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1 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL APERFEIÇOAMENTO DE APLICATIVO PARA DISPOSITIVO MÓVEL ORIENTADO A GESTÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS. BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL RONEY DALLA COSTA DA SILVA Rondonópolis, MT – 2019

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOINSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

APERFEIÇOAMENTO DE APLICATIVO PARA DISPOSITIVO MÓVELORIENTADO A GESTÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

DEGRADADAS.

BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

RONEY DALLA COSTA DA SILVA

Rondonópolis, MT – 2019

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APERFEIÇOAMENTO DE APLICATIVO PARA DISPOSITIVO MÓVELORIENTADO A GESTÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

DEGRADADAS.

por

RONEY DALLA COSTA DA SILVA

Pré-projeto apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso como parte dosrequisitos do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental para

obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental.

Orientador: Profº. Dr. Normandes Matos da Silva

Rondonópolis, MT – 2019

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Universidade Federal de Mato Grosso

Instituto de Ciências Agrárias e Tecnológicas

Engenharia Agrícola e Ambiental

A comissão examinadora abaixo assinada aprova o trabalho de curso

APERFEIÇOAMENTO DE APLICATIVO PARA DISPOSITIVO MÓVELORIENTADO A GESTÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

DEGRADADAS.

elaborado por

RONEY DALLA COSTA DA SILVA

como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Agrícola e

Ambiental

Comissão Examinadora

_________________________________________

Prof. Dr. Normandes Matos da Silva (Orientador)

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso

____________________________________________

Prof. Clovis dos Santos Junior

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso

_______________________________________

Dhonatan Diego Pessi

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso

Rondonópolis, cinco de abril de 2019

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha

vida. А minha esposa Janaina Ketelly dos Reis e Souza minha filha е a toda minha

família que, com muito carinho е apoio, não mediram esforços para qυе еυ

chegasse até esta etapa dе minha vida.

Ao Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de

Mato Grosso, е às pessoas cоm quem convivi nesses espaços ао longo desses

anos. А experiência dе υmа produção compartilhada nа comunhão cоm amigos

nesses espaços foram а melhor experiência dа minha formação acadêmica

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais por me proporcionarem as melhores condições possíveis

para que me dedicasse exclusivamente aos estudos.

A minha esposa pela paciência e compreensão durante essa jornada.

Ao meu orientador Normandes Matos da Silva, por fazer parte de seu projeto de

pesquisa e por me auxiliar e ensinar sempre durante a graduação.

Aos meus colegas de projeto por ajudar e colaborar sempre para o bem das

pesquisas.

Aos meus amigos Jonanthan, Ronaldo, Felipe e Divino por sempre estarem

presentes durante todo o período de graduação, tanto em atividades curriculares quanto

extracurriculares e por me ajudar sempre quando necessário.

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RESUMO

A pesquisa de inovação apresenta o desenvolvimento de um instrumento, que

auxilia profissionais na recomposição de áreas degradadas e ou alteradas. Essa

inovação ocorreu por meio da adequação de metodologia que permite avaliar o

desempenho de ações manejo em áreas de preservação permanente e de reserva

legal, que possuem impactos derivados da ação humana. Os procedimentos

consistem na identificação e quantificação de impactos ambientais sob a forma de

pressões e ameaças, resultando no Índice de Redução de Pressões e Ameaças

(IRPA). Para caracterização de impactos consideramos os parâmetros: Área,

Impacto, Urgência e Tendência, incluindo uma meta de redução de impactos. Esses

parâmetros geram um índice capaz de auxiliar o gestor ambiental na tomada de

decisões em projetos de recuperação ambiental. Ocorreu a conversão da planilha

de avaliação do IRPA, que antes existia apenas em formato Excel, para um

aplicativo utilizado em dispositivos móveis utilizando a plataforma Tunkable Classic.

As informações obtidas no campo, são salvas no dispositivo e posteriormente

alocadas em um banco de dados onde o usuário pode ter acesso. O aplicativo, com

base no somatório de parâmetros, disponibiliza uma recomendação básica de

intervenção da área degradada. Espera-se que a pesquisa colabore com os projetos

de recuperação de áreas degradadas, para que sejam mais assertivos, em termos

de monitoramento do desempenho das ações manejo estabelecidas, contribuindo

com a diminuição de passivo ambiental, bem como, com o cumprimento das regras

do Código Florestal.

Palavras-chave: Desenvolvimento Móvel; Áreas degradadas; Thunkable

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ABSTRACT

Innovation research presents the development of an instrument that assists

professionals in the recomposition of degraded and / or altered areas. This

innovation occurred through the adequacy of methodology that allows the evaluation

of the performance of management actions in areas of permanent preservation and

legal reserve, which have impacts derived from human action. The procedures

consist of identification and quantification of environmental impacts in the form of

pressures and threats, resulting in the Index of Pressure Reduction and Threats

(IRPA). To characterize impacts, we consider the parameters: Area, Impact, Urgency

and Trend, including a goal of reducing impacts. These parameters generate an

index capable of assisting the environmental manager in making decisions in

environmental recovery projects. The IRPA evaluation worksheet, which previously

existed only in Excel format, has been converted to an application that is used on

mobile devices. The information obtained in the field is saved on the device and later

allocated to a database where the user can access it. The application, based on the

sum of parameters, provides a basic recommendation for intervention of the

degraded area. The research is expected to collaborate with projects to recover

degraded areas, so as to be more assertive, in terms of monitoring the performance

of established management actions, contributing to the reduction of environmental

liabilities, as well as compliance with the rules of the Forest Code.

Keywords: Mobile Development; Degraded areas; Thunkable

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Tabela utilizada para a avaliação de pressões e ameaças ...... 26TABELA 2. Tabela contendo as pressões disponíveis na aplicação …....... 27

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. Tela inicial da plataforma Thunkable......................................... 17FIGURA 2. Tela de desenvolvimento da plataforma Thunkable.................. 18FIGURA 3. Aplicativo sendo desenvolvido na plataforma ….......... 19FIGURA 4. Blocos de programação da plataforma Thunkable ................... 20FIGURA 5. Trecho do código comentado........................................ 21FIGURA 6. Diagrama de interação entre as telas....................................... 21FIGURA 7. Telas de login do aplicativo desenvolvido ................................ 22FIGURA 8. Telas de avaliação do aplicativo............................................... 24FIGURA 9. Tela das pressões cadastradas …......................…........ 24FIGURA 10. Tabela avaliação de pressões e ameaças.............................. 25FIGURA 11. Tabela das pressões separada por categorias............ 26FIGURA 12. Tela inicial da aplicação........................................................... 27FIGURA 13. Tela para visualizar áreas cadastradas................................... 28FIGURA 14. Tela de cadastro de uma nova área........................................ 28FIGURA 15. Segunda tela de cadastro....................................................... 29FIGURA 16. Tela do aplicativo para mapeamento....................................... 29FIGURA 17. Tela de avaliação dos parâmetros A.I.U.T............................... 30FIGURA 18. Tela do Relatório Final............................................................. 31FIGURA 19. gráfico avaliação da intuitividade do APP................................ 32FIGURA 20. Gráfico avaliação dos pontos interessantes............................ 33FIGURA 21. Gráfico avaliação das principais vantagens............................ 33

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Sumário

1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................12

2.OBJETIVOS.............................................................................................................13

2.1.Objetivo geral................................................................................................13

2.1.Objetivos específicos.....................................................................................13

3.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................13

3.1.IRPA................................................................................................................13

3.2.Desenvolvimento de Software.......................................................................14

3.3.THUNKABLE...................................................................................................15

4.MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................16

4.1.Utilizando o aplicativo IRPA 2.0......................................................................22

5.RESULTADO E DISCUSSÕES...............................................................................26

6.CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................34

7.REFERÊNCIAS.......................................................................................................35

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil assumiu compromisso com outros países como o Acordo de Paris -

COP 21 e o Desafio de Bonn para recuperar 12 milhões de hectares de florestas

nativas até 2030. Nesse contexto, Mato Grosso tem a responsabilidade de recompor

2,9 milhões de hectares de áreas degradadas nesse período. Se observa um dos

maiores desafios do país em termos de políticas ambientais para as próximas

décadas (CEBDS, 2017).

Nos últimos anos, dentre o bioma Cerrado, o segundo maior na América do

Sul com 25 % da sua área situado nos estados do Mato Grosso e Bahia. A taxa de

desmatamento nesses estados no período de 2002 a 2009 foi de 47% e 17%

respectivamente (SILVA, 2000).

Além do desmatamento o Cerrado tem sofrido com a substituição de áreas

de vegetação nativa por pastagens e monoculturas mecanizadas (SILVA, 2000).

Silva ainda afirma que parte dessas áreas degradadas estão em Áreas de

Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL), parte desse processo

teve apoio de políticas nacionais com o objetivo de alavancar a economia nacional

(2000).

Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL)

degradadas provocam prejuízos imensuráveis em termos de redução da

biodiversidade e de carbono estocado, além de outros efeitos importantes, como

perdas financeiras, por meio da redução de valor econômico de uma propriedade ou

do bloqueio de crédito rural para o produtor.

Nesse contexto é de suma importância a implantação de medidas que vise

a preservação ambiental, uma das possibilidades que será abordada é com auxílio

da tecnologia no auxílio da gestão de recuperação de áreas degradadas e ou

alteradas. O uso de tecnologia auxiliam na execução de estudos, principalmente na

análise, permitindo o processamento dos dados ocorrerem de forma mais fácil, mais

imparcial e mais rápida, além de garantir cálculos de maior confiança, originando

relatórios finais de maior consistência. Dessa forma, facilitam o gerenciamento dos

dados envolvidos no estudo, pois disponibilizam bancos de dados, o que minimiza o

tempo com relação à coleta dos mesmos. Também realizam avaliação de impacto e

interpretação (RODRIGUES, 2008)

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2. OBJETIVOS

2.1.Objetivo geral

Desenvolver uma nova versão de sistema computacional móvel para o

diagnóstico e recomendações de intervenção em áreas degradadas ou alteradas,

tais como Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal.

2.1.Objetivos específicos

a) Desenvolver uma ferramenta computacional para o auxilio de mapeamento

e documentação de áreas degradadas.

b) Fornecer um instrumento importante para atividades de ensino e extensão

no âmbito da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).

c) Fornecer um instrumento estratégico para prestação de serviços na área

de restauração ecológica.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. IRPA.

O Índice de Redução de Pressões e ameaças (IRPA) consiste em identificar

as ameaças diretas ao meio ambiente. O princípio básico desta metodologia é que,

se a equipe do projeto consegue identificar problemas ou conflitos relacionados à

biodiversidade da região, então, a equipe conseguirá identificar o progresso em se

alcançar os objetivos da conservação da biodiversidade, analisando o grau de

redução dos problemas antes verificados (SANTOS, 2013).

A metodologia para avaliação utilizando o IRPA foi proposta por Margoluis

e Salafsky em 1999 e posteriormente publicada como um manual pelo Biodiversity

Support Program (BSP) em 2001.

Seguindo a terminologia proposta pelo Rapid Assessment and Priorization

of Protected Area Managemen (RAPPAM), define-se pressões como forças, ações

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ou eventos, que já tiveram um impacto prejudicial sobre a integridade da unidade de

conservação, e ameaças são pressões possíveis ou iminentes pelas quais, um

impacto pode ocorrer no presente ou continuar ocorrendo no futuro (Hockings et al.,

2000).

Segundo Santos (2013), em projetos de recuperação de áreas degradadas,

o IRPA é uma ferramenta de análise e monitoramento do processo de recuperação,

pois possibilita o acompanhamento do índice ao longo do tempo. As avaliações da

redução de cada pressão ou ameaça são acompanhadas pela eficiência no alcance

das metas de redução.

As pressões e ameaças no IRPA são avaliadas a partir de quatro

características do problema. Primeiro é analisada a área que a pressão e/ou

ameaça abrange, segundo o impacto do dano ambiental causado, terceiro o tempo

necessário para se entrar com uma intervenção específica, a fim de solucionar ou

mitigar o problema e, quarto a tendência ou probabilidade que os danos ambientais

apresentam de se agravarem no decorrer do tempo, tornando mais sérios os efeitos

ou alterações ambientais.

Dessa forma a rotina de procedimentos desenvolvida e aplicada para o

IRPA foi migrada para um aplicativo móvel de sistema Android, a fim de auxiliar o

gestão na sua operação e execução das atividades envolvidas com a identificação e

recuperação de áreas degradadas.

3.2.Desenvolvimento de Software

Nos últimos 20 anos, o hardware deixou de ser o item mais caro na

implementação de um sistema, enquanto que o custo relacionado ao software

cresceu e se tornou o principal item no orçamento da computação. Isso se deve

principalmente à crescente complexidade dos problemas a serem resolvidos pelos

softwares.(Degoulet e Fieschi, 1997).

Pressman define como sendo três fases genéricas dividem o processo de

desenvolvimento (1995):

1. Definição: esta fase focaliza o "o quê" (análise do sistema, planejamento do

projeto de software e análise de requisitos).

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2. Desenvolvimento: focaliza-se o "como" (projeto de software, codificação e

realização de testes do software).

3. Manutenção: concentra-se nas "mudanças" (correção, adaptação e

melhoramento funcional).

A Prototipação traz bons resultados, principalmente quando o cliente não

tem exatidão na declaração do problema. A construção de protótipos em projeto

complexos deve ser extensamente utilizada, pois necessitam de um alto nível de

colaboração do usuário no processo de desenvolvimento (Adelhard et al., 1995).

O primeiro passo na construção de um sistema deve ser o entendimento de

"o quê" será desenvolvido, através do levantamento dos requisitos e sua análise. Os

requisitos se referem às necessidades dos usuários, do sistema, de custos e prazos

(Degoulet e Fieschi, 1997).

Enquanto a fase de definição e analise concentram-se no “o quê” a solução

fará, o desenvolvimento descreve “como” o software será implementado (Von

Mayrhauser, 1990). A fase de desenvolvimento também pode ser vista como um

aprofundamento da análise caminhando em direção a implementação do sistema. É

durante a fase de projeto que a estrutura geral e o estilo do sistema, bem como a

sua arquitetura, são definidos (Rumbaugh et al., 1994).

3.3. THUNKABLE.

O Thunkable é um software web com código aberto, que permite criar

aplicações no sistema operacional Android em um navegador web. O Thunkable é

um construtor drag-and-drop (arrastar e soltar) para criação de aplicativos Android

com aparência nativa e recursos interativos, tudo é feito através de uma interface

visual com os componentes e conexões disponíveis (OLIVEIRA, 2018)

O Thunkable é baseado no projeto App Inventor, inicialmente incubado no

Google Research e depois estabelecido em Massachusetts Instituti of Tecnology

(MIT), onde ele mora atualmente. App Inventor começou em 2007, quando Hal

Abelson, professor de ciência da computação no MIT, e Mark Friedman, vice-

presidente de engenharia da Thunkable (e ex-Googler), lideraram o

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desenvolvimento da plataforma com a ajuda dos Googlers Liz Looney, Sharon Perl e

Ellen Spertus. Karen Parker e Debbie Wallach.

O App Inventor migrou do Google para o MIT em 2010, onde foi

desenvolvido por alguns membros do MIT, entre eles Andrew McKinney, Jeff Schiller,

Josh Sheldon, Marisol Diaz e uma série de talentosos alunos do MIT, incluindo co-

fundadores da Thunkable. Arun e Wei.

O foco do App Inventor é empurrar os limites da aprendizagem móvel para

estudantes e educadores em todo o mundo. Baseado na proposta de democratizar

o desenvolvimento de aplicativos móveis e capacitar todos a criar seu próprio

aplicativo, O Thunkable foi baseado no MIT App Inventor em 2016 e fundado por

dois dos engenheiros originais do MIT App Inventor.

O Thunkable possui uma gama de ferramentas que podem ser utilizadas no

desenvolvimento mobile, vamos destacar algumas das ferramentas, como o sensor

de localização do dispositivo e as API do Google Maps, que permite que o usuário

mapear a área a ser estudada. Além da possibilidade de compartilhar os dados

obtidos.

Tais funcionalidades trazem comodidade e praticidade para os

desenvolvedores que podem utilizar funcionalidades nativas do sistema android

mesmo sem que o usuário tenha conhecimento na linguagem de programação.

O smartphone tornou-se o dispositivo computacional pessoal mais

amplamente adotado (KRUMM, 2009). Os dispositivos móveis atuais contam com

os mais diversos tipos de sensores, como, acelerômetro, microfone, câmera e

giroscópio. Tais sensores possibilitam a criação dos mais diversos tipos de SBLs

(Serviços Baseados em Localização) e a aplicação idealizada pela presente

pesquisa, fará uso de alguns deles.

A disponibilidade de tecnologia da informação embarcada capaz de produzir

e transmitir em tempo real? informações textuais e geográficas, através de

aparelhos do tipo tablet ou smartphone, permite que técnicos enviem informações a

respeito de fenômenos ambientais relacionados à fauna ou à flora que lhes sejam

estranhos para serem verificados posteriormente e até adicionados à seus relatórios

(ROSA, 2014).

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4. MATERIAIS E MÉTODOS

O aplicativo IRPA foi desenvolvido na Universidade Federal de

Rondonópolis e sua validação, por meio de versões de teste, contou com a

participação de estudantes de graduação do curso de Engenharia Agrícola e

Ambiental, bem como com a colaboração de profissionais da área agrícola e

ambiental, como Biólogos, Agrônomos e Engenheiros Florestais.

O produto desenvolvido no presente TCC trata-se de uma versão

aperfeiçoada de um aplicativo pré-existente, desenvolvido pelos mesmos

pesquisadores envolvidos no presente projeto. Nesse sentido, foi proposto a criação

do IRPA 2.0, que conta com mais ferramentas e correções de imperfeições que

existem na versão anterior do aplicativo.

Na execução deste trabalho foi utilizado a versão Thunkable Classic

disponivel no site https://thunkable.com/#/login . Essa foi a versão escolhida por ter

uma estrutura mais simplificada o que torna a construção da aplicação mais rápida e

eficiente. A atualização do aplicativo ocorreu por meio da plataforma online de

criação de aplicativos Thunkable (Figura 1).

Utilizando das ferramentas disponíveis na plataforma a nova versão do

aplicativo conta com um banco de dados onde o usuário pode fazer seu cadastro e

ter suas informações armazenadas, além de possibilitar a comparação de visitas em

diferentes datas, possibilitando ao gestor uma análise temporal da situação.

Figura – 1: Tela inicial da plataforma Thunkable. Disponível no site oficial:

https://thunkable.com/#/login

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Para utilizar a plataforma Thunkable é necessário ter uma conta no Google.

Ao iniciar a plataforma deve-se:

- Passo 1: selecione a opção Create New App;

- Passo 2: escolha o nome da sua aplicação e clique no botão OK, em

seguida será direcionado à tela inicial de desenvolvimento de aplicativos.

A tela de desenvolvimento de aplicativo (Figura 2) é composta por quatro

caixas básicas: a caixa 1 é a paleta de ferramentas da plataformas, como botões,

caixas de textos, frame para imagens, listas, além dos sensores como GPS,

Giroscópio, bússola, time, sistema de compartilhamento entre outros, é possível ter

acesso a documentação de todas as ferramentas clicando no ponto de interrogação

que está na frente de cada um dos componentes.

Figura – 2: Tela de desenvolvimento da plataforma Thunkable.

Para utilizar qualquer um dos componentes basta pressionar o mouse sobre

o mesmo e arrastá-la até a caixa 2. A caixa 2 apresenta ao usuário de forma

simplificada como o aplicativo ficará em um dispositivo móvel.

A caixa 3 mostra os componentes que foram selecionados e arrastado para

a caixa 2, assim obtém-se uma noção de quais componentes estão sendo utilizados

pela aplicação facilitando na estruturação. Além disso deve-se alterar algumas

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propriedades dos componentes, para isso basta selecionar os componentes

presentes na caixa 2 e as propriedades do componentes será mostrado na caixa 4,

para mais informações sobre as propriedades de cada componente basta consultar

a documentação do componente que desejar presente na caixa 1 conforme

mencionado anteriormente.

Após arrastar todos os componentes necessário para a tela e organizar o

layout, é nescessario dar funcionalidade aos componentes e estruturar a lógica

operacional da tela, para isso basta selecionar a aba Blocks para o acesso aos

blocos de comando da plataforma (Figura 3).

Figura – 3: Imagem do aplicativo sendo desenvolvido na plataforma Thunkable.

Os principais componentes utilizados na aplicação são o Firebase que dá

acesso ao banco de dados TinyDB1 que permite o armazenamento na memória

local do smartphone. Há um notificador que permite lançar notificações sobre a tela,

o temporizador que registra o tempo de determinadas atividades e o google_maps

que acessa a API do Google Maps permitindo o mapeamento de áreas.

Na aba Blocks (Figura 4) há várias categorias de blocos são eles: blocos de

controle, lógica, matemática, texto, lista, cores, variáveis e procedimentos. Cada

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categoria dessa dará acesso a um grupo de blocos para programar dentro da

plataforma basta arrastar e soltar os blocos encaixando-os de forma a construir a

lógica que desejar. Além das categorias gerais os componentes quando

individualmente selecionados para fazer parte da tela também geram seus blocos

específicos.

Figura – 4 Blocos de programação utilizados na plataforma Thunkable

A figura 6 representa como funciona a lógica da programação dentro daplataforma.

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Figura – 5: Trecho do código comentado

Baseado nessa lógica de drag-and-drop (arrastar e soltar), o aplicativo foi

desenvolvido contendo oito telas com diferentes finalidades, sendo elas, uma tela de

cadastro e login, tela inicial, tela de cadastro de áreas, tela de cadastro avaliador,

tela de mapeamento, tela de relatório, tela pressões e tela de avaliação (Figura 6).

Figura – 6: Diagrama de interação entre as telas

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4.1. Utilizando o aplicativo IRPA 2.0

Ao iniciar o aplicativo é necessário um breve cadastro do usuário com

algumas informações (Figura 7). Isso permite que as informações obtidas pelo

usuário seja visível somente a ele. Para a estruturação e armazenamento das

informações foi utilizado o banco de dados online do firebase disponibilizado pelo

google.

Figura – 7: Telas de login do aplicativo desenvolvido

Após o cadastro e login no aplicativo o usuário é direcionado à página inicial

do programa, onde se tem acesso ao início da avaliação. Ao iniciar uma nova

avaliação, o usuário deve inserir alguns dados da propriedade que será avaliada,

como a área, estado, cidade, modulo fiscal entre outros. Todas as informações

acrescentadas no cadastro da propriedade serão informado no relatório final para

melhorar a gestão das informações.

O sistema sempre necessitará que o usuário informe o nome do

responsável técnico da visita, pois o mesmo é o responsável por todas as

informações relatadas no aplicativo. Além do nome é importante o usuário

acrescentar um período válido para recuperação da área, o qual deve sempre

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verificar se as atividades estão ocorrendo dentro do prazo previsto retornando ao

local para reavaliar se está havendo redução no índice das pressões encontradas.

O Sistema se baseia na avaliação de quatro parâmetros que são

adicionados pelo próprio usuário, sendo: a área afetada, o impacto causado, a

urgência em resolver o problema e a tendência da situação se agravar. Cada

parâmetro pode receber uma nota que varia entre 1 a 5. Para facilitar a

determinação da nota, ao invés de números, há um texto para cada pontuação (1 a

5) que auxilia o usuário a escolher a nota mais adequada para a situação.

Cada pressão encontrada na área em avaliação será avaliada com base

nesses quatro parâmetros (A, I, U e T). As notas são armazenadas em uma lista, e o

usuário pode incluir quantas pressões desejar. Ao finalizar a avaliação das

pressões, o usuário gera o relatório da visita no qual está contido toda as

informações condizente aquela área.

O cálculo do índice de pressões e ameaças é definido como sendo a

somatória das notas dada a cada parâmetro.

IRPA = (∑(A+I+U+T) x MR) Formula(1)

Onde:

IRPA = índice de redução de pressão e ameaça

A = nota dada ao parâmetro área

I = nota dada ao parâmetro impacto

U = nota dada ao parâmetro urgência

T = nota dada ao parâmetro tendência

MR = meta de redução

Quando é encontrado uma determinada pressão que afeta menos de 5%

da área (nota = 1), considera como impacto Moderado (nota = 3), urgência o mais

cedo possível (nota = 3), e a tendência de piorar no próximo ano (nota = 4).

Aplicando a formula 1 teremos:

Índice = ∑(1+3+3+4) = 11

Dessa forma tem índice de pressão igual a 11, o próximo passo é

determinar o quanto do problema pode ser resolver no período adicionado

anteriormente. É o que foi determinado como a meta de redução imagem. Se optar

por uma redução de 50 % então o índice que deve ser alcançado é:

IRPA = 11 x 0,5 = 5,5

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Essa é somatória máxima que as pressões podem ter ao final do prazo

estabelecido para garantir que a recuperação ocorreu (Figura 8).

Figura – 8: Telas de avaliação do aplicativo

A inserção de infogramas é essencial para o usuário estabelecer estratégias

de ação e prioridade de problemas. Baseado no mapa de risco, o infograma

relaciona o tamanho dos círculos com a área que é afetada pela pressão, que pode

variar em 5 tamanhos distintos, um para cada nota possível, caracterizada pela

tonalidade que varia desde o verde para uma somatória das notas Impactos,

Urgência e Tendência igual ao mínimo possível (1,1,1) até vermelho que representa

a somatória máxima (5,5,5) (Figura 9).

verde se: I+U+T = 3

amarelo se: I+U+T > 3 e < 9

laranja se: I+U+T >9 e < 15

vermelho se I+U+T = 15

Figura – 9: Tela das pressões cadastradas

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Ao término da avaliação o aplicativo gera um relatório final e faz uma

recomendação ao técnico de qual devem ser as medidas para solucionar os

problemas relatados, essa recomendação é um modelo geral e cabe ao profissional

decidir o que realmente será feito na área.

A ferramenta inicial usada foi a planilha em formato Excel para avaliação do

índice de redução de pressões mostrada a baixo, todo o conceito foi migrado para a

aplicação (Figura 10).

Figura – 10: Tabela utilizada para a avaliação de pressões e ameaças. Fonte SEMA-MT e ProgramaÁreas protegidas da Amazônia (Arpa)

Baseando-se nesse conceito foi discutido uma lista de possíveis pressões

que seriam encontradas pelos usuários a fim de tentar padronizar as problemáticas

para futuros trabalhos. A lista que foi inserida no aplicativo e foi dividida em seis

grupos cada grupo dividido por sua respectiva cor (Figura 11).

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Figura – 11: Tabela desenvolvida contendo as pressões disponíveis na aplicação separa por

categorias.

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5. RESULTADO E DISCUSSÕES

O aplicativo permite ao usuário cadastrar e avaliar quantas áreas lhe

convier, o consumo de dados de armazenamento é extremamente baixo o que

permite o aplicativo salvas diversas visitas no seu smartfone pessoal sem que o

comprometa, além do aplicativo contar com 1 Giga de armazenado de banco de

dados com 10 Gigas de transferências mensal.

Clicando no botão Visualizar área o usuário terá acesso à uma lista de todas

as áreas que foram avaliadas com algumas informações preliminares (Figura 12).

Figura – 12: Tela inicial da aplicação

Novas áreas podem ser adicionadas clicando no botão adicionar que se

encontra na parte inferior direita, ao selecionar está opção o usuário será

direcionado à uma tela de cadastro para que seja adicionado informações sobre a

nova área (Figura 13).

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Figura – 13: Tela para visualização das áreas cadastradas

A tela de cadastro de nova área deve ser preenchida para que o usuário

possa prosseguir com sua avaliação, algumas informações são requisitadas como

podemos ver na imagem a seguir como, o nome da área, a área do imóvel, o estado

e o município que a propriedade se encontra o bioma, modulo fiscal da região entre

outras.

Figura – 14: Tela de cadastro de uma nova área

Depois de preencher todos os campos basta o usuário clicar no botão

avançar para ser direcionado à próxima tela onde deverá preencher mais algumas

informações, como o nome do avaliador que fará a visita, o objetivo da visita que

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pode ser recuperar APP degradada em zona rural ou urbana, recuperar reserva

legal, recuperar área degradada no Distrito Industrial ou em Unidade de

Conservação. Selecionar o período de avaliação também é primordial marcando a

data da primeira visita e o prazo para recuperação da área. O aplicativo também

permite que o usuário visualize a área no mapa caso ele tenha conexão com a

internet no local (Figura 15).

Figura – 15: Segunda tela de cadastro de uma nova área com informações complementares

Ao abrir o mapa o usuário conta com algumas ferramentas de edição como

podemos ver na parte inferior da tela, ferramentas que possibilitam ao usuário

adicionar marcadores ou até mesmo delimitar a área que se deseja avaliar (Figura

16).

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Figura – 16: Tela do aplicativo para mapeamento da região a ser estudada.

Depois de cadastrar a área o usuário será direcionado à uma tela onde ele

poderá adicionar as pressões encontra e avaliar a situação de forma individual

(Figura 17).

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Figura – 17 Telas de avaliação dos parâmetros Área, Impacto, Urgência e Tendência e a Meta

de redução

Após terminar a avaliação das pressões o aplicativo irá gerar um relatório

contendo todas as informações da área preenchidas anteriormente. Será adicionado

ao relatório um texto contendo algumas recomendações para mitigar o problema

baseado no grupo ao qual aquela pressão está adicionado. O relatório pode ser

salvo na memória interno do smartfone ou compartilhado, em ambas as situações

uma copia dessas informações serão enviadas ao banco de dados afim de manter

essas informações seguras, caso o usuário perca seus dados locais ele consegue

ter acesso a suas informações em qualquer smartphone com acesso a internet

(Figura 18).

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Figura – 18: Tela do Relatório Final

Abaixo temos um exemplo de relatório gerado pelo aplicativo durante os

testes.

“Relatório Geral

Área: UFR-MT 5ha

Rondonópolis - MT

Bioma: Cerrado

MF: 60ha

Zona de localização: Rural

Avaliado por: Roney Dalla Costa da Silva

Objetivo: Recuperar APP degradada na zona rural

Período de avaliação:

25/2/2019 à 25/2/2019

Pressões e Ameaças encontradas na Área:

Sem regeneração do Subbosque

Recomendações:

Verificar necessidade de uso de adubo verde e enriquecimento vegetal com

diversidade genética por meio de mudas (espaçamento não superior a 3m x 3m

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consorciado pioneiras e não pioneiras) e/ou sementes (muvuca de sementes

plantada em núcleos) para possíveis intervenções específicas. Propor a realização

de laudo emitido por equipe multidisciplinar (área alvo e entorno).”

Durante a disciplina de Recuperação de Áreas Degradadas, do 9º semestre

do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UFR, o aplicativo foi utilizado em

aulas de campo. Após isso, houve uma atividade avaliativa para aferir a percepção

dos usuários com relação à funcionalidade do aplicativo. Abaixo retratamos algumas

dessas percepções:

O aplicativo IRPA 2.0 apresenta um grau de intuitividade na hora de utiliza-

la, o que podemos dizer que conseguimos chegar a uma interfase limpa e simples

(Figura 19).

muito baixo

baixo

intermediario

alto

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Figura – 19: Avaliação realizada sobre o grau de intuitividade do APP.

Entre os componentes mais interessante da plataforma a que teve mais

destaque foi a recomendação que o aplicativo sugere ao profissional ao final da

avaliação (Figura 20).

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compartilhamento das informações

parametro A, I, U, T

Recomendação de intervenção

Aparência

Ser gratuito

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Figura – 20: Avaliação realizada sobre os pontos mais interessantes do APP.

Entre as principais vantagens da aplicação o avaliação rápida e a

praticidade da ferramenta são as que mais favorecem a utilização do aplicativo em

campo. (Figura 21).

Intuitivo

Prático

Linguagem simples

Avaliação rapida

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Figura – 21: Avaliação realizada analisar as principais vantagens do APP.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O aplicativo foi desenvolvido e as funcionalidades internas da aplicação

fornece uma ferramenta promissora no diagnóstico e recomendações de

intervenção em áreas degradadas ou alteradas tais como Áreas de Preservação

Permanente e Reserva Legal, embora mais testes são necessários.

O aplicativo foi utilizado como instrumento para atividades de ensino no

âmbito da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) na disciplina de

Recuperação de Áreas Degradadas.

O aplicativo agora avança para a fase de testes utilizando projetos de

recuperação de áreas degradadas ou alteradas (PRADA).

O IRPA 2.0 deve colaborar com o programa de regularização ambiental

(PRA), que representa o momento em que o proprietários rurais regularizam seus

passivos ambientais em Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal

O aplicativo está em fase de registro de Software junto à UFMT, e o mesmo

deverá ser disponibilizado em plataforma de download.

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