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Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Av. da República, 23 • 1050-185 Lisboa • Tel. (351) 211 129 290 • Fax (351) 211 129 299 Capital Social 1 000 000 Euros • NIPC: 502 124 695 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RELATÓRIOS E CONTAS 2011

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Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Av. da República, 23 • 1050-185 Lisboa • Tel. (351) 211 129 290 • Fax (351) 211 129 299

Capital Social 1 000 000 Euros • NIPC: 502 124 695

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

RELATÓRIOS E CONTAS 2011

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CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 2

ÍNDICE ENTIDADE GESTORA ............................................................................................................ 3

ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS ................................................................................................ 3

FUNDOS SOB GESTÃO.......................................................................................................... 4

MERCADOS.......................................................................................................................... 5

CONJUNTURA MACRO-ECONÓMICA ............................................................................. 5

MERCADOS FINANCEIROS............................................................................................ 12

RELATÓRIOS DE ACTIVIDADE DOS FUNDOS SOB GESTÃO.................................................. 20

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO CA MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ TESOURARIA (Reg. CMVM nº 28)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ EUROPA (Reg. CMVM nº 483)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ GLOBAL (Reg. CMVM nº 482)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ POUPANÇA ACÇÕES (Reg. CMVM nº 263)

FUNDO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ CONSERVADOR (Reg. CMVM nº 622)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO RAIZ VALOR ACUMULADO (Reg. CMVM nº 1012)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA EURIBOR II (Reg. CMVM nº 1179)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA SAÚDE VALORIZAÇÃO (Reg. CMVM nº 1207)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO CRESCENTE (Reg. CMVM nº 1238)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO (Reg. CMVM nº 1266)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO II (Reg. CMVM nº 1316)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO III (Reg. CMVM nº 1332)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO IV (Reg. CMVM nº 1358)

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CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2010 3

ENTIDADE GESTORA Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

Nº de Registo na CMVM: 188

Data de Início de Actividade: 29/07/1991

Sede Social: Av. da República, 23 - 1050-185 Lisboa

Capital Social: 1 000 000 Euros

Nº Único de Pessoa Colectiva: 502 124 695

ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente Avelino Meira do Poço Secretário João Manuel Pires Lopes

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Mário Dúlio de Oliveira Negrão Vogal Sérgio Manuel Arsénio Alves Contreiras Vogal Eduardo Augusto Pombo Martins Vogal Sérgio Manuel Raposo Frade Vogal João Gante Gonçalves Vogal João Manuel Aleixo Barata Lima

CONSELHO FISCAL

Presidente José Daniel Pereira Rito Alves Vogal José Júlio Faria da Costa

Revisor Oficial de Contas Salgueiro, Castanheira & Associado, S.R.O.C., representado por Natércia Pires Fernandes Castanheira (ROC nº 837)

Suplente Fernando da Silva Salgueiro (ROC nº 774) COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

Nuno Bartolomeu Nunes Alves Cordeiro Manuel Valentim Correia Stichaner Lacasta Jesus João Paulo Viana Gonçalves Pedro

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FUNDOS SOB GESTÃO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO CA MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ TESOURARIA (Reg. CMVM nº 28)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ EUROPA (Reg. CMVM nº 483)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ GLOBAL (Reg. CMVM nº 482)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ POUPANÇA ACÇÕES (Reg. CMVM nº 263)

FUNDO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ CONSERVADOR (Reg. CMVM nº 622)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO RAIZ VALOR ACUMULADO (Reg. CMVM nº 1012)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA EURIBOR II (Reg. CMVM nº 1179)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA SAÚDE VALORIZAÇÃO (Reg. CMVM nº 1207)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO CRESCENTE (REG. CMVM Nº 1238)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO (REG. CMVM Nº 1266)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO II (REG. CMVM Nº 1316)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO III (REG. CMVM Nº 1332)

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO IV (REG. CMVM Nº 1338)

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MERCADOS

1. Conjuntura Macro-Económica

1.1. Economia Mundial

A intensificação da crise das dívidas soberanas na Zona Euro e o arrefecimento da actividade económica a nível global, presenciado nomeadamente na segunda metade do ano de 2011, ditaram uma redução material do apetite pelo risco e um despertar de receios quanto a um novo período recessivo nas principais economias industrializadas. As tensões de natureza geopolítica presenciadas no Norte de África e Médio Oriente (Tunísia, Egipto, Líbia, Argélia e Bahrein) e o grave terramoto e consequente crise nuclear em Fukushima, no Japão, foram também responsáveis por uma redução progressiva das expectativas dos agentes económicos e por um declínio dos níveis de confiança das famílias e das empresas. A perspectiva de um arrefecimento mais acentuado do crescimento económico no bloco emergente pressionou as autoridades monetárias locais a recuarem nas políticas contraccionistas postas em prática desde o último trimestre de 2010. Na Europa, Portugal tornou-se no terceiro membro da Zona Euro a formalizar o pedido de auxílio financeiro internacional. Durante o ano, realizaram-se múltiplas cimeiras com o objectivo de promover uma estabilização dos mercados financeiros mas a inexistência de um consenso político no seio da Zona Euro viria a comprometer a credibilidade das medidas e instrumentos entretanto anunciadas. A discussão em torno de um segundo plano de auxílio financeiro à Grécia (EUR 130 mil mn) e a divergência entre o bloco “core” europeu e os países da periferia sobre uma eventual reestruturação da dívida pública helénica justificaram um aumento dos níveis de aversão ao risco no segundo semestre do ano. O contágio estendeu-se às economias italiana e espanhola obrigando o BCE a aceitar um papel mais interventivo no mercado secundário de dívida pública. Os Estados Unidos perderam pela primeira vez na sua história o rating “AAA” junto da S&P, na sequência das negociações difíceis entre democratas e republicanos na elevação do tecto da dívida pública. A finalização do segundo programa de “quantitative easing” por parte do FED e a interrupção de diversas cadeias fornecimento no Japão contribuíram para a desaceleração da actividade económica presenciada em meados do ano de 2011. A Reserva Federal prometeu manter a sua taxa de juro directora no intervalo entre 0% e 0,25% até finais de 2013 e anunciou a “operação twist”, com o objectivo de reduzir os custos de financiamento da economia norte americana. No quarto trimestre, surgiram os primeiros sinais de estabilização dos principais indicadores de actividade económica (ISM), dos níveis de confiança dos consumidores e uma inesperada melhoria das condições do mercado de trabalho.

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Economia Mundial, Previsões FMIProduto Interno Bruto(Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

2012 2013Estimativa Projecção

Economia Mundial 5,2 3,8 3,3 3,9

Países Desenvolvidos 3,2 1,6 1,2 1,9

Estados Unidos 3,0 1,8 1,8 2,2Zona Euro 1,9 1,6 -0,5 0,8Japão 4,4 -0,9 1,7 1,6

Países em vias de Desenvolvimento 7,3 6,2 5,4 5,9

Brasil 7,5 2,9 3,0 4,0Rússia 4,0 4,1 3,3 3,5Índia 9,9 7,4 7,0 7,3China 10,4 9,2 8,2 8,8

(1) FMI: World Economic Outlook, Update Janeiro de 2012.

Indicadores (1) 2010 2011

Nas economias emergentes verificou-se uma moderação do ritmo de crescimento económico e um arrefecimento progressivo das pressões inflacionistas, que atingiram um pico em meados do ano. Esta alteração da envolvente macroeconómica potenciou uma inversão no ciclo de subida de taxas de juro que se havia iniciado no final de 2010 – China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul. A agudização da crise financeira na Europa e a fragilidade evidenciada pelo sistema financeiro do velho continente, com necessidades de recapitalização estimadas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) na ordem dos 106 mil mn, conduziram igualmente a uma redução dos fluxos de capital para o bloco emergente. De acordo com as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia global terá crescido a uma taxa de 3,8% em 2011, arrefecendo face aos 5,2% verificados no ano de 2010. Neste particular, as economias em vias de desenvolvimento permaneceram os principais motores do crescimento da economia mundial (+6,2%), isto apesar do abrandamento presenciado no segundo semestre do ano - Brasil (+2,9%), Rússia (+4,1%), Índia (+7,4%) e China (+9,2%). As economias industrializadas deverão ter crescido a uma taxa anual de 1,6%, cerca de metade dos 3,2% registados em 2010 - Estados Unidos (+1,8%), Zona Euro (+1,6%) e Japão (-0,9%) – num cenário de baixas pressões inflacionistas e de expectativas limitadas quanto à subida das taxas de juro. Na Zona Euro, a intensificação da crise financeira e o efeito contágio junto das economias do designado bloco periférico (Portugal, Espanha e Itália) continuaram a dominar as atenções dos agentes económicos, exigindo um papel mais interventivo por parte do BCE e a introdução de novos instrumentos de combate à crise. Em Fevereiro, são conhecidos os primeiros contornos do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, a vigorar a partir de 2013 e com EUR 500 mil mn de capacidade de financiamento efectiva, cerca do dobro da capacidade efectiva do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), criado em 2010 para socorrer os estados membros que requeressem apoio financeiro internacional. Em Abril, Portugal formaliza o pedido de auxílio financeiro internacional num programa orçado em EUR 78 mil mn, sendo negociado com a “troika” (União Europeia, Banco Central Europeu e FMI) um memorando de entendimento com vista à introdução de medidas de austeridade e de controlo orçamental. Em Maio, a aparente ineficácia na execução do plano de austeridade helénico desencadeou as primeiras conversações em

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torno de uma possível reestruturação da dívida pública grega (“roll over” voluntário), lançando a génese de um segundo programa de auxílio financeiro (EUR 130 mil mn). Em Junho e Julho, a partilha de perdas do sector privado (PSI) e a necessidade de acautelar um eventual “trigger” no mercado de Credit Default Swaps (CDS) permaneceram temas centrais nas diversas cimeiras realizadas no período. Em Agosto e Setembro, os níveis de aversão ao risco atingem máximos do ano e o contágio intensifica-se a Espanha e Itália, materializando as profundas divergências identificadas no seio da União Europeia. O bloco “core” (Alemanha, França, Áustria e Holanda), permanecia defensor da austeridade e de um maior compromisso dos estados membros, contrariamente às economias da periferia europeia, que defendiam um alargamento da capacidade efectiva dos vários mecanismos europeus e a introdução das “eurobonds” como forma de financiar os estados membros com maiores desequilíbrios orçamentais. O papel interventivo do Banco Central Europeu no mercado secundário de obrigações permaneceu igualmente um tema fracturante. Na cimeira de 23-26 de Outubro fica acordado um “haircut” de 50% da dívida pública grega e a alavancagem do FEEF para uma capacidade de EUR 1.000 mil mn. O processo de alavancagem seria concretizado através da prestação de garantias à emissão de dívida pública por parte dos estados membros e, paralelamente, pela criação de um fundo de capital público e privado que centralizaria investimentos de terceiros. Igualmente em Outubro, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) estima necessidades de recapitalização da banca na ordem dos EUR 106 mil mn e define um “target” de core tier I de 9% a ser atingido até Junho de 2012. No Conselho Europeu de 8 e 9 de Dezembro foi antecipada a introdução do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira para Julho de 2012 e é negociado um novo acordo intergovernamental visando uma maior consolidação fiscal entre os diferentes estados membros da União Europeia. Ficou igualmente prevista a introdução de limites legais/constitucionais obrigando a uma maior disciplina orçamental e penalizações automáticas numa situação de derrapagem do défice. Em termos de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) subiu a sua taxa de juro de referência de 1% para 1,50% entre Abril e Julho, atendendo à intensificação de pressões inflacionistas, nomeadamente decorrentes da subida das “commodities” nos mercados internacionais. Em Setembro, o BCE, em coordenação com os principais bancos centrais mundiais, providencia crédito em dólares junto de diversas instituições financeiras europeias, após rumores quanto a restrições de financiamento por parte, nomeadamente, de bancos franceses. Entre Novembro e Dezembro, já após a saída de Jean Claude Trichet da presidência do Banco Central Europeu, Mário Draghi recolocou a taxa de juro de referência em 1% (duas descidas de 25 bps) num período marcado por fortes restrições de liquidez no sistema financeiro europeu. De forma a evitar um segundo “credit crunch”, o BCE renovou ainda um conjunto de facilidades de liquidez junto da banca europeia e retomou o programa de aquisição de dívida colateralizada (“covered bonds”). Em Dezembro, o BCE anuncia o lançamento de duas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO a 36 meses) destinadas a colmatar as dificuldades de liquidez do sistema financeiro europeu. O primeiro leilão, realizado a 21 de Dezembro, registou uma procura agregada de EUR 489 mil mn. Dada a impossibilidade estatutária de financiar estados soberanos na Zona Euro, a injecção de liquidez providenciada pelo BCE assemelhou-se em termos de resultados imediatos a um programa de “quantitative easing”, assistindo-se desde então a sinais tranquilizadores de alguma estabilização no mercado de taxa fixa europeu. A antecipação da entrada em vigor do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) para Julho de 2012 e comentários quanto à possível flexibilização das exigências de capital avançadas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) esteve na origem do forte apetite pelo risco evidenciado nos primeiros meses de 2012.

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Nos Estados Unidos, o arrefecimento económico presenciado no segundo e terceiro trimestres ditou um crescimento anual modesto de 1,8%. No mercado imobiliário, a construção de novas casas e a venda de casas existentes assistiram a uma aparente estabilização, muito embora permanecendo a mínimos históricos do pós-crise financeira de 2008. A criação de postos de trabalho e os pedidos semanais de subsídio de desemprego apresentaram sinais progressivos de recuperação, o que permitiu que a taxa de desemprego recuasse para 8,7% no último trimestre de 2011, ainda assim distante dos níveis de pleno emprego (5%) verificados antes da crise. Em Junho, finaliza o segundo programa de “quantitative easing” implementado pelo FED e em Agosto, a entidade monetária norte americana compromete-se a manter a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 0% e 0,25% até meados de 2013. Em Setembro, o FED apresenta ainda a “operação twist”, um programa orçado em USD 400 mil mn através do qual a Reserva Federal se propõe a comprar dívida pública com maturidades mais longas (6-10 anos) pela venda de dívida pública de maturidades mais curtas (até 3 anos). Segundo as estimativas de crescimento económico do FMI para 2012, a economia global deverá arrefecer para 3,3%, reflectindo uma desaceleração de ambos os blocos emergente (+5,4%) e industrializado (+1,2%). Entre países desenvolvidos, os Estados Unidos deverão crescer 1,8%, enquanto que a Zona Euro (+1,5%) deverá regressar a território recessivo, penalizada pelas medidas de austeridade introduzidas na periferia e pela incerteza induzida pela crise europeia. O Japão deverá avançar 1,7% e o Reino Unido deverá apresentar um crescimento ligeiro de 0,6%. A China deverá crescer 8,2% em 2012, seguida pela Índia (+7,0%), Rússia (+3,3%) e Brasil (+3,0%). A actividade económica deverá continuar crescer de forma moderada em 2012, na medida em que os agregados consumo privado e investimento público continuarão fortemente condicionados pela necessidade de recomposição de poupanças das famílias e de correcção dos défices orçamentais excessivos. O ciclo de “deleverage” financeiro e de reequilíbrio dos balanços dos agentes económicos nas economias ocidentais demorará anos a concluir e provocará fortes constrangimentos ao crescimento económico das principais economias mundiais. Segundo o FMI, a escalada de riscos financeiros e a redução das perspectivas dos agentes económicos é consistente com uma desaceleração do crescimento económico global mas não com um cenário de colapso. Este cenário base assume, no entanto, que os legisladores e políticos europeus endereçarão os esforços necessários para estancar o agravamento da crise financeira europeia de forma a garantir uma estabilização dos custos de financiamento (“yields”) em 2012 e uma normalização progressiva a partir de 2013. O FMI alerta que apesar do desempenho acima do esperado por parte do consumidor norte-americano na recta final do ano, a recente redução da taxa de poupança poderá não ser sustentável, pondo em risco a resiliência apresentada nos indicadores mais recentes de procura interna. Na Europa, os riscos de “downside” intensificaram-se nos últimos meses reflexo da agudização da crise financeira e do efeito contágio junto do sistema financeiro. O aumento de tensões de natureza geopolítica (como o movimento “Primavera Árabe” no inicio de 2011), a saída de fluxos dos mercados emergentes, a menor procura externa e a depreciação moedas dos países em vias de desenvolvimento face ao dólar, conforme se assistiu no segundo semestre de 2011, poderão potenciar um cenário de “hard landing” das economias emergentes. O FMI antecipa ainda um arrefecimento das pressões inflacionistas à escala global e uma estabilização ou redução do preço das “commodities” nos mercados internacionais.

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1.2. Economia Portuguesa

Num cenário de agudização da crise da dívida soberana na Zona Euro, a economia portuguesa intensificou em 2011 o inevitável processo de ajustamento aos profundos desequilíbrios macroeconómicos, substancialmente agravados ao longo da última década. Estes desequilíbrios, responsáveis por necessidades de financiamento externo persistentes, vinham pondo em causa a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas e, mais recentemente, a capacidade de financiamento da República nos mercados financeiros internacionais. Em Abril, o Estado português solicitou assistência financeira junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia (EUR 78 mil mn), a que se seguiu a formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF). O Governo português comprometeu-se por esta via a adoptar medidas de ajustamento e de rigor orçamental, medidas estas com um impacto marcadamente recessivo no curto prazo.

A economia portuguesa terá recuado 1,6% em 2011, de acordo com as estimativas mais recentes do Banco de Portugal publicadas no seu Boletim Económico de Inverno. Este fraco desempenho ter-se-á ficado a dever à evolução negativa da Procura Interna (-5,2%), reflexo da significativa desalavancagem das famílias, das empresas e do sector público, na sequência das medidas impostas pelo actual Programa de Assistência Económica e Financeira, um ajustamento determinante para garantir o restabelecimento dos equilíbrios macroeconómicos básicos, a redução das necessidades crónicas de financiamento externo e a abertura dos mercados financeiros internacionais. Atendendo ao elevado nível de endividamento externo, a redução da procura interna necessária para assegurar as condições de solvabilidade da economia portuguesa assume uma dimensão sem precedentes.

Neste sentido, o Banco de Portugal estima que o consumo privado tenha recuado 3,6% em 2011, em particular decorrente da quebra do consumo de bens duradouros, depois de um período prolongado de crescimento acima do registado pelo PIB. De forma idêntica, o Consumo Público (-3,2%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (-11,2%) apresentaram quedas substantivas ao longo do ano de 2011, não se antecipando uma alteração material desta tendência ao longo dos anos de 2012 e 2013. A evolução favorável da procura externa (Exportações +7,3% e Importações -4,3%) voltou mitigar a queda agregada do produto interno bruto. A procura externa permanecerá, no entanto, dependente da evolução macroeconómica dos principais parceiros europeus e de novos desenvolvimentos em torno da crise financeira da Zona Euro. Portugal, Previsões Banco de PortugalAgregados Macroeconómicos, Indicadores Económicos e Financeiros(Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

2012 2013

PIB 1,3 -1,6 -3,1 0,3

Consumo Privado 1,8 -3,6 -6,0 -1,8Consumo Público 3,2 -3,2 -2,9 -1,4FBCF -5,0 -11,2 -12,8 -1,8Procura interna 0,5 -5,2 -6,5 -1,5Exportações de Bens e Serviços 9,0 7,3 4,1 5,8Importações de Bens e Serviços 5,0 -4,3 -6,3 0,7

Conta Corrente em % do PIB -8,8 -6,8 -1,6 0,8

Indíce de Preços no Consumidor (IHPC) 1,4 3,6 3,2 1,0

(1) Banco de Portugal: Boletim Económico, Inverno de 2011.

ProjecçõesIndicadores (1) 2010 2011

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Neste contexto, o Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 3,1% em 2012 e que registe um crescimento marginal de 0,3% em 2013. No que diz respeito à Procura Interna, a sua evolução em 2012 e 2013, -6,5% e -1,5% respectivamente, deverá continuar condicionada pela deterioração das condições no mercado de trabalho (taxa de desemprego deverá avançar dos actuais 14%), pela redução do rendimento disponível das famílias e pela implementação de medidas contraccionistas impostas pelo Memorando de Entendimento celebrado com a “troika” (União Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional). De acordo com as projecções avançadas no Boletim de Inverno do Banco de Portugal, o Consumo Privado deverá recuar 6% em 2012 e 1,8% em 2013. Da mesma forma, o Consumo Público (-2,9% em 2012 e -1,4% em 2013) e a Formação Bruta do Capital Fixo (Investimento com quedas de -12,8% e -1,8%) deverão continuar a registar quedas expressivas. Em termos de Procura Externa, o Banco de Portugal estima que as Exportações continuem a evoluir de forma favorável (+4,1% em 2012 e +5,8% em 2013) enquanto que as Importações deverão voltar a recuar em 2012 (-6,3%) e praticamente estagnar ao longo de 2013 (+0,7%). Estes registos permitirão que as necessidades de financiamento da economia portuguesa, representadas pelo saldo das balanças corrente e de capital, recuem de -6,8% em percentagem do PIB em 2011 para +0,8% em percentagem do PIB em 2013. No que diz respeito à Inflação, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor terá subido 3,6% em 2011 (1,4% em 2010), traduzindo fundamentalmente o impacto dos aumentos do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), dos preços de alguns bens e serviços sujeitos a regulação, bem como, à própria subida do preço do petróleo e dos principais produtos energéticos. De acordo com o Banco de Portugal, o aumento da inflação em 2011 deverá ter assumido um carácter temporário, podendo registar-se já em 2012 uma descida para próximo dos 3,2%, reflexo da acentuada quebra expectável em termos de Consumo Privado e na Procura Interna em geral. No que toca à evolução das Finanças Públicas, o défice orçamental em 2011 ter-se-á situado nos 4% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo dos 5,4% inicialmente previstos. No entanto, sem a transferência de parte dos fundos de pensões do sector bancário para a Segurança Social, o défice teria ficado nos 7,5% do PIB. O défice orçamental previsto para 2012, de acordo com o Orçamento de Estado 2012, é de 4,5% (EUR 7.645 mn), um objectivo que deverá ser atingido pela implementação de um conjunto de medidas de contenção orçamental, assentes primeiramente no alargamento da base tributável dos diversos impostos, no reforço significativo do combate à fraude e evasão fiscais, no incremento do recurso às novas tecnologias de informação no procedimento tributário e, finalmente, na consolidação de um quadro fiscal propício à competitividade e ao investimento. No conjunto de medidas do lado da Receita com impacto em 2012, é de salientar a passagem de um conjunto de bens e serviços que estavam sujeitos a taxa reduzida ou intermédia para a taxa normal do IVA, incluindo o efeito remanescente do aumento do IVA sobre a electricidade e o gás a partir de 1 de Outubro de 2011, a que acresce a introdução de portagens nas SCUTs e o aumento das taxas moderadoras na saúde. O OE2012 contempla ainda um aumento da tributação directa sobre as famílias e as empresas, nomeadamente através da redução ou eliminação de benefícios fiscais e o agravamento da tributação dos rendimentos empresariais. Do lado da Despesa, é de realçar o efeito expressivo do corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos, trabalhadores do sector empresarial do Estado e pensionistas.

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Refira-se que nos últimos meses, em linha com orientações da “troika”, o Governo português privatizou o capital detido na EDP e na REN, estando igualmente previstas para 2012 as privatizações das posições detidas na Galp, TAP, ANA, CP Carga e CTT. O Governo tem por meta um encaixe total estimado de EUR 5,5 mil mn até 2014, sendo que 60% dos quais terão sido já garantidos pelas vendas entretanto consumadas. Em termos de Dívida Pública, a Dívida do Estado terá, de acordo com o Banco de Portugal, encerrado o ano de 2011 nos 107,2% do PIB, o que compara com os 93,4% registados em 2010.

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2. Mercados Financeiros Em 2011, os mercados financeiros internacionais apresentaram-se de forma geral voláteis, condicionados pela incerteza em torno da crise das dívidas soberanas na Europa e, posteriormente, pelo arrefecimento económico presenciado à escala global. Os “spreads” de crédito voltaram a alargar e os prémios de risco da dívida pública das economias periféricas da Zona Euro avançaram para máximos históricos, reflectindo a fuga dos investidores rumo a activos de refúgio como a dívida pública das economias “core” (Alemanha, Holanda, Suécia, Suíça, Estados Unidos), os metais preciosos e o dólar norte-americano. As principais divisas dos mercados emergentes sofreram o pior “drawdown” desde o início do “rally” em Março de 2009. Os primeiros seis meses do ano foram positivos para a generalidade dos mercados bolsistas, isto apesar de dois períodos de marcada aversão ao risco, primeiramente no mês de Março, aquando do terramoto de Fukushima no Japão, e, posteriormente, nos meses de Maio e Junho, atendendo à degradação dos indicadores macroeconómicos no bloco industrializado e receios diversos quanto a um “hard landing” do bloco emergente. O arranque de ano havia sido igualmente pautado por um período de forte turbulência no bloco em vias de desenvolvimento. Os movimentos da “Primavera Árabe”, no Norte de África e Médio Oriente, coincidiram com um repatriamento significativo de fluxos financeiros investidos nos mercados emergentes. O corte de diversas cadeias de fornecimento provenientes do Japão resultou de igual forma numa redução das expectativas de crescimento económico a nível global. O PIB nos Estados Unidos avançou uns ténues 0,4% no primeiro trimestre do ano e 1,3% no segundo trimestre. No segundo semestre, dúvidas quanto à sustentabilidade da recuperação económica, nomeadamente no bloco industrializado, pressionaram as “yields” das economias “core” da Zona Euro e dos Estados Unidos para níveis mínimos desde o deflagrar da crise. Os Estados Unidos perderam o rating de crédito “AAA” junto da S&P e a possível materialização de um cenário de “double dip” foi amplificada pela indefinição em torno da situação grega e pelo contágio da crise financeira europeia a outras geografias (Espanha, Itália). Na recta final do ano de 2011, assistiram-se a tranquilizadores sinais de estabilização nos principais indicadores macroeconómicos norte americanos. A criação de postos de trabalho superou sucessivamente as expectativas dos agentes económicos, os indicadores de confiança dos consumidores regressaram a máximos do ano e as empresas permaneciam com níveis recorde de “cash” nos seus balanços e margens operacionais a máximos do actual ciclo económico. Os indicadores de actividade económica (ISM) avançaram igualmente para território de expansão e o PIB relativo ao 4º trimestre do ano cresceu a uma taxa anualizada de 2,8%, ao ritmo mais elevado do ano. Na Zona Euro, o PIB relativo ao quarto trimestre do ano revelou uma contracção em cadeia de 0,3%, revelador de uma desaceleração significativa no sector industrial e nos serviços, onde a solidez do sistema financeiro permanecia intimamente ligada com os desenvolvimentos em torno da crise europeia.

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2.1. Mercado Cambial No mercado cambial, depois de um início de ano positivo, o Euro depreciou-se face às principais divisas penalizado pela intensificação da crise financeira europeia em meados do ano e por sinais de desconfiança quanto à sobrevivência do projecto da moeda única. A forte apreciação do CHF face ao EUR obrigou mesmo em Setembro à intervenção do Banco da Suíça, que fixou um “floor” nos 1,20 CHF por EUR, depois de testada a paridade em meados de Agosto. As vendas massivas de activos denominados em euros e o posterior contágio a outras geografias (Espanha, Itália, Bélgica) obrigaram o Banco Central Europeu a aceitar um papel mais interventivo no sentido de estabilizar os preços e travar a escalada dos custos de financiamento de Estados e empresas. As linhas de crédito reatadas por parte do BCE, conjuntamente com as duas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO) entretanto anunciadas, contribuíram na recta final de Dezembro para os primeiros sinais de alguma estabilização no mercado de taxa fixa. No último ano, o Euro perdeu 3,2% face ao Dólar norte-americano, encerrando o cotar nos USD 1,2961, e depreciou cerca de 8,1% para o Iene japonês, encerrando a transaccionar nos JPY 99,66. Face à libra esterlina, o Euro perdeu 2,8% fechando a última sessão de Dezembro a cotar nos GBP 0,833. As «commodity currencies» – coroa norueguesa, dólar canadiano, dólar australiano – penalizadas por um arrefecimento dos preços das matérias-primas – apresentaram perdas anuais face ao Dólar norte-americano – Dólar canadiano (-2,3%), Dólar australiano (-0,2%), Dólar neo-zelandês (-0,4%).

EVOLUÇÃO DO EUROBase100=31.12.2010

75,00

80,00

85,00

90,00

95,00

100,00

105,00

110,00

115,00

120,00

Dez-

10

Fev-

11

Abr

-11

Jun-

11

Ago

-11

Out-1

1

Dez

-11

USD GBP CHF JPY

A expectativa quanto a um arrefecimento das economias emergentes ao longo do segundo semestre de 2011 condicionou o desempenho da generalidade das divisas locais. O real brasileiro, o peso chileno e o peso mexicano registaram desvalorizações face ao Dólar de, respectivamente 11%, 9,9% e 11,5%. O renminbi chinês foi das poucas moedas emergentes a registar valorizações face ao dólar em 2011, apreciando cerca de 4,8% para 6,30 CNY por USD.

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2.2. Mercado de «Commodities»

O mercado de “commodities” apresentou um desempenho negativo ao longo do ano de 2011 com o índice TR Jefferies CRB a desvalorizar 8,3%. O arrefecimento das economias emergentes e as piores perspectivas de crescimento económico global penalizaram o sentimento junto dos diversos segmentos do mercado de “mercadorias”, isto apesar da heterogeneidade apresentada ao nível dos diferentes constituintes. A redução das expectativas dos agentes económicos quanto à evolução da inflação, que terá atingido um pico no decorrer dos meses de Verão, conferiu igualmente uma envolvente desfavorável para o desempenho da classe. O ouro, com uma valorização de 10,2%, e o crude, com ganhos de 8,2% em Nova Iorque e de 12,2% em Londres, constituíram as principais excepções à regra. Nos metais preciosos, uma referência para as perdas registadas pela prata (-9,8%) e platina (-21%), enquanto que entre os metais de base (industriais) uma nota para as quedas significativas apresentadas pelo alumínio (-18,2%), cobre (-20,8%) e níquel (-24,4%). À imagem dos demais activos de risco, as “commodities” apresentaram um desempenho muito correlacionado com a evolução do mercado accionista. No segmento de “commodities” agrícolas, uma referência para as fortes desvalorizações registadas pelo cacau (-31,6%), pelo açúcar (-27,5%), pelo trigo (-17,8%) e pela soja (-14%%). O milho destacou-se pela positiva valorizando 2,8% no ano. A dimensão das quedas presenciadas nas “commodities” agrícolas surge indelevelmente associada ao arrefecimento de pressões inflacionistas no mundo emergente, na medida em que os bens alimentares assumem nestas geografias uma proporção relativamente elevada do cabaz do consumidor.

2.3. Mercado Obrigacionista

No mercado obrigacionista, o contágio da crise financeira europeia a novas geografias, nomeadamente com a escalada das “yields” espanholas e italianas presenciadas em meados do ano de 2011, teve por consequência um agravamento material dos prémios de risco, forçando a uma maior intervenção do Banco Central Europeu no sentido de estabilizar os mercados secundários de taxa fixa. Desta forma, o balanço do Banco Central Europeu expandiu-se em EUR 800 mil mn no decorrer dos últimos seis meses do ano, atingindo os EUR 2,73 tn (USD 3,55 tn) e superando o balanço da Reserva Federal norte americana (USD 2,9 tn). O papel mais intervencionista do Banco Central Europeu e a possível alteração de mandato, atendendo à agudização da crise financeira europeia, foi ao longo do ano tema fracturante entre as economias “core” e as economias da periferia europeia. Em 2011, o Banco Central Europeu providenciou liquidez ao sector financeiro quer por via da reintrodução de instrumentos e linhas de financiamento de curto prazo, quer pelo alargamento do leque de colaterais utilizáveis para desconto junto da instituição monetária, quer mesmo, já na recta final de Dezembro, pelo lançamento do primeiro de dois leilões a 36 meses (LTRO) com o objectivo claro de estabilização do mercado de taxa fixa e de cobertura das necessidades de refinanciamento do sistema financeiro europeu que se avolumavam nos primeiros meses do novo ano de 2012. As economias do bloco “core” europeu (Alemanha, França, Holanda, Suécia, Finlândia) continuaram a beneficiar de custos de financiamento historicamente baixos, reflectindo a crescente procura por activos de refúgio, em particular no período de maior aversão ao risco iniciado em finais de Julho.

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YIELD CURVE EUROPEIA

0,000%

0,500%

1,000%

1,500%

2,000%

2,500%

3,000%

3,500%

4,000%

4,500%

5,000%

3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos

31-Dez-11

31-Dez-10

Em termos de política monetária, o BCE subiu a sua taxa de juro de referência de 1% para 1,50% entre Abril e Julho, atendendo à intensificação de pressões inflacionistas, nomeadamente decorrentes da subida das “commodities” nos mercados internacionais. Este movimento de “tightening” monetário viria no entanto a ser invertido em Novembro e Dezembro, já após a saída de Jean Claude Trichet da presidência do Banco Central Europeu. Mário Draghi recolocou a taxa de juro de referência em 1% (duas descidas de 25 bps) num período marcado por fortes restrições de liquidez no sistema financeiro europeu. O mercado de dívida pública norte-americana seguiu igualmente suportado pela manutenção da taxa de referência da Reserva Federal no intervalo entre 0% e 0,25% e do compromisso de Ben Bernanke em manter a sua política monetária ultra-acomodatícia até meados de 2013. A ausência de medidas de longo prazo promovendo uma sustentabilidade das finanças públicas norte americanas e a difícil gestão de interesses entre republicanos e democratas na negociação do tecto da dívida pública estiveram na origem de diversos comentários negativos por parte das principais agências de “rating”. O arrefecimento económico presenciado no segundo semestre do ano manteve as “yields” dos “Treasuries” (10 anos) abaixo dos 2%, mesmo atendendo à perda histórica do rating “AAA” junto da Standard & Poor’s em Agosto de 2011. Na Zona Euro, a taxas do mercado interbancário apresentaram dois períodos distintos, um primeiro de subida, interrompido em finais de Outubro, e outro de forte descida, iniciado em Novembro, coincidindo com a redução de taxas por parte do Banco Central Europeu e com a apresentação de diversas medidas de injecção de liquidez no mercado. As Euribor a 3, a 6 e a 12 meses encerraram, respectivamente, em 1,356%, em 1,617% e em 1,947%. Nos Estados Unidos, as Libor a 3, 6 e 12 meses avançaram marginalmente de mínimos do pós-crise financeira, encerrando o ano a cotar nos 0,58%, 0,81% e 1,13% respectivamente.

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YIELD CURVE NORTE-AMERICANA

0,000%

0,500%

1,000%

1,500%

2,000%

2,500%

3,000%

3,500%

4,000%

4,500%

5,000%

3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos

31-Dez-10

31-Dez-11

Nos Estados Unidos, a manutenção da taxa de juro de referência do FED no intervalo entre 0% e 0,25%, assim como a expectativa quanto à manutenção de uma política monetária acomodatícia até meados de 2013, favoreceu a estabilidade evidenciada nas maturidades mais curtas. Na segunda metade de 2011, assistiu-se a uma descida acentuada das “yields” intermédias e longas, atendendo à redução de apetite pelo risco evidenciada no período e à forte procura por activos denominados em dólares. Ao longo do ano transacto, o índice de preços no consumidor na Zona Euro evoluiu a uma taxa média de 2,7%, acima do “target” dos 2% do BCE. Esta taxa média reflecte, no entanto, algum arrefecimento no último trimestre de 2011, isto depois da taxa homóloga ter chegado a superar os 3% em meados do ano. Em 2012, não está prevista nenhuma alteração material da política monetária do Banco Central Europeu, uma vez que as pressões inflacionistas deverão continuar contidas pelo arrefecimento económico presenciado à escala global. Em 2011, os “spreads” de crédito, quer nos EUA, quer na Europa, registaram um alargamento importante com epicentro no sector financeiro europeu. As necessidades de recapitalização detectadas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA), as restrições de liquidez e dificuldades de “funding” num período de agudização de riscos soberanos e o espectro de nova recessão económica na Zona Euro foram factores determinantes na maior percepção de risco incorporada nos mercados financeiros, em particular a partir de meados de Agosto.

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2.4. Mercado Accionista

Em 2011, os principais mercados accionistas internacionais apresentaram um desempenho negativo, excepção feita às praças norte americanas que beneficiaram da maior resiliência económica dos EUA e do movimento de “flight to safety” em favor do dólar presenciado nos últimos meses do ano. As revoluções no Norte de África e Médio Oriente (Egipto, Tunísia, Líbia), a crise nuclear em Fukushima no Japão, o pedido de ajuda financeira internacional de Portugal, a perda do rating “AAA” por parte dos EUA e o contágio da crise do Euro para lá do bloco periférico – Espanha, Itália, Bélgica, Áustria – foram alguns dos temas marcantes do ano e que contribuíram para a manutenção de níveis de volatilidade acima de médias históricas. No segundo semestre, as piores perspectivas de crescimento económico global, a agudização da crise financeira europeia e a indefinição em torno do segundo programa de auxilio financeiro à Grécia (EUR 130 mil mn) contribuíram para um renovado período de aversão ao risco que contribuiu decisivamente para as perdas de 7,6% do MSCI World e de 20,4% do MSCI Emerging Markets. Os mercados emergentes foram ainda penalizados pela depreciação das moedas locais face ao dólar norte-americano num período dominado por receios de “hard landing” nas principais economias em vias de desenvolvimento. Na Europa, o abrandamento e posterior queda do PIB registada por algumas das principais economias europeias no último trimestre de 2011 – Alemanha, Itália e Espanha -, reacendia o espectro de recessão económica no velho continente pondo em risco as projecções de resultados descontadas pela comunidade de analistas para o meio empresarial. Com margens operacionais próximas de máximos do actual ciclo económico e níveis de “cash” historicamente elevados em balanço, as empresas europeias continuaram a transaccionar a desconto face às congéneres norte-americanas. Nos Estados Unidos, depois do arrefecimento pronunciado em meados do ano surgiram os primeiros sinais de estabilização dos indicadores de actividade económica, impulsionados pelo efeito de formação de “stocks” e pelo melhor desempenho do que era antecipado por parte do consumidor norte americano, explicado principalmente pela redução da taxa de poupança. No mercado de trabalho, a taxa de desemprego recuou abaixo dos 9% e a criação de postos de trabalho superou sucessivamente as expectativas, contribuindo para a subida pronunciada dos indicadores de confiança dos consumidores. O índice DJ STOXX 600 registou uma desvalorização de 11,3% em 2011. O índice FTSE 100 recuou 5,6% enquanto que o índice DJ Euro STOXX 50 regrediu pelo segundo ano consecutivo, desta feita 17,1% para os 2.316,55 pontos. As principais bolsas asiáticas conheceram desvalorizações superiores às dos mercados industrializados, com destaque para o índice NIKKEI 225 que perdeu 17,3%.

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CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 18

EVOLUÇÃO DO MERCADO AMERICANO - ÍNDICE DOW JONES INDUSTRIAL

10.500,00

10.800,00

11.100,00

11.400,00

11.700,00

12.000,00

12.300,00

12.600,00

12.900,00D

ez-1

0

Fev-

11

Abr

-11

Jun-

11

Ago

-11

Out

-11

Dez

-11

Na Europa, os sectores financeiro (-32,5%), recursos básicos (-30,1%) e automóvel (-24,1%) lideraram as perdas no Eurostoxx 600, com os investidores apreensivos quanto à evolução dos segmentos mais cíclicos num cenário de deterioração da envolvente macroeconómica. A exposição aos emergentes, contrariamente ao que havia sucedido em 2010, foi igualmente penalizada, atendendo aos receios quanto a um arrefecimento brusco da procura dirigida a estas economias. De forma inversa, os sectores mais defensivos contrariaram a tendência de depreciação das bolsas europeias, em particular os sectores farmacêutico (+11,9%) e de bebidas e alimentação (+5,4%). O sector petrolífero seguiu pouco alterado apurando uma valorização de 1,4% ao longo de 2011. No caso dos Estados Unidos, depois de um período de forte redução de custos, as empresas continuaram a apresentar resultados robustos ao longo do ano de 2011, muito embora evidenciando uma desaceleração progressiva em termos homólogos. Para o total das empresas que compõem o S&P 500, os lucros anuais terão crescido 12,7% em 2011, sendo projectado novo crescimento de 7% ao longo do exercício de 2012. Relativamente às vendas, depois de um crescimento de 9% para 2011 é estimado um avanço de 3% em 2012, o que reflecte uma tendência de algum arrefecimento, numa fase do ciclo económico onde as margens operacionais das empresas não financeiras seguem em muitos casos a máximos históricos. As valorizações relativas das acções estão em conformidade com médias históricas. Em 2011, a resiliência apresentada a nível dos resultados das empresas será escrutinada de perto pelos investidores, numa envolvente macroeconómica desafiante e onde se perspectiva um abrandamento significativo da actividade económica à escala global. Face à ausência de munições por parte dos Bancos Centrais a nível da política monetária, a expectativa dos mercados continuará centrada na apresentação de medidas não convencionais – “quantitative easing” III por parte do FED ou novos programas de refinanciamento de longo prazo (LTRO) por parte do BCE. Referência também para a realização de eleições na Grécia, França, Alemanha e Estados Unidos.

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EVOLUÇÃO DO MERCADO EUROPEU - ÍNDICE DJ STOXX 50

2.000,00

2.100,00

2.200,00

2.300,00

2.400,00

2.500,00

2.600,00

2.700,00

2.800,00

2.900,00

Dez

-10

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11

EVOLUÇÃO DO MERCADO PORTUGUÊS - ÍNDICE PSI 20

4.500,00

4.900,00

5.300,00

5.700,00

6.100,00

6.500,00

6.900,00

7.300,00

7.700,00

8.100,00

8.500,00

Dez

-10

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr

-11

Mai

-11

Jun-

11

Jul-

11

Ago

-11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez

-11

O primeiro semestre de 2011 foi caracterizado por baixos níveis de volatilidade, excepção feita à queda sincronizada das principais bolsas mundiais em Março, aquando do terramoto e crise nuclear no Japão. A partir de Julho, o agravamento da crise da dívida soberana no espaço europeu e, no período de Verão, os receios generalizados quanto a um arrefecimento da actividade económica no bloco industrializado, conduziram a um aumento substantivo dos níveis de aversão ao risco por parte dos investidores. O índice VIX (que mede a volatilidade implícita às opções transaccionadas na Chicago Board Options Exchange) avançou em Agosto para 48% tendo-se mantido particularmente elevado até início de Outubro. Desde aí até final do ano, os níveis de aversão ao risco normalizaram, e o VIX recuou para próximo dos 20%.

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CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 20

Num ano marcado pela formalização do pedido de auxilio financeiro internacional ao FEEF, o índice PSI 20 encerrou o ano com uma desvalorização de 27,6% condicionado pela maior aversão ao risco Portugal e pela escalada dos custos de financiamento da República nos mercados internacionais. A introdução de medidas de austeridade e de consolidação das finanças públicas penalizaram as já débeis expectativas de crescimento económico em Portugal. Neste particular, o sector financeiro liderou as perdas – BCP (-74,8%), BPI (-61,8%) e BES (-53,1%) – encerrando o ano a cotar a mínimos históricos.

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CA GEST Fundos de Investimento Mobiliário • RELATÓRIO E CONTAS 2011 21

RELATÓRIOS DE ACTIVIDADE DOS FUNDOS SOB GESTÃO

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Fundo de Investimento Mobiliário

RAIZ EUROPA Registado na CMVM sob o nº 483

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADE

O Fundo iniciou a sua actividade em 22 de Fevereiro de 1999 e tem por objectivo promover aplicações de poupanças de médio e longo prazo numa carteira diversificada de acções de países da União Europeia, Suíça e Noruega. Em 10 de Julho de 2001 incorporou o Fundo Raiz Valorização.

EVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO O fundo de investimento mobiliário Raiz Europa fechou o ano de 2011 com um valor global líquido de € 5,51 milhões, o que representa uma queda de 6,4% face ao seu valor no final de Dezembro do ano anterior. Esta evolução negativa é inteiramente explicada pela desvalorização dos activos do fundo.

Milhões de Euros 6,8 5,9 5,5

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0 Dez 10 Jun 11 Dez 11 SALDO LÍQUIDO DAS SUBSCRIÇÕES E RESGATES O movimento de subscrição e resgate de unidades de participação revelou uma tendência negativa ao longo do ano. A excepção significativa foi o mês de Abril com clientes a subscreverem um montante significativo de unidades de participação do Raiz Europa, no sentido de reforçarem exposição aos mercados accionistas europeus, que registavam, na altura, perspectivas bastante mais positivas.

Milhares de Euros

-17

35 14

830

-36 -42

-132

2

-120

-19 -10 -29

-200

0

200

400

600

800

Jan-

11

Fev-

11

Mar

-11

Abr-1

1

Mai

-11

Jun-

11

Jul-1

1

Ago-

11

Set-1

1

Out

-11

Nov

-11

Dez-

11

Raiz Europa

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POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Avaliação do desempenho do fundo O Fundo Raiz Europa, apesar de ter fechado o 1º Semestre ainda com uma rentabilidade positiva de 2,38%, teve, nos últimos 6 meses do ano, um comportamento negativo, em linha com os mercados bolsistas europeus, e fechou 2011 com perdas acumuladas de 12,37%. A sobreexposição a Portugal e Itália, os mercado que mais perderam entre os principais índices europeus, e aos sectores Auto e Recursos Básicos contribuíram decisivamente para o “Raiz Europa” terminar o ano com perdas elevadas e batido pelo seu índice de referência, o DJ Stoxx Large 200, em cerca de 2,37%. Ainda assim, o Fundo fecha 2011 com a 3ª melhor rentabilidade entre os Fundos de Acções da EU, Suiça e Noruega e a bater largamente a média dos fundos nacionais desta classe. Principais decisões de investimento O ano de 2011 nos mercados bolsistas europeus foi marcado pela intensificação da crise das dividas soberanas da zona euro no 2º semestre, acompanhado por sinais claros de abrandamento das economias europeias mergulhadas em programas de austeridade que se generalizaram no velho continente. Reflexo desta aversão ao risco europeu foi o comportamento da moeda única europeia, que depois de se valorizar fortemente contra o USD e a Libra Inglesa fechou o ano com perdas faces a estas duas moedas. A redução da exposição aos mercados periféricos foi uma prioridade em 2011, com a alocação a Portugal, Espanha e Itália a passar de 19,7% no final de 2010 para os 12,9% registados em Dezembro de 2011. Em contrapartida a exposição à Alemanha quase duplicou e representa agora 21,8% contra os 13,3% de Dezembro passado. A exposição a moedas não euro subiu uns significativos 12% durante 2011 e apesar do Fundo continuar, ainda, subexposto à libra inglesa e ao franco suíço, as posições em moedas nórdicas representam já 10,4% da exposição em acções. O Raiz Europa raramente esteve, ao longo dos últimos 12 meses, investido em níveis máximos e privilegiou, além do Recursos Básicos, o sector da Energia, Telecoms e Industriais. Contudo, o grande destaque foi para o afastamento quase completo do sector Financeiro, um dos grandes perdedores em 2011, o que contribuiu decisivamente para limitar prejuízos acrescidos no Fundo. ESTRUTURA DA CARTEIRA EM 31.Dez.2011 Valores expressos em percentagem do valor global líquido do fundo. Classes de Activos Emitentes

U nião Europe ia88, 1%

Suíça8, 0% Noruega

3, 9%

Aplicações

M onetárias (1)7, 8%

Acções92, 2%

(1) Aplicações monetárias ajustadas das operações a regularizar.

Raiz Europa

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Raiz Europa

Reino U nido19%

Dinamarca3%

França14%

Noruega4%

Portugal4%

I tália3%

Espanha4%

Holanda9%

Alemanha20%

Suíça8%

F inlandia1%

Suécia3%

Aplicações M onetárias (1)

8%

Mercados Moedas

Euro60%

Coroa Sueca3%

Libra I nglesa21%

Coroa Norueguesa

F ranco Suíço8%

Coroa Dinamarquesa

3%

(1) Aplicações monetárias ajustadas das operações a regularizar. RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 As rendibilidades líquidas anualizadas abaixo indicadas foram calculadas com base no valor da unidade de participação apurada no último dia do semestre.

Últimos Últimos Últimos Desde o12 meses 24 meses 60 meses lançamento

Rentabilidade -12,37% -5,62% -6,80% -3,13%

Risco (1) 22,96% 20,49% 22,68%

Classe de Risco 6 6 6

Escalão de Risco Risco Muito Alto Risco Muito Alto Risco Muito Alto(1) Desvio padrão das rentabilidades semanais

As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o

valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 6 (risco máximo). O valor da unidade de participação pode variar em função do valor dos activos que

compõem a carteira do fundo. As taxas de rentabilidade apresentadas não incluem eventuais comissões de subscrição ou resgate.

O prospecto simplificado, o prospecto completo e os relatórios e contas anuais e semestrais encontram-se disponíveis na sede da sociedade gestora, em todos os balcões das entidades colocadoras e dos seus agentes e serão enviados aos

participantes que o solicitem, sem quaisquer encargos. Lisboa, 8 de Março de 2012 O Conselho de Administração Mário Dúlio de Oliveira Negrão

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Sérgio Manuel Arsénio Alves Contreiras Eduardo Augusto Pombo Martins Sérgio Manuel Raposo Frade João Gante Gonçalves João Manuel Aleixo Barata Lima

Raiz Europa

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Unidade: Euros

ACTIVO PASSIVO

CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010

BRUTO Mv. mv/P Líquido Líquido

CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO FUNDO

61 Unidades de Participação 8.287.771 7.748.311

22 Acções 5.748.051 254.024 (920.982) 5.081.092 5.600.733 62 Variações Patrimoniais 2.948.788 3.018.385

64 Resultados Transitados (4.889.510) (4.958.043)

65 Resultados Distribuídos - -

66 Resultados Líquidos do Exercício (838.072) 68.533

TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS 5.748.051 254.024 (920.982) 5.081.092 5.600.733 TOTAL DO CAPITAL DO FUNDO 5.508.978 5.877.187

TERCEIROS PROVISÕES ACUMULADAS

413+…+418 Contas de Devedores 2.909 - - 2.909 146.800 481 Provisões para Riscos e Encargos - -

TOTAL DOS VALORES A RECEBER 2.909 - - 2.909 146.800 TOTAL PROVISÕES ACUMULADAS - -

DISPONIBILIDADES TERCEIROS

12 Depósitos à Ordem 221.361 - - 221.361 112.920 421 Resgates a pagar a Participantes - 31.729

13 Depósitos a Prazo e com Pré-aviso 230.000 - - 230.000 395.000 423 Comissões a Pagar 8.287 12.385

424+…+429 Outras Contas de Credores 18.100 334.157

TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 451.361 - - 451.361 507.920 TOTAL DOS VALORES A PAGAR 26.387 378.271

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

51 Acréscimos de Proveitos 3 - - 3 5 55 Acréscimos de Custos - -

52 Despesas com Custo Diferido - - - - - 56 Receitas com Proveito Diferido - -

58 Outros Acréscimos e Diferimentos - - - - - 58 Outros Acréscimos e Diferimentos - -

59 Contas Transitórias Activas - - - - - 59 Contas Transitórias Passivas - -

TOTAL DE ACRESC. E DIFERIM. ACTIVOS 3 - - 3 5 TOTAL DE ACRESC. E DIFERIM. PASSIVOS - -

TOTAL DO ACTIVO 6.202.324 254.024 (920.982) 5.535.365 6.255.458 TOTAL DO CAPITAL E PASSIVO 5.535.366 6.255.458

1.657.555 1.549.663 3,3236 3,7926

Abreviaturas: Mv - Mais valias / mv - menos valias / P - Provisões

Lisboa, 8 de Março de 2012

BALANÇO

Número total de Unidades de Participação em circulação Valor Unitário da Unidade de Participação

Fundo de Investimento Mobiliário Harmonizado Aberto - RAIZ EUROPA - Fundo de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega

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Unidade: Euros

CUSTOS E PERDAS PERÍODO PROVEITOS E GANHOS PERÍODO

CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010

CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES

JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS:

712 Da carteira de Títulos - - 812+813 Da Carteira de Títulos e Outros Activos - -

811+814+817+818

Outros, de Operações Correntes 4.989 3.381

COMISSÕES

722+723 Da carteira de Títulos e Outros Activos - - RENDIMENTO DE TÍTULOS

724+...+728 Outras, de operações Correntes 145.145 130.097 822+...+824/5 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 248.867 159.668

729 De oprações extrapatrimoniais - - 828 De Outras Operações Correntes - -

829 De Operações Extrapatrimoniais - -

PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

732+733 Da carteira de Títulos e Outros Activos 12.168.028 8.725.972 GANHOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

731+738 Outras, de operações Correntes 41.688 51.133 832+833 Na Carteira de Títulos e Outros Activos 11.287.710 8.823.232

739 Em operações Extrapatrimoniais 29.900 54.550 831+838 Outros, em Operações Correntes 38.062 64.518

839 Em Operações Extrapatrimoniais 39.860 41.550

IMPOSTOS

7411+7421 Impostos sobre o Rendimento 67.826 58.346

7412+7422 Impostos Indirectos 843 810 REPOSIÇÃO E ANULAÇÃO DE PROVISÕES

851 Provisões para Encargos - -

PROVISÕES DO EXERCÍCIO

751 Provisões para Encargos - - OUTROS PROV. E GANHOS CORRENTES - -

77 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES 4.130 4.094 TOTAL DOS GANHOS E PROVEITOS CORRENTES (B) 11.619.489 9.092.349

TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 12.457.560 9.025.002

PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS

CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS 883 Ganhos imputáveis a Exercícios Anteriores - -

782 Perdas Extraordinárias - - 888 Outros Proveitos e Ganhos Eventuais - 1.186

783 Perdas Imputáveis a Exercicíos Anteriores - -

788 Outros Custos e Perdas Eventuais - -

TOTAL DE CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) - -

TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) - 1.186

66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (838.072) 68.533

TOTAL 11.619.489 9.093.535 TOTAL 11.619.489 9.093.535

8x2/3/4/5-7x2/3 Resultados da Carteira de Títulos e Outros Activos (631.450) 256.928 D-C Resultados Eventuais - 1.186

8x9-7x9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais 9.960 (13.000) B+D-A-C+74 Resultados Antes de Imposto s/ o Rendimento (770.246) 126.879

B-A Resultados Correntes (838.072) 67.347 B+D-A-C Resultados Líquidos do Período (838.072) 68.533

Lisboa, 8 de Março de 2012

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Fundo de Investimento Mobiliário Harmonizado Aberto - RAIZ EUROPA - Fundo de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXAUnidade: Euros

DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 31-12-2011 31-12-2010

OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO

RECEBIMENTOS:Subscrição de unidades de participação 1.177.520 1.177.520 1.464.773 1.464.773

PAGAMENTOS:Resgates de Unidades de Participação 739.385 877.578

Rendimentos pagos aos participantes - 739.385 - 877.578

Fluxo das operações sobre as unidades do fundo 438.135 587.195

OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS

RECEBIMENTOS:Venda de Títulos 13.130.494 12.999.457Reembolso de Títulos - -Resgates de unidades de participação - -Rendimento de Títulos 247.802 130.332Juros e proveitos similares recebidos - -Outros recebimentos relacionados com a carteira 13.378.296 1.185 13.130.974

PAGAMENTOS:Compra de Títulos 13.658.604 13.565.232Subscrições de unidades de participação - -Juros e custos similares pagos - -Taxas de bolsa suportadas - -Taxas de corretagem 36.204 31.488Outras taxas e comissões - -Outros pagamentos relacionados com a carteira - 13.694.808 - 13.596.720

Fluxo das operações da carteira de títulos (316.512) (465.746)

OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS

RECEBIMENTOS:Juros e proveitos similares recebidos - -Recebimentos em operações sobre cotações 39.860 41.550Margem inicial em contratos de futuros 34.110 1.027.460Outros recebimentos op. a prazo e de divisas - 73.970 - 1.069.010

PAGAMENTOS:Juros e proveitos similares pagos - -Pagamentos em operações sobre cotações 29.900 54.550Margem inicial em contratos de futuros 34.110 1.027.460Comissões em contratos de futuros 3.750 4.264Outros recebimentos op. a prazo e de divisas - 67.760 - 1.086.274

Fluxo das operações a prazo e de divisas 6.210 (17.264)

OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE

RECEBIMENTOS:Juros de depósitos bancários 3.918 3.377Juros de certificados de depósito - -Outros recebimentos correntes - 3.918 - 3.377

PAGAMENTOS:Comissão de gestão 87.251 74.521Comissão de depósito 19.342 9.528Impostos e taxas 28.203 38.472Outros pagamentos correntes 5.356 140.152 5.374 127.895

Fluxo das operações da gestão corrente (136.234) (124.518)

OPERAÇÕES EVENTUAIS

RECEBIMENTOS:Ganhos extraordinários - -Ganhos imputáveis a exercícios anteriores - -Outros recebimentos de operações eventuais - - - -

PAGAMENTOS:Perdas extraordinários - -Perdass imputáveis a exercícios anteriores - -Outros pagamentos de operações eventuais - - - -

Fluxo das operações eventuais - -

Saldo dos fluxos monetários do período...(A) (8.401) (20.333)Efeitos das diferenças de Câmbio...........(B) (48.158) 14.268Disponibilidades no início do período.......(C) 507.920 513.985Disponibilidades no fim do período..........(D)=(C)+(B)+(A) 451.361 507.920

Lisboa, 8 de Março de 2012

Fundo de Investimento Mobiliário Harmonizado Aberto - RAIZ EUROPA - Fundo de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega

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ANEXO O “FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO HARMONIZADO ABERTO - RAIZ EUROPA - Fundo de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega” (adiante designado por Fundo) constitui-se como um Fundo de Acções. O Fundo é administrado pela Crédito Agrícola Gest - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.. As funções de banco depositário são exercidas pela CAIXA CENTRAL - Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL. A contabilidade do Fundo obedece ao Plano Contabilístico dos Organismos de Investimento Colectivo, em conformidade com o Regulamento da CMVM n.º 16/2003 e as notas que se seguem encontram-se organizadas e obedecem à referenciação apresentada em anexo àquele Regulamento. Os números omissos dizem respeito a notas não aplicáveis. Salvo menção em contrário, os valores encontram-se expressos em Euros. 1 . VALOR DA UP E DO FUNDO EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 Durante o exercício de 2011, os movimentos nas rubricas do capital do Fundo apresentaram o seguinte detalhe:

Descrição No Início Subscrições Resgates Distribuição Resultados

Outros Resultado do Período

No Fim

Valor base 7.748.311 1.501.673 (962.213) - - - 8.287.771

Dif. para Valor base 3.018.385 (324.153) 254.557 - - - 2.948.788

Resultados transitados (4.958.043) - - - 68.533 - (4.889.510) Resultados distribuídos

- - - - - - -

Resultados do período 68.533 - - - (68.533) (838.072) (838.072)

SOMA 5.877.187 1.177.520 (707.656) - - (838.072) 5.508.978

N.º de U.P. 1.549.663 300.335 (192.443) - - - 1.657.555

Valor da U.P: 3,7926 3,9207 3,6772 - - - 3,3236

NÚMERO DE PARTICIPANTES POR ESCALÃO EM 31.DEZEMBRO.2011 Em 31.Dezembro.2011 o número de participantes no Fundo apresentava o seguinte detalhe por escalão de unidades de participação em carteira:

Escalões N.º de Participantes

UPs ≥25% -

10% ≤ UPs < 25% 2

5% ≤ UPs < 10% -

2% ≤ UPs < 5% -

0.5% ≤ UPs < 2% 13

UPs < 0.5% 350

Total de Participantes 365

Raiz Europa

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EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO NOS ÚLTIMOS TRÊS EXERCÍCIOS

Anos VLGF Valor da UP Nº UP’s em Circulação

2011

Março 6.037.166 3,8749 1.558.028

Junho 6.791.770 3,8828 1.749.182

Setembro 5.279.740 3,1483 1.677.024

Dezembro 5.508.978 3,3236 1.657.555

2010

Março 5.496.460 3,7963 1.447.829

Junho 4.857.501 3,4654 1.401.714

Setembro 5.092.170 3,6485 1.395.680

Dezembro 5.877.187 3,7926 1.549.663

2010

Março 5.496.460 3,7963 1.447.829

Junho 4.857.501 3,4654 1.401.714

Setembro 5.092.170 3,6485 1.395.680

Dezembro 5.877.187 3,7926 1.549.663

2 . VOLUME DE TRANSACÇÕES DO EXERCÍCIO TRANSACÇÕES DE VALORES MOBILIÁRIOS EM 2011 Durante o exercício de 2011 os montantes acumulados de transacções de valores mobiliários apresentaram o seguinte detalhe:

Compras (1) Vendas (2) Total (1) + (2)

Bolsa Fora de Bolsa (*) Bolsa Fora de Bolsa Bolsa Fora de Bolsa

Acções 13.352.123 - 12.973.722 - 26.325.845 -

Direitos - - 11.672 - 11.672 -

(*) Inclui mercado primário SUBSCRIÇÕES E RESGATES

Movimentos Valor Comissões Cobradas

Subscrições 1.177.520 -

Resgates 707.656 350

3 . INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS O inventário da carteira de títulos do Fundo em 31.Dezembro.2011 apresentava o seguinte detalhe.

DESIGNAÇÃO DOS TÍTULOS QUANT. DIVISA VALOR DE

AQUISIÇÃO COTAÇÃO

MAIS VALIAS

MENOS VALIAS

JUROS CORRIDOS

VALOR TOTAL

1. Valores Mobiliários Cotados 1.1. Mercado de Cotações Oficiais de Bolsa de Valores Portuguesa

Raiz Europa

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VALOR TOTAL

DESIGNAÇÃO DOS TÍTULOS QUANT. DIVISA VALOR DE

AQUISIÇÃO COTAÇÃO

MAIS VALIAS

MENOS VALIAS

JUROS CORRIDOS

1.1.4. Acções 192.574 17.657 (4.850) - 205.382

B.Comercial Português-Nom. 600.000 EUR 70.554 0,1360 11.046 - - 81.600

Brisa-nom., SA <Privatiz.> 10.000 EUR 30.300 2,5450 - (4.850) - 25.450

Cimpor-Cimentos de Port. SGPS 9.500 EUR 45.220 5,3170 5.292 - - 50.512

EDP-Energias de Portugal SA 20.000 EUR 46.500 2,3910 1.320 - - 47.820

1.3. Mercado de Cotações Oficiais de Estado Membro da U.E.

1.3.4. Acções 4.906.891 137.987 (824.959) - 4.219.919

A P MOLLER - MAERSK A/S 15 DKK 98.551 37.920,0000 - (22.039) - 76.511

Adidas AG 1.000 EUR 53.500 50,2600 - (3.240) - 50.260

Ahold (Koninklijke) NV 9.200 EUR 82.823 10,4050 12.903 - - 95.726

Alcatel SA 40.000 EUR 73.800 1,2070 - (25.520) - 48.280

Allianz AG Holding 700 EUR 62.671 73,9100 - (10.934) - 51.737

Anglo American PLC 1.408 GBP 49.845 23,7900 - (9.745) - 40.101

Arcelor Mittal 3.300 EUR 77.525 14,1300 - (30.896) - 46.629

ASM Lithography Holding NV 2.700 EUR 74.243 32,4750 13.440 - - 87.683

Astra-Zeneca Group Plc. 2.000 GBP 63.500 29,7500 7.732 - - 71.232

Aurubis AG 2.000 EUR 85.067 41,2000 - (2.667) - 82.400

BAE Systems PLC 6.000 GBP 22.482 2,8510 - (2.003) - 20.479

Banco Bilbao & Vizcaya Argentaria SA. 5.000 EUR 31.500 6,6800 1.900 - - 33.400

Banco Santander Central Hispano SA 3.500 EUR 21.124 5,8700 - (579) - 20.545

BG Group PLC 3.000 GBP 47.313 13,7650 2.124 - - 49.437

BHP Billiton Plc. 2.900 GBP 68.000 18,7750 - (2.817) - 65.183

BMW-Bayerische Motoren Werke AG 1.000 EUR 55.970 51,7600 - (4.210) - 51.760

BP Plc (British Petroleum) 10.000 GBP 49.870 4,6050 5.259 - - 55.130

British American Tobacco PLC 2.000 GBP 55.674 30,5550 17.486 - - 73.159

Cap Gemini, SA. 440 EUR 15.613 24,1450 - (4.989) - 10.624

Carlsberg A/S 1.000 DKK 47.332 405,0000 7.146 - - 54.478

Centrica Plc 10.000 GBP 35.120 2,8930 - (485) - 34.634

Compagnie de ST.Gobain 2.100 EUR 80.145 29,6650 - (17.849) - 62.297

DaimlerChrysler AG - Reg. 1.500 EUR 71.230 33,9200 - (20.350) - 50.880

Deutsche Lufthansa AG - Ord. 5.000 EUR 73.400 9,1850 - (27.475) - 45.925

Deutsche Post AG. 6.500 EUR 86.485 11,8800 - (9.265) - 77.220

Deutsche Telekom AG. 15.000 EUR 149.490 8,8650 - (16.515) - 132.975

E. ON AG 3.000 EUR 65.520 16,6700 - (15.510) - 50.010

Enel Spa. 22.500 EUR 99.529 3,1440 - (28.789) - 70.740

ENI Spa. 4.400 EUR 105.635 16,0100 - (35.191) - 70.444

France Telecom,SA. 5.000 EUR 88.729 12,1350 - (28.054) - 60.675

Gdf Suez 2.000 EUR 51.999 21,1200 - (9.759) - 42.240

GlaxoSmithkline Plc. 4.000 GBP 58.018 14,7150 12.447 - - 70.466

Glencore International PLC 10.000 GBP 60.791 3,9200 - (13.862) - 46.929

HeidelbergerCement AG. 2.000 EUR 99.580 32,7900 - (34.000) - 65.580

Hochtief AG. 1.500 EUR 68.738 44,6950 - (1.695) - 67.043

HSBC Holdings Plc (Ord) 10.700 GBP 99.462 4,9105 - (36.559) - 62.902

Imperial Tobacco Group Plc. 3.600 GBP 86.994 24,3500 17.950 - - 104.944

K+S AG 1.000 EUR 49.508 34,9200 - (14.588) - 34.920

KPN NV 11.000 EUR 119.792 9,2450 - (18.097) - 101.695

Leoni AG 1.500 EUR 44.924 25,7500 - (6.299) - 38.625

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VALOR TOTAL

DESIGNAÇÃO DOS TÍTULOS QUANT. DIVISA VALOR DE

AQUISIÇÃO COTAÇÃO

MAIS VALIAS

MENOS VALIAS

JUROS CORRIDOS

Man Group Plc. 20.000 GBP 42.900 1,2570 - (12.803) - 30.097

Michelin 1.600 EUR 95.041 45,6750 - (21.961) - 73.080

Muenchener Rue-R 500 EUR 53.640 94,7800 - (6.250) - 47.390

Nokia Oyj ser.A 15.000 EUR 62.930 3,7720 - (6.350) - 56.580

Nordea Bank AB 2.200 SEK 26.963 53,2500 - (13.818) - 13.145

Philips Electronics NV 3.600 EUR 70.020 16,2800 - (11.412) - 58.608

Reckitt Benckiser Group PLC 2.000 GBP 70.459 31,8000 5.682 - - 76.140

Repsol YPF SA 3.900 EUR 82.748 23,7350 9.818 - - 92.567

Rio Tinto Plc 1.700 GBP 90.166 31,2500 - (26.567) - 63.600

Royal Dutch Shell PLC 3.000 EUR 78.247 28,1500 6.203 - - 84.450

Sanofi-Aventis 2.000 EUR 110.830 56,7500 2.670 - - 113.500

SAP AG. 1.000 EUR 40.490 40,8500 360 - - 40.850

Siemens AG- Reg. 1.000 EUR 74.915 73,9400 - (975) - 73.940

St.Microelectronics NV 10.000 EUR 52.570 4,5910 - (6.660) - 45.910

Svenska Cellulosa AB (SCA) 11.000 SEK 125.225 102,0000 673 - - 125.898

Telecom Italia Spa. 45.000 EUR 56.640 0,8310 - (19.245) - 37.395

Telefonica (España) SA 5.000 EUR 84.865 13,3850 - (17.940) - 66.925

Tesco Plc. 10.000 GBP 43.551 4,0345 4.750 - - 48.300

Thyssen Krupp AG. 2.000 EUR 65.900 17,7250 - (30.450) - 35.450

TNT Express NV 5.031 EUR 44.377 5,7740 - (15.328) - 29.049

Tomtom 5.000 EUR 17.983 3,0520 - (2.723) - 15.260

Total SA 2.500 EUR 117.080 39,5000 - (18.330) - 98.750

Vallourec 500 EUR 35.488 50,1600 - (10.408) - 25.080

Vedanta Resources Plc 3.100 GBP 90.320 10,1500 - (52.651) - 37.669

Veolia Environnement SA. 7.000 EUR 73.947 8,4690 - (14.664) - 59.283

Vestas Wind Systems A/S 5.000 DKK 56.308 62,0000 - (14.609) - 41.699

Vinci SA. 2.180 EUR 95.824 33,7600 - (22.227) - 73.597

Vivendi Universal SA 4.000 EUR 79.345 16,9200 - (11.665) - 67.680

Vodafone Group Plc. 37.000 GBP 74.285 1,7890 4.959 - - 79.245

Volkswagen AG-PFD 500 EUR 73.750 115,7500 - (15.875) - 57.875

VTG AG 3.000 EUR 35.400 13,2950 4.485 - - 39.885

Xstrata Plc. 3.000 GBP 53.195 9,7800 - (18.070) - 35.125

1.5. Mercado de Cotações Oficiais de Bolsa de Valores de Estados Não Membros da U.E.

1.5.4. Acções 648.585 98.380 (91.174) - 655.791

Clariant, AG 5.000 CHF 58.692 9,2700 - (20.562) - 38.129

Credit Suisse Group - Reg 2.000 CHF 48.511 22,0700 - (12.200) - 36.311

HOLCIM LTD-REG 1.400 CHF 70.756 50,2500 - (12.883) - 57.873

Nestlé SA-Reg. 2.000 CHF 69.310 54,0000 19.535 - - 88.845

Novartis AG-Reg Shs 1.300 CHF 40.099 53,7000 17.330 - - 57.428

Orkla ASA 12.000 NOK 110.642 44,6500 - (41.542) - 69.100

Roche Holding AG-Genusss 800 CHF 78.176 159,2000 26.595 - - 104.771

Statoil ASA 4.800 NOK 60.269 153,5000 34.753 - - 95.022

Statoil Fuel & Retail ASA 9.000 NOK 55.742 44,5900 - (3.986) - 51.755

Syngenta AG. 250 CHF 56.390 275,0000 167 - - 56.556

TOTAL 5.748.051 254.024 (920.982) - 5.081.092

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Durante o exercício de 2011, a liquidez do Fundo apresentou o seguinte movimento.

Contas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Depósitos à Ordem 112.920 42.298.418 (42.189.977) 221.361

Depósitos a Prazo e c/ Pré-aviso 395.000 24.952.000 (25.117.000) 230.000

4 . CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA Os activos integrantes da carteira do Fundo foram valorizados com base nos critérios nas normas legais em vigor e no prospecto do Fundo, designadamente: Momento de referência da valorização

O valor da unidade de participação é calculado diariamente nos dias úteis e determina-se pela divisão do valor líquido global do fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido global do fundo é apurado deduzindo à soma dos valores que o integram o montante de comissões e encargos suportados até ao momento da valorização da carteira. Consideram-se, para a determinação do valor do fundo, todas as operações realizadas e confirmadas até ao momento de referência. O valor do fundo é apurado com referência às 17 horas.

Regras de valorimetria e cálculo do valor da UP

a) Contam para efeitos de valorização da unidade de participação para o dia da transacção as operações sobre valores mobiliários e instrumentos derivados transaccionadas para o Fundo e confirmadas até ao momento de referência. As subscrições e resgates processados em cada dia, referentes a pedidos efectuados no dia útil anterior, contam, para efeitos de valorização da unidade de participação, para esse mesmo dia.

b) A valorização dos valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados admitidos à

cotação ou negociação em mercados regulamentados será feita com base na última cotação conhecida no momento de referência; não havendo cotação do dia em que se esteja a proceder à valorização, ou não podendo a mesma ser utilizada, designadamente por ser considerada não representativa, tomar-se-á em conta a última cotação de fecho conhecida, desde que a mesma se tenha verificada nos 15 dias anteriores ao dia em que se esteja a proceder à valorização.

c) Quando a última cotação tenha ocorrido há mais de 15 dias, os valores mobiliários e

instrumentos financeiros derivados são considerados como não cotados para efeitos de valorização, aplicando-se o disposto na alínea seguinte.

d) A valorização de valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados não admitidos à

cotação ou negociação em mercados regulamentados será feita com base nos seguintes critérios:

i. As ofertas de compra firmes ou, na impossibilidade de obtenção, o valor médio das ofertas de compra e venda, com base na informação difundida através de entidades especializadas, que não se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a Entidade Gestora, nos termos dos artigos 20º e 21º do Código de Valores Mobiliários.

ii. Modelos teóricos de avaliação que a Entidade Gestora considere mais

apropriados atendendo às características do activo ou instrumento derivado. A avaliação pode ser efectuada por entidade subcontratada.

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e) Os valores representativos de dívida de curto prazo, bem como os depósitos bancários, serão avaliados com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação.

f) A valorização dos activos denominados em divisas diferentes do euro terá ainda em conta

o câmbio (fixing) divulgado diariamente pelo Banco de Portugal.

g) A valorização das unidades de participação não admitidas à cotação será feita com base no valor divulgado pelas respectivas sociedades gestoras disponível no momento da valorização.

5 . COMPONENTES DO RESULTADO DO FUNDO Estas rubricas têm a seguinte composição:

PROVEITOS GANHOS DE CAPITAL GANHOS COM CARÁCTER DE

JURO

Natureza Mais Valias Potenciais

Mais Valias Efectivas

Soma Juros

Vencidos Juros

Decorridos

RENDIMENTO DE TÍTULOS

Soma

OPERAÇÕES "À VISTA" Acções 254.024 10.992.958 11.246.982 - - 248.867 248.867 Direitos - 15.866 15.866 - - - - Operações a liquidar - 24.862 24.862 - - - - Operações de Moeda - 8.777 8.777 - - - - Depósitos - - - 4.985 4 - 4.989 Reavaliação Cambial - 29.285 29.285 - - - -

OPERAÇÕES "A PRAZO" Futuros - 39.860 39.860 - - - -

CUSTOS PERDAS DE CAPITAL JUROS E COMISSÕES SUPORTADAS

Natureza Menos Valias

Potenciais Menos Valias

Efectivas Soma

Juros Vencidos e Comissões

Juros decorridos

Soma

OPERAÇÕES "À VISTA" Acções 920.982 11.219.575 12.140.557 - - - Direitos - 2.866 2.866 - - - Operações a liquidar - 24.604 24.604 - - - Operações de Moeda - 8.777 8.777 Reavaliação Cambial - 32.910 32.910 - - -

OPERAÇÕES "A PRAZO" Futuros - 29.900 29.900 - - -

COMISSÕES De Gestão - - - 87.436 - 87.436 De Depósito - - - 15.075 - 15.075 Da Carteira de Títulos - - - 41.434 - 41.434 Taxa de Supervisão - - - 1.200 - 1.200

OUTROS CUSTOS Revisão de Contas - - - 4.130 - 4.130

9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO Em 31.Dezembro.2011, os impostos suportados pelo Fundo apresentam a seguinte composição:

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Imposto Sobre

Rendimento

Imposto Sobre

Mais Valias

Imposto Sobre Juros

Vencidos

Imposto Sobre Juros

Não Vencidos Outros Total

Imposto S/Rendimento

Acções 66.753 - - - - 66.753 Depósitos - - 1.072 1 - 1.073

Impostos Indirectos Imposto de selo - - - - 843 843

TOTAL 66.753 - 1.072 1 843 68.669

11. EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL Em 31.Dezembro.2011, o Fundo apresenta a seguinte composição cambial:

Posição Cambial

A Prazo Moedas Á Vista

Forward Futuros Global

Posição Global

Opções Posição Global

CHF 558.807 - - - 558.807 - 558.807

DKK 1.284.261 1.284.261 1.284.261

GBP 974.331 - - - 974.331 - 974.331

NOK 2.223.684 2.223.684 2.223.684

SEK 1.239.622 - - - 1.239.622 - 1.239.622

USD 963 - - - 963 - 963

Contravalor Euro 2.225.510 - - - 2.225.510 - 2.225.510

13 . EXPOSIÇÃO AO RISCO DE COTAÇÕES O Fundo não mantinha, em 31.Dezembro.2011, quaisquer operações de cobertura de cotações, apresentando a seguinte exposição:

Acções e Valores Montante Extra-Patrimoniais Saldo

Similares Futuros Opções

Acções 5.081.092 - - 5.081.092

15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

Durante o exercício de 2011, os custos imputados ao Fundo apresentavam os seguintes valores:

Custos Imputados Valor % VLGF (*)

Comissão de Gestão (fixa) 87.436 1,45%

Comissão de Depósito 15.075 0,25%

Custos de Transacção 41.434 0,69%

Taxa de Supervisão 1.200 0,02%

Custos de Auditoria 4.130 0,07%

TOTAL 149.275 2,48%

TAXA GLOBAL DE CUSTOS (TGC) 107.841 1,79%

(*) % sobre a média do VLGF de 2011

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RREELLAATTÓÓRRIIOO DDEE AAUUDDIITTOORRIIAA Introdução 1. Nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 8º do Código dos Valores

Mobiliários (CVM) e do nº 1 do artigo 43º e do nº 2 do artigo 67º do Decreto-Lei 252/03, de 17 de Outubro, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto RAIZ EUROPA, gerido pela entidade gestora “Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.“, incluída no Relatório de Gestão, no Balanço (que evidencia um total de 5.535.365 euros e um total de capital do fundo de 5.508.978 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 838.072 euros), na Demonstração dos Resultados e na Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e nos correspondentes Anexos.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da entidade gestora “Crédito Agrí-

cola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.”:

a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Fundo, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa;

b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados, atentas as especificidades dos Fundos de Investimento Mobiliário;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;

e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as

Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a verificação do adequado cumprimento do Regulamento de Gestão do fundo;

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- a verificação da adequada avaliação dos valores do fundo (em especial no que se refere a valores não cotados em mercado regulamentado e a derivados negociados fora de mercado regulamentado);

- a verificação do cumprimento dos critérios de avaliação definidos nos documentos constitutivos;

- a verificação da realização das operações sobre valores cotados, mas realizadas fora de mercado nos termos e condições previstos na lei e respectiva regulamentação;

- a verificação do registo e controlo dos movimentos de subscrição e resgate das unidades de participação do fundo;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e

- a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira

constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão

da nossa opinião.

Opinião 7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima

apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto RAIZ EUROPA, gerido pela entidade gestora “Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.”, em 31 de Dezembro de 2011, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para os fundos de investimento mobiliário, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Porto, 15 de Março de 2012

Carlos Teixeira, Noé Gomes & Associado, SROC, Lda. (inscrita na CMVM sob o n.º 4681)

Representada por Noé Gonçalves Gomes (ROC n.º 498)

Fundo de Investimento Mobiliário Aberto RAIZ EUROPA – Relatório de Auditoria – Exercício 2011 Pág. 2