Ágora n.º 20

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NÚMERO 20 sábado, 13 julho 2013 JORNAL UNIVERSITÁRIO LABORATÓRIO DO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO INSTITUTO SUPERIOR DA MAIA VOAR | COMER | NOITE | ROTEIROS Suplemento do JORNAL DE NOTÍCIAS, de 13 de JULHO de 2013, E não pode ser vendido separadamente

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Page 1: Ágora n.º 20

NÚMERO 20

sábado, 13 julho 2013

JORNAL UNIVERSITÁRIO LABORATÓRIO DO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃOINSTITUTO SUPERIOR DA MAIA

VOAR | COMER | NOITE | ROTEIROS

Suplemento do JORNAL DE NOTÍCIAS, de 13 de JULHO de 2013, E não pode ser vendido separadamente

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20 JORNAL ÁGORA SÁBADO 13/07/132 // negócio

ficha técnicaEDITOR: Luís Humberto Marcos (Coordena-dor do curso) COORDENADORES: Inês Esteves Cardoso, Márcio Faustino, Pedro Miguel Ferreira, Raquel CaldasREDAÇÃO: Ana Costa, Beatriz Cunha, Catar-ina Sampaio, Cátia Gusmão, Daniela Alves, Diogo Amorim Vieira, Inês Esteves Cardoso, Ivone Mariano, Jorge Alas, Márcio Faustino, Miguel Santos, Pedro Maia, Pedro Miguel Fer-reira, Raquel Caldas, Ricardo Dias, Rita Ferreira, Rita Inácio, Sara Luísa Pereira, Sandra Ribeiro, Vanessa FreitasGRAFISMO: Pedro Miguel FerreiraENDEREÇO: Instituto Superior da Maia Av. Carlos Oliveira Campos Castêlo da Maia 4475-690 Avioso S. Pedro Tel. (351) 22 982 53 19 / Fax. (351) 22 282 5319 ONLINE: www.ismai.pt - [email protected] facebook.com/jornal.agora IMPRESSÃO: Naveprinter ISBN 978-989-8609-04-5

Sinal doS tempoS da BRinCadeiRa ao neGÓCio

linha curva

www.facebook.com/jornal.agora

Ágora - Há quanto tempo é que aprendeu a fazer origamis?Ana Santos -Comecei em Agosto de 2011.

Á - Na altura fazia-os por passatempo ou já tinha a intenção de um dia poder vir a montar uma banquinha de modo a criar o seu próprio negócio?AS - Quando comecei foi apenas como um passatempo e não pensava sequer nas possibilidades que tinha para criar peças de decoração ou “joalharia” de papel. Era simplesmente uma atividade para me distrair e relaxar.

Á - Quando é que decidiu dar a conhecer o seu trabalho? O avanço de ter o seu próprio corner para vender artesanato partiu de si ou recebeu alguma proposta por parte de outros artesãos?AS -Ter começado a criar peças que as pessoas pudessem usar nelas próprias ou como decoração foi acidental. Um dia convenci-me de que ia conseguir fazer um travessão para pôr no cabelo e depois de ter conseguido pensei: “E se tentar fazer brincos? E pregadeiras?” Pus logo mãos ao trabalho. De vez em quando amigos de amigos e familiares pediam-me para lhes fazer umas peças e comecei a pensar em tornar mais públicas as coisas que criava. A namorada do meu irmão sugeriu-me participar nos flea market e iniciativas do género aqui no Porto e assim fiz pela primeira vez em Setembro passado.

Á - Tem algum tipo de parceria com uma loja ou tem trabalhos seus que possam ser adquiridos num estabelecimento comer-cial?AS - Neste momento tenho algumas peças à venda na loja Águas Furtadas no Centro Comercial Bombarda. Na loja foram espetaculares comigo porque receberam a minha proposta muito bem. De resto, vou fazendo encomendas que me pedem. Normalmente são amigos de amigos que ouvem falar das coisas que faço e ficam curiosos.

Á - As vendas têm tido sucesso ou sente que as pessoas não estão para dar dinhei-ro por um pedaço de papel?AS - Isso é relativo. A minha expectativa em relação a este hobby nunca foi de ganhar muito dinheiro. É essencialmente um passatempo. Podendo ganhar algum dinheiro com isso, melhor! No entanto, tento sempre manter os pés na terra por-que sei que as peças que vendo, mesmo sendo uma ideia engraçada e invulgar, continua a ser papel. Não tem a mesma durabilidade que peças em metal e isso acabará sempre por pesar na decisão das pessoas quando pensam em com-prar. Apesar disso, acho que as pessoas recebem muito bem esta ideia e, mesmo que não comprem, ficam interessadas em saber o que é, como é feito, por que é que o faço e assim.

Á - Quantas figuras (objectos) é capaz de criar através do papel?AS - Neste momento tenho memorizadas cerca de quinze figuras. Consigo fazer muitas mais tendo as “instruções” para seguir. Teoricamente, sabendo fazer as bases e com uma boa dose de paciência e persistência, consegue-se reproduzir qualquer figura. Ainda não me aventurei nos “pesos-pesados” (figuras com volume, alguns modelos de rosas são o meu ponto fraco) e muito menos na arte de inovares os modelos tradicionais e criares uma figura única. Talvez daqui a uns anos eu consiga lá chegar!

Á - Sob que forma é que recaem as suas criações?AS - Para já estou a fazer brincos, traves-sões, ganchos, colares, espanta-espíritos, anéis e pregadeiras. Embora ainda não tenha terminado, estou a tentar decorar o meu primeiro candeeiro com peças de origami.

Á - Esta expressão artística é descontra-ída na medida em que pode praticá-la quando está mais stressada ou, pelo contrário, exige grande minúcia e concen-tração?AS - Nas diferentes fases do processo exige todas essas coisas! A dobragem é algo que já não requer tanta concentração como das primeiras vezes que dobrava. Ajuda-me a descontrair em momen-tos que possa estar mais stressada ou irritada porque ocupa o meu corpo e a minha mente. Quando passo à fase de transformar uma simples figura de papel em brincos, pregadeiras ou outra coisa qualquer, exige atenção aos pormenores para que fique o mais perfeito possível. Algumas peças - particularmente os brincos! - requerem um trabalho de mãos muito minucioso mas até nessa parte eu me sinto relaxada porque a única coisa que me importa naquele momento é criar um par de brincos perfeito, sem falhas.

Á - Em duas ou três palavras como é que descreve esta arte manual?AS - Divertida, minuciosa, delicada.

Origami é arte tradicional e secular japonesa de dobrar papel. Podem criar-se determinadas representações e objetos sem que seja permitido cortar ou colar a peça de papel que se está a trabalhar. Ana Maria Santos, residente no Porto, tem 22 anos e é criadora de figuras através do papel. Já participou em várias feiras de artesanato com o intuito de difundir o seu hobby. Esta arte low cost obriga-a a dobrar muito papel, mas tem-lhe dado alegrias e muitos elogios.

Cátia Gusmão

Luís Humberto Marcos

Não são portuguesas. Mas são das palavras que mais entram pelos olhos e ouvidos dos portugueses.Todos os dias há anúncios novos. Das viagens aéreas, às roupas, à gasolina, às consolas, ao cabeleireiro e às noites low cost!!! é a magia nos preços. Até já se fazem telefilmes em regime low cost!Haverá vocábulos ingleses mais populares em Portugal? Pelo menos nunca foram tão gosto-sos, tão procurados.Em tempos de crise cheiram a preços baixos. Atraem. São chamariz.Será mesmo assim? Sinal de qualidade? Ou será embuste?Neste número do Ágora tratamos o tema. Em diferentes modalidades. Voando, feirando, vestindo, noitando. Sem nunca chegar ao bric-à-brac que encantava Guerra Junqueiro.Mas sempre com um objetivo: experimentar o jornalismo com os olhos postos na atualidade.Os jovens repórteres foram para a rua. Troux-eram novidades. Para mostrar e discutir. A dis-cussão, já o dizia Machado de Assis, é o cunho mais vivo do jornal.Assim se faz o jornalismo experimental.Com um tema que é, por si só, um sinal dos tempos!

Origami feito com papel de várias cores

www.agoradigital.ismai.pt

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JORNAL ÁGORA SÁBADO 13/07/13 20 viajar // 3

Foto: Agência Reunião

aterrar e descolar do porto é barato

BRaGa, do Slide À SÉ

Como chegarPORTO: 61 Km (cerca de 40 minutos) LISBOA: 364 Km (cerca de 3 horas e 30 minutos)FARO: 600 Km (cerca de 5 horas e 20 minutos)

Onde dormirBASIC BRAGA BY AXIS: A partir de 26€ p/pessoa Largo da estação – Maximinos 4700 – 223 Braga | Telf: 253 148 000

Onde comerEncontrará na Avenida Central vários restaurantes com menus inferiores a 10€

A visitar- Sé de Braga- Bom Jesus- Centro histórico da cidade- Parque Nacional da Peneda - Gerês

Sair à noiteSARDINHA BIBA: à sexta-feira noite da mulher Praça Dr. Cândido da Costa Pires 4715 – 402 BragaTelm: 917984999 / 918870101 / Telef.:253 260 158Email: [email protected]

Para os aventurreiros:DIVER LANHOSO PARQUE AVENTURALugar de Porto de Bois – Oliveira 4830 – 602 Póvoa de LanhosoCoordenadas GPS: N 41° 35` 41.23 W 8° 13` 12.94Atividades a partir de 5€ p/pessoa

Viajar de avião é cada vez mais acessível, quase banal. Contribuem para isso algumas transportadoras aéreas que reduzem drastica-mente os preços dos bilhetes, numa tentativa de captar clientes em contenção de gastos. Esta política de negócio, apesar de oferecer um serviço menos completo, tem sido um sucesso em Portugal e no mundo, já que cada vez mais gente procura os voos low cost. O Ágora ouviu o testemunho de algumas pessoas que chegaram ao Aeroporto Fran-cisco Sá Carneio, em voos de baixo custo. “O baixo preço é uma vantagem enorme e fundamental”. Trata-se de uma opinião co-mum à maioria das pessoas que aterram no Porto em aviões de companhias low cost.

Muitos vêem na redução de preços uma oportunidade de viajar para locais que, de outra forma, seria improvável visitar. Sara Rodrigues e Sérgio Pinto, um casal de jovens namorados, de volta de umas férias em Andorra, revelaram que pouparam nos bilhetes para poderem ficar num hotel

perto da estância de neve. Estes voos transcendem, cada vez mais, as faixas etárias ou as classes sociais. À saída da zona de desembarque é notória a diversidade de passageiros. António Castro e Maria Albertina Castro, um casal sénior, disseram ter apreciado a viagem e mencio-naram uma “tripulação jovem e simpática”, que lhes prestou “toda a atenção necessária.” Adiantaram, de resto, que viajam sempre em companhias de baixo custo.“Poupamos no voo para depois podermos usufruir de todas as coisas que queremos

no destino de férias”, conta Luísa Lemos, acompanhada pela família, que prefere usar o dinheiro para comprar mais bens ou serviços durante o passeio. Este dado indicia que as pessoas ponderam mais na altura da escolha e do pagamento, não obstante irem para destinos distantes ou exóticos, preferindo, sempre que possível, poupar na viagem para gastar noutras prioridades.Mas nem tudo é um mar de rosas. Os passageiros deste tipo de voos apontam alguns defeitos: “Os níveis de conforto são inferiores, os espaços mais apertados e a venda de produtos durante o voo chega a ser cansativa”, refere Marco Neves, que diz ter saído do Porto por poucos dias, numa curta viagem de trabalho. “Para distâncias pequenas, estas desvantagens acabam por ser compensadas”, afirma.Outra das desvantagens apontadas recor-rentemente é a quantidade de bagagem a transportar: “É pena existir um limite de carga, seja nas malas de mão ou nas malas de porão”, lamenta Cláudia Santos enquanto olha para o relógio, visivelmente apressada.A Ryanair e a EasyJet são as companhias aéreas low cost mais conhecidas que tran-sitam em Portugal, disponibilizando rotas entre os três principais aeroportos por-tugueses e dezenas de destinos europeus. Nenhuma delas quis prestar esclarecimen-tos em relação às políticas de negócio de baixo custo.

Os testemunhos ouvidos vão ao en-contro dos mais recentes estudos sobre o turismo e os clientes de viagens low cost. As pessoas que preferem comprar mais barato, que adoptam, consciente ou inconscientemente, a filosofia low cost, são, cada vez mais, provenientes de diferentes estratos sociais e faixas etárias. A tendência virou moda e, nesta altura de crise económica, juntam o útil ao agradável, fazendo poupanças em produtos ou serviços que se diferenciam por uma política de preço mais baixo do que os concorrentes de mercado. Um estudo feito pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do

Turismo, em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal e o Aeroporto Sá Carneiro, revela que as companhias aéreas low cost são utilizadas maioritariamente para viagens de lazer, nomeadamente para visitar familiares ou amigos e para férias.Segundo o estudo, no último trimestre de 2012, 79% das pessoas que chega-ram ao Aeroporto do Porto em lazer viajaram pela Ryanair ou pela Easyjet, companhias low cost. Estas transpor-tadoras somam apenas 9% dos voos de negócios, feitos, na sua maioria, através da TAP (65%).

perfil dos consumidores low cost

Diogo Amorim Vieira

É habitual ver os passageiros das companhias aéreas low cost com pouca bagagem

“O Porto foi eleito, pela segunda vez consecutiva o melhor destino

europeu. Este ano a distinção chegou pela parte da Lonely Planet”.

Jorge Alas e Vanessa Freitas

ISMAIInstituto Superior da Maia

2013/2014

Av. Carlos Oliveira Campos

4475-690 Avioso S. Pedro

Tel.: 22 986 60 75

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JORNAL ÁGORA SÁBADO 13/07/13204 // saúde e bem estar

Ainda que os portugueses tenham menos trocos nos bolsos, não quer dizer que andem com as calças rasgadas ou fora de moda.Hoje em dia, encontram-se várias lojas de roupa com preços acessíveis, dando assim a oportunidade a toda a gente de comprar bons produtos a bons preços.Fernando Rodrigues, gerente de umas dessas lojas, a Loggia Cash Outlet, disse-nos que “cada vez mais se procura outlet, não por o associarem a artigos bons, mas por causa da crise e pelas pessoas sentirem necessidade.” As lojas outlet surgem da necessidade “de es-coar coleções anteriores a preços mais baixos para ser mais fácil movimentar os produtos, assim sendo, o lucro é mais baixo mas os artigos têm rotatividade.” Para percebermos melhor como funcionam estas lojas, o gerente da Loggia explicou-nos que se “o preço de venda ao público em

saldo tiver um desconto de 50%, no outlet tem mais 20% de desconto sobre os 50% já existentes.” No entanto, o facto de estas lojas terem preços mais baixos, não quer dizer que os seus produtos não tenham qualidade. Fernando Rodrigues contou-nos que o outlet “consegue manter uma relação qualidade-preço muito boa. A qualidade é sempre a mesma, a menos de metade do preço.” O que pode acontecer é “passar a tendência. Porém na maioria das peças de roupa isso não acontece.”Os clientes confirmam que “a qualidade é boa e os preços compensam”. Estivemos á conversa com alguns deles, em lojas outlet, e a opinião era bastante positiva. Glória Gama, 29 anos, partilha da opinião de quase todos os outros abordados por nós, ao dizer que “as roupas são tão boas quanto noutra

loja qualquer e os preços são mais acessíveis”.Em tempos marcados pela crise, e sendo esse um dos grandes motivos a “empurrar” os ci-dadãos para os serviços low cost, as pessoas consideram que é uma grande vantagem vir a estas lojas. O preço é uma das principais razões apontadas para justificar esta prefer-ência, “Com o preço de uma peça numa loja

convencional podem-se comprar mais peças nestes estabelecimentos.”Afinal, mesmo nos dias mais cinzentos da nossa economia, os portugueses têm a opor-tunidade de ir às compras e voltar com os sacos cheios, como nos velhos tempos. Basta procurar a loja certa para se ter mais estilo com menos custo.

maiS eStilo, menoS CUSto

Um novo conceito de fitnessA ideia low cost invadiu a vida dos portugueses. Fomos conhecer um ginásio que põe os portuenses em forma. Falámos com diretora do ginásio Fitness Hut na Trindade, Sara Amorim

Quais as vantagens que um ginásio low cost pode oferecer? O conceito do nosso ginásio baseia-se no “FIT”, ou seja, “F” de Focus: somente fitness; “I” de Inovação: o conceito é impulsionado e baseado em novas tecnologias e ideias; “T” de Transparência: pagar o preço justo pelo serviço apresentado.

O Fitness Hut oferece o mesmo tipo de requisi-tos que outro Health Club? O tradicional modelo de negócios de um health club depende de quatro factores:1. Uma estrutura de taxas de adesão que per-mite o acesso total a todas as instalações. 2. Comerciais “agressivos” e descontos no preço. Lançam-se assim, dezenas de novos tipos de adesão para justificar os descontos e reduções. 3. Doze ou vinte e quatro meses de compro-misso contratual: 50% a 70% de todos os

sócios desistem da sua adesão após um ano. 4. Em média um sócio visita cinco dias por mês um health club.

Qual é a mensalidade e método de pagamento que o Fitness Hut utiliza? Não trabalhamos com mensalidades, mas sim com valores semanais. Os modos de paga-

mento são por débito directo para comodi-dade do sócio ou via referência multibanco. Se trabalhar apenas com os equipamentos do ginásio pode fazê-lo desde 4,40€/semana com fidelização de doze meses. Se, por sua vez, prefere complementar com a dinâmica das

aulas em grupo nos estúdios, pode fazê-lo a partir de 6,60€/semana com compromisso de doze meses. Qual o tipo de pessoas que mais frequenta o ginásio? 58% dos nossos sócios pertence ao sexo feminino e mais de 70% situa-se entre os 25 e os 44 anos.

Com a atual situação do país acha que as pessoas estão a aderir cada vez mais a este tipo de oferta? O conceito deste ginásio foi desenvolvido não só para “sobreviver” à situação económica difícil em que nos encontramos, mas também no sentido de “crescer e florescer” no mercado português. O que apresentamos é um serviço de qualidade a um valor muito acessível. Qual seria a principal razão para que as pes-soas aderirem ao Fitness Fut?

A nossa missão é promover experiências no mundo do fitness a um preço muito acessível. Neste caso o sócio paga o preço justo e muito competitivo pelo serviço apresentado.

OS SóCIOS pOdeM uSufruIr de pISCIna, Spa, CabeleIreIrO,

reStaurante, Sauna e jaCuzzI

Raquel Caldas e Sandra Ribeiro

Ivone Mariano e Rita Inácio

OFERTA FORMATIVAISMAIInstituto Superior da Maia

2013/2014Ciências da Educação Física

-e Desporto - Esp. em Treino

Desportivo

Ciências da Educação Física e

-Desporto - Esp. em Exercício

Físico e Saúde

Criminologia -Ensino da Educação Física nos

-Ensinos Básico e Secundário

Gestão de Empresas

-Gestão do Desporto

-

Gestão Estratégica de

-Recursos Humanos

Marketing -Psicologia Clínica e da Saúde

-Psicologia da Justiça

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-Tecnologias da Informação,

-Comunicação e Multimédia

Turismo, Património e Desenvolvimento

-

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OUTLET’S ganham cada vez mais adeptos

Equipamentos substituem pessoas e diminuem custos

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JORNAL ÁGORA SÁBADO 13/07/13 Poupança e inovação // 520

e alertar para uma situação a ser alterada”. O estudo contribuiu para isso. Nos últimos anos (2011 e 2012) foram colhidas e analisadas em Portugal 216 amostras de combustível de Norte a Sul do país. Foram abrangidos quer os postos de abastecimento de combustíveis perten-centes a companhias petrolíferas, quer os conhecidos como de marca branca. O Ágora entrou em contacto com o Minis-tério da Economia e Emprego com vista a conhecer o tipo de “não conformidades” que foram detetadas nas referidas aná-lises. Até à hora do fecho desta edição não obtivemos qualquer resposta.

Em dezembro do ano passado foi entregue um abaixo-assinado ao Ministério da Economia, com 42268 assinaturas, defen-dendo a transparência total nos combus-tíveis. Houve reações positivas e negativas. As mais negativas foram das associações que representam as gasolineiras. Adiantou ainda que, “as gasolineiras passariam a ter a obrigatoriedade de oferecer aos seus clientes a possibilidade de escolherem ou não combustíveis low cost.” Para além disso, acrescentou que “aquelas que não concordarem com esta medida terão de fazer promoções regularmente”. Na opinião de Joana Simões, os combustíveis não aditivados são importantes para a economia nacional. “Consideramos que intervir nesta área é de extrema importân-cia”, frisou. A DECO realizou o ano passado um estudo sobre a qualidade do combus-tível low cost e do de marca, não tendo registado diferenças significativas. Após a divulgação dos resultados do estudo, o preço do combustível das gasolineiras de marca baixou nos dias seguintes. De acordo com a entrevistada, “ o objetivo da intervenção foi despertar consciências

Aditivados Não aditivadosMarcas de companhias petrolíferas Marcas Brancas/Low costMenor consumo Consumo aceleradoLubrifica as válvulas do motor Lubrifica as válvulas do motor

Pode ajudar à acumulação de detritos no motor

Reduz emissão de gases poluentes Emite mais enxofre

Até janeiro de 2014 todas as gasolineiras vão ter de disponibilizar combustível low cost para os seus clientes. Esta informação foi avançada por Joana Simões, respon-sável do Gabinete de Novas Iniciativas da DECO, com base na indicação de que “está previsto que o Governo aprove a nova legislação em setembro”.

O jornal Ágora deslocou-se às instalações da gasolineira do Jumbo da Maia. Três dos consu-midores habituais deste combustível falaram à nossa reportagem. Todos eles foram unânimes: abastecem-se “sempre” em bombas Low cost.

Por que opta por este tipo de combus-tível mais barato? José Silva, 48 anos , Maia - Opto por duas razões. Em primeiro lugar pelo preço. Depois porque fiz uma experiência e em 2007 comprei um Peugeot novo, testei este tipo de com-bustível (mais barato) e fiz 400.000 Km nesse carro. Nunca tive nenhum prob-lema, nunca notei nada de anormal. Nem na própria marca, aquando da revisão periódica, notaram qualquer anomalia no motor. Ricardo Pinto, 34 anos, Vila Nova de Gaia - Muito sinceramente não. Quando acelero mais um pouco noto

um fumo mais negro a sair do carro, mas em andamento normal não noto diferença absolutamente nenhuma.

Como reage às notícias de que o Die-sel Low cost é exactamente igual ao Diesel vendido a preços mais altos? José Silva, 48 anos , Maia - Já tinha verificado isso há muito tempo. Isabel Pereira, 39 Anos, Porto - Reajo mal, acho que estamos a ser roubados. Ricardo Pinto, 34 anos, Vila Nova de Gaia - Sinceramente não me sur-preende nada. Acho uma boa mano-bra por parte das gasolineiras para ganharem dinheiro.

Combustíveis “low Cost” obrigatório a partir de janeiro

Pedro Maia e Ricardo Dias

Já ouviu falar em cabeleireiros low-cost? O Jornal Ágora descobriu um deles. Fomos até à Praça da República, ao salão Maxima, e mostramos-lhe o’ conceito’.Aberto há apenas sete meses, oferece vários serviços a baixo preço.O proprietário, Ferreira Pinto, afirma que o seu, “foi um dos primeiros salões de cabeleireiro low-cost na cidade do Porto”. Apesar do conceito ser recente, são cada vez mais as pessoas a aderir. Em maior número estão as mulheres “que optam por este conceito principalmente pelo preço”.A razão apontada para os preços baixos praticados é o facto de os produtos serem comprados diretamente ao fabricante. Os consumidores parecem não duvidar da qualidade dos produtos, de acordo com Ferreira Pinto.Cortar o cabelo, fazer um brushing ou uma mise custam quatro euros.

CoRte no cabelonão na carteira

Inês Esteves Cardoso, Márcio Faustino e Raquel Caldas

ISMAIInstituto Superior da Maia

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OFERTA FORMATIVA

CETGestão Comercial -Gestão da Qualidade

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Novo espaço oferece preços competitivos

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JORNAL ÁGORA SÁBADO 13/07/136 // descobrir 20

o mUndo em 2ª mÃoCada vez mais os portugueses aderem ao conceito de compra de artigos em segunda mão. Fomos visitar dois espaços, na cidade do Porto, carregados de recordações que, aliadas aos preços acessíveis, saciam assim os con-sumidores que optam por este tipo de comércio.

Começámos a nossa viagem por este mundo, com o objectivo de procurar espaços onde comercial-izassem itens usados, de modo a arranjar uma alternativa mais aces-sível para os portugueses compra-rem os mais variados artigos.Durante esta jornada encontra-mos a Livraria Lumière e a Opor-tonidades, dois espaços cheios de história que nos proporcionaram uma visita ao passado. Logo ao entrar nas duas lojas notámos o cheiro característico e conseguimos imagirnar-nos na casa da nossa avó em crianças. A Livraria Lumière, das irmãs Alexandra e Claúdia Ribeiro, encontra-se em funcionamento há onze anos. Tem títulos de editoras pouco conhecidas, que existiram nos anos 50, 60 e 70 do século XX, como a Estúdios Cor, a Tavares Martins, a Portugália ou a Ulisseia.Segundo Alexandra Ribeiro, uma das proprietárias, “as pessoas con-seguem encontrar aqui, livros que já

não encontram noutros locais”. Já a Oportonidades, propriedade do casal Jorge e Marta Cordeiro, que surgiu após um tempo do casal fazer feiras de rua, encontra-se na Rua do General Silveira e conta já com dois anos de funcionamento. O espaço tem um pouco de tudo, desde uma secção de fotografia e cinema, que se pode consultar gratuitamente, a máquinas de escrever e brinque-dos, passando ainda por artigos de colecção e material de som.A Livraria Lumière e a Oportoni-dades são dois espaços onde con-fluem pessoas de todas as gerações. Jorge Cordeiro, da Oportunidades, aponta vários motivos que justificam a adesão das pessoas a estes locais: seja por serem coleccionadores ou apenas por curiosidade, indo “à procura de encontrar qualquer coisa diferente”.Como estes dois exemplos existem muitos mais. A aposta nas lojas de artigos em 2ª mão tende a crescer, seja nas cidades ou no ciberespaço.

Hoje propomos-lhe uma viagem até à cidade das sete colinas. O Jornal Ágora rumou até Lisboa e mostra-lhe como descobri-la sem gastar muito.

Para aproveitar melhor a capital pode render-se aos encantos de um novo conceito. Os hostels. Esta é uma óptima solução para quem não quer gastar muito dinheiro. No Equit Point Lisboa o preço são 12€ por noite com pequeno almoço incluído. Quando entramos somos recebidos com música e repara-mos que o espaço é moderno. Cada quarto tem as suas particularidades. As paredes são coloridas, e cada quarto tem uma cor. Agrada-nos, também, que a luz invada todos os espaços do hostel. Mas o melhor sítio é sem dúvida um espaço comum, um grande terraço que levanta o véu sobre o que vamos descobrir desta Lisboa. Saímos do hostel e damos de caras com o elevador da Glória que une a praça dos restauradores ao Bairro Alto. À

noite temos viagem marcada para irmos conhecer o Bairro Alto. Muito conheci-do pela vida noturna. Aí vemos pessoas de todas as idades a falarem à porta de vários bares e sentadas no chão. De copo na mão, conversam, riem e aproveitam o calor que se faz sentir para beberem um copo com os amigos.A fome já aperta e apesar de podermos cozinhar no hostel, preferimos poupar tempo para podermos aproveitar o dia. Como a necessidade aguça o engenho, descobrimos um sítio onde podemos optar por um almoço rápido a preço competitivo. Na Parreirinha do Chile, por uma sopa e uma bifana pagámos apenas 3€. É uma tasca típica, pequenina mas muito simpática, bem como os donos. Um senhor com os seus 60 anos, que faz as contas de cabeça, aponta para a esquerda, onde vemos um vitral com be-bidas espirituosas, vinho branco campelo, ginginha, amêndoa amarga. “Produtos raros ” afirma convicto. Clientes não fal-tam e a casa está cheia. Pessoas de todas

as idades acotovelam-se no pequeno es-paço, para chegarem ao balcão e fazerem o seu pedido. Assim que terminamos saímos, com o convite para voltarmos, e continuamos a nossa aventura. Depois deste almoço que nos deixou satisfeitos, nada melhor do que um passeio. Apanhámos o eléctrico, uma viagem ao passado. O elétrico 28 le-va-nos do Martim Moniz passando pela Graça e até Campo de Ourique. O bilhete custou 2,5€ e leva-nos a conhecer alguns dos pontos históricos mais interessantes desta “Lisboa menina e moça”.Não quisemos deixar de ver o em-blemático Padrão dos Descobrimentos, bem como o Mosteiro de Jerónimos e a Torre de Belém. Para os visitar pagámos 7€ e 5€, respetivamente. No entanto, se optar por comprar a entrada para os dois monumentos, o preço fica-se pelos 10€. Como tínhamos tempo decidimo-nos pela segunda opção e visitámos os dois monumentos, para além do Padrão dos Descobrimentos. É absolutamente

deslumbrante. É difícil caracterizar esta visita. Digo-lhe apenas que não deve perder a oportunidade de ficar esmagado pela beleza magnânime destes monu-mentos e ficar sem palavras. No entanto, se não quer gastar dinheiro pode dar um saltinho ali ao lado e conhecer a Coleção Berardo, no Centro Cultural de Belém, de forma totalmente gratuita. Aí poderá ver uma grande diversidade de peças, escultura, pintura. Um espaço que o faz respirar arte.Os mais gulosos, não podem perder a oportunidade de ir à Confeitaria Pastéis de Belém. Estivemos algum tempo na fila mas garantimos que vale a pena. Este espaço emblemático vende milhares de pastéis de Belém por dia e quando os provar não lhe será difícil perceber o porquê. É praticamente impossível ficar-se por um. Pode sentar-se numa das muitas salas a refrescar-se do calor e a saborear esta iguaria. Se conseguir resistir e comer apenas um, o preço é 1,05€. Fica o desafio.

Uma menina e moÇa poR deSCoBRiRInês Esteves Cardoso

Ana Costa e Daniela Alves

A oferta de produtos em 2ª mão é variada

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JORNAL ÁGORA SÁBADO 13/07/13 20 consumo // 7

maRCaS de diStRiBUidoR:o consumo cresce

Em tempos de crise as marcas de distribuidor, também conhecidas como marcas brancas, estão a ganhar maior destaque. Muitos consumidores ainda têm dúvidas quanto à qualidade destes pro-dutos. Miguel Lage e Susana Nunes, Técnicos da Deco Proteste, afirmam, via e-mail, que muitas vezes são a escolha acertada devido à sua relação qualidade-preço.

Ágora- Qual é o perfil do consumi-dor das marcas de distribuidor? O perfil de consumo tem vindo a alterar-se nos últimos anos fruto de várias alterações na sociedade e na economia.Por um lado, cada vez mais, existe um consumidor que procura as mel-hores promoções e a melhor relação qualidade-preço. Por outro lado, o consumidor é também menos pre-visível em termos das suas escolhas de consumo. Com efeito, o mesmo consumidor que em determinados contextos de consumo procura a con-veniência e o low cost, em outros mo-mentos tende a ser auto-indulgente e a comprar pequenos luxos para ter uma melhor experiência de consumo.Adicionalmente, o ciclo de vida da família e o rendimento disponível afetam a forma como o cabaz de con-sumo é construído. Tipicamente são casais com filhos e lares monoparen-tais quem mais procura as marcas de distribuidor (MDD) ao passo que reformados e adultos independentes são quem menos as procura.

Por que razão o preço das marcas

de distribuidor é mais baixo que o das marcas de fabricante?

As MDD têm, normalmente, uma estratégia de abordagem ao mer-cado distinta das marcas de fabri-cante (MDF), mais orientada para conquista de volume de vendas com base em preços atrativos. As MDD dividem-se em marcas de primeiro preço e marcas de in-sígnia. Em termos de qualidade os nossos estudos indicam que a qualidade das MDD tem vindo a melhorar ao longo do tempo, sendo muitas vezes a escolha acertada, dada a sua relação qualidade preço.A DECO Proteste procura por isso, regularmente, incluir nos seus testes comparativos, produtos de MDD para aferir se são boas oportunidades de consumo para as famílias portuguesas.

A crise que o país atravessa tem influência na procura destes produtos?Certamente que um dos fatores que estimula o crescimento das MDD é

o contexto macro-económico que diminui o rendimento disponível das famílias, acarretando por isso maior racionalização do cabaz de consumo, com escolha de MDD.Crescimento do desemprego, recessão económica, corte nos sub-sídios, agravamento de impostos são tudo fatores que contribuem para a diminuição do rendimento disponível e, em consequência, procura por marcas mais apelativas em termos de preço.

O volume de vendas dos produ-tos de marca de distribuidor vai aumentar nos próximos anos?Estudos recentes apontam nesse sentido. Atualmente cerca de 40% do cabaz de compras de uma família portuguesa já é constituído por MDD, sendo que em algumas tipologias de produtos a quota das MDD já ultrapassa esse valor.De realçar que noutros tipos de produtos o peso das MDD é re-duzido e tenderá a permanecer re-duzido como produtos de personal care, bebidas (vinho, refrigerantes, etc).

COMO CHEGARPORTO: 452 Km (cerca de 4 horas e 2 minutos) LISBOA: 176 Km (cerca de 1 hora e 46 minutos)FARO: 148 Km (cerca de 1 hora e 34 minutos)

ONDE DORMIR Pousada da Juventude de Almograve – PraiaPreços variam entre 15 e 70€Pousada da Juventude de Beja – Histórico/CulturalPreços variam entre 14 e 42€

ONDE COMERA Choupana - uma casa rústica decorada com objetos agrícolas e louça regional. Ementa de pratos regionais.Preço Médio: 8€

Taverna - numa antiga capela do convento de Santa Marta. Com uma gastronomia inovadora a querer provar que a fusão entre o regional e a cozinha de autor está para ficar. O queijo da serra com orégãos, as migas de bacalhau com camarão, o cação frito com azeite e gambas e a sobremesa de migas doces são algu-mas sugestões. Preço: 12€

A VISITARPalácio dos Antigos Condes de Basto - Fundação Eugénio AlmeidaPalácio dos Duques de CadavalPalácio dos MaldonadosSé Catedral de Beja / Igreja de São Tiago

alenteJo À SomBRa de Uma aZinHeiRa

Márcio Faustino e Miguel Santos

Sara Luísa Pereira

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JORNAL ÁGORA SÁBADO 13/07/13208 // gastronomia e lazer

pReÇoS BaiXam, noiteS SoBem

Dress code menos exigente, ambiente jovem e música do momento: agora também o hábito de sair à noite pode ficar mais acessível! Estamos a falar das noites low-cost, que continuam a somar adeptos.Com o intuito de entender melhor este conceito, falamos com Nuno Costa, relações públicas da discoteca Eskada Porto.

Ágora - Como surgiu a ideia de uma noite low-cost?NC - Face à crise económica nacional, os empresários ligados ao sector notur-no necessitavam de aumentar a fatu-ração e assim surgiu a noite low-cost. Este conceito é o de uma noite dedica-da aos clientes mais jovens que, na sua maioria, procuram divertimento a bai-xo custo. As noites low-cost permitem-nos aliar dois fatores: conseguirmos mais uma noite de faturação e ainda conhecermos e mantermo-nos em contacto com os clientes de amanhã, sem com isso prejudicar os habituais clientes do fim-de-semana.

Á- Qual é a faixa etária que mais procura as noites low-cost?NC - A média de idades numa noite low-cost é de, mais ou menos, 23/25 anos.

Á- A diferença é visível apenas no preço?NC - Não, existem várias diferenças entre as noites low-cost e as noites habituais.

Numa noite low-cost não só reduzi-mos o preço de entrada e das bebidas, como também, comparativamente às noites de fim-de-semana, o trabalho de porta é bastante diferente e não tão rigoroso. Por norma, as pessoas mais jovens vestem-se, na sua maio-ria, de uma forma mais irreverente e não tão cuidada, principalmente os clientes do sexo masculino. A própria comunicação também muda. Comunicamos de uma forma muito mais simples e direta.

Á- Há mais alguma diferença signifi-cativa?NC - A linha musical é também dife-rente. Aqui nota-se um afastamento do “House comercial”, habitual nas outras noites para irmos de encontro ao que o público maioritariamente estudante pretende. A linha é mais “World Wide Music”, ou seja, músi-ca muito mais diversificada, desde música brasileira, hip-hop, R&B, pop, rock, ritmos africanos e o sempre tão conhecido “House”.Concluindo, o conceito da noite é inteiramente dedicado a “um mix” entre o público mais jovem e o públi-

co que sai à noite sempre que pode!Á- Nota uma grande diferença entre a adesão às noites low-cost e a de uma noite normal?NC - Não... Para já a afluência de pes-soas é praticamente a mesma, apesar de serem clientes com um perfil total-mente diferente. Há sempre noites boas e noites más, dependendo da oferta apresentada e da altura do mês ou ano em que nos encontramos.

Á- Desde que começou este conceito, nota que há mais pessoas a procurar os preços mais baixos?NC - Sim, as pessoas cada vez mais procuram sair para se divertir e socializar gastando o menos pos-sível. Face à crise económica que o país atravessa, a tendência será para que as pessoas, principalmente as mais jovens, procurem cada vez mais estas alternativas. Temos o dever de proporcionar noites rentáveis, não só para nós, mas sobretudo para os nossos clientes. Queremos que toda a gente se divirta e se esqueça dos problemas do quotidiano.Noite é mesmo isso - magia, diversão e muita... festa!

O conceito do low cost começa a ser cada vez mais um fenómeno presente no quotidiano dos portugueses.

Graças à crise, e não só, a procura por estes preços tem sido cada vez maior, e a restauração não ficou de fora. Muitos são os restaurantes e bares que há muito apostaram em menus e refeições mais económi-cas, mas Low costa.come alterou um pouco o conceito dos preços baixos na restauração. O projecto pioneiro no continente europeu, começou a sua actividade em Oliveira de Aze-méis, em meados do ano de 2012, mas não se ficou por aí. Depois da abertura de vários estabelecimentos, e da partilha do negócio através de franshising, chega a vez da Aveni-da dos Aliados, no Porto, receber o projecto. Nuno Moreira, 36 anos, é o responsável pela gestão do espaço, e a satisfação não podia ser maior: “As pessoas sentem-se bem. Procuram

poRto tem novoS SaBoReSBeatriz Cunha e Pedro Miguel Ferreira

bom preço, qualidade e bem estar, e aqui encontram tudo isso.”. Nuno é formado em engenharia civil, área que foge um pouco ao conceito da restauração, à semelhança dos res-tantes franshisadores. A ideia do low cost estar associado a

uma menor qualidade nos produtos, está a desvanecer. Neste estabeleci-mento há pessoas de todos os extra-tos sociais e idades. “Chegamos a ter 1000 clientes em apenas um dia”. O segredo para o sucesso deste negócio, segundo Nuno Moreira, é a localiza-

ção. De nada adianta ter bons preços e ambiente, se estiver mal localizado. Graças às grandes quantidades de matéria prima compradas, são possí-veis preços mais baixos, diminuindo também as margens de lucro, o que cria uma necessidade de receber pelo menos 200 pessoas por dia. No Low costa.come, é possível comprar um café a 0,40€, comer um bolo por 0,60€ ou ter refeições a partir de 2,00€, pre-ços estes 40% abaixo dos da concor-rência. O negócio ainda se encontra em expansão, contando já com 8 lo-jas em Portugal. Há intenção de abrir cerca de 20 até ao final do ano. Ao todo, já foram criados 120 novos pos-tos de trabalho, e o estabelecimento nem dispõe de serviço à mesa. É um novo conceito aliciante a novos in-vestidores, com grande receptividade por parte dos impulsionadores. Foi já considerado o negócio franshising re-velação do ano, e tende a aumentar o seu prestígio com o passar do tempo.

Catarina Sampaio e Rita Ferreira

A noite portuense oferece muitas alternativas

Este espaço oferece uma grande variedade de produtos