guia de campo cogumelos silvestres

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    Edio: FPFP - Federao dos Produtores Florestais de Portugal

    Lisboa, Fevereiro de 2008

    Exemplares: 1000

    Capa & Paginao: Tiago Azevedo [T2T] desing lab

    Fotografia: Pedro SantosProduo: Ondagrafe

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    A criao deste Guia de Campo est inserida no projectoAGRIS 8 - A Multifuncionalidade de Floresta atravs da Exploraodos Recursos Florestais, Silvopastoricia, Lazer e Turismo, medidaII - Micologia, na linha de aco 2.1 Apoio produo, quantifica-o e promoo do produto Cogumelos Silvestres. Tem como objec-tivos operacionais apoiar os colectores de cogumelos disponibilizan-do apoio tcnico (associativismo, comercializao, certificao) e foipromovido pela Direco Regional de Agricultura e Pescas do Centro(DRAPC), foi executado pela Federao dos Produtores Florestais dePortugal (FPFP) conjuntamente com a Direco Geral dos RecursosFlorestais (DGRF), com a Escola Superior Agrria da Coimbra (ESAC)e com o Instituto para o Desenvolvimento Agrrio da Regio Centro(IDARC).

    Este trabalho tem a finalidade de fazer um inventrio dosrecursos micolgicos existentes na regio de Quiaios. No pretende

    ser um manual de base terica, mas sim, um guia prtico, de auxlio identificao de cogumelos silvestres, tendo como base as existnciasda regio de Quiaios.

    Apesar deste Guia ter uma breve descrio das principaisespcies de cogumelos pode no ser suficiente para elucidar pessoasdesconhecedoras destas matrias. Como tal, aconselha-se a quemqueira iniciar a actividade de recolha, que comece por tirar um cursode identificao de cogumelos e que acompanhe colectores experien-

    tes, a fim de aprender algumas tcnicas de busca e adquirir algumaexperincia na identificao de cogumelos no terreno.

    nota prvia

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    LOCALIZAO DA REA DE ESTUDO 6

    DESCRIO E CARACTERIZAO DOS COGUMELOSENCONTRADOS NO INVENTARIO REALIZADO

    Amanita curtipes 8

    Amanita junquillea 12

    Amanita muscaria 14

    Amanita rubescens 16

    Astraeus hygrometricus 17

    Cantharellus cibarius 18

    Cantharellus lutescens 20Chroogomphus rutilus 22

    Cortinarius trivialis 24

    Gymnopilus spectabilis 26

    Helvella lacunosa 28

    Hydnum repandum 30

    Hygrophoropsis aurantiaca 32

    Hygrophorus russula 34

    Lactarius deliciosus 36

    Lactarius hepaticus 38Lycoperdon perlatum 40

    Macrolepiota procera 42

    Pleurotus ostreatus 44

    Sarcodon imbricatus 46

    Scleroderma polyrhizum 48

    Suillus bellinii 50

    Suillus bovinus 52

    Thelephora terrestris 54

    Tremela mesenterica 56Tricholoma caligatum 58

    Tricholoma colossum 60

    Tricholoma equestre 62

    Tricholoma saponaceum 64

    Xerocomus badius 68

    CONCLUSO 68

    GLOSSARIO 69BIBLIOGRAFIA 70

    ndice

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    Portugal continental

    localizao da rea de estudo

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    Amanitacurtipes

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie mediterrnica, pouco abundante, conhecida no Sul de Frana, Itlia, Espa-

    nha, Portugal e no Norte de frica. Frutifica principalmente em bosques acidfilos do

    gnero Quercus(Q. ilex, Q. rotundifolia, Q. suber).

    poca:Surge no Outono.

    Valor gastronmico:

    catalogada como uma espcie comestvel, apreciada para fins culinrios.

    Observaes:

    Pode confundir-se com espcies do gnero Russula. Contudo a sua carne fibrosa e

    no granulosa, assim como a presena de uma volva saciforme na base do p, facil-mente a distingue das demais.

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    Nome cientfico:Amanita curtipes

    Nome comum:Desconhecido

    Fisionomia:

    Chapu de 3 6 cm de dimetro, globoso a convexo que se vai tornando plano, apre-sentando uma ligeira depresso no centro.

    Cutcula de cor branca a creme-rosada.

    Lminas muito apertadas, largas e de cor branca, branco-cremoso ou creme mais

    escuro, apresentando muito poucas lamelulas.

    P cilndrico, curto, de 3 5 cm 0,5 - 2 cm, branco e quando maduro torna-se

    castanho. Sem anel patente, uma vez que se quebra durante o desenvolvimento do

    carpforo, ainda que por vezes se observem restos na forma de pequenas escamas

    ou grnulos.

    Volva saciforme, membranosa e de cor creme a castanho.

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    Amanitagemmata

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie comum, abundante tanto em conferas como em folhosas, sobretudo em

    solos cidos. Surge por toda a Europa, sendo bastante comum em Espanha e nas

    ilhas Canrias.

    poca:

    Surge desde finais da Primavera at finais do Outono.

    Valor gastronmico:

    Sabor aucarado. Odor fngico.

    considerada actualmente como uma espcie de comestibilidade discutvel e con-

    traditria. Esto descritas intoxicaes muito variadas, de tipo gastrointestinal.

    A. gemmata inclui-se gastronomicamente no grupo de cogumelos a rejeitar.

    Observaes:

    Fcil de diferenciar pelo seu chapu com tonalidades amareladas, pelo seu anel evolva circuncisa que se rompe com facilidade.

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    Nome cientfico:Amanita gemmata = Amanita junquillea

    Nome comum:Desconhecido

    Fisionomia:

    Chapu inicialmente hemisfrico, tornando-se convexo-extendido quando maduro,com 4 - 11 cm de dimetro. Margem plana e debilmente estriada.

    Cutcula fcil de separar da carne, amarelada a ocre-amarelada, muito frivel (rompe-

    se com facilidade).

    Lminas muito apertadas, com lamlulas de cor branco-puro.

    P claviforme, de 5 - 12 cm 1 - 2 cm, branco-puro, frgil e facilmente separvel do

    chapu.

    Volva unida, circuncisa, frgil, de cor branca, que se rompe com facilidade.

    Anel apical, esbranquiado, membranoso e fragmentado em grandes placas.

    Carne tenra, quebradia, esbranquiada.

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    Amanitamuscaria

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Cogumelo originrio do hemisfrio Norte. Surge em condies de habitat muito am-

    plas, desde as regies mais baixas at as zonas de mdia e alta montanha. Vive em

    todo o tipo de bosques, mais frequentemente sob conferas.

    poca:

    Desenvolve-se na Primavera e no Outono

    Valor gastronmico:Txico.

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    Nome cientfico:Amanita muscaria

    Nome comum:amanita mata moscas, mata bois, frades de sapo

    Fisionomia:

    A colorao do chapu varia do vermelho-escarlate ao vermelho-alaranjado, po-dendo apresentar, quando ainda jovem, uma fase na qual predomina a colorao

    verde-amarelada. Chapu com 8 - 24 cm de dimetro, em forma de ovo, quando

    jovem, e convexo, chato, plano ou ligeiramente cncavo, quando maduro. Superfcie

    amarela-plida a laranja-avermelhada ou mesmo escarlate. Usualmente salpicado

    com numerosas verrugas ou excrescncias brancas ou amarelo-plidas que, algu-

    mas vezes, ficam dispostas em crculos concntricos; margens pronunciadamente

    estriadasou cristadas.

    Lamelas, cerca de 20 por cm linear e 8 - 15 mm de largura, livres ou ligeiramente

    decorrentes em rugas ou cristas estreitas, brancas ou amarelo-plidas.

    Estipe com 10 - 20 cm de comprimento e 1 - 2 cm de espessura na extremidade supe-

    rior; a parte basal do p mais espessa para formar um bolbo, envolvido por anis

    irregularmente rompidos, brancos ou amarelo-plidos.

    Anel no tero superior do estipe, macio, de cor branca.

    Volva bem definida, tornando-se no evidente com a idade.

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    Amanitarubescens

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie comum em todo o tipo de bosques e de solos. Micorriza de numerosas e

    variadas rvores.

    poca:

    Desde o final do Vero e durante o Outono.

    Valor gastronmico:

    um cogumelo muito apreciado. Contudo devem ser tomadas precaues, no spelas possveis confuses que pode provocar, mas tambm pelos seus componentes

    txicos volteis. Nunca deve ser comido cru, mas sim bem cozinhado.

    Observaes:

    Recomenda-se a sua colheita somente a colectores experientes. Muitas vezes con-

    fundido com o A. pantherina.Apesar de as duas espcies apresentarem chapus

    de cores muito idnticas, podem-se diferenciar atravs da carne, que no caso da

    Amanita rubescenstorna-se de cor rosa e no caso da A. pantherina imutvel. Para

    alm disso, a margem estriada e a volva diferente da A. pantherinadiferenciam cla-

    ramente estas espcies.

    Os componentes txicos desta espcie (hemolosinas) evaporam-se a mais de 65 C,

    pelo que necessrio cozinha-los bem para poderem ser consumidos com segu-

    rana.

    Estas substncias destroem os glbulos vermelhos, provocando anemias severas.

    O Amanita rubescenspossui uma percentagem de hemolosinas superior ao mortalA.phalloides.

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    Nome cientfico:Amanita rubescens

    Nome comum:amanita vinhosa, p vermelho

    Fisionomia:

    O chapu evolui de globoso a convexo-plano. Dimetro que varia entre os 5 e os 15 cm.A cutcula tipicamente de cor vermelho-vinho, com tonalidades mais claras quase

    esbranquiadas, separvel, de superfcie lisa e brilhante. Tem numerosos restos do

    vu da volva em forma de verrugas de algodo de cor branco-rosceo. Carnoso, con-

    sistente e frgil. Margem delgada, encurvada, mais tarde plana, delgada e lisa.

    Lminas largas, livres, moles, numerosas, com lamelas. De cor branca assim como

    a sua esporada.

    O p cilndrico, mais grosso na base e evolui em forma de clave, de cor branca a

    rosa. Na sua base tem uma volva ovide, de cor rosa, mas mais acentuada. Tem anel

    amplo, membranoso, de cor rosa-claro estriado.

    A carne branca e torna-se rosa-vnico aps o corte.

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    Astraeushygrometricus

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Surge em distintos tipos de vegetao, principalmente pinhais, geralmente em solos

    arenosos. Espcie muito frequente e abundante.

    poca:

    Surge na Primavera e no Outono.

    Valor gastronmico:

    Sem qualquer interesse gastronmico.

    Observaes:

    muito fcil de reconhecer pelo seu carcter higromtrico, em tempo seco os bra-

    os da estrela caem sobre o endoperdio, contudo com a humidade eles abrem. Estes

    braos tm uma cor caracterstica que os diferencia de outros gneros em forma deestrela.

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    Nome cientfico:Astraeus hygrometricus

    Nome comum:estrela da terra

    Fisionomia:

    Carpforo globoso quando est fechado, e em forma tpica de estrela ao abrir-sequando maduro. Tem cerca de 2 - 3 cm fechado e entre 5 - 6 cm aberto. No tem

    p.

    O exoperdio rompe-se em vrios braos, de forma a criar uma estrela, esbranqui-

    ado por fora e pardo-escuro, quase negro por dentro. O endoperdio globoso, ini-

    cialmente esbranquiado e castanho-acinzentado aps a maturao. O endoperdio

    possui um orifcio pequeno para libertar os esporos.

    Esporos esfricos, cobertos de espinhos, de 7 - 12 micras, so de cor pardo-escuro.

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    Cantharelluscibarius

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Cogumelo micorrzico que vive associado a resinosas e a folhosas, maioritariamente

    sobreiros e outros carvalhos. Vive em todos os tipos de solos, sendo muito comum

    e abundante.

    poca:

    Frutifica desde a Primavera, se for chuvosa, at finais de Outono.

    Valor gastronmico:

    um excelente comestvel, muito conhecido e apreciado, podendo ser aproveita-

    do na totalidade, tendo a particularidade de a sua carne quase nunca se estragar.

    Utiliza-se em guisados e muito apto para secar ou salgar. Para alm de ter valor

    medicinal, cotem oito tipos de aminocidos essenciais para a sade humana e vita-

    mina A.

    Observaes:

    um cogumelo de colorao muito varivel, do qual se conhecem diversas varie-

    dades. Em solos calcrios e trmicos, debaixo de carvalhos surge a variedade

    alborufescens, que completamente branca e ao ser tocada mancha-se de laranja-

    avermelhado ou oxida, sobretudo no p.

    H dois cogumelos que se assemelham ao Cantharellus cibariuse que tm uma co-

    lorao similar. So, por um lado o falso cantarelo (Hygrophoropsis aurantiaca) que comestvel e por outro lado o Omphalotus olearius que txico.

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    Nome cientfico:Cantharellus cibarius

    Nome comum:cantarelas, canrios, gema de ovo, sanchas

    Fisionomia:

    Chapu de 4 - 10 cm, primeiro convexo, depois estendido e mais tarde com depressono centro, para acabar em forma de funil. A margem encurvada, ondulada e delga-

    da. A superfcie lisa e seca, de cor amarelo-vivo.

    O himnio formado por falsas lminas dobradas, decorrentes e bifurcadas ao longo

    do p, de cor amarelo-vivo. Esporada de cor amarelo-intenso.

    P macio de 3 8 cm x 1,5 - 2,5 cm, atenuado para a base e curvado a meio, branco

    quando jovem e mais tarde amarelo-vivo.

    Carnudo, tenro de cor branco-creme.

    Liberta um odor agradvel, frutado e o seu sabor doce.

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    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Bosques de resinosas, entre erva e musgo sobre solo hmido.

    poca:

    Frutifica na Primavera e no Outono.

    Valor gastronmico:

    Comestvel de muito boa qualidade. Pode dessecar-se para conservao e posteriorconsumo.

    Cantharelluslutescens

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    Nome cientfico:Cantharellus lutescens

    Nome comum:trompete amarela

    Fisionomia:

    Chapu de 2 - 6 cm de dimetro, inicialmente aplanado, depois em forma de funil,tendo ao centro uma cavidade interna que est ligada cavidade do p.

    Cor cinzenta-acastanhada sobre um fundo amarelo-alaranjado, mais escuro no cen-

    tro com bordos recortados, delgados e enrolados para baixo. Pregas escassas, qua-

    se lisas ligeiramente venosas de cor amarelo-alaranjado.

    O p liso, comprido, oco, sulcado longitudinalmente e de cor amarelo-laranja.

    Carne amarelada e fina, de sabor doce, odor forte e muito agradvel.

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    Chroogomphusrutilus

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie micorrzica abundante em bosques de conferas do gnero Pinus(Pinus syl-

    vestris, P. pinaster, P. halepensise P. pinea).

    poca:Surge no Outono.

    Valor gastronmico:

    Sabor e odor pouco apreciado.

    Mediocremente comestvel e pouco apreciado.

    Observaes:

    Reconhece-se facilmente pelos seus carpforos cnico-campanulados, viscosos, decor vermelha como a carne crua, lminas escuras.

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    Nome cientfico:Chroogomphus rutilus

    Nome comum:desconhecido

    Fisionomia:

    Frutificaes anuais, dispersas a agrupadas.Chapu hemisfrico a cnico-campanulado, de 5 - 10 cm de dimetro e com um cen-

    tro pontiagudo.

    Cutcula separvel da carne do chapu, viscosa em tempo hmido, por vezes gelifi-

    cada, lisa e de cor vermelha a vermelho-acastanhado.

    Lminas muito espessas, espaadas, amarelo-arroxeado a olivceas, e finalmente

    castanho-prpura.

    P cilndrico, de 5 - 15 cm 1 - 1,5 cm, macio, por vezes curvado na base, da mesma

    cor do chapu e de base amarelo-olivcea.

    Carne amarelada a roxa nas zonas expostas ao ar, compacta e de cor amarelo-limo

    no p.

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    Cortinariustrivialis

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie muito comum e abundante em bosques esclerfitos (Quercus suber,

    Q. rotundifolia) e em caduciflios (Fagus sylvatica, Castanea sativa, Betula spp.,

    Quercus pyrenaicae Q. robur).

    poca:

    Surge principalmente no Outono.

    Valor gastronmico:

    Odor pouco apreciado. Sabor aucarado.

    Sem interesse culinrio pela sua viscosidade desagradvel.

    Observaes:

    Impossvel de confundir com qualquer outra espcie por apresentar vrios anis

    glutinosos e pelas suas lminas com tons violceo-azulados que surgem antes damaturao.

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    Nome cientfico:Cortinarius trivialis

    Nome comum:desconhecido

    Fisionomia:

    Frutificaes anuais, dispersas a agrupadas.Chapu sub-globoso a campanulado, de 5 - 10 cm de dimetro.

    Cutcula muito viscosa, castanho-creme a castanho-ocrceo, ou creme-olivcea,

    separvel com facilidade da carne do chapu e com uma capa mucilaginosa bem

    desenvolvida.

    Margem curva que se fragmenta de forma irregular uma vez atingida a maturidade.

    Lminas unidas, com lamlulas, de cor cinza-azulada a cinza-violcea.

    P cilndrico de 7 15 cm 1 - 1,5 cm, mais largo que o dimetro do chapu, com a

    parte superior branca e com os 2/3 inferiores coberto por crculos anelares de cor

    castanha.

    Carne de cor esbranquiada a creme.

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    Gymnopilusspectabilis

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie pouco comum, saprfita de troncos de conferas (Pinus) e caduciflias (Be-

    tula, Ulmus, Fagus, Quercus) que frutifica em enormes e vistosos fascculos.

    De ampla distribuio na Europa.

    poca:

    Frutificaes anuais.

    Valor gastronmico:

    Sabor muito amargo. Odor fngico agradvel.

    Observaes:

    Fcil de reconhecer no terreno pelos seus grandes carpforos anelados laranja-acastanhados, com fibras rosadas no chapu.

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    Nome cientfico:Gymnopilus spectabilis

    Nome comum:desconhecido

    Fisionomia:

    Surge em vrias frutificaes de um mesmo p.Chapu globoso a convexo-extendido, de 5 - 13 cm de dimetro.

    Cutcula seca, glabra, laranja-acastanhada, com fibrilhas e escamas sobre um fundo

    amarelado.

    Margem convoluta quando maduro, no estriada.

    Lminas finas, amarelas e mais tarde alaranjadas.

    P fusiforme-cilndrico, de 7 12 cm 1 - 1,8 cm, curvo, fibroso, macio, que penetra

    no substrato lenhoso.

    Anel apical, membranoso, persistente, amarelado, elstico.

    A carne reage com o hidrxido potssio e assume a cor vermelha que passa a pardo,

    ocorrendo o mesmo na parte externa do p. Com o sulfato ferroso, a carne toma a

    colorao amarelo-esverdeada.

    Esporos de cor ocre.

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    Helvellalacunosa

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Cresce tanto em bosques de caduciflias como de conferas.

    poca:

    Surge desde o Outono at entrada da Primavera.

    Valor gastronmico:

    Txico quando cru, no recomendado para consumo. Nos casos em que consumi-

    do fundamental cozinh-lo antes de o comer e retirar-lhe a gua da cozedura.

    Observaes:

    uma espcie muito frequente e relativamente abundante. Pode ser confundido com

    o Helvella sulcataque tem um p recto, mais esbelto e o chapu tem uma cor maisclara.

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    Nome cientfico:Helvella lacunosa

    Nome comum:orelhas de abade ou orelhas de gato

    Fisionomia:

    O chapu tem de 2 a 5 cm de dimetro, com a superfcie lisa, de cor muito varivel,cinzento-escuro ou negro, tem forma de sela de montar com dois ou trs lbulos

    dobrados e ocos. A face interna um pouco mais clara.

    O p tambm oco, de cor muito varivel e pode ser cinzento, branco ou escuro,

    com sulcos muito profundos ao longo de todo o p.

    A carne escassa, laminada e muito frgil.

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    Hydnumrepandum

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Frequente em florestas de caduciflias e conferas.

    poca:

    Outono e Inverno.

    Valor gastronmico:Comestvel de valor comercial.

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    Nome cientfico:: Hydnum repandum

    Nome comum:lngua de vaca

    Fisionomia:

    Chapu convexo com carne espessa, com contorno irregular, at 15 cm de dimetromas usualmente de menores dimenses. Margem enrolada quando jovem, de cor

    plida a laranja-acastanhado.

    P branco-creme, forte, por vezes com uma base inchada.

    Carne branca ou amarelo-plido.

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    Hygrophoropsisaurantiaca

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Muito comum em bosques acidfilos de conferas principalmente do gnero Pinus,

    entre as agulhas e s vezes em troncos em avanado estado de decomposio.

    poca:

    Comum durante o Outono at ao comeo do Inverno.

    Valor gastronmico:

    Sabor pouco apreciado ou algo adstringente. Odor pouco patente.

    Boa comestibilidade mas de qualidade gastronmica inferior aos Cantharellus.

    Observaes:Assemelha-se a alguns cogumelos do gnero Cantharellus.

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    Nome cientfico:Hygrophoropsis aurantiaca

    Nome comum:falso cantarelo

    Fisionomia:

    Frutificaes anuais, dispersas a agrupadas.Chapu convexo a deprimido, de 3 - 6 cm de dimetro.

    Cutcula separvel da carne, de cor amarelo-ovo a amarelo-alaranjado uniforme,

    subglabra.

    Margem curva, sinuoso-lobulada, muito fina e delgada.

    Lminas delgadas, apertadas, unidas, bifurcadas a todos os nveis, da mesma cor ou

    mais alaranjadas que o chapu, facilmente quebradias ao roar com o dedo.

    P cilndrico de 2 - 4 0,5 - 0,8 cm, macio, oco quando maduro, flexvel, da mesma

    cor do chapu mas castanho-enegrecido a partir da base quando maduro.

    Carne escassa, amarelada a alaranjada. A carne e as lminas reagem com o sulfato

    ferroso assumindo a cor lils-claro.

    Esporos de cor creme

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    Hygrophorusrussula

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Taxon indiferente em termos edficos que frutifica em bosques caduciflios, em

    especial do gnero Quercus(Q. ilex, Q rotundifoliae Q. suber).

    poca:

    Outono.

    Valor gastronmico:

    Espcie comestvel uma vez desprovida da cutcula, mas de odor pouco apreciado.

    Observaes:

    Caracteriza-se pelo seu grande porte dentro do gnero Hygrophoruse pela colora-o cuticular de cor vermelha a vermelho-vinho.

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    Nome cientfico:Hygrophorus russula

    Nome comum:desconhecido

    Fisionomia:

    Corpos frutferos anuais, dispersos a agrupados.Chapu convexo a plano-convexo, de 8 - 14 cm de dimetro. Margem encurvada a

    plano-encurvada.

    Cutcula no viscosa, com alterao da cor em funo da humidade, variando entre o

    vermelho e o vermelho-vinho.

    Lminas unidas e apertadas. Com lamlulas esbranquiadas.

    P cilndrico de 4 - 8 cm 1,5 - 3 cm, curvo a recto, esbranquiado com colorao

    vinhoso-prpura, sobretudo na base.

    Carne espessa, macia e esbranquiada. Reage com o hidrxido de potssio tomando

    rapidamente uma tonalidade amarelo-esverdeada.

    Esporos esbranquiados.

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    Lactariusdeliciosus

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Cogumelo micorrzico que vive associado a pinheiros, em toda a classe de solos.

    muito comum e abundante.

    poca:

    Frutifica no Outono e na Primavera

    Valor gastronmico:

    um cogumelo comestvel, muito apreciado.

    Observaes:

    um dos cogumelos mais conhecidos e procurados. Para alm de ser muito abun-

    dante muito fcil de reconhecer.

    O Lactarius deliciosuspode ser confundido com o Lactarius salmonicolor, contudo

    este ltimo no se mancha de verde e de inferior qualidade gastronmica.OLactariusdeliciosuspossui propriedades anti-cancergenas.

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    Nome cientfico:Lactarius deliciosus

    Nome comum:sanchas, pinheiras, vaca vermelha

    Fisionomia:

    Chapu de 5 15 cm, comea por ser convexo, depois passa a ser distendido e por fimacaba por se tornar afunilado. A margem do chapu enrolada para baixo.

    A cutcula lisa e cor-de-laranja, com zonas avermelhadas concntricas. s vezes

    mancha-se de verde, sobretudo se forem produzidas feridas.

    Lminas arqueadas, serradas de cor alaranjada e que se podem manchar de verde.

    Esporada de cor branca-creme.

    P curto de 3 5 cm x 1 3 cm, cilndrico de cor branca devido a uma pelcula esbran-

    quiada que o cobre quase na totalidade.

    Carne granulosa e compacta, esbranquiada no centro e cor-de-laranja na periferia.

    O seu odor agradvel e o seu sabor um pouco amargo.

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    Lactariushepaticus

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Frutifica em bosques de conferas do gnero Pinus.

    poca:

    Outono e Inverno.

    Valor gastronmico:

    Odor no apreciado. M comestibilidade.

    Observaes:

    As frutificaes em humus de conferas identificam-se pelos chapus castanho-aver-melhados e com abundantes cordes miceliais castanho-avermelhados na base

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    Nome cientfico:Lactarius hepaticus

    Nome comum:desconhecido

    Fisionomia:

    Corpos frutferos anuais e agrupados.Chapu convexo, plano-convexo, debilmente deprimido, de 3 - 6 cm de dimetro.

    Cutcula de cor castanho-avermelhado ou vermelho-escuro, lisa, glabra, no estriada.

    Margem encurvada, mais clara que o chapu.

    Lminas apertadas, com lamlulas, de tonalidade ocre.

    P cilndrico, de 3 - 5 cm 0,5 - 1 cm, recto a curvado, s vezes claviforme na base,

    oco, da mesma cor do chapu ou mais vermelho. Na base com abundantes restos mi-

    celiais estrigosos (plos eriados ou speros na superfcie) castanho-avermelhados.

    Carne de cor creme. Reage com o hidrxido de potssio tomando rapidamente a cor

    cinza-olivceo e mais tarde pardo-olivceo.

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    Lycoperdonperlatum

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Surge em qualquer tipo de bosque, sob conferas ou folhosas.

    poca:

    Surge durante quase todo o ano.

    Valor gastronmico:Comestvel.

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    Nome cientfico:Lycoperdon perlatum

    Nome comum:peido de lobo ou bufa de velha

    Fisionomia:

    Carpforo com forma de pra, formado por uma cabea mais ou menos esfrica oude forma alargada.

    A superfcie externa est coberta com uma srie de verrugas redondas que ao ca-

    rem deixam uma mancha redonda, que lhes d um aspecto reticulado.

    A sua cor varia entre o branco, nos exemplares mais novos e o pardo mais ou menos

    escuro nos exemplares mais velhos.

    A superfcie no incio branca e esponjosa, depois passa a uma cor amarelada e

    finalmente passa a parda-poeirenta.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Macrolepiotaprocera

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie cosmopolita, comum em terrenos cidos de zonas herbceas e de bosques

    tanto de caduciflias como de conferas.

    poca:

    Geralmente surge no Outono e Inverno.

    Valor gastronmico:

    Odor e sabor agradvel, comparvel noz.

    Comestvel, exceptuando o duro e fibroso p.

    Observaes:Fcil de reconhecer pelos tpicos carpforos de grandes dimenses e p claviforme.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Macrolepiota procera

    Nome comum:frade ou guarda-chuva

    Fisionomia:

    Frutificaes anuais, geralmente agrupadas.Chapu de incio ovide ou globoso, depois convexo-extendido, de 10 - 25 cm de

    dimetro.

    Cutcula inteira e coberta de escamas de disposio radial, mais abundantes e aper-

    tadas em direco ao pice, de cor castanha sobre fundo esbranquiado-rosado.

    Margem espessa, flocoso-fibrosa e quebrada.

    Lminas livres de cor branca, largas, muito apertadas e com lamlulas da mesma cor.

    P cilndrico, de 10 - 40 cm 1 - 3 cm, oco, de base muito bolbosa e at 5 cm de dime-

    tro e regularmente com cordes miceliais brancos. Cortex castanho uniforme que se

    vai rompendo longitudinalmente, em anis ziguezagueantes de forma irregular, que

    deixam ver a carne esbranquiada.

    Anel apical, duplo, membranoso, branco na parte superior e castanho na inferior.

    Carne espessa no centro do chapu e muito delgada em direco margem, branca

    e tenra. Reage com o fenol, assumindo rapidamente a cor parda.

    Esporos brancos.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Pleurotusostreatus

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Taxon comum, saprfita ou parastica de rvores caduciflias (Fagus, Populus, Ulmus,

    Quercus, Tilia, Sambucus, etc.). Mais raro em conferas.

    cultivado com o intuito de ser comercializado.

    De ampla distribuio pela Pennsula Ibrica.

    poca:Outono e Inverno.

    Valor gastronmico:

    Odor aromtico ou fngico agradvel.

    Sabor aucarado.

    Observaes:

    Fcil de identificar no campo pelos seus carpforos em forma de ostra, p muitoexcntrico.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Pleurotus ostreatus

    Nome comum:cogumelo ostra

    Fisionomia:

    Frutificaes anuais. Surgem vrias frutificaes de um mesmo tronco.Chapu convexo a plano-convexo e de 5 - 15 cm de dimetro.

    Cutcula glabra, no higrfana, separvel do chapu, hmida, azul-acinzentado,

    castanho-acinzentado, e negra com tonalidades violceas.

    Margem encurvada, da mesma cor do chapu, lisa e quebradia.

    Lminas muito decorrentes, apertadas, unidas na base, com lamlulas, esbranqui-

    adas a cremosas uma vez atingida a fase de maturao.

    P excntrico, lateral, muito curto face ao dimetro do chapu, esbranquiado, ma-

    cio e por vezes inexistente.

    Anel ausente.

    Carne esbranquiada. Com o cido sulfrico, a carne toma uma cor pardo-rosada.

    Esporos esbranqueados a creme-amarelados.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Sarcodonimbricatus

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Frutifica abundantemente a coberto de resinosas, aparecendo tambm usualmente

    em folhosas.

    poca:

    Aparece no final do Vero e no Outono.

    Valor gastronmico: comestvel, contudo de fraca qualidade. Devem ser consumidos preferencialmente

    os mais jovens.

    Observaes:

    uma espcie muito comum e inconfundvel dado o aspecto do chapu decorado

    com muitas escamas levantadas num traado quase regular, de forma a criar crcu-

    los concntricos.

    um cogumelo com valor medicinal, pois baixa o colesterol e contm substnciaspolissacridas.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Sarcodon imbricatus

    Nome comum:hidno escamoso, hidno imbricado, barba de bode

    Fisionomia:

    Chapu grande, entre 10 12 cm de dimetro, ocasionalmente at 30 cm e com 5 cmde espessura. No incio do seu crescimento convexo e durante o crescimento vai-se

    aplanando e ganha uma depresso ao centro.

    A cutcula forma grossas escamas radiais. de cor castanho-escuro ou pardo-escuro,

    tem aparncia de ter sido queimado. A margem fina, lobada, enrolada.

    A carne acinzentada, dura e abundante.

    O himnio possui dentes ou agulhas esbranquiadas, mais tarde escuras, longas,

    1 1,5 cm, serradas, regulares, pontiagudas, frgeis e decorrentes.

    O p curto em comparao ao chapu, fibroso e grosso, de colorao parda va-

    riada.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Sclerodermapolyrhizum

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie comum, termfila, nitrfila de lugares arenosos e abertos sem vegetao

    arbrea (beira de caminhos e margem de bosques principalmente do gnero Pinus).

    Frequentemente surge em povoamentos de Quercus rotundifoliae de Q. suber.

    poca:

    Pode surgir durante todo o ano.

    Valor gastronmico:

    Espcie no-comestvel.

    Observaes:Caracteriza-se por ter um grande porte e deiscncia em forma de estrela.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Scleroderma polyrhizum

    Nome comum:desconhecido

    Fisionomia:

    Frutificaes ssseis, semi-hipgeas, anuais e gregarias. Carpforos globosos, ovoi-des, de 3 - 12 cm de dimetro. Perdio castanho-escuro, duro, grosso e de 6 - 10 mm

    de largura. Deiscncia em forma de estrela a partir do pice com 4 a 8 lbulos.

    Esporada cor castanha-escura.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Suillusbellinii

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Surge principalmente em pinhais.

    poca:

    Surge abundantemente no Outono.

    Valor gastronmico:

    Comestvel, sobretudo os exemplares pequenos. Antes de os cozinhar deve-se tirar

    a cutcula que muito mucilaginosa. O odor forte, frutado e agradvel, o sabor doce.

    Observaes:

    O Suillus bellinii um cogumelo fcil de encontrar e de fcil identificao pela sua

    viscosidade e pela sua cor amarelo-limo que aparece ao separar os tubos. Pode-se

    confundir com Suillus boudieri e com S. leptopus, contudo no h perigo de intoxica-

    o uma vez que so os trs de qualidade gastronmica muito parecida.

    Em alguns casos, a ingesto deste cogumelo pode provocar alergias do tipo gastro-entertico.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Suillus bellinii

    Nome comum:mscaro dos pinhos

    Fisionomia:

    Chapu de 5 12 cm de dimetro, muito viscoso de cor esbranquiada ao principio,tornando-se castanho mais tarde. Globoso ao nascer vai-se tornando quase plano

    com a idade. Separa-se facilmente da cutcula e dessa forma deixa ver uma carne

    cor-de-pssego.

    Os tubos so de cor amarelo-limo e separam-se com facilidade do chapu.

    Os poros so pequenos, com a idade tornam-se angulosos, brancos primeiro e de-

    pois amarelo-olivaceo.

    O p curto em relao ao chapu, tem manchas castanho-rosadas, viscosas e resi-

    nosas que ao serem tocadas mancham os dedos parecendo resina. O p apontado

    na base e no possui anel.

    A carne esbranquiada quando cortada e amarela-plida debaixo dos tubos.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Suillusbovinus

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Encontra-se principalmente em bosques de pinheiros, desenvolve-se melhor em so-

    los calcrios. Surge muito abundantemente e pode considerar-se comum. Encontra-

    se em toda a Europa.

    poca:

    Desde Junho at finais de Novembro.

    Valor gastronmico:

    No se pode considerar uma boa espcie comestvel, especialmente pela pouca con-sistncia da sua carne. No tem odor nem sabor de interesse particular.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Suillus bovinus

    Nome comum:boleto bovino

    Fisionomia:

    No se trata de um Suillus de grande tamanho, faz parte do grupo com p no ani-lhado, no qual se distingue, especialmente, porque os tubos se estendem sobre o p

    e tambm por apresentar o miclio de cor rosado.

    O chapu surge de convexo a aplanado e por vezes tambm com uma depresso

    central. O dimetro do chapu pode ter entre 7 - 8 cm, podendo o p ser superior. A

    sua cor amarelo-ocre claro um pouco avermelhado e a superfcie torna-se rapida-

    mente lisa, muito viscosa no tempo hmido e mais brilhante e seca no tempo seco.

    O himnio tem uma colorao que vai de amarelo-claro a amarelo-ocre.

    O p geralmente cilndrico ou atenuado para a base, de cor anloga do chapu.

    Pode ser liso ou delicadamente decorado. Na parte inferior um pouco rosado devi-

    do presena do miclio tingido. A carne amarelada.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Thelephoraterrestris

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Cresce em pequenos grupos, em solos arenosos debaixo de folhosas e conferas,

    fixa-se s razes e ramos.

    poca:Surge na Primavera e no Outono.

    Valor gastronmico:

    No tem valor culinrio.

    Observaes:

    Pode-se confundir com o T. caryophyllea, mas este distinguvel dado ser de menor

    porte, no ultrapassar os 2 - 3 cm de dimetro, ter p pequeno e de cor castanho-prpura.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Thelephora terrestris

    Nome comum:descohecido

    Fisionomia:

    O chapu tem forma de funil ou de roseta enrugada, coriceo, esponjoso e de corescastanho mais ou menos escuro, com os bordos mais claros.

    A superfcie fibrosa e tomentosa. A face inferior ou himnio no possui lminas,

    formando rugas radiais, de cor castanho-escuro. Mede de 3 a 8 cm de dimetro.

    O p muito pequeno, cilndrico e de cor negra.

    Os esporos so elpticos, de 8 10 micras x 7 - 8 micras.

    Carne de consistncia esponjosa, coricea e fibrosa de tonalidade violcea.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Tremelamesenterica

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie saprfita que vive sobre madeira morta, provocando uma podrido branca

    muito activa. muito frequente.

    poca:

    Surge na Primavera e no Outono.

    Valor gastronmico:

    Carece de interesse culinrio, contudo no txica. Possui um sabor e odor pouco

    apreciados

    Observaes:

    muito fcil de reconhecer atravs das suas frutificaes de cor amarelo-ouro, que

    chamam a ateno a todas as pessoas que depois das chuvas se aventurem por umqualquer bosque.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Tremela mesenterica

    Nome comum:gelatina dos bosques

    Fisionomia:

    O carpforo no incio do seu desenvolvimento assemelha-se a uma pequena massatuberculosa ou globosa, depois cresce e comea a apresentar pregas desiguais, on-

    duladas.

    Tem um aspecto gelatinoso, brando, de cor amarela ou amarelo-alaranjado, de

    acordo com a idade ou a humidade.

    A superfcie lisa e brilhante e o himnio cobre todo o carpforo. Mede de 3 - 7 cm.

    Fixa-se ao substrato por um ponto central, pois no tem p.

    A carne de consistncia gelatinosa, mas firme ao mesmo tempo.

    Os esporos so elipsides a sub-globosos, de 7 - 10 micras x 6 - 10 micras. Esporada

    branca-amarelada.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Tricholomacaligatum

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Surge nos povoamentos mistos de folhosas e resinosas.

    poca:

    Surge no Outono.

    Valor gastronmico:

    comestvel e um dos poucos fungos deste tipo que tem sabor amargo.

    Observaes:Possui polissacridos inibidores do desenvolvimento de estruturas cancergenas.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Tricholoma caligatum

    Nome comum:descohecido

    Fisionomia:

    Espcie robusta com chapu de 10 - 15 cm, ou mais, convexo, fibroso, tornando-serosado mais tarde, e ficando mais plido na borda. Com o tempo seco pode ficar

    completamente rachado, ao ponto de parecer escamoso.

    A cutcula seca, de cor branco-sujo, com escamas fibrilosas, castanho-claro a

    castanho-escuro. A margem direita, levemente franjada.

    As lminas so serradas, anexas e de cor branca, com lamelas.

    O p espesso, slido, por vezes alargado na base, de cor branco-sujo acima do anel

    e abaixo com escamas fibrilosas e castanhas.

    A carne grossa, densa, tenra, libertando um odor a pra. Tem um sabor doce e

    frutado. A carne que se encontra abaixo da cutcula branca.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Tricholomacolossum

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Surge em zonas de pinhal, geralmente de solos cidos, onde forma micorrizas com

    grande parte das plantas do gnero Pinus.

    poca:

    Surge no final do Outono.

    Valor gastronmico:

    Os carpforos so comestveis, contudo so pouco apreciados, apresentando baixovalor comercial.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Tricholoma colossum

    Nome comum:descohecido

    Fisionomia:

    Chapu entre os 10 e os 25 cm de dimetro, semiesfrico ou convexo, com a margemmuito enrolada. Geralmente apresenta uma cor entre o castanho-claro e o castanho-

    escuro e torna-se ligeiramente viscoso com a humidade.

    As lminas surgem muito prximas e comeam por ser brancas, passando mais tarde

    a uma tonalidade rosa com arestas irregulares.

    O p tem uma dimenso entre os 5 e os 22 cm, no possui anel e tem forma sub-

    cilndrica a sub-bolbosa.

    A carne de cor branca, firme e torna-se rosada quando cortada. Tem aroma fraco

    e sabor doce a ligeiramente amargo.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Tricholomaequestre

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Muito comum nas reas mediterrnicas. Frutifica em bosques de resinosas em solos

    cidos, mais raramente surge em bosques de folhosas.

    poca:

    Outono e Primavera.

    Valor gastronmico:

    muito procurado para consumo, mas suspeito de toxicidade.

    Observaes:

    O Tricholoma auratumtambm muito parecido com o Tricholoma equestree at

    pouco tempo considerava-se a mesma espcie, contudo este um pouco maior

    (6 - 15 cm de dimetro), o chapu tem uns tons mais ocre do que amarelos, o p

    amarelo plido e a carne ligeiramente amarela.

    O Tricholoma sulfureum tambm se parece com o mscaro, contudo mais fino,

    as suas lminas so claramente mais espaadas e sobretudo liberta um forte odorparecido a gs.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Tricholoma equestre = Tricholoma flavovirens

    Nome comum:cogumelo dos cavaleiros, tortulho, canrio, mscaro amarelo

    Fisionomia:

    Chapu hemisfrico ou convexo de 5 - 10 cm de dimetro que vai aplanando e defor-mando com a maturao.

    Cutcula viscosa e separvel da carne. De cor amarelo-azulado tornando-se ocre

    quando maduro.

    Margens encurvadas ou plano-encurvadas, quando atinge a maturidade tornam-se

    lobuladas e amarelo-claras.

    Himnio com lminas amarelas, soltas, desiguais, serradas, sinuadas e geralmente

    muito irregulares.

    P cilndrico, de comprimento e forma varivel, amarelo como as lminas, volumoso,

    pode apresentar escamas muito finas e um ligeiro engrossamento na base.

    Carne branca, amarelada debaixo da cutcula e sem odor.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Tricholomasaponaceum

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Espcie comum e edaficamente indiferente, frutifica em bosques de caduciflias

    esclerfilas ou aciculiflias.

    Frequente em toda a Pennsula Ibrica.

    poca:

    Outono.

    Valor gastronmico:

    Odor comparvel ao do sabo.

    M comestibilidade, fruto do seu odor desagradvel.

    Observaes:

    Destaca-se pelas peculiariedades organolpticas e pela colorao avermelhada da

    base do p.

    Espcie de morfologia muito varivel com inumerveis formas ou variedades, sobre-tudo nas coloraes do p.

  • 5/25/2018 Guia de Campo Cogumelos Silvestres

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    Nome cientfico:Tricholoma saponaceum

    Nome comum:descohecido

    Fisionomia:

    Frutificaes anuais, que emergem de um mesmo tronco.Chapu globoso, convexo, cnico, campanulado a plano-convexo quando atingida a

    maturidade, de 6 12 cm de dimetro.

    Cutcula de colorao muito varvel, esbranquiada, cinzento-escura, castanho com

    o pice mais escuro, amarelo-cremosa, glabra e quebradia.

    Margem encurvada, mais clara que a cutcula e com colorao avermelhada com a

    maturao.

    Lminas sinuadas, espessas, com lamlulas, amareladas ou esbranquiadas.

    P cilndrico a claviforme, recto a curvado, de 4 15 cm 1 1,5 cm, macio, de colo-

    rao varivel, esbranqueado, cinzento mais ou menos escuro, e com tons vermelho-

    plido na base quando maduro.

    Carne espessa, esbranquiada que avermelha lentamente aps o corte.

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    Xerocomusbadius

    Caractersticas Gerais:

    Habitat:Em florestas de conferas, particularmente frequente a altitudes elevadas, sob

    Picease Pinus.

    poca:

    Fim de Vero, Outono e Inverno.

    Valor gastronmico:

    Sabor pouco intenso.Comestvel e adequado para muitas receitas.

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    Nome cientfico:Xerocomus badius

    Nome comum:boleto-baio

    Fisionomia:

    Chapu convexo quando jovem, mais tarde plano, castanho-escuro, usualmente com8 - 12 cm, raramente at 25 cm de dimetro.

    P esguio, ocasionalmente bolboso.

    Carne firme, branca-amarelada mudando lentamente para azul quando cortada,

    tornando-se plida de novo aps algum tempo.

    Esporos castanhos.

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    Aps a elaborao deste projecto concluiu-se que a regio deQuiaios possui um grande potencial micolgico, tanto em termos dediversidade como em termos de quantidades produzidas. Contudo,esta actividade est sob ameaa, tanto pela excessiva presso exerci-da pelo grande nmero de colectores, como pela ausncia de gesto.

    Uma das formas de preservar este recurso natural ser tor-nando-o rentvel. Para tal, este potencial dever ser explorado sobtodas as suas vertentes, especialmente a produo de cogumelos e oturismo micolgico.

    Hoje em dia, cada vez mais as pessoas relacionadas com mun-

    do micolgico chegam concluso que a colheita de cogumelos sil-vestres no deve ser vulgarizada, mas sim convertida numa actividadedigna e profissionalizada, realizada por pessoas que tenham um mni-mo de formao nessa rea e algum conhecimento do funcionamentodos ecossistemas florestais.

    A identificao micolgica uma actividade complexa. As es-pcies de cogumelos so muitas e por vezes bastante semelhantes, oque cria dificuldade na sua caracterizao e diferenciao, podendo

    induzir ao consumo de alguns exemplares susceptveis de provoca-rem intoxicaes.

    concluso

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    Anel: Resto de vu parcial, sobre o p.

    Bolbo: Parte grossa da extremidade inferior do p, em forma de cebola.

    Carpforo: Corpo frutfero dos fungos superiores, equivale a cogumelo.Coriceo: De consistncia rgida.

    Cutcula: Camada de hifas que fazem parte do revestimento externo dos cogumelos.

    Endoperdio: Membrana ou camada interna que forra a cavidade do perdio.

    Escama: Pequeno fragmento que se encontra sobre o chapu ou p, resultante dovu universal ou da cutcula que se rompe, e levanta.

    Esporada: Impresso dos esporos em massa deixada numa superfcie.

    Esporo: Elemento reprodutor dos cogumelos.Estipe ou p: Parte do carpforo que sustm o chapu.

    Exoperdio: Membrana ou camada externa que envolve o perdio.

    Exsudaes: Segregao sob a forma de gotas.

    Fungo: Organismo vivo eucaritico, tipicamente miceliano, heterotrfico, com nutri-o por absoro e com reproduo por esporos.

    Hifa: Clula de fungo, geralmente alongada em forma de filamento.

    Himnio: Conjunto alinhado de clulas frteis.Lamela: Como uma lmina, mas mais pequena.

    Lmina: Elemento do himenforo onde esto as estruturas reprodutoras.

    Lobulado: Relativo margem do chapu.

    Miclio: Estrutura vegetativa dos fungos, constituda por pequenos filamentos ou hifas.

    Micorrzico: Que vive em associao simbitica mutualista com as razes das plantas.

    Mucilaginosa: Substncia viscosa, fcil de ver em tempo hmido.

    Perdio: Esporforo de um grupo de cogumelos (Gasteromycetes) que apresenta umaforma esfrica ou subesfrica fechada, ou que se abre por um orifcio na parte supe-rior (poro apical ou ostolo) por onde saem os esporos.

    Poro: Extremidade livre dos tubos (relativo ao himenforo).

    Tomentosa: Que tem plos muito curtos.

    Tubos: Elemento do himenforo dos boletos e dos polporos revestidos interiormentepelo himnio.

    Volva: Poro do vu universal que envolve a parte basal do p; pode ser resistente emembranosa ou frgil e fugaz, e ento permanecendo apenas em vestgios flocosos.

    glossrio

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    Pea, Fernando Martnez. 2003. Produccin y Aprovechamiento de BoletusEdulis Bull.: Fr. en un Bosque de Pinus Sylvestris L. Bases para la ordenacin yvaloracin econmica del recurso micolgico forestal. Junta de Castilla y Len.

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    bibliografia

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