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Gazeta n.º 139 (20-07-2018) 1 Gazeta n.º 139 | Sexta-feira, 20 de julho de 2018 Jornal Oficial da União Europeia TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA UNIÃO EUROPEIA: apresentação do pedido de decisão prejudicial Recomendações à atenção dos órgãos jurisdicionais nacionais, relativas à apresentação de processos prejudiciais (2018/C 257/01). JO C 257 de 20.7.2018, p. 1-8. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32018H0720(01)&from=PT DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA Assistência judiciária Autor do pedido de decisão prejudicial Contactos entre o Tribunal de Justiça e o órgão jurisdicional nacional Contactos entre o Tribunal de Justiça, o órgão jurisdicional de reenvio e as partes no processo principal Decisão do Tribunal de Justiça que põe termo à instância publicada em todas as línguas oficiais Despesas Forma e conteúdo do pedido de decisão prejudicial Interações entre o reenvio prejudicial e o processo nacional Momento adequado para proceder ao reenvio prejudicial Notificação de todos os interessados Objeto e alcance do pedido de decisão prejudicial Órgãos jurisdicionais nacionais Processos prejudiciais Proteção dos dados pessoais das pessoas singulares Tramitação acelerada Tramitação urgente REFERÊNCIAS Regulamento de Processo do Tribunal de Justiça. JO L 265 de 29.9.2012, p. 1. Protocolo n.º 3 relativo ao Estatuto do TJUE: artigo 23.º Dando seguimento ao Regulamento de Processo do Tribunal de Justiça, o presente texto recorda as características essenciais do processo prejudicial e os elementos a tomar em conta pelos órgãos jurisdicionais nacionais antes de apresentarem um pedido de decisão prejudicial ao Tribunal de Justiça, dando simultaneamente a estes últimos algumas indicações práticas a respeito da forma e do conteúdo desse pedido. Uma vez que este pedido deve ser notificado, após tradução, a todos os interessados previstos no artigo 23.º do Protocolo n.º 3 relativo ao Estatuto do Tribunal de Justiça da União Europeia e que a decisão do Tribunal de Justiça que põe termo à instância deve, por seu lado, ser publicada em todas as línguas oficiais da União Europeia, há que dar particular atenção à apresentação do pedido de decisão prejudicial e, em especial, à proteção dos dados pessoais das pessoas singulares nele envolvidas.

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

1

Gazeta n.º 139 | Sexta-feira, 20 de julho de 2018

Jornal Oficial da União Europeia

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA UNIÃO EUROPEIA: apresentação do pedido de decisão prejudicial

Recomendações à atenção dos órgãos jurisdicionais nacionais, relativas à apresentação de processos prejudiciais

(2018/C 257/01). JO C 257 de 20.7.2018, p. 1-8.

https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32018H0720(01)&from=PT

DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA Assistência judiciária Autor do pedido de decisão prejudicial Contactos entre o Tribunal de Justiça e o órgão jurisdicional nacional Contactos entre o Tribunal de Justiça, o órgão jurisdicional de reenvio e as partes no processo principal Decisão do Tribunal de Justiça que põe termo à instância publicada em todas as línguas oficiais Despesas Forma e conteúdo do pedido de decisão prejudicial Interações entre o reenvio prejudicial e o processo nacional Momento adequado para proceder ao reenvio prejudicial

Notificação de todos os interessados Objeto e alcance do pedido de decisão prejudicial Órgãos jurisdicionais nacionais Processos prejudiciais Proteção dos dados pessoais das pessoas singulares Tramitação acelerada Tramitação urgente

REFERÊNCIAS Regulamento de Processo do Tribunal de Justiça. JO L 265 de 29.9.2012, p. 1. Protocolo n.º 3 relativo ao Estatuto do TJUE: artigo 23.º

Dando seguimento ao Regulamento de Processo do Tribunal de Justiça, o presente texto recorda as características essenciais do

processo prejudicial e os elementos a tomar em conta pelos órgãos jurisdicionais nacionais antes de apresentarem um pedido de

decisão prejudicial ao Tribunal de Justiça, dando simultaneamente a estes últimos algumas indicações práticas a respeito da

forma e do conteúdo desse pedido. Uma vez que este pedido deve ser notificado, após tradução, a todos os interessados

previstos no artigo 23.º do Protocolo n.º 3 relativo ao Estatuto do Tribunal de Justiça da União Europeia e que a decisão do

Tribunal de Justiça que põe termo à instância deve, por seu lado, ser publicada em todas as línguas oficiais da União Europeia, há

que dar particular atenção à apresentação do pedido de decisão prejudicial e, em especial, à proteção dos dados pessoais das

pessoas singulares nele envolvidas.

Page 2: Gazeta n.º 139 | Sexta-feira, 20 de julho de 2018Gazeta n.º 139 (20-07-2018) 3 d) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento

Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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Diário da República

PRODUTOS FINANCEIROS E ORGANIZAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS

Regime jurídico da conceção, comercialização e prestação de serviços de consultoria relativamente a depósitos estruturados: anexo I

Regime jurídico dos pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com base em seguros: anexo II

Regime jurídico das centrais de valores mobiliários: anexo III

(1) Lei n.º 35/2018, de 20 de julho / Assembleia da República. - Procede à alteração das regras de comercialização de

produtos financeiros e de organização dos intermediários financeiros, e transpõe as Diretivas 2014/65, 2016/1034 e

2017/593. Diário da República. - Série I - n.º 139 (20-07-2018), p. 3272 - 3665.

ELI: http://data.dre.pt/eli/lei/35/2018/07/20/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/115740680

VALORES MOBILIÁRIOS Autoridade Bancária Europeia Banco de Portugal (depósitos estruturados) Centrais de Valores Mobiliários (CSDs) Código dos Valores Mobiliários Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) Contrapartes centrais Desempenho de fundos de investimento Designação das autoridades competentes Empresas de investimento Índices de referência Infrações aos Regulamentos EMIR ou OFVM Instrumentos e contratos financeiros Liquidação de valores mobiliários Mediação de seguros Mercados de instrumentos financeiros Governação de produtos Organismos de Investimento Coletivo Pacotes de produtos de investimento de retalho Pacotes de produtos de investimento com base em seguros Participação de infrações às autoridades competentes Remunerações, comissões ou quaisquer benefícios monetários ou não monetários Sanções aplicadas pela prática de infrações Seguros e Resseguros Serviços de consultoria relativamente a depósitos estruturados Sistemas de negociação organizados Sociedades corretoras

Sociedades de consultoria para investimento Sociedades financeiras de corretagem Sociedades gestoras de câmara de compensação Sociedades gestoras de mercado regulamentado Sociedades gestoras de patrimónios Sociedades gestoras de sistema centralizado de valores mobiliários Sociedades gestoras de sistema de liquidação Sociedades gestoras de sistema de prestação de informação consolidada (CTP) Sociedades gestoras de sistema de publicação autorizados (APA) Sociedades gestoras de sistema de reporte autorizado (ARM) Sociedades gestoras de sistemas de negociação multilateral ou organizados Transparência das operações de financiamento (OFVM) e de reutilização

REFERÊNCIAS Decreto-Lei n.º 298/92, de 31-12: republicação (RGICSF) Decreto-Lei n.º 486/99, de 13-11: republicação (CVM) Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31-10: republicação Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18-03: republicação Regulamento (UE) n.º 600/2014, de 15-05: aplicação Diretiva 2014/65/UE, de 15-05: transposição Regulamento (UE) n.º 909/2014, de 23-07: aplicação Regulamento (UE) n.º 1286/2014, de 26-11: aplicação Lei n.º 16/2015, de 24-02: alteração (RGOIC) Regulamento (UE) n.º 2015/2365, de 25-11: aplicação Regulamento (UE) n.º 2016/1011, de 08-06: aplicação Diretiva (UE) 2016/1034, de 23-06: transposição Diretiva Delegada (UE) 2017/593, de 07-04: transposição

Artigo 1.º

Objeto

1 - A presente lei:

a) Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativa

aos mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92/CE e a Diretiva 2011/61/UE;

b) Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva (UE) 2016/1034, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de junho de 2016, que

altera a Diretiva 2014/65/UE relativa aos mercados de instrumentos financeiros;

c) Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva Delegada (UE) 2017/593, da Comissão, de 7 de abril de 2016, que complementa a

Diretiva 2014/65/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, no que diz respeito à proteção dos instrumentos financeiros e dos fundos

pertencentes a clientes, às obrigações em matéria de governação de produtos e às regras aplicáveis ao pagamento ou receção de

remunerações, comissões ou quaisquer benefícios monetários ou não monetários;

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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d) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de

maio de 2014, relativo aos mercados de instrumentos financeiros e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012, e de disposições

específicas do Regulamento (CE) n.º 1060/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de setembro de 2009, conforme alterado

pelo Regulamento (UE) n.º 462/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de maio de 2013;

e) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 909/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de

julho de 2014, relativo à melhoria da liquidação de valores mobiliários na União Europeia e às Centrais de Valores Mobiliários (CSDs) e

que altera as Diretivas 98/26/CE e 2014/65/UE e o Regulamento (UE) n.º 236/2012;

f) Procede à adaptação da ordem jurídica interna, ao Regulamento (UE) n.º 1286/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de

novembro de 2014, sobre os documentos de informação fundamental para pacotes de produtos de investimento de retalho e de

produtos de investimento com base em seguros (PRIIPs);

g) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 2015/2365, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de

novembro de 2015, relativo à transparência das operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização e que altera

o Regulamento (UE) n.º 648/2012;

h) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 2016/1011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de

junho de 2016, relativo aos índices utilizados como índices de referência no quadro de instrumentos e contratos financeiros ou para

aferir o desempenho de fundos de investimento e que altera as Diretivas 2008/48/CE e 2014/17/UE e o Regulamento (UE) n.º 596/2014.

2 - Em concretização do disposto no número anterior, a presente lei procede:

a) À designação das autoridades competentes para efeitos:

i) Do Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014;

ii) Do Regulamento (UE) n.º 909/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho de 2014;

b) À trigésima quarta alteração ao Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua

redação atual;

c) À quinta alteração ao Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado pela Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, na

sua redação atual;

d) À segunda alteração ao Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Atividade Seguradora e Resseguradora, aprovado pela Lei n.º

147/2015, de 9 de setembro, na sua redação atual;

e) À primeira alteração ao Regime Jurídico da Supervisão de Auditoria, aprovado pela Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro;

f) À quadragésima sexta alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

298/92, de 31 de dezembro, na sua redação atual;

g) À terceira alteração ao Regime das Sociedades Gestoras de Patrimónios, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 163/94, de 4 de junho, na sua

redação atual;

h) À segunda alteração ao Regime das Sociedades Corretoras e das Sociedades Financeiras de Corretagem, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

262/2001, de 28 de setembro, na sua redação atual;

i) À sétima alteração ao Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro, na sua redação atual, que regula a constituição e o funcionamento dos

fundos de pensões e das entidades gestoras de fundos de pensões e transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 2003/41/CE,

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de junho, relativa às atividades e à supervisão das instituições de realização de planos de

pensões profissionais;

j) À quinta alteração ao Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Atividade de Mediação de Seguros, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

144/2006, de 31 de julho, na sua redação atual;

k) À terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 357-B/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual, que, no uso da autorização legislativa

concedida pela Lei n.º 25/2007, de 18 de julho, estabelece o regime jurídico aplicável às sociedades que têm por objeto exclusivo a

prestação do serviço de consultoria para investimento em instrumentos financeiros e a receção e transmissão de ordens por conta de

outrem relativas àqueles, transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2004/39/CE, do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 21 de abril, relativa aos mercados de instrumentos financeiros (DMIF);

l) À quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual, que, no uso da autorização legislativa

concedida pela Lei n.º 25/2007, de 18 de julho, regula o regime jurídico das sociedades gestoras de mercado regulamentado, das

sociedades gestoras de sistemas de negociação multilateral, das sociedades gestoras de câmara de compensação ou que atuem como

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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contraparte central das sociedades gestoras de sistema de liquidação e das sociedades gestoras de sistema centralizado de valores

mobiliários, transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2004/39/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de

21 de abril, relativa aos mercados de instrumentos financeiros (DMIF);

m) À terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março, na sua redação atual, que, no uso da autorização legislativa

concedida pela Lei n.º 6/2014, de 12 de fevereiro, aprova as medidas nacionais necessárias à aplicação em Portugal do Regulamento (UE)

n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, relativo aos derivados do mercado de balcão, às

contrapartes centrais e aos repositórios de transações, incluindo o respetivo regime sancionatório, e altera o Código dos Valores

Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro;

n) À aprovação:

i) Do regime jurídico da conceção, comercialização e prestação de serviços de consultoria relativamente a depósitos estruturados, constante do anexo I à presente lei e da qual faz parte integrante;

ii) Do regime jurídico dos pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com base em seguros, constante do anexo II à presente lei e da qual faz parte integrante;

iii) Do regime jurídico das centrais de valores mobiliários, constante do anexo III à presente lei e da qual faz parte integrante.

Artigo 2.º

Autoridades competentes e designação de ponto de contacto

1 - Para efeitos do Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, são

designadas como autoridades competentes, exercendo as competências aí previstas:

a) A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sem prejuízo do disposto na alínea seguinte;

b) O Banco de Portugal, quando esteja em causa o exercício de competências relativas a depósitos estruturados.

2 - A CMVM:

a) É a autoridade competente designada como ponto de contacto para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 79.º da Diretiva

2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativa aos mercados de instrumentos financeiros e do

Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014;

b) Deve diligenciar no sentido de responder de forma célere aos pedidos de informação solicitados pelas autoridades que hajam sido

designadas como pontos de contacto nos restantes Estados-Membros da União Europeia.

3 - A CMVM é designada como autoridade competente para efeitos do n.º 1 do artigo 11.º do Regulamento (UE) n.º

909/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho de 2014.

Artigo 3.º

Alteração ao Código dos Valores Mobiliários

Os artigos 2.º, 3.º, 30.º, 33.º, 35.º, 60.º, 62.º, 72.º, 80.º, 85.º, 88.º, 99.º, 111.º, 198.º, 200.º, 201.º, 202.º, 203.º, 204.º,

205.º, 206.º, 207.º, 208.º, 209.º, 210.º, 211.º, 212.º, 213.º, 214.º, 215.º, 216.º, 224.º, 225.º, 227.º, 252.º, 258.º, 273.º,

274.º, 278.º, 279.º, 281.º, 287.º, 289.º, 290.º, 291.º, 293.º, 294.º, 294.º-A, 294.º-B, 295.º, 301.º, 304.º-C, 305.º, 305.º-A,

305.º-B, 305.º-C, 305.º-D, 305.º-E, 306.º, 306.º-A, 306.º-B, 306.º-C, 307.º, 307.º-B, 308.º, 309.º, 309.º-A, 312.º, 313.º,

314.º, 314.º-A, 314.º-D, 315.º, 316.º, 317.º, 317.º-B, 317.º-D, 321.º, 323.º, 327.º, 328.º, 329.º, 330.º, 334.º, 352.º, 353.º,

355.º, 359.º, 360.º, 361.º, 363.º, 369.º, 372.º, 375.º, 377.º-A, 377.º-B, 388.º, 389.º, 392.º, 394.º, 395.º, 396.º, 397.º e

400.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual,

passam a ter a seguinte redação: (...).

Artigo 4.º

Alteração ao Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo

Os artigos 1.º, 68.º, 153.º, 158.º, 159.º, 161.º, 221.º e 257.º do Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo,

aprovado pela Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 5.º

Alteração ao regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora

Os artigos 156.º e 328.º do regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora, aprovado pela

Lei n.º 147/2015, de 9 de setembro, na sua redação atual, passam a ter seguinte redação: (...)

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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Artigo 6.º

Alteração ao Regime Jurídico da Supervisão de Auditoria

O artigo 3.º do Regime Jurídico da Supervisão de Auditoria, aprovado em anexo à Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro,

passa a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 7.º

Alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

Os artigos 4.º-A, 14.º, 17.º, 22.º, 29.º-A, 43.º, 50.º, 57.º, 61.º, 76.º, 77.º-B, 102.º, 103.º, 108.º, 115.º-A, 115.º-E, 189.º,

195.º, 196.º, 199.º-A, 199.º-B, 199.º-C, 199.º-D, 199.º-E, 199.º-I, 207.º, 211.º, 227.º-B e 227.º-C do Regime Geral das

Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, na sua

redação atual, passam a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 8.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 163/94, de 4 de junho

O artigo 1.º do Regime das Sociedades Gestoras de Patrimónios, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 163/94, de 4 de junho, na

sua redação atual, passa a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 9.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 262/2001, de 28 de setembro

Os artigos 2.º e 3.º do Regime das Sociedades Corretoras e das Sociedades Financeiras de Corretagem, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 262/2001, de 28 de setembro, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 10.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro

Os artigos 14.º, 23.º, 26.º, 29.º, 63.º, 64.º e 65.º do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro, na sua redação atual,

passam a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 11.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 357-B/2007, de 31 de outubro

Os artigos 1.º, 2.º, 6.º, 9.º, 10.º, 12.º e 12.º-A do Decreto-Lei n.º 357-B/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual,

passam a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 12.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro

Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 13.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º, 19.º, 26.º, 27.º, 29.º, 32.º, 33.º,

35.º, 36.º, 37.º, 38.º, 39.º, 40.º, 45.º e 47.º do Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual,

passam a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 13.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março

Os artigos 1.º, 2.º, 6.º, 7.º, 8.º, 13.º, 14.º, 15.º, 17.º, 18.º e 23.º do Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março, na sua

redação atual, passam a ter a seguinte redação: (...)

Artigo 14.º

Aditamento ao Código dos Valores Mobiliários

São aditados os artigos 200.º-A, 201.º-A, 201.º-B, 201.º-C, 208.º-A, 209.º-A, 213.º-A 215.º-A, 222.º-A, 223.º-A, 257.º-E,

257.º-F, 257.º-G, 257.º-H, 288.º-A, 295.º-A, 305.º-G, 306.º-E, 306.º-F, 306.º-G, 309.º-H, 309.º-I, 309.º-J, 309.º-K, 309.º-L,

309.º-M, 309.º-N, 312.º-H, 313.º-A, 313.º-B, 313.º-C, 317.º-E, 317.º-F, 317.º-G, 317.º-H, 317.º-I, 396.º-A e 397.º-A ao

Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual, com a

seguinte redação: (...)

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

6

Artigo 15.º

Aditamento ao regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora

São aditados os artigos 31.º-A e 369.º-A ao regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora,

aprovado pela Lei n.º 147/2015, de 9 de setembro, na sua redação atual, com a seguinte redação: (...)

Artigo 16.º

Aditamento ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

São aditados os artigos 19.º-A, 77.º- E, 77.º- F, 86.º-A, 86.º-B, 90.º-A, 90.º-B, 90.º-C, 90.º-D, 199.º-FA, 199.º-FB, 199.º-FC,

199.º-FD e 199.º-IA ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

298/92, de 31 de dezembro, na sua redação atual, com a seguinte redação: (...)

Artigo 17.º

Aditamento ao regime jurídico de acesso e exercício da atividade de mediação de seguros

É aditado o artigo 67.º-A ao regime jurídico de acesso e exercício da atividade de mediação de seguros, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, na sua redação atual, com a seguinte redação: (...)

Artigo 18.º

Aditamento ao Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro

É aditado o artigo 96.º-T ao Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro, na sua redação atual, com a seguinte redação: (...)

Artigo 19.º

Aditamento ao Decreto-Lei n.º 357-B/2007, de 31 de outubro

É aditado o artigo 6.º-A ao Decreto-Lei n.º 357-B/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual, com a seguinte redação:

(...)

Artigo 20.º

Aditamento ao Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro

São aditados os artigos 16.º-A, 39.º-A, 41.º-A, 41.º-B, 41.º-C, 41.º-D, 48.º-A, 48.º-B, 48.º-C, 48.º-D, 48.º-E, 48.º-F, 48.º-G,

48.º-H ao Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual, com a seguinte redação: (...)

Artigo 21.º

Aditamento ao Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março

São aditados os artigos 18.º-A e 18.º-B ao Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março, na sua redação atual, com a seguinte

redação: (...)

Artigo 22.º

Alterações sistemáticas ao Código dos Valores Mobiliários

1 - São introduzidas as seguintes alterações sistemáticas ao Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual:

a) A epígrafe do capítulo II do título IV passa a denominar-se: «Mercados regulamentados, sistemas de negociação multilateral e sistemas

de negociação organizados»;

b) É aditado o capítulo V ao título IV, com a seguinte redação: «Limites de posições, controlos de gestão e reporte de posições em

derivados de mercadorias, licenças de emissão e respetivos derivados», que integra os artigos 257.º-E a 257.º-H;

c) É aditado o capítulo III ao título V, com a seguinte redação: «Acesso não discriminatório para compensação de instrumentos

financeiros», que integra o artigo 288.º-A;

d) A epígrafe da subsecção IV da secção III do capítulo I do título VI passa a denominar-se: «Contabilidade, registo e conservação de

documentos».

2 - É aditada a subsecção VI-A à secção III do capítulo I do título VI com a seguinte redação «Política e procedimentos

internos de aprovação de produção e distribuição de instrumentos financeiros», que integra os artigos 309.º-I a 309.º-N.

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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3 - É aditada a secção IV-A ao capítulo I do título VI, com a seguinte redação: «Negociação algorítmica, acesso eletrónico

direto e membros compensadores», que integra os artigos 317.º-E a 317.º-I.

Artigo 23.º

Alterações sistemáticas ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

São introduzidas as seguintes alterações sistemáticas ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, na sua redação atual:

a) É aditado o capítulo VI ao título VI, com a epígrafe «Organização interna das instituições de crédito», que integra os artigos 90.º-A a

90.º-D;

b) É aditado o capítulo IV-A ao título X-A do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei

n.º 298/92, de 31 de dezembro, com a epígrafe «Atividade, em Portugal, de empresas de investimento com sede em países terceiros»,

que integra os artigos 199.º-FA a 199.º-FD.

Artigo 24.º

Alterações sistemáticas ao Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro

São introduzidas as seguintes alterações sistemáticas ao Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, na sua redação

atual:

a) A epígrafe do título II, passa a denominar-se: «Sociedades gestoras de mercado regulamentado e sociedades gestoras de sistemas de

negociação multilateral ou organizados»;

b) A epígrafe do capítulo VII do título II passa a denominar-se: «Regras prudenciais e de organização»;

c) A epígrafe do título IV passa a denominar-se: «Sociedades gestoras de sistema de liquidação e sociedades gestoras de sistema

centralizado de valores mobiliários»;

d) É aditada a secção I ao capítulo VII do título II, com a epígrafe «Regras gerais», que integra os artigos 40.º a 41.º;

e) É aditada a secção II ao capítulo VII do título II, com a epígrafe «Supervisão prudencial de sociedades gestoras de sistemas de

negociação multilateral ou organizados», que integra os artigos 41.º-A a 41.º-D;

f) É aditado o título IV-A, com a epígrafe «Serviços de comunicação de dados de negociação», que compreende:

i) O capítulo I, com a epígrafe «Autorização de prestadores de serviços de comunicação de dados de negociação», que integra os artigos 48.º-A a 48.º-E;

ii) O capítulo II, com a epígrafe «Organização interna», que integra os artigos 48.º-F a 48.º-H.

Artigo 25.º

Alteração sistemática ao Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março

É aditado ao Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março, o capítulo IV-A, com a epígrafe «Participação de infrações», que

integra os artigos 18.º-A e 18.º-B.

Artigo 26.º

Avaliação sucessiva

1 - A CMVM procede à avaliação dos resultados da aplicação da presente lei em matéria de conhecimentos e

competências dos colaboradores de intermediários financeiros, e obrigatoriamente decorridos dois anos da entrada em

vigor da presente lei.

2 - O Banco de Portugal procede à avaliação dos resultados da aplicação da presente lei em matéria de conhecimentos e

competências dos colaboradores das instituições de crédito, e obrigatoriamente decorridos dois anos da entrada em vigor

da presente lei.

Artigo 27.º

Norma transitória

1 - Até 3 de julho de 2021:

a) A obrigação de compensação referida no artigo 4.º do Regulamento (UE) n.º 648/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de

julho de 2012, e as técnicas de mitigação de riscos definidas no n.º 3 do artigo 11.º, não se aplicam aos contratos de derivados de energia

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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C6, celebrados por contrapartes não financeiras que cumpram as condições do n.º 1 do artigo 10.º do regulamento ou por contrapartes

não financeiras autorizadas como empresas de investimento a partir de 3 de janeiro de 2017; e

b) Esses contratos de derivados de energia C6 não são considerados contratos de derivados OTC, conforme definidos no Regulamento

(UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, para efeitos do limiar de compensação definido no

artigo 10.º do regulamento.

2 - Os contratos de derivados de energia C6 que beneficiam do regime transitório previsto no número anterior estão

sujeitos a todos os outros requisitos previstos no Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 4 de julho de 2012.

3 - A isenção prevista no n.º 1 é concedida pela CMVM, que notifica a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos

Mercados (ESMA) dos contratos de derivados de energia C6 aos quais tenha sido concedida uma isenção ao abrigo do n.º

1 e a ESMA publica no seu sítio na Internet uma lista desses contratos.

4 - São considerados «contratos de derivados de energia C6» as opções, futuros, swaps e quaisquer outros contratos de

derivados mencionados na alínea e) do n.º 1 do artigo 2.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei

n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual relativos a carvão ou petróleo, negociados num sistema de

negociação organizado e que são objeto de liquidação física.

5 - As entidades gestoras de sistemas de negociação multilateral já registadas junto da CMVM antes da entrada em vigor

da presente lei consideram-se autorizadas para todos efeitos legais e do disposto no n.º 2 do artigo 19.º do Decreto-Lei

n.º 357-C/2007, de 31 de outubro.

Artigo 28.º

Referências legais

As referências legais ou regulamentares noutros diplomas a clientes ou investidores qualificados ou não qualificados, na

aceção do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, devem ser

entendidas como referências a clientes ou investidores profissionais ou não profissionais.

Artigo 29.º

Norma revogatória

São revogados:

a) O n.º 3 do artigo 2.º, o artigo 221.º, o n.º 2 do artigo 252.º, os artigos 253.º, 254.º, 255.º, 256.º e 257.º, os n.ºs 4 e 5 do artigo 289.º, o

artigo 294.º-D, as alíneas c), d), e), f), g), h), i) e j) do n.º 1 do artigo 305.º, o n.º 1, as alíneas a), b) e g) do n.º 2 e os n.ºs 3 e 4 do artigo

305.º-A, os n.ºs 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do artigo 305.º-B, o n.º 2 do artigo 305.º-C, os n.ºs 3 e 4 do artigo 305.º-D, os n.ºs 2, 3, 4 e 8 do artigo

307.º, os n.ºs 2 e 3 do artigo 307.º-B, os n.ºs 2 e 3 do artigo 308.º, os artigos 308.º-A, 308.º-B, 308.º-C, os n.ºs 2, 3, 4, 5 e 6 do artigo

309.º-A, os artigos 309.º-B, 309.º-C, 309.º-D, 309.º-E, 309.º-F, 309.º-G, os n.ºs 6 e 7 do artigo 312.º, os artigos 312.º-A, 312.º-B, 312.º-C,

312.º-D, 312.º-E, 312.º-F, 312.º-G, os n.ºs 2, 4 e 5 do artigo 314.º-A, os artigos 314.º-B e 314.º-C, os n.ºs 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 315.º, o n.º

3 do artigo 317.º-D, o n.º 4 do artigo 321.º, os n.ºs 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do artigo 323.º, os artigos 323.º-A, 323.º-B, 323.º-C e 323.º-D, o n.º 3

do artigo 327.º, os artigos 328.º-A, 328.º-B, 331.º, 332.º e 333.º, a alínea c) do n.º 1 e o n.º 3 do artigo 353.º, a alínea i) do n.º 1 do artigo

359.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, na sua redação atual;

b) O n.º 2 do artigo 20.º, o n.º 6 do artigo 153.º e o n.º 3 do artigo 176.º do Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Atividade

Seguradora e Resseguradora, aprovado pela Lei n.º 147/2015, de 9 de setembro, na sua redação atual;

c) O n.º 10 do artigo 30.º, o n.º 3 do artigo 42.º e o n.º 2 do artigo 92.º do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro, na sua redação

atual;

d) As alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 357-B/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual;

e) A alínea h) do n.º 1 do artigo 24.º e o artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual;

f) O artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 211-A/2008, de 3 de novembro, na sua redação atual;

g) As alíneas d), e) e f) do artigo 7.º e o n.º 2 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março, na sua redação atual.

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

9

Artigo 30.º

Republicação

1 - É republicado, no anexo IV à presente lei, da qual faz parte integrante, o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, com a redação introduzida pela presente lei.

2 - É republicado, no anexo V à presente lei, da qual faz parte integrante, o Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, com a redação introduzida pela

presente lei.

3 - É republicado, no anexo VI à presente lei, da qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro,

com a redação introduzida pela presente lei.

4 - É republicado, no anexo VII à presente lei, da qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março,

com a redação introduzida pela presente lei.

5 - Para efeitos de republicação, onde se lê «investidor qualificado» ou «investidor não qualificado» deve ler-se

«investidor profissional» ou «investidor não profissional».

6 - Para efeitos de republicação, onde se lê «Instituto de Seguros de Portugal» deve ler-se «Autoridade de Supervisão de

Seguros e Fundos de Pensões».

7 - Para efeitos de republicação, onde se lê «Diretiva 2004/39/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de abril

de 2004» deve ler-se «Diretiva 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014.

8 - Para efeitos de republicação do Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março, onde se lê «Regulamento» deve ler-se

«Regulamento EMIR».

Artigo 31.º

Entrada em vigor

1 - A presente lei entra em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao da sua publicação.

2 - O disposto no número anterior não prejudica a aprovação e publicação, em data prévia, dos regulamentos necessários

à execução do disposto na presente lei.

3 - O disposto no n.º 5 do artigo 48.º-G do Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, com a redação dada pela

presente lei, é aplicável a partir de 3 de setembro de 2019.

ANEXO I

[a que se refere a subalínea i) da alínea n) do n.º 2 do artigo 1.º]

REGIME JURÍDICO DA CONCEÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA

RELATIVAMENTE A DEPÓSITOS ESTRUTURADOS

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente regime regula a conceção, a comercialização e a prestação de serviços de consultoria relativamente a

depósitos estruturados.

2 - O presente regime procede ainda à designação da autoridade competente para a fiscalização do cumprimento das

regras nele previstas e à definição do regime sancionatório aplicável às infrações às referidas disposições.

Artigo 22.º

Fiscalização

1 - Compete ao Banco de Portugal a fiscalização do cumprimento das obrigações decorrentes do presente regime para

as instituições de crédito que comercializam depósitos estruturados, para as entidades habilitadas a prestar serviços de

consultoria relativamente a depósitos estruturados e respetivos agentes vinculados, bem como a aplicação, se for caso

disso, das respetivas coimas e sanções acessórias.

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

10

2 - No desempenho das suas funções, o Banco de Portugal exerce os poderes e as prerrogativas que lhe são conferidos

pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de

dezembro.

ANEXO II

[a que se refere a subalínea ii) da alínea n) do n.º 2 do artigo 1.º]

REGIME JURÍDICO DOS PACOTES DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO DE RETALHO E DE PRODUTOS DE

INVESTIMENTO COM BASE EM SEGUROS

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente regime regula os pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com

base em seguros e assegura a execução na ordem jurídica interna do Regulamento (UE) n.º 1286/2014, do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 26 de novembro de 2014, sobre os documentos de informação fundamental para pacotes

de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com base em seguros (PRIIPs).

2 - Para concretização do disposto no número anterior, o presente regime procede:

a) À designação das autoridades competentes para a fiscalização do cumprimento do disposto no Regulamento (UE) n.º

1286/2014, no presente regime e nas respetivas normas regulamentares, em função da natureza dos produtos;

b) À definição dos procedimentos para a comunicação de infrações ao disposto no Regulamento (UE) n.º 1286/2014, no

presente regime e nas respetivas normas regulamentares, a implementar pelas autoridades competentes e pelas entidades

habilitadas a produzir, comercializar e prestar serviços de consultoria relativamente a PRIIPs;

c) À previsão das regras aplicáveis às mensagens publicitárias relativas a PRIIPs e à notificação do documento de informação

fundamental à autoridade competente;

d) À especificação das medidas administrativas que as autoridades competentes podem adotar caso detetem o incumprimento

das disposições do Regulamento (UE) n.º 1286/2014, do presente regime e das respetivas normas regulamentares;

e) À definição do regime sancionatório aplicável às infrações ao disposto no Regulamento (UE) n.º 1286/2014, no presente

regime e nas respetivas normas regulamentares.

3 - O presente regime regula ainda a comercialização combinada de depósitos com instrumentos financeiros, contratos

de seguro ou outros produtos financeiros de poupança ou de investimento.

Artigo 13.º

Publicação

1 - Decorrido o prazo de impugnação judicial, a decisão da autoridade competente para o processo de contraordenação

que condene o agente pela prática de uma ou mais contraordenações previstas no presente regime é divulgada através

da respetiva página da Internet, na íntegra ou por extrato elaborado por si, mesmo que tenha sido requerida a sua

impugnação judicial, sendo, neste caso, feita expressa menção desse facto.

2 - A decisão judicial que confirme, altere ou revogue a decisão condenatória, a decisão relativa a uma medida cautelar

ou a decisão do tribunal de 1.ª instância é comunicada de imediato à autoridade que a proferiu e obrigatoriamente

divulgada nos termos do número anterior.

3 - A publicação prevista no presente artigo inclui pelo menos as seguintes informações:

a) O tipo e a natureza da infração; e

b) A identidade das pessoas responsáveis pela infração.

4 - A autoridade competente pode não divulgar a decisão proferida, diferir a respetiva divulgação ou divulgá-la em

regime de anonimato:

a) Nos processos sumaríssimos, quando tenha lugar a suspensão da sanção ou, para além desses casos, quando a ilicitude do

facto e a culpa do agente sejam diminutas;

b) Caso a divulgação da decisão possa pôr em causa diligências de uma investigação em curso;

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

11

c) Quando se considere que a divulgação da decisão possa ser contrária aos interesses dos investidores, afetar gravemente os

mercados financeiros ou causar danos concretos, a pessoas ou entidades envolvidas, manifestamente desproporcionados em

relação à gravidade dos factos imputados.

5 - A informação divulgada nos termos dos números anteriores mantém-se disponível durante, pelo menos, cinco anos,

contados a partir do momento em que a decisão condenatória se torne definitiva ou transite em julgado, salvo se tiver

sido aplicada uma sanção acessória com duração superior, caso em que a informação se mantém até ao termo do

cumprimento da sanção.

ANEXO III

[a que se refere a subalínea iii) da alínea n) do n.º 2 do artigo 1.º]

REGIME JURÍDICO DAS CENTRAIS DE VALORES MOBILIÁRIOS

Artigo 1.º

Tipo societário, firma e sede

1 - As Centrais de Valores Mobiliários (CSDs) adotam o tipo sociedade anónima.

2 - A firma das CSDs inclui, por referência aos serviços principais especificados no Regulamento (UE) n.º 909/2014, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho de 2014, que exerce, uma das seguintes denominações:

a) «Sociedade gestora de sistema de liquidação e de sistema centralizado de valores mobiliários»;

b) «Sociedade gestora de sistema de liquidação e de registo inicial de valores mobiliários num sistema de registo centralizado»;

ou

c) «Sociedade gestora de sistema de liquidação e de serviço de administração de sistema de registo centralizado».

3 - As CSDs têm a sua sede estatutária e efetiva administração em Portugal.

Artigo 20.º

Regulamentação

Cabe à CMVM a regulamentação das seguintes matérias:

a) Requisitos informativos relativos à divulgação e a comunicações respeitantes a participações qualificadas e de controlo e à

designação de titulares do órgão de administração e de fiscalização;

b) Conteúdo do relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário;

c) Informação financeira a reportar à CMVM e a divulgar ao público.

ANEXO IV

(a que se refere o n.º 1 do artigo 30.º)

REPUBLICAÇÃO DO CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, APROVADO PELO

DECRETO-LEI N.º 486/99, DE 13 DE NOVEMBRO

Artigo 1.º

Valores mobiliários

1 - São valores mobiliários, além de outros que a lei como tal qualifique:

a) As ações;

b) As obrigações;

c) Os títulos de participação;

d) As unidades de participação em instituições de investimento coletivo;

e) Os warrants autónomos;

f) Os direitos destacados dos valores mobiliários referidos nas alíneas a) a d), desde que o destaque abranja toda a emissão ou série ou esteja previsto no ato de emissão;

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

12

g) Outros documentos representativos de situações jurídicas homogéneas, desde que sejam suscetíveis de transmissão em mercado.

2 - (Revogado.)

Artigo 422.º-A

Comunicação de decisões e informação

1 - A CMVM comunica à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados as decisões objeto de publicação,

nos termos do artigo anterior, relativas a condenações por contraordenações respeitantes ao regime do abuso de

mercado.

2 - O disposto no artigo anterior é igualmente aplicável à divulgação de condenações pela prática de crimes contra o

mercado.

3 - A CMVM comunica anualmente à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados informação

agregada sobre as sanções aplicadas pela prática de contraordenações respeitantes ao regime do abuso de mercado,

bem como informação agregada e sem a identidade dos visados relativamente às averiguações e investigações

efetuadas nesse âmbito.

4 - A CMVM comunica anualmente à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados informação

agregada e sem a identidade dos visados relativa às investigações e averiguações efetuadas e às sanções de natureza

criminal aplicadas por crimes contra o mercado.

ANEXO V

(a que se refere o n.º 2 do artigo 30.º)

REPUBLICAÇÃO DO REGIME GERAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E SOCIEDADES FINANCEIRAS, APROVADO PELO

DECRETO-LEI N.º 298/92, DE 31 DE DEZEMBRO

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente diploma regula:

a) O acesso à atividade e respetivo exercício por parte das instituições de crédito e das sociedades financeiras;

b) O exercício da supervisão das instituições de crédito e das sociedades financeiras, respetivos poderes e instrumentos.

2 - (Revogado.)

Artigo 232.º

Aplicação do regime geral

Às infrações previstas no presente capítulo é subsidiariamente aplicável, em tudo que não contrarie as disposições dele

constantes, o regime geral dos ilícitos de mera ordenação social.

ANEXO VI

(a que se refere o n.º 3 do artigo 30.º)

REPUBLICAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 357-C/2007, DE 31 DE OUTUBRO

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente decreto-lei regula o regime jurídico das seguintes entidades:

a) Sociedades gestoras de mercado regulamentado;

b) Sociedades gestoras de sistemas de negociação multilateral ou organizado;

c) Sociedades gestoras de câmara de compensação;

d) Sociedades gestoras de sistema de publicação autorizados (APA), sistema de prestação de informação consolidada (CTP) ou de sistema de reporte autorizado (ARM);

e) Sociedades gestoras de sistema de liquidação;

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f) Sociedades gestoras de sistema centralizado de valores mobiliários.

2 - O presente decreto-lei não é aplicável às centrais de valores mobiliários, sujeitas ao Regulamento (UE) n.º 909/2014,

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho, relativo à melhoria da liquidação de valores mobiliários na

União Europeia e às centrais de valores mobiliários, e aos atos delegados e atos de execução que o desenvolvem.

3 - O presente decreto-lei transpõe parcialmente para a ordem jurídica nacional a Diretiva 2014/65/UE, do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativa aos mercados de instrumentos financeiros, que altera a

Diretiva 2002/92/CE e a Diretiva 2011/61/UE.

4 - Em tudo o que não venha previsto no presente decreto-lei aplica-se o Código dos Valores Mobiliários.

Artigo 51.º

Norma revogatória

É revogado o Decreto-Lei n.º 394/99, de 13 de outubro.

Artigo 52.º

Entrada em vigor

1 - O presente decreto-lei entra em vigor a 1 de novembro de 2007.

2 - O disposto no número anterior não prejudica a aprovação e a publicação, em data prévia, dos regulamentos

previstos no presente decreto-lei.

ANEXO VII

(a que se refere o n.º 4 do artigo 30.º)

REPUBLICAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 40/2014, DE 18 DE MARÇO

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente decreto-lei assegura a execução, na ordem jurídica interna:

a) Do Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, relativo aos derivados do

mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transações (Regulamento EMIR), bem como dos atos

delegados e atos de execução que o desenvolvem;

b) Do Regulamento (UE) 2015/2365, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativo à

transparência das operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização e que altera o Regulamento (UE)

n.º 648/2012 (Regulamento OFVM), bem como dos atos delegados e atos de execução que o desenvolvem.

2 - Para concretização do disposto no número anterior, o presente decreto-lei procede:

a) À designação das autoridades competentes para a supervisão de contrapartes financeiras, contrapartes não financeiras e

contrapartes centrais e à designação da autoridade competente para a verificação da autenticidade das decisões da

Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) no âmbito do Regulamento EMIR;

b) À designação das autoridades competentes para a supervisão de contrapartes financeiras e não financeiras quanto aos

deveres de transparência vertidos no Regulamento OFVM;

c) À definição do regime sancionatório aplicável às contrapartes financeiras e às contrapartes não financeiras pela violação das

normas do Regulamento EMIR;

d) À definição do regime sancionatório aplicável às contrapartes financeiras e às contrapartes não financeiras pela violação das

normas do Regulamento OFVM;

e) À alteração:

i) Ao Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro;

ii) Ao Decreto-Lei n.º 221/2000, de 9 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 85/2011, de 29 de junho, e 18/2013, de 6

de fevereiro;

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iii) Ao Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 52/2010, de 26 de maio; 18/2013, de 6

de fevereiro;

iv) À Portaria n.º 1619/2007, de 26 de dezembro; e

f) À aprovação do regime jurídico das contrapartes centrais.

Artigo 25.º

Entrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias a contar da data da sua publicação.

ANEXO

(a que se refere o artigo 5.º)

Regime jurídico das contrapartes centrais

Artigo 1.º

Tipo societário, firma e sede

1 - As contrapartes centrais adotam o tipo sociedade anónima.

2 - A firma das contrapartes centrais inclui a denominação «contraparte central» ou abreviadamente «CC».

3 - As contrapartes centrais têm a sua sede estatutária e efetiva administração em Portugal.

Artigo 15.º

Regulamentação

Cabe à CMVM, no prazo de 90 dias, a regulamentação das matérias relativas à concretização do regime aplicável

às contrapartes centrais no que respeita a:

a) Instrução do pedido de autorização de uma contraparte central nos termos do Regulamento EMIR;

b) Requisitos informativos relativos à divulgação e a comunicações respeitantes a participações qualificadas e à

designação de titulares dos órgãos de administração e de fiscalização;

c) Informação financeira a reportar à CMVM e a divulgar ao público.

(2) Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31-12:

46.ª alteração e republicação.

(3) Regime das Sociedades Gestoras de Patrimónios, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 163/94, de 4 de junho: 3.ª alteração.

(4) Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro: 34.ª alteração e

republicação.

(5) Regime das Sociedades Corretoras e das Sociedades Financeiras de Corretagem, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

262/2001, de 28 de setembro: 2.ª alteração.

(6) Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de janeiro, na sua redação atual, que regula a constituição e o funcionamento dos

fundos de pensões e das entidades gestoras de fundos de pensões e transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º

2003/41/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de junho, relativa às atividades e à supervisão das instituições

de realização de planos de pensões profissionais: 7.ª alteração.

(7) Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Atividade de Mediação de Seguros, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 144/2006,

de 31 de julho: 5.ª alteração.

(8) Decreto-Lei n.º 357-B/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual, que, no uso da autorização legislativa concedida

pela Lei n.º 25/2007, de 18 de julho, estabelece o regime jurídico aplicável às sociedades que têm por objeto exclusivo a

prestação do serviço de consultoria para investimento em instrumentos financeiros e a receção e transmissão de ordens

por conta de outrem relativas àqueles, transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2004/39/CE,

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

15

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de abril, relativa aos mercados de instrumentos financeiros (DMIF): 3.ª

alteração.

(9) Decreto-Lei n.º 357-C/2007, de 31 de outubro, na sua redação atual, que, no uso da autorização legislativa concedida

pela Lei n.º 25/2007, de 18 de julho, regula o regime jurídico das sociedades gestoras de mercado regulamentado, das

sociedades gestoras de sistemas de negociação multilateral, das sociedades gestoras de câmara de compensação ou que

atuem como contraparte central das sociedades gestoras de sistema de liquidação e das sociedades gestoras de sistema

centralizado de valores mobiliários, transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2004/39/CE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de abril, relativa aos mercados de instrumentos financeiros (DMIF): 5.ª

alteração e republicação.

(10) Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de março, na sua redação atual, que, no uso da autorização legislativa concedida pela

Lei n.º 6/2014, de 12 de fevereiro, aprova as medidas nacionais necessárias à aplicação em Portugal do Regulamento (UE)

n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, relativo aos derivados do mercado de balcão,

às contrapartes centrais e aos repositórios de transações, incluindo o respetivo regime sancionatório, e altera o Código

dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro: 3.ª alteração e republicação.

(11) Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativo aos

mercados de instrumentos financeiros e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012, e de disposições específicas do

Regulamento (CE) n.º 1060/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de setembro de 2009, conforme alterado

pelo Regulamento (UE) n.º 462/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de maio de 2013.

(Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 173 de 12.6.2014, p. 84-148.

Última versão consolidada: 02014R0600 — PT — 01.07.2016 — 001.002 — 1/72.

ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2014/600/2016-07-01

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:02014R0600-20160701&qid=1532095672709&from=PT

Artigo 1.º

Objeto e âmbito de aplicação

1. O presente regulamento estabelece requisitos uniformes relativos:

a) À divulgação ao público de dados sobre transações;

b) À divulgação de informações sobre transações às autoridades competentes;

c) À negociação de instrumentos derivados em plataformas organizadas;

d) Ao acesso não discriminatório à compensação e ao acesso não discriminatório à negociação de índices de referência;

e) A poderes de intervenção das autoridades competentes, da ESMA e da EBA sobre produtos, e poderes da ESMA em matéria de controlos de gestão de posições e de limites às posições;

f) À prestação de serviços de investimento ou exercício de atividades de investimento por empresas de países terceiros com ou sem sucursais, na sequência de uma decisão de equivalência aplicável adotada pela Comissão, com ou sem o estabelecimento de sucursais.

2. O presente regulamento é aplicável às empresas de investimento, autorizadas nos termos da Diretiva 2014/65/UE e às instituições de crédito autorizadas nos termos da Diretiva 2013/36/UE do Parlamento Europeu e do Conselho (1) que prestem serviços de investimento e/ou exerçam atividades de investimento e aos operadores de mercado, incluindo as plataformas de negociação que operem.

3. O Título V do presente regulamento é igualmente aplicável a todas as contrapartes financeiras definidas no artigo 2.º, ponto 8, do Regulamento (UE) n.º 648/2012, e a todas as contrapartes não financeiras abrangidas pelo artigo 10.º, n.º 1, alínea b), do mesmo regulamento.

4. O Título VI do presente regulamento aplica-se igualmente às CCP e aos titulares de direitos de propriedade industrial sobre índices de referência.

5. O Título VIII do presente regulamento é aplicável às empresas de países terceiros que prestem serviços de investimento ou exerçam atividades de investimento na União com ou sem sucursais, na sequência de uma decisão de equivalência aplicável adotada pela Comissão, com ou sem o estabelecimento de sucursais. _____________________

(1) Diretiva 2013/36/UE do Parlamento Europeu e do Conselho de 26 de junho de 2013, relativa ao acesso à atividade das instituições de crédito e à supervisão prudencial das instituições de crédito e empresas de investimento, que altera a Diretiva 2002/87/CE e revoga as Diretivas 2006/48/CE e 2006/49/CE (JO L 176 de 27.6.2013, p. 338).

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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5-A. O título II e o título III do presente regulamento não são aplicáveis às operações de financiamento através de valores mobiliários na aceção do artigo 3.º, ponto 11, do Regulamento (UE) 2015/2365 do Parlamento Europeu e do Conselho (1).

6. Os artigos 8.º, 10.º, 18.º e 21.º não são aplicáveis aos mercados regulamentados, aos operadores de mercado e às empresas de investimento relativamente a uma transação na qual a contraparte seja membro do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), sendo a transação efetuada no quadro da execução das políticas monetárias, cambiais e de estabilidade financeira que esse membro do SEBC está legalmente habilitado a executar e esse membro tenha notificado previamente s sua contraparte de que a transação em causa está isenta.

7. O n.º 6 não é aplicável às transações efetuadas pelos membros do SEBC no quadro da execução das suas operações de investimento.

8. A ESMA, em estreita cooperação com o SEBC, elabora projetos de normas técnicas de regulamentação destinadas a especificar as operações de política monetária, cambial e de estabilidade financeira e os tipos de transações às quais os n.ºs 6 e 7 são aplicáveis.

A ESMA apresenta à Comissão esses projetos de normas técnicas de regulamentação até 3 de julho de 2015.

É delegado na Comissão o poder de adotar as normas técnicas de regulamentação a que se refere o primeiro parágrafo, nos termos dos artigos 10.º a 14.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010.

9. A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados nos termos do artigo 50.º a fim de alargar o âmbito de aplicação do n.º 6 a outros bancos centrais.

Para esse efeito, a Comissão apresenta, até 1 de junho de 2015, ao Parlamento Europeu e ao Conselho um relatório que avalia o tratamento das transações dos bancos centrais de países terceiros, os quais, para efeitos no presente número, incluem o Banco de Pagamentos Internacionais.

O relatório inclui uma análise das suas atribuições legais e dos seus volumes de transações na União. O relatório:

a) Identifica as disposições aplicáveis nos países terceiros relevantes relativas à divulgação regulamentar das transações do banco central, incluindo as transações efetuadas pelos membros do SEBC nesses países terceiros; e

b) Avalia o potencial impacto que os requisitos de divulgação regulamentar na União podem ter sobre as transações dos bancos centrais dos países terceiros.

Se o relatório concluir que a isenção prevista no n.º 6 é necessária para as transações nas quais a contraparte é o banco central de um país terceiro, no quadro da execução das operações de política monetária, cambiais e de estabilidade financeira, a Comissão prevê que essa isenção seja aplicável ao banco central desse país terceiro. _____________________

(1) Regulamento (UE) 2015/2365 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativo à transparência das operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012 (JO L 337 de 23.12.2015, p. 1).

Artigo 55.º

Entrada em vigor e aplicação

O presente Regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é aplicável a partir de 3 de janeiro de 2018.

Não obstante o disposto no segundo parágrafo, o artigo 1.º, n.ºs 8 e 9, o artigo 2.º, n.º 2, o artigo 4.º, n.º 6, o artigo 5.º, n.ºs 6 e 9, o artigo 7.º, n.º 2, o artigo 9.º, n.º 5, o artigo 11.º, n.º 4, o artigo 12.º, n.º 2, o artigo 13.º, n.º 2, o artigo 14.º, n.º 7, o artigo 15.º, n.º 5, o artigo 17.º, n.º 3, o artigo 19.º, n.ºs 2 e 3, o artigo 20.º, n.º 3, o artigo 21.º, n.º 5, o artigo 22.º, n.º 4, o artigo 23.º, n.º 3, o artigo 25.º, n.º 3, o artigo 26.º, n.º 9, o artigo 27.º, n.º 3, o artigo 28.º, n.º 4, o artigo 28.º, n.º 5, o artigo 29.º, n.º 3, o artigo 30.º, n.º 2, o artigo 31.º, n.º 4, o artigo 32.º, n.ºs 1, 5 e 6, o artigo 33.º, n.º 2, o artigo 35.º, n.º 6, o artigo 36.º, n.º 6, o artigo 37.º, n.º 4, o artigo 38.º, n.º 3, o artigo 40.º, n.º 8, o artigo 41.º, n.º 8, o artigo 42.º, n.º 7, o artigo 45.º, n.º 10, o artigo 46.º, n.º 7, o artigo 47.º, n.ºs 1 e 4, o artigo 52.º, n.ºs 10 e 12, e o artigo 54.º, n.º 1, são aplicáveis imediatamente após a entrada em vigor do presente regulamento.

Não obstante o disposto no segundo parágrafo, o artigo 37.º, n.ºs 1, 2 e 3, é aplicável a partir de 3 de janeiro de 2020.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

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(12) Diretiva 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativa aos mercados de

instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92/CE e a Diretiva 2011/61/UE (Texto relevante para efeitos do

EEE). JO L 173 de 12.6.2014, p. 349-496. Última versão consolidada: 02014L0065 — PT — 01.07.2016 — 002.007 — 1/144.

ELI: http://data.europa.eu/eli/dir/2014/65/2016-07-01

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:02014L0065-20160701&qid=1532094317197&from=PT

Artigo 1.º

Âmbito de aplicação

1. A presente diretiva aplica-se às empresas de investimento, aos operadores do mercado, aos prestadores de serviços de comunicação de dados e às empresas de países terceiros que prestam serviços de investimento ou exercem atividades de investimento através do estabelecimento de uma sucursal na União.

2. A presente diretiva estabelece requisitos no que diz respeito ao seguinte:

a) Condições de autorização e de exercício de atividade aplicáveis às empresas de investimento;

b) Prestação de serviços ou atividades de investimento por parte de empresas de países terceiros, através do estabelecimento de uma sucursal;

c) Autorização e funcionamento dos mercados regulamentados;

d) Autorização e exercício de atividade dos prestadores de serviços de comunicação de dados; e ainda

e) Supervisão, cooperação e aplicação da lei por parte das autoridades competentes.

3. As disposições a seguir indicadas aplicam-se igualmente às instituições de crédito autorizadas nos termos da Diretiva 2013/36/UE, quando prestem um ou mais serviços de investimento e/ou exerçam atividades de investimento:

a) Artigo 2.º, n.º 2, artigo 9.º, n.º 3, e artigos 14.º e 16.º a 20.º;

b) Capítulo II do título II, com exclusão do artigo 29.º, n.º 2, segundo parágrafo;

c) Capítulo III do Título II, com exclusão do artigo 34.º, n.ºs 2 e 3, e do artigo 35.º, n.ºs 2 a 6 e 9;

d) Artigos 67.º a 75.º e artigos 80.º, 85.º e 86.º.

4. As disposições a seguir indicadas aplicam-se igualmente às empresas de investimento e às instituições de crédito autorizadas nos termos da Diretiva 2013/36/UE quando vendem ou prestam aconselhamento aos clientes sobre depósitos estruturados:

a) Artigo 9.º, n.º 3, artigo 14.º e artigo 16.º, n.ºs 2, 3 e 6;

b) Artigos 23.º a 26.º e 28.º e artigo 29.º, com exclusão do seu n.º 2, segundo parágrafo, e artigo 30.º; e

c) Artigos 67.º a 75.º.

5. O artigo 17.º, n.ºs 1 a 6, aplica-se igualmente aos membros ou participantes em mercados regulamentados e em MTF que não necessitam de ser autorizados ao abrigo da presente diretiva nos termos do artigo 2.º, n.º 1, alíneas a), e), i) e j).

6. Os artigos 57.º e 58.º aplicam-se igualmente às pessoas isentas ao abrigo do artigo 2.º.

7. Todos os sistemas multilaterais em instrumentos financeiros operam de acordo com as disposições do Título II relativas aos MTF ou aos OTF ou às disposições do Título III relativas aos mercados regulamentados.

As empresas de investimento que, de modo organizado, frequente, sistemático e substancial, negoceiem por conta própria quando executem ordens de clientes fora de um mercado regulamentado, de um MTF ou de um OTF, operam de acordo com o Título III do Regulamento (UE) n.º 600/2014.

Sem prejuízo dos artigos 23.º e 28.º do Regulamento (UE) n.º 600/2014, todas as transações de instrumentos financeiros a que se referem o primeiro e segundo parágrafos que não sejam concluídas em sistemas multilaterais ou internalizadores sistemáticos devem respeitar as disposições pertinentes do Título III do Regulamento (UE) n.º 600/2014.

Artigo 93.º

Transposição

1. Os Estados-Membros adotam e publicam, até 3 de julho de 2017, as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente diretiva. Os Estados-Membros comunicam de imediato à Comissão o texto dessas disposições.

Os Estados-Membros aplicam as referidas disposições a partir de 3 de janeiro de 2018, com exceção das disposições que transpõem o artigo 65.º, n.º 2, que são aplicadas a partir de 3 de setembro de 2019.

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

18

Quando os Estados-Membros adotarem estas disposições, estas contêm uma referência à presente diretiva ou são acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades desta referência são estabelecidas pelos Estados-Membros. Tais disposições contêm igualmente uma menção que especifique que as referências, nas disposições legislativas, regulamentares e administrativas em vigor, às diretivas revogadas pela presente diretiva devem ser consideradas referências à presente diretiva. As modalidades da referência são estabelecidas pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros aplicam as disposições referidas no artigo 92.º a partir de 3 de julho de 2015.

3. Os Estados-Membros comunicam à Comissão e à ESMA o texto das principais disposições de direito interno que adotarem nas matérias reguladas pela presente diretiva.

Artigo 94.º

Revogação

A Diretiva 2004/39/CE, com a redação que lhe foi dada pelos atos referidos no Anexo III, Parte A, da presente diretiva, é revogada com efeitos a partir de 3 de janeiro de 2018 sem prejuízo das obrigações dos Estados-Membros no que respeita aos prazos de transposição para o direito nacional das diretivas indicadas no Anexo III, Parte B, da presente diretiva.

As referências à Diretiva 2004/39/CE ou à Diretiva 93/22/CEE devem ser entendidas como sendo referências à presente diretiva ou ao Regulamento (UE) n.º 600/2014 e devem ser lidas de acordo com a tabela de correspondência do Anexo IV da presente diretiva.

As referências aos termos definidos na Diretiva 2004/39/CE ou na Diretiva 93/22/CEE, ou aos respetivos artigos, devem ser entendidas como referências aos termos equivalentes definidos na presente diretiva ou aos seus artigos.

Artigo 95.º

Disposições transitórias

1. Até 3 de janeiro de 2021:

a) A obrigação de compensação referida no artigo 4.º do Regulamento (UE) n.º 648/2012 e as técnicas de mitigação de riscos definidas no artigo 11.º, n.º 3, não se aplicam aos contratos de derivados de energia C6 celebrados por contrapartes não financeiras que cumpram as condições do artigo 10.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 648/2012 ou por contrapartes não financeiras que serão autorizadas, pela primeira vez, como empresas de investimento a partir de 3 de janeiro de 2018; e

b) Esses contratos de derivados de energia C6 não são considerados contratos de derivados OTC para efeitos do limiar de compensação definido no artigo 10.º do Regulamento (UE) n.º 648/2012.

Estes contratos de derivados de energia C6 que beneficiam do regime de transição definido no primeiro parágrafo estão sujeitos a todos os outros requisitos previstos no Regulamento (UE) n.º 648/2012.

2. A isenção referida no n.º 1 é concedida pela autoridade competente em causa. A autoridade competente notifica a ESMA dos contratos de derivados de energia C6 aos quais tenha sido concedida uma isenção ao abrigo do no n.º 1 e a ESMA publica no seu sítio web uma lista desses contratos de derivados de energia C6.

Artigo 96.º

Entrada em vigor

A presente diretiva entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo 97.º

Destinatários

Os destinatários da presente diretiva são os Estados-Membros.

ANEXO I

LISTA DE SERVIÇOS E ATIVIDADES E INSTRUMENTOS FINANCEIROS

SECÇÃO A Serviços e atividades de investimento

SECÇÃO B Serviços auxiliares

SECÇÃO C Instrumentos financeiros

SECÇÃO D Lista de serviços de comunicação de dados

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

19

ANEXO II

CLIENTES PROFISSIONAIS PARA EFEITOS DA PRESENTE DIRECTIVA

ANEXO III

PARTE A Diretiva revogada com a lista das sucessivas alterações

(referidas no artigo 94.º)

PARTE B Lista dos prazos de transposição para o direito nacional

(referidos no artigo 94.º)

ANEXO IV

Tabela de correspondência a que se refere o artigo 94.º

Diretiva 2004/39/CE | Diretiva 2014/65/UE | Regulamento (UE) n.º 600/2014

(13) Regulamento (UE) n.º 909/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho de 2014, relativo à melhoria

da liquidação de valores mobiliários na União Europeia e às Centrais de Valores Mobiliários (CSDs) e que altera as

Diretivas 98/26/CE e 2014/65/UE e o Regulamento (UE) n.º 236/2012 (Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 257 de

28.8.2014, p. 1-72. Última versão consolidada: 02014R0909 — PT — 01.07.2016 — 001.003 — 1/72.

ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2014/909/2016-07-01

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:02014R0909-20160701&qid=1532093508464&from=PT

Artigo 1.º

Objeto e âmbito de aplicação

1. O presente regulamento estabelece requisitos uniformes para a liquidação de instrumentos financeiros na União e regras em matéria de organização e conduta das Centrais de Valores Mobiliários (CSDs), a fim de promover uma liquidação segura, eficaz e simples.

2. O presente regulamento é aplicável à liquidação de todos os instrumentos financeiros e a todas as atividades das CSDs, salvo disposição em contrário nele prevista.

3. O presente regulamento não prejudica o disposto no direito da União em matéria de instrumentos financeiros específicos, em especial na Diretiva 2003/87/CE.

4. Os artigos 10.º a 20.º, 22.º a 24.º, 27.º, o artigo 28.º, n.º 6, o artigo 30.º, n.º 4, e os artigos 46.º e 47.º, o disposto no Título IV e os requisitos de comunicação às autoridades competentes ou às autoridades relevantes ou de cumprimento das ordens delas emanadas nos termos do presente regulamento não são aplicáveis aos membros do SEBC, aos outros organismos nacionais dos Estados-Membros que desempenham funções similares, nem a outros organismos públicos responsáveis pela gestão da dívida pública ou que participem nessa gestão na União em relação a qualquer CSD diretamente gerida pelos referidos organismos sob a responsabilidade do mesmo órgão de administração, que tenha acesso aos fundos desses órgãos e que não constitua uma entidade distinta.

Artigo 76.º

Entrada em vigor e aplicação

1. O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

2. O artigo 3.º, n.º 1, é aplicável a partir de 1 de janeiro de 2023 aos valores mobiliários emitidos após essa data, e a partir de 1 de janeiro de 2025 a todos os valores mobiliários.

3. O artigo 5.º, n.º 2, é aplicável a partir de 1 de janeiro de 2015.

Em derrogação do primeiro parágrafo do presente número, no caso de uma plataforma de negociação que tenha acesso a uma CSD a que se refere o artigo 30.º, n.º 5, o artigo 5.º, n.º 2 é aplicável pelo menos seis meses antes de essa CSD subcontratar as suas atividades à entidade pública relevante, e, em todo o caso, a partir de 1 de janeiro de 2016.

4. As medidas de disciplina da liquidação referidas no artigo 6.º, n.ºs1 a 4, são aplicáveis a partir da data de entrada em vigor do ato delegado adotado pela Comissão nos termos do artigo 6.º, n.º 5.

5. As medidas de disciplina da liquidação referidas no artigo 7.º, n.ºs1 a 13, e a alteração prevista no artigo 72.º são aplicáveis a partir da data de entrada em vigor do ato delegado adotado pela Comissão nos termos do artigo 7.º, n.º 15.

Os MTF que satisfaçam os critérios estabelecidos no artigo 33.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65/UE são abrangidos pelo artigo 7.º, n.º 3, segundo parágrafo, do presente regulamento:

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Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

20

a) Até à determinação final do seu pedido de registo ao abrigo do artigo 33.º da Diretiva 2014/65/UE; ou

b) Caso não tenham apresentado um pedido de registo ao abrigo do artigo 33.º da Diretiva 2014/65/UE, até 13 de junho de 2018.

6. As obrigações de comunicação referidas no artigo 9.º, n.º 1, são aplicáveis a partir da data de entrada em vigor do ato de execução adotado pela Comissão nos termos do artigo 9.º, n.º 3.

7. As referências do presente regulamento à Diretiva 2014/65/UE e ao Regulamento (UE) n.º 600/2014 devem ser lidas, antes de 3 de janeiro de 2018, como sendo referências à Diretiva 2004/39/CE, de acordo com o quadro de correspondência constante do Anexo IV da Diretiva 2014/65/UE, na medida em que esse quadro de correspondência contenha disposições que façam referência à Diretiva 2004/39/CE.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

ANEXO

LISTA DE SERVIÇOS

SECÇÃO A Serviços principais das Centrais de Valores Mobiliários

SECÇÃO B Serviços auxiliares de tipo não bancário das CSDs que não impliquem riscos de crédito ou de liquidez

SECÇÃO C

Serviços bancários auxiliares

(14) Regulamento (UE) n.º 1286/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 26 de novembro de 2014 sobre os

documentos de informação fundamental para pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de

investimento com base em seguros (PRIIPs) (Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 352 de 9.12.2014, p. 1-23.

Última versão consolidada: 02014R1286 — PT — 24.12.2016 — 001.001 — 1/25.

ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2014/1286/2016-12-24

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:02014R1286-20161224&qid=1532092853713&from=PT

Artigo 1.º

O presente regulamento estabelece regras uniformes para o formato e o conteúdo do documento de informação fundamental que deve ser elaborado pelos produtores de PRIIPs e para o seu fornecimento aos investidores não profissionais a fim de lhes permitir compreender e comparar as principais características e os principais riscos dos PRIIPs.

Artigo 34.º

O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é aplicável a partir de 1 de janeiro de 2018.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

(15) Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo, aprovado pela Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro: 5.ª

alteração.

(16) Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Atividade Seguradora e Resseguradora, aprovado pela Lei n.º 147/2015, de 9

de setembro: 2.ª alteração.

(17) Regime Jurídico da Supervisão de Auditoria, aprovado pela Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro: 1.ª alteração

(18) Regulamento (UE) n.º 2015/2365, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativo à

transparência das operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização e que altera o Regulamento

(UE) n.º 648/2012 (Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 337 de 23.12.2015, p. 1-34.

ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2015/2365/oj

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32015R2365&qid=1532091258859&from=PT

Page 21: Gazeta n.º 139 | Sexta-feira, 20 de julho de 2018Gazeta n.º 139 (20-07-2018) 3 d) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento

Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

21

Artigo 1.º

Objeto

O presente regulamento estabelece regras em matéria de transparência das operações de financiamento através de valores mobiliários (OFVM) e de reutilização.

Artigo 33.º

Entrada em vigor e aplicação

1. O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

2. O presente regulamento é aplicável a partir de 12 de janeiro de 2016, com exceção: (...)

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

ANEXO

Secção A – Informações a prestar nos relatórios semestrais e anuais dos OICVM e nos relatórios anuais dos FIA

Secção B – Informações a incluir no prospeto dos OICVM e na divulgação de informa

(19) Regulamento (UE) 2016/1011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2016, relativo aos índices

utilizados como índices de referência no quadro de instrumentos e contratos financeiros ou para aferir o desempenho de

fundos de investimento e que altera as Diretivas 2008/48/CE e 2014/17/UE e o Regulamento (UE) n.º 596/2014 (Texto

relevante para efeitos do EEE). JO L 171 de 29.6.2016, p. 1-65.

Última versão consolidada: 02016R1011 — PT — 29.06.2016 — 000.003 — 1/70.

ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2016/1011/2016-06-29

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:02016R1011-20160629&qid=1532090758265&from=PT

Artigo 1.º

Objeto

O presente regulamento introduz um quadro comum para garantir a precisão e a integridade dos índices utilizados como

índices de referência no quadro de instrumentos e contratos financeiros, ou para aferir o desempenho dos fundos de

investimento na União. O presente regulamento contribui assim para o bom funcionamento do mercado interno e

garante um elevado nível de proteção dos consumidores e dos investidores.

Artigo 59.º

Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

É aplicável a partir de 1 de janeiro de 2018.

Sem prejuízo do disposto no segundo parágrafo do presente artigo, os artigos 3.º, n.º 2, 5.º, n.º 5, 11.º, n.º 5, 13.º, n.º 3,

15.º, n.º 6, 16.º, n.º 5, o artigo 20.º (exceto a alínea b) do n.º 6), os artigos 21.º e 23.º, os artigos 25.º, n.ºs 8 e 9, 26.º, n.º

4, 27.º, n.º 3, 30.º, n.º 5, 32.º, n.º 9,33.º, n.º 7, 34.º, n.º 8, o artigo 46.º e os artigos 47.º, n.º 3, e 51.º, n.º 6, são aplicáveis

a partir de 30 de junho de 2016.

Sem prejuízo do disposto no segundo parágrafo do presente artigo, o artigo 56.º é aplicável a partir de 3 de julho de

2016.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-

Membros.

ANEXO I

ÍNDICES DE REFERÊNCIA DAS TAXAS DE JURO

ANEXO II

ÍNDICES DE REFERÊNCIA DAS MERCADORIAS

Page 22: Gazeta n.º 139 | Sexta-feira, 20 de julho de 2018Gazeta n.º 139 (20-07-2018) 3 d) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento

Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

22

(20) Diretiva (UE) 2016/1034, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de junho de 2016, que altera a Diretiva

2014/65/UE relativa aos mercados de instrumentos financeiros (Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 175 de

30.6.2016, p. 8-11. ELI: http://data.europa.eu/eli/dir/2016/1034/oj

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32016L1034&qid=1532090354268&from=PT

Artigo 2.º

A presente diretiva entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

(21) Diretiva Delegada (UE) 2017/593 da Comissão, de 7 de abril de 2016, que completa a Diretiva 2014/65/UE do

Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito à proteção dos instrumentos financeiros e dos fundos

pertencentes a clientes, às obrigações em matéria de governação dos produtos e às regras aplicáveis ao pagamento ou

receção de remunerações, comissões ou quaisquer benefícios monetários ou não monetários (Texto relevante para

efeitos do EEE) [C/2016/2031]. JO L 87 de 31.3.2017, p. 500-517. ELI: http://data.europa.eu/eli/dir_del/2017/593/oj

PDF: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017L0593&qid=1532089730257&from=PT

Artigo 1.º

Âmbito de aplicação e definições

1. A presente diretiva aplica-se às empresas de investimento, às sociedades gestoras em conformidade com o artigo

6.º, n.º 4, da Diretiva 2009/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (1) e aos gestores de fundos de investimento

alternativos em conformidade com o artigo 6.º, n.º 6, da Diretiva 2011/61/UE do Parlamento Europeu e do Conselho

(2).

2. Para efeitos dos capítulos II, III e IV da presente diretiva, as referências a empresas de investimento e instrumentos

financeiros devem incluir instituições de crédito e depósitos estruturados em relação a todos os requisitos referidos no

artigo 1.º, n.ºs 3 e 4, da Diretiva 2014/65/UE.

3. Entende-se por «operação de financiamento através de valores mobiliários» as operações definidas no artigo 3.º,

ponto 11, do Regulamento (UE) 2015/2365 do Parlamento Europeu e do Conselho (3) relativo à transparência das

operações de financiamento através de valores mobiliários e de reutilização.

4. Entende-se por «fundo do mercado monetário elegível» um organismo de investimento coletivo autorizado ao

abrigo da Diretiva 2009/65/CE ou que esteja sujeito à supervisão e, se aplicável, que seja autorizado por uma

autoridade no quadro do direito nacional do Estado-Membro que autoriza e que satisfaça todas as seguintes condições:

a) O seu objetivo principal de investimento deve ser a manutenção do valor líquido dos ativos do organismo constantemente

ao par (líquido de resultados) ou ao valor do capital inicial dos investidores adicionado dos resultados;

b) Com vista à realização do objetivo principal de investimento, deve investir exclusivamente em instrumentos do mercado

monetário de elevada qualidade, com um vencimento ou um vencimento residual não superior a 397 dias, ou em relação aos

quais sejam efetuados ajustamentos regulares do rendimento em consonância com esse vencimento e cujo vencimento médio

ponderado seja de 60 dias. Pode também alcançar esse objetivo através do investimento com um caráter acessório em

depósitos junto de instituições de crédito;

c) Deve assegurar a liquidez através da liquidação no próprio dia ou no dia seguinte.

Para efeitos da alínea b), um instrumento do mercado monetário deve ser considerado de elevada qualidade, se a

sociedade gestora/de investimento realizar a sua própria avaliação documentada da qualidade do crédito dos

instrumentos do mercado monetário que lhe permita considerar um instrumento do mercado monetário como sendo

de qualidade elevada. Quando uma ou mais agências de notação de risco registadas e supervisionadas pela ESMA

apresentaram uma notação do instrumento, a avaliação interna da sociedade gestora/de investimento deve ter em

conta, nomeadamente, essas notações de risco.

Artigo 14.º

Entrada em vigor e aplicação

1. Os Estados-Membros devem adotar e publicar, o mais tardar até 3 de julho de 2017, as disposições legislativas,

regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente diretiva. Os Estados-Membros devem

comunicar imediatamente à Comissão o texto dessas disposições.

Os Estados-Membros devem aplicar essas disposições a partir de 3 de janeiro de 2018.

Page 23: Gazeta n.º 139 | Sexta-feira, 20 de julho de 2018Gazeta n.º 139 (20-07-2018) 3 d) Procede à adaptação da ordem jurídica interna ao Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento

Gazeta n.º 139 (20-07-2018)

23

As disposições adotadas pelos Estados-Membros devem fazer referência à presente diretiva ou ser acompanhadas

dessa referência aquando da sua publicação oficial. Os Estados-Membros estabelecem o modo como deve ser feita a

referência.

2. Os Estados-Membros devem comunicar à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que

adotarem nas matérias abrangidas pela presente diretiva.

Artigo 15.º

A presente diretiva entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo 16.º

Os destinatários da presente diretiva são os Estados-Membros.

BIBLIOTECA DA ORDEM DOS ADVOGADOS

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