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FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA EDUARDA TOBOLSKI MILENA MÜLLER LOTTICI ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA SONORA EM ENERGIA ELÉTRICA PARA DIFERENTES CAPTADORES SONOROS (ELETROSOM) Orientador: Ramon Fernando Hans Novo Hamburgo 2016

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FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA

EDUARDA TOBOLSKI

MILENA MÜLLER LOTTICI

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA SONORA

EM ENERGIA ELÉTRICA PARA DIFERENTES CAPTADORES SONOROS

(ELETROSOM)

Orientador: Ramon Fernando Hans

Novo Hamburgo 2016

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EDUARDA TOBOLSKI

MILENA MÜLLER LOTTICI

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA SONORA

EM ENERGIA ELÉTRICA PARA DIFERENTES CAPTADORES SONOROS

(ELETROSOM)

Relatório do projeto Análise da Eficiência da Transformação de Energia Sonora em Energia Elétrica para Diferentes Captadores Sonoros – Curso Técnico de Mecânica da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, turma 3311, como requisito para aprovação em Feira de Ciências. Orientador: Ramon Fernando Hans.

Novo Hamburgo, setembro de 2016.

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FOLHA DE ASSINATURAS

EDUARDA TOBOLSKI

MILENA MÜLLER LOTTICI

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA SONORA

EM ENERGIA ELÉTRICA PARA DIFERENTES CAPTADORES SONOROS

(ELETROSOM)

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA

CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA

Novo Hamburgo, setembro de 2016.

___________________________

Eduarda Tobolski

___________________________

Milena Müller Lottici

___________________________

Ramon Fernando Hans

Professor orientador

4

AGRADECIMENTOS

Agradecemos, primeiramente, ao nosso professor orientador Ramon

Fernando Hans por instruir o grupo ao rumo correto do trabalho, por todo o

carinho e também pelos ensinamentos que foram passados a respeito do

projeto de pesquisa.

Agradecemos também aos nossos pais pelo incentivo, pelo tempo e

disponibilidade para nos fornecer qualquer ajuda, além de todo apoio em todos

os sentidos.

Agradecemos de forma especial, a empresa Alki Metalúrgica Ltda. pelo

fornecimento e patrocínio da caixa utilizada nos testes realizados no trabalho.

Agradecemos, ainda, a banca da pré-apresentação do PID, pois os

pareceres dos professores proporcionaram críticas construtivas que guiaram o

crescimento e o melhor desenvolvimento do projeto.

Agradecemos a professora de língua portuguesa do Curso Técnico de

Eletrônica, Rogéria Silveira, que nos auxiliou na confecção e correção do

relatório final.

Agradecemos o Curso Técnico de Eletrônica pelo fornecimento de

materiais para serem feitos os testes e chegar a maiores conclusões do

projeto.

Agradecemos, por fim, a Fundação Liberato, por ser a escola em que

estudamos e por nos equipar com o suficiente para a realização dos testes

necessários, como o empréstimo do laboratório de Física.

5

RESUMO

Em meio a constante necessidade de descoberta de novas fontes renováveis e

limpas de energia, por uso excessivo e irresponsável das fontes não

renováveis, que são as mais utilizadas, o objetivo do projeto consiste em

analisar a possibilidade de uma nova produção de energia para ser utilizada

em determinadas aplicações, fazendo uso de uma fonte que pode estar sendo

desperdiçada, que são as ondas sonoras. Através de ensaios para determinar

o melhor instrumento de captação que gerasse maior corrente elétrica a partir

de um emissor contínuo de fonte sonora, pôde ser feita a escolha do que

melhor se encaixa nos propósitos apresentados pelo projeto e do que melhor

se adapta a um ambiente cotidiano ou específico no qual seria implantado. Os

ensaios foram feitos em dez diferentes alto-falantes, englobando três

categorias distintas (tweeters, woofers e triaxiais), em quatro microfones

dinâmicos e em dois cristais piezelétricos. Com a fonte emissora de ondas

constantes, os resultados foram obtidos a partir de três frequências diferentes,

275Hz, 550Hz e 4800Hz, dentro a faixa de 95dB a 110dB. Todos os testes

foram feitos dentro de uma caixa fechada, tendo as medidas externas de 70

centímetros de comprimento, 50 centímetros de largura e trinta centímetros de

altura, com tratamento acústico feito de madeira, poliestireno (nome comercial:

isopor) e caixas de ovos. O melhor resultado foi apresentado pelo alto-falante

woofer 1, gerando 0,41 mA com 275Hz de frequência, 0,3 mA com 550Hz de

frequência e 0 mA com 4800Hz de frequência, enquanto cinco tweeters, todos

os microfones e cristais piezelétricos não apresentaram valores para nenhuma

das frequências.

Palavras-chave: ondas sonoras, alto-falantes, microfones, cristais

piezelétricos, transformação de energia.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ....................................................................... 7

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................ 9

2.1 Ondas Sonoras ..................................................................... 9

2.1.1 Velocidade do Som ............................................................. 9

2.1.2 Propagação do Som .......................................................... 10

2.1.3 Ruídos em Ambientes ....................................................... 11

2.1.4 Decibéis .......................................................................... 11

2.2 Alto Falantes ...................................................................... 12

2.2.1 Funcionamento ................................................................ 12

2.2.2 Eficiência......................................................................... 13

2.3 Microfones ......................................................................... 14

2.3.1 Funcionamento ................................................................ 15

2.3.2 Tipos de Microfones .......................................................... 15

2.4 Cristais Piezelétricos ............................................................ 17

2.4.1 Funcionamento ................................................................ 17

2.4.2 Eficiência......................................................................... 18

2.5 Técnicas de Medição ............................................................ 18

2.5.1 Multímetro ...................................................................... 19

2.5.2 Decibelímetro .................................................................. 19

2.5.3 Gerador de Fonte Sonora Contínua ..................................... 20

2.5.4 Termômetro Para Medição da Temperatura Ambiente ........... 21

3 METODOLOGIA ...................................................................... 22

3.1 Critério de avaliação dos materiais a serem testados ............... 22

3.2 Coleta dos materiais ............................................................ 23

3.3 A caixa de ensaios .............................................................. 23

3.3.2 Isolamento Acústico ......................................................... 24

3.4 Ensaio ............................................................................... 25

4 RESULTADOS ........................................................................ 27

4.1 Medições dos resultados ...................................................... 27

4.1.1 Alto Falantes ................................................................... 27

4.1.2 Microfones ....................................................................... 35

4.1.3 Cristais Piezelétricos ......................................................... 36

5 CONCLUSÕES ........................................................................ 37

7

1. INTRODUÇÃO

O Projeto de Integração Disciplinar (PID), aplicado para alunos do

terceiro e quarto ano do Curso Técnico de Mecânica, da Fundação Escola

Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, tem como objetivo fazer com que os

alunos desenvolvam projetos de pesquisa durante o ano letivo para a possível

participação em feiras científicas internas e externas. O projeto baseia-se em

pesquisas bibliográficas junto de uma pesquisa experimental e serão buscadas

informações em dados qualitativos em busca dos resultados. 

Neste projeto é tratada a indiscutível necessidade de descoberta e

utilização de fontes alternativas e renováveis de energia elétrica. A população

mundial esgota todas as formas naturais de obtenção de energia, causando,

assim, um dano irreversível ao ecossistema e a organização natural do globo

terrestre. Então, essa pesquisa tem como tema a captação de uma forma de

energia limpa e sustentável.

No Brasil, a maior fonte de energia elétrica vem das usinas hidrelétricas,

correspondentes a quase 70% da capacidade instalada no país. E isso causa a

perda de inúmeras espécies de animais e plantas, eliminando patrimônios

culturais, históricos e arqueológicos pertencentes à região inundada. Enquanto

a capacidade instalada de energia eólica, que é uma forma limpa e sustentável

de gerar eletricidade, não chega a 2% nas terras brasileiras.

A proposta aqui apresentada é da análise da quantidade de energia

gerada por ondas sonoras em diferentes captadores sonoros, pois, até mesmo

em ambientes silenciosos é possível a medição de ruídos. Porém a quantidade

gerada de energia delimita o seu uso a finalidades que não necessitem de

muita capacidade elétrica.

Considerando pesquisas teóricas para viabilizar a melhor forma para

desenvolver uma fonte de energia elétrica utilizando ondas sonoras, foram

delimitados os instrumentos que são utilizados para analisar a quantidade de

energia gerada, sendo eles: alto-falantes, microfones e cristais piezelétricos.

Os materiais foram analisados e a quantidade de ondas sonoras captadas para

transformação de energia sonora foi verificada.

No referencial teórico, são apresentadas as pesquisas relevantes

relacionadas ao assunto tratado no projeto, a fim de criar uma base para

o desenvolvimento da formação da ideia do trabalho. Na

8

metodologia, são explicados todos os passos realizados para a obtenção dos

resultados, trazendo detalhadamente todos os processos, os equipamentos

e as atividades práticas e teóricas feitas pelas pesquisadoras. Por fim, nos

resultados estão expostos os dados obtidos através dos testes realizados.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Ondas Sonoras

Para um fenômeno ser caracterizado como onda ele deve causar uma

perturbação periódica no espaço e no tempo, carregando energia e informação.

As ondas sonoras são as frequências de vibração, que causam uma

deformação elástica no meio em que está sendo aplicado, que são audíveis

pelo sistema auditivo humano. A faixa de captação natural e saudável do

ouvido está entre 20Hz e 20.000Hz. As frequências abaixo dessa faixa são

denominadas como infrassom, e as que se mantêm acima desse número são

denominadas de ultrassom. Tanto os infrassons quanto os ultrassons são

imperceptíveis ao ouvido humano.

O som tem três características qualitativas dadas pelos sentidos quando

o ouvimos, são elas: a altura, sempre relacionada a frequência, que é o que

caracteriza o quão alto será o som, tendo em vista de que quanto mais agudo o

som for, mais alto ele será, e quanto mais grave, mais baixo; a intensidade, que

depende da quantidade de energia transportada e da amplitude da onda, sendo

que quanto mais ampla e mais energia ela transporta, mais forte será o som, e

assim, quanto menor a amplitude e energia transportada, menor será a força. A

intensidade podendo, também, ser subclassificada em física e fisiológica; e o

timbre, que é a característica que faz com que o ouvido saiba diferenciar sons

que tenham altura e intensidade iguais, mas que esteja sendo produzido por

fontes ou instrumentos diferentes.

2.1.1 Velocidade do Som

A velocidade das ondas sonoras depende de um fator muito importante,

que é o meio pelo qual ela está se propagando, e quanto mais rígido esse meio

for, maior será a velocidade de propagação. Em meios sólidos a velocidade da

onda é alta, em meios líquidos ela é intermediária e em meios gasosos ela é

baixa em comparação com as anteriores.

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A velocidade da onda pode ser determinada pela equação que depende

de características específicas do meio pelo qual ela se propaga. No exemplo

abaixo, a equação é usada para determinar a velocidade da onda em fluídos,

onde B é a grandeza denominada elasticidade volumar e ρ é a densidade do

fluído:

𝑣 = √𝐵 𝜌⁄

Alguns exemplos estão listados na tabela abaixo:

Tabela 1 - Velocidade do som em certos meios.

Fonte: JÚNIOR, 2010.

2.1.2 Propagação do Som

Sendo uma onda mecânica, a onda sonora precisa de um meio material

para haver a propagação, podendo ser um meio sólido, líquido ou gasoso. O

som pode ser definido como uma sequência de ondas sonoras, que juntas

perturbam o meio propagado. Esse meio sofre constantes compressões e

expansões em suas moléculas, sempre em relação à fonte sonora.

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A onda sonora tem seu comprimento, que é a distância em que um ciclo

de onda se repete, e tem o período, que é o intervalo mínimo de tempo que

esse ciclo acontece em um certo ponto no espaço.

2.1.3 Ruídos em Ambientes

O ruído nada mais é do que ondas sonoras não harmônicas, com muitas

amplitudes e frequências distintas no mesmo ambiente, sendo caracterizado

por causar desconforto e perturbação para quem o ouve. Porém, ele não tem

uma determinação padrão, pois isso, depende de cada indivíduo, variando

muito por questões como: saúde, cultura, humor, entre outros.

Ruídos podem ser medidos até mesmo nos ambientes mais silenciosos,

pois tudo o produz, então, na vida cotidiana, há muitos ruídos, como exemplo

de alguns deles, estão:

Tabela 2 – Ruídos em diferentes situações.

Motor de avião na decolagem 140dB

Estádios 80dB a 130dB

Trânsito da cidade 90dB

Sirene de polícia 90dB

Aspirador de pó 80dB

Conversa em voz tom de voz normal 60dB

Zona residencial 50dB

Sala silenciosa 40dB

Sussurro suave 30dB

Fonte: Os autores, 2016.

2.1.4 Decibéis

A unidade utilizada para quantificar o som é o Bel (B), porém essa

unidade tem um valor muito elevado para ser utilizada nos sons cotidianos,

então, seu múltiplo utilizado em cálculos e definições é o decibel (dB), sendo

12

dez vezes menor do que o Bel. A escala decibel é uma escala logarítmica,

então, quando a pressão sonora duplica, por exemplo, há um aumento de 6dB.

2.2 Alto Falantes

Segundo o Edison Tech Center, 2015, o alto-falante tipo dinâmico

padrão, amplamente utilizado na atualidade, foi construído pela primeira vez

em 1920, e, com sua evolução, consiste em um dispositivo transdutor que

converte um sinal elétrico em ondas sonoras.

O primeiro alto-falante eletrônico foi desenvolvido por Johann Philipp

Reis, um professor em Friedrichsdorf, em 1861 na Alemanha. O aparelho era

capaz de produzir ruídos e consistia apenas de um experimento. Em 1876,

Alexander Graham Bell tentou construir um alto-falante baseado no princípio de

Reis. Entretanto, nesta época, a base de conhecimento na física e engenharia

não era suficiente para que este cientista ou qualquer outro contemporâneo

desenvolvesse um alto-falante eletrodinâmico. A necessidade de telegrafar

sinais por longas distâncias e amplificar o sinal posteriormente ajudou no

desenvolvimento dos amplificadores, que mais tarde tornam-se componentes

importantes dos sistemas de áudio. A ideia de um alto-falante movido a uma

bobina eletromagnética foi formulada por Werner Von Siemens em 1877.

Entretanto, devido à tecnologia disponível na época, ele não encontrou

maneiras de amplificar o som para criar um alto-falante funcional. Finalmente

em 1921 C. W. Rice de General Eletric (GE) e, E. W. Kellogg da AT&T

trabalharam juntos em Schenectady, Nova York, para desenvolver o alto-

falante moderno e o primeiro sistema elétrico de amplificação.

2.2.1 Funcionamento

O principal componente do alto falante é o imã permanente localizado na

armação do alto-falante e a bobina móvel que está fixa no cone de papel. O

funcionamento inicia com a bobina móvel que é imersa no campo magnético do

imã permanente e, à medida que se aplica uma corrente alternada em seus

terminais, é gerada uma densidade de fluxo magnético pela bobina criando

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uma reação de atração ou repulsão - consequentemente gerando o movimento

do diafragma, que está livre para movimento. Essa movimentação

diafragmática cria uma perturbação ritmada no ar, conhecida como onda

sonora.

Na imagem abaixo, pode-se observar o funcionamento de um alto

falante:

Imagem 1 - Funcionamento do alto-falante.

Fonte: Mestresan, 2010.

2.2.2 Eficiência

A maior parte da energia elétrica de excitação do alto falante não é

transformada em energia acústica. A eficiência de conversão de energia é

muito baixa, aproximadamente de 1 a 5% para sistemas de radiação direta, e

de 10 a 40% para sistemas tipo corneta. Para se obter altos níveis de pressão

sonora em sistemas de radiação direta, deve-se aplicar altos níveis de potência

elétrica, visto que cerca de 90 a 95% dessa potência é transformada em calor

na bobina móvel do alto-falante, esse superaquecimento é uma das principais

causas de danos e falhas nos alto-falantes.

A eficiência do processo de conversão eletro-acústico é dada pelo

cociente entre a potência acústica obtida e a potência elétrica aplicada.

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A eficiência de referência η0 serve para facilitar a comparação entre

diferentes alto-falantes, sendo um valor particular de η, que ocorre em duas

frequências, podendo ser calculada pelos parâmetros T-S.

2.2.3 Tipos de alto falantes

Os alto-falantes são classificados de acordo com a faixa de frequência

sonora que eles podem reproduzir. Esta faixa de frequência é estabelecida de

acordo com as propriedades de cada alto-falante.

Dessa forma, podem ser classificados da seguinte maneira: os

subwoofers que reproduz sons subgraves, numa faixa de frequência entre 20 e

100Hz. Indicados para instrumentos como contrabaixo, surdo de bateria, etc.

Woofers projetado para médias e baixas frequências, em torno de 50 a

3500Hz, é o mais utilizado nos trios elétricos pela sua resposta de frequência

estendida.

Mid-Bass envolve frequências entre 100 e 500Hz e uma faixa mais

restrita de baixas e médias frequências e o Mid-Range que reproduzem

frequências médias que variam de 500 a 5kHz, possuem maior fidelidade a

faixa de frequência da voz humana, por isso, são os mais utilizados nos

falantes de voz.

Tweeters são os responsáveis pela reprodução de sons agudos, isto é,

altas frequências. Estão sempre dispostos em forma de corneta. E, por fim, os

modelos Triaxiais que contêm um woofer, um mid-range e um tweeter na

mesma carcaça, por isso podem atuar nestas três faixas de frequência. Esta

abrangente faixa de atuação constitui sua principal importância.

2.3 Microfones

O microfone é um transdutor que converte o som em sinais elétricos.

Eles são usados em muitas aplicações como telefones, gravadores, aparelhos

auditivos, shows e na transmissão de rádio e televisão.

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Os microfones diferem-se através de características como,

sensitividade, características direcionais, largura de banda de frequência, faixa

dinâmica e seus tipos. Além disso, o seu design pode mudar de acordo com o

meio em que as ondas sonoras estão sendo captadas. Por exemplo, para a

transdução de ondas aéreas ou vibrações em sólidos, chamam-se esses

equipamentos de microfones, enquanto que para a sua operação em líquidos é

comum utilizar-se o termo hidrofone.

2.3.1 Funcionamento

Na maioria dos microfones em uso, as ondas sonoras são convertidas

em vibrações mecânicas que pressionam o diafragma fino e flexível que sofrem

pequenos deslocamentos para frente e para trás reproduzindo o movimento

das partículas do ar, e em seguida convertidas em sinal elétrico através de

bobina móvel ou por carga e descarga de um condensador. No caso de

microfones de condensador, esses necessitam de uma tensão de alimentação

contínua, chamada dephantom power, que é de fato uma tensão

de polarização.

Por existir diversos modelos diferentes de microfones, cada um exige

uma peculiaridade em relação seu funcionamento, mas com a mesma função,

alterando pequenas modificações de caminho até chegar aos estímulos

elétricos.

Imagem 2 – Funcionamento do microfone.

Fonte: Desconhecida.

2.3.2 Tipos de Microfones

Existem uma grande variedade de microfones no mercado, com

diferentes tipos, modelos, marcas e funcionalidade. Dessa forma, para

16

abranger da melhor forma, foi dividido em dois grades grupos baseados na

característica de captação de ondas, os microfones condensadores e os

microfones dinâmicos.

Microfones Condensadores ou Condenser: são projetados para captar

mais tons e detalhes dos sons de instrumentos e de vozes. Por esse motivo é

um dos tipos de microfone mais utilizados em gravações em estúdio ou até

mesmo ao vivo. Mas de “phantom power” para funcionar. Phantom power é

uma corrente elétrica disponível na maioria das mesas de som que quando

habilitada alimenta o microfone condensador através do próprio cabo de

microfone, permitindo que ele funcione corretamente. Devido à sua extrema

sensibilidade de captação e sem os equipamentos necessários, podem surgir

microfonias indesejáveis.

Microfones Dinâmicos: são construídos com cápsula e diafragma

capazes de suportar alta pressão sonora, como bateria, instrumentos de sopro,

amplificadores e também vocais para uso no palco. Os microfones dinâmicos

são amplamente utilizados no palco em shows ao vivo, pois uma de suas

vantagens é o fato de reduzir o nível de captação de ruídos de manuseio e

sons vindos de outros instrumentos ou caixas de som e retorno presentes no

palco. Devido a essa característica, esse tipo de microfone também reduz a

chance de surgirem microfonias.

Imagem 3 – Modelos de microfones conforme a captação.

Fonte: CALANGO MUSIC, 2012.

17

2.4 Cristais Piezelétricos

A piezeletricidade tem origem do termo grego piezein, que significa

pressionar, e da palavra eletricidade que em latim electrum, equivale a âmbar.

Há uma relação entre características mecânicas (pressão, tensão, solicitação

mecânica) e elétricas (da palavra eletricidade) e, de fato, é isso o que

acontece: basicamente, é a transformação de energia de origem mecânica em

elétrica e vice-e-versa. A piezeletricidade é presente em diversos materiais

cristalinos e pode ser dita direta ou inversa.

Os cristais piezelétricos são elementos pequenos e de construção

robusta. Seu sinal de resposta é linear com a variação de pressão, são

capazes de fornecer sinais de altíssimas frequências de milhões de ciclos por

segundo.

Os cristais piezoeléctricos estão muito presentes na vida cotidiana,

como as impressoras a jato de tinta, os alto-falantes, as guitarras elétricas, as

imagens por ultrassom, etc.

2.4.1 Funcionamento

O efeito piezelétrico é um fenômeno reversível. Se for conectado a um

potencial elétrico, resultará em uma correspondente alteração da forma

cristalina. Este efeito é altamente estável e exato, por isso é utilizado também

em relógios de precisão.

Quando aplicada uma tensão mecânica no cristal piezelétrico, há o

aparecimento de um potencial elétrico; quando a tensão aplicada for de

natureza elétrica, temos uma deformação física.

O princípio de funcionamento de um sensor piezoeléctrico reside no fato

de que dada dimensão física, pela ação de uma força, é deformada.

Dependendo da concepção de um sensor, "modos" diferentes de polarização

sobre o elemento piezelétrico podem ser usados (eles podem ser comprimidos

transversalmente, longitudinalmente, ou pela ação de cisalhamento).

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A detecção de variações de pressão sob a forma de ondas sonoras é a

aplicação mais comum do sensor. Por exemplo, microfones piezelétricos, onde

ondas sonoras batem no material piezelétrico, criando uma tensão que varia.

Cada transdutor possui uma frequência de ressonância natural, tal que

quanto menor a espessura do cristal que o compõem, maior será a sua

frequência de vibração e melhor será o sinal que este gerará ou será capaz de

emitir. Para várias técnicas de detecção, o sensor pode atuar tanto como um

sensor ou então como captador, sendo então preferencialmente

chamado transdutor.

2.4.2 Eficiência

A carga induzida num material piezo é proporcional a força aplicada.

Onde é uma constante piezelétrica, com unidade Coulomb por Newton.

2.5 Técnicas de Medição

A área da metrologia tem por objetivo monitorar, controla e investigar um

processo, ou fenômeno físico, para estabelecer uma base que transforme

amostras, calibrações e ensaios em informações confiáveis para o processo de

tomada de decisão e qualidade dos produtos. Dessa forma, busca qualificar e

certificar os instrumentos de medição, avaliar as efetivas condições de uso ou

aplicar os resultados obtidos na forma de correção de erros. O processo de

medição é suporte para a ciência, para identificação e solução de problemas,

para controle da produção e para avaliação de produtos e serviços em todas as

áreas da vida humana.

Apesar de ser tão importante, e com o avanço da tecnologia, ela, em

geral, apenas apresenta uma estimativa do real resultado, ou seja, a avaliação

é feita em cima de dados que declaram sua incerteza. Por isso, é exigido que

os instrumentos de medição estejam de acordo com as normas estabelecidas,

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para, então, chegar ao mais próximo possível da exatidão. Para impedir o

máximo de erros, foram utilizados instrumentos devidamente calibrados, em

ambientes apropriados, tomando os cuidados necessários.

2.5.1 Multímetro

É um aparelho destinado a medir e avaliar grandezas elétricas

concernentes a uma corrente elétrica, tais como intensidade, voltagem,

resistência, tensão elétrica, capacitância, frequência de sinais alternados,

temperatura, entre outros. Tem ampla utilização entre os técnicos em eletrônica

e eletrotécnica, pois são os instrumentos mais usados na pesquisa de defeitos

em aparelhos eletroeletrônicos devido a sua simplicidade de uso e,

normalmente, a sua portabilidade.

Imagem 4: Multímetro utilizado nos ensaios.

Fonte: Os autores, 2016.

2.5.2 Decibelímetro

Usualmente chamado de decibelímetro, o medidor de nível de pressão

sonora (MNPS), é um equipamento utilizado para realizar a medição dos níveis

20

de pressão sonora, e, intensidade de sons. Esse equipamento é

preferencialmente calibrado para ler o nível de som em decibéis (uma unidade

logarítmica). Atualmente, no mercado brasileiro, existem equipamentos digitais

capazes de realizar medições entre 30dB até 130dB.

Imagem 5: Decibelímetro utilizado nos ensaios.

Fonte: Os autores, 2016.

2.5.3 Gerador de Fonte Sonora Contínua

Para uma melhor medição e padronização dos resultados que seriam

avaliados, foi utilizado um gerador de fonte sonora continua, que possuía

diferentes escalas de frequência, possibilitando mais opções de regulagem.

Esse gerador oferecia quatro escalas diferentes de frequência, a primeira

emitia o que era apresentado no mostrador, a segunda aumentava a frequência

em dez vezes, a terceira aumentava em cem e a quarta em mil, sendo essa

última, não utilizada nos testes, pois alcançava frequências que não eram mais

audíveis ao ouvido humano.

Imagem 6: Gerador de fonte sonora contínua utilizado nos ensaios.

21

Fonte: Os autores, 2016.

2.5.4 Termômetro Para Medição da Temperatura Ambiente

No ar, a velocidade de propagação depende de diversos fatores, entre

eles, a temperatura, pressão atmosférica, densidade e da umidade do meio. A

temperatura é um fator extremamente importante, pois quanto mais elevada ela

estiver, maior será a agitação das moléculas do ar, facilitando a propagação do

som. Dessa forma, com um termômetro de mercúrio, foram analisadas as

condições do ambiente.

Imagem 7: Termômetro utilizado nos ensaios.

Fonte: Os autores, 2016.

22

A umidade relativa do ar, perante a situação avaliada, tem um efeito

praticamente insignificativo na variação da velocidade do som, o qual pode

levar a um aumento da velocidade de apenas 0,1% a 0,6%, não necessitando

de maiores considerações.

3. METODOLOGIA

Foram feitas diversas pesquisas bibliográficas a respeito do projeto e

sobre os diversos tipos de alto-falantes, microfones e cristais piezelétricos,

para, então, fazer a coleta dos dados quantitativamente e analisá-los para ser

dada a continuidade nos testes realizados.

Dessa forma, foi dividida a execução da obtenção dos resultados em

etapas.

Primeiramente, agrupar os materiais avaliados, conforme os critérios

estabelecidos, segundo sua classificação, coletar aqueles que seriam testados,

desenvolver a caixa isolante para aplicar os testes, e, assim, com tudo

encaminhado, realizar os testes estabelecidos, com os materiais necessários

para obter os resultados. Por fim recolher os dados dispostos e examinar com

prudência as informações.

3.1 Critério de avaliação dos materiais a serem testados

Com grande demanda de equipamentos, foi estabelecido critérios para

avaliá-los e, assim, haver uma padronização. O critério levado em

consideração para a utilização ou não dos mesmos nos testes, utilizando uma

generalidade em respeito ao tipo de material, foi o de observar se ele cumpria o

seu papel principal de funcionamento.

Para os alto-falantes, seria obedecer a função de converter energia

elétrica em energia acústica. Em outras palavras, receber um sinal elétrico que

tem a frequência e a forma de onda de um e o converter em som. E a

finalidade do microfone é converter sons em uma corrente ou tensão cuja

forma de onda, frequência e intensidade correspondam ao som original.

Tanto o microfone, quanto o alto-falante possuem características de

funcionamento muito parecidas, e com critérios estabelecidos não muito

23

diferentes. Dessa forma, não houve dificuldades em definir quais seriam os

utilizados.

Por haver grande diversidade de modelos e tipos dos objetos em

questão, o propósito era testar para analisar qual melhor cumpriria o objetivo

proposto pelo projeto. Tudo isso para chegar às melhores conclusões que

foram viáveis dentro do que foi possível executar com a quantidade

arrecadada.

3.2 Coleta dos materiais

Nessa etapa, foram coletados os materiais para serem avaliados. O

fornecimento alguns dos testados, foi por parte do Curso Técnico de Eletrônica

da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Viera da Cunha, que antes de

aplicados nos testes a serem realizados na prática, foram devidamente

testados para se adequarem aos critérios estabelecidos. O restante dos

equipamentos foi resgatado das residências das alunas pesquisadoras do

projeto e com o auxílio do orientador que disponibilizou mais equipamentos

para serem testados.

No total, foram testados dez alto-falantes, quatro microfones e dois

cristais piezelétricos. Dos microfones, os quatro testados eram do tipo

dinâmicos, não havendo outros modelos em disposição. Dos alto-falantes

coletados, seis se encaixam na categoria de tweeters, três woofers e um

triaxial.

3.3 A caixa de ensaios

Para a realização dos ensaios e para haver uma padronização no

controle dos testes, além de obter resultados que possam ser comparativos, foi

feita uma caixa de madeira com tratamento acústico. Sendo que todos

equipamentos testados e os utilizados para controlar e medir o que era

avaliado ficavam dentro da caixa. A estrutura possui setenta centímetros de

comprimento, cinquenta de largura, trinta de altura e dois de espessura, de

medidas externas. Além de conter dois centímetros e meio de espessura do

24

isopor e caixas de ovos de trinta e seis unidades cada, utilizados para o

isolamento acústico, a fim de reduzir a perda de ruídos, evitando a dissipação

de ondas sonoras para haver maior certeza de que os valores recebidos

fossem próximos dos emitidos.

3.3.1 Madeira

A confecção da caixa de madeira foi patrocinada pela empresa Alki

Metalúrgica Ltda., que utilizou material MDF para sua elaboração, de forma que

ficasse fácil o manuseio, pela sua acessibilidade e custo, além de poder

adaptar as necessidades que o projeto exigia.

A propagação das ondas sonoras se dá pela movimentação do ar,

então, essa movimentação pode atravessar até paredes que propagam essa

agitação. Porém, quanto mais denso o material pelo qual as ondas sonoras

tentam ultrapassar, menor será sua intensidade de propagação. Dessa forma,

a madeira dá uma melhor garantia de eficácia e baixo custo no isolamento.

Entretanto, ela não impede a dissipação das ondas sonoras, apenas a

diminui, não efetuando o isolamento, mas sim, um tratamento acústico,

necessitando de mais recursos. E para isso foram utilizados o poliestireno e as

caixas de ovos.

3.3.2 Isolamento Acústico

Com a finalidade de manter o baixo custo do projeto, como revestimento

para isolamento acústico foram utilizados materiais com baixo valor, sendo

também, uma forma de reaproveitamento e reutilização. Além da espessa

placa de madeira, foi utilizado o poliestireno com 2,5 centímetros de espessura

e caixas de ovos feitas de papelão, que têm um formato que ajuda na

diminuição de perda de ondas sonoras quando elas se chocam com a parede

do material.

A combinação das três camadas fez com que a dissipação do som para

fora do interior da caixa diminuísse muito, auxiliando na obtenção de resultados

mais reais no ensaio.

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3.4 Ensaio

Os testes foram realizados no Laboratório de Física da Fundação

Liberato. Os instrumentos necessários e os materiais a serem testados

estavam conforme o estabelecido anteriormente e normatizado.

Iniciando com a preparação dos testados para se adequarem às

condições do espaço, foi adaptado o decibelímetro nas condições necessárias,

dentro da escala oferecida, que é entre oitenta decibéis e cento e dez decibéis.

Em seguida, foi escolhida uma frequência do gerador de fonte sonora continua,

e essa escolha era feita pela frequência que apresentasse maior nível de

decibéis dentro da caixa isolada de ruídos externa, servindo como base para

utilizar nos ensaios.

Dessa forma, foi estabelecido 275Hz para os sons mais graves, na

primeira escala (x1); 550Hz, com sons intermediários na segunda escala (x10);

e 4800Hz, para os sons mais agudos oferecidos, na terceira escala (x100).

Esses dados foram utilizados para aplicar em cada instrumento a ser

medido, e assim, manter o uma padronização a fim de chegar a resultados

comparativos.

Em vista disso, foi dado início aos testes, que tiveram início com os alto-

falantes, mantendo sua localização no extremo oposto ao gerador de fonte

sonora contínua, que, por fios interligados ao alto-falante emissor no interior da

caixa, estavam conectados com sua fonte e controlador de frequência no

exterior dela. O testado era comunicado com o multímetro para examinar sua

capacidade de transformar ondas sonoras em energia elétrica, que também se

localizava do lado de fora do isolamento acústico. A caixa era fechada

mantendo toda forma de isolamento, e assim, com tudo devidamente

aprontado, era dado início aos testes.

Primeiro, era ligado o gerador de fonte sonora continua até alcançar ou

intermediar o valor previamente estabelecido. Então, ele era regulado, pois

com as falhas existentes no instrumento os valores não são precisos em sua

escala, apenas aproximados, para poder alcançar o maior nível de decibéis

dentro da caixa. Quando o valor era obtido, o multímetro mensurava a

capacidade a ser testada. Tudo devidamente anotado, era feita a troca do valor

da escala do gerador até completar os três testes, um para cada frequência, e

26

quando os testes de determinado instrumento chegavam ao fim, o equipamento

era trocado, e, assim, repetidamente com todos os alto-falantes, microfones e

cristais piezelétricos.

Imagem 8: Ensaio do alto-falante woofer 1.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 9: Ensaio do microfone dinâmico 2.

Fonte: Os autores, 2016.

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4. RESULTADOS

A partir das medições, foram obtidos resultados positivos e nulos,

aprovando ou reprovando os instrumentos utilizados em cada medição. Nos

tópicos seguintes, estão demonstrados os resultados encontrados a partir da

metodologia aplicada

4.1 Medições dos resultados

4.1.1 Alto Falantes

Imagem 10: Alto-falante triaxial.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 11: Alto-falante triaxial.

Fonte: Os autores, 2016.

28

Imagem 12: Alto-falante tweeter 1.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 13: Alto-falante tweeter 1.

Fonte: Os autores, 2016.

29

Imagem 14: Alto-falante tweeter.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 15: Alto-falante tweeter

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 16: Alto-falante tweeter.

Fonte: Os autores, 2016.

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Imagem 17: Alto-falante tweeter

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 18: Alto-falante tweeter.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 19: Alto-falante tweeter.

Fonte: Os autores, 2016.

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Imagem 20: Alto-falante woofer 1.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 21: Alto-falante woofer 1.

Fonte: Os autores, 2016.

32

Imagem 22: Alto-falante woofer 2.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 23: Alto-falante woofer.

Fonte: Os autores, 2016.

33

Imagem 24: Alto-falante woofer 3.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 25: Alto-falante woofer.

Fonte: Os autores, 2016.

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Imagem 26: Alto-falante tweeter 5.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 27: Alto-falante tweeter 5.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 28: Alto-falante tweeter 6

Fonte: Os autores, 2016.

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Imagem 29: Alto-falante tweeter 6.

Fonte: Os autores, 2016.

Tabela 3: Resultados obtidos dos alto-falantes.

dB mA dB mA dB mA

Triaxial 97 0,25 100,5 0,31 94 0

Tweeter 1 98,5 0 97 0 96,5 0

Tweeter 2 97 0,18 99 0,03 96 0

Tweeter 3 97 0 99 0 96 0

Tweeter 4 97,5 0 99,5 0 96,5 0

Woofer 1 98,5 0,41 99,5 0,3 96 0

Woofer 2 96,5 0,31 99 0,2 95 0

Woofer 3 95 0,2 100 0,28 96,5 0

Tweeter 5 98 0 99 0 96,5 0

Tweeter 6 97 0 98,5 0 96,5 0

275Hz 550Hz 4800Hz

Fonte: Os autores, 2016.

4.1.2 Microfones

Imagem 30: Microfones dinâmicos utilizados nos ensaios.

Fonte: Os autores, 2016

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Tabela 4: Resultados obtidos dos microfones.

dB mA dB mA dB mA

Dinâmico 1 96,5 0 99 0 96,5 0

Dinâmico 2 98 0 96,5 0 95,5 0

Dinâmico 3 97,5 0 98,5 0 96,5 0

Dinâmico 4 96,5 0 98,5 0 96,5 0

275Hz 550Hz 4800Hz

Fonte: Os autores, 2016.

4.1.3 Cristais Piezelétricos

Imagem 31: Cristal Piezelétrico 1.

Fonte: Os autores, 2016.

Imagem 32: Cristal Piezelétrico 2.

Fonte: Os autores, 2016.

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Tabela 5: Resultados obtidos dos cristais piezelétricos.

Cristal 1 97,5 0 99 0 96 0

Cristal 2 97 0 98,5 0 96,5 0

275Hz 575Hz 4800Hz

Fonte: Os autores, 2016.

5. CONCLUSÕES

Com os resultados encontrados nos ensaios, conclui-se que o melhor

instrumento para uma futura aplicação é o alto-falante do tipo woofer ou triaxial.

Com eles foram encontrados valores de transformação de ondas sonoras em

energia elétrica entre 0,2 mA e 0,41 mA. E também pode ser observado que

quanto maior a frequência, fazendo com que o som fique mais agudo, menor

eram os resultados, indicando que a aplicação do projeto é mais indicada para

ambientes onde os ruídos são mais graves e com maior intensidade.

Utilizando os valores de corrente obtidos nos testes, é possível calcular

a tensão de saída do alto-falante gerada pela onda sonora. A resistência

padrão de um alto falante é de 8Ω (ohms), então, a voltagem é encontrada

através da fórmula:

𝑉 = 𝑅. 𝐼

Onde V é a voltagem, R é a resistência do alto falante e I é o valor

encontrado nos ensaios, mostrado no multímetro.

Como nos testes só foram encontrados resultados em um grupo

específico de instrumentos, abaixo está representado os valores calculados

dos que forneceram dados:

Tabela 6: Voltagem gerada por cálculos

275Hz 550Hz

Triaxial 1 Volt 1,24 Volt

Woofer 1 1,64 Volt 1,2 Volt

Woofer 2 2,48 Volt 1,6 Volt

Woofer 3 1,6 Volt 2,24 Volt

Tweeter 2 1,44 Volt 0,24 Volt

Fonte: Os autores, 2016.

Para os alto-falantes que não indicavam sua resistência, foi utilizado o

valor padrão de 8 Ω (esses são: woofer 3 e tweeter 2).

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Pode-se observar a diferença de energia gerada comparando suas

frequências. Os maiores valores obtidos foram utilizando os alto-falantes

woofers, específicos para sons mais graves (frequências baixas). Porém,

utilizando a frequência mais alta (4800Hz), nenhum instrumento gerou energia,

assim, como os tweeters em frequências baixas, visto que são alto-falantes

para sons agudos.

Embora tenha gerado pouca energia, pode-se observar as afirmações

acima que os instrumentos de baixa frequência são melhores para a

transformação de ondas sonoras em energia elétrica.

Como as voltagens encontradas foram baixas, poucas aplicações são

possíveis. Uma admissível utilização está na área da estética e tratamentos

terapêuticos.

Segundo Soriano et al (2002), os efeitos das microcorrentes promovem

regenerações das células, aumenta a produção do colágeno e da elastia,

aumenta a circulação sanguínea local o que consequentemente aumenta a

oxigenação celular, clareando a pele, tonificando o tecido e combatendo a

flacidez.

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6. REFERÊNCIAS

SORIANO, M.C.D.; PÉREZ, S.C.; BAKUÉS, M.I.C. Eletroestética Profissional Aplicada: Teoria e prática para a utilização de correntes em estética. Saint Quirze Del Valles: Sorisa, 2002 BEPPU, Fernanda Tiemi et al, CONVERSÃO DE ENERGIA SONORA PARA ENERGIA ELÉTRICA UTILIZANDO ALTO-FALANTES, 2015, trabalho de conclusão de curso - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, Curitiba, 2015

FREITAS, R.; MACIEL JUNIOR, V.A., GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA POR ONDAS SONORAS (UMA PROPOSTA DE SUSTENTABILIDADE), FAZU em Revista, Uberaba, n.7, p. 154 - 158, 2010 NETO, Ançano Loschi, ANÁLISE DO SOM TRANSMITIDO POR MADEIRAS DE DIFERENTES DENSIDADES, 2007, dissertação de mestrado, Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais, 2007. CALIXTO, Alfredo, VIBRAÇÃO, SOM E LUZ, CONCEITOS FUNDAMENTAIS, 2010, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.