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FUNDBOX SGFII 23 de fevereiro de 2018 Fundor (Em liquidação) Relatório de Gestão, exercício de 2017

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FUNDBOX SGFII

23 de fevereiro de 2018

Fundor (Em liquidação)

Relatório de Gestão, exercício de 2017

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Fundor (Em liquidação)

Relatório de Gestão, exercício de 2017

Ambiente de negócio A economia portuguesa registou, em 2017, o melhor desempenho da década em curso, com uma estimativa, à data da escrita, de crescimento real do PIB de 2,6%, acima da estimativa constante do Orçamento do Estado (1,5%) e da revisão em alta desta por ocasião do Programa de Estabilidade e Crescimento (1,8%).

Este comportamento positivo foi impulsionado pela procura interna, sustentada no crescimento do consumo, sensível à descida do desemprego, e na formação bruta de capital fixo (que cresceu 9,1%) e pelas exportações (7,6%). A política fiscal permaneceu moderadamente expansionista, preterindo o objectivo de redução da dívida pública muito embora mantendo o

consumo público sob apertado controle, como fica patente da taxa de crescimento negativa registada (-0,2%). O efeito da combinação desta política com um desagravamento fiscal significativo sobre os rendimentos do trabalho fez com que o “deficit” orçamental se reduzisse significativamente, fixando-se em 1,5%. A balança comercial manteve-se estável, apesar do crescimento das exportações, devido ao impacto nas importações da recuperação da procura interna.

O final do ano foi positivamente marcado pela revisão em alta do “rating” da República pela Fitch para “investment grade”, seguindo idêntico movimento, em Setembro, da Standard & Poor’s. Os “yields” do soberano português apresentaram uma tendência sustentada de descida durante o ano, fixando-se em 1,938% no final do ano, muito próxima da taxa de crescimento do índice de preços no consumidor para o ano (1,5%).

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Resumo Executivo

Este ano de 2017, foi o segundo ano completo da liquidação do fundo, que se iniciou a 27 de Fevereiro 2015. A actividade da Sociedade Gestora centrou-se na resolução das reclamações graciosas de autoliquidações de IRC e dos processos judiciais decorrentes.

Actividade do Fundo

O ano de 2017 foi o décimo primeiro exercício completo do Fundo, constituído a 10 de Abril de 2006, e o segundo sem vendas imobiliárias, depois de sete anos consecutivos de vendas, ficando marcado pela resolução dos processos judiciais onde o fundo é parte passiva, figurando como réu em três litígios decorrentes de incumprimento de contratos-promessa de compra e venda de activos do Fundo. A 31 de Dezembro de 2017, dois dos processos ainda aguardavam tramitação processual ou trânsito em julgado. Na presente data, todos os processos foram já objecto de decisão (duas favoráveis ao Fundo e uma desfavorável), aguardando-se agora o apuramento do montante final das custas judiciais e devoluções de cauções para o respectivo encerramento.

Confirma-se também o pagamento da nota de liquidação no valor adicional em sede de IRC, de €7.405,71, referente ao exercício de 2014 e da reclamação graciosa apresentada da AT referente aos exercícios 2013 e 2014, da restituição do imposto pago em excesso no valor de €110.114.

A Sociedade Gestora, à data da redação deste relatório, não pode assegurar o encerramento dos processos supra referidos ainda durante o período de liquidação em curso, pelo que se afigura necessário requerer junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários a concessão de um período adicional para a liquidação.

Investimentos do Exercício NA;

Alienações do Exercício NA;

Comentário aos Resultados O resultado líquido do fundo foi positivo e fixou-se em €31.197 (lucro €92.549 em 2016).

O Valor global líquido do fundo fixou-se em €1,055 milhões (€1,724 milhões em 2016).

O valor da UP fixou-se em €105,4913 (€172,3716 em 2016),

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A rentabilidade anualizada desde o lançamento fixou-se em 15,81% (17,39% em 2016).

Proposta de Distribuição de Resultados Propõe-se que os Resultados do Exercício sejam levados a Resultados Transitados.

Perspectivas para 2018 Em 2018, e no seguimento da deliberação de liquidação do Fundo, a actividade da Sociedade Gestora será dedicada à implementação da aludida deliberação, diligenciando no sentido da resolução dos processos judiciais, prévios à liquidação do fundo.

Agradecimentos A Sociedade Gestora manifesta os seus agradecimentos

À Comissão de Mercado de Valores Imobiliários, pela colaboração prestada;

Ao Banco Invest, pela importante intervenção enquanto Banco Depositário;

Aos Senhores Peritos Avaliadores, de cuja experiência e conhecimentos a gestão do Fundo muito beneficiou;

Ao Auditor do Fundo, pelo zelo colocado no acompanhamento da actividade;

Aos Advogados do Fundo, pelo zelo e empenho colocados na defesa dos interesses do Fundo;

Lisboa, 23 de Fevereiro de 2018

Pelo Conselho de Administração da Sociedade Gestora

_____________________________

Joaquim Miguel Calado Cortes de Meirelles

Administrador Delegado

______________________________

Manuel Joaquim Guimarães Monteiro de Andrade

Administrador Delegado

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

(Montantes expressos em Euros)

2017 2016Activo Mais menos Activo Activo

ACTIVO Notas bruto valias valias líquido líquido PASSIVO E CAPITAL DO FUNDO Notas 2017 2016

CAPITAL DO FUNDODISPONIBILIDADES Unidades de participação 2 1.300.000 2.000.000

Resultados transitados 2 (276.284) (368.833)Caixa 7 118 118 118 Resultado líquido do exercício 2 31.197 92.549 Depósitos à ordem 7 1.241.268 1.241.268 418.457 Total do Capital do Fundo 1.054.914 1.723.716 Depósitos a prazo e com pré-aviso 7 - - 1.850.000

Total das disponibilidades 1.241.386 1.241.386 2.268.575 AJUSTAMENTOS E PROVISÕESProvisões acumuladas 11 146.854 146.854

Total de Provisões acumuladas 146.854 146.854

CONTAS DE TERCEIROSCONTAS DE TERCEIROS Comissões e outros encargos a pagar 15 7.010 19.360

Outras contas de devedores 16 3.340 3.340 3.340 Outras contas de credores 15 8.125 354.110 Total dos valores a receber 3.340 3.340 3.340 Total de valores a pagar 15.135 373.470

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de custos 17 7.266 7.290

Acréscimos de proveitos 14 - - 112 Outros acréscimos e diferimentos 17 20.557 20.697 Total de acréscimos e diferimentos activos - - 112 Total de acréscimos e diferimentos passivos 27.823 27.986

Total do Activo 1.244.726 - - 1.244.726 2.272.027 Total do Passivo e Capital do Fundo 1.244.726 2.272.027

Total do número de unidades de participação 2 10.000 10.000 Valor unitário da unidade de participação 2 105,4913 172,3716

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2017.

O Contabilista Certificado Pelo Conselho de Administração

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2017 2016 Notas 2017 2016

CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTESComissões: Juros e proveitos equiparados:

Em activos imobiliários 18 - 129.150 Outras, de operações correntes 1.353 1.172Outras, de operações correntes 18 23.926 65.216 Ganhos em operações financeiras e activos imobiliários

Perdas em operações financeiras e activos imobiliários Da carteira de títulos e participações 20 - 396Na carteira de títulos e participações 20 - 305 Em activos imobiliários 20 - 340.106Em activos imobiliários 20 - 5.560

Impostos e taxas: Reversões de ajustamentos e de provisõesImposto sobre rendimento 12 7.406 - De provisões para encargos 11 - 10.223Impostos indirectos 12 837 1.177 Rendimentos de activos imobiliários 21 - 3.484

Provisões do exercício: Total de proveitos e ganhos correntes 1.353 355.382Fornecimentos e serviços externos 19 71.288 61.425Outros custos e perdas correntes - -

Total de custos e perdas correntes (A) 103.456 262.833PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS

CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS Ganhos de exercícios anteriores 133.301 - Outras perdas eventuais - -

Total de custos e perdas eventuais (B) - - Total de proveitos e ganhos eventuais 133.301 -

LUCRO DO EXERCÍCIO 2 31.197 92.549 PERDA DO EXERCÍCIO 2 - - 134.654 355.382 134.654 355.382

Resultados na carteira de títulos - 91 Resultados eventuais 133.301 -Resultados de activos imobiliários (71.288) 276.605 Resultados antes de imposto sobre o rendimento 38.603 92.549Resultados correntes (94.698) 92.549 Resultados líquidos do período 31.197 92.549

O anexo faz parte integrante da Demonstração de Resultados do período findo em 31 de Dezembro de 2017

O Contabilista Certificado Pelo Conselho de Administração

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS MONETÁRIOS PARA OS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

(Montantes expressos em Euros)

2017 2016

OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDOPagamentos:Resgates/reembolsos de unidades de participação ( 700.000) ( 500.000)Fluxo das operações sobre as unidades do fundo ( 700.000) ( 500.000)

OPERAÇÕES COM ACTIVOS IMOBILIÁRIOSRecebimentos:

Alienação de activos imobiliários (Nota 1) 1.710.000 Rendimentos de activos imobiliários 4.000 Adiantamentos por conta da venda de activos imobiliários 550.000

- 2.264.000 Pagamentos:

Outros pagamentos de activos imobiliários ( 350.445) (87.966)(350.445) (87.966)

Fluxo das operações com activos imobiliários (350.445) 2.176.034

OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOSRecebimentos:Resgates/reembolsos de unidades de participação 857.105Fluxo das operações sobre as unidades do fundo - 857.105

OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTERecebimentos:

Outros recebimentos correntes 28.186 -Juros de depósitos bancários 1.471 1.060 Impostos e taxas 110.114

139.772 1.060 Pagamentos:

Comissão de gestão ( 20.651) (50.033)Comissão de depósitário ( 12.483) (12.516)Impostos e taxas ( 15.062) (49.960)Outros pagamentos correntes ( 68.321) (282.571)

(116.517) (395.080)Fluxo das operações de gestão corrente 23.255 (394.020)

Saldo dos fluxos de caixa do exercício (1.027.189) 2.139.120

Disponibilidades no início do exercício 2.268.575 129.455

Disponibilidades no fim do exercício 1.241.386 2.268.575

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos monetáriospara o exercício findo em 31 de Dezembro de 2017.

O Contabilista Certificado Pelo Conselho de Administração

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR (em liquidação) ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em Euros)

1

INTRODUÇÃO

A constituição do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Fundor (Fundo) foi

autorizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em 30 de

Novembro de 2005, tendo iniciado a sua actividade a 11 de Abril de 2006. Trata-se de

um fundo de investimento imobiliário fechado, constituído por subscrição particular, pelo

período inicial de dez anos contados a partir da data da sua constituição, prorrogável por

períodos não superiores a dez anos desde que aprovado pelos participantes e autorizado

pela CMVM. Em 27 de Fevereiro de 2015, foi deliberada na assembleia de participantes

por unanimidade a entrada do Fundo em liquidação.

Não tendo sido possível a liquidação do Fundo no prazo disposto no regime geral dos

Organismos de Investimento Colectivo a Sociedade Gestora solicitou a prorrogação da

liquidação do Fundo por prazos sucessivos de um ano. O Conselho de Administração da

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários deliberou, em 12 de Maio de 2016, e em 16

de Fevereiro de 2017 nos termos e ao abrigo do n.º 2 do artigo 45º do Regime Geral dos

Organismos de Investimento Colectivo, autorizou a prorrogação do prazo de liquidação

do aludido Fundo por períodos sucessivos de um ano, sendo o ultimo até ao dia 2 de

Março de 2018.

O Fundo é administrado, gerido e representado pela Fund Box - Sociedade Gestora de

Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. (Sociedade Gestora), sendo as funções de

entidade depositária (depositário) asseguradas pelo Banco Invest S.A.

O presente Anexo obedece, em estrutura, ao disposto no Regulamento n.º 2/2005, pelo

que as Notas 1 a 13 previstas que não constam neste anexo não têm aplicação por

inexistência ou irrelevância de valores ou situações a reportar. A Nota introdutória e as

notas posteriores à nota 13 são incluídas com outras informações relevantes para a

compreensão das demonstrações financeiras em complemento às Notas 1 a 13.

BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras, compostas pelo Balanço, Demonstração dos Resultados e

Demonstração de Fluxos Monetários, foram elaboradas segundo o disposto no

Regulamento nº 2/2005 de 14 de Abril de 2005. Este Regulamento estabelece o regime

a que deve obedecer a contabilidade dos Fundos de Investimento Imobiliário.

O Regulamento n.º2/2005 impõe a divulgação de informação que permita desenvolver e

comentar os valores incluídos nas demonstrações financeiras, e ainda quaisquer outras

consideradas úteis para os Participantes dos Fundos de Investimento.

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR (em liquidação) ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em Euros)

2

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização de exercícios

O Fundo regista os seus proveitos e custos de acordo com o princípio da especialização

dos exercícios, sendo reconhecidos na medida em que são obtidos e incorridos,

independentemente do seu recebimento ou pagamento.

b) Comissão de gestão

A comissão de gestão constitui um encargo do Fundo, a título de remuneração dos

serviços de gestão do seu património que lhe são prestados pela Sociedade Gestora.

De acordo com o Regulamento de Gestão, esta comissão é calculada diariamente, por

aplicação de uma taxa anual de 0.5% (zero vírgula cinco por cento), com um valor

mínimo anual de €50,000 (cinquenta mil euros) e um valor máximo anual de €150,000

(cento e cinquenta mil euros), calculada diariamente sobre o valor líquido global do

Fundo e cobrada trimestralmente (ver nota 18).

A 01 de Março de 2017 e atendendo ao facto de o Fundo estar em liquidação e já não ter

nenhum activo imobiliário sobre gestão, a Sociedade Gestora decidiu prescindir da

cobrança da comissão de gestão do Fundo.

c) Comissão de depositário

Destina-se a fazer face às despesas do banco depositário relativas aos serviços

prestados ao Fundo.

Segundo o Regulamento de Gestão, esta comissão é calculada diariamente, por

aplicação de uma taxa anual de 1.25‰ (um vírgula vinte e cinco por mil) sobre o valor

líquido global do Fundo. A comissão é cobrada semestralmente e tem um valor mínimo

anual de €12,500 (doze mil e quinhentos euros).

d) Taxa de supervisão

A taxa de supervisão devida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários constitui um

encargo do Fundo. Este encargo é calculado por aplicação de uma taxa (0.0026%) sobre

o valor líquido global do Fundo no final de cada mês. Sempre que o montante calculado

seja inferior a €200 (duzentos euros) ou superior a €20,000 (vinte mil euros), a taxa

mensal devida corresponderá a um desses limites.

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR (em liquidação) ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em Euros)

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e) Activos imobiliários

Os imóveis adquiridos pelo Fundo são contabilizados pelo valor de transacção, acrescido

dos emolumentos notariais, custos registrais, imposto de selo, avaliações prévias à

aquisição, assim como das obras de melhoramento e recuperação. Nos termos da Lei em

vigor, os imóveis não são amortizados, de modo a espelhar o seu valor venal, definido

de acordo com o melhor preço que poderia ser alcançado, caso fossem vendidos em

circunstâncias normais de mercado.

A política seguida pelo Fundo quanto ao reconhecimento ou desreconhecimento dos

imóveis como um activo toma em consideração o princípio da “substância sobre a

forma”. Nestas circunstâncias, sempre que os benefícios e os riscos inerentes aos

imóveis são substancialmente transmitidos com a celebração do contrato promessa, as

transacções são normalmente contabilizadas já que a celebração da respectiva escritura

fica apenas pendente de questões de natureza formal.

Tendo em conta o Decreto-Lei 60/2002, de 20 de Março com as alterações introduzidas

pelo Decreto-Lei 13/2005, de 7 de Fevereiro, e pela Lei 16/2015 de 24 de Fevereiro, os

imóveis adquiridos devem ser precedidos de pareceres de, pelo menos, dois peritos

avaliadores independentes.

Os bens imóveis são avaliados com uma periodicidade mínima anual e sempre que

ocorram alterações significativas nos seus valores de mercado. A valorização de cada

imóvel é definida pela média aritmética simples das avaliações dos peritos

independentes, sendo o seu valor contabilístico igual às avaliações periciais, salvo as

exceções previstas na Lei, como no caso de projetos de construção.

As mais-valias (Mv) ou menos-valias (mv) que decorram do ajustamento do custo dos

imóveis ao seu valor venal são registadas na conta 38 – Ajustamentos em activos

imobiliários, lançando-se o correspondente ganho ou perda (embora potencial), nas

contas de proveitos e custos, 833 – Ganhos em operações financeiras e activos

imobiliários e 733 – Perdas em operações financeiras e activos imobiliários,

respectivamente, tendo como contrapartida as contas de “mais-valias” e “menos-valias”

do activo.

f) Unidades de participação

O valor de cada unidade de participação é calculado dividindo o Valor Líquido Global do

Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. Ao valor líquido do

património corresponde o somatório das rubricas do capital do Fundo, ou seja, unidades

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR (em liquidação) ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em Euros)

4

de participação, variações patrimoniais, resultados transitados e distribuídos e resultado

líquido.

As “Variações Patrimoniais” resultam da diferença entre o valor de subscrição e o valor

base da unidade de participação, na data de actividade, situação não verificável no valor

do Fundo.

A 31 de Dezembro de 2017 o Capital do Fundo integra algumas destas rubricas conforme dados apresentados na nota 2.

g) Carteira de títulos – unidades de participação

A subscrição de unidades de participação pelo Fundo é contabilizada pelo valor de

transacção na conta 24 – unidades de participação.

As mais-valias (Mv) ou menos-valias (mv) decorrentes das unidades de participação

subscritas são registadas na conta 28 – Mais e menos valias lançando-se o

correspondente ganho ou perda, nas contas de proveitos e custos, 832 – Ganhos na

carteira de títulos e participações e 732 – Perdas na carteira de títulos e participações.

g) Contas de terceiros

As dívidas de terceiros espelham o valor que se espera realmente receber, sendo que a

31 de Dezembro de 2017 existem em dívida valores referentes a encargos suportados

pelo Fundo devidamente debitados à entidade construtora e aos actuais proprietários das

fracções do Estoril-Sol Residence.

h) Regime fiscal

O regime fiscal alterou a 1 de Julho de 2015. À semelhança do ano de 2014, até 30 de

Junho de 2015, o regime fiscal em vigor era o seguinte:

Os rendimentos prediais líquidos, obtidos no território português, à excepção das mais-

valias prediais, são tributados à taxa autónoma de 25% (vinte e cinco por cento).

Tratando-se de mais-valias prediais, há lugar a tributação, autonomamente, à taxa de

25% (vinte e cinco por cento), que incide sobre 50% (cinquenta por cento) da diferença

positiva entre mais-valias e as menos-valias realizadas no exercício.

Relativamente a outros rendimentos que não prediais, são os mesmos tributados da

seguinte forma:

Os rendimentos obtidos no território português, que não sejam mais-valias, estão

sujeitos a retenção na fonte, como se de pessoas singulares se tratasse, sendo recebidos

líquidos de imposto ou, caso não estejam sujeitos a retenção na fonte, são tributados à

taxa de 25% sobre o valor líquido obtido no exercício. No dia 30 de Outubro de 2012,

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR (em liquidação) ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em Euros)

5

entrou em vigor a Lei n.º 55-A/2012, publicada em suplemento ao Diário da República

do dia 29 de Outubro, que veio introduzir diversas alterações em matéria tributária,

nomeadamente, o aumento para 28% da generalidade das taxas de retenção na fonte

em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) incidentes sobre

rendimentos de capitais (tais como juros das obrigações e dos depósitos bancários e dos

dividendos);

Os rendimentos obtidos fora do território português, que não sejam mais-valias, são

tributados, autonomamente, à taxa de 20%, tratando-se de rendimentos de títulos de

dívida, lucros distribuídos e de rendimentos provenientes de fundos de investimento, e à

taxa de 25% nos restantes casos;

Relativamente às mais-valias, obtidas em território português ou fora, estão sujeitas

a tributação autónoma, como se de pessoas singulares se tratasse, à taxa de 10% sobre

a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias apuradas no exercício.

O imposto estimado no exercício sobre os rendimentos gerados, incluindo as mais-valias,

é registado na rubrica de “Impostos sobre o rendimento” da demonstração dos

resultados; os rendimentos obtidos, quando não isentos, são assim considerados pelo

respectivo valor bruto em “Juros e proveitos equiparados”.

O Decreto-Lei n.º 7/2015, de 13 de Janeiro, procede à reforma do regime de tributação

dos OIC, onde as principais alterações são a tributação dos participantes à saída em

sede de IRS e IRC e o ativo global líquido dos OIC passam a ser alvo de tributação em

sede do imposto selo. Este regime fiscal entrou em vigor a 1 de Julho de 2015.

1. Na esfera do Fundo:

O Fundo é tributados em IRC, à taxa geral prevista no respetivo Código (atualmente

fixada em 21%), estando isento de derrama municipal e estadual;

O lucro tributável corresponderá ao resultado líquido do exercício apurado de acordo

com as respetivas normas contabilísticas, estando no entanto isentos de rendimentos de

capitais, prediais e mais-valias e devendo desconsiderar os gastos relativos a esses

rendimentos, previstos no artigo 23.º-A, do Código do IRC, e comissões de gestão;

Os prejuízos fiscais apurados são reportáveis por um período de 12 anos;

Às fusões, cisões e subscrições em espécie realizadas entre OIC pode ser aplicado o

regime da neutralidade fiscal;

O Fundo está sujeito às taxas de tributação autónoma previstas no Código do IRC;

Não haverá obrigação de retenção na fonte relativamente aos rendimentos obtidos

pelo Fundo;

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FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDOR (em liquidação) ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em Euros)

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O Fundo será tributado em Imposto do Selo sobre a média mensal do valor líquido

global dos seus ativos à taxa de 0,0125% (por trimestre).

2. Na esfera do participante:

Os investidores residentes que sejam pessoas singulares serão tributados em sede de

IRS à taxa de 28%, através do mecanismo da retenção na fonte (salvo se optarem pelo

englobamento);

Os rendimentos pagos a investidores residentes que sejam pessoas coletivas estarão

sujeitos a uma retenção na fonte de IRC provisória (por conta do imposto devido no

final) à taxa de 25% (exceto se os beneficiários beneficiarem de dispensa de retenção na

fonte);

Os sujeitos passivos não residentes que obtenham rendimentos: (i) distribuídos por

fundos e sociedades de investimento imobiliário ou operações de resgate de UPs destes

fundos estão sujeitos a retenção na fonte à taxa de 10%; (ii) de fundos e sociedades de

investimento mobiliário, incluindo mais-valias que resultem do respetivo resgate ou

liquidação, estão isentos de IRS ou IRC;

Os rendimentos obtidos por sujeitos passivos residentes em paraísos fiscais, por

entidades que sejam detidas direta ou indiretamente em mais de 25% por residentes e

por beneficiários que não apresentem prova de que são não residentes, ficarão sujeitos

às taxas de retenção na fonte definitiva de 25%, 28% ou 35% (consoante os casos);

Os sujeitos passivos não residentes que não tenham efetuado prova atempada do seu

estatuto poderão solicitar o reembolso total ou parcial do imposto que tenha sido retido

na fonte, durante um prazo de dois anos;

Para efeitos da aplicação deste regime, os rendimentos decorrentes da detenção de

unidades de participação em fundos de investimento imobiliário e da titularidade de

participações sociais em sociedades de investimento imobiliário, incluindo as mais-valias

que resultem da transmissão onerosa, resgate ou liquidação, são considerados

rendimentos de bens imóveis.

i) Demonstração de fluxos monetários

Para efeitos de demonstração dos fluxos monetários, a rubrica de Caixa e seus

equivalentes corresponde ao saldo das disponibilidades em Instituições de Crédito e

Caixa.

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2. CAPITAL DO FUNDO

O património do Fundo está titulado através de unidades de participação iguais com um

valor base de €500 (quinhentos euros) cada. A movimentação no Capital do Fundo no

exercício de 2017 foi a abaixo descrita:

2017

Saldo em 31-12-2016

Subscrições

Entrega por conta

Liquidação Distribuição de rendimentos

Aplicação do resultado de

2016

Resultado líquido do exercício

Saldo em 31-12-2017

Unidades de participação 2.000.000 - (700.000) - - - 1.300.000

Variações patrimoniais - - - - - - -

Resultados transitados (368.833) - - - 92.549 - (276.284)

Resultados distribuídos - - - - - - -

Resultado líquido do exercício 92.549 - - - (92.549) 31.197 31.197

1.723.716 - (700.000) - - 31.197 1.054.914

Número de unidades de participação 10.000 10.000 Valor da unidade de participação 172,3716 105,4914

Durante o exercício de 2017 o Fundo efectuou adiantamentos por conta da liquidação do

Fundo aos seus participantes, tal como prevê o novo regime jurídico dos Fundos (Lei

16/2015 de 24 de Fevereiro), no valor total de 700 000€. O saldo de -276.283€ de

Resultados Transitados inclui o montante de 22.948.716€ de resultados acumulados de

anos anteriores deduzido do valor de 23.225.000€ de resultados distribuídos.

3. INVENTÁRIO DE ACTIVOS DO FUNDO

2017

Preço de Data de Valor de Método de Juros Valor

Liquidez Quantid. Moeda aquisição Avaliação Avaliação Avaliação Decorridos Global

7.1.1 Caixa EUR 118

7.1.2 Depósitos à ordem

DO Banco Invest 0,00% EUR - 1.241.268

1.241.386

2017

Preço de Data de Valor de Método de Juros Valor

Outros valores a regularizar Quantid. Moeda aquisição Avaliação Avaliação Avaliação Decorridos Global

912. Outros ativos

Outros EUR 3.340 921. Recebimentos p/ conta de imóveis

Recebimentos por conta de imóveis

EUR -

922. Outros passivos

Outros EUR

-189.812,12

(186.472)

Valor Liquido Global do Fundo 1.054.914

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6. CRITÉRIOS E PRÍNCIPIOS DE VALORIZAÇÃO

Os critérios e princípios de valorização estão descritos nas notas iniciais do Anexo.

7. DISPONIBILIDADES

2017

Contas Saldo em

31-12-2016 Aumentos Reduções Saldo em

31-12-2017

Numerário 118 118

Depósitos à ordem 418.457 1.241.268

Depósitos a prazo 1.850.000 9.450.000 (11.300.000) -

Total

2.268.575 9.450.000 (11.300.000) 1.241.386

9. COMPARABILIDADE COM O EXERCÍCIO ANTERIOR

As políticas contabilísticas seguidas em 2017, são idênticas às adoptadas em 2016, pelo

que existe comparabilidade nas rubricas de balanço e demonstração de resultados.

11. AJUSTAMENTOS E PROVISÕES

2017

Contas Saldo em

31-12-2016 Aumentos Reduções Saldo em

31-12-2017

Provisões para encargos

146.854

-

-

146.854

Total

146.854 - - 146.854

2016

Contas Saldo em

31-12-2015 Aumentos Reduções Saldo em

31-12-2016

Provisões para encargos 157.078

-

(10.223)

146.854

Total

157.078 - (10.223) 146.854

Em 31 de Dezembro de 2017 o total de provisões respeitavam aos processos da

Soprogima, NY Cascais e Real Dunes (ver nota 23).

12. IMPOSTOS

Os impostos suportados pelo Fundo em 2017 e 2016 apresentam a seguinte

composição:

2017 2016

Impostos sobre o Rendimento Mais Valias

7.406 -

7.406 -

Impostos indirectos

Imposto de Selo 837 928 Imposto Municipal sobre Imóveis - 249

837 1.177

Total de Impostos suportados

8.243 1.177

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Tal como descrito acima na nota introdutória, entrou um novo regime fiscal em vigor a 1

de Julho de 2015, pelo que, em vendas efectuadas em período posterior é efectuado um

pró-rata dos dias do imóvel em carteira no antigo regime fiscal para cálculo da mais-

valia a incluir no modelo 22 do Fundo.

14. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACTIVOS

2017 2016

Proveitos a receber Juros de depósitos a prazo

- 112

Total

- 112

15. CONTAS DE TERCEIROS – PASSIVO

2017 2016

Comissões e Outros Encargos Sociedade Gestora - 12.569 Banco Depositário 6.302 6.284 Entidades Avaliadoras de Imóveis 308 308 Autoridades de Supervisão

400 200

7.010 19.360

Outras contas de credores Imposto Sobre o Rendimento

8.125 4.113

Outros Valores a Pagar - 349.998

8.125 354.110

Total

15.135 373.470

Esta rubrica integra as seguintes responsabilidades: “Comissões a pagar”,

nomeadamente as Comissões de Depósito e a Taxa de Supervisão a liquidar no exercício

de 2017; “Outros valores a pagar”, nomeadamente o imposto retido (€8.125).

16. CONTAS DE TERCEIROS - ACTIVO

Nesta rubrica encontram-se registados os montantes referentes a despesas de

electricidade e água refacturados aos actuais proprietários das fracções do

Empreendimento Estoril-Sol Residence.

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17. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS PASSIVOS

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os acréscimos e diferimentos passivos detalham-se

da seguinte forma:

2017 2016 Acrécimos de Custos Imposto de Selo

194 217

Outros Custos a Pagar 7.073 7.073

7.266 7.290

Outros acréscimos e diferimentos Emanuel Madaleno 94.690 94.690 Outros (522.333) (522.193) Reis Plano 448.200 448.200

Total 27.823 27.986

O valor referente a outros acréscimos e diferimentos inclui os valores entregues ao

tribunal a titulo de caução nos processos com a NY Cascais e Soprogima (ver nota 23).

18. COMISSÕES

A rubrica de comissões tem o seguinte detalhe no exercício de 2017 e 2016:

2017 2016

Comissões e Taxas Comissões em activos imobiliários

- 129.150

Outras, de operações correntes

Comissão de Gestão

8.083 50.000 Comissão de Depósito

12.501 12.499

Taxa de Supervisão 2.400 2.489 Outras Comissões 942 228

23.926 65.216

23.926 194.366

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19. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Os fornecimentos e serviços externos apresentam o seguinte detalhe no período de 2017

e 2016:

2017 2016

Fornecimentos e Serviços Externos Electricidade - 91 Seguros

- 444

Condomínio

- 2.920 Conservação

254 5.107

Auditoria

6.150 6.150 Avaliação dos Activos Imobiliários 246 1.937 Honorários

62.063 14.388

Contencioso e Notariado

- 4.587 Outros

2.575 25.800

Total

71.288 61.425

20. GANHOS E PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS E ACTIVOS IMOBILIÁRIOS

2017 2016 Ganhos Op. Financeiras e Act. Imob.

Na carteira titulos e participaçoes - 396 Em activos imobiliários

Ganhos na Alienação - 340.106 - 340.502

Perdas Oper. Finan. Activos Imobil.

Na carteira titulos e participações - (305) Em activos imobiliários

Outras Perdas - (5.560)

- (5.865)

- 334.637

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21. REMUNERAÇÕES PAGAS PELA SOCIEDADE GESTORA

De acordo com o definido no nº 2 do art. 161.º do Regime Geral dos Organismos de

Investimento Colectivo, o montante total de remunerações do exercício de 2017 pagas

pela Fund Box – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. aos

seus colaboradores no âmbito da gestão do Fundo Fundor, é como segue:

Remunerações 31-dez-17

Remunerações Fixas 4.095

Remunerações Variáveis -

Total 4.095 O valor acima apurado baseou-se no peso do activo líquido do fundo (1%) no activo

líquido da totalidade dos fundos geridos pela sociedade gestora aplicado ao total de

remunerações pagas aos colaboradores dessa sociedade durante o ano de 2017

(574.311 euros).

De referir que o número de colaboradores afectos à gestão do fundo ao longo do ano de

2017 foi de 26 pessoas.

Não foram pagas quaisquer comissões de desempenho à sociedade gestora do fundo,

não tendo esta última exercido actividades com impacto significativo no perfil de risco do

fundo.

23. EVENTOS SUBSEQUENTES

Em Maio de 2015 a Soprogima iniciou uma petição junto do Juízo Central Civil de Lisboa

contra o Fundo de modo a que fosse restituído pelo Fundo à Autora o valor pago a título

de sinal do contrato de compra e venda de uma fracção do imóvel sito no Estoril Sol

Residence acrescido de Juros. Em Dezembro de 2016 foi proferida sentença favorável ao

Fundo, da qual a Soprogima recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa. O tribunal

superior manteve a decisão favorável ao Fundo, tendo a mesma transitado em Julgado

em Outubro de 2017.

O Fundor havia prestado, por ordem do tribunal, uma caução para garantia do

cumprimento do pagamento à Autora no montante de 484.177€, tendo recebido a

devolução do referido valor já em Janeiro de 2018.

Também em Janeiro de 2018 foram apuradas as custas finais do processo e, bem assim,

as custas de parte que a Soprogima deve ao Fundo no valor de 10.710€, sendo que seja

espectável que o Fundo tenha de recorrer junto do tribunal para que o pagamento seja

cumprido.

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Em Março de 2015 a Real Dunes iniciou uma petição junto do Juízo Central Cível de

Lisboa contra o Fundo de modo a exigir ao Fundo a devolução do valor de sinal e

posteriores reforços acrescido de juros referente ao contrato de compra e venda de uma

fracção do imóvel sito no Estoril Sol Residence.

Em Dezembro de 2016 foi proferida sentença favorável ao Fundo. A Real Dunes,

inconformada com a decisão, recorreu da mesma para o Tribunal da Relação de Lisboa,

que confirmou a decisão favorável ao Fundo. Esta decisão transitou em julgado em

Janeiro de 2018.

Também em Janeiro de 2018 foram apuradas custas judiciais finais a liquidar pelo Fundo

no valor de 11.475€. Uma vez que a decisão foi favorável ao Fundo, este irá solicitar ao

tribunal a dispensa deste pagamento. Caso o tribunal indefira o requerimento, o Fundo

procederá ao pagamento e, posteriormente, exigirá a sua restituição à Real Dunes para

além do valor de 4.896€, que corresponde às custas de parte já apuradas.

Em Outubro de 2015 a NYCascais iniciou uma petição junto do Juízo Central Cível de

Lisboa contra o Fundo de modo a exigir a devolução da quantia de 183.562€

correspondente a juros pago pela autora pelo diferimento da realização da escritura de

compra e venda de um imóvel sito na Av. da Argentina, acrescido de juros de mora.

Em Dezembro de 2016 foi proferida sentença desfavorável ao Fundo que, inconformado

com esta decisão, recorreu da mesma para o Tribunal da Relação de Lisboa. O tribunal

superior manteve a decisão proferida pelo tribunal da primeira instância. Após análise do

mandatário do Fundo, inexistia fundamentação sólida para sustentar um novo recurso

para o Supremo Tribunal de Justiça, pelo que a decisão transitou em julgado em Janeiro

de 2018.

Em Janeiro de 2018 o Fundo pagou à autora do processo o valor de 96.663€

correspondente ao valor de 81.328€ acrescido de juros 11.969€ e custas de parte de

3.366€.

O Fundo tinha prestado caução de 87.966€ junto do Tribunal estando neste momento

pendente a devolução deste valor ao Fundo, visto que, com o pagamento referido supra,

nada mais é exigível ao Fundo.

O Contabilista Certificado Pelo Conselho de Administração

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