gaivota - julho e agosto de 2010

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MPB É A ATRAÇÃO DO SHOW DO DIA 21 DE AGOSTO Como uma das atividades da SMM para o segundo semestre, o “Conjunto Porcelana Brasileira”, apresentará no dia 21 de agosto, às 16 horas, o show “Canções e Mo- mentos”, no Salão Social da Igreja. O programa é dedicado inteiramente à Música Popular Brasileira, que o Conjunto interpreta com muita graça e competência. Da SMM integram o grupo: Eliane Guido- lin, Sheila Matos Hussar e Samanta Kairalla, somando-se também a participação de Sabrina Dobaldini e Roseane Lippi. Por se tratar de apresentação beneficente, haverá venda de ingresso a R$7,00. Não percam essa oportunida- de. Mais informações na seção “Umas e Outras”, pág.11. MAIS “UMA SEMANA PRA JESUS” Este ano, a cidade escolhida para a realização do Projeto Missionário “Mais uma Semana pra Jesus” foi Três Lagoas, MS. Durante os dias l7 a 23 de julho, 9 pessoas da Catedral estarão participando: Zenaide P. Rebeque, Carlota Silveira Machado, Nicéia Ramos de Souza, Zoe Pedroso Barbosa, Hilkias Arruda Nicolau, Letícia Ramos de Souza, Isabel Mar- tins, Rodrigo Bomback e Tiago de Almeida Prado Ribeiro. Oremos por todos os participantes e por tudo que farão. II ENCONTRO A DISTÂNCIA VEM AÍ A Confederação Nacional de Mulheres já marcou o II Encontro de Mulheres a Distância, para o sábado, dia 28 de agosto. Reserve essa data em sua agenda. Pro- cure no Boletim “Mensageiro” mais informações. GRANDE PRESENÇA NO ENCONTRO DISTRITAL No dia l2 de junho, das 8 às l7horas., na Igreja da Pau- lista, aconteceu o Encontro de Mulheres Metodistas do Distrito de Piracicaba, que engloba as seguintes cidades: Santa Bárbara D’Oeste, Capivari, Limeira e Piracicaba. Participaram cerca de cinqüenta pessoas. A Revda. Ân- gela Pierangeli participou desse evento, como preletora. Reportagem e fotos na pág. 4. Ano 18 Julho – Agosto / 2010 nº159 ALEGRIA NA CHEGADA; SAUDADE NA PARTIDA Para homenagear duas queridas famílias, uma que chegava (a família Tavernard) e outra que se despedia (a família Silveira), a Catedral reservou o culto matutino do dia 27 de junho. O Ministério da Liturgia prepa- rou uma tocante programação, privilegiando, em seu tema, o “tempo”, que foi, também, o foco do sermão proferido pelo Rev. Jesus Tavernard Júnior, pastor co- adjutor da Igreja, cujo texto a GAIVOTA publica neste número, nas págs. 6 e 7. Sobre a família Silveira leia na pág. 11.

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Page 1: GAIVOTA - Julho e Agosto de 2010

MPB É A ATRAÇÃO DO SHOW DO DIA 21 DE AGOSTO Como uma das atividades da SMM para o segundo

semestre, o “Conjunto Porcelana Brasileira”, apresentará no dia 21 de agosto, às 16 horas, o show “Canções e Mo-mentos”, no Salão Social da Igreja.

O programa é dedicado inteiramente à Música Popular Brasileira, que o Conjunto interpreta com muita graça e competência. Da SMM integram o grupo: Eliane Guido-lin, Sheila Matos Hussar e Samanta Kairalla, somando-se também a participação de Sabrina Dobaldini e Roseane Lippi. Por se tratar de apresentação beneficente, haverá venda de ingresso a R$7,00. Não percam essa oportunida-de. Mais informações na seção “Umas e Outras”, pág.11.

MAIS “UMA SEMANA PRA JESUS”Este ano, a cidade escolhida para a realização do Projeto

Missionário “Mais uma Semana pra Jesus” foi Três Lagoas, MS. Durante os dias l7 a 23 de julho, 9 pessoas da Catedral estarão participando: Zenaide P. Rebeque, Carlota Silveira Machado, Nicéia Ramos de Souza, Zoe Pedroso Barbosa, Hilkias Arruda Nicolau, Letícia Ramos de Souza, Isabel Mar-tins, Rodrigo Bomback e Tiago de Almeida Prado Ribeiro.Oremos por todos os participantes e por tudo que farão.

II ENCONTRO A DISTÂNCIA VEM AÍA Confederação Nacional de Mulheres já marcou

o II Encontro de Mulheres a Distância, para o sábado, dia 28 de agosto. Reserve essa data em sua agenda. Pro-cure no Boletim “Mensageiro” mais informações.

GRANDE PRESENÇA NO ENCONTRO DISTRITAL

No dia l2 de junho, das 8 às l7horas., na Igreja da Pau-lista, aconteceu o Encontro de Mulheres Metodistas do Distrito de Piracicaba, que engloba as seguintes cidades: Santa Bárbara D’Oeste, Capivari, Limeira e Piracicaba. Participaram cerca de cinqüenta pessoas. A Revda. Ân-gela Pierangeli participou desse evento, como preletora. Reportagem e fotos na pág. 4.

Ano 18 Julho – Agosto / 2010 nº159

ALEGRIA NA CHEGADA; SAUDADE NA PARTIDA

Para homenagear duas queridas famílias, uma que chegava (a família Tavernard) e outra que se despedia (a família Silveira), a Catedral reservou o culto matutino do dia 27 de junho. O Ministério da Liturgia prepa-rou uma tocante programação, privilegiando, em seu tema, o “tempo”, que foi, também, o foco do sermão proferido pelo Rev. Jesus Tavernard Júnior, pastor co-adjutor da Igreja, cujo texto a GAIVOTA publica neste número, nas págs. 6 e 7. Sobre a família Silveira leia na pág. 11.

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Presidente:Vera Baggio Alvim

Vices:Inayá T. Veiga Ometto

Priscila Barroso SegabinazziSecretária de ata:

Clóris AlessiSec. Correpondentes:

Rosália T. Veiga OmettoWilma Baggio Câmara da Silva

Tesoureira:Sílvia Novaes Rolim

Agente da Voz Missionária:Cinira Cirillo Cesar

ExpedienteGAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da Catedral Metodista de Piracicaba.

Redatora:Vera Baggio AlvimCorpo Editorial:Clóris AlessiDarlene Barbosa SchützerInayá OmettoWilma Baggio Câmara da SilvaSecretária:Wilma Baggio Câmara da [email protected]ção e Impressão:Printfit Soluções - www.printfit.com.brMarcel Yamauti - DiagramaçãoFotos:Rev. Paulo Dias NogueiraDistribuição:Sílvia Novaes Rolim

Jornalista Responsável:Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP

Diretoria da SMM

Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer

Corpo Editorial

Wilma, Silvia, Zenaide, Inayá, Maria José, Mirce, Clóris, Cinira e Vera

“DA BOCA DOS PEQUENINOS E CRIANÇAS DE PEITO TIRASTE PERFEITO

LOUVOR.” Mateus 21:16

CeCília Silveira (10 anoS)

MUDANÇA

Mudança é saudade e tristeza?Nada disso, mudança é uma beleza!

Arruma aqui,coloca ali.

Casa nova ...Pessoas novas para conhecer,tudo antes de um anoitecer!

E as pessoas?As pessoas temos que deixar,mesmo se muito amar!

As coisas que ficaram,temos que deixar.Pois vamos encontrar novas no outro lar!

elijah Dillon (2 anos e meio)Sobrinho-neto da Sonia Dechen

Todas as noites, Elijah e seu pai, Steve, fazem oração antes de ir dormir. Elijah repete as palavras que Steve lhe diz. Numa noite, uma semana após o nascimento de Jo-nah, Elijah disse algo muito especial. Leia a sua a oração:

Steve: “Obrigado, meu Deus, por minha mamãe e papai”.Elijah: “Obrigado, meu Deus, por minha mamãe e papai”. Então, ele parou por alguns segundos e completou a

frase: “e obrigado por meu irmãozinho”!Sempre que se lembra, Elijah agradece a Deus por seu

irmãozinho. Ele é muito precioso!

luCCa rolim CoSta (11 anos)Oferecida à vovó Sílvia, no dia do aniversário dela.

Você é o cheiro da minha flor.Você é o ninho do meu passarinho,Você é um coração com amor!

Você me ilumina, me agrada,não me deixa na mão, quando eu preciso,me dá um empurrão.

Você é a luz do meu caminho.Você é a flor do meu espinho.Eu lhe escrevo este poemae entre versos tento dizer: - lhe amo vó!

2 GAIVOTA • Julho/Agosto • 2010

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“Esperança para um novo dia”Marcos 1.40-45

Conta-se que Leon Tolstói, famoso escritor russo, ia para casa e passou por um mendigo. Procurou algum dinheiro nos bolsos, mas seus bolsos estavam vazios, então disse: “Sinto muito, meu irmão, mas nada tenho para dar!”. Ele ouviu como resposta: “Você me deu mais do que eu pedi, você chamou-me de irmão”. Em nosso mundo, encontramos diversas pessoas que querem ser chamadas e reconhecidas como gente. Este texto retrata o início do evangelho de Marcos, Jesus inicia sua missão, cheio de amor e compaixão. O AT considerava o doente de lepra impuro e separava-o da sociedade. O biblista William Barclay afirma que a lei enumerava 61 conta-tos que causavam impureza. Con-tato com a lepra era a segunda lei, só perdendo para contato com uma pessoa morta. Jesus revela a face de um Deus de amor que vence precon-ceito e solidão.

1. Jesus vê a solidão do leproso. Nenhuma doença isolava mais o ser humano do contato físico do que a lepra. O leproso, além de viver afas-tado não podia deixar que as pessoas se aproximassem dele, ele precisava gritar para às pessoas que era lepro-so, portanto, era impuro. Aquele homem que sofria de lepra e vivia afastado do convívio humano.

Um dia, Madre Teresa caminhava na rua e veio um certo homem até ela e perguntou: A senhora é Madre Teresa? Ela respon-deu afirmativamente e ele pediu que ela mandasse uma das suas irmãs à sua casa e, sem esperar uma resposta, disse o seguinte: “estou quase cego e minha esposa quase débil mental, Estamos ansiosos por ouvir uma voz hu-mana”. Este sentimento de solidão estava presente na vida daquele homem.

2. Nosso sofrimento move o coração de Deus. Aquele leproso sabia que Jesus podia curá-lo, ele não duvida em momento algum do poder de Jesus para curar. Mais do que um pedido, ele faz uma afirmação de fé: Senhor, tu podes. Ele afirma que Jesus pode realizar aquilo que os médicos não puderam. Muito mais do que a cura, ele pede de volta sua humanidade, sua dignidade. Mais do que a doença, a maior angústia é a exclusão da sociedade,

da família, da religião. A pior doença não é a lepra, mas é não ser desejado, ser deixado de lado!

3. Jesus revela compaixão – Jesus permite que o le-proso se aproxime e o toque. Ele estende a mão e lhe restitui a saúde. Compaixão é uma fonte de poder. Cada vez que exercitamos a nossa compaixão, estamos tornan-do o mundo um lugar melhor para se viver. Pode ser que ao nosso toque, o leproso não fique curado, o paciente com câncer não obtenha a cura imediata, mas podemos oferecer “a esperança para um novo dia”. De acordo com Charles Schultz, criador do personagem Snoopy: “as pessoas que fazem diferença em nossa vida não são aque-

las com mais dinheiro ou poder, mas aquelas que se importam conosco”. O Deus que se manifesta em Jesus não é o dos fariseus: distante, rígido, irado contra os que erraram, distan-te daqueles que são considerados im-puros. É um Deus que não sente re-pugnância pelos leprosos, mas olha com compaixão.

4. Jesus fez a diferença na vida daquele leproso. O encontro com Jesus mudou a vida daquele leproso. Diante de Jesus há sempre mudança e transformação. Um pastor conta que estava realizando um ofício fú-nebre de um médico que morreu aos 102 anos de idade, aquele homem viveu para servir às pessoas. Uma

mulher levanta no meio do culto e, com lágrimas, afir-ma: “só de ouvir o barulho do seu carro, velho e baru-lhento, chegando em nosso jardim, nós começávamos a nos sentir melhor”. Aquele médico curava a mente e o corpo, mas, acima de tudo, ele tinha o poder de mudar a realidade dos seus pacientes porque aliava competência e compaixão.

Diariamente, encontramos pessoas necessitando de uma palavra amiga, de um toque ou um gesto amigo, uma oração, que sejam fonte de renovação de suas for-ças para continuar caminhando. Deus conta conosco para uma ação compassiva, revelando sua face de amor e compaixão a um mundo que sofre e anseia por consolo.

Pastora Amélia Tavares redatora da Voz Missionária

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GRANDE PRESENÇA NO ENCONTRO DISTRITAL

A manhã ensolarada, mas muito fria, não impediu que 50 mulheres esti-vessem presentes, às 8 h da manhã, do dia 12 de junho, na Igreja Meto-dista da Paulista, para participar do Encontro Distrital 2010, cujo tema

foi: “Olhar além para testemunhar os sinais da graça.”

Após gostoso café da manhã, a Secretária Distrital, Zoé Pedroso Barbo-sa, agradeceu a Deus a presença de todas e a oportunidade de estarem juntas. Os momentos de louvor foram dirigidos pe-las representantes da SMM da Igreja do Matão.

Além da preletora convidada para o evento, a SD lançou a idéia de as socie-dades presentes se envolverem no pro-grama, se responsabilizando por refle-xões sobre versículos bíblicos. A SMM da Central de Limeira e a da Catedral Metodista de Piracicaba aceitaram o desafio, cabendo à primeira o texto: “Os pés daqueles que testemunham a graça de Deus”, (Isaías 52:7) e à se-gunda duas passagens, a saber: “Seja sobre nós a graça do Senhor e con-firma sobre nós as obras das nossas mãos” (Salmo 90:17) e “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o con-forme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sa-bedoria alguma” (Eclesiastes 9:10). A SMM de Limeira convidou a pastora Laurilene Reis Almeida para falar so-bre o primeiro versículo e a SMM da Catedral convidou a vice-presi-dente, Inayá Ometto, para falar sobre o segundo, e Nicéia Ramos de Souza sobre o terceiro, este en-volvendo o Projeto Missionário.

Continuando, a irmã Zoé Bar-bosa fez uma reflexão abençoada sobre alguns versículos de Êxodo 4: 14 a7,

focalizando Moisés e seu bordão, seu cajado, e a pergunta: “o que você tem nas suas mãos?”

Em seguida, assumiu a palavra a secretária correspondente e tesou-reira da Federação, Ivana Garrido Ywand, que leu a mensagem da pre-

sidente da Federação da 5ª Região, Kátia Torres, ausente do Encontro

por estar em outro trabalho. Lembrou, também, da importância da revista “Voz Missionária”, da necessidade de aumento de assinaturas e da divulgação da mesma.

Depois, a pastora e psicóloga Ânge-la Pierangeli abordou, de modo alegre e sério, o tema “Olhar além para tes-temunhar os sinais da graça”, fazendo uma reflexão muito tocante e profun-

da. Em outro momento, ela abordou o texto de Atos 4:20, “O desafio de olhar além”, discorrendo sobre três desafios importantes na obra do Se-nhor.

Os trabalhos foram encerrados com oração e agradecimentos da SD pela presença de todas. Merecem re-gistro a presença do Pastor da Igreja anfitriã, Rev. Luís Aparício Callaú, durante o tempo todo, e o “muito obrigada” para a presidente da SMM local, pastora Romilde Sant’Ana, que juntamente com as sócias e a colabo-ração de alguns maridos esbanjaram amizade e amor cristão, sem falar nos deliciosos cafés e almoço.

O Superintendente do Distrito de Piracicaba, Rev. Paulo Dias Nogueira, também orou, supli-cando as bênçãos de Deus sobre as atividades das mulheres.

Ester Siqueira Bezerra e Vera Baggio Alvim

Zoé Barbosa e Angela Pierangeli

Sócias que prepararam os lanches e o almoço

Ivana G. Ywand

Inayá representando a SMM da Catedral

Algumas participantes

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O CARISMA DOS/AS PEQUENINOS/ASDesejo refletir sobre o carisma do/as pequeninos/as. Neste

sentido, sempre é bom ler o referencial bíblico que orienta o exercício da liderança. Seja nas recomendações de Jesus aos discípulos, ou mesmo nas cartas do apóstolo Paulo, o tom é sempre o do serviço, da humildade e da dedicação para o bem dos outros. O bom líder é aquele/a que se doa para os/as liderados/as e não aquele/a que oprime e explora. Assim, de-vemos sempre estar atentos para verificar se nossos/as líderes evidenciam os princípios bíblicos.

Ao falar dos/as pequeninos/as estou pensando naqueles irmãos e irmãs que nem sempre são reconheci-dos/as como lideranças, ou que exercem seus mi-nistérios com modéstia, simplicidade e até ano-nimamente e também naqueles e naquelas que são extremamente obe-dientes e atenciosas/as para com seus pastores e pastoras. Ou seja, estou pensando naqueles/as que parecem que “nada são”, mas que na verda-de são os que sustentam a vida da igreja com o seu trabalho, oração, ofertas e perseverança fundamentada na graça de Deus. Por certo você que lê este texto conhece pessoas assim, não é? Talvez você seja uma des-sas pessoas. Se for o seu caso vai aqui a minha homenagem.

Qual é o carisma dos/as pequeninos/as? Penso que eles e elas aprenderam a galgar os degraus do serviço. No livro “O último degrau da Liderança”, Wilkes sugere alguns princípios que caracterizam o carisma dos/as pequeninos/as:

1. O carisma dos/as pequeninos/as é evidenciado pelo coração, ou seja, pela integralidade da vida dedicada a Deus. Eles/as esperam que Deus os/as exalte (Lc 14.7-11).

2. O carisma dos/as pequeninos/as é percebido na dis-

posição em seguir aos princípios do Evangelho, sem que estas pessoas tenham como interesse maior ocupar cargos ou posi-ções de destaque. São seguidores/as obedientes e fiéis a Deus (Mc 10.32-40).

3. Os/as pequeninos/as descobriram o poder e a gran-deza do serviço e assim o fazem com alegria, esperança e

perseverança, mesmo que a liderança que se apresenta como “maior” seja personalista, intimista e massificadora. O caris-ma dos/as pequeninos/as se expressa no serviço prestado aos outros, independentemente de reconhecimento (Mc 10.45).

4. O carisma dos/as pequeninos/as é demonstrado quando pegam a toalha ou o avental e o fazem com simplici-dade e convicção (João 13.4-11).

5. Os/as pequeninos/as também são pessoas que traba-lham em equipe, atendem aos apelos dos líderes, respondem

positivamente aos de-safios, mas são pessoas honestas e transparentes para se dirigirem a seus líderes e indicarem equí-vocos que estejam sendo cometidos.

6. Eles/as são moti-vados/as para interagi-rem com outras pessoas (Mc 6.7). Até poderia dizer, sem medo de es-tar equivocado, que o carisma dos/as peque-ninos/as se expressa na resistência e na força para lutar pelos valores do Evangelho, nem que

para isto tenham que questionar os/as líderes que não gostam de serem questionados/as.

Ao falar do carisma dos/as pequeninos/as não poderia dei-xar de registrar um princípio que diferencia os/as pequeninos/as dos identificados como “maiores”: “A vida espiritual do lí-der se concentra numa única e poderosa idéia – serviço... O líder espiritual é aquele que se rende a Deus para trabalhar melhor”. Esta é a principal característica do carisma que es-tou abordando.

Numa sociedade estereotipada e que busca a promoção a qualquer preço, a Igreja está influenciada pelos mesmos an-seios que se encontram na sociedade, ou seja, poder, status, reconhecimento e promoção. Por isso eu não tenho muitas dúvidas, eu escolho o caminho do carisma dos/as pequeni-nos/as.

Bispo Emérito Josué Adam Lazier

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Eclesiastes 3, 1-8.Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

Esta narrativa é uma reflexão sobre o tempo. Expressa a maneira pela qual o autor e sua geração compreendiam o alcance do tempo em suas vidas cotidianas. O tempo, para o judeu, não era algo subjetivo. Era percebido de maneira objetiva. A melhor forma que os judeus encontraram para apreender objetivamente o tempo foi a partir da observa-ção das estações da natureza. Os acontecimentos da vida ocorrem à semelhança das mudanças processadas no verão, outono, inverno e primavera.

Nesta plataforma, a vida é regida por estações. Nossa experiência cotidiana gira de um ponto ao outro no eixo da existência. Tem tempo que estamos felizes, tem tempo que estamos infelizes. Tem tempo que estamos em paz, em outros entrincheirados e imersos em conflito. Tem tempo que celebramos a vida, tem tempo que nos cobrimos de luto e de cinzas. Tem tempo que odiamos e tem tempo que nos abrimos para abraçar e perdoar.

A vida é um ponto de passagem - um porto, um aero-porto -, em que pessoas cruzam às vezes nosso caminho. Algumas estão chegando, outras estão partindo. Umas viajam com as malas cheias de amor; outras carregam o peso do desamor. A vida supõe idas e vindas, encontros e desencontros, ganhos e perdas, vitórias e derrotas. Essas são as variações por que atravessa nossa existência e que caracterizam o jeito do nosso viver. Eis o primeiro ponto merecedor de destaque.

O segundo ponto é que há sempre um propósito para tudo debaixo do Sol. Não há, portanto, um despropósito no viver, no que diz respeito à criação de um modo geral. A realidade criada não é fruto do Acaso.

A criação divina foi dotada de uma meta, de um senti-do, de um objetivo final. Para os antigos tudo está conecta-do a tudo. Há um propósito no mundo, embora não o sai-bamos por completo qual seja tal propósito. Há para tudo, e para todos, um tempo determinado sob o Sol. Nem tudo foi escrito nas estrelas, é evidente. Mas há fatos da nossa vida que já foram estabelecidos previamente. Há tempo para nascer, e tempo para morrer, esse é o tempo biológico, passível de previsão.

Mas entre a vida e a morte, entre o aparecer e o desa-

parecer, existe um hiato na narrativa sapiencial. Entre um acontecimento e outro, as páginas da vida vão sendo gra-vadas, feito álbum de figurinha que vamos montando. Ora esse álbum aparecerá colorido, ora acinzentado. Cabe ao papel da liberdade preenchê-lo, na medida em que somos construtores da nossa história.

Há um tempo determinado para tudo debaixo do Sol. Logo, cada coisa acontece no seu devido tempo. Esta ex-pressão indica a profundidade de nossa frustração. Não po-demos, por vezes, abreviar ou prolongar o tempo. As coisas nem sempre acontecem no tempo em que programamos para acontecerem. Nem tudo ocorre do nosso jeito, a partir de uma data específica, por melhor que seja nosso planeja-mento. Elas acontecem no tempo determinado por Deus para acontecer. “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem dos lábios do Eterno” (Pv 16,1). Este é o segundo ponto a ser considerado.

E chegamos ao terceiro e último ponto de apreciação. Vivemos num tempo sem tempo. A nossa sociedade, nos dias que correm, não tolera o ócio, a improdutividade, a inércia, a falta de movimento. Na verdade tempo tem a ver com a medição e a passagem do movimento. A nossa sociedade coroou o tempo como o tempo da velocidade.

É a ânsia pelo que é veloz, a busca pelo milésimo por se-gundo, em que tudo deve transcorrer e ser digerido instan-tânea, superficial e rapidamente. Esta é a angústia da qual padecemos: a de sermos massacrados inexoravelmente pelo tempo, de nos rendermos a ele, como se fosse um deus, uma entidade absoluta, pronto a ser cultuado e glorificado. Na década de 30 uma viagem de Belém para Frankfurt le-vava três meses a bordo de um navio. Hoje, com sofistica-dos aviões, leva em média 12 horas. E há quem murmure sobre o tempo da duração da viagem.

Nós reconfiguramos a geopolítica do mundo; encurta-mos o tempo, as longas distâncias. Ampliamos nossas redes e criamos uma comunicação com infinitos recursos de in-teração, para ficarmos mais conectados, próximos uns dos outros. Ainda assim continuamos distantes; sem tempo para a família, sem tempo para os amigos, sem tempo para nossa igreja, sem tempo para Deus, por mais que estejam

Tempo de viver a vida6 GAIVOTA • Julho/Agosto • 2010

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ao nosso lado e à nossa disposição semanal e diariamente. Não podemos ser escravos desse tempo veloz, que não

permite que tenhamos tempo mais para o que é funda-mental. Temos que criar um tempo, dentro do tempo que temos, nesse tempo apertado, espremido, abarrotado de tantos compromissos e tarefas, para realizar ações vitais em nossa vida.

Como é precioso o tempo para estudar a Bíblia, esse tempo que passamos na igreja, no culto e na escola domi-nical. Esse é o tempo propício para usufruir das bênçãos de Deus e da comunhão dos irmãos. Que tempo é esse que nos arranca dos lares e não nos permite ter mais tempo para a família? Que tempo é esse que privilegia a quan-tidade de informações em prejuízo da profundidade dos relacionamentos?

Qualidade, densidade e profundidade não combinam com velocidade, como pretende a moderna sociedade da informação. Temos de atrasar o relógio, no bom sentido do termo, e aproveitar cada minutinho da vida como sendo único, irrepetível, inigualável, inescapável.

Os gregos também fizeram sua leitura do tempo. E a mitologia consagrou Chronos, o deus do tempo esmaga-dor, do cronômetro, do relógio, para ditar, com rigor e austeridade, as regras e a duração do viver humano. Em oposição a essa concepção os judeus inovaram com o kai-rós. Em grego, o tempo das oportunidades. É um tempo fora da linha do tempo normal. O tempo kairótico é um tempo que não se sujeita aos caprichos do tempo histórico-cronológico, porque se baseia na eternidade e na soberania de Deus, livre para irromper a todo instante, sem confor-mar-se a agenda da temporalidade.

É o tempo em que a qualquer momento o novo, a sur-presa, a novidade pode aparecer. Este tempo não pode ser medido, sondado, esquadrinhado. A celebração de hoje, como notaram, trabalhou essas oposições intimamente li-gadas ao tempo e a vida de um modo geral. Assinalou nos-sos encontros e desencontros, nossos amores e dissabores, nossas chegadas e partidas. Sobretudo destacou a alegria de quem está chegando e a saudade de quem está partindo.

A vida afinal não caminha em linha reta. Não é reti-línea. Não segue a lógica do nosso pensamento. A vida é um eterno devir. Tudo pode fruir, se alterar, mudar a qual-quer instante. A vida é previsível de um lado, mas é pura incerteza, do outro. Em nossa equação a vida segue mais ou menos assim. A gente nasce, cresce, envelhece e mor-re. Não exatamente nesta ordem. Afinal, quantas crianças não morrem precocemente, prematuramente? E quantos jovens chegam à velhice, de fato, no Brasil, marcado por tanta violência?

A existência humana não possui um cânone pronto. A cada momento, segundo a estrutura teológica do Eclesias-tes, as coisas podem se alterar. Todo momento é o tempo

certo, a época ideal para se viver a vida. O tempo das opor-tunidades que Deus nos concede, no fundo, é o tempo do hoje. Esse é o verdadeiro tempo kairótico. Hoje é tempo ideal para se viver a vida. O tempo ideal não é o tempo passado, pois o passado não existe mais; nem tampouco o futuro, posto que o futuro ainda não chegou, como bem observou Santo Agostinho nas Confissões. O tempo de Deus, o tempo kairótico, o tempo em que tudo pode acontecer, é o tempo de hoje, o tempo sempre presente, o tempo do agora. Este é o tempo ideal e o momento certo de acolhermos todas as possibilidades que Deus nos sugere.

Assim, vivamos cada momento da vida com o melhor do tempo que Deus tem nos proporcionado. Porque o tempo, como cantou Lulu Santos: “ele voa... escorre pe-las mãos, mesmo sem se sentir, e não há tempo que volte amor... vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos per-mitir...”.

Vamos nos permitir viver a vida debaixo da graça de Deus. Permitir-nos a chegada de um novo tempo, tempo de renovação familiar, de revitalização comunitária nesta igreja. E de modo muito particular, tempo de acolher os irmãos que estão chegando, em se tratando da minha famí-lia, e de dar um abraço bem apertado e fraterno naqueles e naquelas que estão partindo, no que se refere ao Lafayete, Áurea, Carol, Cecília e Pedro.

Teria mais pontos a considerar. Mas acho que meu tempo já acabou. Tempo tão breve para desenvolver esta reflexão. Deus abençoe a todos nós, leigos e pastores desta comunidade, toda a família da fé aqui reunida. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Rev. Tavernard e sua esposa Ivone.

(Mensagem proferida em 27/06/2010 )

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LAR BETEL EM TARDE ABENÇOADAEncontro com Deus! Tarde maravilhosa! Tarde abençoada! Deus presente entre nós e conosco! Foram estas algumas expres-

sões ouvidas, após a abençoada visita ao Lar Betel, na quinta feira, dia 13 de maio, de um expressivo número de sócias, com a presença do Pastor Paulo e dos irmãos Alfredo Rebeque e Venerando Silvestre.

Na chegada, a sala de reunião já estava repleta dos irmãos e irmãs residentes no Lar Betel. O Pastor Paulo, de modo sem-pre carinhoso, cumprimentou a todos, brincando, para ouvi-los responder com voz alegre e vibrante ao “boa tarde”. E todos vibraram fazendo eco com muita alegria.

A programação foi iniciada, com os cânticos “Deus está aqui” e “Deus é bom prá mim”, com muita euforia e participação de todos os internos do Lar, que acompanhavam a música com gestos.

O Pastor Paulo se dirigiu aos presentes com palavras inspiradoras e carinhosas, que contagiaram o ambiente e o coração de todos, elevando o nível de contentamento e gratidão.

Antes de introduzir a oferta dos presentes (pares de chinelos e meias para todos), o Pastor Paulo focalizou a preocupação de Jesus em lavar os pés cansados e empoeirados dos discípulos, que vinham de longas caminhadas. Frisou bem quem era Jesus e falou de seu amor por todos, relacionando esse fato com a preocupação da SMM em aquecer também os pés, tal como Jesus ensinou. Logo após, foi iniciada a entrega dos presentes, diante da máquina fotográfica que registrou a entrega da útil lembrança.

Finalizando a reunião, palmas e presentes ao alto, para fotos e aplausos. A alegria estava estampada na face de todos. A oração de encerramento foi de gratidão pela extensão do amor de Deus e pelas bênçãos derramadas.

Sem dúvida, tarde profundamente abençoada!Ester Siqueira Bezerra

Sócias da SMM com o pastor

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ARTE E ALEGRIA MARCAM A FESTA DA FAMÍLIAClóris Alessi

Aproximadamente cinquenta pes-soas prestigiaram a reunião artística, preparada pela Sociedade Metodista de Mulheres, em comemoração do mês da família, no dia 29 de maio.

Do programa constaram peças mu-sicais tocadas e cantadas, em dupla ou solo, acompanhadas do piano e o “con-tador de estórias” preencheram aquela tarde de saudosismo e muita alegria.

Inicialmente, Inayá Ometto, coor-

denadora da reunião festiva da SMS , após a abertura, realizou um sorteio do “Amigo Secreto de Oração”, seguido de pequena e inspiradora reflexão pelo Rev. Paulo Dias Nogueira, baseada no texto do Salmo l37:l-4, que fala sobre a dificuldade do cativo povo israelita, de entoar uma canção em terra estranha, o que não acontecia na reunião daquela tarde.

Foram apresentadas a rainha e a

princesa da “Festa das Nações”, recen-temente ocorrida, representadas pelas meninas Carol e Cecília Silveira, linda-mente caracterizadas.

Os deliciosos momentos da Festa da Família foram registrados e estão sendo exibidos nesta página, ampliando a ima-gem do que foi a programação, encerra-da com pratos salgados e doces, oferta-dos pelas famílias presentes.

Maria José Martins (soprano) e Vera Q. Cantoni (pianista)

“Creio em Ti” e “Hino ao amor”

Gustavo Alvim e Vera Baggio Alvim (dueto)

“A história de Joselito e Marieta”

Cecília Silveira (piano) - “A dança turca”

Ione Zitto e Márcia Zitto (dueto)“Cantoras do rádio”

Ronald Segabinazzi (barítono)“Furtiva lacrima”

Rev. Paulo Dias Nogueira (violão) e Beatriz Nogueira (cantora) –“Bom pastor”

Carolina Silveira (piano)“O lago do cisne”

Ronald Segabinazzi e Márcia Zitto (dueto)“Las mañanitas”

Luciana Alvim Gava e Fernanda Alvim Gava (piano a 4 mãos) –“Fantasma da Ópera”

Vera Q. Cantoni e Umberto Cantoni (piano a 4 mãos) – “As trutas” e “Danúbio azul

Carol e Cecília Silveira vestindo roupas de princesa e rainha da Festa das Nações

Hora do Lanche

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TALENTO: FRUTO DO NOSSO TRABALHOA Campanha dos Talentos encerrou-se na tarde do

sábado, 3 de julho, mais uma vez, coroada de êxito. Após o som do violão do César e o vocal da Márcia convidando à quietude para o início da devocional, a sócia Joana D’Arc, dirigente da reunião, saudou os presentes, lembrando-lhes do começo da campanha e das oportunidades havidas de desenvolver os dons ao longo desses meses, e enfatizando que o tamanho de cada talento será o do uso que fizermos dele.

A sócia Ana Tereza fez uma interessante reflexão a partir de uma dinâmica. Distribuiu, inicialmen-te, a cada participante um bombom. Ouvindo uma suave música e de olhos fechados todos deveriam, primeiramente, apalpá-lo, depois sentir seu aroma e, finalmente, saboreá-lo lentamente, ao mesmo tem-po em que essas sensações iam sendo interiorizadas. Essa experiência serviu para demonstrar que assim como sentimos o tato, o olfato e o sabor, Deus tam-

bém dá o tempo certo e as emoções certas para pro-varmos o que chamamos de inteligência espiritual.

Foi destacado o empenho das sócias nas ativida-des e tarefas desenvolvidas para a multiplicação dos talentos, especialmente das pertencentes à cozinha, chefiada pela Zenaide, que durante esses meses, às terças-feiras, fizeram pães, roscas, tortas, rocambo-les, que foram vendidos para tornar mais significati-va a oferta da equipe.

Em seguida, o pastor Paulo consagrou os envelo-pes, com as ofertas, convidando cada sócia a levan-tar as suas mãos com o fruto do seu trabalho. Uma tocante oração feita por ele encerrou essa atividade.

As aniversariantes ofereceram, como de praxe, sa-boroso lanche e um delicioso bolo que degustamos durante um alegre e animado papo.

Inayá Ometto

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Ana Tereza dirigindo a dinâmica

Alguns participantes

Joana dirigente do programa

Pastor Paulo

Aniversariantes de maio e junho

Isabela recolhendo os envelopes

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UMAS & OUTRAS

No sábado, dia 21 de agosto, o conjunto “Por-celana Brasileira”, que tem feito enorme su-

cesso, apresentará, no salão social da Catedral Meto-dista, o show denominado “Canções e momentos”. O preço do ingresso, que em breve estarão à venda, é de R$7,00. A renda obtida será ofertada à Campanha dos Talentos da SMM, pelas sócias Eliane, Sheila e Saman-ta, integrantes do referido conjunto. Será uma exce-lente oportunidade para apreciarmos boa música e nos deliciarmos com belas canções.

Despede-se, depois de 4 anos em nosso meio, a família Silveira. O casal Áurea e Lafaiete veio

para Piracicaba, com o objetivo de aprimorar os seus co-nhecimentos acadêmicos, ela na ESALQ e ele na UNI-CAMP, onde conquistaram o título de doutor em suas respectivas áreas. Juntamente com seus filhos, Carol, Cecília e Pedro, foram atuantes nas atividades e pro-gramações da igreja. A Carol e a Cecília foram as lindas representantes da AMAS, na última Festa das Nações, como rainha e princesa, respectivamente. Sentiremos muita falta de vocês. Nossos corações já se apertam pela saudade. Que Deus os acompanhe e voltem sempre que puderem. A Cecília, de 10 anos, fez uma poesia sobre a mudança de regresso, que você pode ler na página 2.

A sócia Cléa Rivero e

Roberto comple-taram 50 anos de casados. Postados no altar, rodeados por seus familia-res, o casal reno-vou os seus votos matrimoniais e recebeu a bênção impetrada pelo Rev. Paulo. Com os membros da igreja estendendo as mãos, uma linda oração foi feita pelo pastor em agradeci-mento a Deus pela significativa data.

A sócia Ze-naide e o

Alfredo também completaram suas bodas de ouro. A comemoração aconteceu no dia 29 de junho, du-rante a reunião de oração. O casal, juntamente com sua filha Neiva, o genro Beto e o neto, ofereceu aos presentes uma linda e primorosa festa. O pastor Pau-lo fez uma reflexão alusiva à data e orou, agradecen-do pela vida de ambos e rogando bênçãos sobre eles. Vários depoimentos, contando da amizade, carinho e atenção que têm recebido desse querido casal, foram feitos, com destaque especial para as palavras emo-cionadas da Neiva a respeito da excelência das lições recebidas de seus pais para a sua vida, manifestando, ao mesmo tempo, sua gratidão a Deus pela retidão da conduta deles e pelo exemplo cristão que lhe serviu de lição.

Em parceria com o Ministério de Ação

Docente, a SMM promo-veu, no dia 22 de junho, no salão social, uma ofici-na, voltada especialmente à Terceira Idade, dirigida pelo fisioterapeuta Paulo Caiuá, membro atuante da Catedral, sobre o tema “Educação Postural”, com palestra e parte prática

(exercícios para evitar dores e desconfortos com o po-sicionamento inadequado da coluna vertebral e de-monstração de várias posições para alongamento dos músculos). Agradecemos ao Paulo pela sua disponibi-lidade e contamos com outras palestras esclarecedoras e úteis para a qualidade de vida como essa.

Inayá Ometto

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Rosa Gitana Krob Meneghetti

Nos últimos anos tenho achado que as relações familia-res são maiores do que a família. Como assim? Não é pre-ciso que exista família para que as relações se estabeleçam? A formação familiar não é anterior ao estabelecimento dos laços familiares? Explico melhor: observo que nem sempre os casamentos, contratos nupciais e parcerias formais têm conseguido gerar bons núcleos familiares, saudáveis, ínte-gros e estáveis. No entanto, percebo que a aproximação das pessoas, motivada pelo convívio, seja familiar ou oriundo de outros processos de convivência como a escola, a igreja e tantos outros, pode criar relações filiais, maternais, paternais e especialmente fraternais tão significativas ou mais até do que aquelas esperadas no âmbito da família estrita.

Tenho sido agraciada na vida pela dádiva de ter muitos netos. Posso dizer até que tenho um em cada idade e em cada etapa da vida: Thyago, com dezoito anos, já é um moço que vai de bicicleta de um extremo ao outro de sua cidade, dividindo-se entre o trabalho e a escola e buscando localizar-se no universo do mundo adulto; Heloise tem doze anos e é estudiosa, aplicada, sendo o que se poderia chamar de uma “teen” urbana, conectada ao mundo virtual e às discussões de seu tempo; Manuella é loira como um raio de sol, que ilumina por onde passa, agitada, amorosa e feliz. Tem onze anos e gosta de jogar, de pular, de brincar e... claro, de con-versar sobre os meninos. E Gustavo? Tem oito anos, adora videogame e carrinhos, tem olhos grandes e carinhosos que esparramam afetos quando pousam nas pessoas. Mas tam-bém tem Camille, que chegou pouco tempo atrás, alegre, fe-liz e com muita opinião. Decidida, já entendeu o que acon-tece ao seu redor e sabe chorar e rir para dizer de seu humor.

Bem, a descrição que fiz de meus netos não foi à toa. Primeiro serve para dizer que, por conta deles, fiquei um pouco melhor na cozinha, na linha e na agulha, na paciên-cia e no cuidado com as pequenas coisas como a receita de

uma comidinha preferida ou a cor da moda para comprar as roupas das “mocinhas”.

Mas a razão principal ainda é outra: muitas dessas pessoi-nhas maravilhosas que descrevi não são meus netos e netas de sangue, filhos de meus filhos e filhas, mas netos do amor e do aconchego das relações que se estabeleceram ao longo da vida de nossa família. Filhos e filhas das escolhas e netos e netas da opção que fazemos todos pela ampliação dos la-ços familiares. A família pode ser maior do que ela mesma. Pode ter braços abertos e corações receptivos e includentes. Filhos e filhas podem escolher os pais. Netos e netas podem escolher avós. Avós podem acolher e amar os netos. Enfim, a família pode ter variadas configurações, desde que mante-nha a generosidade, o acolhimento e a partilha.

Tenho a cada dia, me tornado mais inteira, por causa dos meus netos. Quando converso com eles tenho desco-berto outros espaços escondidos da vida, e tenho aprendido, crescido, ficado mais criança e mais compreensiva. Tenho reconstruído pontes comigo mesma e com as pessoas, por causa da gratuidade do amor deles para comigo. Tenho des-coberto um imenso mundo interior dentro de cada um de-les, pronto para se dizer e se explicitar. Tenho descoberto também que sua ingenuidade não é sinônimo de tolice ou de desconhecimento sobre coisas e fatos, mas de falta de experiência sobre a natureza humana. Mas, especialmente, tenho compreendido a palavra de Jesus quando diz ”... das crianças é o Reino do Céu”.

Enfim, que neste tempo de celebração do Dia dos Avós, que a convivência familiar seja farta para todos, que os netos se tornem cada vez mais amorosos, que a vida se constitua no dia-a-dia dos afetos, que a responsabilidade pela educa-ção das crianças se instale definitivamente entre todos nós e, especialmente, que a reconstrução da vida pela VIDA seja uma busca constante.

NETOS E NETAS: UM JEITO DELICIOSO

DE CONSTITUIR E CONSTRUIR A VIDA

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