ativo - beneficio economico

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Capítulo 5 Teoria da Contabilidade Capítulo 5 Teoria da Contabilidade Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 9 8 Ativo é “conceituado comu m r e c u r s o c o n t r o l a d o p e l a e n t i d a d e c o m o r e s u l t a d o d e e v e n t o s p a s s a d o s e d o q u a l s e e s p e r a q u e f u t u r o s b e n e f í c i o s e c o n ô m i c o s r e s u l t e m p a r a a e n t i d a d e (IASB) Origem: ARS 3 (MOONITZ e SPROUSE, 1962); Definição é ampla e pode ser aplicada a diversas entidades; Definição é ampla e pode ser aplicada a diversas entidades; Influencia (limita) a apresentação das informações contábeis: O que deve constar nas demonstrações? IASB, FASB e Brasil (CPC/CVM) em sintonia. IASB, FASB e Brasil (CPC/CVM) em sintonia. Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 9 9

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Page 1: Ativo - Beneficio Economico

Capítulo 5 Teoria da ContabilidadeCapítulo 5 – Teoria da Contabilidade

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 98

Ativo é “conceituado comum recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que futuros benefícios econômicos resultem para a

entidade” (IASB)

Origem: ARS 3 (MOONITZ e SPROUSE, 1962);

Definição é ampla e pode ser aplicada a diversas entidades;Definição é ampla e pode ser aplicada a diversas entidades;

Influencia (limita) a apresentação das informações contábeis: O que deve constar nas demonstrações?

IASB, FASB e Brasil (CPC/CVM) em sintonia.IASB, FASB e Brasil (CPC/CVM) em sintonia.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 99

Futuro b fíbenefício

AtivoAtivoControladoControlado

pela entidade

Resultado de eventos

entidade

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 100

FASB: futuro benefício econômico provável;

IASB: futuro benefício econômico;IASB: futuro benefício econômico;

Futuro benefício econômico = potencial de contribuições;

Produção ou economia de caixa.

Ativos que geram benefícios econômicos:Utilização na produção de estoques ou serviços;Utilização na produção de estoques ou serviços;Trocados por outros ativos;Reduzem passivos;Reduzem passivos;Distribuídos aos proprietários.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 101

Page 2: Ativo - Beneficio Economico

IASB faz uma ligação com bem econômico;

Nem todo recurso é um ativo (escassez e utilidade);Nem todo recurso é um ativo (escassez e utilidade);

Pode ou não ter substância física nem econômica;

Ativos expirados: patente vencida, recebíveis de clientes falidos, máquina sem utilidade;

Bens e direitos não garantem ser ativos;

d dItem mais importante: gerar riqueza para a entidade;

Futuro = incerteza, o que não impede de reconhecer com , q pativo.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 102

Definido como o controle do benefício futuro a ser gerado por determinado recurso;

A empresa deve exercer os direitos de uso dos benefícios;

O IASB it t i d d ( ê i b f )O IASB evita o termo propriedade (essência sobre a forma);

Ativos são representados por direitos de utilização de riqueza. E os direitos parciais (usar mas não poder vender)?;

O caso do leasing financeiroO caso do leasing financeiro...

Para o IASB, a questão legal não supera a essência ô i j i ã é f d l d fi i ãeconômica, ou seja, isto não é fundamental para a definição

do controle e reconhecimento como ativo.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 103

Este termo evita inclusão de ativos contingentes, ou seja, não adquiridos ainda pela empresa;

Hendricksen e Van Breda: presença deste critério é questionável. Exemplo: assinatura de um contrato dequestionável. Exemplo: assinatura de um contrato de prestação de serviços.

Assim para os autores ativo é um recurso sob controle daAssim, para os autores, ativo é um recurso sob controle da entidade e que resultará em benefício econômico futuro.

Aquisição de direitos/Ativos de determinadas empresas que foram a bancarrota/faliram (VARIG);

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 104

A não inclusão da comerciabilidade;

Diferidos e Antecipados;Diferidos e Antecipados;

Contratos de Execução;

Críticas de Schuetze;

Críticas de SamuelsonCríticas de Samuelson.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 105

Page 3: Ativo - Beneficio Economico

Um ativo deveria ter a condição de ser comercializado de forma separada da entidade: goodwill;

A troca não é a única forma de obter um ativo;

O t ti b ô i é tilid dO que torna um ativo um bem econômico é sua utilidade e escassez:

A troca não faz o valor, mas revela o valor de um recurso.

Dois tipos de valor: valor de uso e valor de troca.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 106

Para Kam (1990), alguns itens não podem ser considerados como um ativo, como os impostos a compensar

É uma posição conservadora e não considera que a entidade terá uma redução no pagamento futuro do imposto

Samuelson considera que despesas diferidas não representam um direito de propriedade.representam um direito de propriedade.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 107

São acordos entre duas partes para execução de tarefas que serão realizadas no futuro

Irá gerar um passivo no futuro e um ativo, pelo serviço a ser prestado pelo empregadoprestado pelo empregado

A assinatura do contrato é o fator gerador

Pode gerar lançamentos estranhos:

Exemplo: compra de um insumo de um fornecedor, onde ocorreu umaExemplo: compra de um insumo de um fornecedor, onde ocorreu uma redução no preço. A diferença seria uma perda?

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 108

A definição é complexa, abstrata, ampla e vaga, que não pode ser usada para resolver problemas;

A definição não resolve se “algo” é um ativo;

Sí d d “ t i é ti ”Síndrome do “custo por si é um ativo”;

Para Schuetze, ativo é “caixa, direito contratual para caixa, coisas que podem ser trocadas por caixa e contratos derivativos”. (lista do que é ativo e não definições)

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 109

Page 4: Ativo - Beneficio Economico

Afirma que a principal função da definição do ativo é classificar os custos incorridos em ativos ou despesas:

A definição do Fasb/Iasb não permite fazer isto.

A definição possui três fraquezas:a) “Benefício econômico” tende a ser interpretado no sentido financeiro

e não como uso de riqueza;

b) Existe uma confusão entre estoque e fluxo. (A definição deve estar vinculada ao conceito de estoque);vinculada ao conceito de estoque);

c) Enfatiza as características econômicas e não nos aspectos jurídicos.

Ativos são direitos de propriedade ou direitos a riqueza dos serviços futurosç

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 110

O ativo deve ser considerado quanto a sua controlabilidadepor parte da entidade, subsidiariamente quanto à sua propriedade e posse;

Precisa dar algum direito de benefício futuro, ou seja,Precisa dar algum direito de benefício futuro, ou seja, precisa apresentar uma potencialidade de serviços (fluxos de caixa) futuro para a entidade;) p ;

O direito precisa ser exclusivamente da entidade: transportar uma mercadoria da entidade por uma viatransportar uma mercadoria da entidade por uma via expressa.

IUDÍCIBUS (2004, p. 139)

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 111

Processo de incorporar ao balanço um recurso econômico;

Utiliza-se de contas e valor monetário;Utiliza se de contas e valor monetário;

Divulgar em notas explicativas não é reconhecimento;

Três perguntas importantes sobre os recursos:

Vai gerar benefícios econômicos futuros?Vai gerar benefícios econômicos futuros?

É controlado pela entidade?

É derivado de eventos passados?

Materialidade, probabilidade e confiabilidade.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 112

Reconhecimento�� � �� �� � � � � � � � �� � � � � � � �� � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � �� � � � � � � � � � � � � � � �Reconhecimento�� �� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � ��� � � � � � � � �� � � � � � � � �� � � � � �� � � � � � � � � � � � � � � �� � � � �

Transitórios

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 113

Page 5: Ativo - Beneficio Economico

Mensuração = atribuir valores ao ativo;

Ativos são trocados por moedaAtivos são trocados por moeda.

Qual o valor de troca: valor de entrada ou saída?

Este valor é baseado no passado, presente ou futuro?

Momento Valor de Entrada Valor de SaídaPassado Custo histórico Preço de venda passadoPassado Custo histórico Preço de venda passado

Presente Custo corrente/R i ã

Preço de venda corrente/Reposição

Futuro Custo futuro Valor realizável esperado

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 114

Custo histórico

Mais utilizado pela contabilidade inclusive utilizadoMais utilizado pela contabilidade, inclusive utilizado pelo IBRACON na Estrutura Conceitual, pois possui vantagem de ser objetiva verificável e representar ovantagem de ser objetiva, verificável e representar o valor com que o ativo foi adquirido;

Desvantagem: pode deixar de ser representativo com o passar do tempo (reavaliação dos ativos corrigia);p p ( ç g );

A expectativa futura de rentabilidade pode mudar, bem id útil l d b t ( ã dcomo a vida útil e valor do bem aumentar (não pode

corrigir, só para baixo – impairment test).

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 115

Custo corrente

Valores registrados de acordo com o valor que seriaValores registrados de acordo com o valor que seria pago no momento presente (~custo de reposição);

Possui maior capacidade informativa do custo;Possui maior capacidade informativa do custo;

Desvantagem: perda da objetividade;

Dificuldades quando da estimativa do custo, como defasagem tecnológica;defasagem tecnológica;

Custo corrente é diferente do reposição. O corrente inclui os avanços tecnológicos enquanto que reposiçãoinclui os avanços tecnológicos, enquanto que reposição é meramente o valor atual da tecnologia passada.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 116

Custo corrente

Dificuldade de obtenção do valor monetário;Dificuldade de obtenção do valor monetário;

Valor de avaliação refere-se a estimativa diversas;

Constitui uma aproximação do custo (~valor realizável líquido);

Valor presente: valor futuro descontado a uma taxa preestabelecida. Atributos necessários: tempo, taxa epreestabelecida. Atributos necessários: tempo, taxa e valor que será convertido em caixa pelo ativo;

Problemas do VP: qual taxa? Valor de liquidação?Problemas do VP: qual taxa? Valor de liquidação?

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 117

Page 6: Ativo - Beneficio Economico

Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstrações

áb d h d dcontábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado. E l l ã d b ífiEsse processo envolve a seleção de uma base específica de mensuração.

Custo histórico, custo corrente, valor realizável (ou de liquidação) e valor presente.

Normalmente se adota o CH, mas pode ser combinado com outras bases de avaliaçãocom outras bases de avaliação.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 118

Avaliação está associada à existência de probabilidades: um evento pode ocorrer ou não?p p

Como calcular o valor esperado do evento?

Valor esperado pode não ser razoável quando uma probabilidade for muito superior a outra (95% e 5%);

Valor esperado é adequado de ser usado quando os cenários possíveis são razoavelmente equivalentescenários possíveis são razoavelmente equivalentes.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 119

Disponível: valor líquido realizável;

Investimentos temporários: valor justo valor originalInvestimentos temporários: valor justo, valor original atualizado e reduções para perda esperada;

Estoques e Clientes: ajustado pela perda esperada;

Investimentos permanentes: valor justo MEP e Custo;Investimentos permanentes: valor justo, MEP e Custo;

Imobilizado: ajustes de perdas esperadas, depreciação e exaustão, impairment test.

Intangível: amortização e impairment testIntangível: amortização e impairment test.

Prof. Jomar M. Rodrigues - Teoria Contábil: 2012/1 120