gestao 2 ambiente economico

26
2.1 O contexto da União Económica e Monetária 2.2 Mercados Procura e seus determinantes Bens substitutos e complementares Elasticidade da procura Oferta e seus determinantes Equilíbrio de Mercado Custos e Tecnologias Economias de Escala, de Gama e de Experiência Estruturas de mercado O Papel do Estado 1 GESTÃO 2. O AMBIENTE ECONÓMICO 3. O ambiente económico. Mercados 2 Meio envolvente global: o ambiente económico A empresa insere-se num ambiente macroeconómico, tomando as suas decisões num determinado contexto de: crescimento do PIB (produção interna do país), inflação (crescimento dos preços), nível das taxas de juro (preço do dinheiro), situação do mercado de trabalho (desemprego, qualificações disponíveis, mobilidade, …), nível de optimismo dos consumidores (maior ou menor predisposição para comprar), envolvente internacional (contexto de união monetária, de zonas de comércio livre, situação económica dos principais parceiros, etc.),

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GESTAO

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  • 2.1 O contexto da Unio Econmica e Monetria2.2 Mercados

    Procura e seus determinantesBens substitutos e complementaresElasticidade da procuraOferta e seus determinantesEquilbrio de MercadoCustos e TecnologiasEconomias de Escala, de Gama e de ExperinciaEstruturas de mercadoO Papel do Estado

    1

    GESTO2. O AMBIENTE ECONMICO

    3. O ambiente econmico. Mercados 2

    Meio envolvente global: o ambiente econmico

    A empresa insere-se num ambiente macroeconmico, tomando as suas decises num determinado contexto de: crescimento do PIB (produo interna do pas), inflao (crescimento dos preos), nvel das taxas de juro (preo do dinheiro), situao do mercado de trabalho (desemprego, qualificaes

    disponveis, mobilidade, ), nvel de optimismo dos consumidores (maior ou menor

    predisposio para comprar), envolvente internacional (contexto de unio monetria, de

    zonas de comrcio livre, situao econmica dos principais parceiros, etc.),

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 3

    O Ambiente Econmico Para alm desta envolvente macroeconmica,

    a empresa relaciona-se com fornecedores e clientes e interage a nvel microeconmico com as suas concorrentes, procurando desenvolver as estratgias mais adequadas.

    Estas estratgias so funo, entre outros factores, da estrutura de mercado (de que vamos falar mais frente).

    E a empresa actua dentro de um Mercado. O Mercado o ponto de encontro da procura (os que

    querem comprar um determinado bem ou servio) e da oferta (os que querem vender esse bem ou servio).

    3. O ambiente econmico. Mercados 4

    O Ambiente Econmico Economia de mercado

    Economia que afecta os recursos atravs de decises descentralizadas das empresas e famlias nos mercados onde interagem:

    As famlias decidem o que comprar e onde trabalhar; As empresas o que produzir e quem contratar.

    As sociedades gerem recursos escassos e produzem e distribuem bens e servios numa tentativa de satisfazer as preferncias e as necessidades dos seus membros.

    Nota: O Mercado, tem regras: regulao e superviso de mercados

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 5

    Alguns Conceitos EconmicosComo que as pessoas tomam decises?

    Mltiplos objectivos; restries Tradeoffs:

    No existem almoos grtis A tomada de deciso implica abdicar de algo

    Ex: esplanada ou aula?

    O custo de algo corresponde ao melhor de que se tem de abdicar para o obter: Custo de Oportunidade

    3. O ambiente econmico. Mercados 6

    Alguns Conceitos Econmicos A troca/comrcio pode beneficiar todos:

    Permite cada um especializar-se no que faz melhor; Vantagem absoluta vs. comparativa.

    Os mercados so habitualmente uma boa forma de organizar a actividade produtiva Mo invisvel (Adam Smith).

    O Estado/Governo pode, por vezes, melhorar o resultado da economia de mercado.

    Principais agentes econmicos: empresas, consumidores, Estado.

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 7

    Despesa

    Bens eservioscomprados

    Receita

    Bense serviosvendidos

    Trabalho, terrae capital

    Rendimento

    = Fluxo de inputs e outputs

    = Fluxo de euros

    Factores deproduo

    Salrios, rendase lucros

    EMPRESAS Produzem e vendembens e servios

    Contratam e utilizamfactores de produo

    Compram e consomembens e servios

    Detm e vendemfactores de produo

    FAMLIAS

    Famlias vendemEmpresas compram

    MERCADOSDE

    FACTORES DE PRODUO

    Empresas vendemFamlias compram

    MERCADOSDE

    BENS E SERVIOS

    Copyright 2004 South-Western

    O funcionamento da EconomiaOs fluxos circulares no(s) mercado(s)

    PROCESSOS DE INTEGRAO ECONMICAZona de comrcio LivreUnio aduaneiraMercado comumUnio econmica e monetriaUnio Poltica

    2.1 O contexto da Unio Econmica e Monetria

  • 9

    Unio Econmica vs Unio Monetria Unio Monetria = Moeda nica nas e entre as regies

    da unio

    Unio Econmica = Liberdade de circulao dos (4) factores de produo no espao da Unio: Pessoas; Bens; Servios; Capitais.

    Portugal (zona escudo) era uma Unio Econmica e Monetria (UEM) escala nacional.

    Unio Econmica e Monetria (Europeia) Com a moeda nica (), o que se passava escala nacional transpe-se para a escala europeia.

    A Unio Monetria formada por todos os pases que aderiram ao euro.

    A Unio Europeia , para os seus membros, um grande mercado nico com crescente liberdade de circulao dos factores de produo.

    Caminha-se assim, para uma Grande Unio Econmica eMonetria escala europeia.

    10

    Com a integrao na UE e com a criao do mercado nico europeu e da moeda nica europeia (o euro), PORTUGAL estnuma UEM

    Portugal deixou de ser uma pequena economia aberta, para passar a ser uma regio (de economia aberta) num grande espao econmico.

    Unio Econmica e Monetria (Europeia)

  • EFTA - Zona de comrcio livre - com reduo e eliminao de taxas alfandegrias entre os entre os estados aderentes:Portugal, Reino Unido, Suia, Noruega, Dinamarca, Sucia, ustria

    CEE - Unio aduaneira (completada em 1968) - com reduo e eliminao de taxas alfandegrias entre os entre os estados aderentes e uma pauta aduaneira comum face a outros estados: Alemanha (RFA), Frana, Itlia, Blgica, Holanda e Luxemburgo)

    Integrao progressiva dos Pases da EFTA na CEE: CEE 9 (1973): R.Unido, Dinamarca, Irlanda Acordos bilaterais de comrcio livre dos paises da EFTA com

    a CE CEE 12 (1981-1986): Grcia, Portugal e Espanha Espao Econmico Europeu UE 15 inclui: ustria, Sucia e Finlndia UE 27 - Hoje

    O processo de integrao econmica na Europa: 2 Modelos

    Mercado nico e Moeda nica

    Unificao Alem => aprofundamento da integrao econmica

    europeia (Tratado de Maastricht, 1992) A Alemanha decide

    abdicar do Marco em favor da criao duma moeda nica)

    Unio Europeia (3 Pilares):1. Comunidade Europeia

    Mercado nico, PAC, UEM, Fundos Estruturais, Poltica Comercial, Poltica de concorrncia

    2. Poltica Externa e de Segurana Comum

    3. Justia e Assuntos Internos

    INSTITUCIONALIZAO da UEM TRATADOS

    Tratado de Roma (1958)Acto nico Europeu (1987)Tratado de Maastricht (1993Tratado de Amesterdo (1999) Tratado de Nice (2003);

    Tratado de Lisboa (Aprovado 2007-Ainda no ratificado - Irlanda);

    Legislao promulgada (EU) Jurisprudncia do Tribunal de Justia da CE PESC; JAI; Tratados da UE com pases terceiros

  • ESTRATGIA DE LISBOA Agenda 2000

    Agenda (renovada) 2005

    Resulta da preocupao com a desacelerao da produtividade europeia em contraste com a dos EUA a partir de meados dos anos 90Objectivo Global: Transformar a UE numa economia baseada no conhecimento e a mais competitiva e dinmica do mundo at 2010.Pretende-se: Crescimento e desenvolvimento econmico sustentado, mais e melhor emprego, e melhor coeso social.=> Reformas coordenadas nas vertentes (estrutural, macroeconmica, emprego e proteco social, .)

    O que a Estratgia de Lisboa (2000)Aprovada pelos Chefes de Estado e de Governo no Conselho Europeu

    de Lisboa - Maro 2009

    Objectivos:Europa: Modelo de progresso econmico, social e ambiental para o mundoCompromisso Intergeracional: Assegurar o futuro das novas geraesColocar o cidado no centro do projecto europeu - As pessoas so o principal trunfo constituindo o ponto de referncia das polticas da Unio

    Prioridades da Estratgia de LisboaDesafio tecnolgico - Investimento nas Tecnologias de Informao e comunicao e na inovao com o objectivo de melhorar a qualidade de vida dos cidados

    Sociedade baseada no conhecimento - Educao (aumento das habilitaes e apoio mobilidade); formao ao longo da vida; criao de um espao europeu de investigao

    Integrao dos mercados financeiros e coordenao das polticas macroeconmicas - Consolidao oramental , qualidade e sustentabilidade das finanas pblicas

    Melhoria da competitividade - Melhorar o mercado interno e criar um ambiente favorvel ao lanamento e desenvolvimento de empresas inovadoras

    Modernizar e reforar o modelo social europeu Criar mais e melhores empregos; promover a incluso social; modernizar a proteco social

  • O balano da estratgia de Lisboa (2000)Relatrio de Wim Kok 2004

    Os objectivos no estavam a ser alcanados

    Demasiados objectivos

    sem priorizao adequada

    Conjuntura econmica desfavorvel

    Falta de orientao, coordenao e aco

    e de uma clara diviso de

    responsabilidades

    A estratgia de Lisboa (EL), tornou-se demasiado ampla para ser entendida como uma iniciativa interligada. A EL trata de tudo e portanto de nada. Todos so responsveis, e portanto ningum o

    Relanamento da Estratgia de LisboaMaro 2005

    mais focalizada

    2 prioridades

    Maior nvel de compromissodos governos nacionais atravs de Planos Nacionais

    A. Garantir um crescimento mais slido e duradouro

    B. Criar mais e melhor emprego

    Coeso social esustentabilidade

    ambiental

    Eixos fundamentais do relanamento

    1. Conhecimento e Inovao Motores de crescimento sustentvel

    2. Uma espao atractivo para investir

    e trabalhar

    3. O crescimento e o Emprego ao servio da

    coeso

    INVESTIGAOAtrair + pessoas para o mercado de trabalho: + tx emprego + feminino + prolongam/ vida activa

    UE: Comisso E e Conselho E Estabelecem os Objectivos de Long Prazo Aconselham os Estados Membros Coordenam a implementao da E.L.

    incluindo a avaliao dos resultados

    Governos Nacionais Principais responsveis pela implementao Traduzem objectivos em medidas concretas Elaboram um Plano Nacional de Reforma,

    com as Prioridades nacionais

    Relanamento da Estratgia de LisboaMaro 2005

  • A Comisso trabalhar com os Estados Membros: Apoiar os esforos visando a aplicao dos Plano Nac. de Reforma Assegurar que os instrumentos da UE, (Fundo de Coeso, ) sejam

    utilizados eficazmente para fomentar o crescimento e o emprego

    Aplicao da Estratgia de Lisboa em Portugal

    Coordenador Nacional da Estratgia deLisboa e do Plano Tecnolgico CNEL-PT

    EstruturaNacional

    Metas 2008 Polticas Transversais

    Reduzir o dficit Pblico para 2,8% do PIB 1. Crescim econmico e sustentabilidade das Contas Pblicas2. Governao e Administrao Pblica3. Competitividade e Empreendedorismo4. Investigao, desenvolvimento e inovao5. Gesto Territorial e sustentabilidade ambiental6. Eficincia dos mercados7. Qualificao, Emprego e Coeso Social

    Aumentar o Investimento pblico e triplicar o Investimento privado em I&D

    Atingir tx. crescimento anual do PIB = 2,6% Atingir taxa de emprego global = 69%

    PNACE PlanoNacional de Aco

    para o Crescimento e o Emprego

    Gabinete do Coodenador da CNEL-PT

    18

    Mercados Um mercado caracterizado pelo conjunto dos que, no mesmo espao geogrfico, pretendem:

    comprar um determinado bem ou servio (D-demand - procura) e

    vender (S supply - oferta).

    As empresas actuam num ou em vrios mercados, desenvolvendo estratgias (de marketing e outras) com vista maximizao dos seus lucros.

  • 19

    Definio de Mercado

    No caso usual dos mercados de bens e servios (de consumo final): quem pretende comprar so os consumidores quem pretende vender so as empresas ou

    instituies similares (mercado da habitao, automvel, energia, etc.)

    No caso do mercado de trabalho quem vende/oferece so as pessoas (oferta do

    seu tempo e capacidades) quem procura so as empresas.

    Relembrar fluxo circular

    20

    Definio de Mercado

    Os que pretendem comprar PROCURAM um bem/servio

    Os que pretendem vender OFERECEM um bem/servio

    Do equilbrio entre os dois lados do mercado resulta o preo do produto e a quantidade transaccionada.

    => Analisar o comportamento da Procura e da Oferta e explicar/determinar as condies de equilbrio

  • 21

    O que determina a procura? O que influencia a quantidade procurada (Qd) de um bem x: O seu preo (Px) O preo dos bens com ele relacionados:

    Substitutos Ps Complementares Pc

    O rendimento R Gostos/preferncias/Moda/Cultura Expectativas Estrutura da populao

    w

    Qdx = f ( Px, Ps, Pc, R, w, )

    22

    Determinantes da Procura: Preo Usualmente, quando o preo aumenta, a

    quantidade procurada diminui. Mas hexcepes, como em certos bens de luxo! Ou seja, todo o resto constante, quando o Px

    aumenta => Reduo da quantidade Qx

    (O grau de) variao da quantidade procurada em relao variao do preo, depende da sensibilidade dos consumidores a variaes do preo. Mede-se pela Elasticidade da procura relativamente ao

    preo: E(Q,P) = Var% Qx / Var% Px Pressuposto: todas as restantes variveis constantes, excepo do Preo

  • 23

    A funo procuraRepresentao grfica

    Variao da procura/ Deslocao da procura

    Qdx = f ( Px, Ps, Pc, R, w, )Px

    dQx/dPx < 0

    P3

    P2

    P1 Qx(Px)

    Qx3 Qx2 Qx1 Qx

    Uma variao + no preo

    Variao na Quantidade

    Ao longo da curva da procura

    Px

    P1

    Qx(Px)

    Qx1 Qx1 Qx

    Q'x(Px)

    Uma variao + da Quantidade com o mesmo nvel de preo => deslocao da curva da procura para a direita

    24

    A curva da Procura

    D

    Q

    P

    DD2

    D1

    Q

    P

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 25

    Determinantes da Procura: Bens substitutos e complementares

    Bens substitutos X e Y quando o preo de Y aumenta, a procura de X tambm aumenta. Coca-cola vs Pepsi Carne de frango vs Carne de porco

    Bens complementares Z e W quando o preo de w aumenta, a procura de Z diminui. iPod / download Computador e impressora

    26

    Determinantes da Procura:Bens substitutos

    D1

    Q1

    P1P1

    Q1D2

    D2

    Preo no mercado 1 desce, procura no mercado 2 contrai-se.No mercado 1 houve uma alterao da quantidade procurada movimento ao longoda curva.

    No mercado 2 houve uma alterao da procura deslocao da curva (hip de preode 2 constante)

    Mercado 1 Mercado 2

    P

    Q2Q2

  • 27

    Determinantes da Procura:Bens complementares

    D2D2

    Preo no mercado 1 desce, procura no mercado 2 expande-se.

    Mercado 2Mercado 1

    Q1

    P1P1

    Q1Q2 Q2

    28

    Determinantes da Procura

    Quando o rendimento aumenta

    Qdx = f(Rendimento disponvel)

    Se a procura de X aumenta

    bem normal ou superior

    Viagens de frias

    Se a procura de X diminui

    Bem inferior Pirataria de software, de msica, de filmes; comida rpida

    Gostos/Preferncias/Moda/Cultura Os consumidores no so todos iguais

    Telemveis dourados ou rosa Movimento Open Source Zara, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Pull&Bear Preferncia por produtos ecolgicos

    Estar na moda aumenta a procura de um bem

    Qdx = f ( Px, Ps, Pc, R, w, )

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 29

    Determinantes da Procura: Expectativas A deciso da compra hoje influenciada pelas

    expectativas relativamente aos preos futuros Saldos Preo de computadores Quebra generalizada de

    preos

    Se expectvel uma quebra de preos, pode haver retraco de compra/procura no momento actual

    Pelo contrrio, um agravamento expectvel de preo, poder levar antecipao de compras

    QD D2D1

    P

    3. O ambiente econmico. Mercados 30

    Elasticidade Preo da Procura

    As empresas esto especialmente interessadas em saber a sensibilidade dos seus consumidores a variaes dos preos

    Como varia a quantidade procurada quando o preo se altera?

    A elasticidade-preo da procura uma medida desta sensibilidade

    O conhecimento das elasticidades da procura importante para a poltica de preos da empresa

  • dQ x PdP Q

    Quociente entre duas e apenas 2 variaes proporcionais Elasticidade (EQ,P) = (% Quantidade procurada) / (%

    Preo) =

    Ou ED,P =

    3. O ambiente econmico. Mercados 31

    Elasticidade Preo da Procura

    De que depende a Elasticidade Preo da ProcuraPrefernciasTipo de bens / grau de necessidade:

    1 necessidadeSuprfluos

    Peso no oramento

    Presena de substitutosSer complementar de outro(s)

    Horizonte temporalE, em geral, dos determinantes da prpria procura

    dQ/dP

    Q P

    Mede-se em Mdulo

    3. O ambiente econmico. Mercados 32

    Elasticidade Procura-PreoElasticidade

    Tipo de Procura Variao de Receitas*

    < 1 Rgida ou inelsticaSe a empresa aumenta o preo, as receitas das vendas aumentam

    = 1 de elasticidade unitriaSe a empresa aumenta o preo, a receitas das vendas mantm-se

    > 1 Elstica Se a empresa aumenta o preo, as receitas das vendas diminuem*Lucro=receitas-custos

    Receitas = P * Q

    Perf rgida e perf eltica GRAFICOS

  • 33

    Exemplos de procuras em que as quantidades respondem diferentemente mesma variao do preo:

    DA DB

    P0P1

    Q0 Q1 Q0 Q1

    Elasticidade da Procura e Receitas

    Mais elstica Mais rgida

    P

    E =

    Q

    Procura Perfeitamente Elstica

    P E = 0

    Q

    Procura Perfeitamente Rgida

    34

    Elasticidade Preo da Procura

    Google americana de Espaa. Todos os direitos reservados(Referncia: EUA)

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 35

    O que determina e influencia a oferta?

    Custo dos factores produtivos - negativamente salrios, preos das matrias-primas, taxa de juro, rendasProgresso tecnolgico - positivamenteExpectativa de alterao de preos futurosConcorrncia

    A curva da OfertaS

    Q

    P S

    Q

    PS2

    S1

    3. O ambiente econmico. Mercados 36

    O equilbrio de mercado ocorre na intersecodas curvas da oferta e da procura

    Samuelson 18e

    2005 McGraw-Hill Interamericana de Espaa. Todos os direitos reservados

    Excesso de oferta = escassez de procura

    Excesso de procura = escassez de oferta

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 37

    Produo: Custos e Tecnologia

    A tecnologia- determina a combinao de factores

    Factores produtivos: capital

    fsico financeiro

    trabalho recursos naturais

    Que quantidade de factores produtivos empregar e como combin-los?

    3. O ambiente econmico. Mercados 38

    Custos fixos (CF): custos em que a empresa incorre, independentemente da quantidade produzida (ex: custos de instalao).

    Custos variveis (CV): crescentes com a quantidade produzida (ex: matria-prima). CV = f(Q)

    CT = CV + CF Custo mdio = custo fixo

    mdio + custo varivel mdio. Custo fixo mdio = CF/Q,

    sempre decrescente com Q Custo varivel mdio = CV/Q

    tendencialmente constante(mas pode ser decrescente oucrescente).

    C Total

    CT=CF+CV

    CV

    CFCF

    Q

    CV pode mais ou menos proporcionalmente com a quantidade

    CM

    CM

    CVM

    CFMQ

    CVM constante, CFM varivel, decrescente com Q

    Produo: Custos e Tecnologia

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 39

    Produo: Custos e Tecnologia

    N de trabalhadores vs dimenso da fbrica

    Curto prazo

    prazo em que nem todos os factores produtivos podem ser ajustados consoante as necessidades da empresa

    Ex: treinar pessoal especializado

    Longo prazo

    prazo suficientemente longo, em que todos os factores produtivos podem ser ajustados consoante as necessidades da empresa

    Mquinas, Instalaes

    A quantidade utilizada de alguns factores produtivos pode ser alterada com mais rapidez que a de outros

    40

    Economias de EscalaNo longo prazo, os custos das empresas podem crescer

    Crescimento de custos Variao do Rendimento

    proporcionalmente quantidade

    rendimentos constantes escala

    mais do que proporcionalmente

    rendimentos decrescentes escala =>deseconomias de escala

    menos do que proporcionalmente

    rendimentos crescentes escala => economias de escala (com Custo mdio decrescente)

    CM

    Q

    Custo

    Mdioeconomias

    de escala Desde que a dimensoda procura o justifique, no necessariamentemau operar emdeseconomias de escala.

    deseconomias

    de escala

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 41

    Economias de Gama Economias semelhantes so possveis com

    uma gama de produtos mais alargada.

    O custo de produo ou distribuio de dois ou mais produtos em conjunto mais baixo do que o custo de produo ou distribuio separado. Exemplos: Sabonetes, shampoos, amaciadores, gel de banho Hamburgers e batatas fritas produzidas pelo

    McDonalds Fnac? Economias de marketing, I&D, aprovisionamento,

    descontos de fornecedores gua engarrafada, Refrigerantes

    3. O ambiente econmico. Mercados 42

    Economias de Experincia So economias de aprendizagem. O

    custo unitrio ou mdio de produo decrescente com a quantidade produzida no passado.

    H acumulao de experincia e know-how.

    Com experincia faz-se mais e melhor=> reduzir custos por unidade

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 43

    Estruturas de MercadoAs empresas agem de acordo com (as condies/caractersticas ) do mercado onde se inserem

    Exemplos: num mercado com muitas empresas (concorrncia perfeita) estas

    no tm poder para alterar as condies do mercado e no hlugar para estratgia

    num mercado com um nico vendedor (monoplio), este tem poder para definir o seu comportamento (ex: preos), a menos que esteja ameaado por concorrncia potencial (especialmente importante em mercados de forte inovao); idem quando existem vrios, mas esto organizados em cartel

    num mercado com algumas empresas, sendo elas de dimenso semelhante, as empresas tm um elevado nvel de interaco estratgica (oligoplio) (esta interaco modelizada atravs da Teoria de Jogos, com aco e reaco das empresas)

    3. O ambiente econmico. Mercados 44

    Estruturas de Mercado

    Por vezes existem vrias empresas, mas uma dominante (por ex., quota de mercado muito elevada) -> mercado com empresa dominante.

    A maior influencia as mais pequenas e estas influenciam-se entre si (franja concorrencial), sem contudo influenciarem a empresa dominante

    Exemplos:

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 45

    Estruturas de Mercado A amplitude das economias de escala,

    conjuntamente com a dimenso da procura, determina o n de empresas que vai existir no mercado.

    Se houver economias de escala permanentes (custo mdio decrescente para toda a amplitude da procura), o mercado tenderpara ter uma nica empresa.

    Este facto no necessariamente mau para os consumidores se permitir preos mais baixos (aproveitamento das economias de escala) mas implicar a necessidade de regulao.

    3. O ambiente econmico. Mercados 46

    Estruturas de Mercado A estrutura de mercado influencia a margem

    (diferena entre o preo e o custo) que a empresa pode praticar poder de mercado.

    Esta margem tambm influenciada pela elasticidade da procura (tanto maior quanto menor for E) e pelo grau de rivalidade entre as empresas.

    Mercado muito concentrado: aquele em que uma grande parte das vendas feita por um pequeno nde empresas (no limite por apenas uma Monoplio) Essas empresas podem ter grande poder de mercado.

  • 47

    Estruturas de mercadoCARACTERSTICAS

    ConcorrnciaPerfeita Oligoplio Monoplio

    ConcorrnciaMonopolstica

    Nmero deConcorrentes

    Muitos, dedimenso

    semelhante

    Alguns, degrande

    dimenso

    Um, degrande

    dimenso (ou vrios, em

    cartel)

    Muitos

    Barreiras Entrada

    Inexistentes Considerveis Intransponveis Poucas

    ProdutosSubstitutos

    Benshomogneos

    Bens podem ser

    homogneos ou

    diferenciados

    InexistentesExiste

    diferenciao

    Poder deMercado dasEmpresas

    Inexistente Dependente dainteracoestratgica

    ConsidervelDepende da

    diferenciao

    ExemplosMercados de

    produtos agrcolas

    Operadores de telemveis,

    refrigerantes

    Electricidade para consumo

    domstico, SportTV

    Cafs, retalho em geral

    48

    O Papel do Estado Em casos de monoplio (ou cartel) com abuso potencial de poder de mercado justifica-se a interveno do Estado.

    De uma forma geral, existem duas razes para a interveno do Estado, mesmo numa economia dita de mercado:

    1. Corrigir falhas de mercado (quando o mercado falha na afectao eficiente de recursos)Exs:

    Corrigir externalidades (prejudicam quando as aces de um agente ou beneficiam terceiros): limitar a emisso de poluentes; leis anti-tabaco;

    Regular a actividade de determinados sectores que so monoplio natural (ex: gua). Monoplio natural: o custo unitrio de fornecer um bem ou servio para um consumidor adicional decresce de tal forma que no faz sentido haver concorrncia atravs de empresas alternativas, pois ela iria aumentar o custo do fornecimento. Impedir situaes de conluio e cartelizao.

    Fornecer bens que o sector privado no est interessado em produzir (ditos bens pblicos, por ex. a defesa nacional)

  • 3. O ambiente econmico. Mercados 49

    O Papel do Estado2. Promover a equidade (correco de desigualdades sociais inaceitveis)

    Exs:Proceder redistribuio do rendimento, atravs

    de taxas de imposto mais elevadas para rendimentos mais elevados (impostos progressivos), atribuio de subsdio de desemprego, etc

    Estabilizar a economia, desenvolvendo para tal as polticas (monetria, oramental, cambial) adequadas (fazer subir ou descer as taxas de juro, corrigir ou permitir dfices oramentais, fazer subir ou descer o valor da moeda prpria)

    50

    Concluso As empresas tomam decises com base

    No enquadramento legal e macroeconmico No comportamento dos consumidores Nos determinantes da oferta concorrncia e sua

    posio competitiva. Em funo de medidas pblicas especficas

    A informao sobre a estrutura de custos e correspondente situao financeira fundamental para as decises da empresa (a desenvolver mais frente)

  • 2.1 O contexto da Unio Econmica e Monetria2.2 Mercados

    Procura e seus determinantesBens substitutos e complementaresElasticidade da procuraOferta e seus determinantesEquilbrio de MercadoCustos e TecnologiasEconomias de Escala, de Gama e de ExperinciaEstruturas de mercadoO Papel do Estado

    51

    O que aprendemos: