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Revista Suma Economica 22 Fundos de Investimento MUTUAL FUNDS E março, a indústria de fundos de investimento registrou captação líquida de R$ 19,9 bilhões, mantendo a trajetória do ano de oscilações no comportamento do mercado, já que janeiro apresentou entrada líquida, fevereiro registrou resgate líquido, voltando março a ter o comportamento do primeiro mês do ano. O destaque ficou para os fundos de Renda Fixa com entrada líquida de R$ 21,5 bilhões, concentrado praticamente em um único fundo, o Corporate, o que foi determinante para o comportamento do setor no último mês do primeiro trimestre. As demais categorias tiveram pouca oscilação tanto para o lado da captação líquida, quanto para o de saída líquida. Registra-se o resgate líquido de R$ 2,3 bilhões em Multimercados e a captação líquida de R$ 2,7 bilhões em Previdência. No trimestre, a liderança é da Renda Fixa com R$ 40,5 bilhões. Na outra ponta, o resgate líquido é liderado pela categoria Multimercados, com R$ 12,1 bilhões. O total de aplicações no ano chegou a R$ 1,035 trilhão, contra R$ 1,005 trilhão em resgates. Com a boa valorização do Ibovespa, alguns fundos de Oscilação mantida Março volta ao ritmo da captação líquida COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA DE FUNDOS CAPTAÇÃO LÍQUIDA POR CATEGORIA NO MÊS DE MARÇO ações tiveram rendimento significativo no terceiro mês do ano, como, por exemplo, de FMP-FGTS, Mono Ação e Setoriais. Em Renda Fixa, carteiras de duração mais longa tiveram boa valorização, caso do tipo Duração Alta Soberano. No trimestre, este fundo apresentou uma valorização de 8,42%. O patrimônio líquido da indústria de fundos chegou, em março, a R$ 3,100 trilhões, considerando os fundos Off-Shore.

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Revista Suma Economica22

Fundos de Investimentomutual funds

Emarço, a indústria de fundos de investimento registrou captação líquida de R$ 19,9 bilhões, mantendo a trajetória do ano de oscilações no comportamento

do mercado, já que janeiro apresentou entrada líquida, fevereiro registrou resgate líquido, voltando março a ter o comportamento do primeiro mês do ano.

O destaque ficou para os fundos de Renda Fixa com entrada líquida de R$ 21,5 bilhões, concentrado praticamente em um único fundo, o Corporate, o que foi determinante para o comportamento do setor no último mês do primeiro trimestre. As demais categorias tiveram pouca oscilação tanto para o lado da captação líquida, quanto para o de saída líquida.

Registra-se o resgate líquido de R$ 2,3 bilhões em Multimercados e a captação líquida de R$ 2,7 bilhões em Previdência.

No trimestre, a liderança é da Renda Fixa com R$ 40,5 bilhões. Na outra ponta, o resgate líquido é liderado pela categoria Multimercados, com R$ 12,1 bilhões. O total de aplicações no ano chegou a R$ 1,035 trilhão, contra R$ 1,005 trilhão em resgates.

Com a boa valorização do Ibovespa, alguns fundos de

Oscilação mantidaMarço volta ao ritmo da captação líquida

COMPORTAMENTO DA INDúSTRIA DE fUNDOS

CAPTAÇÃO LÍQUIDA POR CATEGORIANO MêS DE MARÇO

ações tiveram rendimento significativo no terceiro mês do ano, como, por exemplo, de FMP-FGTS, Mono Ação e Setoriais. Em Renda Fixa, carteiras de duração mais longa tiveram boa valorização, caso do tipo Duração Alta Soberano. No trimestre, este fundo apresentou uma valorização de 8,42%.

O patrimônio líquido da indústria de fundos chegou, em março, a R$ 3,100 trilhões, considerando os fundos Off-Shore.

Revista Suma Economica 23

Segurosinsurance

E m janeiro, de acordo com a FenaPrevi, o setor de seguros registrou R$ 2,11 bilhões em prêmios, o que representou uma queda de 1,7% em relação ao movimento do

mesmo mês do ano passado.

Dentre os desempenhos positivos podemos destacar o ramo Vida, com R$ 935,89 milhões e alta de 3,08%. Com um crescimento significativo de 98,7%, o ramo Viagem fechou janeiro com R$ 26,07 milhões em prêmios. Pelo lado negativo, queda de 23,51% no ramo Prestamista, com movimento de R$ 436,32 milhões.

As indenizações aos segurados atingiram R$ 573,97 milhões, um pouco acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado.

Pela pesquisa, 46,7% do total dos prêmios ficou concentrado em São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro, com 9,4% e pelo Rio Grande do Sul, com 8,6%. Completam o quadro dos cinco primeiros estados, Minas Gerais (7,6%) e Paraná (6,3%). Nenhum outro estado possui participação maior do que 3,0%.

DADOS DA fENACAP

De acordo com a Federação Nacional de Capitalização (Fenacap), a receita do setor de capitalização alcançou R$ 3,072 bilhões no primeiro bimestre deste ano.

Menos prêmios distribuídosComportamento foi do primeiro mês do ano

MERCADO DE SEGUROS GERAIS - Em R$ milhões

fonte: Susep

jAN. A fEV.

2015

jAN. A fEV.

2016

VAR. %

Segmentos (Prêmio Direto)

Automóveis

Patrimoniais

DPVAT

Habitacional

Transportes

Riscos Financeiros

Responsabilidades

Outros

Total Seguros Gerais

4.965

1.975

2.190

792

459

390

256

426

11.153

4.762

2.161

2.477

544

474

378

249

533

11.578

-4,1

9,4

13,1

10,7

3,2

-5,8

-2,9

25,1

3,8

Revista Suma Economica24

Vendas do Comércioretail sales

Um dado alarmante, mas já esperado, sobre inadimplência foi divulgado pelo Serasa em abril e mostrou a complicada situação em que o consumidor

vive no momento, com incertezas e queda de confiança.

A inadimplência atingiu, em março, a 60 milhões de brasileiros, totalizando uma dívida de R$ 256 bilhões. Mais de 2 milhões de pessoas entraram na lista de devedores no primeiro trimestre deste ano, levando o total de inadimplentes a 41% da população adulta (mais de 18 anos). Há um ano, dentro dessa pesquisa trimestral da entidade, o total era de 55,6 milhões de brasileiros endividados.

O destaque vai para a quantidade de pessoas até dois salários mínimos que estão negativados em agências de crédito. Cerca de 40,0% do total. Com o aumento do desemprego (projeção da CNC de perda de 3,3% no emprego do varejo em 2016) e da inflação, era esperada uma elevação da quantidade de inadimplentes, sobretudo neste início de ano, onde incidem vários impostos e os reflexos das vendas natalinas. Porém, o número tão elevado surpreendeu.

O cenário caótico da economia e da política que gera o aumento da inadimplência, também reflete na confiança do consumidor e do empresário brasileiro.

Dados não estão nem um pouco favoráveis. Vendas em queda, renda estagnada e desemprego em alta. A inflação cede por queda na demanda do consumidor, mas se olharmos bem, a inflação mais importante, a dos alimentos, não demonstra sinais aparentes de retração. Com isso, o consumidor, ao ir às compras no supermercado, não sente uma melhora e permanece descrente com os rumos da economia.

Os dados gerais de confiança do consumidor e do empresário estão em níveis muito baixos, como apontou a Associação Comercial de São Paulo, com seu índice atingindo a mínima histórica em março com relação ao comportamento do consumidor paulista. Os índices da FGV também não demonstram reação neste cenário de incertezas, e a confiança do empresário mantém-se fraca sem grandes perspectivas de melhor no curto prazo, traduzindo-se em novos investimentos ou aumento significativo das contratações.

Nessa conjuntura, as projeções para as vendas do varejo permanecem em torno de uma queda de 4,5% em 2016.

DEMANDA DO CONSUMIDOR POR CRéDITO

De acordo com o Serasa, a demanda do consumidor por crédito caiu 0,4% em março na comparação com o mesmo mês de 2015. Frente ao mês de fevereiro, houve alta de 8,4%, pelo fato de o Carnaval ter diminuído o número de dias úteis do segundo mês do ano. O resultado acumulado do trimestre aponta uma elevação de 1,0%.

Na análise por renda, as faixas até R$ 500 / mês e entre R$ 500 e R$ 1000 / mês tiveram queda na comparação com o mesmo mês do ano passado. As outras quatro faixas tiveram alta. Frente ao mês de fevereiro, alta generalizada. O resultado acumulado aponta queda trimestral apenas na faixa até R$ 500 / mês.

Por região, em março houve alta no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com quedas no Norte e Nordeste, isto frente ao mesmo mês de 2015. Na comparação com fevereiro,

Difícil se superarCrise aumenta as incertezas

VENDAS DO VAREjO NO BRASIL

Revista Suma Economica 25

Vendas do Comércioretail sales

todas tiveram crescimento. O resultado acumulado do ano aponta crescimento no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste.

VENDAS NO VAREjO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

De acordo com a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), as vendas de matérias de construção no varejo caíram 4,0% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Frente ao mês de fevereiro foi detectada uma alta de 8,0%.

A Associação ficou satisfeita com os números frente ao mês anterior, pois já previa uma melhora nas vendas depois do Carnaval.

Com a situação do país ficando mais clara em termos políticos e econômicos, o varejo do setor espera melhorar as vendas no decorrer do ano. A Anamaco ainda trabalha com uma alta de 6,0% em 2016.

VENDAS DE VEÍCULOS

De acordo com a ANFAVEA, o licenciamento de veículos novos foi de 179,2 mil unidades em março, queda de 23,6% frente ao mesmo mês de 2015, Na comparação com fevereiro, alta de 22,1%. O resultado acumulado do

primeiro trimestre aponta queda de 28,6%, com 481,3 mil unidades comercializadas.

Para caminhões houve queda de 25,4% na comparação com o mesmo mês de 2015, com 4,8 mil unidades.

Sobre fevereiro, alta de 25,8%. No trimestre, 13,1 unidades comercializadas e retração de 32,1%.

NúMEROS DO IBGE PARA fEVEREIRO

Em fevereiro, as vendas do comércio caíram 4,2% na comparação com o mesmo mês de 2015. O destaque negativo ficou para o ramo de Equipamentos e Materiais de Escritório com retração de 17,3%. Todos os outros ramos também apresentaram queda nesta base de comparação.

Frente ao mês de janeiro, as vendas do varejo tiveram alta de 1,2%, revertendo a trajetória de queda nesta base. O setor mais influente no resultado foi a alta de 5,0% em Móveis e Eletrodomésticos. O resultado acumulado em 12 meses mostra uma queda de 5,3%. No primeiro bimestre, a retração foi de 7,6%.

Para o varejo ampliado, as vendas de fevereiro tiveram queda de 5,6% na comparação com o mesmo mês de 2015. As vendas de veículos tiveram queda de 6,6% enquanto a retração da construção civil ficou em 11,1%.

Revista Suma Economica26

Produção Industrialindustrial production

Em busca de um “Brasil Mais Produtivo”

Novo programa foi lançado em abril

N o mês passado, o governo brasileiro lançou o programa Brasil Mais Produtivo, com o intuito melhorar a produtividade em cerca de três

mil pequenas e médias empresas que deverão ser contempladas pelo programa e que passam por momentos difíceis resultantes da crise atual.

Numa primeira fase, empresas que possuam entre 11 e 200 empregados e sejam dos ramos moveleiro, vestuário, calçados, metalmecânico, alimentos e bebidas serão as contempladas.

O orçamento é de R$ 50 milhões e os atendentes do Senai serão responsáveis pela consultoria às empresas principalmente nas áreas de logística, e na otimização das linhas de produção. Do montante total a ser investido, apenas R$ 10 milhões ficarão a cargo do governo federal, com o restante dividido entre o Senai, a Apex e a ABDI.

Os custos para as empresas serão de R$ 18 mil, sendo

15 mil subsidiados, e o restante podendo ser pagos com o cartão Bndes, por exemplo.

RECEITA MENOR

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, os resultados do setor no início do ano foram bastante desfavoráveis e a tendência é de que este seja mais um ano de queda nas vendas.

O faturamento de fevereiro foi 24,1% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado e não há perspectivas de melhora no curto prazo.

Isto poderia acontecer se o real permanecesse desvalorizado, e ainda acima dos R$ 4,00, pois o setor externo seria um desafogo importante. No segundo mês do ano, as exportações até subiram e as importações caíram, mas o déficit permanece alto. Esta conjuntura de déficits significativos deve continuar mesmo com as

VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Revista Suma Economica 27

Produção Industrialindustrial production

importações em queda pela menor atividade interna, já que o real voltou a trabalhar em torno de R$ 3,50, o que não deve fomentar os embarques.

A Abimaq, sem perspectivas para uma melhora substancial do déficit comercial prevê que neste ano tenhamos uma queda de 12% na Formação Bruta de Capital Fixo e de 6% no faturamento.

INDúSTRIA DE CIMENTO

Em março, as vendas de cimento caíram 16,1%, atingindo 4,9 milhões de toneladas. O resultado do trimestre ficou em 13,9 milhões de toneladas. Em 12 meses, retração de 10,9%, com 62,3 milhões de toneladas vendidas.

O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic) prevê uma queda entre 12% e 15% neste ano em uma conjuntura de dificuldades enfrentadas pela construção civil, tanto no aspecto econômico, quanto no político.

As vendas de materiais de construção caíram 17% em março na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo a Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat). A previsão do ano é de retração de 4,5% nas vendas, podendo ser maior caso a economia e a política não fiquem aclaradas no curto prazo.

PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO

Em março, a produção nacional de aço bruto atingiu 2,506 milhões de toneladas, queda de 9,5% frente ao mês de março do ano passado. No primeiro trimestre, a retração foi de 12,3% com 7,391 milhões de toneladas produzidas. Deste total, foram 2,932 milhões de toneladas em laminados planos e 2,152 milhões de toneladas em laminados longos.

O maior produtor continua sendo Minas Gerais, com 36% do mercado no primeiro trimestre, seguido do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

As vendas no mercado interno caíram 23,8% no terceiro mês do ano, chegando a 1,474 milhão de toneladas. No trimestre, 3,981 milhões de toneladas vendidas, retração de 23,1% frente ao período entre janeiro e março do ano passado.

PRODUÇÃO AUTOMOBILÍSTICA

De acordo com a Anfavea, a produção de veículos atingiu 195,3 mil unidades em março, queda de 23,7% em relação ao resultado do mesmo mês do ano passado. Frente ao mês de fevereiro, alta de 42,6%. No trimestre foram 482,3 mil unidades, queda de 27,8% frente ao mesmo período de 2015.

VARIAÇÃO DO EMPREGO INDUSTRIAL

Revista Suma Economica28

Produção Industrialindustrial production

Para caminhões, a produção chegou a 5,3 mil unidades no terceiro mês do ano, alta de 6,9% frente ao mês anterior e retração de 23,2% frente ao mesmo mês de 2015. Nos três primeiros meses do ano foram 15,19 mil unidades produzidas, queda de 35,2%.

As montadoras têm enfrentado um período de alta capacidade ociosa em seus parques e com uma perda de postos de trabalho significativa. Os estoques estão altos e o único dado mais positivo vem das exportações, que crescem em termos de volume, mas ainda têm retração em valor.

NúMEROS DO IBGE

Em fevereiro, a produção industrial brasileira caiu 9,8% frente ao mesmo mês de 2015, puxada pela retração significativa de 25,8% na produção de Bens de Capital e de 29,3% em Bens de Consumo Duráveis. Por ramo, as retrações mais significativas pelo peso no índice nessa base de comparação ficaram com Máquinas e Equipamentos, Veículos Automores, Equipamentos de Informática e Materiais Elétricos e Produtos Têxteis.

Frente ao mês de janeiro houve queda de 2,5%, que já era esperada pelo menor número de dias úteis. O resultado acumulado em 12 meses indica queda de 9,0%, com um desempenho fraquíssimo em Bens de Capital e em Bens de Consumo Duráveis. No bimestre, a retração é de 11,8%.

NúMEROS REGIONAIS

Em fevereiro, o destaque frente ao mesmo mês do ano passado ficou para o estado do Mato Grosso, com alta de 18,1%. Além deste estado, a produção paraense cresceu 15,4% sendo as duas únicas altas nesta base de comparação. Por outro lado, queda de 26,2% na produção industrial pernambucana e de 25,0% na amazonense. Na comparação com janeiro, a maior queda foi apresentada pela indústria baiana: -7,9%. A maior alta foi 6,2% apresentada pela indústria do Pará.

O estado também é destaque no resultado acumulado do primeiro bimestre, com alta de 12,8%, seguido do Mato Grosso, com 8,1%, com ambos também lideres em médias móveis de 12 meses. Pernambuco e Amazonas lideram a retração bimestral entre janeiro e fevereiro: -28,0%.

PRINCIPAIS SEGMENTOS INDUSTRIAIS

Revista Suma Economica 29

Produção Industrialindustrial production

INDICADORES DA PRODUÇÃO REGIONAL

Revista Suma Economica30

Produção Industrialindustrial production

NÍVEL DE ATIVIDADE INDUSTRIAL

Geral Extrativa Mineral Transformação Bens de Capital Bens Intermediários Bens de Consumo

acumul.até o mês

12meses

12meses

12mesesperíodo

acumul.até o mês

acumul.até o mês

acumul.até o mês

12meses

12meses

12meses

acumul.até o mês

acumul.até o mês

jan 5,65 -1,92 2,56 0,29 5,86 -2,06 17,27 -9,74 4,03 -1,04 4,58 -0,43

fev 1,11 -1,88 -3,68 -0,78 1,42 -1,95 13,31 -7,34 -0,32 -1,49 -0,28 -0,38

mar -0,47 -1,95 -4,85 -1,50 -0,20 -1,98 9,82 -6,33 -0,77 -1,42 -2,79 -0,98

abr 1,62 -1,07 -6,52 -2,47 2,14 -0,98 13,37 -4,42 0,42 -0,89 -0,22 -0,24

mai 1,66 -0,54 -7,16 -3,45 2,22 -0,36 13,25 -2,34 0,23 -0,68 0,30 0,32

jun 1,92 0,18 -6,4 -3,54 2,45 0,42 13,78 0,28 0,38 -0,20 0,72 0,75

jul 2,03 0,64 -5,81 -3,66 2,53 0,90 14,15 2,44 0,40 -0,08 1,00 1,19

ago 1,55 0,65 -5,23 -3,68 1,98 0,92 13,54 4,64 0,13 -0,20 0,41 0,87

set 1,64 1,13 -4,58 -3,28 2,03 1,41 14,58 7,83 0,16 0,07 0,37 0,88

out 1,55 0,95 -4,38 -3,84 1,92 1,24 14,88 9,86 0,07 -0,19 0,20 0,26

nov 1,44 1,05 -3,85 -3,40 1,76 1,32 14,2 11,55 0,21 0,01 -0,04 -0,12

dez/13 1,15 1,15 -4,07 -4,07 1,47 1,47 13,33 13,33 -0,02 -0,02 -0,21 -0,21

jan -2,44 0,52 -0,84 -4,28 -2,54 0,82 2,48 12,14 -2,69 -0,53 -3,58 -0,83

fev 1,28 1,11 -0,04 -3,47 1,36 1,40 8,02 12,48 -0,81 -0,10 1,65 -0,03

mar 0,40 2,10 3,70 -1,60 0,10 2,60 -0,90 8,90 -0,60 0,70 3,00 3,20

abr -1,20 0,80 3,90 -0,70 -1,80 1,00 -4,80 5,50 -1,50 -0,30 0,60 1,60

mai -1,60 0,20 4,70 0,60 -2,40 0,20 -5,80 4,10 -1,80 -0,80 -0,10 1,10

jun -2,60 -0,60 4,10 1,00 -3,40 -0,80 -8,30 1,20 -2,20 -1,20 -1,90 -0,30

jul -2,80 -1,20 4,40 1,80 -3,60 -1,60 -7,80 -0,10 -2,50 -1,80 -2,00 -0,80

ago -3,10 -1,80 4,90 2,70 -4,00 -2,30 -8,80 -2,40 -2,60 -2,00 -2,50 -1,40

set -2,90 -2,20 5,40 3,50 -3,90 -2,90 -8,20 -4,30 -2,50 -2,20 -2,20 -1,70

out -3,00 -2,60 5,50 4,50 -4,00 -3,40 -8,80 -6,90 -2,50 -2,20 -2,20 -2,00

nov -3,20 -3,20 5,40 4,60 -4,20 -4,10 -8,80 -8,50 -2,90 -2,90 -2,30 -2,20

dez/14 -3,20 -3,20 5,70 5,70 -4,30 -4,30 -9,60 -9,60 -2,70 -2,70 -2,50 -2,50

jan -5,20 -3,50 10,40 6,40 -7,30 -4,70 -16,40 -10,90 -2,40 -2,70 -7,40 -2,90

fev -7,10 -4,50 10,90 7,20 -9,30 -5,90 -21,10 -13,50 -3,20 -3,00 -10,30 -4,60

mar -5,90 -4,70 10,30 7,30 -7,90 -6,10 -18,00 -13,80 -2,80 -3,20 -8,40 -5,00

abr -6,30 -4,80 10,50 7,80 -8,40 -6,30 -19,70 -14,50 -2,90 -3,00 -9,10 -5,40

mai -6,60 -5,30 9,90 7,90 -9,00 -6,90 -20,60 -15,80 -3,40 -3,20 -9,60 -6,20

jun -6,30 -5,00 9,40 8,40 -8,30 -6,60 -20,00 -15,40 -3,10 -3,10 -8,60 -5,60

jul -6,60 -5,30 8,40 8,10 -8,50 -7,00 -20,90 -16,80 -3,40 -3,20 -8,70 -6,20

ago -6,90 -5,70 7,70 7,70 -8,80 -7,40 -22,40 -18,40 -3,70 -3,40 -8,80 -6,50

set -7,40 -6,50 7,30 7,30 -9,20 -8,20 -23,60 -20,40 -4,10 -3,90 -9,10 -7,50

out -7,80 -7,20 6,30 6,50 -9,60 -9,00 -24,50 -22,30 -4,50 -4,40 -9,50 -8,60

nov -8,10 -7,70 4,70 5,20 -9,70 -9,30 -25,10 -24,10 -4,90 -4,60 -9,50 -9,00

dez/15 -8,30 -8,30 3,90 3,90 -9,90 -9,90 -25,50 -25,50 -5,20 -5,20 -9,40 -9,40

jan -13,80 -9,00 -16,80 1,30 -13,30 -10,40 -35,90 -27,00 -11,90 -6,00 -11,90 -9,90

fev/16 -11,80 -9,00 -14,60 -0,60 -11,30 -10,20 -30,80 -27,10 -10,10 -6,30 -29,00 -20,00

- Variação Acumulada até o mês: compara a produção acumulada no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com igual período do ano anterior.- Variação Acumulada em 12 meses: compara a produção acumulada nos últimos 12 meses de referência do índice, com igual período do ano anterior.

Revista Suma Economica 31

Câmbio & Comércio Exteriorexchange rates & foreing commerce

D e acordo com o Iedi, no primeiro trimestre de 2016, o déficit comercial da indústria de transformação ficou em US$ 2 bilhões, após ter ficado em

US$ 14,7 bilhões no mesmo período do ano passado. Foram US$ 26,8 bilhões em exportações e US$ 28,8 bilhões em importações. Deficitária desde 2008, a tendência é de que, neste ano, a indústria de transformação deva apresentar saldo zero ou positivo.

Além da retração das importações, está havendo, mesmo que de maneira tímida, uma recuperação de alguns setores, como automóveis, além de começar, também de maneira gradual, um processo de substituição de importações em ramos com têxtil e calçadista.

A manutenção do câmbio favorável será importante para o mercado exportador para consolidar a recuperação. Esta retomada é lenta e tem como um dos pilares esta

valorização do dólar frente ao real. Para o Iedi, o efeito do câmbio é mais rápido em alguns setores, como têxteis, calçados e celulose, além do automobilístico.

VEÍCULOS TêM RETOMADA

O setor automobilístico, que saltou de um déficit de US$ 1,5 bilhão para um saldo de US$ 203 milhões na comparação entre os primeiros trimestres de 2015 e 2016, poderá se sustentar no ano de 2016 tanto por uma recuperação dos embarques, quanto também pela queda das importações.

As vendas de automóveis e de veículos de carga para Argentina e México foram fundamentais para o saldo apresentado no primeiro trimestre do ano. Além disso, as importações caíram 38,9%, influenciadas pelo câmbio e pela retração do mercado interno.

Indústria melhora o seu déficit

BALANÇA COMERCIAL

Números são do Instituto de estudos para o Desenvolvimento Industrial

Revista Suma Economica32

Câmbio & Comércio Exteriorexchange rates & foreing commerce

COMéRCIO ExTERIOR BRASILEIRO em US$ milhões

dez /13 20.846 242.178 18.192 239.617 2.654 2.561

jan/14 16.027 242.238 20.084 239.694 -4.057 2.544

fev 15.934 242.622 18.059 240.931 -2.125 1.691

mar 17.628 240.930 17.516 239.294 112 1.636

abr 19.724 240.023 19.218 236.891 506 3.132

mai 20.752 238.953 20.040 235.873 712 3.080

jun 20.468 238.141 18.103 235.154 2.365 2.987

jul 23.025 240.358 21.450 233.899 1.575 6.459

ago 20.465 239.398 19.297 232.998 1.168 6.400

set 19.617 238.163 20.556 234.694 -939 3.469

out 18.330 233.672 19.507 231.519 -1.177 2.519

nov 15.646 228.457 17.996 230.029 -2.350 -1.572

dez 17.491 225.101 17.198 229.031 293 -3.930

jan/15 13.704 222.779 16.878 225.844 -3.174 -3.065

fev 12.092 218.937 14.934 222.716 -2.842 -3.779

mar 16.979 218.288 16.521 221.803 458 -3.515

abr 15.156 213.720 14.665 217.249 491 -3.529

mai 16.769 209.737 14.008 211.224 2.761 -1.487

jun 19.628 208.899 15.101 208.204 4.527 695

jul 18.526 204.400 16.147 202.893 2.379 1.507

ago 15.485 199.430 12.796 196.383 2.689 3.047

set 16.148 195.962 13.204 189.023 2.944 6.939

out 16.049 193.681 14.053 183.566 1.996 10.115

nov 13.806 191.842 12.609 178.102 1.197 13.740

dez 16.783 191.134 10.543 171.453 6.240 19.681

jan/16 11.246 188.676 10.323 164.898 923 23.778

fev 13.348 189.931 10.305 160.271 3.043 29.660

mar 15.994 188.944 11.559 155.311 4.435 33.633

abr 15.374 189.150 10.513 151.157 4.861 37.993

nomês

12meses

12meses

12meses

nomês

nomêsperíodo

ExPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDO COM.

Em 12 meses

Crescimento:

1,43 --- -28,31 --- 890,02 ---

--- -11,49 --- -30,42 --- 237,74

mês ano ant.Mês/mesmo

SALDO DA BALANÇA COMERCIAL

NúMEROS DAS TRANSAÇÕES CORRENTES E DO IDP

Em março, as transações correntes tiveram um déficit de US$ 856 milhões, menor resultado negativo desde agosto de 2009, e abaixo do previsto pelo Banco Central.

No primeiro trimestre, o déficit chegou a US$ 7,591 bilhões, com uma ajuda significativa das exportações. Em 12 meses, o resultado negativo chegou a USS 41,374 bilhões, ou -2,39% do PIB.

O governo manteve a sua projeção para o ano de 2016 em US$ 25 bilhões, o que representaria -1,59% do PIB.

O IDP em fevereiro ficou em US$ 5,557 bilhões, levando o resultado do primeiro trimestre para US$ 16,933 bilhões. Em 12 meses o IDP chegou a US$ 78,859 bilhões, ou 4,45% do PIB.

CâMBIO SOfRE BASTANTE INTERVENÇÃO DO BC

A turbulência na política nacional levou a uma intensa movimentação no mercado de câmbio, com o Banco Central participando ativamente do mercado para segurar o dólar no que parece ser o seu piso “virtual”, R$ 3,50.

O movimento de compra de bilhões de dólares em swaps foi frenético em alguns dias, como na semana pós-impeachment, com a maior intervenção já registrada, e, sobretudo, quando havia a percepção de que a moeda norte-americana poderia romper esse piso, o que frequentemente acontecia quando o Banco Central ficava por um ou dois dias sem atuar.