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Carlos Pinto Del Mar [email protected]
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GARANTIAS
RESPONSABILIDADES
_______________
MEDIAÇÃO NO MERCADO IMOBILIÁRIO
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ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO
Garantias -
Responsabilidades -
Mediação no mercado imobiliário -
A transformação dos conceitos
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GARANTIAS RESPONSABILIDADES
2002 2013 1990
2016
Código de Defesa do Consumidor
Código Civil
NBR 15575 Norma de Desempenho
L I N H A D O T E M P O
MARCOS TEMPORAIS (e regulatórios)
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GARANTIAS E RESPONSABILIDADES
A transformação dos conceitos, pela combinação de 3 fatores:
CDC/1990 + Jurisprudência
1
Novo Código Civil 2002
2
Norma de Desempenho 2013
3
Adoção do critério da vida útil do produto
como parâmetro para o prazo de
responsabilidade dos fornecedores
Redução do maior prazo legal de prescrição,
de 20 para 10 anos
Afastamento da Súmula 194 do STJ, que
estabelecia o prazo de 20 anos para reclamar,
do construtor, defeitos da construção
Definição de requisitos de qualidade
(adequação) para os diversos sistemas
construtivos
Definição de prazos de vida útil
Estabelecimento de prazos de garantia
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GARANTIA
1. Pós CDC
2. Pós CC 2002
3. Pós NBR 15575 (Norma de desempenho)
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GARANTIA PÓS CDC/1990
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GARANTIA
CONTRATUAL
LEGAL
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GARANTIA LEGAL
A LEI DETERMINA E ASSEGURA:
1. Que o produto ou serviço deve ser “seguro” (CDC, art. 8º)
2. Que deve ser “adequado” aos fins a que se destina (funcionalidade) (CDC, art. 18, §6º - III; art. 20, §2º; art. 24)
3. O direito de enjeitar o produto ou serviço, ou pedir a reparação, reexecução, substituição, restituição da quantia paga, abatimento proporcional do preço, se estiverem em desacordo com as normas regulamentares (CC, art. 615; CDC, art. 18, e § 6o, II; art. 20 e § 2o)
Em que consiste?
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Exceto para a construção civil, a lei não estabelece nenhum
prazo de “garantia de funcionamento” de produtos ou serviços
O único prazo de garantia de desempenho (funcionamento) que
a lei estabelece, é para a construção civil (CC, art. 618 – 5 anos)
Os prazos que a lei estabelece, são para a reclamação, para a
propositura da ação (e não de funcionamento)
GARANTIA LEGAL PRAZOS
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CONTRATUAL
Não é obrigatória
(facultativa)
É complementar à
garantia legal
Se concedida, deve ser
por termo escrito
GARANTIA
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GARANTIA PÓS CC/2002
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Código Civil antigo (de 1916) Código Civil de 2002
Art. 1.245 Nos contratos de
empreitada de edifícios ou outras
construções consideráveis, o
empreiteiro de materiais e execução
responderá, durante 5 (cinco) anos,
pela solidez e segurança do
trabalho, assim em razão dos
materiais como do solo, exceto,
quanto a este, se, não o achando
firme, preveniu em tempo o dono da
obra.
Art. 618 Nos contratos de empreitada
de edifícios ou outras construções
consideráveis, o empreiteiro de
materiais e execução responderá,
durante o prazo irredutível, de 5 (cinco)
anos, pela solidez e segurança do
trabalho, assim em razão dos materiais
como do solo.
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GARANTIA PÓS
NORMA DE DESEMPENHO
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1 2 3 4 5 6 7
5 ANOS - PRAZO DE GARANTIA LEGAL (solidez e segurança – CC art. 618)
Entrega da obra ou “HABITE-SE”
5 anos
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3 ANOS – Instalação de
tomadas, interruptores,
fios e cabos elétricos,
caixas e quadros
3 ANOS – pela instalação das partes hidráulicas e gás – coletores, ramais, louças, caixas de descarga, etc.
2 ANOS – por destacamentos, fissuras, desgaste excessivo de pisos cimentados, acabados em concreto, contrapiso, etc. 1 ANO – instalação de
equipamentos (para-raios, aquecedores),
fechaduras, fixação de vidros, sistema de
telefonia, etc.
HÁ MAIS PRAZOS DE GARANTIA PREVISTOS NA NORMA
3 ANOS – infiltração decorrente do mau desempenho do revestimento externo da fachada
Entrega da obra ou “HABITE-SE”
5 ANOS – má aderência do revestimento; revestimentos de paredes e tetos internos e externos em argamassa, gesso liso
5 anos
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PERGUNTA:
E como ficou a “garantia”, depois dos três marcos regulatórios?
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PRAZO DE GARANTIA = O QUE ACONTECE
Durante o prazo de garantia, o fornecedor só não responde se
ocorrer:
Desgaste natural da coisa (pelo uso ou pelo tempo)
Culpa exclusiva da vítima (mau uso ou falta de
manutenção)
Caso fortuito ou força maior
Ação de terceiros
Durante a garantia, o ônus da prova desses fatos é do fornecedor
(*) – no conceito, pouco ou quase nada mudou – quanto aos prazos, a NBR 15575 deu referências temporais detalhadas
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= / PRAZO DE
GARANTIA
PRAZO DE
RESPONSABILIDADE
PRAZO DE GARANTIA x PRAZO DE RESPONSABILIDADE
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Término
PRAZO DE GARANTIA
PRAZO DE RESPONSABILIDADE DO CONSTRUTOR (em aberto …)
PRAZO DE GARANTIA x PRAZO DE RESPONSABILIDADE
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PERGUNTAS:
• Por quanto tempo perdura a responsabilidade do
fornecedor/construtor?
• Durante quanto tempo pode surgir um vício,
que possa ser “cobrado” do fornecedor
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PRAZO DE RESPONSABILIDADE
Doutrina jurídica - duas posições principais sobre o prazo para reclamar dos vícios:
Aplicação da “Teoria dos vícios redibitórios”, do Código Civil, que estabelece o
prazo de 1 ano para surgir e 1 ano para reclamar (bens duráveis - art. 445, e
§1º – ultrapassada pela ND?)
1
Aplicação da “Teoria da Qualidade”, do CDC - Entendimento de que o legislador
não fixou um prazo arbitrário para abranger todo e qualquer produto (que seria
inviável diante dos incontáveis produtos oferecidos no mercado). Adoção do
critério/Teoria da vida útil do produto, para definição do limite temporal da
responsabilidade
2
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SITUAÇÃO ANTES DO CC/2002 E
DA NBR 15575
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Diante da falta de prazos “técnicos” de durabilidade =
= aplicação dos prazos “jurídicos” =
= Súmula 194 do STJ – Superior Tribunal de Justiça
“PRESCREVE EM 20 (VINTE) ANOS A AÇÃO PARA OBTER, DO
CONSTRUTOR, INDENIZAÇÃO POR DEFEITOS DA OBRA.”
SITUAÇÃO
ANTERIOR
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
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RAZOABILIDADE TÉCNICA
PRAZO DE PRESCRIÇÃO
20 ANOS
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
O prazo de 20 anos era “pacificador”, porque atendia, tanto o Direito (era o maior prazo de prescrição), como a Engenharia (era um prazo razoável para o surgimento do vício)
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- O maior prazo de prescrição foi reduzido para 10 (dez) anos, e
- o prazo de prescrição para a pretensão de reparação civil foi fixado em 3 (três)
anos (CC, Art. 206, § 3º, V);
Prazo de Garantia
5 10 20 25 30 35 40
PRESCRIÇÃO
20
1ª NOVIDADE: CÓDIGO CIVIL de 2002
MUDANÇA
DE
CENÁRIO
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
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RAZOABILIDADE TÉCNICA
PRAZO DE PRESCRIÇÃO
20 ANOS
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
O CÓDIGO CIVIL de 2002 tornou sem efeito a Súmula 194 do STJ
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Os requisitos mínimos que devem ser
atendidos pelos sistemas da edificação,
quando em uso (requisitos de desempenho)
O tempo durante o qual esses requisitos
devem ser atendidos, supondo a correta
manutenção.
A NORMA DE DESEMPENHO ESTABELECE:
Edificações habitacionais
qualidade
Vida útil
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Prazo de
Garantia
5 20 25 30 35 40
PRESCRIÇÃO
VIDA ÚTIL: pisos internos - 13
VIDA ÚTIL: vedação vertical interna - 20
VIDA ÚTIL: vedação vertical externa - 40
VIDA ÚTIL: estrutura - 50
DEFINIÇÃO DA VIDA ÚTIL: período de tempo em que os requisitos mínimos de desempenho (de
qualidade) devem ser atendidos pela edificação, supondo a correta manutenção
10
MUDANÇA
DE
CENÁRIO
2ª NOVIDADE: NBR 15575:
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
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RAZOABILIDADE TÉCNICA
PRAZO DE PRESCRIÇÃO
20 ANOS
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
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RAZOABILIDADE TÉCNICA
PRAZO DE PRESCRIÇÃO
20 ANOS
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
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A JURISPRUDÊNCIA PÓS CDC
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(...)
“Assim, é razoável considerar que, a par da garantia contratual, a vida útil
esperada de um aparelho de televisão é de aproximadamente cinco anos, de
modo que, se o defeito se manifestar nesse ínterim, cabe ao fabricante
promover os reparos necessários ou, na impossibilidade, ressarcir o consumidor
de alguma outra forma.
Ao argumentar o contrário, a apelada passa a impressão de que seus produtos
são feitos para durarem apenas até o término da garantia contratual.”
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
TJSP - Apelação nº 0258813-21.2009.8.26.0002-SP, 34ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Gomes Varjão- 24-3-2014
(televisor)
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Ementa – Consumidor – Vício do produto – Geladeira que apresenta defeito
três anos após a compra – Responsabilidade do fornecedor estende-se por vida
útil média de produto, independentemente de vencimento de garantia
contatual. (...)
“... É dever do fabricante, pela natureza comutativa do contrato e por força do
princípio da boa-fé objetiva, que o produto dure a média da vida útil de
produto semelhante, devendo ser responsabilizado caso isso não ocorra,
independentemente de vencimento de garantia contratual. Nesse sentido
a jurisprudência ...”
PRAZO DE RESPONSABILIDADE
TJSP - Apelação nº 0475252-95.2010.8.26.0000, 7ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Luiz Antonio Costa , 10-4-2013
(geladeira)
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PRAZO DE RESPONSABILIDADE
Recurso Especial nº 984.106 – SC (2007/0207915-3) - 4ª Turma do STJ – Rel. Min. Luis Felipe Salomão – Dje: 20/11/2012
“O Código de Defesa do Consumidor, no § 3º do art. 26, no que concerne à
disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o critério
da garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço
largo de tempo, mesmo depois de expirada a garantia contratual.”
“Com efeito, em se tratando de vício oculto não decorrente do desgaste natural
gerado pela fruição ordinária do produto, mas da própria fabricação, e relativo
a projeto, cálculo estrutural, resistência de materiais, entre outros, o prazo
para reclamar pela reparação se inicia no momento em que ficar evidenciado o
defeito, não obstante tenha isso ocorrido depois de expirado o prazo contratual
de garantia, devendo ter-se sempre em vista o critério da vida útil do bem.”
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SITUAÇÃO PÓS CDC
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PRAZO DE RESPONSABILIDADE
Depois do CDC, o fornecedor responde pela adequação do produto ou
serviço (FUNCIONALIDADE) durante a sua vida útil, “mesmo depois de expirada a garantia contratual” (Teoria da qualidade – vida útil do produto)
O fornecedor só não responde se ocorrer:
Desgaste natural da coisa (pelo uso ou pelo tempo) Culpa exclusiva da vítima (mau uso ou falta de
manutenção) Caso fortuito ou força maior Ação de terceiros
Durante a garantia, o ônus da prova desses fatos é do fornecedor;
Depois da garantia, o ônus da prova é compartilhado (prova da
manutenção - pode ocorrer a inversão)
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SITUAÇÃO PÓS
NBR 15575
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Os requisitos mínimos que devem ser
atendidos pelos sistemas da edificação,
quando em uso (requisitos de desempenho)
O tempo durante o qual esses requisitos
devem ser atendidos, supondo a correta
manutenção.
A NORMA DE DESEMPENHO ESTABELECE:
Edificações habitacionais
qualidade
Vida útil
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REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO (requisitos de adequação/qualidade)
DESEMPENHO ESTRUTURAL
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
SEGURANÇA NO USO E OPERAÇÃO
FUNCIONALIDADE E ACESSIBILIDADE
CONFORTO TÁTIL E ANTROPODINÂMICO
DESEMPENHO TÉRMICO
DESEMPENHO ACÚSTICO
DESEMPENHO LUMÍNICO
ESTANQUEIDADE À ÁGUA
DURABILIDADE
MANUTENIBILIDADE / GESTÃO DA MANUTENÇÃO PREDIAL
Edificações habitacionais
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SISTEMA VUP mínima
Estrutura > 50 anos
Pisos internos > 13 anos
Vedação vertical externa > 40 anos
Vedação vertical interna > 20 anos
Cobertura > 20 anos
Hidrossanitário > 20 anos
(*) Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a ABNT NBR 15575 e
especificados no respectivo manual de uso, operação e manutenção entregue ao usuário
elaborado em atendimento à ABNT NBR 14037.
TABELA 7 | Vida útil de projeto (VUP)*
(item 14.2.1 da Norma)
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Recurso Especial nº 984.106 – SC (2007/0207915-3) - 4ª Turma do STJ – Rel. Min. Luis Felipe Salomão – Dje: 20/11/2012
“E para que o prazo de vida útil de determinado produto
durável não seja objeto de controvérsias, compete ao próprio
fabricante defini-lo, já que dispõe da tecnologia necessária
para tanto, e informá-lo ao consumidor, nos termos dos arts.
6º, III e 31 do CDC.”
A definição da vida útil referencia direitos e
obrigações e está em sintonia com a jurisprudência
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COM O ACOLHIMENTO DA “TEORIA DA VIDA ÚTIL”
DO PRODUTO, PELO STJ, A VIDA ÚTIL PASSA A SER
UM PERÍODO DE “EXPOSIÇÃO” À
RESPONSABILIDADE, DURANTE A QUAL OS
FORNECEDORES PODEM SER CHAMADOS, PARA A
VERIFICAÇÃO DE RESPONSABILIDADES
VIDA ÚTIL PERÍODO DE “EXPOSIÇÃO” À RESPONSABILIDADE
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PRAZO DE “EXPOSIÇÃO” À RESPONSABILIDADE
A VIDA ÚTIL PODE NÃO SER ATINGIDA:
Por falha de execução
Por mau uso ou falta de manutenção
(caso fortuito, força maior ou ação de terceiros)
Por falha de projeto
Durante a vida útil, os agentes da construção
(incorporadores, construtores, projetistas),
ficarão sujeitos (“expostos”) a serem chamados em caso de falhas,
para apuração de responsabilidades
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EM ALGUMAS SITUAÇÕES, “A PENA É O PROCESSO”
NESTE CASO, “A ‘EXPOSIÇÃO’ É A PENA”
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“Ensina Hely Lopes Meirelles que nesse período de provas, se resistiu a obra
às intempéries, aos movimentos do solo e, consequentemente, dos
materiais, e se suportou todas as cargas de sua normal utilização, não se
deve nem pode eternizar a responsabilidade do construtor numa presunção
de culpa por acidentes remotos, fora da previsibilidade humana, pois tal
procedimento faria com que desaparecesse a atividade de construtor, por
ser antieconômica”
(BATISTA, Luiz Olavo, “A responsabilidade civil do construtor”; RT 470, dez. 1974)
Mensagem final:
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MEIO TÉCNICO
Especificar medidas técnicas (ensaios, provas, testes, etc. ), que
permitam apurar, com a razoabilidade técnica que vier a ser estabelecida
(pelo próprio meio técnico):
a) o atendimento aos requisitos até aquele momento, e
b) a probabilidade de ser alcançada a vida útil de projeto (supondo a
manutenção e demais requisitos) …
MEIO JURÍDICO
Lei que dê ao “produto” construção civil um tratamento próprio,
condizente com as suas características (diferentes dos demais produtos
duráveis), para liberar os agentes da construção das responsabilidades
desde que estejam presentes determinadas condições, a serem
estabelecidas pelo meio técnico.
Algo precisa ser feito!
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MEDIAÇÃO
NO MERCADO IMOBILIÁRIO
(ASPECTOS PRÁTICOS)
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DUAS NOVIDADES LEGISLATIVAS EM 2015:
NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
lei nº 13.105, de 17/03/2015 - entrou em vigor em 18/03/2016
2)
LEI DA MEDIAÇÃO
Lei nº 13.140, de 26/06/2015, entrou em vigor em 28/12/2015
1)
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Art. 3o Pode ser objeto de mediação o conflito que verse
sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis
que admitam transação.
§ 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou
parte dele.
A LEI DA MEDIAÇÃO (Lei 13.140, de 66/6/2015) (DISCIPLINA A MEDIAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL)
OBJETO (amplitude) DA MEDIAÇÃO
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Cria uma fase “obrigatória” de mediação
A citação é para comparecimento à audiência
de conciliação ou mediação (art. 334)
A audiência será feita junto com o conciliador
ou mediador judicial (art. 334, §1º)
O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
(Lei 13.105, de 16/3/2015)
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Art. 16. Ainda que haja processo arbitral ou judicial
em curso, as partes poderão submeter-se à mediação,
hipótese em que requererão ao juiz ou árbitro a
suspensão do processo por prazo suficiente para a
solução consensual do litígio.
A LEI DA MEDIAÇÃO (Lei 13.140, de 66/6/2015)
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ANTES DO
AJUIZAMENTO DA AÇÃO
DEPOIS DE AJUIZADA
A AÇÃO
MOMENTOS EM QUE PODE SER FEITA A MEDIAÇÃO
DURANTE O ANDAMENTO DA AÇÃO
(Art. 16 – Lei 13.140/15)
FASE EXTRAJUDICIAL FASE JUDICIAL
“PRÉ-PROCESSUAL”
1ª audiência
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QUEM PODE FAZER A MEDIAÇÃO
MEDIADOR/ (MEDIAÇÃO)
• Pessoa capaz
• Que tenha a confiança das
partes
• Que seja “capacitado”
(habilitado)
• Pessoa capaz
• Formada em curso
superior há mais de dois
anos (qualquer profissão)
• Que seja “capacitado”
(habilitado)
Extrajudicial
Judicial
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AS DIFICULDADES DA MEDIAÇÃO JUDICIAL
Há estrutura para os centros (CEJUSC’s) no Judiciário?
O suporte físico e financeiro dos Tribunais é suficiente, para a
implementação adequada de tais espaços?
Há profissionais capacitados (profissionalmente) para
promover a mediação e conciliação dos interesses?
A MEDIAÇÃO PRIVADA Alternativa/solução
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MEDIAÇÃO PRIVADA
PREVISTA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o
mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
_______________________________
Art. 166. (...)
§ 4o A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre
autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das
regras procedimentais.
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FASE EXTRAJUDICIAL
(mediação privada)
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ANÁLISES TESTES ENSAIOS
ESTUDOS PERÍCIAS PROCEDIMENTOS
TÉCNICOS
AÇÃO JUDICIAL
REPARO/ MANUTENÇÃO SOLUÇÃO
AVALIAÇÃO TÉCNICA
LAUDO TÉCNICO PERICIAL
PARÂMETROS NBR 15575 e DEMAIS NORMAS TÉCNICAS
FALHA / INÍCIO DA APURAÇÃO
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FASE JUDICIAL
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ANÁLISES TESTES ENSAIOS
ESTUDOS PERÍCIAS PROCEDIMENTOS
TÉCNICOS
SENTENÇA, RECURSOS
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
ACORDO/ SOLUÇÃO
AVALIAÇÃO TÉCNICA
LAUDO TÉCNICO PERICIAL
PARÂMETROS NBR 15575 e DEMAIS NORMAS TÉCNICAS
ACORDO/ SOLUÇÃO
PETIÇÃO INICIAL
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ANÁLISES TESTES ENSAIOS
ESTUDOS PERÍCIAS PROCEDIMENTOS
TÉCNICOS
AÇÃO JUDICIAL
REPARO/ MANUTENÇÃO SOLUÇÃO
AVALIAÇÃO TÉCNICA
LAUDO TÉCNICO PERICIAL
PARÂMETROS NBR 15575 e DEMAIS NORMAS TÉCNICAS
FALHA / INÍCIO DA APURAÇÃO
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ANÁLISES TESTES ENSAIOS
ESTUDOS PERÍCIAS PROCEDIMENTOS
TÉCNICOS
SENTENÇA, RECURSOS
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
ACORDO/ SOLUÇÃO
AVALIAÇÃO TÉCNICA
LAUDO TÉCNICO PERICIAL
PARÂMETROS NBR 15575 e DEMAIS NORMAS TÉCNICAS
ACORDO/ SOLUÇÃO
PETIÇÃO INICIAL
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FASE JUDICIAL
FASE EXTRAJUDICIAL
(mediação privada)
LAUDO TÉCNICO PERICIAL
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LAUDO TÉCNICO PERICIAL
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LAUDO TÉCNICO PERICIAL
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Diferença entre os processos:
Se a questão for de natureza técnica (construção civil),
é provável que o diagnóstico seja o mesmo,
tanto na fase extrajudicial, como na fase judicial
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VALORIZAÇÃO DA
MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL
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CEJUSCS – CENTROS
JUDICIÁRIOS DE SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS
INSTITUCIONAIS
ONDE PODE SER FEITA A MEDIAÇÃO
INDEPENDENTES
Cadastradas nos Tribunais
• SE levada para
homologação:
• TÍTULO EXECUTIVO
JUDICIAL
Sem cadastro nos Tribunais
• TÍTULO
EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL
TERMO DE
MEDIAÇÃO (TRANSAÇÃO OU
ACORDO)
CÂMARAS
PRIVADAS
MEDIADOR INDEPENDENTE
• Engenheiro(a) • Advogado(a) • Economista • Psicólogo(a) • qualquer pessoa capacitada
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Art. 16. As partes poderão ser assistidas por
advogados ou defensores públicos.
Parágrafo único - Comparecendo uma das partes
acompanhada de advogado ou defensor público, o
mediador suspenderá o procedimento, até que todas
estejam devidamente assistidas.
SOBRE OS ADVOGADOS
LEI DA MEDIAÇÃO (Lei 13.140, de 66/6/2015)
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OBSERVAÇÕES FINAIS
Nem todas as questões são próprias para mediação
A postura dos participantes na busca do consenso (partes e
advogados), é fundamental para o sucesso da mediação
A decisão é das partes (e não do mediador);
A mediação tem grandes possibilidades de aplicação nas
questões (controvérsias) do setor imobiliário
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QUESTÕES PASSÍVEIS DE MEDIAÇÃO
NO MERCADO IMOBILIÁRIO
Questões de qualidade e obrigações, nos fornecimentos em geral
(projetos, materiais, equipamentos);
(SPEs) questões entre incorporadoras e construtoras;
Questões entre compradores e incorporadoras, por vícios de
construção;
Questões entre condomínios e construtoras, por vícios de
construção;
Questões entre condôminos;
Questões com vizinhos dos empreendimentos (vizinhos contíguos à
obra, associações de proteção, de moradores, etc.)
Relações com os adquirentes
Distratos (levados a homologação judicial)
Outros
(...)
Instituto Baiano de Direito Imobiliário - out/16 Carlos Pinto Del Mar [email protected]
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!