gabarito portuguÊs sempre c d b a b a c 1) b …asp2.com.br/jaguariuna/arquivos/portugues.pdf ·...

15
1 Português GABARITO PORTUGUÊS 1 C 26 D 2 D 27 B 3 A 28 A 4 B 29 A 5 A 30 C 6 B 31 E 7 E 32 E 8 D 33 A 9 A 34 C 10 E 35 D 11 B 36 D 12 D 37 B 13 E 38 D 14 C 39 A 15 B 40 C 16 C 41 A 17 A 42 C 18 D 43 D 19 B 44 E 20 E 45 A 21 B 46 C 22 D 47 A 23 C 48 B 24 C 49 E 25 E 50 E Português O texto abaixo refere-se às questões de 1 a 3. A PRINCESA E A RÃ Luis Fernando Veríssimo Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de autoestima. Ela se deparou com uma enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma: Eu, hein?... nem morta! Disponível em: http://pensador.uol.com.br/a_princesa_e_a_ra/ 1) Em relação ao texto é possível afirmar: a) Não há como estabelecer relação entre o texto e os contos de fada tradicionais devido à dificuldade de se traçar um paralelo entre as personagens femininas dos dois tipos de texto. b) O autor fez somente uma crítica bem-humorada dos contos de fadas tradicionais. c) Trata-se de uma paródia dos contos de fadas tradicionais, uma vez que implicitamente há a intenção da subversão, da sátira e da crítica social. d) Percebe-se no texto uma crítica ao machismo da sociedade e também uma alusão implícita ao papel social da mulher na atualidade. e) Trata-se de uma crônica, que é um gênero muito específico; não há, portanto, pontos de contato entre o texto e os contos de fadas. Resposta: alternativa c Ler e compreender os sentidos do texto - caps. 2 e 4 e Platão e Fiorin - lições 11 e 21 2) Analise as afirmações a seguir: I. As características da princesa que constam no primeiro parágrafo permitem a um leitor proficiente fazer previsões acerca do desfecho. II. Em: ―pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...‖ e ―um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe...‖, o primeiro pronome é da terceira pessoa porque está na voz do narrador, já o segundo está na segunda pessoa, está na voz da rã e evidencia um uso culto da língua. III. A rã refere-se à princesa formalmente por meio do pronome ―tu‖, o que demonstra tratamento respeitoso e ao mesmo tempo marca a diferença de posição entre a princesa e a rã no momento da conversa. Estão corretas: a) as afirmações I e II. b) as afirmações I e III. c) apenas a afirmação I está correta. d) todas as afirmações. e) nenhuma afirmação está correta. Resposta: alternativa d Ler e compreender os sentidos do texto- cap. 1 e Platão e Fiorin lição 8 3) A partir dos fragmentos, recupere o uso das reticências no texto:

Upload: vodat

Post on 12-Sep-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

Português

GABARITO PORTUGUÊS

1 C 26 D

2 D 27 B

3 A 28 A

4 B 29 A

5 A 30 C

6 B 31 E

7 E 32 E

8 D 33 A

9 A 34 C

10 E 35 D

11 B 36 D

12 D 37 B

13 E 38 D

14 C 39 A

15 B 40 C

16 C 41 A

17 A 42 C

18 D 43 D

19 B 44 E

20 E 45 A

21 B 46 C

22 D 47 A

23 C 48 B

24 C 49 E

25 E 50 E

Português

O texto abaixo refere-se às questões de 1 a 3. A PRINCESA E A RÃ

Luis Fernando Veríssimo

Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de autoestima.

Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...

Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.

Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.

Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.

A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para

sempre...

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

―Eu, hein?... nem morta! Disponível em: http://pensador.uol.com.br/a_princesa_e_a_ra/

1) Em relação ao texto é possível afirmar:

a) Não há como estabelecer relação entre o texto e os contos de fada tradicionais devido à dificuldade de se traçar um paralelo entre as personagens femininas dos dois tipos de texto.

b) O autor fez somente uma crítica bem-humorada dos contos de fadas tradicionais.

c) Trata-se de uma paródia dos contos de fadas tradicionais, uma vez que implicitamente há a intenção da subversão, da sátira e da crítica social.

d) Percebe-se no texto uma crítica ao machismo da sociedade e também uma alusão implícita ao papel social da mulher na atualidade.

e) Trata-se de uma crônica, que é um gênero muito específico; não há, portanto, pontos de contato entre o texto e os contos de fadas.

Resposta: alternativa c Ler e compreender os sentidos do texto - caps. 2 e 4 e Platão e Fiorin - lições 11 e 21 2) Analise as afirmações a seguir: I. As características da princesa que constam no primeiro parágrafo permitem a um leitor proficiente fazer previsões acerca do desfecho.

II. Em: ―pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...‖ e ―um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe...‖, o primeiro pronome é da terceira pessoa porque está na voz do narrador, já o segundo está na segunda pessoa, está na voz da rã e evidencia um uso culto da língua.

III. A rã refere-se à princesa formalmente por meio do pronome ―tu‖, o que demonstra tratamento respeitoso e ao mesmo tempo marca a diferença de posição entre a princesa e a rã no momento da conversa.

Estão corretas:

a) as afirmações I e II.

b) as afirmações I e III.

c) apenas a afirmação I está correta.

d) todas as afirmações.

e) nenhuma afirmação está correta.

Resposta: alternativa d Ler e compreender os sentidos do texto- cap. 1 e Platão e Fiorin – lição 8 3) A partir dos fragmentos, recupere o uso das reticências no texto:

2

Português

I. ―relaxante e ecológico...‖

II. Era uma vez... numa terra muito distante...‖

III. ―seríamos felizes para sempre...‖

IV. ―Eu, hein?... nem morta!‖

Sobre as reticências não é correto afirmar:

a) Na ocorrência I, marcam tão somente a interrupção do pensamento da princesa.

b) Na ocorrência II, marcam uma hesitação intencional do narrador e ao mesmo tempo reforçam circunstância de lugar e tempo.

c) Na ocorrência III, reforçam a circunstância temporal presente no vocábulo sempre.

d) Em IV, a interrogação seguida de reticências traduz a ideia de uma reflexão cheia de sarcasmo.

e) As reticências têm emprego diversificado para servir às intenções do autor.

Resposta: alternativa a Platão e Fiorin - lição 20 e Nova Gramática

do Português Contemporâneo - cap. 21

Leia com atenção a tira e responda às questões 4 e 5:

4) Em relação à tira, pode-se afirmar que:

a) o verbo ―estar‖ é sempre pessoal; portanto, não pode ser empregado em uma oração sem sujeito.

b) na oração ―Está tarde‖ o verbo é impessoal e a oração não tem sujeito.

c) considerando o texto verbal e o não verbal, o sujeito é oculto em ―Por que não tomamos uma entradeira?‖.

d) a forma ―né‖, no segundo quadrinho, é aceitável na linguagem culta e popular.

e) nas tiras, o texto visual é mais importante que o verbal.

Resposta: alternativa b Gêneros e textuais e ensino (parte II – texto 6 e Nova Gramática do Português Contemporâneo - cap. 7

5) O humor da tira é provocado:

a) pelo emprego do neologismo ―entradeira‖, que mostra a insatisfação de Hagar em relação à demora das visitas.

b) pelo uso de gírias no texto.

c) apenas pelo fato de que as visitas percebem a

insatisfação de Helga e Hagar.

d) pelo espanto de Helga quanto à demora das visitas.

e) pelo fato de que, conforme Hagar, as visitas beberam muito.

Resposta: alternativa a Platão e Fiorin - Lição 9

6) MORTE E VIDA SEVERINA João Cabral de Melo Neto

O retirante explica ao leitor quem é e a que vai

— O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. (...)

Severino, que representa o nordestino, é o nome do protagonista do texto de João Cabral. Quando se usa um indivíduo para representar uma classe tem-se uma:

a) comparação.

b) metonímia.

c) personificação.

d) hipérbole.

e) sinestesia.

Resposta: alternativa b Platão e Fiorin - Lição11

O texto abaixo refere-se às questões de 7 a 12.

CARNAVALESCOS, POR FAVOR, ERREM!

Leandro Narloch

CARO CARNAVALESCO, caro turista que vai desfilar neste Carnaval, eu gostaria de lhe fazer um pedido. Durante o desfile de sua escola de samba nos próximos dias, por favor, erre. Erre de propósito. Cometa bobagens imprevistas, saia do ritmo, embole a coreografia de seu grupo. Faça de tudo para que sua escola de samba ganhe notas péssimas dos jurados.

É um pedido estranho, mas que não tem o objetivo de sabotar a festa. Pelo contrário. Para que a

3

Português

diversão volte a acontecer, para que ela seja de fato um Carnaval, é preciso urgentemente errar mais na avenida.

O pedido se baseia na história. Por séculos e séculos, o Carnaval significou inversão de papéis, de julgamentos e de atitudes. Em outras palavras, significou fazer tudo ao contrário. Nas festas pagãs da Roma Antiga, que deram origem ao Carnaval cristão, escravos e seus senhores trocavam de posição: por um dia, eram os servos que mandavam. Já os europeus medievais faziam missas e procissões cômicas, desafiando a Igreja Católica, autoridade temerosa e indiscutível daquela época.

Uma festa parecida acontecia no Brasil. Durante as festas conhecidas como entrudos, as pessoas atiravam bolas de cera nos outros e faziam guerrinhas d'água pela rua, impressionando quem não estava habituado. Em 1832, o jovem Charles Darwin, ao visitar o Carnaval de Salvador com dois tenentes da Marinha britânica, escreveu assustado: "Achamos muito difícil manter a nossa dignidade enquanto caminhávamos pelas ruas".

Essa algazarra deliciosamente sem noção foi silenciada na década de 30. Por influência de costumes e governos fascistas, a festa se aproximou de um desfile patriótico, com regras, jurados e horários marcados. Os foliões passaram a desfilar diante de autoridades do governo e de jurados, que avaliavam a disciplina, o figurino e a média de acertos dos grupos, dando notas até dez. Instituiu-se a obrigatoriedade de sambas com letras em prol da nação. Os instrumentos de sopro, que não remetiam à "cultura nacional", foram proibidos.

As primeiras apresentações do Rio de Janeiro aconteceram na avenida Rio Branco, o mesmo local dos desfiles militares do dia 7 de setembro. A Deixa Falar, escola de samba mais antiga, desfilou em 1929 usando na comissão de frente cavalos da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Três anos depois, o samba-enredo da escola era A Primavera e a Revolução de Outubro, em homenagem à tomada de poder de Getúlio Vargas em outubro de 1930. A apresentação contou com participantes vestidos de militares.

Os sambas das escolas também foram atração nas primeiras edições da "Hora do Brasil", programa criado pelo governo Vargas. Em 29 de janeiro de 1936, uma edição especial com a Estação Primeira de Mangueira foi transmitida para a rádio nacional da Alemanha nazista.

Criou-se nessa época o evento metódico que existe até hoje, com notas, vencedores, regras de conduta e, o que é mais incrível, uma trajetória retilínea. É injusto que o Carnaval brasileiro seja simbolizado por um desfile tão contrário ao espírito carnavalesco. Por isso, precisamos afastar o Carnaval brasileiro de seus tempos fascistas. (...)

Folha de São Paulo – Tendências e Debates, 12/02/10

7) Do ponto de vista do tipo de texto, está correto afirmar que:

a) é narrativo porque o autor conta como era o carnaval antigo e como é o carnaval moderno.

b) apresenta elementos descritivos e narrativos em progressão temporal.

c) é uma carta, pois apresenta vocativo e saudação inicial.

d) não cabe inseri-lo em nenhuma tipologia textual, nem mesmo se considerado o critério da relevância temática.

e) se considerarmos o seu propósito, é predominantemente argumentativo, embora utilize passagens narrativas.

Resposta: alternativa e Gêneros textuais e ensino (parte 1- texto 1), Ler e compreender os sentidos do texto - cap. 5 e Platão e Fiorin – Lição 19 Observe o fragmento:

―Erre de propósito. Cometa bobagens imprevistas, saia do ritmo, embole a coreografia de seu grupo. Faça de tudo para que sua escola de samba ganhe notas péssimas dos jurados.‖

8) Nele, o linguista usou o modo imperativo, o que, segundo Luis Antonio Mascuschi, caracteriza:

a) mudança do percurso discursivo do autor do texto.

b) empréstimo da linguagem exclusiva da publicidade para o texto jornalístico.

c) marca de texto de opinião, já que o propósito é influenciar o comportamento ideológico do leitor.

d) os gêneros textuais não têm propriedades fixas e imutáveis, podendo mesclar funções e formas.

e) marca de discurso de autoridade, já que o autor parece ser um especialista no assunto Carnaval.

Resposta: alternativa d Gêneros textuais e ensino (parte 1 - texto 1)

9) O trecho: ―Para que a diversão volte a acontecer, para que ela seja de fato um Carnaval....‖, tem no texto a função de indicar:

a) finalidade.

b) oposição.

c) conformidade.

d) conclusão.

e) justificativa.

Resposta: alternativa a Nova Gramática do Português Contemporâneo - caps. 16 e 18

10) Do ponto de vista semântico, em qual alternativa as palavras e expressões configuram oposição no texto?

4

Português

a) essa algazarra/ entrudos

b) regras de conduta/ disciplina

c) tempos fascistas/ década de 30

d) rebaixamento/ carnaval

e) evento metódico/ inversão de papéis

Resposta: alternativa e Ler e compreender os sentidos do texto - cap. 2

11) As expressões ―caro carnavalesco‖ e ―caro turista‖ funcionam no texto como:

a) aposto, para explicar a quem o autor se refere.

b) vocativo, por meio do qual o autor, se refere diretamente a um suposto destinatário do discurso.

c) sujeito do verbo ―desfilar‖.

d) marcação exclusiva do destinatário do texto.

e) ―carnavalesco‖ apenas reforça o sentido da palavra ―turista‖.

Resposta: alternativa b Nova Gramática do Português Contemporâneo - cap. 7

12) De acordo com o texto:

a) após a vinda der Charles Darwin, importante cientista, o carnaval de rua acabou;

b) os entrudos não ocorreram no Brasil;

c) após a revolução de 30, o governo Vargas exigiu a mudança no Carnaval;

d) o fim do carnaval em que havia inversão de papéis sociais tem relação direta com a ditadura de Getúlio Vargas, iniciada na década de 30.

e) o carnaval antigo era uma festa para a população mais abastada.

Resposta: alternativa d Ler e Compreender os sentidos do texto - caps. 1, 2 e 3. O poema a seguir refere-se às questões 13, 14 e 15.

OS POEMAS Mário Quintana

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...

Disponível em: http://www.revista.agulha.nom.br/quinta.html#ospoemas

13) A construção das imagens poéticas é feita, nesse texto, primordialmente pelo uso da metáfora, figura de estilo que consiste:

a) no emprego de uma expressão suave em lugar de outra, considerada grosseira.

b) no exagero intencional de uma expressão, a fim de surpreender o leitor.

c) no uso de um termo figurado pela falta de outro, mais próprio.

d) na utilização de uma palavra por outra, tendo em vista uma relação de inclusão, de implicação entre elas.

e) em uma comparação implícita de dois termos, entre os quais se vê uma relação de semelhança.

Resposta: alternativa e Platão e Fiorin - lição11

14) No poema, mantêm intrínseca correlação de sentido as palavras:

a) alçapão, pássaros, alimentam-se.

b) alimentam, mãos, fecha.

c) pássaros, alçam, partem.

d) porto, livro, partem.

e) pássaro, pouso e lês.

Resposta: alternativa c Ler e Compreender os sentidos do texto -

caps. 1,2 e 8

15) A ideia que ancora o texto é:

a) Não há como entender poemas, porque eles são herméticos por natureza.

b) Os poemas nutrem-se da sensibilidade dos leitores e deixam-lhes uma descoberta.

c) Os poemas são livres como os pássaros e nunca ficam presos em lugar algum.

d) Os poemas melhoram a sensibilidade dos leitores, porque lhes alimentam a alma.

e) Os poemas trazem alimento para os leitores

Resposta: alternativa b Ler e Compreender os sentidos do texto - caps. 1 e 2 O texto a seguir refere-se às questões 16 e 17.

ALI Paulo Leminski

ali só ali se se alice ali se visse quanto alice viu

5

Português

e não disse se ali ali se dissesse quanta palavra veio e não desce ali bem ali dentro da alice só alice com alice ali se parece

Disponível em: http://www.vidaempoesia.com.br/pauloleminski.htm

16) Em relação ao poema é correto afirmar: a) É apenas um poema visual; portanto, deve ser

apreciado tão somente como um objeto plástico, sem implicações linguísticas.

b) Tem como base o conceito de que um fonema pode ser representado por letras diferentes; constitui, portanto, uma brincadeira do autor com esse conceito.

c) Sempre que for possível para um ou mais leitores construir um sentido para um texto, ele será coerente. No caso de Ali, deve-se considerar o plano linguístico e o espacial.

d) Foi criado a partir da fragmentação do vocábulo ―Alice‖ em constituintes menores, o que torna o espaço a parte mais importante do poema.

e) Não é coerente, uma vez que se constrói basicamente com a divisão do substantivo ―Alice‖.

Resposta: alternativa c Platão e Fiorin – lição 22 e Ler e

compreender os sentidos do texto – cap. 9

17) Em:

―Ali/se‖

―Se Ali‖

O fonema /s/ é representado pelas letras ―s‖ e ―c‖ e pode ser representado ainda pelo dígrafo ―ss‖.

Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam o fonema /s/ e estão corretamente escritas:

a) concessão, ascensorista, decente e excêntrico

b) pesquisa, paralizar, hesitar, guloseima, arrasar

c) florecente, renascer, sucessão, ressuscitar, fascismo

d) rescindir, convalecer, piscina, adolescente e discente

e) ascenção, indecente, sensação, excurção, distensão

Resposta: alternativa a Ortografia ensinar e aprender cap. 2

O texto a seguir refere-se às questões 18, 19 e 20.

AMOR DIGITAL Marcia Tiburi

O amor é basicamente ligação. É aquilo que liga nosso corpo à nossa linguagem. Como questão corporal e como prática discursiva, o amor é também um problema semiótico sempre dito por meio de signos que o sustentam.

A esse propósito é interessante lembrar que o signo mais importante da história do amor, a saber, o coração, perdeu seu estatuto. Por meio dele podemos compreender a crise do afeto mais desejado da história humana. Crise que se deve ao fato de que a sociedade, seguindo a medicina moderna, creditou ao coração a posição de órgão da vida e da morte por muito tempo.

Desde que o coração deixou de ser o órgão da vida, o que aconteceu quando uma comissão de médicos de Harvard propôs o conceito de morte cerebral, no fim dos anos 1960, a semiótica cotidiana e poética do amor está prejudicada, afinal, continuar usando o coração para falar das tais razões desconhecidas perdeu o sentido. Essas razões são descartadas na nova ordem do amor digital.

Sem o coração o amor entra na era cerebral. As desvantagens das razões do coração aumentam com o avanço das ciências do cérebro que, em algum momento, farão um mapeamento do amor.

A complexa questão do cérebro, no entanto, serve aqui apenas para lembrar que ela combina bem com os novos tempos do amor digital, posto que o cérebro é órgão análogo ao computador.

Se o amor é afeto que nasce de nossas necessidades corporais, se ele é memória do aconchego, o amor em tempos digitais vem apenas mostrar quão distantes estamos de nossos corpos desde que nos bastamos nos meios pelos quais podemos praticar um amor sem corpo.

A era digital impõe pensar teorias que orientam práticas, sobretudo, que uma teologia-política do amor se transformou em tecnologia-política. Prática digital de nosso tempo, o discurso amoroso sempre se valeu da impossibilidade do amor alcançada pela idealização.

A mais nova versão do amor para além do corpo é esse amor digital que, sem corpo, e pela ponta dos dedos, vem digitalizar a experiência corporal mostrando-nos que, neste mundo secularizado, permanecendo na mediação, estamos no ápice da teologia.

Amor digital é a vida da relação em que, jogando fora o corpo, mantemos apenas o que nos liga a ele sem que, paradoxalmente, ele esteja entre nós. Eis que o ―desejo do corpo‖ tornou-se um ―desejo dos dedos‖ medido em caracteres. Cada teclada vale como uma flechinha lançada a fundo perdido no deserto onde o desejo sem ter o que alcançar não sobreviverá sozinho (...)

Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2010/06/sobre-twitter-e-severinos/

18) Nesse texto a autora faz uma análise do amor na contemporaneidade. Em relação ao seu uso para uma turma de 9º ano:

6

Português

a) o professor deveria proceder às seguintes atividades: leitura pelos alunos, uso do dicionário para compreensão das palavras desconhecidas e aplicação de atividade.

b) como foi publicado na revista Cult (especializada em Cultura contemporânea), o texto não prevê como leitor um (a) adolescente.

c) o professor não deveria utilizá-lo porque é demasiado abstrato e filosófico; como contém muitas informações novas, deixaria o aluno muito inseguro, o que é prejudicial para a aprendizagem.

d) a mediação do professor poderia se dar por meio de leitura individual e compartilhada, resolução das dificuldades de vocabulário, auxílio para a localização das ideias centrais do texto, debate e criação de uma paráfrase e leitura de outros textos com temática semelhante.

e) bastaria que o professor lesse o texto e o interpretasse para os alunos a fim de garantir que eles se apropriassem dele, porque o saber do professor promove o conhecimento do aluno.

Resposta: alternativa d Por que (não) ensinar Gramática na escola

pags. 17 a 24 e Ler e compreender os sentidos do

texto - caps. 3 e 9

19) ―A esse propósito é interessante lembrar que o signo mais importante da história do amor, a saber, o coração, perdeu seu estatuto.‖

As palavras destacadas significam respectivamente:

a) palavra - condição

b) símbolo - condição

c) indício - lei

d) marca - poder

e) amuleto – lei

Resposta: alternativa b Ler e compreender os sentidos do texto -

caps. 1 e 2

20) Segundo o texto:

a) as descobertas científicas fizeram com que se percebesse que o amor é uma invenção da humanidade.

b) o amor perdeu importância na era digital.

c) o amor na era digital é mais idealizado do que em outros tempos.

d) a era digital ameaça o amor, porque o coloca no nível de uma experiência individual.

e) as descobertas científicas e a era digital colocaram em xeque as concepções tradicionais sobre o amor.

Resposta: alternativa e

Ler e compreender os sentidos do texto caps. 1 e 2

O texto a seguir refere-se às questões de 21 a 24.

CONTINHO

Paulo Mendes Campos

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada do meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:

― Você ai, menino, para onde vai essa estrada?

― Ela não vai não: nós é que vamos nela.

― Engraçadinho duma figa! Como você se chama?

― Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.

21) Leia as seguintes afirmações sobre o texto:

I. A palavra ―continho‖ diz respeito unicamente ao conteúdo, porque o texto é pequeno, embora apresente transformações de estado.

II. A palavra ―continho‖ diz respeito ao conteúdo e ao contexto, uma vez que se acham condensados no texto os elementos essenciais da narração.

III. A base das respostas do menino é a ambiguidade, que, nesse caso, não é viciosa porque serve à conotação.

IV. A adjetivação que caracteriza o menino está em oposição à que qualifica o vigário.

V. As respostas do menino mostram que, no que tange ao uso do discurso, ele não se sente intimidado pela posição social do vigário, o que provoca o humor do texto.

Das afirmações anteriores, quantas estão corretas?

a) 5

b) 4

c) 3

d) 2

e) 1

Resposta: alternativa b O Conto é um gênero textual do tipo

narrativo, denominar o texto de continho não diz

respeito unicamente ao tamanho do texto o que

torna a afirmação 1 incorreta. Platão e Fiorin -

lição 2 e lição 13.

22) Observe os vocábulos:

conto – continho

engraçado – engraçadinho

7

Português

barrigudo – barrigudinho

Em relação à análise dessas palavras a gramática caracteriza ―continho‖ como uma variação de grau, o chamado diminutivo. Já ―barrigudo‖ e ―engraçadinho‖ são adjetivos para os quais não se aplica a flexão de grau diminutivo; segundo a mesma gramática, fala-se em derivação sufixal apenas. Essa reflexão reforça a seguinte afirmação do professor Sírio Possenti:

a) O domínio efetivo e ativo de uma língua dispensa o domínio de uma metalinguagem técnica.

b) A escola de fato não ensina língua materna a nenhum aluno.

c) O outro sentido de regra traz consigo a ideia de regularidade e constância.

d) O Português é uma língua tão fácil que qualquer criança que nasce no Brasil a aprende em dois ou três anos. E é tão difícil que os gramáticos e linguistas não conseguem explicá-la na sua totalidade.

e) É importante salientar que seguir uma ou outra regra da gramática produz avaliações do tipo ―é culto‖, ―é inculto‖.

Resposta: alternativa d Por que (não) ensinar Gramática na escola - pag. 27

23) Ainda em relação ao trecho:

a) ―Engraçadinho‖ e ―barrigudinho‖ têm valoração positiva em relação ao substantivo a que se referem.

b) As três palavras têm conotação pejorativa no texto.

c) Considerado o contexto, ―barrigudinho‖ apenas compõe as características físicas do menino e, juntamente com ―magro‖, pinta um retrato caricatural.

d) ―Engraçadinho‖ tem, no texto, conotação afetiva, de elogio.

e) ―Continho‖ adquire no texto, valoração negativa.

Resposta: alternativa c Nova Gramática do Português Contemporâneo – cap. 8

24) Quanto ao verbo ―chamar‖:

a) o menino o considera também como ―ter nome‖.

b) o padre e o menino o consideram com o mesmo sentido, que é ―dar sinal com a voz‖.

c) foi usado pelo padre no sentido de ―ter nome‖.

d) para o menino, o sentido é ―apelidar‖.

e) para o padre, o sentido é ―dar sinal com a voz‖.

Resposta: alternativa c Nova Gramática do Português

Contemporâneo - cap. 13 e Ler e compreender os

sentidos do texto caps. 1 e 2

LEVADOS DA BRECA

25) Na tira:

a) elogiam-se os comerciais de bebidas alcoólicas, por serem interessantes.

b) demonstra-se que o personagem gostou muito dos comerciais de bebidas alcoólicas.

c) mostra-se que os comerciais de bebidas alcoólicas são malfeitos.

d) percebe-se que o personagem não sabe interpretar o que vê.

e) faz-se uma crítica aos comerciais de bebidas alcoólicas, usando a ironia.

Resposta: alternativa e Gêneros e textuais e ensino (parte II - texto 6) e Platão e Fiorin - lição 21

26) A partir da leitura da tira, conclui-se:

a) Menores de dezoito anos podem beber.

b) Coisas boas são realmente para um número reduzido de pessoas.

c) O que o personagem diz no último quadrinho não tem relação com o restante do texto.

d) A mensagem de proibição de bebidas para menores contradiz a ideia veiculada pela propaganda.

e) Fica claro que o personagem não interpretou corretamente a mensagem do comercial.

Resposta: alternativa d Ler e compreender os sentidos do texto -

caps. 1 e 2

O texto a seguir refere-se às questões 27, 28 e 29.

CONTO DE MISTÉRIO

Stanislaw Ponte Preta

8

Português

Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto. No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.

Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou:

Siga-me! ― foi a ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro

entrou num beco úmido e mal-iluminado e ele ― a

uma distância de uns dez a doze passos ― entrou também.

Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.

Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor

parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou ―

porém ― quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este".

O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi a resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois virou-se para sair. O que entrara com ele disse que ficaria ali.

Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:

Julieta! Ó Julieta... consegui.

A mulher veio lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.

27) Considerando os estudos de Platão e Fiorin, o texto é uma narração porque:

a) é construído com personagens, narrador, discurso direto e descrições.

b) apresenta sequência temporal e transformações de estado dos personagens.

c) apresenta verbos de ação.

d) tem introdução desenvolvimento e desfecho e é uma história de ficção.

e) é um texto essencialmente figurativo, em que as transformações dos personagens não são explicitadas.

Resposta: alternativa b Platão e Fiorin - lição 15

28) O clima de suspense do conto deve-se:

a) a recursos linguísticos da superficialidade do texto, como ausência de nomes de personagens, verbos na terceira pessoa, uso de pronomes indefinidos, descrições de cenários.

b) apenas ao fato de os personagens não terem nomes, o que torna difícil a identificação dos sujeitos das ações.

c) ao fato de um dos personagens ser um detetive, o que ativa o conhecimento prévio de que histórias de detetive têm muito mistério.

d) ao fato de os personagens fazerem questão de não serem vistos, porque estavam fazendo algo ilegal.

e) ao fato de os personagens serem chamados por substantivos genéricos, como o agricultor, o homem.

Resposta: alternativa a A coesão Textual - Ler e compreender os

sentidos do texto - caps. 1, 2 e 9

29) A respeito dos recursos coesivos utilizados no texto, julgue as afirmações a seguir:

I. O uso de elipses transmitiu ao texto a concisão e rapidez necessária ao tipo de enredo.

II. ―Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou -- porém -- quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: É este". As palavras destacadas neste trecho criam um tipo de coesão chamada de referencial.

III. Em relação ao tempo e ao aspecto verbal, o pretérito perfeito promove a progressão textual.

Estão corretas:

a) as três informações.

b) as informações I e II.

c) as informações I e III.

d) as informações II e III.

e) nenhuma informação está correta

Resposta: alternativa a Nova Gramática do Português Contemporâneo - cap. 19, A Coesão textual e Ler e compreender os sentidos do texto – cap. 8

9

Português

30) Diante de um texto escrito espontaneamente, no qual muitos alunos apresentem erros ortográficos, o professor deve:

a) listar os erros, verificar na Gramática as regras de regularidade ortográfica que evitariam tais erros e transmiti-las aos alunos.

b) já que o aprendizado da ortografia se dá pela memorização, basta fazer ditados, propor listas de palavras, fazer cartazes, campeonatos de soletração e dar valorizar sempre o conteúdo dos textos.

c) criar estratégias diversificadas para promover a aprendizagem, levando em conta os conhecimentos dos alunos, suas dificuldades e seus progressos.

d) ler constantemente com os alunos e para os alunos porque a ortografia se aprende pela visualização.

e) circular as palavras, solicitar a reescrita e aconselhar os alunos a lerem mais porque, quanto mais se lê, mais se aprende a escrever.

Resposta: alternativa c Ortografia: ensinar e aprender - parte II

Leia o texto para responder às questões 31, 32 e 33.

PROPAGANDA ANTITABACO EM XEQUE

Arjuna Casteli Panzera

Segundo estudo da UFMG, a razão da ineficiência da propaganda contra o fumo em relação aos jovens seria o distanciamento com que eles veem os problemas de saúde Todos os anos, quase cinco milhões de pessoas morrem no mundo em decorrência de doenças causadas pelo tabagismo. No Brasil, o número anual de vítimas chega a 200 mil. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta que essas mortes poderiam ter sido evitadas com uma simples escolha.

A decisão de parar de fumar – ou de não começar –, entretanto, só pode ser tomada pelo próprio indivíduo e é muito mais complexa do que parece, como mostra pesquisa realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nove anos depois da inclusão de imagens de impacto nas embalagens de cigarro para advertir os usuários dos riscos à saúde associados ao consumo do produto, pesquisadores avaliaram que a propaganda antitabaco é ineficiente entre os jovens.

Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/12/propaganda-

antitabaco-em-xeque

31) Assinale a alternativa correta:

a) Para evitar a repetição da palavra ―que‖, destacada, e manter a coerência e a coesão textual, podem-se usar dois pontos depois do verbo ―alerta‖ ou o pronome indefinido ―algumas‖.

b) Colocar dois pontos depois de ―alerta‖ para evitar a repetição implica necessariamente mudar de linha.

c) O verbo destacado no trecho: ―Segundo estudo da UFMG, a razão da ineficiência da propaganda contra o fumo em relação aos jovens seria o distanciamento com que eles veem os problemas de saúde‖, também introduz um enunciado de consequência.

d) Em: ―Todos os anos, quase cinco milhões de pessoas morrem no mundo‖, o verbo ―morrer‖ poderia estar no singular para concordar com ―cinco milhões‖.

e) Em: ―Todos os anos, quase cinco milhões de pessoas morrem no mundo em decorrência de doenças causadas pelo tabagismo‖, há uma relação de causa e consequência.

Resposta: alternativa e Ler e compreender os sentidos do texto -

cap. 8

32) ―A decisão de parar de fumar – ou de não começar –, entretanto, só pode ser tomada pelo próprio indivíduo e é muito mais complexa do que parece, como mostra pesquisa realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).‖

A conjunção como pode assumir diferentes significados em um texto. Aponte a única alternativa em que ela tem valor igual ao do trecho acima:

a) Como anoiteceu, e o cansaço me invadiu, deitei-me.

b) As melhores imagens de minha infância, guardo-as como se fossem presentes.

c) Choravam e como choravam aquelas crianças.

d) Pesquisas mostram como o efeito estufa vêm provocando irreparáveis males para a natureza.

e) O ministro da economia aumentou os juros, como era esperado pelo mercado.

Resposta: alternativa e Nova Gramática do Português Contemporâneo - cap. 16

33) Assinale a alternativa em que, em todas as palavras, o segundo elemento deve unir-se ao primeiro sem hífen, como em ―antitabaco‖:

a) supra/mencionado – anti/aéreo – infra-estrutura – auto/didata.

b) pan/americano – semi/reta, arqui/inimigo – afro/descendente.

c) micro/câmera – ulta/som – extra/escolar –super/resistente.

d) mal/falante – mal/educado – para/quedas – semi/ analfabeto.

e) anti/pedagógico – co/produção – anti/higiênico – ponta/pé.

Resposta: alternativa a Nova Gramática do Português

10

Português

Contemporâneo - nota do editor e cap. 4

34) ―Pesquisadores avaliaram que a propaganda antitabaco é ineficiente entre os jovens.‖

No trecho anterior há:

a) uma oração subordinada adjetiva restritiva.

b) uma oração subordinada adjetiva explicativa.

c) uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

d) uma oração subordinada substantiva subjetiva.

e) uma oração subordinada adverbial.

Resposta: alternativa c Nova Gramática do Português

Contemporâneo - cap. 18 Os textos a seguir referem-se à questão 35.

FALAR BRASILEIRO

VIVA ADONIRAN BARBOSA!

Marcos Bagno

Foi celebrado o centenário de um nome da música popular brasileira que é um verdadeiro personagem da nossa história cultural: Adoniran Barbosa. Esse João Rubinato (seu nome verdadeiro) recorreu a uma linguagem que tentava representar, com muita graça, o cotidiano das classes mais humildes da cidade de São Paulo, sobretudo dos imigrantes italianos. É preciso ressaltar, no entanto, que essa linguagem aparece ali de modo caricatural e nunca como a transcrição fiel de alguma variedade linguística autêntica. E é aí que mora o perigo quando tentam utilizar Adoniran na escola para o estudo da variação linguística.

Adoniran, junto com o personagem Chico Bento (de Maurício de Sousa), o compositor Luís Gonzaga e o poeta Patativa do Assaré, compõe o grupo das ―vítimas‖ preferenciais do trabalho que se faz, em muitos materiais didáticos, com o fenômeno da variação. O grande problema é que existe ali uma tendência a tratar da variação linguística em geral como sinônimo de variedades regionais, rurais ou de pessoas não escolarizadas. Parece estar por trás dessa tendência a suposição (falsa) de que os falantes urbanos e escolarizados usam a língua de um modo mais ―correto‖, mais próximo do padrão, e que no uso que eles fazem não existe variação, o que não é verdade.

Daí a insistência dos materiais didáticos em apresentar como exemplos de variação linguística uma tirinha do Chico Bento, um samba de Adoniran, um baião de Luís Gonzaga ou um poema de Patativa. Qual o problema? Muito simples: não são representações fiéis das variedades linguísticas que supostamente veiculam. Não são, nem têm que ser, já que em todas essas manifestações está presente uma intenção lúdica, artística, estética e, nem de longe, um trabalho científico rigoroso. A responsabilidade pelo problema não é de Maurício de Sousa, não é de Adoniran, nem de Gonzagão, nem de Patativa — o

problema está no uso inadequado que se faz dos trabalhos criativos dessas pessoas

Revista Caros Amigos – 30/09/2010

AS MARIPOSA

Adoniran Barbosa

As mariposa quando chega o frio Fica dando volta em volta da lâmpida pra se esquentar Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansar Eu sou a lâmpida E as muié é as mariposa Que fica dando volta em volta de mim Toda noite só pra me beijar 35) Um professor que leu o texto do professor Marcos

Bagno, propôs a uma turma de 8º ano uma análise da letra de música como sendo uma variação linguística do português e solicitou sua reescrita no português padrão.

O professor:

a) indicou que, na letra da música, há muitas palavras incorretas. Caso não fosse feito o trabalho de reescrita, os alunos poderiam aceitá-la como correta porque se trata de um artista famoso.

b) percebeu que os erros de concordância presentes na música são comuns nas classes populares; por isso, usá-la é adequado porque ela se aproxima do falar dos alunos.

c) verificou que a intenção lúdica, artística ou estética a que se refere o professor Marcos Bagno não se aplica à letra da música; portanto, está correto o encaminhamento pedagógico do professor.

d) fez uma avaliação incorreta, segundo o texto 1, do que seja variação linguística e supervalorizou o padrão culto em detrimento de outra variante.

e) sabe que Adoniran Barbosa é paulista e que a variante linguística em que ele escreve é típica do interior do estado de São Paulo.

Resposta: alternativa d Platão e Fiorin - lição 8 e Por que (não) ensinar Gramática na escola - pags.73 a 81 PEDAGOGIA

36) Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados em 1998 com a intenção de ampliar e aprofundar o debate educacional envolvendo escolas, pais, governo e sociedade, e de dar origem a uma transformação positiva no sistema educativo brasileiro. Para atingir essas metas:

a) os Parâmetros Curriculares Nacionais estipularam os conteúdos mínimos que são obrigatórios a cada ciclo/série em cada uma das disciplinas, pois é imprescindível que a educação oferecida nos grandes centros seja a mesma oferecida na área rural.

b) os Parâmetros Curriculares Nacionais foram criados por um grupo de educadores que não conhece a realidade brasileira e, portanto, apesar de terem

11

Português

força de lei, não são seguidos pela maioria das escolas do país.

c) os Parâmetros Curriculares Nacionais pretendem criar condições, nas escolas, que permitam aos nossos jovens exercitar sua cidadania a partir da escolha dos conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo, prática que tem sido desenvolvida com muito sucesso em todas as escolas.

d) os Parâmetros Curriculares Nacionais procuram, de um lado, respeitar as diversidades regionais, culturais, políticas existentes no país e, de outro, considerar a necessidade de construir referências nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras.

e) os Parâmetros Curriculares Nacionais são uma imposição autoritária dos governantes que dificulta o trabalho do professor, pois impossibitam que ele identifique os conteúdos que podem ser trabalhados em cada um dos ciclos/séries, respeitando a diversidade de condições e dos próprios alunos.

Resposta: alternativa d

PCN 5ª a 8ª séries de História “Apresentação ao

Professor”.

37) Leia atentamente as alternativas a seguir, sobre os objetivos do Ensino Fundamental, estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

I. Que os alunos sejam capazes de se posicionar de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.

II. Que os alunos sejam capazes de utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

III. Que os alunos sejam capazes de se colocar no mercado de trabalho e estejam aptos a se desenvolver profissional e socialmente, como cidadãos produtivos, ao terminar essa etapa de ensino.

IV. Que os alunos sejam capazes de conhecer características fundamentais do Brasil, nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país.

Quais alternativas estão corretas?

a) Somente as alternativas I, II e III.

b) Somente as alternativas I, II e IV.

c) Somente as alternativas I e II.

d) Somente as alternativas I e III.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Resposta: alternativa b PCN 5ª a 8ª séries de História “Objetivos do

Ensino Fundamental”.

―(...) o comportamento do homem é formado

pelas peculiaridades e condições biológicas e sociais do seu crescimento. O fator biológico determina a base, o fundamento das reações inatas, e o organismo não tem condição de sair dos limites desse fundamento, sobre o qual se erige um sistema de reações adquiridas.‖ (VIGOTSKI, 2010, p. 63)

38) Sobre as definições dos fatores biológicos e sociais do comportamento e o processo educativo, segundo Vigotski, é correto afirmar:

a) O organismo só é capaz de formar novas reações a partir de fatores biológicos. A genética é quem determina o comportamento e a natureza social dos indivíduos.

b) Através da educação é possível exercer influência e provocar mudanças no organismo alheio, ou seja, modificar as suas reações inatas a partir do ensinamento de outro, no caso, o professor.

c) A educação em todos os países e em todas as épocas sempre foi social; quem educou sempre foram os mestres ou os preceptores.

d) A educação se faz através da própria experiência do aluno, a qual é inteiramente determinada pelo meio, e nesse processo o papel do mestre consiste em organizar e regular o meio. Não se educa o aluno; o próprio aluno se educa.

e) No processo educacional, a experiência do aluno é tudo. A educação deve ser organizada de tal forma que o professor possa educar o aluno a partir dos conhecimentos e das experiências que este traz consigo, transformando-o.

Resposta: alternativa d PSICOLOGIA PEDAGÓGICA – Vigotski – pgs. 63,

64 e 67.

―A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.‖ (BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, 1990, art. 3º)

39) São consideradas crianças para os efeitos da lei que estabeleceu o Estatuto da Criança e do Adolescente:

a) pessoas até doze anos de idade, incompletos.

b) pessoas até catorze anos de idade, incompletos.

c) pessoas até dezesseis anos de idade, incompletos.

d) pessoas até dezoito anos de idade, incompletos.

e) pessoas até vinte e um anos de idade, incompletos.

Resposta: alternativa a

12

Português

ECA – Artigo 2º.

―O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.‖ (BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, 1990, art. 131)

40) Não é uma das atribuições do Conselho Tutelar:

a) Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou do adolescente.

b) Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente.

c) Aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra a norma de proteção à criança ou ao adolescente.

d) Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência.

e) Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural.

Resposta: alternativa c ECA – Artigo 136 e Artigo 148.

―O processo através do qual alguma ação se transforma em hábito e adquire propriedades características do movimento automático é denominado exercício. (...) Segundo expressão de James, o homem é simplesmente um complexo vivo de hábitos e por isso o objetivo do professor é infundir no aluno aqueles hábitos que na vida possam posteriormente trazer proveito.‖ (VIGOTSKI, 2010, p. 365-366)

41) Leia as afirmações a seguir sobre a criação de hábitos e assinale a alternativa correta, segundo o texto anterior.

I. A parte principal de qualquer educação consiste em fazer do sistema nervoso nosso aliado e não nosso inimigo. Para isso deve-se, na mais tenra idade possível, tornar habituais e automáticos o maior número possível de ações úteis e combater a consolidação de hábitos que possam trazer danos.

II. O professor não deve tentar incutir hábitos através de sermões nem falar coisas de natureza muito abstrata para as crianças.

III. Algumas funções das crianças desenvolvem-se natural e simplesmente com o passar dos anos, inclusive a atenção e a concentração.

IV. A criação de hábitos nas crianças é profundamente prejudicial ao seu desenvolvimento pedagógico pleno,

pois inibe a criatividade, escravizando-as a comportamentos predeterminados.

a) Somente as alternativas I e II estão corretas.

b) Somente as alternativas I, II e III estão corretas.

c) Somente as alternativas I e IV estão corretas.

d) Somente as alternativas II e IV estão corretas.

e) Somente a alternativa IV está correta.

Resposta: alternativa a PSICOLOGIA PEDAGÓGICA – Vigotski – pgs. 365,

366, 369, 372, 375.

42) Sobre a dialogicidade da educação, Paulo Freire, em seu livro Pedagogia do Oprimido, afirma que ―Não há palavra verdadeira que não seja práxis. Daí, que dizer a palavra verdadeira seja transformar o mundo‖. (1979, p. 91)

Sobre o papel do professor e o uso da palavra, para Freire, é correto afirmar:

a) A ação educativa deve transformar os homens para que estes possam viver em melhores condições e se acomodem à realidade em que vivem.

b) O professor deve dialogar com seus alunos e ouví-los, sem perder a perspectiva de que ele detém o saber e que sua função é transformá-los.

c) O conhecimento não é algo que se entregue aos alunos, nem tampouco deve consistir na imposição de modelos do que é considerado bom. Programas educacionais só são bem-sucedidos quando se leva em conta a situação daquele a quem se dirige o programa.

d) O ativismo é importante, pois a ação possibilita o diálogo.

e) O professor tem a função de transmitir a palavra aos outros. Como detentor do conhecimento, faz parte de suas atribuições instruir seus educandos.

Resposta: alternativa c PEDAGOGIA DO OPRIMIDO – Freire – pgs. 92, 93,

95, 99.

43) Leia as afirmações a seguir sobre a prática bancária na educação, segundo Paulo Freire. Depois, assinale a alternativa correta sobre esse tipo de prática.

I. A concepção bancária de educação leva a alunos operários ou camponeses o conhecimento, impondo-lhes um modelo de bom homem, contido em um programa cujo conteúdo os próprios educadores prepararam.

II. As perguntas propostas aos alunos devem estar sempre relacionadas ao programa ensinado a eles.

III. Suscitar o diálogo é imprescindível no processo

13

Português

educativo. Somente ele pressupõe um pensar crítico e é capaz de gerá-lo.

IV. O professor que adota uma prática bancária de educação considera-se dono da verdade e do saber e considera todos os demais inferiores.

a) Somente as alternativas I, II estão corretas.

b) Somente as alternativas I e IV estão corretas.

c) Somente as alternativas II e IV estão corretas.

d) Somente as alternativas I, II e IV estão corretas.

e) Somente a alternativa IV está correta.

Resposta: alternativa d PEDAGOGIA DO OPRIMIDO – Freire – pgs. 95, 98,

99.

―São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.‖ (BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, art. 231)

44) Qual foi o conjunto de temas transversais proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais? a) I) Ética. II-) Orientação Sexual. III-) Língua Estrangeira. IV-) Meio Ambiente. V-) Direitos do Consumidor.

b) I) Informática. II) Empreendedorismo. III) Estatística. IV) Qualidade. V) Língua Estrangeira.

c) I) Psicologia. II) Estatística. III) Sociologia. IV) Filosofia. V) Cidadania.

d) I) Direitos do Consumidor. II) Informática. III) Qualidade. IV) Orientação Sexual. V) Meio Ambiente.

e) I) Ética. II) Meio Ambiente. III) Pluralidade Cultural. IV) Saúde. V) Orientação Sexual.

Resposta: alternativa e

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Artigo 231. QUESTÃO

SUBSTITUÍDA RESPOSTA CORRETA VIDE PCNs

TEMAS TRANSVERSAIS

―Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimento da educação básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.‖ (Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. art. 2º)

45) Leia as afirmações sobre os princípios que

devem nortear as ações pedagógicas nas escolas, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, e depois assinale a alternativa correta.

I. Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.

II. Os princípios dos Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.

III. Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

IV. Os princípios do trabalho, da ordem e da submissão ao interesse coletivo.

a) Somente as alternativas I, II e III estão corretas.

b) Somente as alternativas II, III e IV estão corretas.

c) Somente as alternativas I, III e IV estão corretas.

d) Somente as alternativas I, II e IV estão corretas.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Resposta: alternativa a DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS – Artigo

3º.

46) Os PCNs do 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental defendem que as situações pedagógicas envolvam os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho, de modo a favorecer sua formação integral. Para isso, é importante que o professor:

a) ofereça atividades pedagógicas fixas e determinadas, respeitando o conteúdo fixado no planejamento.

b) ofereça um projeto estruturado de formação para todos.

c) articule os conteúdos curriculares ao desenvolvimento de competências.

d) desenvolva instrumentos para avaliar conteúdos que estabeleçam um padrão mínimo de qualidade.

e) ofereça normas e regras de conduta e previsão de punições para estimular a criação de hábitos de estudo.

Resposta: alternativa c PCNs – interpretação dos objetivos para o ensino

fundamental.

47) A Lei 11.645 altera a redação do Art. 26-A da Lei 9.394 de 1996, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A alteração estabelece a obrigatoriedade do estudo, em todas as escolas do país, da história e cultura afro-brasileira e indígena. Em seu Parágrafo 1º, o texto diz:

―O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população

14

Português

brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.‖

Segundo a lei, os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e indígena devem ser ministrados:

a) no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

b) em disciplina específica, incluída no currículo escolar.

c) nas disciplinas de filosofia e sociologia, recentemente incluídas no currículo escolar.

d) nas disciplinas de história geral e história do Brasil.

e) nas disciplinas de história geral e geografia humana.

Resposta: alternativa a Parágrafo 2º do Art 26-A da Lei 11645.

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.‖ (BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, Art. 205)

48) A seguir estão indicados alguns dos princípios sob os quais deve ser ministrado o ensino no país, estabelecidos no art. 206 da Constituição. Assinale a única alternativa que está em desacordo com esses princípios.

a) igualdade de condições para acesso e permanência na escola.

b) adoção do método construtivista de ensino em todas as escolas públicas.

c) gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

d) liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.

e) gestão democrática do ensino público, na forma da lei.

Resposta: alternativa b CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Artigo 206.

―As escolas deverão explicitar em suas propostas curriculares processos de ensino voltados para as relações com sua comunidade local, regional e planetária, visando à interação entre a educação fundamental e a vida cidadã; os alunos, ao aprenderem os conhecimentos e valores da base nacional comum e da parte diversificada, estarão

também constituindo sua identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, às suas famílias e às comunidades.‖ (Diretrizes Curriculares Nacionais, art. 3º, V)

49) Segundo as orientações das DCNs, não são aspectos da vida cidadã que devem ser relacionados à educação fundamental:

a) a saúde.

b) a sexualidade.

c) a vida familiar e social.

d) o meio ambiente.

e) a fé e a religião.

Resposta: alternativa e DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS – Itens

IV e V do Art 3º.

50) Leia as afirmações sobre a imaginação e a memória e assinale a alternativa correta segundo os estudos de Vigotski.

I. A função básica da imaginação é organizar formas de comportamento jamais encontradas na experiência do homem, enquanto a função da memória consiste em organizar a experiência para formas que mais ou menos repetem o que já houve antes.

II. Brincadeira não é outra coisa senão a fantasia em ação; a fantasia não é outra coisa senão uma brincadeira inibida, reprimida e não descoberta.

III. A habilidade para esquecer o desnecessário, para descartar o excedente e estabelecer vínculos depois que esses elementos já fizeram o seu trabalho é tão necessária quanto o estabelecimento de novos vínculos.

a) todas as alternativas estão erradas.

b) as alternativas I e II estão corretas.

c) as alternativas I e III estão corretas.

d) as alternativas II e III estão corretas.

e) todas as alternativas estão corretas.

Resposta: alternativa e PSICOLOGIA PEDAGÓGICA – Vigotski – pgs. 203,

207, 195

PEDAGOGIA - QUESTÕES DISSERTATIVAS

―A educação autêntica, repitamos, não se faz de ―A‖

para ―B‖ ou de ―A‖ sobre ―B‖, mas de ―A‖ com ―B‖,

mediatizados pelo mundo. Mundo que impressiona e

desafia a uns e a outros, originando visões ou pontos

de vista sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de

dúvidas, de esperanças ou desesperanças que

implicitam temas significativos, à base dos quais se

15

Português

constituirá o conteúdo programático da educação.‖

(FREIRE, 1979, p. 98-99)

1) No trecho acima, Freire explicita sua visão sobre o

que considera uma educação autêntica. Em sua obra

o autor definiu dois tipos de práticas: a educação

bancária e a educação como prática da liberdade ou

revolucionária. Escreva um pequeno texto, de

aproximadamente 10 linhas, diferenciando estas duas

práticas e utilizando exemplos de como a opção por

uma delas se efetiva na sala de aula.

Resposta:

A prática da educação bancária é a que

considera o professor como detentor do saber e

responsável pela transmissão do mesmo. Sua

atuação é no sentido de transformar o aluno,

tentar adequa-lo a um modelo estabelecido como

ideal ou bom. Não admite questionamentos que

não estejam relacionados ao programa....

A prática da educação para a liberdade ou

revolucionária é a que tem no professor um

mediador do processo de aprendizagem. O aluno

aprende por si só, o professor apenas intermedia

este aprendizado. Não há a pretensão de

transformar o aluno, caso isso ocorra, é o próprio

aluno quem se transformou. Conteúdos são

determinados a partir da situação em que se

encontram os educandos, o diálogo é priorizado

como forma de desenvolver a criticidade.

2) O Estatuto da Criança e do Adolescente, Artigo 54,

garante à criança e ao adolescente o direito à

educação visando o seu pleno desenvolvimento,

preparo para o exercício da cidadania e qualificação

para o trabalho. Para que este direito seja exercido o

próprio Estatuto reconhece que é necessário garantir

algumas condições básicas. Indique quais condições

precisam ser asseguradas para que crianças e

adolescentes façam valer este direito.

Resposta:

É necessário assegurar à criança e ao

adolescente:

I – igualdade de condições para o acesso e

permanência na escola;

II – direito de ser respeitado por seus

educadores;

III – direito de contestar critérios avaliativos,

podendo recorrer às instâncias escolares

superiores;

IV – direito de organização e participação em

entidades estudantis;

V – acesso à escola pública e gratuita

próxima de sua residência.

É também direito dos pais ou responsáveis

ter ciência do processo pedagógico, bem como

participar da definição das propostas

educacionais.

3) Defina, segundo Vigotski, o que é o hábito e qual a

sua importância no processo de desenvolvimento

pedagógico.

Resposta:

Vestir e tirar a roupa, comer e beber, saudar

e despedir-se, todos essas atitudes são realizadas

de acordo com a repetição e não são movimentos

reflexos, são fruto do aprendizado e quase

automáticos. O processo através do qual alguma

ação se transforma em hábito e adquire

propriedades características do movimento

automático é denominado exercício. Nosso

comportamento é uma espécie de reação

organizada. O exercício cria uma predisposição

para a melhor realização de alguma ação, nossa

produtividade aumenta quando executamos

algumas ações de forma automática. Quanto maior

o número de hábitos corriqueiros que consigamos

tornar automáticos e fazer com que dispensem

esforços tanto mais nossas capacidades

intelectuais superiores terão liberdade para a sua

atividade.