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alcochete Em entrevista ao InAlcochete, o Presidente da Câmara salienta que as obras de requalificação da Frente Ribeirinha vão tornar mais bonito, mais ordenado e mais atractivo o Núcleo Histórico de Alcochete. Informação da Câmara Municipal de Alcochete AGOSTO 2012 | Número 8 | Distribuição Gratuita www.cm-alcochete.pt ALCOCHETE VIVE DE FORMA INTENSA FESTAS DO BARRETE VERDE E DAS SALINAS FRENTE RIBEIRINHA OBRAS ARRANCAM ESTE ANO GRANDE PLANO › PÁGINAS 8 E 9

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alcochete

Em entrevista ao InAlcochete, o Presidente da Câmara salienta que as obras de requalificação da Frente Ribeirinha vão tornar mais bonito, mais ordenado e mais atractivo o Núcleo Histórico de Alcochete.

Informação da Câmara Municipal de AlcocheteAGOSTO 2012 | Número 8 | Distribuição Gratuita

www.cm-alcochete.pt

ALCOCHETE VIVE DE FORMA INTENSA FESTAS DO BARRETE VERDE E DAS SALINAS

FRENTERIBEIRINHAOBRAS ARRANCAM ESTE ANO

GRANDE PLANO

› PÁGINAS 8 E 9

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in SÍNTESE

2.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

FICHA TÉCNICA

PERIODICIDADE Bimestral | PROPRIEDADE Câmara Municipal de Alcochete | MORADA Largo de São João 2894-001 AlcocheteTelef.: 212 348 600 DIRECTOR Luís Miguel Carraça Franco, Presidente da Câmara Municipal de Alcochete | EDIÇÃO SCI – Sector de Comunicação e Imagem COORDENAÇÃO DE REDACÇÃO Susana Nascimento REDACÇÃO Íngride Nogueira, Micaela Ferreira,Rosa Monteiro | FOTOGRAFIA SCI | PAGINAÇÃO CJORGE – Design & Comunicação e Rafael Rodrigues/SCI | IMPRESSÃO EmpresaGráfica FUNCHALENSE | DEPÓSITO LEGAL 327832/11 | REDACÇÃO E FOTOGRAFIA SCI – Sector de Comunicação e ImagemTelef.: 212 348 658 | [email protected] | TIRAGEM 10 000 | ISSN 2182-3227 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

NESTE VERÃO NÃO ABANDONE O SEU CÃOAs férias de Verão costumam ser as épocas doano mais amargas e tristes para o melhor amigodo Homem. No Canil Municipal, que tem a lotação esgotada,já deram entrada 18 cães que foram abandona-dos na via pública. Apelamos ao bom senso detodos para que procurem outras soluções emtempo de férias que não passe pelo abandonode cães e gatos.

Inalcochete

CONTACTOS ÚTEISCâmara Municipal de Alcochete – 212 348 600 | Comunicação de Avarias, Roturas e Entupimentos 919 561 411 Serviço Municipal de Protecção Civil – 912 143 999 | Canil Municipal – 914 432 270 | Cemitério – 212 348 638Posto de Turismo – 212 348 655 | Bombeiros Voluntários de Alcochete – 212 340 229 ou 212 340 557 | Guarda NacionalRepublicana – 212 348 071 | Centro de Saúde de Alcochete – 212 349 320 | Extensão de Saúde em Samouco – 212 329 600Extensão de Saúde em São Francisco – 212 314 471 | Farmácia Nunes – 212 341 562 | Farmácia Cavaquinha – 212 348 350Farmácia Póvoas – 212 301 245 | Central de Táxis Alcochete – 212 340 040 | Central de Táxis Samouco e Freeport– 212 321 775 | Transportes Sul do Tejo – 211 126 200 | Transtejo – 210 422 400.

ALCARTE CELEBRA 30 ANOSNo ano em que celebra o 30.º aniversário, a exposiçãocolectiva “Alcarte”está patenteao público no Núcleo de ArteSacra do Museu Municipal de Alcochete/ Igreja da Misericórdia e apresenta 66 trabalhos nas categorias de pintura, fotografia, escultura, desenho e serigrafia. Durante as festasdo Barrete Verde e das Salinasa exposição pode ser visitadano seguinte horário: 10 de Agosto: 17h30 às 24h0011 de Agosto: 20h30 às 24h0012 de Agosto: 20h30 às 24h0013 de Agosto: 14h00 às 18h00 e das 20h30 às 24h0014 de Agosto: 20h30 às 24h0015 de Agosto (feriado nacional): 14h00 às 18h00 e das 20h30 às 24h0016 de Agosto: 20h30 às 24h00

VISITE O STAND DA CÂMARAMUNICIPAL DURANTES AS FESTAS10 de AgostoApicultura/Mel – António DuarteArte Decorativa – Beleza Total11 de AgostoCerâmica Decorativa e Azulejaria – Lucinda PereiraArtigos de Renda – Célia Oliveira12 de AgostoFogaças e Licores Caseiros – Casa da OliveiraEscultura em Ferro e Inox – Emídio Teixeira13 de AgostoApresentação do livro “O Céu também tem degraus” – Luís Ferreira14 de AgostoApresentação do livro“Segredos de Alma” – Miguel ÂngeloVinhos – Zé do Alto15 de AgostoFogaças e Licores Caseiros – Casa da Oliveira16 de AgostoApresentação do livro “As PlantasNossas Irmãs” – Miguel BoieiroVinhos – Zé do Alto

35 ANOS DO PODER LOCAL EM EXPOSIÇÃO NA GALERIA MUNICIPALA Exposição “35 Anos de PoderLocal em Alcochete” regressa à Galeria Municipal dos Paços do Concelho, entre os dias 10 de Agosto e 14 de Setembro, revelando o papel activo do PoderLocal no desenvolvimento económico e social do território.Esta é mais uma oportunidade de ver ou rever as principais obras e intervenções que foram concretizadas desde 1976 até2012 pelos diferentes ExecutivosMunicipais. A exposição pode servisitada no seguinte horário: dias10, 13 e 14 entre as 18h00 e a 01h00; dias 11, 12 e 15 entre as 16h00 e a 01h00; dia 16 entreas 18h00 e as 24h00.

PASSEIOS NA ALCATEJO REVELAM ALCOCHETE VISTA DO TEJODurante os dias da Festas do Barrete Verde e das Salinas, a Autarquia promove passeiosturísticos gratuitos a bordo da embarcação tradicional Alcatejo. Venha conhecer a frenteribeirinha da Vila e reserve o ingresso no Posto de Turismo.

CALENDÁRIO:11 de Agosto | 14h00 – Ponte Vasco da Gama13 de Agosto | 14h00 – Ponte Vasco da Gama14 de Agosto | 10h00 – Ponte Vasco da Gama | 14h00 – Frente Ribeirinha15 de Agosto | 10h00 – Ponte Vasco da Gama | 14h00 – Reserva Natural do Estuário do Tejo16 de Agosto | 10h00 – Ponte Vasco da Gama | 14h00 – Reserva Natural do Estuário do Tejo

PROGRAMA PARA ATRIBUIÇÃO DE HABITAÇÕES SOCIAIS REMETIDOPARA CONSULTA PÚBLICAEm reunião de Câmara, de 1 de Agosto último,o Executivo Municipal deliberou favoravelmenteenviar, para consulta pública, o “Programa de Concurso por Classificação para Atribuição de Habitações Sociais”. Trata-se de um instrumento concursal que, juntamente comos normativos legais que enquadram

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Agosto 2012 | inalcochete.3Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Caros(as) Munícipes,

E eis que chegámos ao mês de Agosto!No entanto, a época estival em que nos encontramos não consegue atenuar as gran-des preocupações sobre o nosso futuro colectivo, que se afigura cada vez mais incer-to. Os próximos tempos serão, seguramente, preocupantes e difíceis e, muito prova-velmente, assistiremos ao mais difícil regresso ao trabalho de que há memória no País.Lamentavelmente, continuamos a assistir a um Portugal que caminha num senti-do contrário aos seus próprios interesses e, muito em particular, contrário aos inte-resses dos trabalhadores e das populações. Os sacrifícios que estão a ser impostos:o corte nos salários, nos subsídios de férias e natal, o aumento dos preços, a degra-dação dos cuidados de saúde e da educação, em nada resolvem a situação econó-mica do país e confirmam que são medidas iníquas, que atestam a necessidade,cada vez mais premente, da alteração do paradigma das medidas políticas que têmsido implementadas pelo Governo da República.Exemplos disso, são as medidas dos últimos meses que evidenciam de forma ine-quívoca estar em curso um processo acelerado de destruição do Serviço Nacionalde Saúde (SNS). Assistimos, quase que diariamente, a uma política de encerramento indiscrimina-do de serviços e valências hospitalares, de centros de saúde e suas extensões, de ma-ternidades, de urgências hospitalares e de serviços de atendimento permanente, quedificulta o acesso, que agrava os custos inerentes à prestação dos cuidados médicose o aumento do preço dos medicamentos, que degrada a qualidade dos serviços pres-tados, principalmente devido à redução do número de trabalhadores por turno e porserviço e pela falta de recursos materiais, desde os mais básicos aos mais complexos.Infelizmente, Alcochete não ficou imune a este ataque cerrado ao SNS, razão pelaqual, recentemente, a Autarquia reuniu-se com o Secretário de Estado da Saúde

tendo suscitado questões que se revestemda maior importância para as populaçõese que têm que ver, designadamente, com oreforço de médicos, enfermeiros e outrosrecursos humanos afectos ao funciona-mento dos equipamentos de saúde exis-tentes no concelho, a criação de um Postode Emergência Médica/INEM (pretensão,aliás, que merece a total concordância dosBombeiros de Alcochete), a criação de con-dições para a existência de uma nova Ex-tensão de Saúde na Freguesia de São Fran-cisco e a valorização do Hospital do Monti-jo. Lamentavelmente, ainda não recebemosuma resposta relativamente a estas ques-tões por parte do Ministério da Saúde.Não obstante tudo isto, somos agora con-frontados com o provável encerramentodo Serviço de Urgências do Centro Hospi-

talar Barreiro/ Montijo, no Montijo.Mais uma medida que vem reafirmar uma política para a Saúde com fins econo-micistas, relegando para segundo plano valores, direitos e interesses constitucionale legalmente instituídos. A deterioração da equidade social do país, com a conse-quente perda de direitos fundamentais como o de cuidados de saúde condignos,colocam em risco alguns dos princípios civilizacionais em que assenta o nossoEstado de Direito Democrático.Mas neste Verão atípico, em que as férias não fazem esquecer a crise e a austerida-de que lhe foi associada, e apesar das inúmeras dificuldades financeiras sentidas,este Executivo Municipal cumpre com um dos seus compromissos eleitorais e a 1ªFase da Regeneração Urbana da Frente Ribeirinha de Alcochete será uma realida-de em 2013. Esta é mais uma obra que corresponde a uma etapa de uma estraté-gia global que visa a criação de um espaço público de excelência junto ao rio Tejo. Sempre assumimos a Regeneração Urbana como uma das grandes prioridades des-te mandato. Assim sendo, todo o esforço e investimento que a Autarquia está a ca-nalizar na requalificação do espaço público tem como objectivo primordial tornaro nosso espaço público ainda mais bonito, mais ordenado, com uma imagem ur-bana mais cuidada e qualificante, onde cada vez dê mais gosto viver. Mas, sim, finalmente é Agosto! E nada mais pode animar as gentes de Alcochete do que a chegada deste mês, queansiosamente aguardam durante todo o ano, para ver a Vila ganhar cor e brilhocom as Festas do Barrete Verde e das Salinas. Este é o mês, por excelência, de rece-bermos milhares de visitantes que connosco gostam de sentir as nossas tradições,tão autênticas e genuínas, as nossas vivências, respirar as nossas emoções vividasintensamente durante as Festas e conhecer os encantos da Vila de Alcochete quetão bem sabe receber e que nestes dias ganha uma magia especial.Como sempre, a Autarquia apoia logística e financeiramente a realização das Festasdo Barrete Verde e das Salinas, um apoio prestado não só pelo valor que as Festasrepresentam para o Concelho, mas também pela sua inestimável ajuda na promo-ção da identidade cultural de Alcochete.E agora é hora de atirar ao ar o Barrete, porque Alcochete se encontra em Festa!

Regeneraçãoda FrenteRibeirinhade Alcochetejá é realidade

EDITORIAL

Este Executivo Municipal cumpre com um dos seus com-promissos eleitorais e a 1ª Fase da Regeneração Urbanada Frente Ribeirinha de Alcochete será uma realidade em2013. Esta é mais uma obra que corresponde a uma etapade uma estratégia global que visa a criação de um espaçopúblico de excelência junto ao rio Tejo.

ALCOCHET’ACTIVO PARA QUEM QUER ESTAR EM FORMAEstão a decorrer as inscriçõespara o programa Alcochet’Activopara a época desportiva 2012/13,que tem início a 17 de Setembrode 2012 e termina a 28 de Junhode 2013, e que integra os programas desportivos ClubeViva +, Trabalhadores em Forma,Ginástica Desportiva e GinásticaEspecial. As inscrições podem serefectuadas na Divisão de Desporto, Juventude e Movimento Associativo, nas Juntas de Freguesia de Alcochete, Samouco ou SãoFrancisco, ou pessoalmente juntodo professor de cada turma. Os horários estão disponíveis em www.cm-alcochete.pt

LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCOPresidente da Câmara Municipal de Alcochete

a habitação social municipal, vai permitir uma atribuição clara e justa dos oito fogos devolutosaos agregados familiares mais carenciados, numaaltura em que a procura pela habitação social é muito superior à capacidade de resposta da Câmara Municipal.O programa de concurso para a atribuição de habitações sociais vai estar em consulta pública durante trinta dias, após a sua publicaçãoem Diário da República.

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4.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

in FOCO

Associação dos Bombeirosquer mais voluntários

celho de Alcochete. Acho que osjovens de Alcochete deveriam ade-rir mais a esta causa. No dia 6 deJunho começámos uma campanha,que já começou a dar frutos, de an-gariação de jovens voluntários. Po-dem inscrever-se dos 14 aos 35 anose já temos alguns jovens. Estamostambém a reactivar a nossa antigafanfarra, que esteve parada muitosanos e que já vai no terceiro ensaiocom um instrutor musical externo.Penso que esta direcção veio estabi-lizar a situação mais aflitiva que é aparte financeira, embora não te-nham solução para todos os proble-mas. Dá algum alento e estabilida-de à parte operacional porque istoé um conjunto, nós dependemosdeles e eles dependem de nós. A ba-lança tem de estar equilibrada.

Os bombeiros portugueses estãoa viver um momento difícil. Quaisos reflexos da situação global nacorporação?N.B.: Verificou-se uma redução de60% no pagamento do serviço detransporte de doentes não emergen-

tes, mas já foi assinado um acordoentre a Liga dos Bombeiros e os Mi-nistérios da Administração Internae da Saúde e vamos ver o que vai dar.J.M.: O serviço da viatura simplesde transporte de doentes vai deixarde existir. Agora, o financiamento docorpo de bombeiros deve partir doGoverno e da Câmara Municipal. Opoder central é que devia financiare criar segurança para os cidadãos.N.B.: A Tutela está a avaliar o sub-sídio de 4.150 euros que nos dá epensamos que irão aumentá-lo. Jádisse que com mais 5.000 euros men-sais e com a gerência que esta corpo-ração tem os problemas resolviam--se sem despedir ninguém. Uma dasminhas grandes preocupações é nãodespedir ninguém, mas se tiver de ser…Sem dinheiro não se compra farda-mentos, não se compra material paraas ambulâncias, não se põe com-bustível nas viaturas. Felizmente is-to está tudo em dia, assim como aSegurança Social e o IRS. Temos feitotodos os esforços porque para rece-bermos subsídios temos de ter tu-do em dia.

Quais são as fontes de financia-mento da Associação dos Bombei-ros de Alcochete?N.B.: É o Ministério da Adminis-tração Interna, a Câmara Municipale as Juntas de Freguesias. O Minis-tério da Saúde não financia nada,paga o serviço que é feito.J.M.: O principal financiador é aCâmara Municipal e o Governo atra-vés da Autoridade Nacional de Pro-tecção Civil. O Ministério da Saúdepaga-nos os serviços que fazemospara ele e quanto às Juntas de Fre-guesia, umas mantiveram os apoios,outras reduziram.N.B.: A Junta de Freguesia de SãoFrancisco reduziu o apoio mensalde 100 euros para 50 euros. A Jun-ta de Freguesia de Samouco man-tém os 100 euros e a Junta de Fre-guesia de Alcochete aumentou de400 para 600 euros. Depende dasensibilidade de cada um porque àsvezes com pouco podemos fazermuito, desde que haja boa vontade.Temos que louvar a Câmara Muni-cipal que não cortou nada no nossosubsídio. Manteve os 35.000 euros

por ano, dá-nos diversos apoios numvalor superior a 30.000 euros eapoio logístico que necessitarmos.Antigamente havia um empresárioque dava 50 mil euros aos bombei-ros num ano, no outro ano mais 50mil euros e as coisas colmatavam-se.Agora não. O prejuízo da associa-ção no ano passado foi de 136 mileuros. Neste momento não devemostanto mas desde há quatro anos hou-ve falta de subsídios. Comprámosuma ambulância há uns 8 anos como suporte dos empresários, mas ape-nas um deu 2.500 euros, os outrosnão deram nada. Nessa altura a fro-ta era quase toda nova. Agora estávelha, com mais de 500 quilóme-tros e uma ambulância bem equi-pada custa hoje 80 mil euros.Temos também o presente envene-nado da Montiterras que nos ofere-ceu uma ambulância, depois abriufalência e nós é que estamos a pa-gá-la. Isto porque os bombeiros pa-gam o IVA mais reduzido e como elespagariam 23% de IVA, a ambulân-cia foi comprada em nome da asso-ciação, com prestações ao banco, eagora nós estamos a pagar 1.200 eu-ros todos os meses porque ficou porliquidar mais de metade do seu custo.

Quais os serviços que prestam àpopulação?J.M.: Quanto aos serviços de emer-gência médica temos uma média diá-ria de 5 a 6 serviços. Temos o serviçode incêndios. Felizmente Alcocheteé um Concelho seguro, tem poucosincêndios, mesmo urbanos ou in-dustriais. Este ano, houve três in-cêndios graves em habitações. Nãotemos incêndios florestais porque anossa área florestal é muito reduzida.N.B.: Mas isso não impede que, ain-da recentemente, os nossos bombei-ros, incluindo o comandante interi-no, tenham ido para Tavira três dias.J.M.: Estivemos em Tavira com osnossos meios de 19 a 23 de Julhoonde comandei um grupo de Setú-bal. Participamos em operações em

Desde há doze anos integra os ór-gãos directivos da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Volun-tários de Alcochete e em 11 deAbril deste ano assumiu a presi-dência da Direcção. Qual a situa-ção da Associação no momentopresente?Norberto Barão (N.B.): Lutamoscom bastantes dificuldades. Os sub-sídios do Governo são reduzidos,4.150 euros mensais e já recebe-mos metade dos 35.000 eurosanuais do subsídio da Câmara Mu-nicipal.Neste momento, a Associação deve60.000 euros numa conta caucio-nada e mais cerca de 10.000 eurosde dívidas correntes. Se tivéssemosmais 5.000 euros por mês, estouconvencido de que conseguiríamosmanter o corpo de bombeiros semhaver despedimentos. Já pensámosem despedir mas temos feito sem-pre marcha atrás. Agora estamos apensar em reduzir em horas ou osalário. Estamos a fazer um estudopara ver como conseguimos manteresta casa. Vamos ver…

Qual o orçamento mensal da As-sociação?N.B.: Cerca de 20.000 euros. Te-mos 4.150 euros do Estado, da Câ-mara temos 35.000 euros a dividirpor 12 meses, o que dá 2.916 eurospor mês. O grande problema é queos preços dos serviços de saúde bai-xaram e, inclusive, o Governo colo-cou carros particulares a realizar osserviços dos bombeiros. Vamosacreditar que isto vai melhorar umbocadinho, mas tem havido um gran-de sacrifício por parte dos bombei-ros e do comandante. As pessoastêm-se dedicado às feiras de 2.ª mão,à realização de eventos para anga-riar apoios e temos mantido a casamais ou menos assim, com o mes-mo défice. José Martins (J.M.): Falta farda-mento e equipamento de protecçãoindividual porque os capacetes sãode uso comum, mas a principal fa-lha são os recursos humanos. Osjovens de Alcochete aderem poucoaos bombeiros. Tenho bombeiros aprestar serviço voluntário que sãodo concelho do Seixal, de Palmela,do Montijo e poucas pessoas do con-

O recrutamento de jovens voluntários é uma prioridade para os Bombeiros de Alcochete, uma vez que o voluntariado está na essência da actividade da Associação, assuntos abordados por Norberto Barão, actual presidente da Direcção, e por José Martins, que comanda a corporação.

SEJA SÓCIO DA ASSOCIAÇÃO DOS BOMBEIROSAumentar o número de sócios é um dos objectivos da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alcochete, uma vez que a quotização é mais uma ajuda num ano marcado pela crise económica. Por issodurante as Festas do Barrete Verde e das Salinas os bombeiros vão tentarangariar mais sócios. Entretanto, a Direcção aprovou novos valores paraas quotas dos mais de 2.000 sócios: uma quota mínima de €1,50/mêspara os sócios individuais e €5,00/mês para as empresas.

ENTREVISTA

NORBERTO BARÃO E JOSÉ MARTINS REFERIRAM AS DIFICULDADES FINANCEIRAS DOS BOMBEIROS

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Agosto 2012 | inalcochete.5Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inFOCO

Bombeiros consideram urgentea criação de um posto do INEM

qualquer sítio do País. Já estivemosno Gerês, no Algarve, em Castelo Bran-co e em Coimbra e estaremos ondeseja necessária a nossa presença, emarticulação com a Autoridade Na-cional de Protecção Civil.N.B.: É preciso ver que estes ho-mens quando andam no fogo, emperigo, ganham €1,60 por hora eque o gasóleo nos custa €1,79 porlitro e o Estado paga-nos a €0,87.Isto é grave e tem de ser denunciado.O Governo está a recuar um bocadi-nho mas vamos ver…nós andamosa apagar fogos e a pagar dinheiro.J.M.: Em termos do transporte dedoentes queria esclarecer a popula-ção porque tenho ouvido alguns co-mentários de que nós não quere-mos transportar ou que deixámos detransportar os doentes. Nós trans-portamos toda a gente, sócio ou nãosócio, desde que mostre disponibi-lidade em pagar, excepto casos hu-manitários porque a associação é decariz humanitário. N.B.: Se as pessoas tiverem dificul-dades vão à Junta de Freguesia, quea Junta atesta a sua condição e nósaceitamos isso. J.M.: O que nós não fazemos é trans-portes gratuitos para o Ministério daSaúde. Tomámos uma posição nodia 1 de Junho em que deixámos deexecutar serviços requisitados pelaARS, embora agora já os começás-semos a fazer porque foram ao en-contro das nossas posições.N.B.: E porquê? Porque transportá-vamos cinco pessoas e pagavam-nosuma pessoa a €7,50 e as outras so-mente a €1,49 cada. Temos o Mon-te Laranjo, por exemplo, que é lon-ge mas faz parte do Concelho. Che-gámos a transportar uma pessoa, afazer 40 quilómetros no total, paraganhar €1,49. Nós dissemos quenão fazíamos. Ainda quanto aos ser-viços que a Associação presta à po-pulação, temos o socorro de incêndios…J.M.: A emergência pré-hospitalar.N.B.: Inclusive prestamos ajuda naabertura de portas quando as pes-soas se esquecem das chaves e te-mos pessoas especializadas neste ser-viço.

Qual a mensagem que pretendemdirigir à população?J.M.: Apelava aos alcochetanos, aosnão alcochetanos e às pessoas quetêm o nosso número de telefone emcasa e que se lembram de nós quan-do precisam de alguma coisa, parase lembrarem que nós também pre-cisamos da ajuda delas. Faço umapelo porque preciso de comprar far-das para os bombeiros, a direcçãojá me disse que não tem dinheiro eeu preciso de 8.100 euros para com-prar fardas. Se houver algum sócioou benemérito que possa ajudar se-ria óptimo. Apelo às pessoas de Al-cochete para se envolverem na cau-sa dos bombeiros.

N.B.: Ajudem-nos a ajudar porquesó assim podemos ajudar os outros.Tornem-se sócios dos bombeiros deAlcochete, vale a pena porque estão aapoiar uma causa que os pode ajudar.

A criação de um posto de emergên-cia médica do INEM em Alcocheteé absolutamente “urgente” para apopulação de Alcochete, alerta JoséMartins, comandante da corpora-ção dos Bombeiros Voluntários deAlcochete. “Não sei se as pessoas seestão a aperceber mas as valênciasdo Hospital do Montijo são cadavez menos, prevê-se que vai fechare corre-se o risco de termos as am-bulâncias todas em serviço, não ter-mos nenhuma disponível e morreralguém”, explica. Segundo José Mar-tins, é importante alertar a popula-ção para a perda de serviços de saú-de, como a redução do horário deabertura do Centro de Saúde de Al-cochete e das valências do Hospitaldo Montijo, que obrigam o utente adeslocar-se para o Hospital do Barreiro.A Associação de Bombeiros de Al-cochete tem pessoal com formaçãoadequada para o funcionamento deum serviço profissionalizado perma-nente do INEM, mas falta-lhe umaambulância devidamente equipada,estimada em 60 mil euros, e o cor-respondente apoio financeiro paraa sua manutenção.A carência de meios operacionais étambém evidenciada pela necessi-dade imediata de uma nova ambu-lância, para além do parque de via-turas acusar o desgaste de muitos ser-viços e milhares de quilómetros. “Asquatro ambulâncias são já insuficien-tes para as necessidades e temos depensar brevemente na substituiçãode uma que já não oferece as condi-ções de segurança adequadas. De-pois, temos as viaturas de transpor-te de doentes que têm para cima de500 mil quilómetros e que já não sãonada confortáveis”, salienta o coman-dante dos bombeiros.“No combate a incêndios temos cincoviaturas e no primeiro minuto consi-

go pôr na rua duas viaturas, uma comcinco homens (ECIN–Equipa deCombate a Incêndios que tem de es-tar sempre disponível de Junho a fi-nais de Setembro, período crítico dosfogos florestais) e outra com dois ho-mens que são funcionários”, expli-ca José Martins, numa referência aprofissionais que são pagos a €1,70à hora, situação que Norberto Ba-rão considera “uma vergonha”.No momento presente, os Voluntá-rios de Alcochete têm um quadroactivo de 52 pessoas, mas somenteum número reduzido de pessoas sãoremuneradas, com dois bombeirospagos pela Câmara Municipal de Al-cochete. Entre o pessoal efectivo con-tam-se três pessoas nas duas secre-tarias, quatro operadores de comu-nicações na central, três maqueiros,três socorristas, quatro bombeiros, ochefe de serviços que também tem asfunções de comandante interino, ocomandante e um motorista, que estãode baixa, e a empregada da limpeza.O quartel dos bombeiros de Alco-chete funciona 24 horas graças aosvoluntários que asseguram o serviçodurante as noites e aos fins-de-se-mana, para além dos profissionais

que cumprem o seu horário nos diasúteis. “O dia-a-dia dos bombeiros éigual ao de uma empresa”, refere ocomandante interino. “Têm hora deentrada às 8 da manhã, verificamquais os serviços distribuídos e fa-zem-nos. Quando têm disponibili-dade também fazem formação por-que estamos sempre a actualizar-nose fazem ainda a manutenção do quar-tel. E claro, o socorro sempre que énecessário”, acrescenta.Os bombeiros de Alcochete têm for-mação e estão disponíveis para so-corro no rio a qualquer hora do dia,dispondo de uma embarcação semirígida, mas este ano a Associação nãoparticipa na vigilância da Praia dosMoinhos na época balnear. Um dos projectos da Associação quenão avança por falta de dinheiro é ocentro de treinos no combate aos in-cêndios, para o qual foi disponibili-zado um terreno pela Câmara Muni-cipal junto à antiga ETAR. Como nãotemos dinheiro, este projecto estáem banho-maria, mas faz-nos muitafalta”, lamenta José Martins.Os responsáveis pelos bombeiros des-tacam ainda que está a ser construí-da uma nova garagem no exterior do

quartel com custo zero porque têm oapoio da Transgrua, uma empresaque está instalada no concelho.Os bombeiros de Alcochete partici-pam também na elaboração dos vá-rios planos de emergência, em cola-boração com todas as entidades en-volvidas na Protecção Civil do con-celho, e têm protocolos com váriasempresas, desde a Maxam, IDD,Crown Cork and Seal e Freeport.Segundo José Martins, para se serbombeiro é preciso “ter um grandecoração e estar sempre disponívelpara ajudar os outros”. “Falo por mim,que sou bombeiro desde os 14 anosem Oleiros, Castelo Branco, de ondesou natural, até agora aos 39 anosem Alcochete. Recebo um vencimen-to por estar aqui 8 horas diáriasmas passo aqui muito mais horas.É um amor incondicional à causa,não se explica como costumo dizer,sente-se. Um bombeiro tem de estardisponível, gostar de ajudar os ou-tros e fazer formação. Um bombei-ro que não sabe não salva”, destaca.“Há uma paixão interior por isto” sa-lienta Norberto Barão, quando ques-tionado sobre o voluntariado nas as-sociações de bombeiros. “Para mim,o voluntariado é o ponto máximo,porque se não fosse o voluntariado,esta associação não existia. Não hámuito voluntariado, mas o que há va-loriza-se a 100 por cento”, salienta.Para José Martins, “o voluntariado,seja nos bombeiros, ou noutra insti-tuição, é sempre uma mais-valia, é autilização de uma mão-de-obra gra-tuita, sem custos para a instituição eas pessoas ficam satisfeitas porque gos-tam de ajudar. Nos bombeiros é umvoluntariado diferente porque não bas-ta mostrar vontade de ser voluntá-rio, temos que nos propor a forma-ção para podermos prestar serviçocomo voluntários à comunidade”.

FROTA DA COORPORAÇÃO REGISTA MILHARES DE QUILÓMETROS EM SERVIÇO

BOMBEIROS DE ALCOCHETE CONTAM COM O APOIO DE MUITOS VOLUNTÁRIOS

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in LOCAL

CRIANÇAS E JOVENS DIVERTEM-SE NAS FÉRIAS ACTIVAS DE VERÃOAs Férias Activas de Verão/ CAF, promovidas pela Câmara Municipal, e parcialmente em parceria com as Juntas de Freguesia do Concelho, envolveram, crianças e jovens do Concelho numa grande diversidade de actividades que tornaram o período de férias, de 15 de Junho a 10 de Agosto, muito divertido.Futebol, basquetebol, andebol de praia, canoagem, ténis e actividades radicais e de exploração da natureza, lançamento de papagaios de papel, visitas guiadasaos museus da Vila, artes plásticas e um piquenique no Parque de Monsantoforam algumas das iniciativas realizadas.

A Câmara Municipal de Alcochete já manifestou a sua discordân-cia quanto ao encerramento do serviço de urgências do CentroHospitalar Barreiro/ Montijo. Esta tomada de posição foi reforçadacom a aprovação unânime de uma moção sobre a reorganizaçãodos serviços de saúde, na sessão de Câmara realizada no passadodia 1 de Agosto.

6.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Autarquia está contraencerramentodas urgências no Montijo

O encerramento do serviço de urgências, actual-mente a funcionar no Hospital do Montijo, éuma das pretensões do Governo que constam norelatório da Comissão de Reavaliação da RedeNacional de Emergência e Urgência. Peranteeste facto, a Câmara Municipal aprovou umamoção, através da qual “exorta o Governo a de-volver às populações o direito constitucional-mente consagrado de bem-estar e de qualidadede vida, através do acesso a cuidados de saúdecondignos, da manutenção do Serviço de Urgên-cias vigente, promovendo inclusivamente a am-

pliação das suas valências e recursos”. Da mes-ma forma, a Autarquia reivindica que sejam am-pliados os cuidados de saúde prestados nas ex-tensões do Centro de Saúde de Alcochete “atra-vés do já reclamado aumento de médicos de famí-lia e demais técnicos de acção médica devolven-do à população o que é seu por direito: a saúde”.Durante a sessão de Câmara, o Vereador respon-sável pelo pelouro do Desenvolvimento Sociale Saúde, Paulo Alves Machado, destacou que apossibilidade de encerramento do serviço deurgências torna-se ainda mais preocupante, “se

Dirigido a jovens com mais de 12anos, a Câmara Municipal está a promover durante o mês de Agosto o primeiro curso de maneio de asininos, que tem como objectivo possibilitar um contacto directo com os animais instalados no recentemente criado CentroAsinino de Alcochete, localizado no Pinhal das Areias.Com a duração de uma semana, o curso realiza-se em dois horários,das 9h00 às 14h00 e das 16h00 às 18h30, entre os dias 20 e 24 de Agosto, e entre os dias 27 e 31de Agosto, para um número mínimo de seis participantes. O valor da inscrição pode variarentre os €12, seguro incluído, e os €20, incluindo transporte, alimentação e seguro. Este curso possibilita o conhecimento da morfologia e comportamento dos burros, participar nas tarefas diárias de alimentação dos animais, de limpeza e conservação das instalações e equipamentos,aprender as actividades de maneio e treino dos animais, sob orientação do tratador e animadores do Pólo Ambiental do Sítio das Hortas. No final do curso será atribuído um certificado de participação.

CÂMARA FOMENTACONTACTO COM “AMIGOSORELHUDOS”

A partir de Setembro, os munícipes do Conce-lho de Alcochete vão ter ao seu dispor, na Ruado Mercado em Alcochete, uma Loja Social, umespaço de cariz solidário que surge no âmbitoda Rede Social de Alcochete e de uma parceriaentre a Câmara Municipal, o Centro ComunitárioCais do Sal e o serviço local da Segurança Social. Roupa, calçado, artigos de puericultura, medi-camentos, mobiliário e pequenos electrodomés-

ticos são alguns dos artigos que vão estar à ven-da neste espaço social e que podem ser adquiri-dos pela população em geral por um preço soli-dário, sendo que os munícipes sinalizados pelosserviços de apoio social (Cais do Sal, CâmaraMunicipal ou pela equipa de RSI) vão poderadquirir de forma gratuita estes bens.A Loja Social surge como uma resposta socialsolidária, de atendimento e acompanhamento

de proximidade que visa a diminuição da exclu-são social e a melhoria da qualidade de vida,através da implementação de um sistema de re-colha, triagem e distribuição de bens. Por outro lado, este é também um projecto queresulta de uma estratégia de desenvolvimentosocial integrado que potencia o voluntariado lo-cal e incentiva a reutilização de bens e recursos,na medida em que são aceites bens que podem

ser doados quer por empresas (do Concelho ounão), quer por particulares. A funcionar na Rua do Mercado, e coordenadapelo Centro Comunitário Cais do Sal, a Loja So-cial estará em funcionamento de segunda asexta-feira, sendo que o espaço aberto ao públi-co encontra-se em funcionamento dois dias porsemana e a recepção de produtos e bens doadosserá realizada também duas vezes por semana.

Loja Social na Rua do Mercado abre em SetembroPROJECTO SOLIDÁRIO EM ALCOCHETE

GOVERNO PRETENDE FECHAR URGÊNCIAS DO HOSPITAL DO MONTIJO

acrescentarmos a redução dos horários dos Cen-tros de Saúde e dos médicos de família, assimcomo o encerramento das urgências pediátri-cas no Distrito (com excepção de Almada)”. “Éfácil concluir-se que os acessos aos serviços desaúde são verdadeiramente difíceis”, rematouPaulo Alves Machado. Recorde-se ainda que o serviço de urgência noHospital do Montijo corresponde a um serviçode primeiro nível de acolhimento de situaçõesde urgência mais simples, que não dispõem deequipas médicas como enfermeiros, técnicos dediagnóstico, terapeutas e outros profissionais,com especialização adequada a um serviço de ur-gência, uma situação que se torna mais gravo-sa uma vez que o concelho de Alcochete não dis-põe de viaturas de emergência médica do Insti-tuto Nacional de Emergência Médica (INEM).Através desta Moção, o Município de Alcoche-te repudia também a forma como os Municí-pios foram considerados neste estudo: “(…) nãoforam ouvidos os legítimos representantes lo-cais eleitos pelas populações e a divulgação dosuprarreferido estudo na comunicação social, an-teriormente à sua divulgação junto dos Muni-cípios constitui mais um acto de negligência pe-rante o Poder Local, configurando ainda umafalta protocolar e institucional grave”. Com a preocupação de garantir um melhor aces-so aos serviços de saúde, a Câmara Municipaltem realizado um conjunto de esforços e dili-gências, no sentido de dotar as três freguesiasdo Concelho de mais condições nesta área.Para além do recente investimento em Samou-co, com a construção da Extensão do Centro deSaúde, a Autarquia já disponibilizou soluçõesao Ministério da Saúde para dotar São Francis-co de instalações mais condignas para o fun-cionamento de uma extensão de Centro de Saú-de, visto esta Freguesia estar sem consultas mé-dicas há sensivelmente três anos, no entanto,não houve obtenção de nenhuma resposta porparte da Administração Central.

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inLOCALSINALIZAÇÃO HORIZONTAL REFORÇADA NO CONCELHONo âmbito da empreitada de sinalização horizontal,a Câmara Municipal já concluiu um conjunto de intervenções que vão reforçar a segurança rodoviáriano Concelho. Em São Francisco, e dada a proximidade com o Centro Escolar, foi executadana Rua do Corvo Marinho a inscrição de um STOPno pavimento da faixa de rodagem e pintadas barras de paragem.

Em Samouco, na Rua Dr. Manuel da Cruz Júnior, e em Alcochete, na Rua dos Alecrins, foram também realizados trabalhos ao nível da sinalizaçãohorizontal, com o reforço das pinturas longitudinaiscontínua e tracejada nas vias de circulação rodoviária. Ainda na vila de Samouco, mais precisamente na Rua do Norte, foram também realizados trabalhos de pintura de passadeiras para peões e barras de paragem.

Rede de Bibliotecasde Alcochete fidelizapúblicosA promoção do livro, da leitura e da escrita, a for-te adesão dos públicos, um nível de satisfaçãomuito elevado na avaliação das actividades, a di-vulgação do trabalho realizado nas bibliotecas,a utilização das bibliotecas escolares como espa-ços de aprendizagem, o contacto dos alunos comescritores, ilustradores e narradores e a participa-ção das famílias foram considerados pontos for-tes na acção da Rede de Bibliotecas de Alcoche-te, no ano lectivo de 2011/12.A diversidade das iniciativas realizadas pelas Bi-bliotecas, ao nível da tipologia, da abrangência

dos públicos e da calendarização ao longo detodo o ano, é também um aspecto essencial daactividade da RBAL em 2011/12 e que constado Relatório de Actividades da Rede, aprovadona Assembleia-Geral de Cooperantes realizadano dia 23 de Julho, em Alcochete.No ano lectivo de 2011/12, as Bibliotecas daRBAL promoveram a realização de diversas ini-ciativas que contabilizaram um elevado núme-ro de participantes, tais como o Mês Internacio-nal das Bibliotecas Escolares: Formação de Utili-zadores e Maratona da Leitura, a Semana Nacio-

nal da Cultura Científica, os projectos “Dormir+para ler melhor” e “Dormir é bom”, a Semanada Leitura, a Mostra de Clubes e Projectos, oDia do Livro e dos Direitos de Autor e 25 deAbril: Na Voz dos Jovens, o Dia Internacional daFamília e Dia do Autor Português, entre outrosprojectos.A entrega do fundo documental à EB1/JI doPassil relativa ao projecto de promoção da leitu-ra “Crianças Miúdas, Leituras Graúdas” no valorde €500 (3.ª tranche) financiado pela FundaçãoCalouste Gulbenkian, o Projecto de Literacia emRede ao nível do 4.º ano do Ensino Básico, o Pro-jecto A Ler+ – Plano de Leitura do Agrupamen-to, as sessões de “Diálogos Imaginários Manuel daFonseca e Alves Redol” e os concursos “Faça láum Poema”, “Eu Conto” e “Japão, passado e pre-sente”, que registaram vários alunos vencedo-res, são também destaques no referido período.De salientar que a Escola E.B. 2,3 El-Rei D. Ma-nuel I foi distinguida com dois prémios nacio-nais nos concursos “Diálogos Imaginários Ma-nuel da Fonseca e Alves Redol” com a alunaJoana Tatá (8.ºE) e “Japão passado e presente”com as alunas Mariana Diamantino de Oliveirae Tatiana Cristina Cabral Maduro (9.º F).De referir também a assinatura do protocolo decolaboração entre a Rede de Bibliotecas de Al-cochete e o CENFORMA – Centro de Forma-ção de Professores Montijo e Alcochete, a elabo-ração da Política de Desenvolvimento da Colec-ção ao nível da gestão documental nas bibliote-cas escolares do Agrupamento de Escolas e apermanente actualização do portal da RBAL.A RBAL é constituída pela Biblioteca de Alcoche-te, Biblioteca Escolar D. Manuel I, Biblioteca daEscola Secundária de Alcochete, Biblioteca da Jun-ta de Freguesia de Samouco e Biblioteca Escolarda Restauração.

Agosto 2012 | inalcochete.7Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Utilize os manuais escolarese “dê de volta”Reutilizar manuais escolares que já não são ne-cessários e que ainda podem ser reaproveitadospor alunos dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básicoe Secundário é o lema do “Dar de Volta”, umprojecto promovido pela Associação de Municí-pios da Região de Setúbal e que conta com aadesão do Município de Alcochete.Solidariedade e rentabilização de recursos sãoos conceitos-chave deste projecto colectivo, in-termunicipal e gratuito, que funciona nas biblio-tecas municipais numa estreita colaboração comas famílias e escolas dos respectivos Concelhosaderentes. Em Alcochete, os manuais escolares podem serdoados na Biblioteca Municipal, na Divisão deEducação, Desenvolvimento Social e Saúde(DEDSS), na Biblioteca da Junta de Freguesia doSamouco e na Junta de Freguesia de São Fran-cisco, sendo que a aceitação dos manuais é feitacom base no estado físico do livro (não são acei-tes manuais danificados) e o respectivo ano deedição, visto que serão apenas aceites manuais

adoptados nos estabelecimentos de ensino doConcelho. No final de cada ano lectivo, todos os manuaisescolares emprestados devem ser devolvidosjunto da DEDSS em bom estado de conserva-

ção, sendo que os danos detectados ou casonão se verifique a devolução de manuais esco-lares emprestados implica a penalização dorequerente através da impossibilidade de conti-nuar a beneficiar deste projecto.

COMO DAR?

A doação dos livros pode ser feita nos seguintes locais:• Biblioteca de Alcochete: 3.ª feira, das 15h00 às 21h00, e de 4.ª feira a sábado, das 10h30 às 19h00.• Divisão de Educação, DesenvolvimentoSocial e Saúde (DEDSS): de 3.ª a 6.ª feira,das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.• Biblioteca da Junta de Freguesia de Samouco: de 2.ª a 6.ª feira, das 09h00às 12h30 e das 14h00 às 17h30.• Junta de Freguesia de S. Francisco: de 2.ª a 6.ª feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

COMO RECEBER?

• O requerente tem de preencher umaficha de pedido que estará disponível nos locais mencionados.• A entrega dos manuais aos requerentesvai decorrer presencialmente, a partir do dia 1 de Setembro, na DEDSS. • Para receber manuais não existe obrigatoriedade de doar outros manuais.

PROJECTO DAR DE VOLTA

No âmbito do desenvolvimento do projecto “Igualar Alcochete”a Câmara Municipal finalizou a fasede diagnóstico e de avaliação da sua posição face a nove domínios propostos pela Comissãopara a Igualdade no Trabalho e no Emprego, concluindo que o Município promove um conjuntode boas práticas.A Câmara Municipal tem comoprincipais objectivos dotar os seusprofissionais de conhecimentos naárea da Igualdade de Género, paraque possam assumir, pelo contactoprivilegiado que possuem com a comunidade, o papel de agentesmultiplicadores de uma consciênciaglobal de mudança, inserido de igual modo esse papel, no próprio código de conduta profissional e até pessoal.Neste sentido a Câmara Municipaltem como objectivo elaborar o Plano Municipal para a Igualdade,tendo por base as Boas Práticas emvigor na Câmara Municipal, empresas,IPSS, e outras entidades, promovendoa igualdade enquanto medida geradora de competitividade.Além da implementação na CâmaraMunicipal, o Plano Municipal para a Igualdade tem subjacente a divulgação desta temática nos parceiros e na comunidade.

PROJECTO IGUALAREM ALCOCHETE:MUNICÍPIO TEMBOAS PRÁTICAS

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GRANDEPLANO

8.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

A regeneração da frente ribeirinha semprefoi uma prioridade para o Executivo Muni-cipal. Tendo em conta que as obras da 1.ª fa-se estão quase a avançar, podemos conside-rar que esta será a obra do mandato?Antes de mais, importa referir que este man-dato tem sido caracterizado por uma conjun-tura económico-financeira muito complexa,

com consequências muito sérias no quotidia-no de todos nós e muito grave do ponto de vis-ta social. No entanto, sempre mantivemosobjectivos políticos muito precisos e rigoro-sos, sendo que alguns já foram concretizados,outros serão ainda objecto de execução duran-te o presente mandato, tendo a conjunturadeterminado que outros ainda tivessem de ser

reprogramados para melhores períodos e mo-mentos mais adequados. Assim a Regeneração Urbana constitui, sem dú-vida, um dos eixos estratégicos da nossa acti-vidade, para o qual temos vindo a trabalhar,desde o início deste mandato, sendo que, senum primeiro momento a área de intervençãocorresponde ao Centro Histórico da Vila de Al-

cochete, o objectivo passa por estendê-la a ou-tros núcleos urbanos do Concelho.De facto, desde o princípio que assumimos a“Regeneração Urbana” na sua tripla dimensão:apostámos na reabilitação e requalificação doespaço público e edificado; na valorização eco-nómica dos investimentos públicos e no seuefeito multiplicador na dinamização da activi-dade económica e criação de riqueza e empre-go no Concelho; e ainda na dimensão social des-tes investimentos, a começar pelas parceriasque se estabeleceram, designadamente com ou-tras instituições públicas como a APL (Admi-nistração do Porto de Lisboa), o ICNB/RNET(Instituto da Conservação da Natureza e Bio-diversidade/Reserva Natural do Estuário doTejo), IPSS’S, como a Fundação João Gonçal-ves Júnior e a Santa Casa da Misericórdia, mas

Assumida pela Câmara Municipal como um compromisso eleitoral estratégico, a 1ª Faseda Regeneração Urbana da Frente Ribeirinha de Alcochete será uma realidade em 2013.Com o arranque das obras previsto para o início de Novembro de 2012, o Presidente da Câmara destaca que estas obras correspondem a mais uma etapa de uma estratégiaglobal que visa a criação de um espaço público de excelência junto ao rio Tejo, desde o Sítio das Hortas ao Cais Palafítico do Samouco.

SAIBA O QUE VAI MUDAR NA FRENTE RIBEIRINHA DE ALCOCHETE

AVENIDA D. MANUEL I (COMPONENTES TERRESTRE E MARÍTIMA)|›› A muralha da Avenida D. Manuel I avança 15 metros sobre o rio, proporcionando um alargamento do passeio marginal. |›› O novo muro a executar no avanço é um muro de gravidadecom estrutura em betão simples, apoiado sobre prisma de enrocamento, revestido por blocos de pedra de granito e coroamento em bloco de granito, sobre o qual apoia uma guarda igualmente em granito. Os materiais a utilizar foram escolhidos tendo em conta a exposição marítima e enquadramento paisagístico da Av. D. Manuel I. |›› O novo passeio ribeirinho será complementado com áreas ajardinadas e plantação de espécies arbóreas para ser um espaçopedonal aprazível. Será implementado nas áreas verdes um sistema de rega automatizado.|›› Reforço da capacidade de estacionamento existente no troçocompreendido entre a Rua da Quebrada e o Jardim do Rossio.

ALCOCHETETERÁ ESPAÇOPÚBLICO DE EXCELÊNCIAJUNTO AO RIO

OBRAS DE REGENERAÇÃO URBANA DA FRENTE RIBEIRINHA VÃO AVANÇAR

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO

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também com privados, como a Delegação deAlcochete e Montijo da Associação de Comér-cio e Serviços e proprietários privados de habi-tações e estabelecimentos comerciais e de res-tauração, abrangidos pelas respectivas áreas deintervenção.No entanto, a nossa acção neste mandato nãose ficou pela regeneração urbana. Relembro queo Município canalizou as suas energias paramelhor servir os seus cidadãos, concentrandoinvestimentos em áreas tão diversas como aEducação, a Saúde e Solidariedade Social, o Des-porto e a valorização do trabalho e recursos hu-manos da Autarquia. Aproveito para recordarque, no mandato em curso, foram já concreti-zadas algumas obras de grande dimensão, quesão elas próprias fundamentais para a melho-ria da qualidade de vida da nossa população egarante de um futuro desenvolvimento susten-tado do nosso Concelho. A título de exemplo,em 2010, a Câmara inaugurou e disponibilizouà sua população o Complexo Desportivo e deLazer do Valbom, em Alcochete. Em 2011, aCâmara concretizou um dos seus grandes objec-tivos na área da Saúde, com a construção einauguração do Centro de Saúde de Samouco.No início de 2012, inaugurámos o Centro Esco-lar de São Francisco, entre muitas outras inter-venções, um pouco por todo o território do Con-celho, em diferentes domínios de actividade.No entanto, reconhecemos que as obras refe-rentes à 1ª Fase da Regeneração da Frente Ri-beirinha assumem grande relevância e signifi-cado porquanto concretizam uma estratégiaque visa a dinamização económica, social e cul-tural, assim como a valorização ambiental e pai-sagística e a requalificação urbanística da fren-te ribeirinha. Relembro que começámos comum conjunto de intervenções reabilitadoras nonúcleo histórico de Alcochete (Rua do Merca-do, Rua João de Deus, Largo de S. João e LargoAntónio dos Santos Jorge), renovámos todo osistema energético e de iluminação pública donúcleo histórico e de algumas ruas adjacentese estamos a desenvolver projectos e estudos nodomínio da mobilidade sustentável, circula-ção, transportes e estacionamento. Estamos afalar de uma intervenção que, depois de con-cluída, será indubitavelmente, um motivo degrande orgulho para todos nós!

Para quando está previsto o arranque da 1.ªfase da requalificação da Frente Ribeirinha equais as transformações que vão ocorrer nosespaços públicos que vão ser alvo de inter-venção?A Câmara Municipal e o Conselho de Admi-nistração da Administração do Porto de Lis-

boa já deliberaram no sentido de ser lançadoo procedimento concursal para a realização dasobras. O procedimento encontra-se, neste mo-mento, a seguir os seus trâmites e, se tudo cor-rer normalmente, prevê-se que as obras se ini-ciem durante o mês de Novembro deste ano,sendo que terão de estar concluídas no prazode 365 dias. Portanto, se tudo correr normal-mente, as obras estarão concluídas em Novem-bro de 2013.Esta 1ª Fase da Regeneração da Frente Ribei-rinha da Vila de Alcochete abrangerá as com-ponentes marítima e terrestre da Avenida D. Ma-nuel I (concretizando-se um avanço de 15metros sobre o Rio Tejo e o seu tratamento pai-sagístico), a Ponte-Cais (com a correcção daspatologias estruturais existentes e a substitui-ção do pavimento, das balaustradas e dos can-deeiros), o Largo da Misericórdia e a Rua do Nor-te. A Câmara Municipal é responsável pela con-cretização da componente terrestre da Aveni-da D. Manuel I e pela requalificação do Largoda Misericórdia e da Rua do Norte, sendo aAdministração do Porto de Lisboa responsávelpela componente marítima da Avenida D. Ma-nuel I e pela requalificação da Ponte-Cais.Se atentarmos na natureza e na dimensão des-tas obras, fácil se mostra concluir que as mes-mas poderão provocar algumas perturbações,nomeadamente no que diz respeito ao acessoà Vila de Alcochete e à circulação rodoviária.Assim sendo, o empreiteiro que vier a concre-tizar as obras terá deveres acrescidos de mini-mização desses impactes, devendo, no desen-volvimento das mesmas, criar condições paraque, quer a circulação viária, quer o acesso pe-

donal e rodoviário a equipamentos e outras in-fraestruturas, se possam fazer em condições omais normais possíveis.

Qual o investimento da Autarquia para a con-cretização da primeira fase de requalifica-ção da frente ribeirinha?Trata-se de uma empreitada cujo valor globalascende a 1.907.926,55 euros, sendo o encar-go financeiro da Câmara Municipal correspon-dente a 1.013.117,05 euros. Importa referirque o encargo financeiro da Autarquia serácomparticipado em 80% por fundos comuni-tários. Ou seja, se inicialmente estava previstauma taxa de comparticipação de 65%, em vir-tude da renegociação das candidaturas e con-sequente redução dos valores elegíveis, foi pos-sível aumentar a taxa de comparticipação de fun-dos comunitários para 80%, no que diz res-

GRANDEPLANO

Agosto 2012 | inalcochete.9Informação da Câmara Municipal de Alcochete

|›› Os pavimentos das faixas de rodagem, grande parte dos passeios, lancis e rampas para a passagem de peões serãoconstruídos em granito de várias tonalidades (azul-cinza e amarelo) e em betão betuminoso.|›› A rede de drenagem pluvial será remodelada e redimensionada.|›› A rede de abastecimento de água será remodelada num troçoda Av. D. Manuel I.|›› Colocação de iluminação pública, mobiliário urbano e sinalética.

PONTE-CAIS|›› Reparação de deficiências estruturais|›› Substituição ou reabilitação das balaustradas com recurso a materiais adequados à exposição marítima.|›› Substituição de pavimento existente, que se encontra bastantedegradado, com colocação de novo pavimento betuminoso.|››Substituição da actual rede de iluminação pública.

LARGO DA MISERICÓRDIA E RUA DO NORTE|›› Com um perfil exíguo, a Rua do Norte tornar-se-á mais adequada à circulação pedonal, através da repavimentação e reordenamento do estacionamento, alterando-se a actual solução de lugares de estacionamento em espinha.|›› O pavimento será renovado, com diferenciação entre as vias de circulação através da implantação de guias, lancis e diferentes pavimentos, sendo predominante o granito. As zonasde passeio que envolvem a Igreja da Misericórdia e a Capela de Nossa Senhora da Vida serão construídas em lajedo de mármore,criando assim uma assimetria na composição dos Largos.|›› Trabalhos de reparação e protecção no muro existente na Ruado Norte, que apresenta uma degradação geral dos rebocos e das cantarias de capeamento e de remate lateral.|›› Não existindo qualquer sistema de drenagem pluvial na Rua do Norte, será construído um novo ramal e executado um colector doméstico.

|›› A rede de abastecimento de água será remodelada num troçoda Rua do Norte.|›› A intervenção no Largo Cova da Moura contará com a implantação no subsolo dos depósitos de resíduos sólidos urbanos (ilha ecológica), beneficiando-se assim de uma maiorárea de fruição do Largo enquanto espaço de estadia, com a repavimentação desta área, a plantação de espécies arbóreas e substituição do mobiliário urbano existente.|›› No Largo da Misericórdia serão reorganizadas as circulaçõesrodoviária e pedonal e redefinidos os lugares de estacionamento.|›› A Igreja da Misericórdia beneficiará da alteração do espaço desnivelado de acesso lateral com a construção de um muro de suporte, o que dará uma definição mais ortogonal e clássica à demarcação dos dois planos que comunicam por degraus e uma rampa.|›› Associado ao Padrão de D. Manuel I será reconstruída umarosa-dos-ventos com materiais mais nobres.

“A Regeneração Urbana de Alcochete constitui, semdúvida, um dos eixos estratégicos da nossa actividade”

“Trata-se de uma empreitadacujo valor global ascende a €1.907.926,55”

peito às intervenções que são da responsabili-dade da Câmara Municipal.Importa ainda referir que o encargo financeiroda Autarquia está suportado por um contratode mútuo celebrado com uma instituição fi-nanceira, que inclusivamente já se encontra va-lidado pelo Tribunal de Contas.

Além desta primeira fase, que vai arrancara curto prazo, a requalificação da Frente Ri-beirinha integra uma 2.ª fase… Quais as in-tervenções contempladas para esta outraetapa?As componentes mais importantes dizem res-peito à requalificação global do Jardim do Ros-sio e à requalificação do Miradouro Amália Ro-drigues. Se não tivéssemos sido confrontadoscom esta crise económica e financeira, não te-nho dúvidas de que, durante este mandato, te-ríamos sido capazes de concretizar estas outrasintervenções na Frente Ribeirinha de Alcoche-te. Assim, confrontados com este quadro eco-nómico e financeiro, tivemos de optar pelasintervenções que apresentavam maiores con-dições de ser concretizadas, mantendo-se oobjectivo político de concretizar integralmen-te a regeneração da Frente Ribeirinha da Vilade Alcochete. Aliás, o objectivo político é bemmais amplo, pois passa pela requalificação detoda a Frente Ribeirinha do Concelho de Alco-chete, desde o Sítio das Hortas ao Cais Palafí-tico do Samouco, criando-se espaços públicosde recreio e de lazer de excelência que potencia-rão quer os investimentos públicos, quer os in-vestimentos privados que já existem, ou venhama ocorrer na área de intervenção referenciada. Nesse sentido, permitimo-nos voltar a salien-tar que todo este esforço e investimento que aCâmara Municipal de Alcochete está a canali-zar na requalificação do espaço público, visa,como se disse, permitir a “regeneração urbanado núcleo histórico de Alcochete”, torná-lo maisbonito, mais ordenado, com uma imagem ur-bana mais cuidada e qualificante, capaz decumprir melhor as suas funções urbanas (ha-bitação, actividades económicas e de lazer) eatrair novos residentes. Mas para que consiga-mos esse objectivo é fundamental o empenhode todos, sem excepção, na prossecução destedesiderato. Assim, devemos aproveitar estaoportunidade para que, nas nossas vivênciasdiárias, possamos conferir um maior carinho ecuidado a esse mesmo espaço público, quedeve ser sentido como sendo nosso, parte inte-grante do nosso património colectivo e quedeve ser preservado e valorizado, para umamelhor fruição do mesmo e transmissão a ge-rações vindouras.

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10.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inVIDA

Em dois fantásticos fins-de-semana Alcochete sentiu a temperatura subir mais alguns graus devido ao “Julho + Quente”– Festival de Artes Performativas de Rua, que apresentou umaprogramação diversificada e muito festiva.

A Andante Associação Artística teve honras deabertura do Festival com uma ode poéticaacessível a todos de uma forma bastante diver-tida com “Poesia à La Carte”. A partir de umcardápio muito variado que tinha como ingre-diente principal a língua portuguesa e os seusdiferentes autores, a Chef Andantini proporcio-nou momentos únicos de poesia aos que sesentaram na sua esplanada ao ar livre.Seguiram-se actuações verdadeiramente explo-sivas e fantásticas que provocaram admiração eespanto a todos os que assistiram e participaramnas performances de teatro, dança e música.“Ponto de Fuga” juntou luz, cor, som e fogonuma dança de duas personagens que jogamnum micro mundo maquinal, automatizado efechado, a sua fuga para o universo humano,numa produção do Radar 360º.Com a “Dança no Ar” da Passos e Compassos aTorre da Igreja da Misericórdia teve outra ilumi-nação e da Ponte Cais foram muitos os que as-sistiram a esta maravilhosa dança vertical nummomento curto, mas muito intenso, dinâmicoe surpreendente.Não menos surpreendente foi o ambiente festi-vo com que “Tumbala” invadiu as ruas da Vila

numa provocação de oito músicos, armadoscom máquinas estrambólicas, que, tal qual umafanfarra ambulante, espalharam a desordem e aalegria através de uma nova abordagem damúsica latin funk.Emocionante é dizer pouco da “Passagem” queno Jardim do Coreto contou uma história deviajantes que caminham num universo de objec-tos suspensos e que encararam o público comum olhar terno e sofrido marcado pelos anos,mas cheio de vida e com vontade de sentir.Foi desta forma habilmente construída que osPIA – Projectos de Intervenção Artística, CRLapresentaram esta performance/ instalaçãorepleta de interferências poéticas que explora-ram no lugar comum o que de melhor neleexiste, numa multiplicidade de sensações.Os mais novos não foram esquecidos neste“Julho + Quente” que lhes proporcionou umaentrada no “Circo das Marionetas” onde nãofaltaram trapezistas, contorcionistas e bailari-nas num espectáculo bem animado, e os con-vidou a assistir a uma actuação repleta de hu-mor pelos “Irmãos Esferovite”, uma família depalhaços que apresentou muita música, humore números inquietantes de circo.

As artes de rua invadiramAlcochete neste “Julho + Quente”

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inVIDA

Agosto 2012 | inalcochete.11Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Festas do Barrete Verdee das Salinas enaltecemhistória e tradições locais

Estão de volta os dias e as noites de Agostomais esperados do ano. Com sabor a sal, afado e a toiros são assim estes dias de festabrava onde a espontaneidade de actos fes-tivos se encontram com momentos de en-canto e tradição.Da iniciativa de um alcochetano que muitofez pela preservação das tradições de alco-chete, José André dos Santos, as Festas doBarrete Verde e das Salinas são organizadaspelo Aposento do Barrete Verde, com o apoiologístico e financeiro da Câmara Municipal,

que este ano atribuiu um subsídio de 36 mileuros, e da Junta de Freguesia de Alcochete.Figuras basilares da Festa o Forcado, o Cam-pino e o Salineiro são homenageados após otradicional cortejo a cavalo pelas ruas daVila, que tem início na Rua José André dosSantos, junto ao Aposento do Barrete Verdee término no Largo de São João.A Noite da Sardinha Assada, que se prolon-ga quase até ser dia, em parte pela actuaçãoda Charanga, que arrasta uma multidão degente pelas ruas da Vila em grande anima-

ção, assume lugar de destaque na programa-ção, assim como a Noite de Fado, Noite An-daluza e os espectáculos musicais que, noiteapós noite, enchem o Largo de São João eoutros largos e ruas da vila e garantem ani-mação pela noite dentro, além das tradicio-nais largadas de toiros, que todos os anosrevelam um novo aficionado.A procissão por Terra e por Mar em honra deNossa Senhora da Vida é outro dos momen-tos marcantes das festividades reveladoras dasentida religiosidade e fé das gentes locais.

Estão de volta os dias e as noites de Agostomais esperados do ano. Com sabor a sal, afado e a toiros são assim estes dias de festabrava onde a espontaneidade de actos fes-tivos se encontram com momentos de en-canto e tradição.Da iniciativa de um alcochetano que muitofez pela preservação das tradições de alco-chete, José André dos Santos, as Festas doBarrete Verde e das Salinas são organizadaspelo Aposento do Barrete Verde, com o apoiologístico e financeiro da Câmara Municipal,

que este ano atribuiu um subsídio de 36 mileuros, e da Junta de Freguesia de Alcochete.Figuras basilares da Festa o Forcado, o Cam-pino e o Salineiro são homenageados após otradicional cortejo a cavalo pelas ruas daVila, que tem início na Rua José André dosSantos, junto ao Aposento do Barrete Verdee término no Largo de São João.A Noite da Sardinha Assada, que se prolon-ga quase até ser dia, em parte pela actuaçãoda Charanga, que arrasta uma multidão degente pelas ruas da Vila em grande anima-

ção, assume lugar de destaque na programa-ção, assim como a Noite de Fado, Noite An-daluza e os espectáculos musicais que, noiteapós noite, enchem o Largo de São João eoutros largos e ruas da vila e garantem ani-mação pela noite dentro, além das tradicio-nais largadas de toiros, que todos os anosrevelam um novo aficionado.A procissão por Terra e por Mar em honra deNossa Senhora da Vida é outro dos momen-tos marcantes das festividades reveladoras dasentida religiosidade e fé das gentes locais.

Chegou o segundo fim-de-semana de Agosto e chegaram também as tão esperadas Festas do Barrete Verde e das Salinas. De 10 a 16 de Agosto, Alcochete transcende os limites territoriais do Concelho e eleva-se nos corações das gentes da beira-rio, abrindo as suas portas aos milhares de visitantes que nestes dias a visitam.

FORCADO

JOÃO MANUEL VELUDONasceu a 18 de Janeiro de 1962. Não sabemuito bem qual a razão que o levou a serforcado. Mas escolheu ser forcado peloAposento do Barrete Verde em 1979, anoem que pegou em Vila Real de SantoAntónio um toiro de Norberto Pedroso.Desde aí que sempre honrou a jaquetadas ramagens frente a toiros de diferentesganadarias. Recorda com saudade os tempos de forcado e o espirito de amizade e camaradagem existente.

CAMPINO

ANTÓNIO CORDEIRO GUILHERMENasceu a 28 de Dezembro de 1950.Tradição de família, o pai e avô eram campinos, a vida não lhe apresentououtra alternativa, e aos treze anos começou a trabalhar no campo, na casaInfante da Câmara onde ficou durantetoda a sua vida. Recorda com emoção os prémios que ganhou em concursos de condução de cabrestos.

SALINEIRO

FRANCISCO JOSÉ FILIPENasceu a 21 de Maio de 1937. A escolhade vida até foi fácil… não havia mais nadaalém do trabalho nas salinas. Recorda otrabalho das marinhas que não era muitoduro, era apenas trabalho, mas o calorqueimava. Correu literalmente todas as marinhas, pois era a correr que levavaas canastras com cerca de 60 kg de salpara os môios ou para os batelões quenavegavam no Tejo.

FIGURAS HOMENAGEADAS

DE 10 A 16 AGOSTO

Festas do Barrete Verdee das Salinas enaltecemhistória e tradições locais

Festas do Barrete Verdee das Salinas enaltecemhistória e tradições locais

Sexta-feira, 10 de Agosto17h00 | Recepção aos convidados de honra na sede do Aposento do Barrete Verde18h00 | Hastear das Bandeirasna Av. D. Manuel I19h00 | 1.ª Entrada de Toirosna Vila23h30 | Concerto com ViViaNLima e convida António PintoBastos – Palco São João

Sábado, 11 de Agosto17h00 | Demonstração da Arte do Campino (Antiga Fábrica do Alumínio)00h00 | Noite da SardinhaAssada01h00 | Charanga pelas ruas da Vila04h00 | Largada de Toiros

Domingo, 12 de Agosto16h00 | Sessão Solene de Entrega de Emblemas aos Sócios com 25 e 50 anos22h00 | Procissão por Terra e por Mar em honra de NossaSenhora da Vida

Segunda-feira, 13 de AgostoDia do Alcochetano10h30 | Demonstração da Arte de Pegar ToirosGrupo de Forcados Amadoresdo Aposento do Barrete Verdede Alcochete e Grupo de Forcados Amadores de Alcochete13h00 | “Alcochete na Rua”– Almoço convívio nas ruasdas largadas17h00 | Surpresa Taurina21h30 | Cortejo a cavalo pelasruas da Vila23h00 | Homenagem ao Forcado, ao Campino e ao Salineiro – Largo de São João23h30 | Concerto pela Bandada Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 deAlcochete com a participaçãodo Grupo de SevilhanasRocieras de Alcochete

Terça-feira, 14 de Agosto22h00 | Noite Andaluza – Palco São João23h30 | Serva La Bari – Palco São João01h00 | Fados e Guitarradas – Palco Salineiro

Quarta-feira, 15 de Agosto18h00 | 3.ª Entrada de Toiros19h00 | 10.ª Largada de Toiros23h30 | Concerto com Toy – Palco São João

Quinta-feira, 16 de Agosto23h30 | Concerto com CubaCaliente – Palco São João02h00 | Arrear das Bandeirasna Av. D. Manuel I02h30 | EspectáculoPiromusical

DESTAQUES DO PROGRAMA

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inMOVIMENTO

BOMBEIROS REALIZAM QUERMESSE NO LARGO DA MISERICÓRDIAPara angariar verbas, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Alcochete vãoestar no Largo da Misericórdia em Alcochete onde vão realizar uma quermessecom venda de rifas e bar. No referido largo também vai estar um palco para a realização de espectáculos musicais, momentos em que os bombeiros vãoapelar à população para se associar e participar na quermesse.Os Bombeiros de Alcochete também contam com a colaboração dos estabelecimentos comerciais do Concelho e de particulares para angariarverbas com a exploração do parqueamento automóvel na Vila durante os diasdas Festas.

12.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Como está actualmente o grupo de teatro daGilTeatro?Está muito bem. Este ano a Associação apre-sentou duas peças de teatro integradas no pro-jecto PANOS da Culturgest, nomeadamente o“Liceu Holderlin” de Pedro Mexia, com a qualganhou uma menção honrosa, e “Os Avós” deRory Mullarkey. Há quatro anos que participa-mos no projecto PANOS – palcos novos, pala-vras novas, que alia o teatro escolar/juvenil àsnovas dramaturgias, e o ano passado a Associa-ção ganhou o primeiro prémio com a peça“Dentro de Mim Fora Daqui” de Filipe HomemFonseca, numa encenação da Tatiana Parrinhas.Tratou-se de um prémio nacional, e na primei-ra vez que a jovem encena uma peça ganhou oprimeiro lugar no projecto PANOS 2011.

A Associação dinamiza também um grupo deteatro para adultos?As pessoas desconhecem que há um Grupo deTeatro Amador aqui em Alcochete que come-çou com uma formação no âmbito do 2.º Fest.T.A. – Festival de Teatro Amador em Alcochete edesde então fizemos a “Mina”, o “Antes de Co-meçar” e participámos na peça “Sal Negro”. Actual-mente, estamos a preparar uma peça de teatrode Bertold Brecht. Estamos a estudar um pro-jecto com a Escola Comunitária que pode serinteressante relacionado com a formação de umgrupo de teatro sénior, de forma a envolver maispessoas e em princípio irá avançar já este ano.

A GilTeatro desenvolve outras actividadesalém do Teatro. Quais?

Nós temos formação de arte circense, temos asbolas, as massas, as facas, as andas, os monoci-clos, os cuspidores de fogo, o trabalho de palha-ço, fazemos também pinturas faciais e balonis-mo. Nós abrangemos todas as técnicas de artecircense com excepção da acrobacia. No âmbi-to da arte circense os jovens utilizam o nossoequipamento, gratuitamente, só têm de ser só-cios da Associação por apenas 9 euros por ano.Os elementos da Associação são muito poliva-lentes, todos os que estão nas artes circenses,estão no grupo de teatro e participam tambémnas danças medievais. Essa é também a granderiqueza da nossa Associação porque todos pas-sam por todas as actividades.

Quantos elementos tem actualmente a As-sociação Gil Teatro?

A Associação tem um núcleo forte constituídopor 25 elementos, que trabalham e dinamizammuitas actividades, sabem fazer tudo, sabemdanças, artes circenses, participam nas activi-dades de teatro, participam também nos papa-gaios, ou seja, é o grupo forte, é o pilar da Asso-ciação. São estes jovens que estão mais ou me-nos assíduos na Associação e que têm entre 13e 19 anos, embora tenhamos elementos com 23e 24 anos, que estão na GilTeatro desde o início.

Qual a actuação mais recente?Foi na Feira Medieval de Caminha onde alémda animação com os malabaristas e com os gai-teiros apresentámos peças de teatro, o Auto daÍndia, o Julgamento da Bruxa, e as danças me-dievais. Apresentámos também um espectáculocriado pelo Tiago Santos que foi o Faquir e du-

rante a noite apresentámos um trabalho comcuspidores de fogo, com espadas de fogo e comdiablo de fogo, e uma luta entre o bem e o malcom diabos vicentinos e anjos vicentinos. A par-ticipação da GilTeatro nas Feiras Medievais acar-reta uma grande complexidade logística prin-cipalmente de organização, porque por exem-plo este ano fomos a Caminha com 30 elemen-tos, e tudo isto envolve um dia inteiro de anima-ção, enquanto uns estão a dançar, outros estãoa fazer malabares, e os gaiteiros estão a tocar. Eé esta a nossa animação na feira que vai seguirpara Castro Marim. Aliás, há 10 anos consecu-tivos que nós participamos na feira medieval deCastro Marim, há 4 anos consecutivos que va-mos a Caminha, já participámos na Feira Me-dieval em Santa Maria da Feira e na de Óbidos.

Quantos jovens já passaram pela Associação?Mais de 200 jovens já passaram pela Associa-ção desde a sua formação. Eles vão e vêm. Háuns que vão embora e depois voltam. É esta di-nâmica que caracteriza a Associação. Na GilTea-tro temos estado a trabalhar em contínuo, nósfazemos peças de teatro e participamos em fei-ras medievais todos os anos, e isto acontece há15 anos consecutivamente. Tentamos que to-dos os jovens integrem pelo menos uma vez asdeslocações a outros pontos do país e tambémao estrangeiro, neste caso com a GilPapagaios.

A Escola de Gaiteiros é outra das aposta daAssociação?A escola de gaita de foles de Alcochete nasceuem 2002 pela vontade da Associação em pre-servar na Região uma tradição secular, associa-da a festividades religiosas como é a Festa dosCírios. Neste momento temos 6 alunos e a for-mação é dada pelo Gonçalo do Carmo, umexcelente professor de gaita de foles que per-tence aos “Strella do Dia”. Este tem sido umgrande investimento da Associação pois dispo-nibilizamos aos nossos alunos oito gaitas defoles para aprendizagem. Em 2006 surgiram osGaiteiros de Alcochete actualmente com noveelementos e que têm protagonizado actuaçõesno Concelho e nas Feiras Medievais onde va-mos.

Através da GilPapagaios a Associação pro-move o FIPA. O Festival é actualmente o úni-co de cariz internacional a realizar-se emPortugal?Neste momento é. Desde que apresentámos oprojecto à Câmara Municipal, ainda de âmbitonacional, que contamos com o apoio da Autar-quia que ainda se mantém, assumindo actual-mente a co-organização do Festival Internacio-nal de Papagaios de Alcochete. Nós temos umascondições fantásticas para fazer o Festival, queestão principalmente relacionadas com o ventoe com o facto de nós podermos reservar umaparte da praia, em pleno Verão, e isso não épossível noutra praia do País, durante a épocabalnear. Em 10 anos de Festival faço um balanço clara-mente positivo, porque conseguimos ao longodos anos que as pessoas se habituassem a mar-car no calendário este Festival.

JOVENS IMPULSIONAM ARTES TEATRAIS NO CONCELHO

ENTREVISTA A CARLOS SOARES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO GILTEATRO

Ao fim de 15 anos a promover teatro e animações de rua, a Associação GilTeatro mantém um dinamismo constante garantido por jovens que encontram nesta Associação as bases para umprimeiro contacto com as artes performativas. Carlos Soares dirige a Associação desde a sua fundaçãoe fala-nos do grupo de teatro, das representações medievais, e do Festival Internacional de Papagaios.

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BARRETE VERDE E AFCA DINAMIZAM CONCURSO DE FOTOGRAFIAA Associação do Barrete Verde em parceria com a AFCA – Associação de Fotografia e Cultura de Alcochete está a promoverum concurso de fotografia subordinado à temática “Festas do Barrete Verde e das Salinas 2012”e aberto à participação de todos os fotógrafos profissionais e amadores.Os participantes podem apresentar a concurso até três trabalhos, a cores ou a preto e branco, que devem ser entregues até 9 de Setembro, em mão ou por correio em carta registada para o Aposento do Barrete Verde. Os trabalhos que estiveram em concurso serão expostos numa exposição que decorrerá de 17 de Setembro a 7 de Outubro no Museu do Aposento do Barrete Verde.

inMOVIMENTO

Agosto 2012 | inalcochete.13Informação da Câmara Municipal de Alcochete

A ADS tem na sua génese a vertente despor-tiva mas também cultural. Quais as modalida-des que se podem praticar na colectividade?Aquando da fundação, a ADS foi criada com oobjectivo de proporcionar na comunidade locala prática desportiva e cultural. É esse o espiritode formação da ADS cujo nome é AssociaçãoDesportiva Samouquense – Cultura e Desporto.Actualmente, temos 25 atletas inscritos no atle-tismo, cerca de 50 atletas inscritos no futebol,escalões de formação, temos também o rugby,com cerca de 80 atletas inscritos. E promovemostambém a prática do taekwondo com mais de 20praticantes, a defesa pessoal que iniciou este ano etem cerca de 7 elementos, o grupo de dançassevilhanas que integra 20 elementos e ainda asaulas de guitarra, com uma turma de 7 elemen-tos. E temos também “Os Aguarela”, grupo demúsica que utiliza as nossas instalações paraensaiar e preparar espectáculos.

No que respeita a resultados desportivos quebalanço faz?O atletismo foi provavelmente a modalidade ondea ADS se destacou mais este ano porque a equi-pa feminina foi campeã regional de marcha atlé-tica e participámos no campeonato nacional depista coberta em marcha onde a atleta sénior SofiaAvoila conseguiu o terceiro lugar. Este ano conse-guimos organizar um grande prémio de atletis-mo, a 1 de Maio que teve cerca de 140 atletasinscritos, e que julgamos ser o primeiro de mui-tos, e a base para organizar um grande eventodesta modalidade. Gostaríamos que daqui a umano ou dois tivéssemos uma prova do campeo-

nato nacional de marcha a ser realizada aqui noSamouco. No futebol, as formações dos petizese traquinas e a equipa de juvenis competiram noâmbito dos campeonatos da Associação de Fute-bol de Setúbal, no râguebi tivemos uma equipa deseniores que competiram no campeonato nacio-nal da 2.ª divisão e participou na Taça de Portugal.

A ADS passou por um período menos bom.A que se ficou a dever?As colectividades têm ciclos mais positivos e ou-tros menos positivos. A ADS desde a sua funda-ção até meados da década de 80 esteve semprenum ciclo positivo, foi muito eclética, e pos-sibilitou a prática de desporto e de muitas acti-vidades culturais. Depois entrou num períodode alguma estagnação, marcado também pelaconstrução desta sede. Após a inauguração dasede, no início dos anos 90, a colectividade vol-tou a ter alguma dinâmica, mas depois durante

um período de 14 anos, as sucessivas direcçõessó apostaram no futebol. E isso afastou a colec-tividade das outras modalidades. Posterior-mente, e antes de nós assumirmos a direcção, aADS esteve cerca de 3 meses sem direcção.

Desde quando é que está na direcção da ADS?Nós entrámos enquanto comissão administra-tiva em finais de Setembro de 2007. Não haviapossibilidade de fazer inscrições de atletas emqualquer modalidade, e o ano de 2008 foi umano de gestão, em que tivemos de avaliar asituação da colectividade e definir o que que-ríamos fazer, tínhamos também um problemacom a quotização. Foram aparecendo propos-tas para se formarem secções, para se criar acti-vidades e praticar modalidades, e nós demos se-guimento a essas acções e hoje estamos comesta actividade que eu considero que já é bastan-te boa.

O ano de 2008 marca o arranque de uma no-va fase da ADS?2008 marca o início de um novo ciclo na ADS.As pessoas não têm noção do esforço que nós fi-zemos para regularizar as contas da Associação.Durante todo o ano de 2008, e um pouco de 2009,encetámos um processo de regularização de mui-tas situações, pagamento de dívidas a fornecedo-res, a operadores de telecomunicações, a um trei-nador, regularização da situação do bar, e outrassituações que tinham implicações no funciona-mento da sede. Tivemos de renegociar muitas si-tuações e modos de pagamento para assegurar aregularização das contas. Ao impormos a nós pró-prios que queríamos funcionar respeitando a lei,tivemos de implementar uma contabilidade or-ganizada, fazer um grande esforço para pagar oIVA e o IRC, fazer um contrato registado de ex-ploração do bar, para que no futuro seja sempreassim, de forma limpa.

Quais as fontes de financiamento da ADS?As fontes de financiamento da ADS são a cedên-cia de espaços, através do arrendamento de salaspara actividades de enriquecimento curricular, ocontrato de exploração do bar, a quotização e oapoio das Autarquias, Junta de Freguesia de Sa-mouco e Câmara Municipal de Alcochete.

Qual o próximo passo para a normalização dasituação da colectividade?Já lemos os nossos estatutos e sabemos o que éque tem de ser alterado, na medida em que épreciso adaptá-los à realidade actual da ADS. Énecessário actualizar os valores das quotas, o ti-po de quotas, há certas situações que têm de serclarificadas, mas acredito que falta muito poucopara equilibrar a situação da colectividade. Poruma questão de princípio e por termos encontra-do situações que comprometeram a ADS, enquan-to direcção temos de defender esta colectividade.Porque por exemplo a ADS deu oportunidade amuitos treinadores e a muitos jovens que esta-vam a estudar desporto e que passaram por aqui,que foram exercendo a função de treinador eque hoje são profissionais na área. O MovimentoAssociativo continua a ser importante porque ga-rante o acesso à criação e ao usufruto da culturae à prática do desporto, que são direitos conquis-tados e que eu acho que neste momento o Esta-do não tem condições de os assegurar. Se os jovenshoje têm oportunidade de aprender música ou pra-ticar desporto sem custos, ou com custos muitoreduzidos, deve-se ao movimento associativo.

É objectivo desta direcção continuar à frentedos destinos da ADS?Eu penso que sim. O objectivo desta direcção eracumprir os 10 objectivos estratégicos que nósdefinimos e que continuam válidos, por exem-plo diversificar as fontes de receita, termos a sedeocupada, apostar na formação desportiva, recu-perar e requalificar o edifício da ADS, clarificar eregularizar por objectivos acções de gestão admi-nistrativa da ADS, dignificar o nome da ADS e re-cuperar os seus princípios desportivos, culturaise tradições. Alguns destes objectivos já foram atin-gidos e em relação a outros vamos seguindo nobom caminho em direcção à sua concretização.

ESTABILIZAR AS CONTAS DA ASSOCIAÇÃOÉ PRIORIDADE DA DIRECÇÃO

ENTREVISTA A ANTÓNIO JOSÉ PINTO, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA SAMOUQUENSE

Com sete modalidades desportivas e actividades culturais a funcionar em pleno, a AssociaçãoDesportiva Samouquense mantém o ecletismo que esteve na origem da sua fundação a 15 de Agosto de 1965. O presidente da direcção, António José Pinto destaca o esforço que a direcçãofaz para dignificar e honrar a Associação.

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14.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inPLURAL

urante o período dedicado aos Assuntos Relevantespara o Município, o Presidente da Assembleia Munici-pal, Miguel Boieiro, informou que no Jornal “Alcaxete”,na edição datada de 14 de Junho, o artigo intitulado“Vamos Usar o que Já Está Feito!” da autoria de LuizBatista apresenta um conjunto de incorrecções. O Pre-

sidente da Assembleia Municipal reforçou que é um texto que in-corre em situação de ilegalidade e trata-se de uma usurpação no querespeita à representatividade da própria Assembleia Municipal.Desta forma, Miguel Boieiro esclareceu que a Assembleia Municipalé representada pelo seu presidente ou, na sua ausência, pelo primei-ro ou segundo secretário. O texto publicado está incorrecto, vistoque a Assembleia Municipal não manifestou o seu apoio à propos-ta apresentada pela Bancada do PSD. Pelo contrário, a proposta foirejeitada com argumentos e declarações de votos, uma vez que nãoexistiam os elementos necessários que levassem a Assembleia Muni-cipal a manifestar o seu apoio.Depois da intervenção do deputado municipal do PSD, o Presiden-te da Junta de Freguesia de Alcochete, Estêvão Boieiro, abordoutambém este assunto. Sobre os assuntos que constam na Ordem do Dia, e na eleição doPresidente da Junta de Freguesia para representar o Concelho de Al-cochete no Congresso da Associação Nacional de Municípios Por-tugueses, a Bancada da CDU apresentou como proposta o Presidenteda Junta de Freguesia de Samouco, António Almeirim, que por es-crutínio secreto, foi eleito com 12 votos, tendo ainda sido apurados8 votos no Presidente da Junta de São Francisco e um voto em branco.As propostas “Declaração da Tauromaquia como Património Cultu-ral Imaterial de Interesse Municipal” e “Regulamento do Centro Mu-nicipal de Recolha de Canídeos” foram aprovadas por unanimidade. “Repartição do Fundo de Equilíbrio Financeiro” foi uma propostaaprovada por maioria, com 13 votos a favor pelas Bancadas da CDUe PSD e 8 abstenções pela Bancada do PS. Quanto à proposta “Reorganização da Rede Escolar – Agregação doAgrupamento de Escolas El-Rei D. Manuel I e Escola Secundária deAlcochete”, a deputada municipal Olívia da Silva fez referência aonúmero de docentes que constituíam as Direcções das Escolas El-Rei D. Manuel I e da Secundária de Alcochete prevendo-se actual-mente que o Agrupamento de Escolas (que tem um total de 3100alunos) seja gerido apenas por 3 pessoas. Para além deste factor, a deputada da Bancada da CDU frisou quenão houve nenhuma auscultação e que os Conselhos Gerais foramconvocados depois das decisões sobre esta matéria já estarem toma-das. Olívia da Silva destacou ainda como uma preocupação, o factoda Escola El-Rei D. Manuel I ter um coordenador que apenas terá8 horas de redução na sua componente lectiva. Ou seja, o professorterá 16 horas para trabalhar com turmas e 8 horas para coordenaruma escola com 1000 alunos. Sobre os rankings das escolas, Olívia de Silva classificou como preo-cupante o facto das escolas terem créditos de horas para desenvol-ver actividades extra com os alunos, os quais serão calculados deacordo com o resultado da avaliação interna de cada escola. Comoresultado desta medida, as escolas que apresentarem uma avaliaçãonão tão positiva são as que terão menos tempo para desenvolveractividades com os seus alunos, o que, para a deputada municipalnada contribui para a integração social. Esta proposta foi aprovadapor maioria com 20 votos a favor pelas Bancadas CDU e PS e 1 votocontra pela Bancada do PSD. Já a proposta “Alteração ao Mapa de Pessoal” foi aprovada, com os20 votos favoráveis das Bancadas CDU e PS e 1 voto contra pelaBancada do PSD. Por último, a proposta “Autorização para Recru-tamento Excepcional” foi aprovada por maioria com 20 votos afavor pelas Bancadas da CDU e PS e 1 abstenção do PSD. No período antes de encerrar a sessão, e depois da intervenção daBancada do PSD, o deputado municipal Fernando Leiria tambémusou da palavra e não poupou críticas às medidas implementadaspelo Governo.

Do âmbito dos Assuntos Relevantes para o Município, odeputado municipal José Luís Catalão informou a As-sembleia Municipal da realização da sessão ordináriada Assembleia Metropolitana de Lisboa, no dia 29 deJunho, e das respectivas matérias que estiveram emapreciação e votação.

Sobre a publicação do artigo “Vamos Usar o que Já Está Feito!”, assi-nado por Luiz Batista e publicado no Jornal Alcaxete, o deputadomunicipal Fernando Pinto frisou que a Bancada do PS reconhece aimportância de uma estrutura como o novo aeroporto no Concelho,no entanto, lamentou o facto de que, quer a Câmara Municipal, quera Junta de Freguesia de Samouco, desconhecerem esta intenção.Fernando Pinto acrescentou que foi precisamente por esta razão,que a Bancada do PS votou contra esta proposta de apoio e que, noartigo publicado, deveriam ter sido explicadas as razões pelas quaiso documento foi rejeitado.Durante o período para apresentação de propostas de Moção e Sau-dação, e durante a apreciação do Voto de Pesar apresentado pelaBancada do PSD, o deputado municipal José Luís Catalão sugeriu avotação por escrutínio secreto. Das matérias que constam na Ordem do Dia, e para a eleição doPresidente de Junta de Freguesia a representar o Município no pró-ximo Congresso da ANMP, que se realizará em Setembro, a Bancadado PS apresentou como proposta o Presidente da Junta de Freguesiade São Francisco, António Soares. Na apreciação à proposta “Reorganização da Rede Escolar: Agrega-ção do Agrupamento de Escolas El-Rei D. Manuel I com a EscolaSecundária de Alcochete, e depois do deputado municipal da Ban-cada do PSD, Luiz Batista, ter afirmado que o PSD é favorável à agre-gação de escolas, o deputado municipal do PS José Luís Catalão fri-sou que essa posição não é unânime no PSD e, como exemplo, refe-riu o documento sobre o reordenamento escolar que foi aprovadopelo grupo de Vereadores da Área Metropolitana de Lisboa. O depu-tado municipal do PS José Luís Catalão concluiu ainda que estareorganização escolar traduz-se numa falta de respeito pela demo-cracia e pelos professores.No período antes de encerrar a sessão, deputado municipal José LuísCatalão propôs, por uma questão de democracia, que fosse estabe-lecido um limite de tempo para intervenção das diferentes forçaspolíticas representadas neste órgão deliberativo.Na sequência de intervenções já realizadas, a deputada municipalJoana Lino teceu críticas às políticas que têm vindo a ser implemen-tadas pelo Governo e que têm prejudicado fortemente as AutarquiasLocais.

Bancadado PartidoSocialista

N o período antes da Ordem do Dia, dedicado à coloca-ção de perguntas à Câmara Municipal, o deputado mu-nicipal Luiz Batista referiu que o equipamento existen-te no Parque de Merendas de Samouco está semi-des-truído e sendo esta uma área muito frequentada pormunícipes e visitantes, deveria proceder-se à sua repa-

ração a curto prazo. Neste período, Luiz Batista referiu novamente a urbanização de SãoFrancisco, cuja obra está parada devido a insolvência do empreitei-ro e, por isso, o deputado municipal considera que a iluminação pú-blica neste local também não deveria estar acesa, por uma questãode poupança de energia. Ainda relativamente a assuntos abordadosna última sessão da Assembleia Municipal, Luiz Batista frisou nova-mente a questão dos maus odores na área envolvente à Praia dosMoinhos e congratulou o Executivo Municipal pela reparação dopiso da estrada que estabelece a ligação entre Alcochete e Samouco.O Executivo Municipal respondeu às questões solicitadas.Durante o período dedicado aos Assuntos Relevantes para o Muni-cípio, a Bancada do PSD informou a Assembleia Municipal sobre aseleições que decorreram no PSD a nível local e da eleição de umanova comissão política. Na sequência da intervenção do Presidente da Assembleia Munici-pal, a propósito da publicação do artigo intitulado “Vamos Usar oQue Já Está Feito!”, publicado no jornal local Alcaxete datado de 14de Junho, o deputado municipal Luiz Batista referiu que foi envia-do um e-mail para o referido Jornal, no qual foi mencionado que aAssembleia Municipal tinha rejeitado esta proposta de apoio, embo-ra essa referência não tenha sido explanada no texto publicado. LuizBatista frisou que, após a publicação do artigo, também o PSD jáenviou um pedido de rectificação, no qual solicita que seja mencio-nada a apreciação e votação da Assembleia Municipal sobre estamatéria. Antes da Ordem do Dia, e durante a apresentação de propostas deMoção/ Saudação, a Bancada do PSD apresentou um voto de pesarpelo falecimento de Francisco Elmano Alves. A proposta de voto depesar foi rejeitada por maioria, por voto secreto, com 16 votos con-tra, 3 votos em branco e 3 votos a favor. Sobre os assuntos que constam na Ordem do Dia, e durante a apre-ciação da proposta “Regulamento do Centro Municipal de Recolhade Canídeos”, Luiz Batista considerou positivo a elaboração deste re-gulamento, visto que a sua aplicação prática só terá vantagens paraos munícipes e espaços públicos. O deputado municipal do PSDalertou ainda para o facto dos munícipes alimentarem cães aban-donados e da existência de dejectos caninos nos espaços públicos. Quanto à proposta “Reorganização da Rede Escolar – Agregação doAgrupamento de Escolas El-Rei D. Manuel I”, o deputado munici-pal Luiz Batista reforçou que o PSD é favorável à agregação de esco-las, pois considera que as políticas de agregação não colocam em cau-sa a democraticidade do ensino. Pelo contrário, a Bancada do PSDconsidera que o agrupamento de escolas trata-se de um projecto pe-dagógico, transversal, que será vantajoso para a comunidade escolar.Após votação desta proposta, a Bancada do PSD apresentou uma de-claração de voto com um conjunto de pressupostos que defendemo novo modelo de reorganização escolar apresentado pelo Governo. Durante a discussão da proposta “Alteração ao Mapa de Pessoal” eno que respeita aos recursos humanos, o deputado municipal LuizBatista salientou que a Câmara Municipal apresenta uma estruturade pirâmide invertida, onde predomina um quadro jovem de técni-cos superiores, ao contrário do que se verifica ao nível dos serviçosoperacionais. Depois desta análise, Luiz Batista referiu que a Autar-quia deveria inverter esta tendência, para que não haja despropor-cionalidade. Relativamente à proposta “Resolução do Conselho Geral daANMP”, e já no período antes de encerrar a sessão, o deputado mu-nicipal da Bancada do PSD, Luiz Batista, mencionou que a ANMPjá assinou um memorando de entendimento com o Governo.

Bancada do Partido SocialDemocrata

N

As Moções ou Declarações de Voto apresentadas pelos deputados municipais durante a sessão da Assembleia Municipal estão disponíveis em www.cm-alcochete.pt

Reunida a 29 de Junho, nos Paços do Concelho, a Assembleia Municipal deliberou, entre outras matérias, sobre a Declaração da Tauromaquia como PatrimónioCultural Imaterial de Interesse Municipal, a Reorganização da Rede Escolar - Agregação do Agrupamento de Escolas El-Rei D. Manuel I com a EscolaSecundária de Alcochete e a Alteração ao Mapa de Pessoal.

Bancadada ColigaçãoDemocráticaUnitária

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Agosto 2012 | inalcochete.15Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inEMPRESARIAL

A Quinta da Praia das Fontes foi desde sem-pre habitada. Qual a história desta casa e dasua transformação numa unidade de turis-mo de habitação?A casa é do século XVI e foi mandada construirpela família dos Pattos, que eram fidalgos da Ca-sa Real. Mais tarde, por se situar em Alcochete,foi um destino turístico da fidalguia e da famíliareal porque era normal haver passeios de barcoaté Alhandra, Vila Franca e Alcochete. Está pro-vado que aqui, na quinta de Alcochete, esteve ofamoso rei D. João V. Outros reis passaram poraqui. É uma casa que mais tarde veio para à fa-mília dos marqueses de Soydos e foi vendida noinício do século XX ao nosso bisavô, que passoua ser proprietário da quinta a partir desta data.Chamava-se João Gonçalves, da Fundação JoãoGonçalves. Depois foi o José Gomes que a man-teve e a deixou ao meu pai e às minhas tias. Maistarde, a quinta ficou para o meu pai, José Gonçal-ves Gomes. Depois constituiu-se uma sociedadefamiliar, em que a família é accionista, para de-senvolver a actividade de turismo de habitaçãocom o objectivo de manter a casa e o património.

Como é constituída a casa?É um antigo solar português. No pátio havia umasérie de casas dos trabalhadores, que foram trans-formadas em quartos e apartamentos e temosainda uma sala de jogos para bilhar, snooker eténis de mesa. Na casa principal existe uma sa-la/adega que também está vocacionada para oturismo de habitação. Quem vem para cá tem de ter a perspectiva deque não vem para um hotel, vem para um turis-mo de habitação. Tem a vantagem de ter à suadisposição bicicletas, um campo de ténis e umapiscina. Em tempos tivemos cavalos e estamosa estudar como retomar esta actividade, umavez que há aqui um picadeiro com boxes paraquatro cavalos e um pavilhão anexo.As pessoas estão autorizadas, dentro de um cer-to limite, a trazer os seus animais de estimaçãoe têm uma vivência mais de quinta, o que é com-pletamente diferente de ficar num hotel.

Qual a origem dos turistas hospedados naQuinta da Praia das Fontes? Houve algumaevolução em termos do país de origem?Não, temos mantido sempre os turistas. Envia-mos regularmente e-mails para a mailing list doturismo e temos três tipos de hóspedes: os es-trangeiros, uns provenientes do Freeport, outrosdas fábricas, ou seja, engenheiros e técnicos quevêm dar assistência às indústrias e às fábricas eque preferem ficar aqui porque se sentem maisconfortáveis. Temos principalmente ingleses eespanhóis. Depois há uma série de pessoas, eestou a lembrar-me de uns clientes sul-africanosque vêm para aqui todos os anos e gostam de fi-car uma temporada e emigrantes que têm famí-lia na Região. No Inverno também temos por-tugueses, casais que querem passar o fim-de-se-mana e que vêm para cá descansar.

A Quipraia-Empreendimentos Imobiliáriosé proprietária da Quinta da Praia das Fontes.Qual o objecto social da empresa?Basicamente criámos uma empresa para preser-var o património através do turismo de habita-ção. Por exemplo, tínhamos aqui um moinho devento que é um ex-libris da Região e que esta-va a cair. Ou fazíamos uma intervenção ou não.Ponderámos vender o moinho para o ferro-ve-lho mas era uma pena. A intervenção significoupôr andaimes, pintar tudo, pôr ferros novos, umacoisa caríssima. Lá consegui convencer a famí-lia a fazer a obra, que foi muito dispendiosa.Outro exemplo, gastámos mais de 100 mil eu-ros nas obras de recuperação do telhado da casaque, ao fim de trinta, quarenta anos estava acair e a meter água. Pedimos à Câmara para criar um estacionamen-to para o turismo de habitação porque normal-mente as pessoas chegam à sexta-feira e o espa-ço defronte da casa está todo atulhado de carrose as pessoas não conseguem estacionar para des-carregar a sua bagagem. Antigamente, esse ter-reno fazia parte da quinta. Nas escrituras antigase em aguarelas vê-se que a casa da quinta confina-va com a praia, daí o nome de “Quinta da Praia”.

E porquê “das fontes”?Porque havia uma série de fontes que já nãoexistem, aliás havia uma fonte aqui junto às pal-meiras. Inclusive, esta casa tem passagens sub-terrâneas que estão obstruídas hoje, mas quan-do era miúdo andámos a explorar um alçapão,que vai da casa até ao rio.

Quais os custos associados à manutenção daQuinta?Os custos de manutenção são uma coisa brutal.Aliás, isto foi uma decisão entre três irmãos, nóssomos seis. Houve três que decidiram manter aquinta e outros três que na altura pensavam queera conveniente outras soluções e que não quise-ram manter a quinta. Portanto, não só nos pri-vámos de uma fatia interessante de receita e delucro que seria a urbanização da quinta, comotambém temos tido gosto em manter as coisas.Gostávamos de sensibilizar a Autarquia da im-portância que é manter esta quinta, que é umex-libris também do Concelho. Aliás, na Presi-dência Aberta, o Dr. Mário Soares esteve cá, a In-fanta Pilar de Espanha também esteve cá quan-do houve uma homenagem. Tentamos, sempreque possível, manter as coisas.

A Quinta da Praia das Fontes tem uma loca-lização privilegiada na zona ribeirinha deAlcochete. Em que medida esta característi-ca é uma mais-valia?A vantagem de quem vem para aqui é que podeir a pé aos restaurantes, sair, passear, a poucosquilómetros tem o barco para Lisboa e, sem es-tar na cidade, está num centro urbano, numa Vi-la com características especiais, com toda a be-leza natural que Alcochete tem na parte antiga,a Igreja Matriz, que é monumento nacional etudo mais. A Vila tem características que fazemcom que as pessoas se sintam bem.

Na qualidade de investidor na área do turis-mo, qual a perspectiva sobre este sector?Acho que Alcochete pode ser cada vez mais a Cas-cais da zona sul. Tem que tentar não estragar assuas características e a beleza natural. Estou comgrandes expectativas em relação à requalifica-ção que vão fazer na zona ribeirinha. O ideal se-ria vedar ao trânsito. Acho errado que uma casadestas e o centro histórico estejam atulhados decarros ao fim-de-semana. Isto devia ser uma zo-na para andar a pé porque atravessar a Vila a pédemora 15 minutos.Alcochete devia ser um destino mais turísticodo que é hoje. As touradas e o fado são caracte-rísticos da Vila, deviam ser institucionalizados.Acho que o rio devia ser aproveitado. Era fun-damental que o barco da Câmara ou de uma em-presa qualquer fizesse duas coisas: pesca por-que hoje em dia há bastante peixe no rio, paraque o visitante possa alugar um barquinho jácom cana de pesca e com o pescador a explicaras coisas e passeios, para levar o visitante a veros flamingos ou o Rio das Enguias até à Barroca,que é um passeio tão bonito.A zona das Hortas devia ter um barzinho ouum restaurante para as pessoas irem até lá, comum ancoradouro. Era importantíssimo conse-guir que o Porto de Lisboa remarcasse a cala dorio e era interessante manter a cala navegávelporque se poderia criar uma plataforma para osbarcos de quem nos visitasse ao fim-de-semana.Para concluir, Alcochete como destino turísticodeve ser implementado e melhorado. Quanto àQuinta da Praia sentimo-nos muito contentesse a Autarquia nos ajudar, sempre que possível,a manter e fazer as coisas.

Quinta da Praia das Fontes:um convite para estar junto ao rio

ENTREVISTA AO DR.º JOÃO PEDRO GOMES, PRESIDENTE DA QUIPRAIA-EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Os quartos são muito maiores do que num ho-tel de três ou quatro estrelas. Temos quatro apar-tamentos e quatro quartos na área do pátio eum quarto no edifício principal para o turismo.

Qual a dimensão da Quinta?Cerca de dois hectares e meio, mas antigamen-te era muito maior. A quinta foi um travão aocimento que despoletou em toda esta área. E éum pequeno “pulmão” verde no centro históri-co da Vila que nós tentamos preservar, com des-vantagem económica e financeira, porque na al-tura em que o cimento valia o que valia havia mui-tos interessados em que a quinta fosse urbaniza-da. Nós obstámos a que isso acontecesse. Achoque foi uma decisão tomada em família mas emproveito da Autarquia e de Alcochete como umtodo.Passando o portão do jardim não temos a sen-sação de estar no meio da Vila, estamos numazona ajardinada com piscina, campo de ténis epicadeiro, um espaço para usufruir e descansar.

No que respeita à animação turística, de queé que os turistas podem desfrutar?Alcochete tem muita oferta, desde os museus aosvários restaurantes, ao Freeport aqui ao lado, aoFórum Montijo e há muitas pessoas que vêmpara aqui, ficam na tranquilidade desta quinta edepois querem visitar Lisboa, portanto, apa-nham o barco do Montijo ou alugam um carro,passam o dia em Lisboa e voltam aqui ao final datarde. Conseguem uma solução mais simpáticae mais barata do que estar em Lisboa.

A promoção turística é primordial na área doturismo. Qual é a estratégia e mercados-alvo?Basicamente temos apostado na Internet. Temosum site (www.quintapraiafontes.com), estamosreferenciados no site Booking, pedimos a todosos clientes que façam os seus comentários noTwitter e temos tido bons resultados. Há poucotempo tínhamos a melhor classificação da re-gião no Booking. Tentamos ter um bom serviçoe que as pessoas se sintam bem.

Com uma esplêndida vista para o Rio, a Quinta da Praia das Fontes dedica-se ao turismo de habitaçãoe encanta o visitante com a sua história, património e jardins, que se unem à beleza da vila de Alcochete.

JOÃO PEDRO GOMES, ACOMPANHADO PELO SEU FILHO, JOSÉ PEDRO GOMES

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16.inalcochete | Agosto 2012 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Descoberto em 2004 aquando da actualizaçãoda Carta Arqueológica do Concelho de Alco-chete, pelo Museu Municipal de Alcochete,este sítio arqueológico reveste-se de especialimportância para o Concelho. Em primeirolugar porque não são habituais ocorrências desítios do Neolítico Antigo na Região, pois tra-ta-se de um período relativamente curto nahistória da humanidade e que registou fracadensidade populacional.Por outro lado, este é o primeiro sítio deste pe-ríodo no actual território do Concelho, cons-tituindo um contributo para a história local aexistência de evidências da passagem humananeste território, que há 7000 atrás reunia con-dições para uma pequena comunidade aqui seinstalar.As sondagens arqueológicas, localizadas emduas plataformas de altimetrias diferentes, quedecorreram em Junho último, confirmaram acronologia sugerida em 2004. A sondagem decota superior revelou bastante material arqueo-lógico e um maior potencial científico, com-parativamente com a de cota inferior, confir-mando a presença efectiva de uma comunida-de do Neolítico Antigo.O material arqueológico é composto sobretu-do por restos de lamelas, crescentes, furadorese pequenas lascas em sílex, resultante de umaindústria microlítica, própria deste período,sendo uma característica herdada das comuni-dades precedentes do Mesolítico.Foram encontrados também fragmentos cerâ-micos, tecnologia inventada neste período, al-guns decorados, com destaque para um frag-mento com decoração cardial, uma técnica ex-clusiva do Neolítico Antigo e que consiste na

aplicação de linhas em ziguezague com recur-so a uma casca de berbigão. Recolheram-se também muitos termoclastos,que são seixos estalados por acção do sobre-aquecimento provocado pelo fogo e que são en-contrados junto a fogueiras para conservaçãodo calor e para grelhar directamente alimentos.Infelizmente o estrato arqueológico encontra-se nos primeiros 40 cm, correspondente à ca-mada de revolvimento agrícola, que emboraapresente um elevado grau de destruição, reve-lou-se bastante rico do ponto de vista artefa-tual, na medida em que foram encontrados não

só os materiais pré-históricos descritos, comotambém cerâmicas mais recentes, sobretudo doperíodo Moderno e Contemporâneo. Encon-trou-se inclusivamente um fragmento de terrasigillta (cerâmica de luxo do periodo romano).O Museu Municipal de Alcochete teve uma par-ticipação activa nesta intervenção, da iniciati-va do Dr. António Faustino Carvalho, docen-te na Universidade do Algarve, no âmbito deum projecto interdisciplinar, financiado pelaFundação para a Ciência e Tecnologia sobre oprocesso de neolitização nos estuários do Tejoe Sado e territórios adjacentes.

Este apoio verificou-se a um nível técnico, nacedência de equipamentos de escavação e delevantamento do terreno, mas também a nívelhumano, nos contactos com o proprietário doterreno e com o IGESPAR, e a participação doarqueólogo municipal na execução da própriaintervenção e posterior trabalho laboratorial, delavagem, análise e inventariação dos materiaise ainda na elaboração do relatório final.

VALORIZAÇÃO DO TERRITÓRIO EM TERMOS PATRIMONIAISNem todas as intervenções arqueológicas cul-minam com a musealização dos sítios, pois namaior parte das vezes o estado de ruína dos ves-tígios não o permite, além dos recursos finan-ceiros, a médio e a longo prazo que um pro-jecto desta natureza acarreta. No entanto aquando da identificação do sítioem 2004, parte do material recolhido foi inte-grado na exposição permanente do Núcleo Se-de do Museu Municipal de Alcochete (MMA)pela sua importância e contributo para a his-tória local.“O conhecimento da história/ ocupação de umterritório é sem dúvida uma forma de o valo-rizar e o Museu Municipal tem desempenhadoum papel fundamental no conhecimento, di-vulgação e na construção da História do actualterritório de Alcochete”, enfatiza a Vereadora daCultura, Susana Custódio.Através do serviço educativo do MMA a Autar-quia tem desenvolvido várias actividades es-pecialmente direccionadas para o público es-colar onde a arqueologia e a sua importânciana preservação e valorização do patrimóniosão enfatizadas.“A arqueologia fornece o conhecimento, masé a museologia que o dá a conhecer. E é oMMA no cumprimento das suas funções mu-seológicas que o transmite através das exposi-ções, actividades de educação patrimonial ecomunicações públicas”, refere a Vereadora daCultura.No MMA estão actualmente em exposiçãomateriais provenientes de várias intervençõesarqueológicas: no Núcleo Sede, além de umavitrina alusiva ao Neolítico, com material pro-veniente da Quinta da Praia, está também omaterial encontrado no Porto dos Cacos, queestá aliás na origem da colecção arqueológicadeste núcleo museológico; no Núcleo de ArteSacra encontram-se expostos objectos prove-nientes das intervenções efectuadas em SãoFrancisco, onde se situava a Igreja de SantaMaria de Sabonha.Recentemente foi encontrado em Algeciras,(Espanha) na cidade romana de Carteia, umfragmento de ânfora, onde estava gravada amarca de oleiro GERMIN, associado ao Portodos Cacos. Trata-se do quarto fragmento coma marca deste oleiro do Porto dos Cacos, en-contrado em Espanha, um outro também emAlgeciras, outro na cidade de Munigua, a no-roeste de Sevilha e outro em Cartagena.Esta informação permite reforçar a importân-cia da produção oleira do Porto dos Cacos, nãosó no comércio local e regional, mas provavel-mente com impacto na grande extensão do Im-pério Romano. Trata-se pois de uma prova deque se comercializava vinho lusitano para estaregião de Espanha através do uso de algumasânforas de fundo achatado normalmente asso-ciadas ao transporte de vinho. Contudo, o Portodos Cacos especializou-se sobretudo na produ-ção de ânforas para o transporte de pasta de pei-xe, caracterizadas pelo fundo em forma de bico.

ESCAVAÇÕES REVELAM PRESENÇA HUMANA NO NEOLÍTICO ANTIGOIntervenções arqueológicas realizadas no local onde actualmente está localizada a Quinta da Praia em Samouco revelam achados arqueológicos que remontam ao período Neolítico Antigo (5000 a 4500 a.C) e que comprovam a fixação de comunidades nómadas na região.

ENCANTOS & PATRIMÓNIO

ACHADOS ARQUEOLÓGICOS NA QUINTA DA PRAIA EM SAMOUCO

SABIA QUE

O Neolítico Antigo caracteriza-se por ser um período de charneira na história da Humanidade, quando as comunidades nómadas começaram paulatinamente a assumirhábitos sedentários, em resultado da descoberta da agricultura e da pecuária. Estas mudanças tiveram especificidades e cronologias diferentes conforme as regiões.