gÊnese, morfologia e classificaÇÃo do solo · anatomia, fisiologia e patologia dos animai. 9 s...

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Leonardo 0 GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO

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Leonardo

0

GÊNESE, MORFOLOGIA E

CLASSIFICAÇÃO DO SOLO

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sumário pg.

INTRODUÇÃO........................................................................... 04

1. Apresentação....................................................................... 05

2. O que vamos estudar neste curso?........................................ 06

3. Introdução a ciência dos solos............................................... 36

4. Introdução as propriedades do núcleo.................................. 37

5. Minerologia e a petrografia ................................................. 40

6. Propriedades físicas dos minerais......................................... 30

7 . Constituição minerológica da litosfera................................. 40

8. composição das rochas......................................................... 42

9 . Estrutura dos silicatos ........................................................ 43

6. Questões comentadas......................................................... 53

7. Lista de questões................................................................ 66

8. Gabarito.............................................................................. 72

9. Bibiografia.......................................................................... 73

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Olá, meus amigos e amigas!

Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom tê-los

aqui. Teremos aulas focadas para concursos nas áreas agrícolas, como

FISCAL AGROPECUÁRIO, PERÍTO POLÍCIA FEDERAL, POLÍCIA

CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS CONCURSOS. Estaremos

fazendo aulas focadas nos editais, com muitos exercícios, para que possamos

gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas como Engenharia

agrícola, flrorestal, ambiental, engenharia civil, engenharia elétrica,

Arquitetura, e muitas outras áreas.

ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO

Este curso será composto de 6 aulas em pdf totalmente explicadas e com

muitos exercícios, o suficiente para seu concurso. Então, não precisará de

livros, apostilas ou qualquer outro material. Em caso de dúvidas teremos um

FÓRUM diretamente ligados aos professores, onde você pode entrar em

contato quando julgar necessário, para esclarecimento de pontos da aula que

não ficaram tão claros, ou precisa de um aprofundamente. De sua opinião, o

site foi feito pensando em vocês, para que alcance seus sonhos, passar em

um bom concurso e se realizar profissionalmente, para isso precisamos de

excelentes materiais que é uma raridade nas áreas específicas.

Assim, este curso foi formulado para ser seu único material de estudo,

com tudo o que é pedido no edital, de forma clara e objetiva. Assim, você

economiza tempo e recurso, organizando seu cronograma de estudo conforme

a sua disponibilidade de tempo. Tendo um computador em mãos, tablet ou

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celular, vocês poderão acessar as aulas e estudar onde vocês estiverem. A

grande vantagem destes cursos em pds é que conseguimos estudar as

matérias de agronomia focadas nos concursos sem perder muito tempo na

busca de materiais, teses ou livros que não focam no que é pedido nos

concursos. E o mais importante é que resolveremos muitas questões, todas

comentadas, facilitando o estudo e sem perda de tempo na busca de questões

em provas anteriores. Digo-lhes que não temos livros de extensão rural que

abordem estes temas voltados exclusivamente para concurso. Estes materiais

são inovadores. Queremos trazer as matérias da agronomia, engenharia

florestal, engenharia ambiental para o mundo dos concurso.

Acompanhe nossa página no facebook.

Agronomia concursos

APRESENTAÇÃO

Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na

Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG (Empresa

de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). Tenho

pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o Desenvolvimento

Sustentável e em gestão de agronegócio. Iniciei o mestrado em Agricultura

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Tropical, na área de conservação de solos. Fui professor do curso técnico

agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e forragicultura, fertilidade do

solo e culturas anuais e olericultura. Sou professor de matemática e física do

ensino médio. Ministro vários cursos para agricultura familiar, entre eles

fertilidade do solo, culturas anuais, olericultura, mecanização agrícola,

cafeicultura e manejo da bovinocultura de leite. Trabalho com crédito rural

(custeio e investimento), elaborando projeto e prestando orientação aos

agricultores há 10 anos. Sou responsável pela elaboração da Declaração de

Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP)

e correspondente bancário pelo sistema COPAN.

Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização

agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,

Ministério Público, Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em outros,

mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou até hoje.

O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro, nosso

espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia. Aproveite

todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem nossos

cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a escrita e temas

que não ficaram tão claros. Espero que vocês também aprovem e gostem do

nosso material, e que ele possa ajudar na sua aprovação!

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O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?

ANÁLISE DO EDITAL

Analisemos agora a gênese, morfologia e classificação do solos conforme

edital lançado. Inicialmente, transcrevo o conteúdo programático do edital

para a área de agronomia.

PERITO CRIMINAL: MEIO AMBIENTE Botânica: Morfologia e anatomia vegetal

; Taxonomia vegetal; Solos: Química e fertilidade do solo; Física do solo;

Gênese do solo; Morfologia do solo; Sistema brasileiro de classificação de sol

os; Principais domínios pedológicos brasileiros; Análise e remediação da cont

aminação do solo; Recuperação de áreas degradadas; Evolução e classi

ficação das formas de relevo; Microflora, micro e mesofauna do solo;

Geofísica forense; Geofísica de águas subterrâneas; Mineralogia; Gemologi

a; Erosão e conservação de solos; Riscos geológicos e impactos ambientai

s; Inseticidas; Preservação, conservação e manejo de recursos naturais reno

váveis; Noções de ecologia; Poluição em agroecossistemas; Manejo de flores

tas plantadas; Dendrometria e inventário florestal; Métodos de estimação d

e volumes de madeira; Taxonomia e identificação anatômica de madeiras: es

pécies madeireiras com restrição de corte; Processos

de amostragem; Rendimento de serraria; rendimento de carvoaria. Incê

ndios florestais: causas, efeitos e dinâmica; Hidrologia e

Manejo de bacias hidrográficas; Influência das florestas no regime dos rios; A

valiação de impactos ambientais e valoração de danos ambientais; Morfologi

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a, fisiologia, genética e taxonomia de microrganismos de importância agríco

la; Transformações bioquímicas

envolvendo microrganismos do solo; Associações simbióticas entre microrgan

ismos do solo e plantas; Caracterização e ocupação dos biomas brasileiros;

Zoneamento ambiental; Estudos ambientais: tipos e aplicações; Cartografia

básica: Conceitos. Representação da Terra no plano. Sistemas de coordenad

as. Projeções cartográficas. Projeção UTM. Cartografia temática. Leitura de ca

rtas e mapas. Topografia: Conceitos. métodos de levantamento topográfico

e aplicações na área rural, Medida de distâncias e ângulos. Orientação. Posici

onamento planimétrico e altimétrico. Levantamentos planialtimétricos. Locaç

ão. Terraplenagem. Cálculo de áreas e volumes. Divisão de áreas. Instrum

entos e métodos de medição. Fotogrametria: Conceitos. Noções de téc

nica fotogramétrica. Modelo estereoscópico: obtenção, uso, geometria. Fun

damentos matemáticos da fotogrametria. Erros na fotogrametria. Aerotriangu

lação. Geodésia: Conceitos. Modelos terrestres geometria do elipsoide.

Sistemas de referência. Datum. Transporte de coordenadas. Determinaç

ão do elipsoide. Sistema de coordenadas: SAD 69. WGS 84, SIRGAS. Método

s de medida e posicionamento em geodésia. Geodésia celeste. Posicionamen

to GNSS (GPS, GLONASS e Galileo). Conceitos sobre a teoria GPS: Caracterís

ticas gerais. Estrutura do sinal GPS. Cálculo das coordenadas do receptor. D

OP. Fontes de erros GPS. Degradação da precisão. Tipos de receptores: Princi

pais características de um receptor. Aplicações de GPS. Cartografia aut

omatizada. Elementos matemáticos de computação gráfica. Estrutura de

computação gráfica. Métodos digitais. Cartografia digital: conceito. Tecnologi

a de produção cartográfica. Sistemas deInformações geográficas –

SIGs: Fundamentos em SIGs. Elementos de SIG. Sensoriamento remoto; Ge

oprocessamento. Aquisição de dados espaciais. Qualidade de dados e dos m

apas digitais. Interpretação de fotografia aéreas, imagens de radar, imagen

s a nível orbital. Fauna brasileira. Anatomia, fisiologia e patologia dos animai

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s domésticos e dos animais silvestres; Defesa animal; Noções de classificaçã

o taxonômica da fauna silvestre brasileira. Manejo de animais da fauna silves

tre brasileira; Legislação específica e normas técnicas: Lei Federal no 12.6

51/2012 e suas alterações, Lei Federal no 6.938/1981, Lei Federal no

7.802/1989, Lei Federal no 9.605/1998, Lei Federal no 9.985/2000, Lei Fe

deral no 12.305/2010, Lei Federal nº 11.428/2006. Resoluções CONAMA no 1

/1986 (alterada pelas Resoluções no 11/1986, no 5/1987 e no 237/19

97), no 357/2005 (alterada pelas Resoluções no 370/2006, no 397/200

8, no 410/2009 e no 430/2011), nº 417/2009, nº 004/1994 e nº 261/1999.

Normas da ABNT: NBR nº 10.151:2000 (versão corrigida:2003), NBR no 14.

653‐1:2001 (versão corrigida 2:2005) e NBR 14.653‐3:2004.

Assim, vamos montar nosso cronograma.

Cronograma das aulas

AULA PROGRAMA DATA

00 CONCEITOS E COMPOSIÇÃO DO SOLO, ROCHAS E MINERAIS

22/09/2017

01 INTEMPERISMO, GÊNESE DO SOLO E MORFOLOGIA DO

SOLO 06/10/2017

02

PRINCIPAIS DOMÍNIOS PEDOLÓGICOS BRASILEIROS

(AMAZÔNIA, PANTANAL, SEMI-ÁRIDO, TABULEIROS

COSTEIROS, PLANALTOS SULINOS, CERRADO, MAR DE

MORROS). EVOLUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS

DE RELEVO

13/10/2017

03 FÍSICA DO SOLO

20/10/2017

04 CONSERVAÇÃO E MANEJO DO SOLO,

RISCOS GEOLÓGICOS E IMPACTOS AMBIENTAIS,

ANÁLISE E REMEDIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DO SOLO;

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

27/10/2017

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05 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS 03/10/2017

06 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - EXERCÍCIO 10/10/2017

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INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO SOLO

A ciência do solo possui subdivisões ou especializações, com várias

especialidades relacionadas com os estudos dos solos, a maior parte visando

soluções de problemas práticos. A ciência do solo estuda os aspectos de

formação, as funções, os componentes do solo, relacionando com os demais

componentes dos ecossistemas. Desde forma, a Ciência do Solo

desenvolveuse através da contribuição de profissionais das mais diversas

áreas entre elas a Química, Física, Geologia, Biologia, Geografia, Agronomia e

outras. Assim, o termo edafologia derivado do grego edaphos = terra ou

terreno é algumas vezes usado como sinônimo de pedologia aplicada ao

estudo do solo, pode ser visto como o meio onde se cultivam as plantas,

portanto, mais ligado à Agronomia. Desta forma, a Edafologia estuda o solo

do ponto de vista de sua utilização pelas plantas, ou seja, estuda a relação

solo-planta. No Brasil, a ciência do solo subdividiu-se em várias outras sub-

áreas do conhecimento denominadas Fertilidade, Química, Física,

Microbiologia, Manejo Agrícola do Solo, etc. A Fertilidade do Solo que está

inserida na edafologia tem preocupação com a capacidade da camada mais

superficial, onde se concentra a maior parte das raízes das plantas cultivadas,

para suprimento de nutrientes essenciais, para constatação desta necessidade

de nutriente utilizamos os "testes de análise química do solo", desenvolvidos

para dar indicações relacionadas às necessidades de correção da acidez e

fertilização do solo que serão cultivado.

A pedologia também faz parte da Ciência do Solo, o nome vem do grego

e do latim ped ou pedon (terra onde se pisa) e logos (estudo). Trata-se de um

termo erudito, criado para designar o ramo do conhecimento das Ciências

Naturais que estuda os solos, seu objeto de estudo, o qual apresenta

características próprias que o distingue dos outros elementos da paisagem,

assim pedologia trata dos estudos relacionados com a identificação, a

formação, a classificação e o mapeamento dos solos. Desta forma, o pedólogo

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interessa-se tanto pela camada superficial como também pelas demais e

procura entender a sua formação através da pedogênese. Ele considera o solo

como um objeto em si próprio, não se preocupando de imediato com

aplicações práticas, desta forma, o solo é algo dinâmico que teve sua formação

iniciada a partir de uma rocha que se desagregou mecanicamente e se

decompôs quimicamente, até formar um material solto que, com o passar do

tempo, se espessou, modificando-se e individualizando-se. Desta forma, o

conceito de solo, nome que origina-se do Latim solum significa suporte,

superfície, base. A concepção de solo depende do conhecimento adquirido a

seu respeito, de acordo com o modelo conceitual que ele representa nas

diferentes atividades humanas seja na área de engenharia civil na construção

de uma casa ou prédio, para o engenheiro de minas, analisando um detrito

que recobre as rochas e os minerais; para os agrônomos, a camada superficial

da litosfera que sustenta as plantas. O solo tem sido estudado e interpretado

de diferentes maneiras a medida que os conhecimentos do homem evoluem.

Para a Ciência do Solo o importante ir além de uma conceituação

simplista, definindo o que vem a ser um solo ou o solo. As definições são as

mais variedades, e no primeiro momento não parece surgir duvidas quando

ao conceito, mas a tarefa de defini-lo tem se mostrado árdua, baseando na

grande variedade de definições sugeridas ao longo da história da referida

ciência. Tomando por base Marcos (1982), não é possível conseguir uma

definição universalmente aceita, ou que satisfaça a todos não existindo uma

definição totalmente verdadeira ou falsa, apropriada ou não, no entanto

algumas definições são mais aceitas devido a sua apresentação em

congressos, ou por ser mais utilizadas por cientistas renomados. Assim,

podemos conceituar o solo como sendo “Uma coleção de corpos naturais que

ocupam porções da superfície da Terra, que sustentam plantas e que têm

propriedades definidas ao efeito integrado do clima e organismos, atuando

sobre o material de origem; este efeito é condicionado pelo relevo durante

períodos de tempo” (SOIL SURVEY STAFF, 1951), esta outra definição de

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VIERA (1975) “Solo é a superfície inconsolidada que recobre as rochas e

mantêm a vida animal e vegetal da Terra. É constituído de camadas que

diferem pela natureza física, química, mineralógica e biológica, que se

desenvolvem com o tempo sob a influência do clima e da própria atividade

biológica”. A EMBRAPA (1999), não poderia deixar de dar a sua contribuição

dizendo que solo “É uma coleção de corpos naturais, constituído de partes

sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por

materiais minerais e orgânicos, que ocupam a maior parte do manto

superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva

e podem ser vegetados na natureza, onde ocorrem. Ocasionalmente podem

ter sido modificados por atividades humanas...”.

“Assim, sendo difícil formular uma definição que seja universalmente aceita,

o problema da definição do solo permanecerá sem solução, acrescenta United

States Department (1975)”:

“Uma vez que não se pode se distinguir com precisão, em todas as

situações, entre o que é e o que não é parte do solo, uma definição breve,

precisa e geral é, talvez, impossível.”

Na Pedologia, o solo tem sido estudado, interpretado e definido

diferentemente, “à medida que os conhecimentos sobre a sua complexidade

evoluíram”, por isso uma tentativa de definição hoje é muito mais difícil que

no passado. Contudo, podem ser destacadas, através da observação das

definições ou conceituações sugeridas ao longo da referida ciência,

características importantes e propriedades que contribuíram de forma

significativa para a compreensão do solo, sendo o solo assim caracterizado:

a) Como meio para o desenvolvimento das plantas

b) Corpos naturais organizados e sendo produto da alteração de

materiais orgânicos e minerais.

c) Com capacidade de armazenar e transformar resíduos.

Também podemos notar diversas definições de solo, ao longo da

trajetória da Pedologia. Assim, Beck et al. (2000) define o solo como “corpo

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natural da superfície terrestre, constituído de materiais minerais e orgânicos

resultantes das interações dos fatores de formação (clima, organismos vivos,

material de origem e relevo) através do tempo, contendo matéria viva e em

parte modificado pela ação humana, capaz de sustentar as plantas, de reter

água, de armazenar e transformar resíduos e suportar as edificações.”

Através deste conceito TZAPINCO, 1994, nos diz que podemos medir o nosso

nível de responsabilidade com a natureza e com os nossos semelhantes,

cuidando e cultivando com mais responsabilidade o nosso solo, preservando

o ambiente e a fonte de nosso sustento.

Deste modo, vemos que solo e estudado e utilizado como base para

cultivo de plantas a muito tempo, tendo isso ocorrido nos primórdios da

humanidade, sendo isso comprovado por meio de escritos que datam o ano

2500 a.C. que menciona sobre a fertilidade da terra, Heródoto 2000 a.C. e

Teofrasto 3000 a.C. também deixaram registros sobre fertilidade do solo.

Entre os romanos vários escritos foram deixados sobre o tema sendo

condensado por Petrus Crescentuis, em 1240, em um livro intitulado "De

Agriculture Vulgare". No século XVIII apareceu a teoria fisiológica de

Mitscherlich dizendo que o solo era um mero reservatório passivo de nutriente

as plantas, considerando o solo como um objeto estático, só como

sustentáculo das raízes.

No início do século XIX esse conceito foi rejeitado com o aparecimento

da teoria Húmica de A. Von Thaer que dizia serem apenas as substâncias

orgânicas responsáveis pela fertilidade do solo, esta teoria foi abandonada,

mais hoje se sabe que em parte é verdadeira. Com o surgimento da teoria

mineral de Justus Von Liebig, em 1840, foi determinado que as substâncias

minerais do solo é que fazem a alimentação das plantas através da entrada

no metabolismo vegetal. Logo em seguida Humphreey Davy apoiou a teoria

de Liebig reconhecendo a importância da rocha matriz para a fertilidade do

solo, não sabendo explicar como uma rocha poderia formar tipo de solo

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diferentes. Com Carl Sprengel de 1830-1840 apareceram os conceitos de que

o solo é função da influência do clima e dos seres vivos.

Vasilí V. Dokuchaev, em 1887, após observações de solos na Rússia nas

diversas latitudes estabeleceu relação entre o clima e a genesis e a evolução

do solo, falhando no fator clima, onde deu mais ênfase a ele em detrimentos

dos demais fatores, estabelecendo a primeira classificação de solo

denominada de classificação climática, sendo essa definição modificada por

Nikolai M. Sibirtizev, discípulo de Dokuchaev, onde propôs a classificação dos

solos dividida em três zonas climáticas sendo: solos zonais, intrazonais e

azonais. Agora, são estabelecidos o estudo do solo a partir do conhecimento

do perfil. Em 1917, Wiegner definiu o solo como um sistema disperso

obedecendo as leis químicas de dispersão considerando o solo como um corpo

ativo e não mais estático. Marbut estabeleceu em três metros a profundidade

do perfil de um solo, o que determinou contestação por ser a profundidade

variável em diferentes solos. G. Milne, em 1935, efetuando pesquisas nas

colônias inglesas mostrou existir agentes erosivos que atacaram a rocha

produzindo depósitos de materiais estabelecendo também a importância do

relevo na formação do solo.

Assim, a pedologia notabilizou-se como ciência por volta da segunda

metade do século XIX, estudando o solo como um verdadeiro e peculiar corpo

vivo da natureza, e o pedólogo passa a ver o solo como um objeto completo

de estudos básico-aplicados, usando método cientifico de induções e deduções

sucessivas, sendo o solo uma coleção de corpos naturais dinâmicos, que

contem matéria viva, resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha,

cuja transformações se realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo

de relevo.

A consideração da pedogênese como sendo o desenvolvimento do solo

permitiu uma tipologia e uma cartografia de solos mais racionais do que

aquela baseada sobre uma razão experimental. Assim, o solo não é mais visto

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como um material, resíduo da transformação de rochas, mas como uma

entidade natural, passando a ser considerado um corpo da natureza,

independente e variável, evoluindo ao longo do tempo sofrendo influência dos

fatores de diferenciação: as rochas, os climas, a topografia, os seres vivos, a

idade do solo. O solo é dotado de historicidade e de geograficidade

(BOULAINE, 1989, p. 5).

Conforme Boulaine (1989), no decênio 1980–1990 a ciência do solo se

depara com um duplo problema onde há a vulgarizar dos conhecimentos

adquiridos em colocar à disposição a todas as possibilidades que existem, de

melhorar consideravelmente o funcionamento dos solos e, em consequência,

a produção agrícola e o controle dos casos, ainda numerosos, onde a

fragilidade do solo como um recurso não renovável, manifestando por meio

de técnicas ancestrais que necessitam ser corrigidas como a erosão,

salinidade, fertilidade, dentre outras por meio de técnicas modernas ainda

mal dominadas.

Assim, a organização da informação sobre solos permitiu a elaboração

de sistemas classificatórios agrupando segundo suas semelhanças,

reconhecendo suas características e suas limitações e servindo de base para

o planejamento de uso da terra, surgindo aqui no Brasil, o Sistema Brasileiro

de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999, p. 1).

Agora, devido à grande ênfase dada ao estudo do solo para a produção

de alimentos, ela passa quase que integralmente ao âmbito das instituições

de ensino e pesquisa ligadas ao desenvolvimento agrícola. Assim dentre os

diversos conceitos de solo destacamos os seguintes:

1 - O SOLO COMO MEIO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS

O conceito vulgar, do solo ser a capa mais superficial do Globo terrestre,

é tão antiga como a própria humanidade. As múltiplas guerras existentes,

desde os tempos idos, sempre visaram à suas conquistas sendo que dele que

retiramos a nossa subsistência e onde construímos nossos lares. Assim,

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podemos ver os diversos conceitos de solo começando por ser um meio para

o desenvolvimento das plantas sendo este conceito o mais antigo de solo,

provavelmente desenvolvido a partir do momento em que a humanidade

passou a cultivar plantas para sua subsistência, marcados por evidências

arqueológicas indicam o início da agricultura há cerca de 7000 anos antes de

Cristo na Mesopotâmia e há 6500 anos depois de Cristo no México, com o

objetivo de produção e alimento alimentos e fibras.

Também podemos conceituar o solo como regolito, compreendendo

como sendo a porção superior da crosta terrestre a litosfera, mais

precisamente a porção superior do regolito (Figura 1). O regolito é o material

solto, constituído de rocha alterada e solo, que ocorre acima da rocha

consolidada. A rocha alterada constitui o material de origem do solo, surgindo

daí a designação do solo conforme a rocha que lhe deu origem como exemplo

temos o solo de granito, solo de basalto, solo de arenito, etc. O solo é

visualizado como sinônimo de regolito ou rocha alterada pela maioria dos

geólogos e engenheiros civis, sendo caracterizado de acordo com sua

adequação ou não para mineração, material de construção ou suporte para

edificações.;

2 - O SOLO COMO REGOLITO

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3 - O SOLO COMO CORPO NATURAL ORGANIZADO

Nesta visão temos o solo como um corpo natural, organizado de tal forma

que o clima e os organismos são fatores ativos que atuam durante

determinando tempo e em certas condições de relevo sobre o material de

origem, que é o fator de resistência, sendo essas características visualizadas

no perfil de solo, que consiste numa seção vertical que se estende da superfície

até uma determinada profundidade do solo. O reconhecimento de que o solo

não é apenas o resultado da alteração das rochas, mas sim o produto das

interações entre a Litosfera, atmosfera, hidrosfera e a biosfera, surgiu no final

do século XIX, através dos estudos do geólogo russo V.V.

Dokuchaev (1846-1903), e pode ser resumido na seguinte equação:

S = f (mo, cl, r, o, t )

Onde podemos definir o solo (S) como sendo a função das interações

entre os fatores ambientais material de origem (mo), clima (cl), relevo (r),

organismos vivos (o), atuando ao longo do tempo (t)" (fig 1 e 2).

Fig 1: fatores de formação do solo

Dentre destes fatores ambientais naturais (mo, cl, r, o) inclui-se a ação

humana como fator antropogênico atuando na alteração, degradação e

construção do solo. Isto significa que qualquer material natural ou artificial,

depositado pela ação humana, como exemplo um aterro, que seja capaz de

suportar o desenvolvimento de plantas, também é considerado como solo.

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Fig 2. solos e os fatores de formação

Assim, a probabilidade de combinação destes fatores ambientais (mo, cl,

r, o) implicam numa grande diversidade de tipos de solos, surgindo a

necessidade de um sistema de classificação, que possibilite sua identificação

no terreno e o mapeamento da sua distribuição geográfica.

Assim, a formação ou gênese do solo é chamada de pedogênese e os

processos de formação do solo são processos pedogenéticos.

O solo sendo considerado como um sistema aberto, coloidal e frágil nos

ajuda a entender os processos que ali ocorrem, compreendendo a

continuidade dos fenômenos, da possibilidade de ganhos e perdas, tanto de

matéria como de energia, da necessidade de atuação com cautela na adição

de insumos e dos ciclos dos elementos químicos num ciclo contínuo

atmosferasolo-hidrosfera. O termo coloidal induz o pensamento da reatividade

físicoquímica dos íons ou moléculas com os coloides orgânicos e inorgânicos

do solo, gerando diferentes possibilidades de formas de nutrientes em se

misturar no solo e sua capacidade para lixiviação, relaciona-se com sua

disponibilidade e fitotoxicidade as plantas.

Assim, considerando o solo como frágil isto se relaciona com a vida do

solo, envolvendo a biociclagem de nutrientes, a síntese de compostos

4 - O SOLO COMO SISTEMA ABERTO

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orgânicos com capacidade de solubilização-quelação de nutrientes, a fixação

biológica de nitrogênio, o armazenamento de nutrientes na biomassa, etc.

Surge assim, o geoecossistema sendo o compartimento terrestre onde

se dão as interações entre o solo, os organismos que nele vivem, o relevo, a

atmosfera, a hidrosfera e a litosfera, não se esquecendo que, um sistema

consiste num todo organizado, formado por um conjunto de componentes

interdependentes que atuam integradamente, de maneira que a alteração de

um componente afeta os demais. Desta forma, os geoecossistemas e solos

são sistemas abertos, sendo o solo um sistema dinâmico, constantemente

perturbado por forças internas e externas (fig. 4).

Fig. 4 - solo como sistema aberto

A geologia, do grego geo, terra e logos, estudo é a ciência que estuda a

crosta terrestre, seus processos internos e externos e sua evolução através do

estudo das rochas, seu mecanismo de formação, as alterações que está

experimentando desde sua origem.É objeto da Geologia são o estudo dos

agentes de formação e transformação das rochas, seja químico, físico e

biológico da composição e disposição das rochas na crosta terrestre. Sobre a

crosta terrestre, visualizando a terra do espaço e um globo azulado e branco

de aspectos variados, dependendo de sua cobertura de nuvens. A importância

de seu conhecimento reside ao interno da Terra possibilitando conhecer melhor

a origem das rochas. Sendo a Terra a um esferoide achatado nos polos e

GEOLOGIA

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dilatado no equador devido ao movimento de rotação, possuem

aproximadamente 6400 km de raio.

A maior parte dos conhecimentos que se tem sobre o interior da Terra

vem da utilização dos meios indiretos (Figura 5), assim, dos 6300 km que

separam a superfície terrestre do seu núcleo, conseguiu-se perfurar pouco

mais que 0,1%, ou seja cerca de 7 km, desta forma as rochas mais profundas

que conhecemos provem de erupções vulcânicas, sem que, no entanto, se

possa afirmar sua exata profundidade. Os bolsões magmáticos donde se

originam as lavas não se encontram a profundidades superiores a 30 km.

Tendo em vista que o estudo do interior da Terra é complexo, devido ao

aumento da temperatura e da pressão com a profundidade, os dados que

permitem conhecer o interior da Terra podem ser obtidos de forma direta,

através de métodos diretos, ou de forma indireta, através de métodos

indiretos. Sobre os estudos, realizados através de método diretos, embora

importantes, fornecem-nos informações que abrangem apenas uma zona

superficial do interior da Terra de uma forma direta, sendo esses métodos os

afloramentos rochosos que existem no interior da Terra surgindo também à

superfície. Os furos E sondagens, sendo um recurso dispendioso que pode

chegar a nos dar informações até aos 12km de profundidade a atingindo vários

quilômetros de profundidade, permitem obter dados de zonas mais profundas

da crosta terrestre, os materiais expelidos pelos vulcões apesar de ocorrer

alterações no magma na sua ascensão, ainda é possível tirar conclusões sobre

a composição químico-mineralógica dos materiais que constituem o interior da

Terra, pode conhecer o interior da Terra até aproximadamente os 200km.

Embora o magma, material que lhe dá origem, existente na astenosfera não

corresponda exatamente ao que se observa nos materiais vulcânicos, os

vulcanólogos podem aferir o que se passa no interior. Por vezes, o material ao

ascender na chaminé vulcânica arrasta consigo porções de rocha arrancadas

na sua passagem que resistiram à fusão, são os xenólitos que nos dão

informações preciosas dos materiais existentes no interior e por ultimo as

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grutas e minas fornecendo dados até aos 4km de profundidade. Em

Driefontein, na África do Sul temos uma mina de ouro com 3300 metros de

profundidade

Fig. 5: métodos diretos

Agora veremos os métodos indiretos de estudo que se afere o que se

passa no interior da Terra. Confinados à observação direta até aos 12km de

profundidade, o restante do interior é conhecido através da Geofísica (ondas

sísmicas, gravimetria, geotermia, geomagnetismo) e da Astronomia (fig. 6).

Fig. 6 – métodos indiretos

Astronomia - partindo-se do princípio que o sistema solar se formou todo ao

mesmo tempo e que teve a sua origem na nébula, é de esperar que todos os

astros do sistema têm composição semelhante. Quando um meteorito embate

na superfície terrestre é analisado a sua composição. Se o material que

constitui o meteorito difere muito da composição da superfície, deduz-se que

o material presente no meteorito vem de uma parte mais interna de um astro

que se fragmentou. Desta forma podemos aferir a composição do interior da

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Terra pela observação de meteoritos. Com o avanço da astronomia, novas

tecnologias estão a dispor do homem. Através dos satélites, sabemos

exatamente a forma da Terra, podemos calcular o perímetro, o volume, etc.

Ondas Sísmicas - A propagação das ondas sísmicas e a sua velocidade

refletem diferentes estados físicos e composição diferente no interior da Terra.

Através da sismologia, determinamos profundidades a que se encontram as

camadas, e o estado físico dos materiais que elas atravessam.

Gravimetria - Qualquer corpo na superfície terrestre é atraído pela força e

atração do interior da Terra. Como a superfície da Terra é irregular a força

gravítica é variável de local para local. Existem anomalias gravimétricas que

nos indicam materiais mais ou menos densos no interior da crosta. Densidade

- A densidade é uma medida que se calcula a partir da relação massa e do

volume. A massa volúmica da Terra é aproximadamente 5,5g/cm3. As rochas

da superfície são menos densas, apresentam uma massa volúmica cerca de

2,8g/cm3. Ora este facto permite-nos aferir que as rochas do interior da Terra

serão muito mais densas no interior.

Geomagnetismo (Paleomagnetismo) - A Terra apresenta um campo

magnético que é da responsabilidade do núcleo (ferro e níquel). As lavas

basálticas que são ricas em ferro (magnetite) quando consolidam os seus

minerais magnéticos cristalizam com a orientação do campo magnético da

Terra na altura da sua formação. Com o estudo do paleomagnetismo têm-se

verificado que o campo magnético da Terra se tem alterado. Atualmente o

campo magnético da Terra está próximo do Polo Norte Geográfico a que se

chama polaridade normal, mas, no passado, já esteve próximo do polo sul

geográfico - polaridade inversa.

Geotermia - Através e métodos diretos conclui-se que há medida que

caminhamos para o interior da Terra de 33 a 34 metros a temperatura

aumenta 1ºC (GRAU GEOTÉRMICO) o que implica que existe um GRADIENTE

GEOTÉRMICO, ou seja, uma variação de temperatura com a profundidade.

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NATUREZA E PROPRIEDADES DO NÚCLEO

Como sabemos o planeta Terra é subdividido em três principais

camadas a crosta terrestre, o manto e o núcleo (fig. 7). Vamos compreender

cada estrutura desta.

Fig. 7 - Estrutura interna da Terra

O NÚCLEO

O núcleo da Terra e formado por materiais submetidos a elevadas

pressões até pouco tempo, os cientistas acreditavam que a temperatura do

centro da Terra era de 5.000ºC, mas, em 2013, descobriu-se que essa

temperatura é, na verdade, de 6.000ºC, mil a mais do que o estimado. A

análise das ondas sísmicas permite reconhecer no núcleo duas partes com

propriedades distintas sendo a primeira o núcleo interno de composição sólida,

e com raio de cerca de 1.250 km o fato de o núcleo ser sólido deve-se ao fato

de a pressão ser extremamente elevada, algo em torno de três milhões de

vezes maior do que a pressão atmosférica no nível do mar. Alguns

argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de

ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido

(a combinação é chamada NIFE), com traços de outros elementos.

Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de

transmitir certas ondas sísmicas e que são captadas por um aparelho chamado

de sismógrafo, o mesmo que mede a intensidade dos terremotos. A convecção

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desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo movimento de rotação

da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre,

através de um processo conhecido como teoria do dínamo. Evidências

recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar mais rápido do que

o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano. Tanto entre a crosta e o

manto como entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de

separação, as chamadas descontinuidades conhecidas respectivamente de

Mohorovicic e a de Gutenberg (fig 8).

Fig 8 – Camadas da terra e suas descontinuidade

1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 2011

Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades no

interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de propagação das

ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade denominada

Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada de Moho. Essa

descontinuidade está localizada entre o (a) A. núcleo interno e o núcleo

externo.

B. núcleo externo e o manto inferior.

C. manto inferior e o manto transicional.

D. crosta e o manto superior.

E. crosta oceânica e a crosta terrestre.

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SOLUÇÃO

Conforme falado acima, a descontinuidade de Mohorovicic ocorre entre a

crosta e o manto

Manto ou envoltório intermediário

O manto envolve o núcleo sob a forma de camadas de densidade cada

vez menores em direção a superfície. Situado entre o núcleo e a crosta

terrestre, inicia-se em média, a 35 km de profundidade e estende-se até 2.900

km. A estrutura do manto tem sido igualmente estudada através da

interpretação das ondas derivadas dos abalos sísmicos. O manto compreende

duas partes cujo limite de separação encontra-se a 1000 km de profundidade.

Com o aumento da pressão, o manto superior apresenta grandes mudanças

na composição e na natureza mineralógica. O Manto inferior, por outro lado,

torna-se gradualmente mais denso com a profundidade. O manto superior tem

influência direta e importante sobre a dinâmica da crosta terrestre.

Supostamente nele estão localizadas as células de correntes de convecção,

que fazem com que materiais quentes das grandes profundidades subam em

direção a superfície, espalhando-se lateralmente e retornando,

posteriormente, as profundidades do manto.

No manto superior, entre as profundidades de 50 e 250 km, situa-se

uma região muito quente, onde as rochas se encontram próximas do ponto

de Fusão. Esta região e fraca do ponto de vista mecânico, e constitui a fonte

dos magmas (rochas fundidas moveis) que penetram na crosta terrestre, nas

intrusões, ou extravasam na superfície terrestre através dos vulcões. O manto

superior e formado de rochas densas de coloração escura.

RESPOSTA D

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A CROSTA

A crosta terrestre e uma camada relativamente fina, com 20 a 30 km de

espessura, em média. Existem dois tipos fundamentais de crosta: continental

e oceânica. Trinta por cento (30%) da crosta terrestre e formada por terras

emersas. A parte emersa e constituída principalmente pela crosta continental,

enquanto que, nos 70% restantes, predomina a crosta oceânica. A crosta

continental e mais espessa do que a oceânica. Sua espessura, em média, e

de 35 a 40 km, podendo, entretanto, atingir de 60 a 70 km debaixo das

grandes cadeias de montanhas. A crosta oceânica possui espessura média de

6 km. Esta, em comparação com a continental, e bem mais simples,

apresentando composição mais uniforme e estrutura disposta em camadas,

enquanto que a composição química - mineralógica da crosta continental e

muito variada e de estrutura complexa.

A camada superior, menos densa, constitui a camada granítico

metamórfica, com abundância de sílica e alumina, donde sua denominação de

crosta siálica ou, simplesmente, referida pela sigla SIAL caracteriza os

continentes. E formada por 92% de rochas ígneas e metamórficas e 8% de

rochas sedimentares. Na região central existe uma zona de fusão. A parte

inferior da crosta terrestre e formada por rochas mais densas ricas em silício

e magnésio, sendo conhecida pela sigla SIMA representando os fundos

oceânicos. A composição exata da camada inferior da crosta e desconhecida.

Supõem-se ser composta de anfibolito, gabro e eclogito (fig 9).

Fig. 9 - divisões da camada da terra (sial e sima)

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Fig. 10- composição da estrutura da terra

Desta forma, a crosta terrestre e composta de várias partes ou placas

que sobrenadam o manto, Nessa movimentação, existem zonas onde as

placas estão se afastando umas das outras e que são preenchidas por novo

material proveniente do interior do manto. Em determinadas zonas, as placas

colidem produzindo deformações, resultando formação de fossas tectônicas,

dobramento de espessas camadas de sedimentos, falhamentos, formação de

cordilheiras etc. São os denominados movimentos tectônicos.

MINEROLOGIA E A PETROLOGIA

Como víamos acima a terra tem a forma arredondada e é formada de

camadas, a mais externa, chamada litosfera, é a mais importante, porque é

a sede da maior parte dos fenômenos que interessam ao homem. Ela tem

60100 km de espessura e é constituída de 3 tipos de rochas as magmáticas,

sedimentares e metamórficas. A quase totalidade destas rochas são

constituídas de espécies minerais. Como exemplo os granitos que são rochas

magmáticas formados por quartzo, argilas, Magnesita, zirconita, etc. O

mármore que são rochas metamórficas são formados por calcita, dolomita,

etc. Desta forma, a litosfera é formada quase inteiramente de espécies

minerais. Agora, veremos a importância da mineralogia podendo conceituá-la

como sendo uma ciência que estuda as espécies minerais sendo de suma

importância para o estudo da Petrologia, geologia e solos.

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Os MINERAIS são as unidades constituintes das rochas e são definidos

como sendo sólidos homogêneos, naturais, que apresentam arranjo atômico

ordenado e com composição química definida. Assim, cada espécie mineral se

caracteriza por apresentar quantidades definidas e proporcionais de

determinados elementos químicos. Estes elementos, por sua vez, se arranjam

no espaço de uma maneira organizada e regular, que se constitui no chamado

arranjo cristalino.

O arranjo atômico ordenado e a composição química definida conferem

a um mineral a sua homogeneidade, ou seja, física e quimicamente ele se

constitui em uma única fase, possuindo um conjunto diagnóstico de

propriedades. Assim, a forma, a clivagem e a absorção seletiva da luz, entre

outras, são propriedades físicas dos minerais e refletem a sua estrutura

interna regular, enquanto a dissolução em ácidos reflete a composição química

dos minerais.

As espécies minerais são substâncias naturais provenientes de

processos inorgânicos definidos e apresentando composição da qual participa

um ou mais elementos químicos. As rochas se constituem de um ou da reunião

de dois ou mais minerais apresentando arranjo atômico ordenado e

composição química definida (fig. 11). O número de minerais conhecidos é

muito grande, contudo, poucas são as espécies presentes na maioria das

rochas, particularmente nas rochas ígneas. Os minerais de rochas e aqueles

constituindo o material de formação de solos podem ser divididos em dois

grupos: primários e secundários. Não obstante, é necessário dar ênfase ao

número relativamente pequeno de minerais primários constituintes das rochas

ígneas, através dos quais se originam grupos numerosos de minerais

secundários.

Assim, podemos definir os Mineral primário como sendo o mineral

presente nas rochas magmáticas ou metamórficas, que permanece no perfil

do solo bem desenvolvido por ser resistente ao intemperismo. Estes minerais

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são, portanto, formados a altas temperaturas e/ou pressão. O Mineral

secundário é o Mineral resultante da decomposição parcial de um outro

mineral, tendo estrutura essencialmente herdada ou formado a partir da

solubilização de outros minerais. Os minerais secundários podem ser

formados a partir da solubilização dos minerais primários, durante o processo

do intemperismo destes, as mais baixas temperaturas. Entre os minerais

primários deve ser ressaltada a importância dos silicatos, por constituírem o

maior número das espécies presentes em rochas ígneas e na maioria dos

solos.

Fig 11: uma rocha e sua composição

Esta parte deve ser estudada e revisada, nada deve ser

negligenciada pelo concursando, observe uma questão

cobrada pela CESPE UNB, no edital da FUB aplicada em

2016. O estudo dos minerais e intemperismo deve ser

profundo, caso contrário corre se o risco de perder uma

questão na hora da prova.

Vamos exercitar!!!

2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 2016

Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação dos solos.

A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de

minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários maior que a dos primários.

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CERTO

ERRADO

SOLUÇÃO

Essa questão tem o intuito de alertar o estudante a não desprezar nem

uma parte do edital, veremos intemperismo na aula 01, como foi dito acima os

minerais mostram resistências diferentes intemperismo. Uns se transformam

mais rapidamente, outros são mais resistentes. Os minerais que sofrem

intemperismo químico dão origem a novos minerais que são os minerais

secundários que são mais estáveis ao novo ambiente ou dão origem a solutos

que podem ser precipitados no local ou distante da área fonte. Já os minerais

primários que sofrem mais a ação do intemperismo físico e resistem ao

intemperismo químico, dão origem a partículas de vários tamanhos conhecidos

como resistatos. Assim a reação de hidratação que é a adição de moléculas

de água na rocha ou no mineral através da atração entre os dipolos das

moléculas de água e as cargas elétricas não neutralizadas das superfícies

transforma em um novo mineral. Assim, o nome correto do processo e

hidratação e não hidrolise.

QUESTÃO ERRADA

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS

Densidade (d): É o número que expressa a razão entre o peso do mineral e

o peso de um mesmo volume de água, indicando quantas vezes um certo

volume do mineral é mais pesado que o mesmo volume de água. A densidade

depende principalmente da composição química do mineral em questão.

Dureza (D): é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco

feito com uma ponta aguda, caso o mineral tenha baixa dureza o sulco do

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risco poderá ser profundo e bem nítido, caso a dureza seja maior a ponta

aguda, o sulco será fino e pouco profundo.

Essa Propriedade está diretamente ligada à estrutura do cristal,

aumentando com a densidade de empacotamento dos íons como exemplo

temos o diamante, ou aumenta com a diminuição do tamanho dos íons –

calcita (3) e magnesita (4,5). A dureza é uma propriedade física muito útil na

identificação de minerais. A determinação da dureza é feita qualitativamente

utilizando instrumentos simples como um canivete ou um prego, ou usando-

se a Escala de Mohs, sendo essa uma coleção de dez minerais de referência,

comuns, constituindo em uma escala numérica arbitrária para a comparação

da dureza relativa entre os minerais (fig. 12).

DUREZA

Talco 1

Gipsita 2

Calcita 3

Fluorita 4

Apatita 5

Ortoclásio ( K feldspato) 6

Quartzo 7

Topázio, berilo, turmalina 8

Coríndon (rubi,safira) 9

diamante 10

(a D real é 42.4)

Fig 12: Escala de Mohs

A lâmina de aço de um canivete e o vidro riscam minerais com dureza

até 5, inclusive. A unha risca minerais de du

reza ≤ 2.

Vamos exercitar!

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3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010

De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?

(A) Gipsita

(B) Talco

(C) Fluorita

(D) Calcita

(E) Ortoclásio

SOLUÇÃO

Utilizando a escala de Mohs temos assim a dureza dos minerais em ordem

crescente

Talco D – 1

Gipsita D - 2

Calcita D – 3

Fluorita D - 4

Ortoclásio D – 6

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RESPOSTA E

HÁBITO: O formato com que o mineral é encontrado pode ser útil na sua

identificação e algumas vezes até diagnóstico. Está relacionado ao sistema de

cristalização ou ausência de cristalização em materiais amorfos é a

configuração externa do mineral (forma) ou do conjunto de indivíduos da

mesma espécie mineral (agregado). Alguns minerais apresentam formas e

agregados muito característicos tais como as micas (lâminas), a pirita (cubos),

os asbestos (forma capilar, agregado fibroso), etc.

Para que um mineral desenvolva faces, são necessárias algumas condições,

como por exemplo, tempo e espaço para crescer. Isso explica porque os

minerais nas rochas normalmente apresentem formas irregulares e raras faces

planas.

Clivagem: Quando um mineral se rompe ao longo de planos de fraqueza

quando aplicada uma força adequada. Pode ocorrer segundo uma ou várias

direções e gerar superfícies de qualidade variável (mais, ou menos lisas).

Destacam-se a clivagem excelente em uma direção da muscovita (mica

branca), a clivagem perfeita em três direções não ortogonais da calcita, a

clivagem boa em duas direções e má em uma direção dos feldspatos.

Denomina-se fratura é a maneira de como o mineral se quebra quando

não apresenta planos de clivagem. Vidros e substâncias amorfas apresentam

fraturas. Alguns minerais têm fraturas muito características, como é o caso

da fratura conchoidal do quartzo. Assim, podemos dividir fratura em:

Fratura irregular: muitos minerais apresentam, não sendo uma propriedade

diagnóstica. Ex. turmalina.

Fratura conchoidal: consiste em superfícies lisas e côncavas, semelhantes ao

interior de uma concha. Ex. quartzo, opala, calcedônia, obsidiana.

Fratura denteada ou serrilhada: metais nativos (ouro, prata, cobre).

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Faces de clivagem são diferenciadas de faces de crescimento por se

repetirem várias vezes no espécime mineral, e por se apresentarem em geral

mais lisas e brilhantes.

Cor e Brilho: Estas duas propriedades estão relacionadas à absorção e/ou

reflexão da luz pelos minerais. A cor resulta da absorção seletiva de

comprimentos de onda da luz branca pelos minerais. Normalmente a cor é

variável para uma mesma espécie mineral. A cor variável, em alguns casos,

dá origem a variedades do mineral, tais como as variedades azul (azurita) e

amarelo (pirita) do crocoida (vermelha) (fig. 13 )

Azurita

Pirita

Crocoita

Fig 13 –cor dos minerais

O brilho está relacionado com a quantidade de luz que o mineral reflete.

O brilho é determinado de forma descritiva, caracterizando-se dois grupos

principais: os minerais que apresentam brilho metálico, e aqueles que não o

apresentam brilho, considerados como não metálico, sendo que neste

segundo grupo, que engloba a maior parte dos minerais, o brilho é descrito

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por analogia a substâncias comuns: vítreo (do vidro), adamantino (do

diamante), resinoso, sedoso, gorduroso ou graxo, nacarado (da pérola),

ceroso, terroso, etc.

Agora podemos identificar também a cor do traço, sendo a cor do pó do

mineral quando riscado numa placa de porcelana (fig. 14).

Fig 14 –mineral sendo riscado em pedaço de porcelana

Desta forma, é muito característico em algumas espécies minerais, por

exemplo os óxidos hematita (avermelhado), goethita (amarelado) e magnetita

(preto). O traço é determinado utilizando-se a parte fosca de uma placa de

porcelana branca, sobre a qual fricciona-se o mineral e observa-se a cor do

pó que representa o traço na porcelena. É importante observar que a

porcelana tem dureza 6, assim, não se determina os traços de minerais com

dureza acima de 6.3

VAMOS EXERCITAR!!!

3

As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e

das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos

minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica indicada

na 2a coluna.

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37

I - Cor

II - Clivagem

III - Fratura

IV - Dureza

V - Densidade

P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral

Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência

de carga e aos efeitos da radiação ionizante

R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão

S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um mineral

Estão corretas as associações

(A) I – P , II – R , III – Q , IV – S.

(B) I – P , II – Q , III – S , IV – R.

(C) I – Q , II – S , IV – R , V – P.

(D) II – S , III – Q , IV – R , V – P.

(E) II – R , III – P , IV – S , V – Q.

SOLUÇÃO

Vamos ver qual e o significa cada propriedade destas e fazer sua correlação:

Cor – Esta propriedade estão relacionadas à absorção e/ou reflexão da luz

pelos minerais. A maior parte dos mecanismos que produzem cor são produtos

da interação de ondas luminosas com elétrons. ( Q - Relacionada à presença

de íons metálicos, fenômenos de transferência de carga e aos efeitos da

radiação ionizante )

Clivagem - é a propriedade que alguns minerais apresentam de se partir

segundo superfícies planas e paralelas. (Relacionada a planos de fraqueza

entre átomos em um mineral)

Fratura - à maneira irregular de um mineral se quebrar.

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Dureza - é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito

com uma ponta aguda.(R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão)

Densidade - é a relação entre o peso do mineral e o peso de um mesmo

volume de água destilada à 4°C A densidade relativa é característica para cada

mineral, e depende basicamente de dois fatores: os elementos químicos que

constituem o mineral e a maneira como estes elementos estão arranjados

dentro da estrutura cristalina.. (P - Mais diretamente relacionada à

proximidade de átomos em um mineral).

Nossa resposta e a letra:

RESPOSTA C

Relação da estrutura mineral com o intemperismo e

Índice de intemperismo

É sabido que a susceptibilidade de um mineral ao intemperismo, em

igualdade de condições físicas, é função de sua estrutura atômica. Assim, os

minerais do solo podem ser agrupados em ordem de estabilidade ou de

susceptibilidade à intemperização. Dessa maneira, é proposto um modelo para

determinar o grau de intemperização de um solo, para prever a reserva

natural de nutrientes dos solos, para obter informações generalizadas a

respeito das propriedades do solo (tais como, propriedades físicas e químicas,

em função do tipo de argilo-minerais), para avaliar os efeitos das diversas

condições ambientais na formação do solo e prever o efeito e contribuição dos

minerais presentes no material inicial do solo. Como há uma grande diferença

na superfície específica e consequente reatividade dos minerais separa-se as

partículas minerais do solo em duas classes de tamanho: a) areia-silte e b)

argila. A sequência de estabilidade para fração argila será tratada no assunto

referente à argila. Goldich (1938) ordenou vários minerais em ordem

decrescente de suas velocidades de intemperização, (figura 2.3). Esse arranjo

de estabilidade de Goldich indica que os minerais das rochas ígneas formadas

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por último, são mais estáveis nas temperaturas ordinárias do que os minerais

formados em estágio precoce de cristalização. A sequência de GOLDICH é a

mesma encontrada nas séries de reações de BOWEN.

Na série descontínua ou ferro magnesiana (Figura 2.3.), que vai desde

a olivina até as micas biotita e muscovita, verifica-se um aumento de ligação

dos tetraedros de silício dos minerais, com um consequente aumento da

estabilidade (de cima para baixo). Assim, temos o grupo da olivina

(Mg,Fe)2SiO4, menos estável, por ser formado de tetraedros isolados

(nesossilicatos). No quartzo (SiO2), todos os átomos de oxigênios são

compartilhados com mais de um silício, formando uma ligação tetraédrica

complexa (tectossilicatos), sendo, portanto o mineral mais estável. Verificase

também uma diminuição no conteúdo de bases facilmente hidrolisáveis do

topo à base.

Na série contínua ou dos plagioclásios (Fig. 15) que vai desde os

plagioclásios cálcicos até os plagioclásios sódicos e potássicos, a diminuição

da estabilidade dos minerais se deve a um decréscimo no número de

tetraedros de alumina, do topo à base. Por isso, o ortoclásio ou feldspato-K

(KAlSi3O8) é mais estável que o plagioclásio (CaAl2Si2O8).

Fig. 15 – sequência de intemperização dos minerais, serie de

Bowen

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Outros fatores, além do grau de união e o número de

tetraedros de alumina, que parecem afetar a estabilidade dos

minerais são os seguintes: 1º - A presença de ferro ferroso

ou outros cátions que podem se oxidar durante o

intemperismo, reduz muito a estabilidade estrutural, pois ao

oxidarse, algum cátion deve abandonar a estrutura para

manter a neutralidade eletrostática do arranjo cristalino. Na

realidade, a presença de Fe2+ nos minerais é um dos fatores

mais importantes que contribuem para a sua instabilidade

frente ao intemperismo.

2º - Quanto mais intimamente estão agrupados os oxigênios ao redor do

cátion, em posições que não sejam as tetraedrais, isto é, quanto menor for o

volume ocupado pelos íons, mais estável é o mineral.

O contraste de resistência entre a olivina e a zirconita é um exemplo

mais surpreendente do efeito de compacto da agrupação. Assim, a olivina, um

dos minerais menos resistentes, tem uma cela unitária com um volume de

291 Å, ao passo que a zirconita, um dos minerais mais resistentes, tem uma

cela unitária que contém o mesmo número de oxigênio que a olivina, mas

ocupa um volume de somente 231 Å.

3º - O fato de que há espaços vazios em certas partes da estrutura está

intimamente relacionado com o compacto de agrupação. Os espaços vazios

não somente reduzem as forças eletrostáticas que mantêm a estrutura unida,

como também servem de ponto de entrada e saída ao interior de uma

partícula de cristal, portanto, servem para acelerar as reações. De acordo com

HURT (1971), a alterabilidade dos minerais pode sintetizar-se nos seguintes

grupos:

a) ultraestáveis: rutilo, zirconita, turmalina;

b) estáveis: leucoxeno, muscovita, clorita, hematita (não estável em

condições de redução);

c) semiestáveis: apatita, monazita, estaurolita, silimanita, cianita, grupo de

epidoto;

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d) não estáveis: biotita, magnetita, (instável em baixas condições oxidantes),

ilmenita, hornblenda, augita, olivina. Barshad (1959) utiliza minerais

específicos na avaliação do grau intempérico de um solo em relação com

sua gênese.

Os minerais também são classificados em essenciais e acessórios. Os

essenciais, dispostos na Série de Bowen (Figura 15), são aqueles cuja

presença e teor são importantes para a classificação das rochas. Os acessórios

são aqueles que, ocasionalmente, podem estar presentes nas rochas. Os

minerais primários presentes nos solos são habitualmente estudados pela

Série de Bowen.

CONSTITUIÇÃO MINERALÓGICA DA LITOSFERA

A análise química das principais rochas existentes na litosfera e o

cálculo aproximado das proporções em que elas ocorrem, permitem o

conhecimento da sua composição química média (tabela 1).

Assim, estes oito elementos (O, Si, Al, Fe, Ca, Na, k e Mg) combinamse

entre si, formando os minerais das rochas mais comuns, e o mais importante

deles e a do silício com o oxigênio dando origem ao grupo dos silicatos. O

mais abundante deles e o feldspato, formando 60% dos minerais da crosta.

Quando a combinação e feita com Al e K, tem o nome de ortoclasio mineral

característico dos granitos. Quando Na, Ca e Al se combinam com o radical

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SiO2, o mineral e denominado plagioclásio, ocorrendo principalmente nos

basaltos. Não havendo elemento algum se combinar com SiO2, este e

cristalizado com o quartzo, mineral mais frequente nas rochas sedimentares,

ocorrendo na proporção de 12% na crosta terrestre. Juntamente com o

ortoclasio mais uma pequena porcentagem de mica, o quartzo forma as rochas

graníticas, as mais abundantes do SIAL. Os minerais citados ricos em silício e

alumínio são denominados sálicos.

Se a combinação der com o magnésio e ferro, as vezes acompanhado

de cálcio, tais silicatos recebem a designação de máficos, ocorrendo mais

comumente nas rochas basálticas, associados aos plagioclasios. Constitui o

grupo dos anfibólios e piroxênios, formando 16% dos minerais. A variedade

preta de mica, a biotita, enquadra-se entre as maficos por sua riqueza em Fe

e Mg, responsaveis pela coloração; a mica clara, chamada moscovita (silicato

de alumínio e potássio), e um mineral sálico.

VAMOS EXERCITAR!!!

4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010

A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:

(A) silicatos e carbonatos.

(B) sulfatos e elementos.

(C) elementos e óxidos.

(D) sulfatos e carbonatos.

(E) sulfetos e óxidos.

SOLUÇÃO

Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe..) combinam-se entre si,

formando os minerais das rochas mais comuns, sendo que a combinação mais

importante e a do silício com o oxigênio que dá origem ao grupo dos silicatos.

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Sendo o mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos minerais da

crosta. Existem dois grupos de minerais que possuem grande importância no

contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: grupos dos

silicatos e grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais mais importantes

encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio. Os principais

minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos como material de

origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos, Rochas comuns,

extremamente abundantes e disseminadas, como granitos, diabásios,

basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são quase inteiramente

constituídos de silicatos.

RESPOSTA C

COMPOSIÇÃO DA ROCHA

A rocha pode ser definida simplesmente como um agregado de um ou

mais minerais. O termo agregado significa que os minerais se apresentam

misturados mas mantendo as suas propriedades individuais.

As rochas podem ser identificadas pelo tipo de mineral que as integra:

Mineral essencial: o mineral caracteriza um tipo de rocha, como por

exemplo, o granito que é constituído pelo quartzo, micas e feldspatos;

Minerais acessórios: revelam condições especiais de cristalização;

Minerais secundários: aparecem na rocha depois de sua formação, ou

seja, são formados da alteração de outros minerais

Assim, existem dois grupos de minerais que possuem grande

importância no contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos:

grupos dos silicatos, grupo dos óxidos e hidróxidos.Desta forma, os minerais

divide-se em dois grandes grupos sendo os minerais silicatados e os não-

silicatados. Os minerais silicatados, representado pelo elemento silício, está

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presente em 93% dos minerais que constituem as rochas. Os minerais não

silicatados não têm o silício como seu constituinte, representando

aproximadamente, 7% dos minerais da crosta terrestre, uma presença

bastante reduzida, sendo pouca a sua relevância no grupo dos silicatos na

constituição das rochas

Minerais mais Comuns das Rochas:

1. Quartzo 6. Zircão 11. Topázio 16. Amianto

2. Feldspatos 7. Magnetita 12. Calcita 17. Talco

3. Micas 8. Hematita 13. Dolomita 18. Zeólitas

4. Anfibólios 9. Pirita 14. Caolim 19. Fluorita

5. Piroxênios 10. Turmalina 15. Clorita

ESTRUTURA DOS SILICATOS

Veremos agora, alguns minerais de importância no estudo dos solos,

tanto sob o ponto de vista da gênese quanto do seu emprego como

fertilizantes e corretivos; os quais denominaremos o grupo dos silicatos e

aluminossilicatos de Fe, MG, Ca, Na e K, que pela ação do intemperismo dão

origem aos solos, tornando-se assim elementos importantes ao nosso estudo.

Na realidade, todos os cátions que aparecem na Tabela 1, e muitos outros

cátions presentes em quantidades menores na crosta terrestre, existem

ROCHA

MINERAIS PRIMÁRIOS

Minerais que formam as rochas, grupo dos silicatos

Grupo dos Feldspatos - 60 % Grupo do Quartzo - 12 %

Grupo dos Piroxênios e Anfibólios 17 %

Grupo das Micas 4%

MINERAIS ACESSORIOS

São os não silicatos pouca predominância na constituição

das rochas

representam apenas 7%

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também em algumas espécies de silicatos. Os cátions que se encontram em

um determinado silicato dependem em grande parte da estrutura atômica do

mineral. Similarmente, a susceptibilidade do mineral à intemperização serão

também em função da estrutura atômica. Desta forma a base de sustentação

dos silicatos é o tetraedro de silício – (SiO4)-4 (fig. 2).

Fig. 18 - Um tetraedro isolado

A estrutura real que se forma dependerá da maneira como estas

unidades estão ligadas entre si. Os tetraedros de SiO4 podem existir como

unidades independentes estão unidos por cátions, ou os quatro oxigênios

podem estar ligados com outros íons silício para formar cadeias, anéis ou

estruturas reticulares. Assim, podemos dividir os silicatos conforme a fig. 18

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Fig. 18

– divisão dos silicatos

NESOSSILICATOS:

Os Nesossilicatos são silicatos formados por simples tetraedros de sílica,

que estão isolados em um empacotamento denso, dependente do tamanho

do(s) cátion(s) intersticiais. A relação de Si:O é de 1:4 e por conta deste

empacotamento denso, os minerais desta classe geralmente obtêm alta

dureza e densidade. Os principais grupos que constituem os nesossilicatos

são: Grupo da Fenaquita, Olivina é o mais comum destes minerais tendo por

fórmula (Mg, Fe)2 SiO4, da Granada, Zircão, Aluminossilicatos e da Humita.

(Klein & Dutrow, 2008 Manual of Mineral Science).

SOROSSILICATOS

SILICATOS

NESOSSILICATOS

SOROSSILICATOS

CICLOSSILICATOS

INOSSILICATOS

FILOSSILICATOS

TECTOSSILICATOS

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Esta classe caracteriza-se pelos grupos tetraédricos duplos, isolados,

onde dois tetraedros SiO4 são unidos por um dos oxigênio comum a dois

tetraedros. A razão entre silício e oxigênio resultante é de 2:7. São conhecidos

mais de 70 minerais deste grupo, raros na maioria. Há dois grupos principais

dos sorossilicatos, o grupo do epidoto e da vesuvianita.

CICLOSSILICATOS

Nos ciclossilicatos os tetraedros de sílica estão agrupados em forma de

anéis, com uma proporção de silício e oxigênio de 1:3. Os principais minerais

desta classe são berilo, turmalina e cordierita.

INOSSILICATOS

Nos Inossilicatos, os tetraedros de sílica estão agrupados em cadeias, que

podem estar isoladas, com uma relação de Si:O de 1:3, ou unidas lado a lado

com uma relação de Si:O de 4:11. Dois importantes grupos formadores de

rochas dos inossilicatos são os piroxênios de cadeia simples e as anfíbolas de

cadeias duplas. As propriedades físicas, como cor brilho e dureza, são

semelhantes entre esses dois grupos, assim como os cátions presentes são os

mesmos. Além das diferenças estruturais, nas anfíbolas há a presença de

hidroxila em sua estrutura, o que caracteriza esse mineral com uma densidade

e índices de refração menores em relação com os piroxênios. (Klein & Dutrow,

2008 Manual of Mineral Science).

FILOSSILICATO

Os filossilicatos tem como principal características a clivagem bem

evidente, hábito em placa ou lamelar, baixa dureza e densidade, e podem

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apresentar flexibilidade ou elasticidade nas lamelas clivadas. A estruturação

dos tetraedros de sílica é muito parecida com folhas, que compartilham três

dos quatro átomos de oxigênio (O) com tetraedros vizinhos, por isso o nome

filossilicato, significando silicatos “em folha”. A relação de sílicio:oxigênio (

Si:O) sendo de 2:5, com a incorporação de hidroxilas no retículo cristalino. Os

principais grupos desta classe mineral são: As micas, os Argilominerais, grupo

da Serpentina e da Clorita. (Klein & Dutrow, 2008 Manual of Mineral Science)

TECTOSSILICATOS

Os Tectossilicatos correspondem as espécies minerais mais abundantes

na litosfera da qual constituem cerca de 75%, ocorrendo praticamente todas

as rochas e em todos os solos. Os tetraedros de sílica estão agrupados de

modo a compartilhar todos os quatro oxigênio (O), com tetraedros vizinhos,

com uma relação sílicio:oxigênio (Si:O) de 1:2, formando assim, silicatos em

rede. Os minerais desse grupo são classificados de acordo com a intensidade

de substituição de Si por Al e de acordo com o cátion existente para o equilíbrio

do excesso de carga negativa. Assim são quatro os principais grupos dos

tectossilicatos:, quartzo (SiO2), os Feldspatos, fedspatóides e zeólitas.

Quartzo

O quartzo (SiO2), é a variedade cristalina da sílica, cristalizando-se em

várias formas polimórficas ou seja, a mesma substância química que existe

sob duas ou mais formas fisicamente distintas. O quartzo é um dos minerais

mais abundantes da crosta terrestre, sendo constituinte principal de muitas

rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. Sua importância agrícola

não se deve a sua qualidade como fornecedor de nutriente as plantas e sim

como constituinte dos solos, resistindo ao intemperismo ou alterações nas

condições normais dos solos, sendo encontrado principalmente nas frações

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mais grosseiras dos solos. Seus cristais individualmente são prismáticos, sua

dureza é elevada e sua densidade é de 2,65.

Feldspatos

O feldspato originado do alemão feld = campo + spath = pedra

referindo-se a um grupo de minerais de aluminossilicato do tipo AB4O8 ( A=Ca,

Na, K e B=Al, Si), com uma relação de sílicio:oxigênio (Si:Al), variando de 3:

1 a 1 : 1, Os feldspatos apresentam uma boa clivagem e as suas cores são

geralmente é constante, servindo como um bom critério para indicação do tipo

de mineral existente. Quimicamente os feldspatos se dividem em três grupos:

"feldspatos potássios, feldspatos calcossódicos (plagioclásios) e feldspatos

báricos que são de ocorrência rara (fig.19).

fig. 19 - divisão dos feldspatos

Os feldspatos potássicos e os plagioclásios são muito comuns em rochas

magmáticas, sendo também frequente em rochas sedimentares e

metamórficas. São fonte primária de potássio (K) e cálcio (Ca) para plantas e

organismos do solo, por isso e importante considerar sua presença no solo ao

avaliar a fertilidade natural dos solos.

FED

SPA

TOS

POTÁSSICOSOrtoclásio

Microclina AISi3O8

CALCOSSÓDICOS

FELDSPATOS

Albita - NaAISi3O8

Oligoclásio

Andesina

Labradorita

Anortita - CaAI2Si2O8

Bytownita

BÁRICOS

Hialofana -(K, Na, Ba)AI2Si2O8

Celsiana - BaAI2Si2O8

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A Figura 20 temos uma figura representando os campos de estabilidade

dos diferentes tipos de feldspatos.

Figura 20. Campos de estabilidade dos diferentes tipos de feldspatos. Área em

cinza: não tem presença de feldspato; área em azul: feldspato estável em baixas

temperaturas; área em rósea: feldspato estável em altas temperaturas. Fonte:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b0/ Feldspar_stability.jpg.

Feldspatóides

Os feldspatóides possuem teor de silício mais baixo que o dos feldspatos

30 a 40 % sendo que a substituição de silício (Si) por alumínio (Al) maior,

formando ambientes pobres em silício e ricos em íons alcalinos. A nefelina é

mais comum nesse grupo, caracterizada pela composição (Na, K)AISiO4. Está

associada normalmente às rochas alcalinas, sendo comum em fonolitos,

sienitos e alguns basaltos. A leucita (KAISi2O6) é um feldspatóide rico em

potássio. A sodalita (Na4(AISiO4)3CI) é rica em sódio e cloro. Geralmente, este

grupo é pouco estável e muito sujeito à alteração por intemperismo.

Zeólitas

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Constitui uma grande família de alumino-silicatos hidratados de metais

alcalinos e alcalino-terrosos com uma rede de ânions tridimensional

infinitamente alargada e com relação atômica O:Al+Si+2. As espécies

apresentam marcantes semelhanças quanto às composições químicas e modo

de ocorrência, possuem dureza entre 3,5 e 5,5 e densidade relativa entre 2 e

2,4.

Uma outra propriedade importante das zeólitas é a troca de

base ou a troca de cátions, que ocorre quando passa uma solução

aquosa através dos canais; nesse processo os íons em solução podem

ser trocados por íons da estrutura.

VAMOS EXERCITAR!!!

12 PCDF - Geologia - FUNIVERSA - 2012

Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos de

potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser

representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,

assinale a alternativa correta.

a) Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do

triângulo.

b) Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.

c) Anortita é um exemplo de feldspato potássico.

d) Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.

e) Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.

SOLUÇÃO

Podemos ir direto para a resposta que e a letra realmente eles ocupam o

vértice do triangulo, conforme a figura 4, com relação a letra e os fedspatos

não se cristalizam em uma única estrutura por exemplo A sanidina e o

ortoclásio são monoclínicos; o feldspato plagioclásio é triclínico.

RESPOSTA A

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Agora vamos classificar as rochas, segundo a origem, em três grupos:

Magmáticas

sedimentares

metamórficas

As primeiras são as mais importantes, constituindo 95% do volume de

toda a crosta. No entanto, as sedimentares ocupam maior área, ou sejam,

75% da superfície terrestre. As metamórficas se enquadram entre as

sedimentares, pois, na maior parte, são derivadas de antigos sedimentos. Já

se fez menção da diferença entre a constituição da crosta terrestre nas regiões

continentais e oceânicas. Naquelas, predominam as rochas da família dos

granitos; nos fundos oceânicos, as rochas basálticas.

Das rochas continentais graníticas, a maioria e formada em

profundidade, em corpos denominados batólitos, caracterizados pelas

grandes dimensões (centenas de quilômetros quadrados). São relativamente

raras as rochas de composição graníticas formadas em superfície, sob a forma

de lava. Por outro lado, considerando-se as rochas de composição basáltica,

verifica-se o contrário: são raras as formadas em profundidade, sendo as de

origem vulcânica as mais comuns. Sabendo-se que o sima, de constituição

basáltica, forma o assoalho dos oceanos, e que os blocos continentais sialicos

(graníticos) flutuam nesse substrato, admite-se que as rochas graníticas

tenham origem nas basálticas. Por um processo multimilenário de separação

gravitativa dos minerais ferromagnesianos mais densos, que afundariam,

deixando por cima um resíduo silicoso mais leve, formar-se-iam as rochas

graníticas após a consolidação.

Vamos dar uma pausa aqui, na próxima aula falaremos mais sobre

estes processos e entraremos em intemperismo e gêneses e morfologia do

solo. Àte lá

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QUESTÕES COMENTADAS

1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 2011

Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades

no interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de propagação

das ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade denominada

Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada de Moho. Essa

descontinuidade está localizada entre o (a) A. núcleo interno e o núcleo

externo.

A - núcleo externo e o manto inferior.

B - manto inferior e o manto transicional.

C - crosta e o manto superior.

D - crosta oceânica e a crosta terrestre.

SOLUÇÃO

Conforme falado acima, a descontinuidade de Mohorovicic ocorre entre a

crosta e o manto

QUESTÃO D

2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 2016

Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação dos solos.

A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de

minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários maior que a dos primários.

CERTO

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ERRADO

SOLUÇÃO

Essa questão tem o intuito de alertar o estudante a não desprezar nem

uma parte do edital, veremos intemperismo na aula 01, como foi dito acima

os minerais mostram resistências diferentes intemperismo. Uns se

transformam mais rapidamente, outros são mais resistentes. Os minerais que

sofrem intemperismo químico dão origem a novos minerais que são os

minerais secundários que são mais estáveis ao novo ambiente ou dão origem

a solutos que podem ser precipitados no local ou distante da área fonte. Já os

minerais primários que sofrem mais a ação do intemperismo físico e resistem

ao intemperismo químico, dão origem a partículas de vários tamanhos

conhecidos como resistatos. Assim a reação de hidratação que é a adição de

moléculas de água na rocha ou no mineral através da atração entre os dipolos

das moléculas de água e as cargas elétricas não neutralizadas das superfícies

transforma em um novo mineral. Assim, o nome correto do processo e

hidratação e não hidrolise.

QUESTÃO ERRADA

3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010

De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?

(A) Gipsita

(B) Talco

(F) Fluorita

(G) Calcita

(H) Ortoclásio

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SOLUÇÃO

Utilizando a escala de Mohs temos assim a dureza dos minerais em ordem

crescente

Talco D – 1

Gipsita D - 2

Calcita D – 3

Fluorita D - 4

Ortoclásio D – 6

RESPOSTA E

4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010

As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e

das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos

minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica indicada

na 2a coluna.

VI - Cor

VII - Clivagem

VIII - Fratura

IX - Dureza

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X - Densidade

P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral

Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência

de carga e aos efeitos da radiação ionizante

R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão

S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um mineral

Estão corretas as associações

(F) I – P , II – R , III – Q , IV – S.

(G) I – P , II – Q , III – S , IV – R.

(H) I – Q , II – S , IV – R , V – P.

(I) II – S , III – Q , IV – R , V – P.

(J) II – R , III – P , IV – S , V – Q.

SOLUÇÃO

Vamos ver qual e o significa cada propriedade destas e fazer sua correlação:

Cor – Esta propriedade estão relacionadas à absorção e/ou reflexão da luz

pelos minerais. A maior parte dos mecanismos que produzem cor são produtos

da interação de ondas luminosas com elétrons. ( Q - Relacionada à presença

de íons metálicos, fenômenos de transferência de carga e aos efeitos da

radiação ionizante )

Clivagem - é a propriedade que alguns minerais apresentam de se partir

segundo superfícies planas e paralelas. (Relacionada a planos de fraqueza

entre átomos em um mineral)

Fratura - à maneira irregular de um mineral se quebrar.

Dureza - é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito

com uma ponta aguda.(R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão)

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Densidade - é a relação entre o peso do mineral e o peso de um mesmo

volume de água destilada à 4°C A densidade relativa é característica para cada

mineral, e depende basicamente de dois fatores: os elementos químicos que

constituem o mineral e a maneira como estes elementos estão arranjados

dentro da estrutura cristalina.. (P - Mais diretamente relacionada à

proximidade de átomos em um mineral).

Nossa resposta é:

RESPOSTA C

5 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010

A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:

(F) silicatos e carbonatos.

(G) sulfatos e elementos.

(H) elementos e óxidos.

(I) sulfatos e carbonatos.

(J) sulfetos e óxidos.

SOLUÇÃO

Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe..) combinam-se entre si,

formando os minerais das rochas mais comuns, sendo que a combinação mais

importante e a do silício com o oxigênio que dá origem ao grupo dos silicatos.

Sendo o mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos minerais da

crosta. Existem dois grupos de minerais que possuem grande importância no

contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: grupos dos

silicatos e grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais mais importantes

encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio. Os principais

minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos como material de

origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos, Rochas comuns,

extremamente abundantes e disseminadas, como granitos, diabásios,

basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são quase inteiramente

constituídos de silicatos.

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RESPOSTA C

Para explicar a gênese de um solo, podemos nos valer tanto do entendimento

da influência de fatores de formação quanto da manifestação de processos

pedogenéticos. Em relação aos processos pedogenéticos, é correto afirmar

que:

A - sua intensidade é determinada por fatores que agem localmente, como

clima e manejo do solo.

B - não são afetados pelos agentes do intemperismo.

C - são específicos para cada tipo de solo e podem ser entendidos como um

conjunto de reações que ocorrem internamente em um perfil do solo.

D - determinam, além da seqüência de horizontes e outras características

morfológicas importantes, a mineralogia de um solo.

E - são pouco afetados pelo clima de uma região.

SOLUÇÃO

O solo, que é um corpo trimensional, forma-se pela ação dos fatores de

formação e dos processos pedogenéticos. O conhecimento pedogênese é

importante para a compreensão do padrão da distribuição dos diversos solos

na paisagem. Enquanto que a dessilicatização como conseqüência do alto grau

de intemperismo é o principal processo pedogenético do horizonte B latossólico

dos Latossolos, a dispersão da argila no horizonte A e posterior acúmulo no

horizonte B textural (migração de argila) é típica dos Argissolos, e dos

Luvissolos com esse tipo de horizonte subsuperficial.

RESPOSTA C

6 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC - 2006

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7 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012

Considere as descrições a seguir.

I. São elementos ou compostos químicos com composição definida, cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos.

II. Esse termo é usado para descrever uma associação de minerais que, por

diferentes motivos geológicos, acabam ficando intimamente unidos.

I e II são, respectivamente,

A. sal e minério.

B. mineral e rocha.

C. sedimento e crosta.

D. magma e aglomerado.

E. solo e montanha.

SOLUÇÃO

minerais são compostos químicos quase sempre inorgânicos e presentes

na forma sólida. Costumam ser homogêneos e subclassificados conforme suas

diferentes propriedades, tais como textura, dureza, opacidade, brilho, cor,

entre outras. Existem rochas que são formadas por um único tipo de mineral.

Essas nada mais são do que um mineral agrupado em grande quantidade,

como é caso do quartzito, que é formado apenas por quartzo.

rocha – corresponde a um agregado de minerais. Portanto, os minerais são

apenas composições que estruturam as rochas. Um exemplo é o granito, em

que uma de suas variações apresenta uma composição

de quartzo, mica e feldspato.

As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam conforme a

sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas. As sedimentares formam-

se a partir da cimentação ou junção sob alta pressão de restos de rochas

preexistentes (sedimentos); as ígneas surgem a partir da solidificação do

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magma tanto na superfície (extrusivas) quanto no interior da Terra

(intrusivas); e as rochas metamórficas surgem do metamorfismo de outras

rochas anteriormente existentes, em que essas se modificam sem antes se

transformarem em magma ou sedimentos.

RESPOSTA B

8 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012

Dentre as formas de classificação das rochas que formam a crosta terrestre,

uma das principais é a genética, na qual as rochas são agrupadas de acordo

com o seu modo de formação na natureza. Dessa forma, classificam-se as

rochas como

A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma rocha

preexistente no estado sólido.

B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do magma na

superfície por meio do vulcanismo.

C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos de rochas

metamórficas e/ou sedimentares.

D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado líquido sob a

crosta terrestre.

E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos compostos solúveis

presentes nas rochas metamórficas.

As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam conforme

a sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas.

As sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta

pressão de restos de rochas preexistentes (sedimentos);

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As ígneas surgem a partir da solidificação do magma tanto na superfície

(extrusivas) quanto no interior da Terra (intrusivas);

Vamos analisar cada alternativa

A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma rocha

preexistente no estado sólido.

As rochas metamórficas surgem do metamorfismo de outras rochas

anteriormente existentes, em que essas se modificam sem antes se

transformarem em magma ou sedimentos. Item certo

B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do magma

na superfície por meio do vulcanismo.

As sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta pressão

de restos de rochas preexistentes (sedimentos);

C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos de

rochas metamórficas e/ou sedimentares.

Rochas magmáticas, ou ígneas, se originam no interior da Terra, produto

da solidificação do magma pastoso. O magma é composto de uma substância

fluida, de fundição parcial ou total, formada por uma fusão completa

de silicatos, silícios e elementos voláteis, como por exemplo , vapor

d´água, cloretos, hidrogênio, flúor e outros. É uma rocha muito resistente, e

também das mais antigas, matéria prima do embasamento rochoso dos

continentes. Entre as mais abundantes rochas magmáticas temos o granito e

o diabásio. Parte dessas rochas formam-se toda vez que ocorrem erupções

vulcânicas que expelem lava pela superfície, renovando assim a quantidade

das mesmas no ambiente. A alternativa está incorreta. Este tipo de rocha pode

se solidificar tanto quando atinge a superfície ou quando ainda está no interior

da Terra. Por esse mesmo motivo, podemos classificá-las em rochas

intrusivas ou extrusivas.

D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado líquido

sob a crosta terrestre.

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62

As ígneas surgem a partir da solidificação do magma tanto na superfície

(extrusivas) quanto no interior da Terra (intrusivas); item incorreto

E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos compostos

solúveis presentes nas rochas metamórficas.

As rochas graníticas são rochas magmáticas, plutónicas, constituídas

essencialmente por quartzo e feldspato (feldspato alcalino e/ou plagioclase).

Podem ocorrer moscovite, biotite e/ou anfíbola, como minerais

característicos, assim como outros minerais em quantidade acessória

(apatite, zircão, esfena, magnetite, etc.).

As rochas graníticas originam-se por cristalização em profundidade de

um magma rico em sílica (SiO2). Dado o seu enriquecimento em sílica, designa-

se por magma ácido (SiO2 > 66%). Então item errado, pois o processo correto

formação das rochas graníticas e cristalização.

RESPOSTA A

9 - Técnico em mineração – DNPM - MOVENS – 2010

Segundo Dana & Hurlbut (1981), um mineral possui clivagem quando,

aplicando-se uma força adequada, ele se rompe de modo a produzir superfícies

planas definidas, assinale a opção INCORRETA

(A) A clivagem depende da estrutura do cristal e ocorre somente paralelamente

aos planos dos átomos.

(B) A clivagem ocorre a partir do rompimento de um cristal entre planos de

átomos, sendo uma propriedade direcional, e qualquer plano paralelo através

do cristal é um plano de clivagem potencial.

C – A clivagem é uma propriedade que ocorre sempre paralela às faces, ou às

faces possíveis, do cristal, pois tanto as faces como a clivagem refletem a

mesma estrutura cristalina.

D – A clivagem é uma propriedade sempre consistente com a simetria; assim,

quando se desenvolve uma direção de clivagem octaédrica, isto implica que

devem haver três outras direções semelhantes a

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E - Quando sujeitos a tensão ou pressão, alguns minerais desenvolvem planos

de menor resistência estrutural ao longo dos quais podem se romper,

produzindo a clivagem

Os minerais são sensíveis à pressão/tensão, por acaso se os átomos de

um cristal forem submetidos a pressões muito elevadas, as ligações entre os

átomos podem quebrar-se. Os átomos reorganizam-se em novos minerais que

são estáveis quando submetidos a altas pressões.

No interior da Terra, as rochas estão sujeitas a dois tipos de tensão: a tensão

litostática e a tensão não litostática. Então aqui submetido a tensão e pressão

forma novo mineral é não clivagem

RESPOSTA E

10 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.

A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. A dureza, uma das

propriedades físicas dos minerais, caracteriza-se pela facilidade com que o

mineral é quebrado.

Certo

Errado

Dureza é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito

com uma ponta aguda, caso o mineral tenha baixa dureza o sulco do risco

poderá ser profundo e bem nítido, caso a dureza seja maior a ponta aguda, o

sulco será fino e pouco profundo.

RESPOSTA ERRADO

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11 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.

A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. O quartzo é um mineral

cuja característica principal é a de ser facilmente destruído nos processos de

intemperismo das rochas que o contêm.

Certo

Errado

O intemperismo é o conjunto de alterações físicas (desagregação) e

químicas (decomposição) que as rochas sofrem quando ficam expostas na

superfície da Terra. É um processo importante porque é o início de um processo

maior que continua com a erosão e a deposição do material por ele formado,

com a posterior diagênese, que leva à formação das rochas sedimentares, o

quartzo é muito resistente ao intemperismo, não sendo fácil sua destruição

pelos processos de intemperismo.

RESPOSTA ERRADO

12 - Técnico em Exploração – Geologia - PETROBRAS – CESPE - 2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.

A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. Os principais minerais

formadores das rochas são representados por silicatos — os mais abundantes

da crosta terrestre —, carbonatos — de cálcio ou magnésio —, óxidos, sulfetos

e sulfatos.

Certo

Errado

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65

Item Certo, os silicatos constituem a mais importante classe mineral,

representando cerca de 25% dos minerais conhecidos e quase 40% dos

minerais comuns. Esses minerais constituem aproximadamente 95% do

volume da crosta terrestre, sendo:

· 59,5% representados por feldspato;

· 16,8% por anfibólios e piroxênios;

· 12% por quartzo;

· 3,8% pelas micas – argilas; e

· Os outros minerais (silicatos e não silicatos) ± 7,9%.

RESPOSTA CERTO

13 - PCDF - Geologia - FUNIVERSA - 2012

Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos de

potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser

representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,

assinale a alternativa correta.

A - Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do

triângulo.

B - Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.

C - Anortita é um exemplo de feldspato potássico.

D - Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.

E - Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.

SOLUÇÃO

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Podemos ir direto para a resposta que é a letra A realmente eles ocupam o

vértice do triangulo, conforme a figura 4, com relação a letra E, os fedspatos

não se cristalizam em uma única estrutura por exemplo A sanidina e o

ortoclásio são monoclínicos; o feldspato plagioclásio é triclínico.

RESPOSTA A

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LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 2011

Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades

no interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de propagação

das ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade denominada

Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada de Moho. Essa

descontinuidade está localizada entre o (a) A. núcleo interno e o núcleo

externo.

F. núcleo externo e o manto inferior.

G. manto inferior e o manto transicional.

H. crosta e o manto superior.

I. crosta oceânica e a crosta terrestre.

2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 2016

Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação dos solos.

A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de

minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários maior que a dos primários.

CERTO

ERRADO

3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010

De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?

(A) Gipsita

(B) Talco

(I) Fluorita

(J) Calcita

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(K) Ortoclásio

4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010

As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e

das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos

minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica indicada

na 2a coluna.

XI - Cor

XII - Clivagem

XIII - Fratura

XIV - Dureza

XV - Densidade

P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral

Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência

de carga e aos efeitos da radiação ionizante

R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão

S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um mineral

Estão corretas as associações

(K) I – P , II – R , III – Q , IV – S.

(L) I – P , II – Q , III – S , IV – R.

(M) I – Q , II – S , IV – R , V – P.

(N) II – S , III – Q , IV – R , V – P.

(O) II – R , III – P , IV – S , V – Q.

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5 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010

A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:

(K) silicatos e carbonatos.

(L) sulfatos e elementos.

(M) elementos e óxidos.

(N) sulfatos e carbonatos.

(O) sulfetos e óxidos.

6 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC - 2006

Para explicar a gênese de um solo, podemos nos valer tanto do entendimento

da influência de fatores de formação quanto da manifestação de processos

pedogenéticos. Em relação aos processos pedogenéticos, é correto afirmar

que:

A - sua intensidade é determinada por fatores que agem localmente, como

clima e manejo do solo.

B - não são afetados pelos agentes do intemperismo.

C - são específicos para cada tipo de solo e podem ser entendidos como um

conjunto de reações que ocorrem internamente em um perfil do solo.

D - determinam, além da seqüência de horizontes e outras características

morfológicas importantes, a mineralogia de um solo.

E - são pouco afetados pelo clima de uma região.

7 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012

Considere as descrições a seguir.

I. São elementos ou compostos químicos com composição definida,

cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos.

II. Esse termo é usado para descrever uma associação de minerais que, por diferentes motivos geológicos, acabam ficando intimamente unidos.

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I e II são, respectivamente,

A. sal e minério.

B. mineral e rocha.

C. sedimento e crosta.

D. magma e aglomerado.

E. solo e montanha.

8 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012

Dentre as formas de classificação das rochas que formam a crosta terrestre,

uma das principais é a genética, na qual as rochas são agrupadas de acordo

com o seu modo de formação na natureza. Dessa forma, classificam-se as

rochas como

A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma rocha

preexistente no estado sólido.

B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do magma na

superfície por meio do vulcanismo.

C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos de rochas

metamórficas e/ou sedimentares.

D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado líquido sob a

crosta terrestre.

E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos compostos solúveis

presentes nas rochas metamórficas.

9 - Técnico em mineração – DNPM - MOVENS – 2010

Segundo Dana & Hurlbut (1981), um mineral possui clivagem quando,

aplicando-se uma força adequada, ele se rompe de modo a produzir superfícies

planas definidas, assinale a opção INCORRETA

(A) A clivagem depende da estrutura do cristal e ocorre somente paralelamente

aos planos dos átomos.

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(B) A clivagem ocorre a partir do rompimento de um cristal entre planos de

átomos, sendo uma propriedade direcional, e qualquer plano paralelo através

do cristal é um plano de clivagem potencial.

C – A clivagem é uma propriedade que ocorre sempre paralela às faces, ou às

faces possíveis, do cristal, pois tanto as faces como a clivagem refletem a

mesma estrutura cristalina.

D – A clivagem é uma propriedade sempre consistente com a simetria; assim,

quando se desenvolve uma direção de clivagem octaédrica, isto implica que

devem haver três outras direções semelhantes a

E - Quando sujeitos a tensão ou pressão, alguns minerais desenvolvem planos

de menor resistência estrutural ao longo dos quais podem se romper,

produzindo a clivagem

10 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.

A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. A dureza, uma das

propriedades físicas dos minerais, caracteriza-se pela facilidade com que o

mineral é quebrado.

Certo

Errado

11 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.

A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. O quartzo é um mineral

cuja característica principal é a de ser facilmente destruído nos processos de

intemperismo das rochas que o contêm.

Certo

Errado

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12 - Técnico em Exploração – Geologia - PETROBRAS – CESPE - 2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.

A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. Os principais minerais

formadores das rochas são representados por silicatos — os mais abundantes

da crosta terrestre —, carbonatos — de cálcio ou magnésio —, óxidos, sulfetos

e sulfatos.

Certo

Errado

13 - PCDF - Geologia - FUNIVERSA - 2012

Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos de

potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser

representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,

assinale a alternativa correta.

A - Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do

triângulo.

B - Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.

C - Anortita é um exemplo de feldspato potássico.

D - Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.

E - Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.

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GABARITO

1 - D 2 - ERRADO 3 - E 4 - C 5 - C

6 - C 7 - B 8 - A 9 - E 10 - ERRADO

11 - ERRADO 12 - A 13 - A

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BIBLIOGRAFIA

Junior, José Marques: Nobile, Fabio Olivieri de GEOLOGIA E MINERALOGIA

Bahia, Victor Gonçalves - minerologia e petrologia - coopesal - UFLA

http://geolab7.webnode.com/minerais/silicatos/nesossilicatos/ acessado 23

de fevereiro de 2017

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