Consultivo Nacional: constituído, paritariamente, por membros

indicados pelos Gestores Regionais ou Comitê Gestor e pelos beneficiários titulares por meio

de eleição conduzida pelas Associações de Servidores, da seguinte forma:

1 representante da CNEN/RJ

1 representante dos beneficiários titulares do PLAM-CNEN/RJ

1 representante da CNEN/IPEN

1 representante dos beneficiários titulares do PLAM-CNEN/IPEN

1 representante da CNEN/CDTN

1 representante dos beneficiários titulares do PLAM-CNEN/CDTN

São obrigações do CCN: estabelecer o calendário de reuniões e informar ao Gestor

Institucional; fiscalizar o cumprimento do REGPLAM; fiscalizar o cumprimento das

obrigações da CNEN previstas no REGPLAM; propor diretrizes e metas administrativas;

decidir sobre os casos dúbios e omissos do REGPLAM; realizar, periodicamente, auditorias

de conformidade nos planos regionais, examinando as contas do PLAM-CNE/RJ, de forma a

assegurar a correta utilização dos recursos, examinar as despesas da rede credenciada;

12

examinar os relatórios fornecidos pelas Assessorias atuariais e Auditorias Médicas de cada

plano regional; fiscalizar o cumprimento das orientações e propor, após estudo, medidas

saneadoras aos planos regionais; propor alterações no REGPLAM.

Cabe ao CCR: estabelecer o calendário de reuniões e informar ao gestor Regional ou

Comitê Gestor; fiscalizar o cumprimento das obrigações da CNEN; garantir a transparência

do plano; propor diretrizes, metas e ações administrativas para a manutenção e aprimoramento

do plano; solicitar ao Gestor Regional ou Comitê Gestor auditoria interna ou externa no

plano; examinar as contas e os Balancetes Administrativos mensais do plano; analisar a

viabilidade econômico-financeira das propostas de melhoria do plano regional e as

solicitações de reajustes dos prestadores de serviços; propor alternativas que preservem o

equilíbrio econômico-financeiro do plano regional; examinar periodicamente os Relatórios

Atuariais e de Auditoria Médica; decidir sobre os casos omissos do Regulamento de Gestão.

O PLAM-CNEN oferece como benefícios: isenção de carência, se cumpridos os

prazos estabelecidos no REGPLAM; rede credenciada; internação em quarto particular;

remoções, atendimento através de Home Care; reembolso quando houver atendimento nas

cidades que não possuam rede credenciada.

Para operacionalização do PLAM-CNEN/RJ, em seu espaço físico, a DIGAT conta

com:

04 (quatro) servidores => 01 Chefe de Divisão e 03 servidores

10 (dez) funcionários da empresa de Auditoria Médica => 2 Médicos Auditores

(meio período cada um), 1 Enfermeiro Auditor interno, 1 Analista de

Credenciamento, 6 Analistas de Faturamento.

02 (dois) funcionários da empresa terceirizada (contrato com a CNEN) =>

suporte administrativo

O plano médico tem contrato com duas empresas terceirizadas, responsáveis pela

auditoria médica e a outra pelo sistema informatizado do plano.

A primeira empresa é a responsável pela prestação de serviços técnicos de auditoria

médica, interna e externa, de central de atendimento 24 horas – CALL CENTER, de

assessoria médica e de digitação de faturas, notas fiscais e recibos para o PLAM-CNEN/RJ.

Os serviços efetuados pela empresa são os seguintes:

Auditoria de credenciamento, de averiguação e descredenciamento:

Auditoria pré-eventos e perícia médica

Auditoria de grande risco

13

Auditoria preventiva ou concorrente

Auditoria nas solicitações de reembolso de serviços prestados

Auditoria pós-faturamento

Atendimento 24 horas – CALL CENTER - através de 0800 (ligação gratuita), com

médico

Assessoria média e digitação das faturas, notas fiscais e recibos

Para realizar todos esses serviços, a empresa disponibiliza 12 funcionários, sendo 9

locados no espaço físico da DIGAT, 1 locado na unidade de Poços de Caldas e mais 2

funcionários externos (Médico e Enfermeiro auditores).

O contrato é feito com validade de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado por igual e

sucessivo período, até o limite de 60 (sessenta) meses, ao fim do que, é feita nova licitação

para contratação.

A empresa de informática foi contratada para implantação e manutenção de sistema

informatizado para o PLAM-CNEN, contemplando serviços de assistência técnica e

atualização de versão, expansão, configuração, treinamento e manutenção com suporte

técnico para o software, para disponibilização de acesso ao sistema para todos os usuários.

Fazem parte da Divisão, duas recepcionistas, da empresa terceirizada pela CNEN, que

auxiliam no suporte administrativo: toda a parte de secretaria, atendimento telefônico, cópias

Xerox, etc.

14

O Plano de Custeio do plano também é diferente para os planos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, conforme quadro abaixo:

GRAU DE DEPENDÊNCIA

CONTRIBUIÇÃO (%) TETO DE CONTRIBUIÇÃO (R$) PISO DE

CONTRIBUIÇÃO (R$)

PLAM/RJ PLAM/CDTNPLAM/IPEN+ Taxa Fixa

PLAM/RJ PLAM/CDTN PLAM/IPEN PLAM/CDTN

Cônjuge/Companheira 3,5 0,4 3,0 + 50,00 488,00 400,00

Filho/Sob Guarda/ Enteado até 21 anos

0,5 0,4 1,0 + 40,00 143,00 80,00

Filho/Sob Guarda/ Enteado maior de 21 anos

3,0 2,6 1,0 + 70,00 150,00 80,00 110,00

Irmão 7,0 3,0 4,0 + 250,00 350,00 500,00 100,00

Mãe 7,0 3,0 4,0 + 250,00 857,00 500,00 100,00

Neto 0,5 2,6 4,0 + 250,00 143,00 80,00 100,00

Pai 7,0 3,0 4,0 + 250,00 857,00 500,00 100,00

Titular 3,5 2,6 3,0 + 50,00 488,00 400,00

Quadro 7 - Plano de custeio do PLAM-CNEN

Para o Plano do Rio de Janeiro incidem, ainda:

Coparticipação de 30% sobre eventos de pequeno risco (beneficiário não internado)

Não incidência de coparticipação sobre eventos de grande risco (beneficiário internado)

Cota da União cobrada do beneficiário titular nos casos de filho(a)/sob guarda/enteado(a)

entre 21 e 24 anos, quando não estudante de curso regular reconhecido pelo Ministério da

Educação e dependentes econômicos do servidor, e para dependentes: irmão, mãe, pai,

neto e filhos entre 24 e 30 anos.

Para o Plano do CDTN incidem, ainda:

Coparticipação de 10% sobre eventos de pequeno risco (beneficiário não internado), com

teto de R$ 50,00 por beneficiário.

Para o Plano do IPEN incidem, ainda:

Taxa fixa cobrada por beneficiário, concomitante com a contribuição;

Coparticipação de 15% sobre eventos de pequeno risco (beneficiário não internado), com

teto de R$ 150,00 por beneficiários;

Coparticipação de R$ 50,00 sobre a hotelaria, por dia de internação em apartamento, com

teto de R$ 500,00 por beneficiário;

Não incidência de coparticipação para beneficiário internado em enfermaria.

4. ANÁLISE

De uma maneira geral os beneficiários apresentaram várias críticas à gestão do plano

médico. A primeira delas referiu-se à administração feita por pessoas que não pertencem ao plano,

fato que acaba gerando desconfiança quanto ao empenho da Chefia em buscar soluções que

possam trazer melhorias para o plano, sejam administrativas, técnicas ou financeiras. Apontaram,

também, a necessidade de capacitação para os servidores que trabalham na gestão do plano ou a

contratação de uma empresa de administração de planos de saúde, auditada e supervisionada por

servidores da CNEN e beneficiários do plano.

A falta de transparência nos processos foi outro ponto levantado nas respostas, citando

como exemplo o desconhecimento dos critérios utilizados para credenciamento de serviços,

X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014

16

reuniões do CCR sem que os beneficiários saibam o que vai ser discutido e que decisões foram

tomadas, etc.

A implantação de um sistema informatizado em que o beneficiário teria acesso a várias

informações além da rede credenciada poderia ser um ponto positivo do plano, mas, infelizmente,

não funciona assim. O sistema é de difícil acesso e está desatualizado.

O único ponto positivo apresentado referiu-se à autorização de procedimentos diretamente

pelo CALL CENTER, acabando com os deslocamentos dos beneficiários até o Médico Auditor.

Mesmo assim, criticaram bastante o serviço que nem sempre funciona a contento.

6. CONCLUSÃO

Após análise das respostas fornecidas pelos beneficiários, pode-se dizer que a questão

principal da presente pesquisa foi respondida, mesmo que de uma forma negativa, isto é, frente às

condicionantes de gestão de um plano de saúde na modalidade de autogestão, o PLAM-CNEN/RJ

não garante uma boa qualidade de vida e não permite o acesso a um sistema de saúde que atenda

às necessidades dos beneficiários.

O objetivo principal foi alcançado, na medida em que foi possível avaliar o PLAM-

CNEN/RJ frente às condicionantes de gestão de um plano de saúde na modalidade de autogestão e

à Lei nº 9.656/98, através de um modelo de questionário criado especificamente para esse fim.

Os objetivos específicos também foram atingidos, pois foi possível identificar e analisar a

estrutura de gestão do PLAM-CNEN/RJ, através da criação desse modelo de avaliação e aplicá-lo

em uma amostra de beneficiários.

Como resultado dessa avaliação, pode-se dizer que, a participação ou não existe ou ainda é

muito tímida, consequência de um círculo vicioso: a Direção do plano não busca motivar e

mobilizar os beneficiários em torno do objetivo comum (a melhora do plano), acarretando o

desinteresse dos beneficiários em participar e conhecer a forma de gestão do mesmo.

A flexibilidade da autogestão só é reconhecida através do relacionamento pessoal dos

beneficiários com o plano médico. Todos desconhecem como essa dimensão pode ou não facilitar

o relacionamento com os prestadores de serviços médicos.

A falta de informação e participação transparece, também, na avaliação do custeio e na

formação da rede credenciada, pontos críticos na gestão de um plano de saúde. A rede deveria ser

composta de acordo com as necessidades dos beneficiários e o custeio deveria ser discutido entre

X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014

17

os participantes através de um embasamento técnico, mas ao mesmo tempo, claro e transparente

da situação do plano que possa subsidiar as discussões.

Não há integração com a área de Medicina Ocupacional o que poderia permitir o

mapeamento de riscos e definição de programas de promoção à saúde e prevenção de doenças para

os beneficiários e seus dependentes, buscando a melhora na qualidade de vida, melhor

desenvolvimento e performance dentro da Instituição.

De uma maneira geral e diante das considerações feitas pelos beneficiários podem-se

determinar alguns pontos chave que prejudicam a gestão do plano:

Informação

Transparência

Mobilização

Participação

Escolha da Chefia

Capacitação dos servidores para trabalhar na área

Basicamente, falta informação sobre o plano. Reuniões nas quais fossem explicadas, em

detalhes, o funcionamento do plano, as dificuldades encontradas em todas as áreas, a necessidade

e o processo de contratação de empresas terceirizadas para a realização dos serviços, os critérios

utilizados para o credenciamento ou descredenciamento de serviços, etc, talvez servissem para

mostrar aos beneficiários os problemas envolvidos na administração de um plano de saúde.

Essas informações não poderiam ser em uma linguagem técnica, mas sim acessível a

qualquer tipo de beneficiários, de uma maneira clara e transparente.

Campanhas de mobilização poderiam ser bem vindas buscando maior participação dos

beneficiários. Essa participação, no entanto, não pode se restringir apenas à participação nas

reuniões. É necessário criar um canal de comunicação direta do beneficiário com a gestão do

plano através do qual pudesse enviar sugestões, elogios, críticas ou dúvidas, em que todos

pudessem participar e tivessem retorno imediato, positivo ou negativo. Conhecendo e sempre

sendo informado sobre o que acontece no plano médico, o beneficiário se interessaria mais em

participar.

É preciso agilizar a divulgação de informações importantes como inclusões e exclusões de

credenciados. Como colocado em suas considerações, os beneficiários se ressentem de uma

relação de hospitais de emergência atualizada e de um sistema de busca de credenciados mais

dinâmico, fácil e confiável.

X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014

18

Outro ponto bastante levantado pelos beneficiários foi com relação à escolha das Chefias

para o plano médico. A escolha não pode ser política e sim, técnica. Não aceitam, como vem

acontecendo, que a Chefia não faça parte do plano. O pensamento é que essa Chefia não irá se

preocupar com a melhora da rede credenciada, a diminuição do custo, a melhora da qualidade do

plano, já que não faz parte dele.

A capacitação dos servidores que trabalham na área também é outro ponto importante e

necessário.

Baseados nas conclusões acima podem ser propostos alguns trabalhos que contribuiriam

para a melhora da gestão do PLAM-CNEN/RJ:

1) Criação de um canal de comunicação exclusivo entre a gestão do plano e os

beneficiários, seja através de meio eletrônico ou tradicional, que facilitasse a integração

entre as partes.

2) Criação de relatórios atualizados e de fácil acesso e compreensão para que todos os

beneficiários conhecessem a situação financeira do plano, de forma transparente,

buscando maior participação e envolvimento dos beneficiários nas questões que

envolvem o plano.

3) Reuniões periódicas para esclarecer dúvidas e ouvir críticas e sugestões que possam

melhorar o plano, de acordo com as necessidades e expectativas dos beneficiários.

4) Programa de capacitação específico para os servidores que trabalham na área.

5) Projeto de integração com a área de Medicina Ocupacional buscando a melhora da

qualidade de vida dos servidores e beneficiários

Atualmente, a saúde não pode ser vista simplesmente como um benefício ou obrigação da

empresa, mas sim como um fator determinante para o bem estar, produtividade e retenção de

talentos do grupo de trabalhadores. Quando isso se dá, a saúde passa a ser uma estratégia alinhada

com a visão macro da empresa, alterando o foco e transformando os gastos com a assistência em

ganhos.

A empresa tem sua parte na responsabilidade de zelar pela saúde do trabalhador e, no

momento em que isso é transferido apenas para ele, acontecem evasões do plano de assistência

médica que prejudicam o trabalhador.

X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014

19

Com isso, os trabalhadores mais novos acabam seguindo o caminho das operadoras

privadas de saúde que oferecem planos mais baratos para as faixas etárias menores que,

teoricamente, consomem menos em saúde.

A autogestão além de não ter fins lucrativos, distingue-se pela transparência de ações e

pela gestão responsável dos recursos disponíveis, com a participação direta dos trabalhadores em

todos os processos que envolvem a gestão do plano de saúde.

Essa gestão da assistência à saúde que envolve tanto os trabalhadores da empresa quanto

seus dependentes, transforma-se em um importante instrumento para definição de programas de

promoção à saúde e prevenção de doenças, específicos para a população assistida.

Em síntese, a sobrevivência de um modelo de autogestão está centralizada no equilíbrio da

equação que submete os gastos à incorporação de novas tecnologias, mudanças epidemiológicas,

surgimento de novas necessidades de saúde e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, Aderbal José de; SOUZA, Catarina da Silva. Princípios e Valores da Autogestão

Cooperativista na tomada de decisão: um Estudo de caso na Cooperativa de Trabalho

Multidisciplinar Potiguar. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM GESTÃO

SOCIAL, 4. Anais. Lavras, Minas Gerais, 2010.

AUTOGESTÃO EM SAÚDE NO BRASIL - 1980-2005: História da Organização e consolidação

do setor. São Paulo: Unidas, 2005. Disponível em:<

http://www.unidas.org.br/universidade/livro_autogestao_saude_brasil.pdf>. Acesso em: 11 mar.

2012.

BAHIA, Lígia. Mudanças e Padrões das Relações Público-Privado: Seguros e Planos de Saúde

no Brasil. Tese (Doutorado) - Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação

Oswaldo Cruz Rio de Janeiro, 1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Caderno de

Informação da Saúde Suplementar. Rio de Janeiro: ANS, mar. 2013, p. 36. Disponível em: <

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/caderno_informacao_suplementar_mar2013.pdf>.

Acesso em: 25 mar. 2013.

X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014

20

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. A economia solidária. 2012. Disponível em:

<http://portal.mte.gov.br/ecosolidaria/a-economia-solidaria/>. Acesso em: 15 dez. 2012.

CNEN - COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. Atividades. Disponível em:

<http://www.cnen.gov.br/acnen/atividades.asp>. Acesso em: 17 jun.2013.

_______. Relatório de Gestão do exercício de 2012. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:

<http://www.cnen.gov.br/acnen/relatorios/rel-gestao-2012.pdf>. Acesso em: 17 jun.2013.

CORRÊA, Luís O. R. Economia Popular, Solidária e Autogestão: o papel da educação de Adultos

neste novo cenário. In: ECONOMIA SOLIDÁRIA. V. 1, p. 76-88. Disponível em:

<http://www.uff.br/incubadoraecosol/docs/ecosolv1.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2012.

ESCOREL, Sarah et al. O Programa de Saúde da Família e a construção de um novo modelo para

a atenção básica no Brasil. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health, v. 21, n. 2, p.

164-176, 2007.

GAMA, Anete Maria. Caracterização da Autogestão no processo de regulamentação do setor

suplementar de saúde. Dissertação (Mestre em Saúde Pública) - Curso de Saúde Pública,

Departamento de Ciências Sociais, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2003.

GEHRING-JÚNIOR, Gilson; SOARES, Stuart Enes; CORRÊA-FILHO, Heleno Rodrigues.

Serviços de Saúde do Trabalhador: a cogestão em universidade pública. São Paulo em

Perspectiva, v. 17, n. 1, p. 98-110, 2003.

GROTTI, Dinorá Adelaide Musetti. As Agências Reguladoras. Revista Eletrônica de Direito

Administrativo, Salvador, n. 6, maio/junho/julho 2006.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios. Acesso e Utilização de Serviços de Saúde 1998. Rio de Janeiro: IBGE, 2000.

Disponível em: <

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad98/saude/saude.pdf>

. Acesso em: 11 mar. 2012.

LADEIA, Carlos R.; NATÁRIO, Elisete G. Autogestão no Capitalismo: uma equação complicada

– Princípios da Economia Solidária. In: ENCONTRO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA, 3. Anais.

NESOL; USP, 2005.

X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014

21

LAVILLE, Jean Louis. Ação pública e economia: um quadro de análise. In FRANÇA FILHO et

al. Ação pública e economia solidária: uma perspectiva internacional. Porto Alegre: Editora da

UFRGS, 2006.

Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998.

LUZ, Madel Therezinha. Notas sobre as políticas de saúde no Brasil de "transição democrática":

anos 80. Physis - Revista de Saúde Coletiva, v.1, n.1, p. 77-96, 1991.

NASCIMENTO, Claudio. A Autogestão e o “Novo Cooperativismo”. In: SEMINÁRIO

NACIONAL DE AUTOGESTÃO, 2003. Anais. Brasília, maio 2004.

PINTO, Florentino Carvalho. Uma História do Cooperativismo sob a Perspectiva Utópica. ReAC

– Revista de Administração e Contabilidade da FAT, Feira de Santana, v. 1, n. 1, p. 65-79,

junho/dezembro, 2009.

POLIGNANO, M. V. Histórias das políticas de saúde no Brasil: uma pequena revisão.

Disponível em: <www.medicina.umg.br/dmps/internato/saude_no_brasil.pdf>. Acesso em: 11

mar. 2012.

VARGAS, Jeferson Dutra de. História das Políticas Públicas de Saúde no Brasil. Revisão da

literatura. (Trabalho de Conclusão de Curso) - Curso de Formação de Oficiais do Serviço de

Saúde, Especialização em Aplicações Complementares às Ciências Militares, Escola de Saúde do

Exército, Rio de Janeiro, 2008.

YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.