galera de direito da estacio_ caderno de exercicios c_resposta tgp

Download Galera de Direito Da Estacio_ Caderno de Exercicios C_Resposta TGP

If you can't read please download the document

Upload: marco-aurelio-rocha

Post on 02-Jan-2016

2.105 views

Category:

Documents


14 download

TRANSCRIPT

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 1/78

    Ocor r eu u m er r o n este

    g a dg et

    Seguidores

    QUA RT A -FEIRA , 2 8 DE A BRIL DE 2 0 1 0

    Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    COLETNEA DE EXERCCIOS DE

    TEORIA GERAL DO PROCESSOTEORIA GERAL DO PROCESSO CIVIL

    COLETNEA DE EXERCCIOS DE TEORIA GERAL DOPROCESSO

    0Compartilhar mais Prximo blog Criar um blog Login

    Galera de direito da estacioSeus problemas acabaram !!!! Materias,

    apostilas,caderno de exercicios e mais.... voc

    encontra aqui!!!

    Pesquisar este blog

    Pesquisar

    http://novavicosa.blogspot.com/2009/06/coletanea-de-exercicios-de-teoria-geral.htmlhttp://www.blogger.com/next-blog?navBar=true&blogID=7023693961627079269http://www.blogger.com/home#createhttp://www.blogger.com/http://www.blogger.com/http://galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/
  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 2/78

    Google Friend Connect

    J um membro? Fazer

    login

    Arquivo do blog 2 01 0 (1 )

    A br il (1 )

    Ca der n o de

    Ex er cicios

    c/Resposta TGP

    Quem sou euGA LE R A DE DIR E ITO

    - E S TA CIO

    MA DU R E IR A ( N OITE )

    V isu a liza r m eu per fil

    com pleto

    CURSO DE DIREITO

    Ementa:Noes bsicas de Direito Processual Civil, Penal e doTrabalho. Leis Processuais: Civil, Penal e do Trabalho.Jurisdio. Ao. Condies da ao. Processo. Princpiosgerais do processo. Pressupostos processuais.Procedimentos. Estrutura judiciria federal e estadual.Competncia.

    Teoria Geral do Processo

    TEMA N. 01: Compreenso, autonomia e instrumentalidadedo processo; natureza das leis processuais; relaes dodireito processual com os outros ramos do direito;finalidade do processo civil, processo penal e do trabalho;leis processuais no tempo e no espao;

    CASO N. 01:

    Na Assemblia Legislativa do Estado do Rio de Janeiroencontra-se em votao um projeto de lei que visa limitaro alcance dos procedimentos estabelecidos na lei 11.419 de19/12/2006, que dispe sobre a informatizao do processojudicial, alterando vrios dispositivos, sob o argumento dainexistncia de condies prticas especficas, sobretudono interior, para atend-los.Indaga-se:a) A Assemblia Legislativa estadual pode legislar sobrematria processual? Justifique indicando o dispositivo legalpertinente. Justifique a resposta.b) E quanto aos procedimentos administrativos de apoio aoprocesso? Justifique a resposta.c) Este projeto seria constitucional? Justifique.

    Pesquise na doutrina: 1) Ada Pelegrini Grinover. TeoriaGeral do Processo. 23 edio. Rio de Janeiro, Malheiros,2007. pg. 114. 2) Alexandre Freitas Cmara. Lies deDireito Processual Civil. Vol. 1. 14 ed. Ed. Lumen Iuris,pg. 18. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre otema.

    Gabarito:

    a) No. Trata-se de matria exclusiva da Unio artigo 22, Ida CRFB. A Assemblia Legislativa pode legislarconcorrentemente sobre procedimentos em matriaprocessual (art. 24, XI da Constituio da Repblica). AUnio somente legisla concorrentemente sobre matriasindicadas no art. 24 da CRFB, e que estabelece normasgerais. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, osEstados da Federao exercem a competncia legislativaplena, para atender as suas peculiaridades. Uma vez, noentanto, editada lei federal e entrando em vigor ficarsuspensa a eficcia da lei estadual, no que lhe forcontrrio.

    b) Sim, nessa hiptese possvel concorrentemente. Artigo

    javascript:void(0);javascript:void(0);http://www.blogger.com/profile/09235804842755278397javascript:void(0)http://galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/search?updated-min=2010-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2011-01-01T00:00:00-08:00&max-results=1javascript:void(0)http://galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.htmlhttp://galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.htmlhttp://www.blogger.com/profile/09235804842755278397
  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 3/78

    24, XI da CRFB.

    c) No, estaramos diante de um projeto inconstitucionalpor conta do disposto no artigo 22, I da CRFB, que dita asua competncia privativa.

    CASO N. 02:

    Antenor e Alice, brasileiros, prsperos empresrios do ramoda construo civil, casados h cinco anos, apresentamproblemas de fertilidade apesar de vrios tratamentos emmodernas clnicas especializadas. Decidem ento congelarembries para uma inseminao artificial futura. Ocorreque Antenor falece, vtima de um desastre de avio emuma de suas viagens de negcios. Viva, Alice procura aclnica para submeter-se a fertilizao, porm a clnicadiante da notcia do falecimento de Antenor se nega a faz-lo. Indignada, Alice busca amparo para sua pretenso juntoao Poder Judicirio. O magistrado, por sua vez, deixa deapreciar a questo alegando que tal situao no encontraamparo legal no ordenamento jurdico brasileiro.

    Indaga-se:

    Agiu de forma correta o magistrado? Por qu? Fundamente.

    Pesquise na doutrina : 1) Ada Pelegrini Grinover. TeoriaGeral do Processo. 23 edio. Rio de Janeiro, Malheiros,2007, pgina 109. 2) Moacyr Amaral Santos. Primeiras linhasde Direito Processual Civil. So Paulo. Saraiva, 2007, v. 1,pg. 30; 3) Humberto Dalla Bernardina de Pinho. TeoriaGeral do Processo Civil Contemporneo. 1 ed. Rio deJaneiro. Lumen Iuris. 2007, pgina 23. No deixe deexaminar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO

    O magistrado no agiu corretamente, diante da falta depreviso legal especfica para o caso concreto, deveriaaplicar o disposto no artigo 126 CPC, fenmeno daintegrao, recorrendo, portanto, analogia, aos costumese aos princpios gerais do Direito.Jurisprudncia:Tanto a Lei de Introduo do CC (art. 4) como o CPC(art. 126) determinam ao julgador, em face da lacuna dalei, decidir a lide de acordo com a analogia, os costumes eos princpios gerais de direito. Entendo esses dispositivoscomo sendo uma determinao ao Juiz no sentido deverificar se o caso trazido sua apreciao ou novedado por lei, se afronta ou no a ordem jurdica e osbons costumes, e, em caso negativo, deve dar a ele umasoluo jurdica e justa (Ac. un. da 2 Cm. do TJRJ de08.11.1994, na Ap. 5.629/94, rel. Des. Sergio CavalieriFilho).

    CASO N. 03:

    Carlos promoveu ao de conhecimento em face de

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 4/78

    Antonio. Postula a condenao do ru a pagar a importnciade R$ 10.000,00 (dez mil reais) a ttulo de dano moral. Ofeito correu at a sentena, que julgou procedente opedido do autor. Houve recurso, no segundo grau, o relatordesignado na 2 Cmara Civil constata que o autor foiinterditado no curso do processo. Determina, de imediato,a regularizao do feito, com intimao pela imprensaoficial para no prazo de 10 dias ser eliminado o vcio,conforme art. 515, 4 do CPC.

    A anlise da abordagem histrica do Direito Processual necessria para que possamos entender e valorizar asreformas do Cdigo de Processo Civil, cujo objetivoprecpuo garantir expressivo acesso justia.Pergunta-se:

    a) Quais so as fases de evoluo do Direito Processual?Justifique a resposta.

    b) O que se entende por instrumentalidade do processo?Fundamente a resposta.

    Pesquise na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover. TeoriaGeral do Processo. 23 edio. Rio de Janeiro, Malheiros,2007. pg. 48. 2) Humberto Theodoro Junior. Curso dedireito processual civil. 43 ed. Rio de Janeiro, Forense,2005, v. 1: pg. 48. Moacyr Amaral Santos. Primeiras linhasde Direito Processual Civil. So Paulo, Saraiva, 2007, v. 1.pg. 37 62.No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    Consultar tambm Teoria Geral do Processo- Ada PellegriniGrinover 23 ed- Ed. Malheiros 2007 pginas 47 e 48 eMoacyr Amaral Santos Primeiras linhas de direitoprocessual civil.

    GABARITO

    a) Segundo estes autores existem basicamente trs fasesmetodolgicas: imanetista, autonomista ou conceitual einstrumentalista.

    b) Segundo a jurisprudncia que se segue, ainstrumentabilidade est bem explicada: Caracterizando-se o processo civil contempornea pela suainstrumentalidade, no se deve declarar a nulidade do atoquando alcanado o seu objetivo sem prejuzo para aspartes. Segundo proclamou o recente Congresso Mundial deDireito Processual, em dispositivo do nosso CPC que seencontra a mais bela regra do atual Direito Processual, asaber, a insculpida no art. 244, onde se proclama que,quando a lei prescrever determinada forma, semcominao de nulidade, o Juiz considerar vlido o ato se,realizado de outro modo, lhe alcanar a finalidade (Ac. un.da 4 T do STJ no REsp 7.184, rel. MIn. Slvio de FigueiredoTeixeira).O processo o meio de realizao do direito material quevisa compor a lide, e no mero repositrio de regras aserem cumpridas literalmente.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 5/78

    Questes objetivas

    Questo N. 01

    Julgue as alternativas abaixo:

    I) o Direito Processual Civil tem por objeto o estudo dasnormas jurdicas que regem a atividade jurisdicional doEstado.II) o Direito Processual Civil ramo do direito pblico.III) Obrigaes so medidas estabelecidas pelo Direito,como conseqncia da desobedincia de um imperativolegal.IV) O Direito Processual Civil, como ramo do direitoacessrio, submete-se ao direito material.

    So corretas as alternativas:

    a) I, II e III.b) I e II.c) II, III e IV.d) I, III e IV.

    Gabarito : Letra B Alternativas I e II.

    A alternativa III est equivocada, pois se trata de sano e aalternativa IV est errada, porque o direito processual civil autnomo.

    Questo N. 02

    Quanto interpretao da lei processual indique aalternativa incorreta:

    a) so mtodos de interpretao da lei processual: literal,sistemtico, histrico, comparativo e teleolgico.b) o chamado fenmeno da integrao no encontrapreviso no ordenamento jurdico brasileiro.c) A atividades interpretativa pode ser classificada emdeclarativa, restritiva, extensiva ou ab-rogante.

    d) O mtodo teleolgico objetiva alcanar a finalidadesocial da norma.

    e) O mtodo comparativo visa comparar as previses doordenamento jurdico brasileiro e estrangeiro.

    Gabarito: letra B

    Existe previso no artigo 126 do CPC.No pode o juiz deixar de julgar o conflito sob alegao deinexistncia de norma legal, cabe-lhe aplicar as normaslegais, e se essas no existem no ordenamento jurdico,deve recorrer analogia, aos costumes e aos princpiosgerais do direito, resultando no fenmeno da integrao.

    Questo N. 03

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 6/78

    Assinale a alternativa incorreta:a) Jurisdio, ao e processo formam a trilogiafundamental do direito processual.b) a ao um direito subjetivo e autnomo.c) Os Estados e municpios tm competncia concorrentepara legislar sobre normas de organizao judiciria.d) O direito processual civil mantm relaes com osdemais ramos do Direito.e) aplica-se o princpio da territorialidade quanto tratamosda aplicao da lei processual no espao.

    GABARITO: letra C. artigo 24, XI CRFB.

    Os Municpios no dispem de poder judicirio, logo nopodem legislar sobre lei processual. Os Estados podemlegislar concorrentemente sobre procedimentos em matriaprocessual, cabendo-lhes editar o Cdigo de OrganizaoJudiciria, dentro do seu poder de administrao, na tarefade distribuir os quinhes de competncia de seus rgosinvestidos de jurisdio.

    TEMA N. 02 - Princpios informativos do direito processual;Distino entre ao, jurisdio e processo; ainformatizao do processo judicial noes gerais.

    CASO N. 01

    O Direito Processual Civil foi objeto de profundasalteraes recentes, entre elas citamos a lei 11.277 de7/2/2006 que criou o artigo 285-A que estabelece no seucaput: Quando a matria controvertida for unicamente dedireito e no juzo j houver sido proferida sentena detotal improcedncia em outros casos idnticos, poder serdispensada a citao e proferida sentena, reproduzindo-seo teor da anteriormente prolatada.

    Pergunta-se:

    Este dispositivo ofende os princpios do contraditrio e daampla defesa? Justifique a resposta.

    Pesquise na doutrina: 1) Cssio Scarpinella Bueno. A novaetapa da reforma do Cdigo de Processo Civil. Vol. II, SoPaulo, Ed. Saraiva. 2006, pg. 55. No deixe de examinar ajurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO

    No h ofensa ao princpio do contraditrio e da ampladefesa. A doutrina indica que trata-se de uma forma eficazde debelar processos repetitivos, justificando ainda queno haver prejuzo para a parte r. (Consultar: A novaetapa de reforma do Processo Civil Cssio ScarpinellaBueno Vol. 1- pgina 55) . No caso, o contraditrio poderficar diferido, porque o autor inconformado com a decisotem o direito de recorrer da deciso e o tribunal reformara sentena, o que permite a consagrao do contraditrio.No poder o juiz decidir unicamente em razo de suas

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 7/78

    decises precedentes e, sim, com base em sentenas queproferiu e que apresentam fundamentao legal em Smulasdos Tribunais Superiores ou de jurisprudncia dominanteneles, bem como em Uniformizao de Jurisprudncia nosTribunais locais ou de jurisprudncia dominante neles sobrea questo jurdica.

    CASO N. 02:

    Antnio Marcos, morador de Petrpolis, dirigia seu veculoem direo ao trabalho, como fazia todas as manhs,quando foi atingido por um poste de iluminao pblica quetombou na avenida onde trafegava, devido ao pssimoestado de conservao. Por conta do acidente, AntnioMarcos restou seriamente lesionado. Decidiu ento ajuizarAo de Indenizao por danos materiais e morais em facedo municpio de Petrpolis. O juiz na sentena julgouprocedente o pedido, pois considerou que o Municpio responsvel pela conservao dos postes de iluminaopblica, condenando-o ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais ) ttulo de indenizao por danosmateriais e morais.

    Indaga-se:

    a) Qual o Princpio do Direito Processual Civil que permiteum novo julgamento das decises de primeiro grau? Esteprincpio tem sede constitucional? Justifique a resposta.b) Esta sentena tendo em vista o disposto no artigo 475, Ido Cdigo de Processo Civil est sujeita a chamada revisoobrigatria. Isto constitui ofensa ao chamado Princpio daIgualdade das Partes? Justifique a resposta.

    Pesquise na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover. TeoriaGeral do Processo. 23 edio. Rio de Janeiro, Malheiros,2007. pg. 60 e 81. No deixe de examinar a jurisprudnciasobre o tema.

    GABARITO:a) Princpio do Duplo grau de jurisdio. No h previsoexpressa deste princpio na Constituio (Consultar: TGP Ada Pellegrini Grinover- 23 ed. Malheiros, 2007 pg. 81),apesar da prpria Constituio atribuir efeito recursal avrios rgos da jurisdio 102, II, 105, II, 108, II) ;b) No constitui ofensa ao princpio da igualdade daspartes. Justifica-se pelo interesse pblico. (Consultar: TGP Ada Pellegrini Grinover- 23 ed . Malheiros 2007 pg. 60)

    CASO N. 03Loureno, funcionrio pblico estadual, foi punido emprocedimento administrativo disciplinar com a suspensode suas atividades por trinta dias. Diante disto, ingressouem juzo pleiteando a anulao da deciso administrativaao argumento de que no foram garantidos os princpios docontraditrio e da ampla defesa esculpidos no artigo 5, LVda CRFB. Atravs de seu procurador, o Estado, defende-seafirmando que esta deciso na esfera administrativa nopode ser modificada, tornando-se, portanto, imutvel, poisoperou a chamada coisa julgada administrativa.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 8/78

    Pergunta-se:Procede o argumento do procurador ? Justifique a resposta.Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Dalla Bernardina dePinho., Teoria Geral do Processo Civil Contemporneo, 1ed., Rio de Janeiro. Lumen Juris, 2007, pg. 30; 2) CssioScarpinella Bueno, Curso Sistematizado de DireitoProcessual Civil. Teoria Geral do Processo, Vol. I, 2edio, So Paulo, Saraiva, 2007, pg. 101.

    GABARITONo procedente o argumento do procurador. A questopode ser analisada pelo Poder Judicirio art. 5, XXXVI, daCRFB princpio da inafastabilidade do controlejurisdicional acesso justia.(Consultar: Teoria Geral do Processo de Conhecimento Humberto Dalla Bernardina de Pinho Ed. Lumen Iuris -2007 pg. 30)

    Questes objetivas

    Questo N. 01

    So princpios informativos do processo:

    a) princpio da concentrao da defesa, da eventualidade eda impugnao especificada.b) princpio da inrcia, da substitutividade e dainstrumentalidadec) princpios da identidade fsica do juiz, dos atosprocessuais e da publicidade.d) Princpio do impulso oficial, da oralidade, motivao dasdecises judiciais.e) princpio do duplo grau de jurisdio, da simetria e dasimplicidade.

    GABARITO: Letra D.

    Vigora o princpio da demanda ou dispositivo, pormproposta a ao cabe ao juiz impulsion-lo rumo soluoda lide (impulso oficial). O princpio da oralidade estpresente em todos os procedimentos, especialmente deforma marcante no sumrio, onde h concentrao dos atosna audincia de conciliao, instruo e julgamento,podendo a contestao ser feita oralmente, bem como noprocedimento sumarssimo dos Juizados Especiais de CausasCveis, marcantemente oral, do que resulta naconcentrao dos atos na audincia e na irrecorribilidadedas decises interlocutrias. A motivao de suas decisesresulta no princpio da persuao racional ou do livreconvencimento motivado, contido no art. 131 do CPC, umagarantia que se encontra nos direitos fundamentais docidado brasileiro (art. 5 da CRFB).

    Questo N. 0 2

    O princpio que impe deveres de moralidade e probidadea todos os que participam do processo chamado de :a) princpio do devido processo legal.b) princpio do contraditrio e da ampla defesa.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 9/78

    c) princpio da efetividade.d) princpio da lealdade processual.e) princpio da economia processual.

    GABARITO: letra C Princpio da lealdade processual pg.77 TGP Ada Pellegrini Grinover.

    O processo de conhecimento dialtico, logo presente apossibilidade do contraditrio. As partes no devem faltarcom a verdade, agindo com absoluta lealdade, nem deveusar de meios fraudulentos para justificar as pretensesdeduzidas em juzo. A dignidade da pessoa deve estarpresente em todo o curso do itinerrio processual, ou seja,um agir com respeito moral e de forma probo.

    Questo N. 03

    O juiz livre para apreciar e avaliar as provas produzidasnos autos formando o seu convencimento. Tal disposiotraduz o princpio :a) dispositivob) do devido processo legal.c) do juiz natural.d) do livre convencimento motivadoe) da motivao das decises judiciais.

    GABARITO: letra D artigo 131 do CPC.

    O princpio do livre convencimento motivado obriga aojuiz apreciar e a relevar apenas os fatos, alegaes e peasinstrutrias que tenham relevncia para a causa, devendodesconsiderar todos aqueles impertinentes e sem qualquervalor probante. O juiz, por tal razo, por exemplo, noest adstrito ao laudo pericial para formar o seuconvencimento, podendo tomar em considerao outroselementos e provas constantes dos autos para solucionar oconflito.

    TEMA N. 03: Jurisdio; conceito, carter substitutivo,finalidades, limitaes e caractersticas; princpiosFundamentais; poderes. Distino entre Funes do Estado;poderes compreendidos na jurisdio espcies de tutelajurisdicional. Jurisdio contenciosa e voluntria noprocesso civil e penal; substitutivos da jurisdio;Jurisdio de direito e de equidade;

    CASO N. 01

    Cludio e Marlene, aps quinze anos de casados, dois filhosmenores, de seis e doze anos respectivamente, nosuportando mais a convivncia comum, resolvem separar-seamigavelmente e buscam, atravs de advogado comum,amparo no Poder Judicirio.

    Indaga-se:

    a) Trata-se de jurisdio voluntria ou contenciosa?Justifique.

    b) Neste caso est presente o carter substitutivo da

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 10/78

    jurisdio? Justifique.

    c) Este casal poderia obter a separao por viaadministrativa nos termos da lei? Por qu? Justifique.

    Pesquisa na doutrina: 1) Moacyr Amaral Santos. Primeiraslinhas de Direito Processual Civil. So Paulo, Saraiva, 2007,v. 1. pg. 76 80; 2) Athos Gusmo Carneiro. Jurisdio eCompetncia. 24 ed. So Paulo. Ed. Malheiros. 2005, pg.43 47.No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO:

    a) Trata-se de jurisdio voluntria. No h conflito deinteresses existindo apenas interessados no provimentojurisdicional.

    b) Para grande parte da doutrina a substitutividade estpresente na jurisdio voluntria. Apenas para Galeno deLacerda a substitutividade no est presente.

    c) No neste caso impossvel, pois os filhos do casal somenores, portanto no se aplica a lei 11.441 /07.(Consultar: O novo procedimento da separao e dodivrcio Cristiano Chaves de Farias Ed. Lumen Iuris 2007).

    CASO N. 02

    No condomnio Morada do Sol, localizado no subrbio doRio de Janeiro, reside uma senhora de noventa e dois anosde idade, chamada Aurora, que apesar de ser proprietriade trs outros pequenos imveis nesta cidade, vive comdificuldades, pois sustenta-se sozinha com o valor dapenso do INSS do falecido marido. Doente, gastou suaseconomias com tratamentos e remdios e com isso deixoude pagar as cotas condominiais durante nove meses. Ocondomnio, por sua vez, ajuizou ao de cobrana juntoao juzo cvel, que culminou com um pedido de penhora doimvel. O magistrado deixou de terminar a penhora dobem, sob o argumento que tal medida afasta-se do ideal dejustia, que deve nortear as decises emanadas do PoderJudicirio.

    Pergunta-se:

    a) Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.b) Trata-se de jurisdio de direito ou de equidade?Fundamente a resposta

    Pesquisa na doutrina: 1) Alexandre Freitas Cmara. Liesde Direito Processual Civil. Vol. I. 24 ed. Ed. Lumen Iuris.2005 pg. 75 e 76. No deixe de examinar a jurisprudnciasobre o tema.

    GABARITO

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 11/78

    CASO N. 03

    A jurisdio segundo CHIOVENDA pode ser definida como afuno estatal que tem por finalidade a atuao da vontadeconcreta da lei, substituindo a atividade do particular pelainterveno do Estado. A doutrina, para facilitar a nossacompreenso, a classifica quanto pretenso em jurisdiocvel e criminal.

    Pergunta-se:

    Intercomunicam-se, entretanto, as mesmas repercutindouma na outra? Justifique indicando os dispositivos legaispertinentes.

    Pesquise na doutrina: 1) Athos Gusmo de Carneiro.Jurisdio e Competncia. 24 ed. So Paulo. Ed.Malheiros. 2005, pg. 28. No deixe de examinar ajurisprudncia sobre o tema.

    Gabarito:

    A resposta afirmativa. Verificar a hiptese do artigo 575,IV do CPC, que afirma ser competente o juzo cvel paraexecutar as sentenas penais condenatrias. Da mesmaforma que o processo pode ficar sobrestado enquantoaguarda a soluo de alguma questo prejudicial. 265,pargrafo 5 do CPC.

    Questes objetivas

    Questo n. 01

    Consideram-se elementos da jurisdio :a) parte, objeto e a causa de pedir.b) legitimidade ad causam, o interesse de agir e apossibilidade jurdica do pedido.c) jurisdio de direito e de equidade.d) cognitio, vocatio e coercio, juditio e executio.e) nenhuma das alternativas anteriores.

    Gabarito: letra D -

    So os cinco elementos da jurisdio com base no DireitoRomano. (Ver: Teoria do Direito Processual contemporneo- Humberto Dalla Bernardina de Pinho Ed. Lumen Iuris2007)

    Questo n. 02

    A jurisdio contenciosa caracteriza-se pela:

    a) ausncia de substitutividade.b) presena de interessados e de um procedimento.c) presena de um conflito de interesses qualificado poruma pretenso resistida lide.d) homologao da vontade dos interessados.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 12/78

    e) nenhuma das alternativas anteriores.

    GABARITO : letra C

    A jurisdio contenciosa se caracteriza pela possibilidadede conflito entre as partes. Possibilidade porque pode oru no oferecer contestao, tornando-se revel. Ajurisdio se divide em contenciosa e voluntria e nestano h possibilidade de conflito a ser solucionado pelo juiz.

    Questo n. 03

    Julgue os seguinte itens CERTO (C) ou ERRADO (E) :

    ( ) a jurisdio compreende trs poderes : o de deciso,coero e documentao.( ) jurisdio o meio pelo qual a parte provoca aatividade do Estado .( ) a jurisdio atividade preponderantemente estatalpodendo ser delegada ao particular.( ) quanto ao grau em que exercida pode ser classificadaem superior e inferior.

    Gabarito: C / E / E / C.Consultar: Teoria Geral do Processo Civil Contemporneo.Humberto Dalla. Pginas 39 46.TEMA N. 04 - Meios alternativos de soluo de conflitos(Arbitragem e a conciliao nos Juizados Especiais Cveis eCriminais); Soluo de Conflitos trabalhistas: autodefesa,autocomposio, Comisses de conciliao prvia (noes).Do Judicirio Trabalhista: O Poder Judicirio, suaorganizao e o Ministrio Pblico.

    CASO N. 01

    O projeto de lei 94/2002 da Cmara dos Deputados regula achamada mediao paraprocessual. Sabemos que amediao uma forma alternativa de soluo de conflitosem que o mediador dever estimular os envolvidos aalcanarem um resultado pacfico e que a idia aoportuna e ampla utilizao deste instrumento. Diantedisto:

    Indaga-se:

    a) Quais so os chamados meios alternativos de pacificaode conflitos? Justifique a resposta.

    b) Quais so as espcies de mediao existentes?Fundamente a resposta.

    Pesquise na doutrina: 1) Cssio Scarpinella Bueno. CursoSistematizado de Direito Processual Civil Teoria Geral doDireito Processual Civil vol. 01 Ed. Saraiva, 2007, pg.12 15. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre otema.

    Gabarito:

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 13/78

    Os meios alternativos na soluo de conflitos so: aarbitragem, a mediao e conciliao. Segundo a doutrina,a mediao poder ser classificada em mediao prvia ouincidental e em judicial ou extrajudicial. (Consultar: CssioScarpinella Bueno Curso Sistematizado de DireitoProcessual Civil Teoria Geral do Direito Processual Civil vol. 01 Ed. Saraiva, 2007).

    CASO N. 02

    Uma empresa japonesa e outra brasileira celebram umcontrato no Japo, em 1994, estabelecendo expressamentea clusula arbitral e indicando o foro do Japo como oresponsvel para dirimir eventuais controvrsias. No Brasil,a arbitragem s foi regulamentada algum tempo depois pela9307/96.Pergunta-se:

    A) Aplicam-se as disposies da lei de arbitragem nestecontrato? Fundamente a resposta.

    B) A arbitragem ofende o chamado princpio do acesso justia esculpido no artigo 5, XXXV da CRFB? Justifique aresposta.

    C) Cabe a reviso pelo poder judicirio das decisesproferidas no procedimento de arbitragem? Justifique.

    Pesquise na doutrina : 1 ) Alexandre Freitas Cmara.Arbitragem. 4 ed . Ed. Lumen Iuris, 2005. pginas: 9 20.No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO:

    a) Sim, tm incidncia imediata nos contratos celebradosanteriormente, se neles estiverem inseridas a clusulaarbitral. (precedente STJ Ministra Eliana Calmon)

    b) No, a parte no compelida a dirimir as questes naarbitragem. de opo dos interessados, que abrem moda soluo do conflito atravs a jurisdio exercida peloEstado-Juiz.

    c) No. Artigo 31 da lei 9307/95. (Consultar: Arbitragem Alexandre Freitas Cmara 4 ed. Lumen Iuris 2005)

    CASO N. 03

    Ana Paula promove ao de indenizao em face da viaoBoa viagem Ltda. por dano materiais perante o juizadoespecial cvel requerendo a condenao ao pagamento deR$ 10.000,00 (dez mil reais) por conta de uma coliso comseu veculo, ocorrida em 05 de outubro de 2007, enquantodirigia-se ao trabalho. Frustrada a conciliao, na AIJ(Audincia de Instruo e Julgamento), a autora apresentou08 (oito) testemunhas do fato. O magistrado, por sua vez,limitou-se a ouvir apenas 03 (trs) testemunhas, decidindoe proferindo a sentena na prpria audincia de acordo

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 14/78

    com o artigo da lei 9099/95.

    Pergunta-se:

    a) possvel afirmar que o Juizado Especial Cvel meiofacilitador do acesso justia? Justifique a resposta.

    b) Quais so os princpios basilares dos juizados especiaiscveis? Fundamente indicando o dispositivo legalpertinente.

    c) No caso em tela, agiu corretamente o magistrado?Justifique a resposta.

    Pesquise na doutrina: Humberto Theodoro Junior. Curso deDireito Processual Civil. Vol. 1. 47 ed. Ed.Forense. Pginas28 36. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre otema.

    Gabarito:

    a) Os juizados especiais cveis so considerados meiosfacilitadores do acesso justia. Foram criados parapermitir o acesso justia da camada social maisdesamparada de nossa sociedade.

    b) Os princpios informativos esto esculpidos no artigo 2da Lei 9099/95, oralidade, celeridade, informalidade,economia processual e simplicidade, que do ao JECcondies de prestar justia com rapidez, sem abrir mo dasegurana, atendendo os princpios previstos no art. 5,inciso LVXXVIII da CRFB, da tempestividade e daceleridade.

    c) Agiu corretamente o magistrado ao limitar o nmero detestemunhas (artigo 34 da lei 9099/95). No hnecessidade, pela singeleza da causa, ouvir mais do quetrs testemunhas, pena de afrontar o princpio da economiaprocessual.

    Questes objetivas

    Questo n. 01

    Quanto arbitragem incorreto afirmar:

    a) clusula compromissria a conveno atravs da qual aspartes em um contrato comprometem-se a submeter arbitragem os litgios que possam vir a surgir,relativamente a tal contrato.

    b) O compromisso arbitral uma conveno celebradapelas partes que submetem um litgio, envolvendo direitodisponvel, arbitragem de uma ou mais pessoas, podendoser judicial ou extrajudicial.

    c) desnecessrio constar do compromisso arbitral amatria que ser objeto da arbitragem.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 15/78

    d) Se a clusula compromissria nada dispuser sobre anomeao de rbitros, caber ao juiz, ouvidas as partes,estatuir a respeito.

    e) o compromisso arbitral extrajudicial ser celebrado porescrito particular, assinado por duas testemunhas, ou porinstrumento pblico.

    Gabarito: letra C artigo 10, I da lei 9307 / 96.

    Ao contrrio, o art. 10, I da mencionada lei expresso emdeterminar que no compromisso arbitral necessrioconstar a matria que ser objeto de arbitragem,delimitando a atuao dos rbitros.

    Questo n.02

    nula a sentena arbitral:

    a) quando for emanada por rbitro escolhido pelas partes.b) proferida nos limites da conveno da arbitragem.c) quando for nulo o compromisso.d) decidir integralmente todo o litgio submetido arbitragem.e) nenhuma das alternativas anteriores.

    Gabarito: letra C artigo 32, I da Lei 9307/96.

    Se o compromisso nulo, a conseqncia a nulidade dasentena arbitral, porque o ato nulo, de regra, no produzefeitos jurdicos.

    Questo n. 03

    Quanto aos juizados especiais cveis estaduais, baseada nalei 9099/95 correto afirmar:

    a) Admite-se a reconvenob) Tem competncia para conciliao, processo ejulgamento das causas cveis de menor complexidade, assimconsideradas na forma do artigo 3 da lei 9099/95.c) o incapaz pode ser parte no processo institudo pela lei9099/95.d) A contestao s poder ser apresentada na formaescrita.e) nenhuma das alternativas anteriores.

    Gabarito: letra B artigo 3 da Lei 9099 / 95.

    O art. 98 da CRFB expressa em prever a criao deJuizados Especiais para processar e julgar causas de menorcomplexidade. A lei infraconstitucional, no art. 3 da Lei9099/95 fixou a competncia dos Juizados Especiais emrazo da matria, em todos os seus incisos, no sendo acompetncia em razo do valor a hiptese do inciso I,porque at 40 salrios mnimos critrio de menorcomplexidade, logo em razo da matria.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 16/78

    TEMA N 05: Estrutura Judiciria Brasileira. As JustiasEspeciais. Justia Federal. TRF e Juizes Federais.Organizao da Justia Estadual. rgos da Justia Estadual.rgos Especiais das Justias Estaduais. Cmaras Cveis,Juzes de Direito. Juizados Especiais Cveis Estaduais e daJustia Federal. Turmas Recursais.

    CASO N. 01

    A empresa Tubo S/A deseja impetrar um mandado desegurana contra ato de comisso de licitao da PetrobrsS/A por ter sido inabilitada para o certame. Entende quecumpriu com as exigncias previstas no edital da licitaopor concorrncia pblica.

    Pergunta-se:

    Qual o juzo competente para processar e julgar areferida demanda? Justifique a sua resposta:

    Pesquise na doutrina 1. Ada Pellegrini Grinover .Teoriageral do processo. 23. ed. So Paulo: Malheiros, 2007.pgina 246. THEODORO, Humberto Jnior. Curso de DireitoProcessual Civil Vol. I. Editora Forense. 47 edio. Rio deJaneiro, 2007. Pgina 178. No deixe de examinar ajurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO:

    De acordo com o entendimento do STJ (AgRg noCC33399/AM), compete justia comum estadual julgarmandado de segurana contra ato da comisso de licitaode sociedade de economia mista, inserido em ato degesto. Isto porque a Petrobrs S/A pessoa jurdica dedireito privado e, embora faa parte da AdministraoPblica indireta federal, no poder ser processada ejulgada pela Justia Federal j que no est includa no roldo art. 109, I da CRFB/88.

    CASO N. 02

    Joo, empregado da empresa Cimento S/A, sofreu umacidente de trabalho. Com o intuito de receber o benefcioprevidencirio auxlio-acidente e pleitear danos morais emateriais, decidiu demandar em face do INSS (InstitutoNacional do Seguro Social) e do seu empregador. Tendo emvista as modificaes trazidas pela EC n. 45/04.Indaga-se:

    possvel a cumulao dos referidos pedidos em umamesma demanda? Justifique sua resposta:

    Pesquise na doutrina 1 ) Humberto Theodoro Jnior. Cursode Direito Processual Civil Vol. I. Editora Forense. 47edio. Rio de Janeiro, 2007. Pgina 410 / 414. No deixede examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO:

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 17/78

    As Smulas n. 15 do STJ e 501 do STF, entendem que acompetncia para processar e julgar ao previdenciriabuscando a concesso de auxlio-acidente, decorrente deacidente do trabalho, da Justia Estadual, tendo em vistaque o art. 109, I da CRFB/88 excluiu expressamente areferida demanda da competncia da Justia Federal. Noque tange ao pedido de indenizao contra o empregador,esta demanda dever ser ajuizada na Justia do Trabalhoem virtude do disposto no art. 114, VI da CRFB/88modificado pela EC n. 45/04. Portanto, ante a ausncia deum dos requisitos para a cumulao de pedidos, as preditaspretenses no podero ser deduzidas em uma mesmademanda.

    CASO N. 03:Maria, residente e domiciliada em Casimiro de Abreu,deseja mover uma ao em face do INSS (Instituto Nacionaldo Seguro Social) uma vez que a predita autarquia federalse negou a lhe conceder a aposentadoria sob o fundamentode que no tinha preenchido os requisitos constitucionais elegais.

    Indaga-se:

    Qual o juzo competente para apreciar tal demanda?Justifique sua resposta:

    Pesquise na doutrina : 1 ) Humberto Theodoro Jnior. Cursode Direito Processual Civil Vol. I. Editora Forense. 47edio. Rio de Janeiro, 2007. pgina 185. No deixe deexaminar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO:

    O INSS tem natureza jurdica de autarquia federal. Assim,conforme o art. 109, I da CRFB/88, em regra, todas asdemandas nas quais o INSS seja parte devero ser ajuizadasna Vara Federal que tenha jurisdio no domiclio dobeneficirio ou do segurado. Todavia, o prprioconstituinte originrio previu uma hiptese constitucionalde delegao de competncia no art. 109, 3 da CRFB/88segundo o qual, se o domiclio do segurado no for sede deVara Federal, a demanda poder ser ajuizada no juzoestadual. Portanto, possvel que Maria ajuze sua ao naComarca de Casimiro de Abreu.

    Questes Objetivas

    Questo n. 01

    Compete ao Supremo Tribunal Federal:

    a) Processar e julgar, originariamente nos crimes comuns,os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dosTribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal, osmembros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 18/78

    Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos TribunaisRegionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dosConselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os doMinistrio Pblico da Unio que oficiem perante tribunais.

    b) Processar e julgar, originariamente nas infraes penaiscomuns, o Presidente da Repblica, o Vice-Presidente, osmembros do Congresso Nacional, seus prprios Ministros e oProcurador-Geral da Repblica.

    c) Julgar, em recurso ordinrio, os mandados de seguranadecididos em nica instncia pelos Tribunais RegionaisFederais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federale Territrios, quando denegatria a deciso.

    d) Julgar, em recurso especial, as causas decididas, emnica ou ltima instncia, pelos Tribunais Regionais Federaisou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal eTerritrios, quando a deciso recorrida contrariar tratadoou lei federal, ou negar-lhes vigncia, julgar vlido ato degoverno local contestado em face de lei federal ou der alei federal interpretao divergente da que lhe hajaatribudo outro tribunal.

    GABARITO: Art. 102, I, b da CRFBTrata-se de competncia originrio do STF. A competnciados Tribunais Superiores (STF, STJ, TST, TSE e TSM) temassento na Constituio da Repblica, no podendo normainfraconstitucional criar novas competncias para essesTribunais.

    Questo n. 02.

    Compete ao Superior Tribunal de Justia:

    a) processar e julgar, originariamente, a ao direta deinconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ouestadual e a ao declaratria de constitucionalidade de leiou ato normativo federal.

    b) processar e julgar, originariamente, a homologao desentenas estrangeiras e a concesso de exequatur s cartasrogatrias.

    c) julgar, mediante recurso extraordinrio, as causasdecididas em nica ou ltima instncia, quando a decisorecorrida contrariar dispositivo desta Constituio: declarara inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgarvlida lei ou ato de governo local contestado em face destaConstituio ou julgar vlida lei local contestada em facede lei federal.

    d) aprovar smula que, a partir de sua publicao naimprensa oficial, ter efeito vinculante em relao aosdemais rgos do Poder Judicirio e administraopblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual emunicipal, bem como proceder sua reviso oucancelamento, na forma estabelecida em lei.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 19/78

    GABARITO

    A competncia, aps a Ementa Constitucional n. 45, quetratou da Reforma do Poder Judicirio transferiu acompetncia para conhecer dessa matria para o STJ I (art.105, inciso I, alnea i).

    Questo n. 03

    Assinale a alternativa incorreta a respeito da competnciados Tribunais Regionais Federais:

    a) processar e julgar, originariamente, os juzes federais darea de sua jurisdio, includos os da Justia Militar e daJustia do Trabalho, nos crimes comuns e deresponsabilidade, e os membros do Ministrio Pblico daUnio, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral.

    b) processar e julgar, originariamente, os mandados desegurana e os habeas data contra ato do prprio Tribunalou de juiz federal.

    c) processar e julgar, originariamente, os conflitos decompetncia entre juzes federais vinculados ao Tribunal ejuzos estaduais.

    d) julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelosjuzes federais e pelos juzes estaduais no exerccio dacompetncia federal da rea de sua jurisdio.

    GABARITO

    O art. 108, inciso I, alnea e da CRFB s prev acompetncia do TRF para conhecer dos conflitos decompetncia entre juzes federais vinculados ao Tribunal.

    TEMA N . 06: Ao. Conceito. Condies de LegtimoExerccio da Ao. Condies Genricas e Especficas.Especficas Positivas e Negativas.

    CASO N. 01

    Mrio alugou seu apart-hotel para Joo durante um perodode um ano. Passados dois meses da assinatura do contratode locao, Joo deixou de pagar o aluguel e demaisencargos locatcios. Com o intuito de rescindir o referidonegcio jurdico e reaver o imvel, Mrio props ao dedespejo por falta de pagamento cumulada com cobranaem face do locatrio.

    Indaga-se:

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 20/78

    Esto presentes as condies para o legtimo exerccio daao? Justifique a sua resposta.

    Pesquise na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover; CndidoRangel Dinamarco; Teoria geral do processo. 23. ed. SoPaulo: Malheiros, 2007, pgina 274. 2) Humberto TheodoroJunior. Curso de Direito Processual Civil Vol. I. EditoraForense. 47 edio. Rio de Janeiro, 2007. pg. 62. Nodeixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO

    Segundo os ensinamentos de Antnio Carlos de ArajoCintra, Ada Pellegrini Grinover e Cndido RangelDinamarco, existem trs condies para o exerccio regulardo direito de ao. So eles: legitimidade das partes,interesse de agir (necessidade e adequao) e possibilidadejurdica do pedido (CINTRA, Antnio Carlos de Arajo;GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cndido Rangel.Teoria geral do processo. 21. ed. So Paulo: Malheiros,2005). No caso em anlise, est ausente o interesse de agirna sua modalidade adequao uma vez que, como a locaode apart hotel no regulamentada pela Lei n. 8.245/91conforme art. 1, p.. a, 4. Portanto, o meio processualadequado para reaver o imvel a ao de reintegraode posse.

    CASO N. 02

    O Ministrio Pblico do Estado do Rio de Janeiro propsuma ao civil pblica com o intuito de impugnar as novasalquotas do IPVA impostas pelo Governo Estadual. Tendoem vista o disposto na Lei n. 7.347/85 e o entendimentodo Superior Tribunal de Justia sobre o assunto, estopresentes todas as condies para o legtimo exerccio daao? Justifique a sua resposta:

    Pesquise na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover ;DINAMARCO, Cndido Rangel. Teoria geral do processo. 23.ed. So Paulo: Malheiros, 2007, pgina 274. THEODORO,Humberto Jnior. Curso de Direito Processual Civil Vol. I.Editora Forense. 47 edio. Rio de Janeiro, 2007, pgina63. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO:

    Conforme REsp 780320 / DF julgado em 17 de maio de 2007pela Primeira Turma do STJ e com relatrio elaborado peloMinistro Luis Fux, o Ministrio Pblico no ostentalegitimidade para propor ao civil pblica com objetivostributrios, escopo visado na demanda com pedidopressuposto de nulificao do Termo de Adeso a RegimeEspecial - TARE. (Precedentes: RESP 845034/DF, 1 Seo,Rel. Min. Jos Delgado, Data de julgamento: 14/02/2007;RESP 701913/DF, 1 Seo, Rel. Min. Jos Delgado, Data deJulgamento: 28/02/2007; AgRg no REsp 710.847/RS, Rel.Min. Francisco Falco, DJ 29.08.2005; AgRg no REsp

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 21/78

    495.915/MG, Rel. Min. Denise Arruda, DJ de 04/04/2005;RESP 419.298/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de06/12/2004). Alforria fiscal indevida objeto de aopopular, que no se confunde com ao civil pblica,interditando a legitimatio ad causam ativa originria aoMinistrio Pblico, que, in casu, atua como custos legis,assumindo a demanda, apenas, na hiptese de desistncia.Deveras, a premissa do pedido do Ministrio Pblico de quea estratgia fiscal, por via oblqua, atinge os demaiscontribuintes, revelando interesses transindividuaisviolados, exatamente a que inspirou o legislador a vetar alegitimatio do Parquet com alterao do pargrafo nico doart. 1 da Lei da Ao Civil Pblica, que o deslegitima aveicular "pretenses que envolvam tributos". (Art. 1 nico da Lei 7.347/85, com a redao dada pela MedidaProvisria 2.180/2001). Consectariamente, qualquer ao,ainda que no ostente tipicidade estrita tributria, mas queenvolva "pretenso tributria", consoante dico legal,torna interditada a legitimatio ad causam do MinistrioPblico.

    CASO N. 03

    Joo props ao de usucapio especial urbano com ointuito de ver declarada a aquisio do direito depropriedade de um imvel que mede 350m sob ofundamento de que no proprietrio de nenhum outroprdio e possui o referido bem por cinco anosininterruptamente e sem oposio, utilizando-o para a suamoradia. Diante do disposto no art. 183 da CRFB/88 e doart. 9 da Lei n. 10.257/01, qual a providncia a sertomada pelo juiz ao apreciar a petio inicial? Justifiquesua resposta:

    Pesquise na doutrina: 1 ) Ada Pellegrini Grinover; CandidoRangel Dinamarco. Teoria geral do processo. 23. ed. SoPaulo: Malheiros, 2007, pgina 274. 2) Humberto TheodoroJnior. Curso de Direito Processual Civil Vol. I. EditoraForense. 47 edio. Rio de Janeiro, 2007, pgina 64. Nodeixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO:

    O art. 183 da CRFB/88, regulamentado pelo Estatuto daCidade, prev o usucapio especial urbano. Tanto oconstituinte quanto o legislador estabeleceram como umdos pressupostos do reconhecimento do referido meiooriginrio de aquisio da propriedade o fato de a rea doimvel ser inferior a 250 m2. Assim sendo, como Joopleiteia o usucapio especial urbano de uma rea de 350m,seu pedido juridicamente impossvel. Portanto, deve oJuiz reconhecer a falta da referida condio da ao,extinguindo o processo sem exame do mrito art. 267, VIdo CPC.

    CASO N. 04

    Ado, empregado, com carteira assinado at o presente,promoveu ao em face da Metalrgica Carioca perante a

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 22/78

    1 Vara da Justia do Trabalho da comarca da Capitalpostulando direitos decorrentes de salrios, frias e 13salrio de ano de 2002. A r contestou o pedido alegandoprescrio dos direitos do autor.Indaga-se:

    No processo do trabalho cabvel afirmar que ocorreprescrio do direito de ao relativo aos crditosresultantes das relaes de trabalho? Fundamente.

    GABARITO:

    A resposta afirmativa. Ocorre a prescrio nos termos doartigo 11 da CLT. No caso concreto no ocorre a prescrioenquanto mantido o vnculo empregatcio.

    Questes Objetivas

    Questo n. 01

    Quando uma das condies da ao no estiver presente,o juiz dever:e) Determinar que o autor corrija a petio inicial.f) Extinguir o processo sem resoluo do mrito.g) Corrigir a petio inicial do autor.h) Extinguir o processo com resoluo do mrito.

    GABARITO

    As condies para o legtimo exerccio da ao (LIP),quando no se fazem presentes acarretam a extino doprocesso sem resoluo do mrito (art. 267, VI), por setratar de vcio insanvel, no comportando, por tal razo,possibilidade de eliminao do vcio.

    Questo n. 02

    Sobre o direito de ao, incorreto afirmar que:a) O reconhecimento da autonomia do direito de aoconstitui conquista definitiva da cincia processual, sendoconsiderado independente do direito subjetivo material.

    b) A ausncia de qualquer das condies para o seu regularexerccio importa em perempo.

    c) A teoria da assero aquela segundo a qual a presenadas condies da ao ser verificada luz dasafirmaes feitas pelo demandante em sua petio inicial.

    d) A teoria da substanciao pode ser definida como aquelaem que o demandante deve provar que as condies daao esto presentes.

    GABARITO

    A perempo condio especfica negativa para olegtimo exerccio da ao, o que acarreta a extino doprocesso sem resoluo de mrito (art. 267, V do CPC), D-

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 23/78

    se a perempo quando o autor abandona o processo pormais de 30 dias, por trs vezes. Na quarta vez o juiz deofcio deve extinguir o processo sem resoluo do mrito,sendo caso em que o autor fica com o direito material,porm esse no tem mais exigibilidade, podendo apenasaleg-lo em defesa em outra ao proposta pelo ru emface do mesmo autor da ao originria.

    Questo n. 03

    Sobre a legitimidade das partes, pode-se dizer que:

    a) ser ordinria quando, por autorizao legal, algum vai juzo, em nome prprio, na defesa de interesse alheio.

    b) ser extraordinria e exclusiva quando apenas olegitimado ordinrio puder ir a juzo.

    c) ser extraordinria e concorrente quando tanto olegitimado extraordinrio quanto o legitimado ordinriopuderem ir a juzo isoladamente ou em conjunto.

    d) ser extraordinria e subsidiria quando o legitimadoordinrio s pode ir a juzo diante da omisso dolegitimado extraordinrio em demandar.

    GABARITO

    Podemos citar como exemplo clssico de legitimaoextraordinria concorrente, quando a Sociedade Annimapode propor ao de responsabilidade em face de seusdiretores, como os acionistas tambm, havendo omisso dasociedade. No caso a sociedade legitimada ordinria e osacionistas legitimados extraordinrios.TEMA N. 07: Processo Civil, Penal e do Trabalho.Compreenso e conceito. Natureza jurdica. Relaojurdica processual e seus sujeitos. O MP no processo civil,penal e do trabalho. Pressupostos processuais de existnciae de validade.

    CASO N. 01

    O Condomnio Copa Estrela promoveu ao de cobrana decotas condominiais em face do proprietrio da unidade201, Sra. Maria Amlia. Na contestao, a r sustenta ainadequao de rito, tendo o autor adotado oprocedimento ordinrio, afrontando o CPC.

    Indaga-se:

    a) A defesa da r deve ser acolhida pelo juiz. Fundamentea resposta.

    b) No caso, se o juiz acolher as razes da r, qual aconseqncia processual resultante. Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior. Curso dedireito processual civil. 47 ed. Rio de Janeiro, Forense,2007, v. 1: Parte V Processo e Procedimento. Pgina 374.No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 24/78

    tema.

    GABARITO:

    a) Sim. De acordo com o art. 275, inc. II, b, do CPC, oprocedimento correto deveria ser o sumrio. As normassobre procedimento so de ordem pblica, no ficando aoarbtrio da parte autora escolher o rito.

    b) Indeferimento da inicial, com a conseqente extino doprocesso sem resoluo de mrito, nos termos do art. 267,inc. I, considerando o art. 295, inc. V, do CPC.

    CASO N. 02

    Pedro Matias requereu, nos termos do art. 1.177, II, doCPC, a interdio de seu pai, Luciano, que se encontra,atualmente, em tratamento em clnica psiquitrica.

    Indaga-se:

    a) No caso, qual o procedimento a ser observado?Fundamente a resposta.

    b) O jurisdicionado pode, livremente, escolher oprocedimento a ser adotado para a medida a ser proposta?Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior. Curso dedireito processual civil. 47 ed. Rio de Janeiro, Forense,2007, v. 1: Parte V Processo e Procedimento. Pgina 375e 378. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionadaao tema.

    GABARITO

    a) Procedimento especial de jurisdio voluntria,previsto, a partir do artigo 1.103, do CPC. Trata-se deprocedimento em que h ausncia de lide, de partes e desentena de mrito e coisa julgada material.

    b) No, o procedimento estabelecido pela lei processualpara atender o interesse pblico, no podendo ojurisdicionado, salvo excees previstas na lei, como ocaso do rito sumarssimo no JEC ao invs do sumrio doCPC, escolher livremente o procedimento. Trata-se denorma cogente, no podendo ser alterado em nome daceleridade processual. No entanto, em algumas situaes,tolera-se a alterao, se as partes no se insurgem contra amudana na tramitao do processo, e desde que no hajaprejuzo e respeitadas as garantias constitucionais doprocesso.

    CASO N. 03

    Decoraes Sol Ltda., empresa que atua no segmento dedecoraes, com produtos importados, com sede em

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 25/78

    Vitria, Esprito Santo, notificada, pela Secretaria daReceita Federal do Brasil, para apresentar guias deimportao, de um determinado perodo de apurao, doimposto de importao. ngelo Pimenta, agente fiscal dorgo fazendrio, ao visitar a empresa, na data prevista,verifica irregularidades na arrecadao do imposto,notifica o contribuinte para regularizar o pagamentodevido ao fisco, no prazo de trinta dias, aps esse perodo,retorna ao estabelecimento, constatando que as pendnciasno foram regularizadas. Nesse sentido autua a empresa,aplicando-lhe sanes fiscais e administrativas, nos termosda legislao aplicada ao caso.

    Indaga-se:

    a) O procedimento administrativo fiscal est sujeito aoprincpio do contraditrio e da ampla defesa? Fundamentea resposta

    b) Caso, a administrao fazendria, em deciso final,mantenha o auto de infrao, qual medida que ocontribuinte poder utilizar? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior. Curso dedireito processual civil. 47 ed. Rio de Janeiro, Forense,2007, v. 1: Parte V Processo e Procedimento. Pgina 373.No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada aotema.

    GABARITO

    a) Sim, conforme impe o art. 5, LV da CRFB,assegurando-se aos litigantes, em processo administrativo ocontraditrio e a ampla defesa, com os meios e recursos aela inerentes. As formas instrumentais devem seradequadas, com plenitude do direito de defesa, a isonomiaprocessual e a bilateralidade dos atos procedimentais.Deve-se observar o rito adequado, com notificao edando oportunidade de impugnar a acusao.

    b) Poder com fundamento no art. 5, XXXV, da CRFB,reexaminar a deciso administrativa, na esfera doJudicirio. Os atos administrativos esto sujeitos aocontrole do Judicirio quanto legalidade, no s emrelao conformao do ato com a lei, mas tambm coma moral administrativa, o interesse coletivo, inclusiveavaliar o mrito administrativo, valendo-se, no caso, dosprincpios da proporcionalidade e razoabilidade.

    Questes Objetivas

    Questo n. 01

    Nos juizados especiais cveis podem processar-se, entreoutras as seguintes aes:

    a) Apenas causas com valor inferior a 20 salrios mnimos.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 26/78

    b) Causas de valor inferior a 40 salrios mnimos e questestrabalhistas de qualquer valor.

    c) Questes envolvendo acidentes de trabalho em que nohaja morte e aes de alimentos de valor at 40 salriosmnimos.

    d) Aes de despejo para uso prprio e de indenizao poracidentes de veculos de via terrestre.

    GABARITO: Letra d. De acordo com o art. 3, II e III da Lei9.099/95.

    Trata-se de competncia em razo da matria, podendo oseu valor ultrapassar a 40 salrios mnimos. H Enunciado noRio de Janeiro no sentido de limitar o valor a 40 salriosmnimos, em todos as situaes previstas no cinco II, doart. 3, quando no h expressa limitao pela lei.

    Questo n. 02

    caso de indeferimento da petio inicial:

    a) A falta de capacidade da parte.

    b) A inadequao de procedimento.

    c) A falta de capacidade postulatria.

    d) A cumulao de pedidos.

    GABARITO: Letra b. De acordo com o art. 295, V, do CPC.

    Nesse caso, caber ao juiz, antes de indeferir a petioinicial mandar emend-la no prazo de 10 dias (art. 284 doCPC), aplicando-se os princpios do aproveitamento dosatos processuais e o da economia processual.

    TEMA N. 08. Competncia. Conceito. Natureza Jurdica.Competncia Internacional e Interna. Competncia dasJustias Especiais. Competncia da Justia Comum Federale dos Estados.

    CASO N. 01:

    Plnio, em frias, decide visitar sua me Aline, que resideem Petrpolis. Chegando l tem conhecimento que o Sr.Waldemar, vizinho de Aline, ao realizar uma manobra comsua picape, bateu no muro da casa da mesma, derrubando-ocausando o desabamento do telhado da garagem sob o qualestava estacionado o carro de sua me. Aborrecido Plnioprocura o vizinho e diante da recusa deste em receb-lo,resolve propor uma ao pleiteando a reparao de danossofridos por sua me.

    Pergunta-se:

    a) Em relao s condies exigidas pela lei para o legtimoexerccio da ao est correta a propositura da ao por

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 27/78

    Plnio? Fundamente a resposta.

    b) A ao ser proposta, perante a justia Estadual ouFederal? Fundamente a resposta.Pesquisa de Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, pginas186/187; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de DireitoProcessual Civil, pginas128/129 , Vol. I, 16 edio. LumenJuris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre otema.

    GABARITO:

    a) No, de acordo com os artigos:

    Art. 3. Para propor ou contestar ao necessrio terinteresse e legitimidade.

    Art. 267. Extingue-se o processo, sem resoluo demrito;Vl - quando no concorrer qualquer das condies da ao,como a possibilidade jurdica, a legitimidade das partes e ointeresse processual;Segundo Alexandre Cmara: legitimidade das partes oulegitimatio ad causam, pode ser definida como apertinncia subjetiva da ao;ou seja tem legitimidadepara a causa os titulares da relao jurdica deduzida pelodemandante,no processo.No caso concreto, Plnio no tem legitimidade, pois overdadeiro titular do direito material controvertido suame Aline,portanto a ao deveria ter sido ajuizada porela.b) A ao dever ser proposta perante a justia comumEstadual, tendo em vista que por excluso a matria no seencontra prevista no art. 109,CF/88 que delimita acompetncia da Justia Federal.CASO N. 02:

    Jacques, francs e residente em Paris, em frias no Rio deJaneiro, adquire um terreno na Barra da Tijuca ,paraconstruir uma casa.Necessitando retornar ao seu Pas,deixaseu amigo Denis encarregado de contratar os profissionaisnecessrios para a elaborao e execuo daobra.Informado pelo amigo que ao visitar o imvel,encontrou Severino que alegou ser o proprietrio.Pretendepromover adequada ao a fim de ter reconhecido seudireito de propriedade.Sabendo-se que o autor no resideno Brasil e o ru domiciliado Petrpolis,INDAGA-SE:a) A competncia para conhecer da ao reivindicatriapertence a autoridade judiciria estrangeira? Fundamente aresposta.

    b) Trata-se de competncia de foro ou de juzo? Por qu?Indique o dispositivo legal.

    Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense,pginas181/184/185 e 190; 2) Alexandre de Freitas Cmara,

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 28/78

    Lies de Direito Processual Civil, vol. I 16 edio,pginas100/101. 3) Cintra, Grinover e Dinamarco, TeoriaGeral do Processo. 23 edio. Ed. Malheiros, pgina 246.No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO: Base legal, art. 89 e art. 95 do CPC.

    a) Apesar de o autor residir em outro pas, a competnciano caso em tela determinada pelo local onde se encontrao imvel, tendo em vista que tratar-se de ao real.Ahiptese est prevista no art.89,CPC,a competnciapertence a autoridade brasileira com exclusividade.Assim doutrina na obra abaixo citada: A competncia daautoridade brasileira exclusiva, de acordo com o art. 89,do CPC, sendo intil propor a demanda em outro pas quetambm se declare competente, porque no seradmissvel aqui a execuo do julgado (Cintra, Grinover eDinamarco, 1998:149).

    Art. 89. Compete autoridade judiciria brasileira, comexcluso de qualquer outra:

    I - conhecer de aes relativas a imveis situados no Brasil;

    II - proceder a inventrio e partilha de bens, situados noBrasil, ainda que o autor da herana seja estrangeiro etenha residido fora do territrio nacional.

    b) A competncia de foro, contudo absoluta, local dasituao do imvel, art. 95, CPC.:Art. 95. Nas aes fundadas em direito real sobre imveis competente o foro da situao da coisa. Pode o autor,entretanto, optar pelo foro do domiclio ou de eleio, norecaindo o litgio sobre direito de propriedade, vizinhana,servido, posse, diviso e demarcao de terras enunciao de obra nova.

    Segundo, Alexandre de Freitas Cmara, o juzoincompetente m razo do valor ou do territrio relativamente incompetente, enquanto que o juzoincompetente em razo da natureza da causa, porinobservncia do critrio funcional ou por desrespeito aodisposto no art. 95 in fine, do CPC, ser absolutamenteincompetente.

    CASO N. 03

    A empresa brasileira Seguro e Vida S/A foi citada por cartarogatria advinda da Justia da Espanha, da Companhia deResseguros Espanhola, como autora. A causa envolvealegao de descumprimento de obrigao contratual entrea autora e a r.

    INDAGA-SE:

    a) A jurisdio brasileira seria a competente? Fundamente aresposta.B) Trata-se de competncia exclusiva ou concorrente dajustia brasileira? Justifique a resposta

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 29/78

    Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, 2007. pgina181. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO

    a) A justia brasileira tambm a competente paraconhecer e processar esta causa, podendo a aovalidamente ser proposta, como foi, na justia francesa.Aplica-se, no caso, a regra do art. 88 do CPC, acompetncia concorrente das duas justias.

    b) A competncia, no caso, concorrente conformeprevisto no art. 88, I do CPC. Na ao em que se discute oinadimplemento de contrato de resseguro, a competnciada Justia brasileira concorrente-relativa: art. 88 do CPC e no absoluta art. 89 podendo, pois, ser ajuizadaperante a Justia Francesa, cumprindo-se a diligncia decitao no Brasil, sem violao ordem pblica nacional. firme a jurisprudncia do STF neste sentido. Assim, apossibilidade de o interessado no aceitar a jurisdioestrangeira no obsta concesso do exequatur. (ver Ac.Um. Do STF, sem sesso plenria de 28.10.1992, AgRG na C.Rog. 5.884-DF, rel. Min. Sidney Sanches.

    Questes Objetivas:

    Questo n. 01

    O deslocamento da competncia da justia local para afederal ter lugar, sempre:

    a) Quando a Unio Federal for intimada para se manifestarem processo de seu interesse.

    b) Quando a matria for de interesse pblico.

    c) Quando a Unio Federal manifestar interesse na soluoda demanda.

    d) Quando a Unio Federal for admitida como autora, r,assistente ou opoente.

    GABARITO: art. 99, CPC e Art. 109, CF/88

    O ingresso aos autos da Unio acarreta o deslocamento dacompetncia para a Justia Federal, conforme art. 109,inciso I da CRFB.

    Questo n. 02

    Assinale a alternativa correta:

    a) determinada a competncia no momento em que aao proposta, sendo irrelevantes as alteraes decompetncia em razo da matria ou da hierarquia, diante

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 30/78

    do princpio do Juzo Natural.

    b) A ao intentada perante Tribunal estrangeiro induzlitispendncia, obstando a que autoridade judiciriabrasileira conhea da mesma causa e das que lhe soconexas.

    c) Argi-se, por meio de exceo, a incompetncia relativae, como preliminar de contestao, a incompetnciaabsoluta.

    d) So condies da ao a capacidade e legitimidade daspartes, o interesse de agir e a possibilidade jurdica dopedido.

    GABARITO: Artigos 113 c/c 112, ambos do CPC.

    A incompetncia relativa deve ser argida por meio deexceo (art. 112 do CPC) em pea parte, enquanto aincompetncia absoluta de ser conhecida de ofcio pelojuiz (art. 113, 2 do CPC), ou por provocao da parte,em preliminar contestao ou, ainda, a qualquer tempo porsimples petio, porque a matria no se submete precluso, por ser de ordem pblica. Hoje, com aintroduo do pargrafo nico ao art. 112, o juiz podeconhecer de ofcio da incompetncia relativa quando aquesto jurdica envolve contrato de adeso, uma exceo Smula n. 33 do STJ.

    Questo n. 03

    Manoelina, portuguesa, aps viver longo perodo no Brasil,decide voltar a sua terra natal, para viver ao lado de seunico irmo. Dois meses aps desembarcar em Portugal,Manoelina veio a falecer vtima de acidenteautomobilstico. Seu vasto patrimnio constitudo pordois imveis no Rio de Janeiro, cinco na Espanha e trs emPortugal.

    Indique a alternativa correta:

    a) Caberia a justia portuguesa por trs motivos: a falecidaera portuguesa, deixou bens neste pas e o nico herdeiroreside em Portugal.

    b) Os herdeiros podem optar entre justia brasileira ouportuguesa, uma vez que a falecida possua bens em ambosos pases.

    c) Seria exclusivamente da Justia Brasileira, pois somentea autoridade judiciria brasileira pode decidir acerca dapartilha de bens situados em territrio nacional.

    d) Tendo em vista que a maior parte do patrimnio deMaria Anglica encontra-se na Espanha, a justia deste passeria competente para processar o inventrio.

    GABARITOA competncia para processar o inventrio dos bens

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 31/78

    situados no Brasil da Justia Brasileira, conforme dispe oart. 89, I do CPC. Mesmo sendo a autora da heranaportuguesa e com residncia fora do territrio nacional.Trata-se, a rigor, de jurisdio exclusiva da Justiabrasileira.

    TEMA N. 09. Competncia. Critrios de Fixao daCompetncia. Competncia de Foro. Critrio Territorial.Competncia de Juzo. Critrio Objetivo e Funcional.Incompetncia Relativa e Absoluta.

    CASO N. 01:

    Carla domiciliada na Comarca da Capital (Rio de Janeiro) citada, em ao de cobrana de honorrios promovida porseu advogado, Ataulfo sob o fundamento que com a mesmacelebrou contrato verbal de honorrios que no forampagos. A ao foi proposta no domicilio do advogado,Comarca de So Gonalo.

    Indaga-se:

    a) Em relao ao foro em que foi proposta a ao, verifica-se alguma irregularidade? Justifique a resposta.

    b) Qual o procedimento adequado para a citada ao?Fundamente a resposta.

    Pesquisa de Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, pginas190/191; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de DireitoProcessual Civil, pginas103/4/5 , Vol. I, 16 edio. LumenJuris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre otema.

    GABARITO:

    a) Trata-se de ao de cobrana, portanto ao pessoal,dessa forma deveria ter sido ajuizada no domiclio doautor, segundo a regra do art. 94. Verificando-se ento aincompetncia do juzo, no caso relativa.

    b) Consoante doutrina de Humberto Theodoro Jnior: Se aincompetncia do juiz que tomou conhecimento da causafor apenas relativa, para afast-lo da relaoprocessual,dever instaurar o incidente denominadoexceo de incompetncia, (art.112), sujo procedimento seacha regulado pelos arts. 304 a 311.

    CASO N. 02:

    Dalva, natural de Barbacena-MG, casou-se com Eduardo,natural de Niteri, o casal fixou residncia nesta cidade.Aps alguns anos Denise retorna sua terra natal, paramorar com sua irm, separando-se judicialmente de seumarido.

    Pergunta-se:

    a) Desejando Eduardo, propor ao de divrcio direto, esta

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 32/78

    dever ser proposta perante a justia especial ou comum?Estadual ou Federal? Fundamente a resposta.

    b) Se a ao fosse proposta perante juzo incompetente,em razo do critrio territorial de que modo Denisepoderia argir a incompetncia? Esta alegao esta sujeitaa algum prazo ou forma? Fundamente a resposta.

    c) Segundo o CPC, quais so os critrios de competnciaque violados acarretam o vcio da incompetncia absoluta?Fundamente a resposta.

    Pesquisa de Doutrina: Humberto Theodoro Jnior, obracitada, pginas186,190/1; 2) Alexandre de Freitas Cmara,Lies de Direito Processual Civil, pginas106/7, Vol. I, 14edio. Lumen Juris. No deixe de examinar ajurisprudncia sobre o tema.GABARITO: Base legal: art.100, I c/c112; 91c/c 93 c/c113.a) Perante a justia comum estadual. Segundo HumbertoTheodoro Jnior, Na jurisdio ordinria (civil penal), asquestes no atribudas Justia Federal, pelaConstituio, so da competncia das Justias Estaduais oulocais. Essa competncia dessa forma residual.b) Dalva poderia argir o vcio da incompetnciaterritorial, atravs de exceo de incompetncia relativa.Segundo o CPC:

    Art. 112. Argi-se, por meio de exceo, a incompetnciarelativa.

    c) Segundo, Alexandre de Freitas Cmara, o juzoincompetente m razo do valor ou do territrio relativamente incompetente, enquanto que o juzoincompetente em razo da natureza da causa, porinobservncia do critrio funcional ou por desrespeito aodisposto no art. 95 in fine,do CPC,seria absolutamenteincompetente.

    CASO N. 03:

    Antonio Carlos ajuizou ao anulatria de contrato decompra e venda de um imvel situado na Comarca deFriburgo, em face de Pedro, Silvio e Flavio. A ao foidistribuda para a 2 vara cvel da Comarca de Friburgo. Noprazo da resposta, os rus apresentam exceo deincompetncia relativa, argindo a incompetncia do juzotendo em vista tratar-se de ao pessoal, devendo serajuizada no domiclio de um dos rus, conforme art. 94, 4 do CPC.

    Pergunta-se:

    a) Sendo acolhida exceo, qual a providncia a seradotada pelo juiz? Fundamente a resposta.

    b) Havendo divergncia entre dois juzes acerca dacompetncia para julgamento de uma determinada causa,qual a providencia que a ser adotada? Fundamente a

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 33/78

    resposta.

    Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, pginas206/7/8; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de DireitoProcessual Civil, vol. I 16 edio, pginas 106/7/8. Nodeixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO: Base legal: art. 94 4; 112; 115; 306, CPC.

    a) Sendo acolhida a exceo a providncia prevista em leiser a suspenso do processo e a remessa dos autos ao juzocompetente.

    b) Consoante a doutrina Humberto Theodoro Jnior: Se aincompetncia do juiz que tomou conhecimento da causafor apenas relativa, para afast-lo da relao processual,dever instaurar o incidente denominado exceo deincompetncia,(art.112),sujo procedimento se acharegulado pelos artigos. 304 a 311 do CPC.

    B) A hiptese est prevista no art. 115, CPC, dever o juizsuscitar o conflito de competncia perante o tribunal.

    Questes Objetivas:

    Questo n. 01

    Segundo o Cdigo de Processo Civil, a incompetnciarelativa no pode ser declarada de ofcio.POR QUE: no envolve matria de ordem pblica, devendoser alegada mediante exceo de incompetncia, no prazolegal, sob pena de precluso e prorrogao.

    a) se as duas so verdadeiras e a segunda justifica aprimeira.b) se as duas so verdadeiras e a segunda no justifica aprimeira.c) se a primeira verdadeira e a segunda falsa.d) se a primeira falsa e a segunda verdadeira

    GABARITO: art. 112, CPC.

    A afirmativa correta : Letra A. Segundo, Alexandre deFreitas Cmara, o juzo incompetente m razo do valor oudo territrio relativamente incompetente, enquanto queo juzo incompetente em razo da natureza da causa(competncia em razo da matria), por inobservncia docritrio funcional ou por desrespeito ao disposto no art. 95in fine, do CPC, ser absolutamente incompetente.

    Questo n. 02

    A falta de competncia do juzo acarreta:

    a) A extino do processo sem julgamento de mrito.b) A extino do processo com julgamento de mrito.c) A remessa dos autos do processo ao juzo competente.

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 34/78

    d) No acarreta nenhum efeito em relao ao processo.

    GABARITO: art. 112 e 113, CPC.

    A afirmativa correta : C. Segundo, Humberto TheodoroJnior: em tal caso o juiz deve declarar-se incompetenteex officio. Se no o fizer, a parte pode alegar aincompetncia em qualquer fase do processo, Art. 113 doCPC:

    Questo n. 03

    Pelo critrio de competncia Territorial podemosafirmar que no sendo observado:

    a) Acarreta sempre a incompetncia absoluta.b) Acarreta um vcio que pode ser argido em qualquertempo.c) Acarreta nulidade absoluta.c) Pode ser adaptado pelo juiz de ofcio.e) Deve ser argido por meio de exceo.

    GABARITO: art. 112, CPC.

    A afirmativa correta : E. Segundo, Humberto TheodoroJnior:Se a incompetncia do juiz que tomouconhecimento da causa for apenas relativa,para afast-lo darelao processual,dever instaurar o incidente denominadoexceo de incompetncia,(art.112),sujo procedimento seacha regulado pelos arts. 304 a 311.

    Questo n. 04

    O prazo para o juiz declarar a incompetncia absoluta:

    a) 15 dias, contados da data do despacho liminar positivo.b) 10 dias, contados da data do despacho liminar positivo.c) Antes de proferir a sentena.d) No existe prazo previsto em lei.

    GABARITO: art. 113, CPC.

    A afirmativa correta : D. Segundo, Humberto TheodoroJnior: em tal caso o juiz deve declarar-se incompetenteex officio. Se no o fizer, a parte pode alegar aincompetncia em qualquer fase do processo, artigo 113,CPC:

    Art. 113. A incompetncia absoluta deve ser declarada deofcio e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau dejurisdio, independentemente de exceo.

    TEMA N. 10 (Continuao) Competncia. Critrios deFixao da Competncia. Competncia de Foro. CritrioTerritorial. Competncia de Juzo. Critrio Objetivo eFuncional. Incompetncia Relativa e Absoluta.

    CASO N. 01

    Denise, natural de Juiz de Fora, casou-se com Denlson,

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 35/78

    natural do Rio de Janeiro, o casal fixou residncia nestacidade. Aps alguns anos, Denise volta a residir na sua terranatal, para morar com sua irm, separando-se de seumarido.Pergunta-se:

    a) Desejando Denlson, propor ao de separao, estadever ser proposta perante a justia especial ou comum?Estadual ou Federal? Fundamente a resposta.

    b) Se a ao fosse proposta perante juzo incompetente,em razo do critrio territorial de que modo Denisepoderia argir a incompetncia? Esta alegao esta sujeitaa algum prazo ou forma? Fundamente a resposta.

    c) Segundo o CPC, quais so os critrios de competnciaque violados acarretam o vcio da incompetncia absoluta?Justifique a resposta.

    Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, 2007,pginas 184, 217 / 220. No deixe de examinar ajurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO: Base legal: art.100, I c/c112; 91c/c 93 c/c113.

    CASO N. 02

    Danubia promoveu ao de investigao de paternidade emface de seu pai Edsio, tendo sido distribuda para a 2Vara Cvel da Comarca de Petrpolis. Citado, o ru alegaem preliminar, na contestao, a incompetncia absolutado juzo, em conta que o objeto da ao diz respeito matria de competncia de uma das varas de famlia damesma comarca.

    a) Sendo acolhida a preliminar, qual a providncia a seradotada pelo juiz? Fundamente a resposta.

    b) A incompetncia argida de foro ou de juzo?Justifique a resposta.

    Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, pginas427/8; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de DireitoProcessual Civil, vol. I 16 edio, pginas 344/5. Nodeixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO: Base legal: artigos 113, 301, II, CPC.

    a) Sendo acolhida a preliminar, dever o juiz providenciara remessa os autos ao juzo competente.Segundo, Humberto Theodoro Jnior: em tal caso o juizdeve declarar-se incompetente ex officio. Se no o fizer, aparte pode alegar a incompetncia em qualquer fase doprocesso, Art. 113, CPC:

    b) A incompetncia absoluta e de juzo, porque em

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 36/78

    razo da matria, conforme o CODJERJ, que fixacompetncia em razo da pessoa ou da matria.

    Art. 113. A incompetncia absoluta deve ser declarada deofcio e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau dejurisdio, independentemente de exceo. 1 No sendo, porm, deduzida no prazo da contestao,ou na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nosautos, a parte responder integralmente pelas custas.

    CASO N. 03:

    ngelo pretende fazer prova de relao de trabalho, deperodo em que sua carteira de trabalho no estavaassinada pelo empregador da poca (ano de 1970), paraefeito de alcanar a aposentadoria. O justificante reside nacomarca da capital do Estado do Rio de Janeiro.

    Indaga-se:

    a) Qual Justia comum a competente? Fundamente aresposta.

    b) Se o justificante tivesse domiclio na comarca deSumidouro, que rgo do judicirio seria o competente.Fundamente a resposta.

    GABARITOa) Compete Justia Federal processar justificaesjudiciais destinadas a instruir pedidos perante autoridadesque nela tm exclusividade de foro, ressalvada a aplicaodo art. 15, II da Lei 5010/66. Havendo Vara Federal nodomiclio do justificante a competncia da JustiaFederal, conforme Smula 32 do STJ.

    b) Tendo o justificante domiclio na comarca deSumidouro, a competncia da Justia Estadual, por forado art.; 15, II, da Lei 5010/66. A razo disto que noexiste nesta comarca Justia Federal, conforme art. 109, 3 da Constituio da Repblica, sendo que o recurso dadeciso deve ser dirigido para o TRF.

    Questes objetivas

    Questo n. 01

    Relativamente competncia, incorreto afirmar:

    a) d-se a conexo entre duas ou mais aes quando lhesfor comum o objeto ou a causa de pedir;b) a identidade quanto s partes e causa de pedir, entreduas ou mais aes, aliada ao fato do objeto de umaabranger o das demais, caracteriza a continncia;

    c) a preveno o critrio utilizado para determinar emque juzo ocorrer a reunio de aes conexas, reputando-se prevento, em se tratando de juzos com a mesmacompetncia territorial, aquele que despachou em primeiro

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 37/78

    lugar;

    d) a competncia absoluta ser reconhecida pelo juzodesde que argida pelo ru, em sede de preliminar, nacontestao.

    GABARITO: art. 301 c/c art. 113, CPC. A incompetnciaabsoluta o juiz conhece de ofcio, Segundo o art. 113, 2do CPC. Pode o ru, na contestao, em preliminar, argu-la ou a qualquer tempo, porque a matria no preclui.

    Questo n. 02

    Proposta em face do Estado do Rio de Janeiro, emComarca do Interior, ao de reparao de dano moral aliocorrido, para tal demanda:a) a r ter foro privilegiado na Comarca da Capital,devendo o Juiz declinar, de ofcio, da competncia.b) a r no desfrutar de foro privilegiado nem de juzosprivativos na Comarca da Capital.c) a r ter foro privilegiado na Comarca da Capital, cujoreconhecimento depender da apresentao de exceodeclinatria.d) a r ter juzos privativos na Comarca da Capital,devendo o Juiz declinar, de ofcio, da competncia.

    GABARITO

    A competncia das Varas de Fazenda Pblica da comarca dacapital abrange apenas as aes a serem propostas nacomarca da capital. No interior, o CODJERJ prev acompetncia de Vara Cvel, por livre distribuio, se for ocaso.

    Questo n. 03

    Assinale a alternativa INCORRETA. No processo penaldeterminar a competncia jurisdicional:

    a) o lugar da infrao.b) o domiclio ou residncia do ru.c) a natureza da infrao.d) o valor da causa.e) a distribuio, conexo ou continncia.

    GABARITO: Letra D - Artigo 69 do Cdigo de ProcessoPenal.

    TEMA N. 11. Competncia. Modificaes da Competncia.Preveno. Conexo. Continncia. Prorrogao ePerpetuao. Controle da Competncia e seus Instrumentos:Controle de Ofcio, Exceo de Incompetncia e Conflitode Competncia.

    CASO N. 01

    Camilo ajuizou ao anulatria de contrato de doao de

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 38/78

    um imvel situado na Comarca de So Gonalo, em face dePaulo, Severino e Fbio. A ao foi distribuda para a 2vara cvel da referida Comarca. No prazo da resposta, osrus apresentam exceo de incompetncia relativa,argindo a incompetncia do juzo tendo em vista tratar-sede ao pessoal, devendo ser ajuizada no domiclio de umdos rus, conforme art. 94 4, CPC.

    Indaga-se:

    a) Trata-se de competncia de foro ou de juzo?Fundamente a resposta.

    a) Sendo acolhida exceo, qual a providncia a seradotada pelo juiz? Justifique a resposta.

    b) Havendo divergncia entre dois juzes acerca dacompetncia para julgamento de uma determinada causa,qual a providncia que a ser adotada? Fundamente aresposta.

    Pesquise na doutrina: Athos Gusmo de Carneiro. Jurisdioe Competncia. 14 ed. Ed. Saraiva, 2007. Pgina 264. Nodeixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITO: Base legal: artigos 306, 112 e 94 4 CPC.

    a) Trata-se de competncia de foro, critrio territorial,domiclio dos rus (art. 94 do CPC). Definida a comarca, senessa h juzos mltiplos, ento a fixao da competnciapassar a ser de juzo, no caso, em razo da matria. Emrazo da matria a competncia absoluta.

    b) Sendo acolhida a exceo a providncia prevista em leiser a suspenso do processo e a remessa dos autos ao juzocompetente.

    c) A hiptese est prevista no art. 115, CPC, dever o juizsuscitar o conflito de competncia perante o tribunal.

    CASO N. 02:

    Mrio Csar promoveu ao em face de Ricardo Marques,na Comarca de Duque de Caxias, narrando como causa depedir que credor do ru em razo de contrato deprestao de servios, j cumprido pelo autor. Norecebeu os valores ajustados no pacto. Citado, o ru argiuem preliminar que dois dias aps a sua citao mudou deendereo, passando a residir na comarca vizinha de SoJoo de Meriti, para onde os autos devero ser remetidos,certo que a competncia de foro, critrio territorial,aplicando-se o disposto no art. 94 do CPC.

    Indaga-se:

    a) A preliminar do ru dever ser acolhida? Fundamente aresposta.

    B) Qual o significado da Perpetuatio Jurisdicionis?

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 39/78

    Fundamente a resposta, indicando os dispositivos legaispertinentes.

    Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Cursode Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, 2007,pginas 190. 2) Athos Gusmo de Carneiro. Jurisdio eCompetncia. 14 edio. Ed. Saraiva, 2007. Pgina 96.No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    GABARITOa) No, a competncia fixada no momento da propositurada ao, conforme art. 87 c.c o art. 263, ambos do CPC.

    b) A matria est disciplinada no art. 87 do CPC, fixando-sea competncia no momento em que a ao proposta epara o ru ela est proposta quando feita a sua citaovlida (art. 263, parte final, do CPC), sendo irrelevantes asmodificaes de direito ou de fato ocorridasposteriormente, salvo havendo a supresso de rgojudicirio ou alterao de competncia em razo dahierarquia ou da matria. Nestas situaes fica afastado oprincpio da identidade fsica do juiz, fazendo ojulgamento da causa o novo juiz, mesmo sem ter colhido aprova oral em audincia. As normas de organizaojudiciria regem a competncia tambm em razo damatria, logo, alterando-se esta, o processo de execuo,por exemplo, no ser processado no Juzo onde a aooriginria teve o seu pedido julgado por sentena,obedecendo-se a regra de vigncia da lei processual nova.A norma do art. 87 do CPC revela que fatos, circunstnciasoutras, que no a supresso do rgo judicirio, rationemateriae, ou em razo da hierarquia, no tem fora paraalterar a competncia fixada no momento da propositura daao. Assim, a modificao do domiclio do ru irrelevante para os fins de modificar a competncia. Fixa oart. 87 o princpio da inalterabilidade objetiva, ou seja, dizrespeito ao rgo judicial (juzo) e no pessoa do juiz.Este princpio de origem latina, e determina que acompetncia no se modifica por alteraes de fato ou dedireito relativas s partes, ocorridas aps a fixao dacompetncia jurisdicional. Discorrendo sobre o tema,Arruda Alvim a define como sendo a cristalizao esubsistncia dos elementos (de fato e de direito) emdecorrncia dos quais determinou-se a competncia,inclusive do prprio critrio legal. Este instituto, contudo,comporta algumas excees. que existem hipteses emque a competncia modificada em momentosuperveniente sua fixao, como por exemplo, quando orgo judicirio competente para a causa suprimido porlei posterior, ou quando se alterar a competncia em razoda matria ou da hierarquia, consoante previso do artigo87, parte final, do CPC. Outro exemplo seria ainterveno da Unio no processo, fato este que desloca acompetncia para a Justia Federal, necessariamente, porimposio do art. 109, inciso I, da CRFB - 88. LuizRodrigues Wambier, ao tratar das causas modificativas dacompetncia, esclarece que a conexo e a continnciatratam-se de dois liames de afinidade existentes entreduas ou mais aes, que faz com que se justifique a reuniodos processos que estavam antes tramitando em juzos

  • 19/09/13 Galera de direito da estacio: Caderno de Exercicios c/Resposta TGP

    galeradedireitodaestacio-alvaromd.blogspot.com.br/2010/04/caderno-de-exercicios-cresposta-tgp.html 40/78

    diversos, para que, reunidos, passem a tramitar emconjunto e seja