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GEAEL – Escola de Aprendizes do Evangelho - Aliança Espírita Evangélica 1 Visite nosso site: geael.wordpress.com e baixe os números anteriores Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira Conhecendo a Doutrina Espírita – 24 Estudos doutrinários do GEAEL GEAEL Identidade sideral de Jesus PERGUNTA: — Jesus não é o governador espiritual da Terra? No entanto, dizeis que ele veio da esfera dos “Amadores”, provavelmente de algum orbe situado muito além do nosso sistema solar? RAMATÍS: — Mais uma vez tomais a palavra do espírito pelo espírito da palavra, porquanto não estamos nos refe- rindo a qualquer situação geográfica ou astronômica nestes relatos. Jesus deixou o seu reino espiritual apenas quanto à redução do seu campo vibratório e da sua consciência sideral, mas não veio de qualquer outra latitude astronômica ou cós- mica. A esfera dos Amadores é um conjunto sideral de almas excelsas e identificadas por um padrão espiritual semelhante ao de Jesus. São espíritos eletivos, entre si, que formam um todo ou coletividade sideral e vibram, felizes, unidos pela mesma natureza angélica. Não se trata de uma “esfera mate- rial” ou planeta físico, mas de um “estado vibratório” peculiar e de natureza superior. São entidades portadoras de um Amor incondicional; e sentem-se felizes quando eleitas para qualquer missão redentora nos mundos físicos, dispondo-se a todos os sacrifícios em benefício dos seus irmãos que ainda se encontram nesses planos inferiores. A esfera dos Amadores pode ser concebida à semelhança de uma “esfera social”, “esfera militar”, “esfera científica” ou “esfera religiosa”, em que se agrupam criaturas pela mesma afinidade, simpatia ou tarefas semelhantes. Jesus foi um “Avatar” eleito da esfera dos Amadores para baixar à Terra no tempo predito, porque só um espírito do quilate dessa esfera seria capaz de tanto amor e renúncia para a missão de redimir o homem terreno. No entanto, desde a origem do vosso orbe, ele jamais deixou de presidir os vossos destinos, atento ao esquema evolutivo traçado há trilhões de anos terrestres na elaboração do atual “Grande Plano”, que vos proporciona a aquisição individual de consciência espiritual.

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GEAEL – Escola de Aprendizes do Evangelho - Aliança Espírita Evangélica 1

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Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de LimeiraConhecendo a Doutrina Espírita – 24

Estudos doutrinários do GEAELGEAEL

• Identidade sideral de Jesus

PERGUNTA: — Jesus não é o governador espiritual da Terra? No entanto, dizeis que ele veio da esfera dos “Amadores”, provavelmente de algum orbe situado muito além do nosso sistema solar?

RAMATÍS: — Mais uma vez tomais a palavra do espírito pelo espírito da palavra, porquanto não estamos nos refe-rindo a qualquer situação geográfica ou astronômica nestes relatos. Jesus deixou o seu reino espiritual apenas quanto à redução do seu campo vibratório e da sua consciência sideral, mas não veio de qualquer outra latitude astronômica ou cós-mica. A esfera dos Amadores é um conjunto sideral de almas excelsas e identificadas por um padrão espiritual semelhante ao de Jesus. São espíritos eletivos, entre si, que formam um todo ou coletividade sideral e vibram, felizes, unidos pela mesma natureza angélica. Não se trata de uma “esfera mate-rial” ou planeta físico, mas de um “estado vibratório” peculiar e de natureza superior. São entidades portadoras de um

Amor incondicional; e sentem-se felizes quando eleitas para qualquer missão redentora nos mundos físicos, dispondo-se a todos os sacrifícios em benefício dos seus irmãos que ainda se encontram nesses planos inferiores.

A esfera dos Amadores pode ser concebida à semelhança de uma “esfera social”, “esfera militar”, “esfera científica” ou “esfera religiosa”, em que se agrupam criaturas pela mesma afinidade, simpatia ou tarefas semelhantes. Jesus foi um “Avatar” eleito da esfera dos Amadores para baixar à Terra no tempo predito, porque só um espírito do quilate dessa esfera seria capaz de tanto amor e renúncia para a missão de redimir o homem terreno.

No entanto, desde a origem do vosso orbe, ele jamais deixou de presidir os vossos destinos, atento ao esquema evolutivo traçado há trilhões de anos terrestres na elaboração do atual “Grande Plano”, que vos proporciona a aquisição individual de consciência espiritual.

2 Conhecendo a Doutrina Espírita

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PERGUNTA: — Em nossas reflexões concluímos que o Amor absoluto e incondicional há de ser, no futuro, uma qualidade comum a toda humanidade cósmica. Mas em face de vossa exposição, parece-nos que só a “esfera dos Amadores” agrupa, realmente, as almas já cristianizadas por esse Amor. Não é assim?

RAMATÍS: — Inegavelmente, o Amor é a essência espi-ritual indestrutível e o fundamento da angelitude de todo ser; mas o anjo, como símbolo da alma perfeita, só é completo quando também já adquiriu a Sabedoria Cósmica. Embora todas as almas afins a Jesus sejam portadoras de amor tão semelhante quanto ao dele, elas podem se agrupar em con-juntos diferentes, unidas por outras características e gostos preferenciais.

Não é difícil comprovarmos que a figura tradicional do anjo, cultuada pelo Catolicismo, é realmente um símbolo da alma completamente livre de quaisquer deveres ou preocupa-ções para com os mundos materiais, e goza do livre-arbítrio de doar o Seu Amor e Sabedoria a quem melhor lhe apetecer. O Anjo possui duas asas, mas ele só se equilibra, no tráfego do “reino do céu”, quando ambas estão perfeitamente iguais ou uniformes, porquanto a asa direita simboliza o intelecto ou a razão, e a esquerda o coração ou o sentimento. A ange-litude ou perfeição exige completo e absoluto equilíbrio entre o Amor e a Sabedoria. Por isso, quem vive na Terra, humi-lhado e submetido às provas cruciantes da carne, desenvolve a paciência, o amor, a resignação e a ternura. E, em futuro próximo, há de voltar à Terra ou a outro orbe, tantas vezes quantas forem necessárias para desenvolver a asa direita, ou seja, a Sabedoria da razão pura.

Em conseqüência, embora a “esfera dos Amadores” con-gregue espíritos angélicos, cuja característica fundamental é o Amor e a Renúncia da própria vida, para o bem do próximo, não é a única nesse gênero, pois todos os espíritos angelizados e já libertos das encarnações planetárias obrigatórias, embora sejam sábios, também são amorosos. Mas o amor também pode ser manifestado de vários modos e conforme a índole psí-quica de cada ser, seja um homem ou um anjo. Os Amadores, portanto, são um tipo de espíritos que depois de eleitos para qualquer missão nas crostas planetárias, jamais se prendem aos bens do mundo onde atuam. E além do seu amor incondi-cional para servir e ser útil em tarefas de alta responsabilidade, a pobreza é a principal característica de suas vidas. Eles não vacilam em suas lutas messiânicas, pois as enfrentam desde o princípio com uma decisão heróica e absoluta renúncia pelo ideal superior que esposam e divulgam. Esse é o tipo dos espí-ritos peculiares da “esfera dos Amadores”.

Embora o amor incondicional e absoluto seja, realmente, no futuro, uma qualidade comum de toda a humanidade cós-mica, tal sentimento toma características peculiares da índole e do temperamento de quem o manifesta.

PERGUNTA: — Poderíeis dar um exemplo mais claro, a fim de compreendermos melhor o fato de existirem mani-festações amorosas diferentes, de acordo com os tempera-

mentos dos espíritos agrupados na mesma esfera angélica?RAMATÍS: — Suponhamos um conjunto harmonioso

de almas, cujo sentimento fundamental também seja o Amor absoluto, o qual, no entanto, é composto de espíritos que se ajustaram à índole dos ingleses, latinos ou asiáticos. Embora o sentimento predominante entre esses espíritos seja o Amor no mesmo diapasão espiritual, o seu sentimento se há de expressar em conformidade com o temperamento e a índole de cada uma dessas raças. Assim, os ingleses seriam fleumáticos e persisten-tes, os latinos eufóricos e extrovertidos e os asiáticos místicos e introspectivos, cada um impondo o seu cunho característico na prática e na manifestação desse mesmo Amor.

Eis por que têm sido tão diversas as manifestações do Amor pelos benfeitores da humanidade. Aqui, desenvolve--se e progride a medicina ou a física, graças ao sacrifício ou abnegação de um Pasteur, Édison ou Marconi; ali, Pitágoras, Sócrates ou Spinoza devotam todo o seu pensamento em ame-nizar a angústia humana pelo medicamento sutil da filosofia; acolá, o gênio de Da Vinci, o espírito agitado de Van Gogh, as privações e a tristeza de Rembrandt, também geraram a beleza e o encanto misterioso da pintura, manifestando o seu amor ao homem pela magia das cores. Beethovem, o gigante da música, doa ao mundo a Nona Sinfonia, o testamento do Amor em sons; Mozart extingue-se ainda moço, deixando as mais fascinantes melodias para a criatura humana; Bach deixa um monumento musical alicerçado no conceito de que “o objeto de toda música devia ser a glória de Deus!” Tolstoi, Dickens, Cervantes, Victor Hugo e outros manifestaram esse amor tentando novos roteiros na esfera social e moral do mundo; Marco Polo, Colombo e outros o fizeram na tentativa de estreitar as distâncias da Terra para o mais próximo con-vívio dos homens.

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Portanto, é sempre o Amor manifestando-se nos coloridos mais variados, em conformidade com a índole de cada ser. Muitas vezes o sábio, o gênio ou o cientista principiam aque-cendo o amor em si mesmos, numa satisfação ainda ególatra. No entanto, eis que transborda esse amor além das necessida-des e da contenção do ser, para se transformar em doação ao mundo e em benefício da humanidade.

É indubitável que os guias espirituais precursores de Jesus também serviram à humanidade e a ensinaram para o Bem, porque eram de índole amorosa; mas há diferença entre as formas de pregar esse Amor, se compararmos Jesus a Confúcio, Krishna, Buda, Moisés, Zoroastro, Maomé, Gandhi e outros. Só ele, enfim, o mais pobre dos homens, também foi o mais rico de Amor!

PERGUNTA: — Há, porventura, outros conjuntos de espíritos afinados pelo mesmo amor e sabedoria, e que se constituem em esferas semelhantes à dos Amadores?

RAMATÍS: — Existem inúmeras outras esferas espiri-tuais com denominações simbólicas, para conveniente iden-tificação nos registros etéricos ou “akáshicos”1 e que também reúnem espíritos afinados pelo mesmo sentimento de Amor, quanto à sua linhagem temperamental. O mundo espiritual é semelhante a um imenso país, cujos estados são constituídos por essas encantadoras esferas de almas harmonizadas por sentimentos e objetivos semelhantes, compondo a humani-dade venturosa sob o carinho eterno do Pai. É certo que, em sentido oposto, também existem coletividades satânicas, agrupadas nas regiões trevosas e formando instituições beli-cosas, em porfia incessante contra as entidades do Bem.

À semelhança da comunidade dos Amadores, citamos a esfera dos “Justiceiros”, constituída por almas cuja jornada messiânica pelo vosso mundo as faz aliar o seu sentimento fraterno e amoroso à energia que reprova os desregramentos dos homens, como foram João Batista, Moisés ou Paulo de Tarso; a esfera das “Harpas Eternas” abrange o conjunto de espíritos eleitos para impregnar a música humana de respei-tosa religiosidade, como Orfeu, Palestrina, Bach, Schubert, Hendel, Mozart, Gounod, Verdi, Hayden e outros autores dos mais belos oratórios, missas sinfônicas e trechos religiosos; a esfera dos “Oráculos dos Tempos”, fonte dos profetas como Daniel, Ezequiel, Jeremias, Job, Isaías, Miquéias, Elezier, Samuel ou Nostradamus; a esfera das “Safiras da Renúncia” inspirou Gandhi, Francisco de Assis, ou Vicente de Paula; a esfera dos “Peregrinos do Sacrifício”, almas que se imolaram por idéias ousadas de esclarecimento espiritual, como João Huss, Giordano Bruno, Joana D’Arc, Sócrates; a esfera das “Pérolas Ocultas”, refere-se às almas capacitadas para a 1 Nota do Revisor: - O “Ákasha” é um estado muito mais sutil ainda do que a matéria cósmica, embora não seja o éter propriamente admitido pela ciên-cia como um meio transmissivo. Nele se reflete e se grava qualquer ação ou fenômeno do mundo físico, e que mais tarde os bons psicômetros podem lê-los graças à sua faculdade psíquica incomum. Myers chama a esse estado cósmico de “metaetérico” e Ernesto Bozzano o explica satisfatoriamente na sua obra Os Enigmas da Psicometria, no VI Caso, à pág. 41. Aconselhamos, também, a leitura do capítulo XXVI, “Psicometria”, da obra Nos Domínios da Mediunidade, de Chico Xavier, e as págs. 191 a 197, da obra Devassando o Invisível, de Yvonne A. Pereira.

revelação dos fenômenos excepcionais da vida invisível, como Antônio de Pádua, Apolônio de Tyana, Dom João Bosco, Tereza Neumann, Home, Eusapia Paladino e outros; a esfera das “Chamas do Pensamento” abrange as almas do tipo de Hermes, Zoroastro, Platão, Buda, Pitágoras, Krishnamurti e outros autores dos novos rumos para a libertação mental do homem; a esfera das “Estrelas Silenciosas” reúne espíritos mais raros, em cuja vida física eles se tornaram verdadeiros “canais vivos” de receptividade à fluência espiritual do Alto sobre os homens, alimentando seus próprios discípulos só pela sua presença tranqüila e confiante, como Sri Ramana Maharishi, Ananda Moyi Ma, Lahiri Mahasaya, Giri Bala, Babaji e outros iogues. Na esfera dos “Archotes da Procura” salientam-se os espíritos preocupados em investigar a religião pelos caminhos da Ciência, como Blavatstki, Max Hendel, William Crookes, Sinnet, Leadbeater, Besant, Kardec e Ubaldi.

Insistimos em dizer-vos que essas denominações corres-pondem mais propriamente às exigências da linguagem do mundo físico, a fim de fazerdes uma idéia aproximada das peculiaridades manifestas por esses espíritos em seus conjun-tos ou esferas siderais, e os motivos principais que os atraem entre si para uma vida feliz e fraterna. Infelizmente não pode-mos alongar-nos no assunto ou expor-vos particularidades que possam satisfazer a todas indagações, porque teríamos de esmiuçar-vos matéria de complexa tipologia sideral. Quando mais tarde compreenderdes a verdadeira significação da paixão de Jesus, na Terra, então podereis aquilatar o senti-do exato da terminologia psicológica desses vários grupos de Espíritos, os quais, apesar de sua maneira de agir, não só se congregam para o mesmo fim espiritual, como ainda atendem às convocações dos Instrutores Espirituais em suas missões de sacrifício nas crostas planetárias.

Cada grupo sideral é aproveitado conforme sua índole e talento, pois enquanto certa parte fica no Espaço, intuindo e guiando os encarnados para a maior receptividade dos ensinamentos e revelações do Instrutor situado na matéria, em época devidamente prevista, como aconteceu a Antúlio, Hermes, Krishna, Buda, Jesus ou Kardec, outros encarnam--se na Terra como antenas vivas propagadoras dos novos conceitos espirituais. Então se pode observar, no mundo material, que as grandes transformações e os renascimentos operados nas esferas musicais, da pintura, da ciência, da política ou da religião, não se cingem exclusivamente ao indivíduo que expõe e divulga a nova mensagem, mas, em seguida, aderem a ela discípulos, seguidores e simpatizantes atraídos pela natureza do mesmo ideal. No entanto, essa adesão absoluta e jubilosa em torno de igual mensagem de renovação no mundo, é sempre fruto de um plano inteligente, sensato e evolutivo a se desdobrar na matéria e controlado pela sabedoria dos Mentores Siderais, assim como ocorreu na propagação do Cristianismo.

O Sublime PeregrinoRamatís / Hercílio Maes

Editora do ConhECimEnto

4 Conhecendo a Doutrina Espírita

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1. Os fatos narrados no Evangelho, e que até agora foram considerados milagro-sos, pertencem, em sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, ou seja, dos que têm por causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Comparando-os com os que foram descritos e explicados no capítulo anterior, verifica-se facilmente que há entre eles identidade de causa e efeito. Em todos os tempos, e entre todos os povos, a História registra fatos idênticos, porque, havendo almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos devem ter-se produzido. Quanto a este ponto, certamente se pode contestar a veracidade da História; mas hoje eles se produzem à vontade, por assim dizer, diante de nós, e por indivíduos que nada têm de excepcional. O simples fato de um fenômeno reproduzir-se em condições idênticas basta para provar que ele é possível e sujeito a uma lei, e que, assim sendo, não é miraculoso.

O primeiro dos fenômenos psíquicos, como já vimos, baseia-se nas propriedades do fluido do perispírito, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiri-tual durante a vida e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos espíritos e no seu papel como força ativa da natureza. Conhecidos esses elementos e constatados seus efeitos, a consequência disso é fazer com que se admita a possibilidade de certos fatos que se rejeitava quando se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

2. Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, cujo exame não se inclui no plano desta obra, mas considerando-o, hipoteticamente, apenas um espírito superior, não podemos deixar de reconhecer nele um dos espíritos da ordem mais elevada, e que, por suas virtudes, está colocado muito acima da humanidade terrestre. Pelos resultados imensos que alcançou, sua encarnação neste mundo só podia ter sido uma dessas missões

que são confiadas apenas aos mensageiros diretos da Divindade, para o cumprimento dos seus desígnios. Supondo-se que não fosse o próprio Deus, mas um enviado de Deus para transmitir sua palavra, ele seria mais do que um profeta, pois seria um Messias divino.

Como homem, ele tinha a constitui-ção dos seres carnais; mas, como espírito puro, desprendido da matéria, devia viver mais da vida espiritual do que da vida corporal, cujas debilidades ele não tinha. Sua superioridade sobre os homens não se devia às propriedades particulares do seu corpo, mas às do seu espírito, que dominava a matéria de modo absoluto, e à do seu perispírito, oriundo da parte mais apurada dos fluidos terrestres (cap. XIV, no. 9). Sua alma devia estar ligada ao corpo apenas pelos laços estritamente indispensáveis; constantemente despren-dida, ela devia dar-lhe uma dupla vista, não só permanente, mas também de uma penetração excepcional e muitíssimo supe-rior à que se vê nos homens comuns. O mesmo devia ocorrer com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispiríticos ou psíquicos. A qualidade desses fluidos dava-lhe uma força magné-tica imensa, coadjuvada pelo incessante desejo de fazer o bem.

Nas curas que operava, ele atuava como médium? Pode-se considerá-lo um poderoso médium curador? Não, porque o médium é um intermediário, um instru-mento de que se servem os espíritos desen-carnados. Ora, o Cristo não precisava de assistência; ele é quem assistia aos outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, tal como os encarnados podem fazê-lo, em certos casos e na medida de suas forças. Além do mais, que espírito ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de transmiti-los? Se recebia algum influxo estranho, só podia ser de Deus. Segundo a definição dada por um espírito, ele era médium de Deus.

A GêneseAllan Kardec

Editora do ConhECimEnto

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Um instrutor de elevada categoria espiritual chamou cer-ta vez a nossa atenção para um quadro terráqueo, observando o NATAL a meia-noite. Estava reunida opulenta familia, num lauto e elegante banquete. Sobre a mesa posta, guarnecida de alva toalha de linho belga, entre flores perfumadas e cande-labros policromos, enfileiravam-se as mais fortes e exóticas bebidas, de permeio a indigestas comedorias natalinas. Den-tre o que se enxergava sobre a mesa sobressaiam nas louças frias de um necrotério, os cadáveres de leitões recheados, besuntados de banha, trazendo espetados rodelas de limão; cabritos tostados, quais mercadorias salvas de um incêndio, galinhas e perus ao forno, retorcidos, demonstrando os finais estertores de uma degola cruel; churrasco ‘mignon’ ao espe-tinho trabalhado com esmero. Era de estarrecer! Quanta car-nificina! Quanto sangue derramado, quanta dor e sofrimento causados aos pobres e inocentes animais.

Vibravam ainda no espaço as angustiosas lamentações que os coitadinhos dos animais deviam ter lançado violenta-mente aos céus, quando tiveram seus corações transpassados pelo punhal assassino do carrasco insensível.

O saudável cereal, o apreciado legume, a boa hortaliça e a suculenta fruta, apenas representam, naquela mesa, o insig-nificante papel de mero adorno culinário.

Quase no final do banquete, alguém, levanta a voz, e, a pre-texto de prece de Natal, todos começam , de afogadilho, a invo-car Jesus, para que Ele, nesse seu glorioso dia viesse abençoar

a ceia posta, àquele matadouro doméstico de IRMÃOS menos evoluídos, aliás nossos irmãos mais chegados.

Sem demora e, como por milagre, a cena mudou intei-ramente. Os Espíritos presentes apreciavam a reunião de semblante triste, piedosos; alguns até choravam ante a brutal carnificina.

Após as invocações, Jesus compareceu! Sim; o Nazareno chegou! No luzidio cortejo do Mestre vinham também neces-sitados, esfaimados, doentes e maltrapilhos. Formou-se então, ao redor do repugnante festim, sem que disso os convivas tivessem a menor idéia, um enorme anfiteatro, abrigando mil-hares e milhares de entidades, permanecendo bem no centro, o grupo devorador de cadáveres. saudando e homenagean-do o Menino Jesus que acabara de nascer. Jesus, o invocado, ofuscando a multidão presente pela luminosidade que d’Ele se desprendia, chegou e colocou-se em pé ante aquela turba. De semblante profundamente amargurado e triste, de coração opresso, abençoou, não aquele infeliz ato que dera margem a tamanha carnificina e dor, mas sim à inditosa família e seus convidados. implorando a Deus uma razão mais lúcida para as suas mentes

Em seguida, ergue Jesus seu olhar plácido e indulgente e suplica ajoelhado a Deus: “Pai, Perdoa-os mais uma vez, pois ainda não chegaram a entender o não matarás a ninguém!”

Eis como alguns homenageiam o menino Jesus!

6 Conhecendo a Doutrina Espírita

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A hora presente é de crise e de renovação. O mundo está em fermentação, a corrupção se acresce, a noite estende-se, o perigo é grande, mas, por detrás da sombra, vemos a luz, por detrás do perigo, a salvação. Uma sociedade não pode perecer. Se traz em si elementos de decomposição, também possui ger-mes de transformação e de ressurgimento. A decomposição anuncia a morte, mas também precede o renascimento. Pode ser o prelúdio duma outra vida.

De onde virão a luz, a salvação, o reerguimento? Da Igre-ja, não; porque ela é impotente para regenerar o Espírito hu-mano.

Da Ciência também não, pois esta não se preocupa com os caracteres nem com as consciências, mas tão-só com o que fere os sentidos; e tudo o que faz grandes os corações, fortes as sociedades, a dedicação, a virtude, a paixão do bem, não podem apreciar-se pelos sentidos.

Para levantar o nível moral, para deter a dupla corrente da superstição e do cepticismo, que arrastam igualmente à es-terilidade, é preciso uma nova concepção do mundo e da vida que, apoiando-se no estudo da Natureza e da consciência, na observação dos fatos, nos princípios da razão, fixe o alvo da existência e regule a nossa marcha para adiante. O que é pre-ciso é um ensino do qual se deduza um incentivo de aperfei-çoamento, uma sanção moral e uma certeza para o futuro.

Ora, essa concepção e esse ensino existem já e vulgarizam--se todos os dias. Por entre as disputas e as divagações das escolas, uma voz fez-se ouvir: a voz solene dos mortos. Ergue-ram-se, do outro lado do túmu-lo, mais vivos do que nunca, e, perante suas instruções, descer-rou-se o véu que nos ocultava a vida futura. O ensino que nos dão vem reconciliar todos os sistemas inimigos, fazendo bro-tar uma chama nova dos escom-bros, das cinzas do passado. Na filosofia dos Espíritos encon-tramos a doutrina oculta que abrange todas as idades. Ela faz reviver esta doutrina debaixo das maiores e das mais puras formas. Reúne os destroços es-parsos, cimenta-os com uma forte argamassa para reconsti-tuir um monumento grandioso, capaz de abrigar todos os povos, todas as civilizações. Para asse-gurar a sua duração, assenta-o sobre a rocha da experiência

direta do fato, que se renova sem cessar. E, graças a ela, eis que se desenrola aos olhos de todos, na espiral infinita dos tempos, o drama imenso da vida imortal, com as existências inumeráveis e os progressos incessantes que reserva a cada um de nós na escala colossal dos mundos.

Tal doutrina poderá transformar povos e sociedades, le-vando claridades a toda parte onde for noite, fazendo fundir ao seu calor o gelo e o egoísmo que houver nas almas, reve-lando a todos os homens as leis sublimes que os unem nos laços de uma estreita, de uma eterna solidariedade. Estabele-cerá conciliação com a paz e a harmonia. Por ela aprendere-mos a agir com um mesmo espírito e um mesmo coração. E a Humanidade, consciente de sua força, caminhará com passo mais firme para os seus magnificentes destinos.

É esse ensino que exporemos, em seus princípios essen-ciais, na segunda parte desta obra, depois do que indicare-mos as provas experimentais, os fatos de observação sobre os quais eles repousam.

Depois da MorteLeón Denis

FEB - Federação Espírita Brasileira

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Se porventura eu encontrasse Jesus, instintivamente me esconderia para que Ele não me visse, certamente envergonhado, por não ter assimilado seus ensinamentos após Seu sacrifício, deixando um “Código Moral de vida superior, algo semelhante a um manual cívico disciplinando a conduta do futuro cidadão sideral.” (Ramatís)Ainda não sei perdoar totalmente, amar sem retribuição, ainda espero gratidão, retribuição e recompensa.Se pudesse falar pediria para ensinar-me mais uma vez essa parte da vida; que ainda não consegui assimilar completamente.

Mauro

Jesus, nunca me dês aquilo que eu mais queira, mas aquilo que eu mais precise para ser útil na tua seara.Não me deixes sem trabalho, nem que seja para limpar os fluidos dos meus irmãos necessitados, o que seria uma honra para mim!Mas também não precisas exagerar no trabalho, pois um descanso de vez em quando, de preferência numa dessas praias celestiais, em que eu pudesse repousar minha cabeça no teu colo, seria muito bom!Pronto, disse o que queria e o que não queria ao Divino Amigo!

Ramos

Sérgio,Frente a frente com o Nazareno: - Primeiro eu ia querer um energizante abraço... Depois Lhe diria:Mestre Amado, na minha visão!...A melhor e mais expressiva palavra para simbolizar Deus é Vida...Para simbolizar Cristo é Amor...E Tu, Anjo da minha vida é quem faz a ponte entre a Vida e o Amor para nos conduzir.É por isso que, tudo que advém de Ti transporta a Essência Vivificadora do Deus-Vida e a vibração da sacralidade do Cristo-Amor.Senhor!... Abençoa a humanidade neste Natal.

Adolfo

Se neste Natal, tiver a oportunidade de ver Jesus (pois, certamente, sempre Ele nos ouve), eu pedirei para você e seus amores queridos, muita luz, paz e felicidades. Que você tenha muito sucesso profissional e que seu coração jamais possua portas ou janelas, para que o seu amor se irradie em todas as direções.Com meu carinho de sempre,

Ary

Eu diria o que digo sempre, humildemente: “Obrigada por ter vindo e nos resgatado... Obrigada por esse sacrifício imenso...Obrigada por ter nos acolhido em Teu planeta... Perdoe pela nossa demora em nos melhorar e em cumprir as coisas tão simples que nos ensinaste... Nos Te amamos muito e amaremos sempre”.

Mariléa

Pra quem já tem Jesus no coração, em todas as estradas irá encontrá-lo e por todos os caminhos será acompanhado

por ele. Pois que somos nós que saímos da senda do seu convívio

quando não partilhamos o pão do seu evangelho que é o amor.

Álvaro

Se eu pudesse me encontrar face a face com Jesus eu teria uma infinidade de perguntas, que provavelmente ele iria achar graça da maioria rsrs.Eu iria dizer que tenho vergonha do Cristo por não gostar do nosso mundo, como todos dizem gostar e amar esse mundo, é um mistério, amar um mundo cheio de dores e desigualdades, cheio de violência, vícios, preconceitos, guerras, de amores falsos, de valores corruptos, de ganância e egoísmo, certamente não é fácil.E claro, daria um abraço apertado no Mestre Jesus.

Sérgio Fernando

Obrigado querido amigo por semear em meu coração o Seu evangelho

redentor, que como pedrinhas

luminosas, me indicam

o Caminho, a Verdade e a

Vida.Sérgio

Amigão, desculpe as

minhas falhas, ainda estou

aprendendo.Jerah

Muito obrigado meu Jesus pela vida

que eu tenho.Ana Teresa

Muito obrigado!Anna Maria

Muito obrigado Jesus, mas faz a minha mãe sarar!

Ana Leny

Amo você!Gislaine

Que bom lhe ver!Marco Skyta

Querido amigo, obrigado pelo Manual de Instruções!

Edu de Paula

Ar! Jesus, que bom querido!Assunção

Oi Jesus! Você de novo aqui? Te amo!

Márcia Taira

Oi meu amigo, gostaria de agradecê-lo pela Boa Nova. Você me salvou!

César

Eu direi o seguinte:Oi Mestre.... td bem? E Ele com seu sorriso anestesiante, me diria – é claro – “tudo está em seu devido lugar, graças a Deus”. E lhe direi duas coisas: primeiro: muito obrigado, segundo: me desculpe. Explicando: 1 - Minha gratidão pela sua paciência comigo, apesar de todas as mancadas que dei e dou em minha vida. 2 - Me desculpe, Mestre, pois apesar de já saber o que fazer, ainda não consigo trazer em meu íntimo, a mansidão e a humildade de coração, pois ainda não vejo a Tua imagem refletida em todos os meus semelhantes.Parabéns meu lindo, vem cá e me dê uma abraço, afinal hoje é o seu aniversário.

Odilon

8 Conhecendo a Doutrina Espírita

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É preciso que se dê mais importância à leitura do Evangelho. E, no entanto, abandona-se esta divina obra;faz-se dela uma palavra vazia, uma mensagem cifrada. Relega-se este admirável código moral ao esquecimento.

13. Não vos orgulheis do que sabeis, porque esse saber tem limites bem demarcados no mundo que habitais. Mes-mo supondo que sois uma dessas inteligências notáveis deste mundo, não tendes o menor direito de vos envaidecer por isso. Se Deus, em Seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver vossa inteligência, é porque Ele quer que façais uso dela para o bem de todos. É uma missão que vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento com ajuda do qual podereis desenvolver as inteligências mais atrasadas e conduzi-las a Ele. A espécie do instrumento não indica o uso que se deve fazer dele? A pá que o jardineiro põe nas mãos de seu auxiliar não lhe mostra que ele deve cavar? E que diríeis se esse auxiliar, em vez de trabalhar, levantasse a pá para golpear o seu mestre? Diríeis que é horrível, e que ele merece ser mandado embora. Pois bem, não acontece o mesmo com quem usa sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos? Acaso não le-vanta contra seu mestre a pá que lhe foi dada para cultivar o terreno? Será que ele tem direito ao salário prometido, ou merece ser expulso do jardim? Ele o será, não duvideis! E viverá existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante Daquele a quem tudo deve.

A inteligência é rica em méritos para o futuro, desde que dela se faça bom uso. Se todos os homens dotados de inteli-gência a usassem conforme os desígnios de Deus, seria fácil para os espíritos a tarefa de fazer a humanidade progredir. Infelizmente, muitos fazem dela um instrumento de orgulho e de perdição para si mesmos. O homem faz mau uso de sua inteligência como de todas as suas outras faculdades, e, no entanto, não lhe faltam lições para adverti-lo de que uma poderosa mão pode lhe tirar aquilo que lhe deu. (Ferdinando, espírito protetor, Bordéus, 1862).