fundamentos do planejamento estratégico · 2021. 3. 10. · 9 apartirde1960,surgeo1ºcurso sobre...
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Fundamentos do Planejamento Estratégico
http://www.novonegocio.com.br/plano-de-negocios/estrutura-organizacional/
Colaboradores:
Rozangela Maria de Almeida
Fernandes Wyshomirska.
Marcelo Santana Costa.
.
Autora: Helena Rodrigues Câmara
APRESENTAÇÃO ...............................................................3
UNIDADE I: FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ....... 4
1.1 TEORIA GERAL DO PLANEJAMENTO.................................. 8
1.1.1 Níveis de Planejamento: estratégico, tático e operacional.. 9
1.1.2 Análise de Tendências e Cenários ...... ......................... 10
1.1.3 Metodologia do Estudo Estratégico ............... .............. 12
SUGESTÕES DE LEITURAS ……………………….…………………………………….. 26
REFERÊNCIAS …………………………………………………………….…………….…… 27
SUMÁRIO
Indicação de ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar asformas de linguagem e facilitar a organização e a leiturahipertextual.
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Mídias integradas: sempre se deseja que vocêdesenvolva atividades empregando diferentes mídias:vídeos, filmes, jornais, ambiente AVA e outras
Atividades de avaliação: apresenta suas atividadesque pontuaram suas notas em diferentes níveis deaprendizagem para que o estudante possa realizá-las econferir o seu domínio do tema estudado.
Leituras obrigatórias e complementares: indicaapostilas, textos, artigos e livros que subsidiam a suaaprendizagem sobre o tema estudado.
Saiba mais: oferece novas informações queenriquecem o assunto ou “curiosidades” e notíciasrecentes relacionadas ao tema estudado
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ouexpressão utilizada no texto.
PALAVRA DOS PROFESSORES AUTORES
4
Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo
O Componente curricular Planejamento estratégico eempreendedorismo tem como objetivo proporcionar a vocêcondições de conhecer seus fundamentos e sua metodologiautilizadas para a gestão hospitalar.
Estudando esse material detalhadamente, vocêperceberá que o planejamento estratégico e o empreendedorismoestá muito mais ligada ao nosso cotidiano do que nós imaginamos etem muita importância no dia a dia.
A cada aula, nós teremos certeza de que você iráperceber claramente isso, pois terá contato com um conjuntoamplo de informações que lhe dará suporte para poder entender eutilizar essas ferramentas de gestão.
Sendo assim, queremos lhe desejar bons estudos, que oconhecimento seja uma constante em tuas metas e, especialmente,que aquilo que você aprenderá aqui seja útil para toda a sua vida.
Conte conosco!
Profa. Dra. Rozangela Wyshomirska.
Profº Me Marcelo Santana.
Profª Esp. Helena Câmara.
INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo(a) a Unidade I !
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O componente curricular Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo visa proporcionar à você condições de conheceressa ferramenta de gestão e sua aplicabilidade nas organizaçõeshospitalares.
No transcorrer dos nossos estudos, teremos contato comfundamentos teóricos concretos, discutindo conceitos e concepçõesem planejamento. Ao mesmo tempo, você também será provocadoa percorrer o caminho da prática, por meio, dos exercícios eatividades avaliativas.
Por fim, vamos lhe mostrar como podemos planejar deforma eficiente e eficaz para a consecução dos objetivosorganizacionais.
Portanto, seja bem-vindo e faça com que o seu sucessoseja fruto do seu trabalho, esforço e dedicação.
Bons Estudos!
Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo
UNIDADE I: Fundamentos do Planejamento Estratégico
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Contextualização
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo
https://www.wreducacional.com.br/cursos/administracao/planejamento-estrategico
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“Utilize o processo de planejamento para
decidir se a empresa é tão boa quanto
você pensa. Pergunte a si mesmo se você
realmente deseja passar cinco anos de sua
vida fazendo o que está planejando”.
Eugene Kleiner
Eugene Kleiner era um engenheiro e capitalista de risconorte-americano nascido na Áustria. Ele é considerado opioneiro do Vale do Silício.Wikipedia (inglês)
Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo
1. TEORIA GERAL DO PLANEJAMENTO
No campo empresarial as primeiras iniciativas, surgem a partir da
primeira guerra mundial, como conseqüências dos seguintes aspectos:
Øo surgimento de empresas multinacionais;
Øa grande depressão dos anos 30;
Øo desenvolvimento das empresas no pós-guerra;
Øe a diversificação de produtos e serviços.
.
8 Planejamento Estratégico e
Empreendedorismo
O planejamento começou a ser
utilizado com instrumento de gestão, a partir
do início do século XX, na Rússia, quando surgiu
a necessidade do Estado de planejar a
distribuição dos recursos disponíveis para
atender as necessidades da populaçãohttp://www.unifesp.br/campus/osa2/eventos-eppen/753-100-anos-da-revolucao-russa-aspectos-historicos-economicos-e-sociais
Esses fatores constituíram um novo
conjunto de desafios estratégicos em termos de
segmentação de áreas de produto-mercado. A
empresa General Electric – GE iniciou suas
atividades utilizando a eletricidade como base
de seu desenvolvimento, cresceu, de maneira
contínua e homogênea, alcançando em 1920
uma posição dominante no setor de material
elétrico (turbinas, motores, lâmpadas e
eletrodomésticos). O advento da II guerrahttp://www.vintageadbrowser.com/household-ads-1920s/18
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A partir de 1960, surge o 1º curso
sobre planejamento estratégico na Harvard
Bussiness School (EUA), ministrado pelo Profº
Kenneth Andrews – criador do conceito de
direção geral. Essa tese de Andrews, define o
executivo como “líder da organização” , “o
estrategista.“
mundial nos anos 40 provocou uma diversificação maciça dos produtos da GE,
que, por sua vez, foi catalisador para o desenvolvimento das técnicas
pioneiras de planejamento estratégico. Assim a empresa GE pode ser
considerada a organização que historicamente vem buscando permanente
adequar o nível de diversificação de seus produtos ao ambiente estratégico
cambiante.
Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo
https://www.masterstudies.com/Masters-Degree/Business/
Também nos anos 60, surge a
publicação da obra Strategy and Structure, de
Alfred Chandler, que separa a direção em dois
campos básicos: operacional (atividades diárias,
curto prazo e de rotinas) e estratégico
(gerenciamento a longo prazo da empresa em seu
conjunto).
Assim no período de 1960 até 1980, o planejamento estratégico
se fundamentou nas teorias de Andrews e de Chandler, que eram conhecidas
como as duas chaves de ouro:
Ñ liderança da alta direção e;
Ñ distinção entre o campo da estratégia e do operacional.
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Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo
A partir de 1980 surge uma nova contribuição ao planejamento
estratégico com a obra de Michael Porter, que começou a defender a
necessidade de uma análise estrutural da empresa, através do estudo de seus
ambientes interno e externo. A tese de Porter baseou-se em 3 pontos:
Ø Liderança de baixo custo (economia de escala);
Ø diferenciação (nichos de mercados) e;
Ø enfoque (produtos específicos).
Porter fundamentou sua teoria partindo
do fato de que, toda organização, influência
o seu ambiente relevante e é por este
influenciada. Em princípio porque, a
organização, faz parte do ambiente onde se
acha inserida e recebe insumos deste
ambiente. Processa estes insumos e os
devolve ao ambiente em forma de produtos,
serviços, atendimentos, informações,
recursos financeiros, entre muitos outros.
A concepção da organização como processo, que interage com seu
ambiente é de fundamental importância na análise das organizações, porque
nos mostra que não devemos analisá-las apenas em seus aspectos internos,
mas também, nos aspectos externos, localizados no ambiente externo.
http://admnews.tumblr.com/post/18511372474/a-empresa-deve-buscar-e-n%C3%A3o-evitar-as-press%C3%B5es
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http://teamadm.blogspot.com/2011/03/gestao-da-comunicacao.html
AMBIENTE EXTERNO AMBIENTE INTERNOClientes, fornecedores, concorrentes,governo, meio ambiente, legislação,mercado financeiro, mercadotecnológico, mercado de mão-de-obra,associações, sindicatos, público,cultura, investidores, mídia, outrosrelevantes.
Pessoal, processos, produtos/serviços, capital, tecnologia, atendimento, normas, procedimentos, máquinas,,instrumentos, equipamentos, instalações, estrutura organizacional, materiais, cultura organizacional, outros relevantes.
Os anos 90 caracterizou-se por um conjunto turbulento de vários
fatores: os processo de globalização varrendo fronteiras; o triunfo planetário
do capitalismo; a quase ausência de crescimento econômico nos países
chamados “emergentes”ou “periféricos”; a supremacia da especulação
financeira, que torna o dinheiro virtual em “árbitro final de políticas fiscais,
cambiais e monetárias”dos países, segundo afirmou Peter Drucker.
Planejamento Estratégico eEmpreendedorismo
http://frasesdecelebridades.blogspot.com/2015/05/o-peter-ferdinand-drucker-foi-um.html
10Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
Mas a turbulência vem igualmente de uma sociedade complexa,
multifacetada, tecida pela velocidade de mudanças constantes e cumulativas,
provocadas pelos avanços científicos, tecnológicos e, sobretudo, pelo aumento
das possibilidades de acesso a redes de informações e de consumo. Essas
mudanças alteram os padrões socioculturais e aumentam o grau de incerteza
nos indivíduos e das organizações.
Numa época de incertezas como esta, é comum se ouvir dizer que não
adianta planejar para o futuro, quando não sabemos o que vai acontecer
amanhã.
É justamente nesse contexto, de profundas incertezas e muita
turbulência, que planejar se torna indispensável, pois para as pessoas e as
organizações, o planejamento acaba sendo o único referencial a indicar para
onde devem dirigir os seus esforços.
Assim, a partir da década de 90, várias empresas incorporam ao seu
Planejamento Estratégico, o estudo de tendências, conhecida como
Planejamento por Cenários.
http://mudancaorganizacional.blogspot.com/2011/03/gestao-de-mudanca-organizacional.html
http://hbrbr.uol.com.br/mudanca-organizacional-sem-fim/
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TENDÊNCIAS
A análise das tendências,principalmente as mercadológicas constituiráuma base importante para que a empresapossa elaborar o seu planejamento estratégicocom maior efetividade. Pesquisar e analisar oambiente externo à empresa, destacando-seas variáveis econômicas, mercadológicas,Tecnológicas, sócio-políticas, entre outras.
A seguir no quadro 2 , apresentaremos algunsexemplos das tendências e seus impactos
https://portal.fgv.br/noticias/encontro-fala-sobre-tendencias-transformacoes-e-impactos-big-data-politica
https://ricardogiardino.com/diagnostico-do-planejamento-estrategico/
QUADRO 2 - ANÁLISE DE TENDÊNCIAS
CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS
Se a empresa já identificou as tendências, analisou oportunidades e ameaças,
seus pontos fortes e pontos fracos, terá condições, portanto, de sintetizar estas
cenários. Os cenários são ambientes fictícios projetados para simular as reações da
ambiente frente a decisões estratégicas assumidas.
A construção dos cenários poderá ser realizada tomando como enfoque
situações, simulando:
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CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS
Se a empresa já identificou as tendências, analisou
oportunidades e ameaças, diagnosticou seus pontos fortes e pontos fracos,
terá condições, portanto, de sintetizar estas informações em cenários. Os
cenários são ambientes fictícios projetados para simular as reações da empresa
e do ambiente frente a decisões estratégicas assumidas.
A construção dos cenários poderá
ser realizada tomando como enfoque três
diferentes situações, simulando:
Cenário Pessimista: em que muitas coisas dão errado e a empresa precisa agir
para salvar seu negócio;
Cenário Realista: caracterizado pela normalidade das tendências;
Cenário Otimista: é a superação de suas expectativas, para o que a empresa
também deve estar preparada.
https://dcomercio.com.br/categoria/brasil/executivos-brasileiros-recordistas-mundiais-em-pessimismo
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PLANEJAMENTO POR CENÁRIOS
“O futuro não se prevê, o futuro se cria. E o maisimportante, o futuro é resultado de um pequenonúmero de decisões (estratégicas) a seremtomadas agora.”
Fernanda Colagrossi
Apesar do Planejamento por Cenários ter sido mais utilizados pelas
empresas a partir dos anos 90, a iniciativa pioneira foi nos anos 70 pela
empresa SHELL. Em 1973, apenas a SHELL estava preparada para a crise do
https://muitocurioso.org/caso-shell-e-o-planejamento-de-cenarios/
O QUE É PLANEJAMENTO POR CENÁRIOS?
É um método que consiste na formulação explícita das hipóteses sobre o
ambiente, para proporcionar uma visão global e internamente consistente do
futuro.
petróleo, isso porque seus executivos e
gestores utilizaram uma técnica de
planejamento criada por Peter Schartz,
denominada PLANEJAMENTO POR
CENÁRIOS. Os cenários não são
previsões. Construídos a partir da
geração de hipóteses alternativas sobre o futuro, permitem às empresasestarem preparadas para a ocorrência de cada uma dessas hipóteses eexercitam os executivos e gestores a refletir sobre as estratégias delongo prazo.
12Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
Planejamento com base em cenários
e o Planejamento tradicional
Diferença entre os dois métodos
Os dois métodos analisam o ambiente
externo à organização. No entanto,
o Planejamento sob cenários o faz,
construindo hipóteses que permitem,
http://planejavida.comunidades.net/planejamento-por-cenarios-prospectivos-parte-2
desenhar futuros alternativos plausíveis, possibilitando às empresas se
prepararem para lidar com diversas possibilidades, É importante ressaltar que,
em um mundo cada vez mais incerto, no qual a descontinuidade é o 'novo
normal', está cada vez mais arriscado tomar decisões com base em uma única
configuração de futuro, como é feito no planejamento estratégico tradicional.
Em linhas gerais, são sete etapas que compõem o Planejamento
Estratégico sob cenários:
1º análise retrospectiva e da situação atual,
2º mapeamento de tendências e incertezas,
3º construção de cenários alternativos,
4º análise das potencialidades e vulnerabilidades da empresa,
5º desenho da Estratégia em face dos cenários e considerando a análise
interna,
6º desdobramento da Estratégia em metas, projetos e ações,
7º elaboração, execução e controle dos planos de ação.
Ao longo do tempo, é realizado o monitoramento das incertezas do ambiente,
13Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
dos cenários elaborados e da evolução da estratégia da empresa para
antecipar mudanças e redirecionar os rumos, se necessário.
http://planejavida.comunidades.net/planejamento-por-cenarios-prospectivos-parte-2
Um dos grandes diferenciais do Planejamento Estratégico sob cenários
Prospectivos é considerar a incerteza do ambiente externo e buscar
compreendê-la e administrá-la na medida do possível, de forma a
antecipar ameaças e oportunidades para os negócios e para a atuação da
empresa e assim, fazer escolhas mais inovadoras e sintonizadas com o
futuro. Com isso, a organização pode ganhar muito em competitividade.
14Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS E ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
“A realidade que preexiste à nossa ação está empermanente movimento, em permanentemodificação, conosco ou “sem nosco”.“...Mesmo que nos decidamos a não agir, arealidade se transforma. E se queremos mantê-lacomo ela é em um determinado momento, temosque tentar neutralizar as forças e ações que a estãolevando a se modificar.”
Francisco Whitakur Ferreira
PLANEJAMENTO
Fazer planos é coisa provavelmente conhecida do homem, desde que ele
se descobriu com capacidade de pensar antes de agir.
Assim, o PLANEJAMENTO é um instrumento em que projeta as atividades
da empresa etapa por etapa, desde sua implantação até a realização dos
resultados desejados.
Uma AÇÃO PLANEJADA é urna AÇÃO NÃO IMPROVISADA. Ao preparar ou
organizar uma ação, estamos essencialmente fazendo PREVISÕES. Estamos
supondo que as coisas devem se passar de determinada forma no FUTURO.
Francisco Whitakur Ferreira -Arquiteto, político e ativista social brasileiro, "Prêmio Nobel Alternativo" daRight Livewood Award, conferido pelo Parlamehto Sueco, em 2006.Católico oriundo da militância cristã universitária dos anos 50, Whitaker seinspira na Teologia da Libertação e mantém laços estreitos com aComissão Brasileira Justiça e Paz, organismo ligado à ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil.
15Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
O QUE É UMA ESTRATÉGIA?
É a definição da natureza e rumo de
uma organização em relação ao seu
ambiente .
OS NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
O planejamento se dá em 3 níveis:
https://www.treasy.com.br/blog/planejamento-estrategico-tatico-e-operacional/
Planejar consiste em utilizar nossas experiências acumuladas do
PASSADO ( erros e acertos), comparando-as com a situação PRESENTE, de
forma que nossos interesses, objetivos e prioridades tenham maior
probabilidade de sucesso no FUTURO.
Portanto, a gente PLANEJA PARA O
FUTURO, nem que este futuro seja daqui a pouco. Por conseguinte o
planejamento pode ser para CURTO - MÉDIO – LONGO prazo.
https://mundoci.net/tag/comunicacion-interna/page/2/
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ESTRATÉGIA X TÁTICA
Nem sempre há uma distinção clara entre estratégia e tática. Existem três
elementos que podem ajudar a resolver acertadamente cada caso em particular.
1. O Período Considerado - Quanto mais longo
for, mais indica uma estratégia. Como o
tempo é uma grandeza contínua, não existe um
instante determinado em que um plano tático
se converta num plano estratégico. Em
2. Abrangência de Resultados - o plano tático
se destina mais a alcançar metas do que
objetivos ou missões.
Geral costuma-se considerar estratégico todo
plano tático, cuja projeção no futuro seja de
cinco anos. Hoje, diante da velocidade das
mudanças, ouve-se falar em estratégias até
para um ano.
https://pluga.co/blog/gestao-empresarial/conheca-os-tipos-de-planejamento-organizacional/
3. Localização das Ações - Um plano
estratégico alcança toda a empresa, ao passo
que um plano tático só afeta uma área ou
setor dela.
https://blog.softwareavaliacao.com.br/trabalho-em-equipe-nas-empresas/
https://ru.depositphotos.com/132790202/stock-illustration-business-professional-work-team-meeting.html
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Os planos operacionais dizem respeito praticamente às ações, ou
seja, quais as metas que precisam ser atingidas por cada unidade da empresa,
como isto deverá ser feito, quem vai fazê-lo e em quanto tempo.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:Mapeamento Ambiental; Avaliação das Forças e Limitações da Empresa
ð Como estamos?ð Onde queremos chegar?ð Para que desejamos isso?
ð O que deverá ser feito para chegarmoslá?
ð Por que esse é o melhor caminho?ð Quais as tendências e que pressões estamos recebendo?
PLANEJAMENTO TÁTICO:Tradução e Interpretação das Decisões Estratégicas em Planos Concretos em Níveis Específicos.
ð O que se espera de cada setor?ð De quem são as principais responsabilidades?ð Onde, como e quando cada coisa será feita?
PLANEJAMENTO OPERACIONAL:Desdobramentos dos Planos Táticos de cada Área em Planos Operacionais.
ð O que cada pessoa tem que fazer?ð Por que, onde, como e quando tem de fazer?ð Quais as metas que cada um deve atingir?
FONTE: Construção própria dos autores
QUADRO 1 – ETAPAS DO PLANEJAMENTO
Vale observar que não há um limite claro entre esses níveis, o que há é
uma superposição dessas responsabilidades, de forma articulada, de tal maneira
que, para descer até a base da empresa (nível operacional), a própria ação de
planejar tem que ir agregando os níveis subseqüentes.
O que pode orientar a participação dos diversos níveis é a identificação
clara de quem tem relação direta com cada ação a ser implementada.
Em resumo, devem participar do planejamento aqueles setores ou
pessoas que têm responsabilidade sobre as ações a serem executadas.
18Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
Segundo, Barbalho, 1996, não existe uma metodologia
universal para o planejamento estratégico porque as organizações variam
de tamanho, forma, filosofia, cultura, valores e estilos gerenciais.
Entretanto, as metodologias existentes envolvem pontos básicos como o
conhecimento da missão organizacional e a análise externa e interna. As
metodologias para elaboração do planejamento estratégico segundo
Hobrock (1991) são utilizadas pelas Unidades de Informação americanas
desde 1945, por serem uma prática que busca oportunizar uma eficiente
gestão com objetivo de delinear o futuro.
METODOLOGIA DO ESTUDO ESTRATÉGICO.
Apresentamos a seguir a metodologias de Oliveira (1993), cujo
objetivo é proporcionar uma visão sistemática do planejamento estratégico.
18
Modelo de Oliveira
A metodologia apresentada por Oliveira (1993) compõe o
Diagnóstico Estratégico, que deverá se propor a analisar a instituição sob
dois aspectos: Análise Interna que procura identificar os pontos fortes e
fracos da instituição, buscando estabelecer suas capacidades e seus
principais concorrentes na relação produto-mercado com objetivo de
estabelecer ações corretivas; e Análise Externa procura verificar as ameaças
e oportunidades que estão no ambiente institucional e a melhor maneira de
evitar ou usufruir dessas situações (ver Figura 2 ).
A segunda etapa do modelo estabelece a missão ou razão de ser
da instituição. Para o autor, a missão é a determinação do motivo central do
planejamento estratégico, ou seja, a determinação de “onde a empresa quer
ir” correspondendo a um horizonte dentro do qual a instituição deverá atuar.
A terceira etapa do modelo proposto diz respeito a utilização de
Instrumentos que permitam a análise exata de como a instituição irá atingir a
situação desejada. O modelo divide estes instrumentos em Prescritivos e
Quantitativos, sendo o primeiro realizado através do estabelecimento de
desafios, metas, estratégias, políticas e projetos que irão determinar os
esforços que a instituição irá seguir e o segundo consistindo nas projeções
econômicos-finaceiras que serão necessárias, bem como as expectativas de
retorno.
A quarta e última etapa do modelo está relacionada com a
verificação do controle na implementação das ações estabelecidas na etapa
anterior de forma a assegurar que os objetivos, desafios, metas e projetos
estabelecidos estejam sendo realizados em concordância com o plano
estratégico elaborado.
18
MISSÃO DA
EMPRESA
DIAGNÓSTICO
ESTRATÉGICO
FIGURA 3 - SÍNTESE DA METODOLOGIA DO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEGUNDO OLIVEIRA
PROPÓSITOSANÁLISE INTERNA
ANÁLISE EXTERNA
CONTROLE E
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DE
DESEMPENHO, ANÁLISE DE DESVIO
INSTRUMENTOS
PRESCRITIVOS E
QUANTITATIVOS
INSTRUMENTOS
PRESCRITIVOS
INSTRUMENTOS
QUANTITATIVOS
FONTE: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico ... 1993
Análise Interna: Análise Externa:Produtos; novos produtos;promoções; comercialização; sistemade informação; estrutura organizacional;tecnologia; suprimentos; recursoshumanos; estilo de administração;resultados obtidos; recursos financeiros;controle; imagem institucional etc.
Mercado regional, nacional einternacional; evolução tecnológica;fornecedores; aspectos econômico-financeiros; aspectos sócio-econômico eculturais; entidades de classe;órgãos governamentais; mercado demão de obra; concorrentes etc.
Figura 4 – AMBIÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO
FONTE: Construção própria dos autores , 2018
18
A metodologia apresentada por Oliveira destaca inicialmente dois pontos
básicos por onde poderão iniciar os processos de planejamento estratégico.
Muito embora a decisão de iniciar por um ponto não exclua a necessidade de
elaborar o outro, o autor afirma que estas possibilidades irão variar de acordo
com os processo individuais estabelecidos por cada instituição. Estas
possibilidades são:
ü primeiramente, definir os Propósitos Institucionais, ou seja,
“onde se quer chegar” para, em seguida, conhecendo a missão,
estabelecer a forma “como a instituição deseja chegar à situação
almejada”; ou
ü primeiramente, definir um Diagnóstico Estratégico para, em
seguida, estabelecer “onde se quer chegar”.
Naturalmente ambas as concepções que o autor apresenta são coerentes
com a sua prática, conforme ressaltado anteriormente. Entretanto,
estabelecer uma análise interna e externa dos ambientes e/ou cenários
requer que a instituição tenha claro a visão do que seja o seu negócio, ou
seja, em conhecer a sua missão institucional.
18Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
25Introdução à
ADMINISTRAÇÃO
Como observamos nesta Unidade, os gestores contam com uma
ferramenta de gestão, o planejamento estratégico, para entender a sua
organização e atuar em seu entorno.
Seja você um deles.
Introdução à ADMINISTRAÇÃO
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Sugestão de leituras
Nas referências encontram-se livros dos autores quefundamentaram este Material Didático e no Moodle foramdisponibilizadas leituras para você complementar seusconhecimentos sobre os temas abordados na Unidade I da nossadisciplina.
Boa Leitura!!!
Introdução à ADMINISTRAÇÃO
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REFERÊNCIAS
BÁSICA
1. GONÇALVES, Ernesto Lima org. Gestão Hospitalar: Administrando o Hospital Moderno. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.2. TAJRA, Sanmya Feitosa. Gestão Estratégica na Saúde. 4 ed. São Paulo: Iatra, 2010.3. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceito, metodologias e práticas. 7.ed. São Paulo : Atlas, 1993. 286p.
COMPLEMENTAR
1. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8 ed. Rio de Janeiro: Campos: 2011.2. KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à Administração. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2010.3. MALAGÓN-LONDOÑO, Gustavo. MORERA, Ricardo Galán; LAVERDE, Gabriel Pontón; tradução Antônio Francisco Dieb Paulo; revisão técnica Maria de Fátima Azevedo. Administração Hospitalar. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.4. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Fundamentos de Administração: Manual compacto para as disciplinas TGA e introdução a administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 5. SILVEIRA, Mário M. Política Nacional de Saúde Pública. São Paulo: Revan, 2005. 6. ZUCCHI, Paola; FERRAZ, Marcos Bosi. Economia e gestão em saúde. Barueri: Manole, 2010.