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Pinheiro Este meu amigo Lauro está-mr estragando a colligacio! AíHfc

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Pinheiro — Este meu amigo Lauro está-mr estragando a colligacio!

AíHfc

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OorOStiaça—Em que pensa, excelência? Tíbiriçá—Na flotilha futura ... do Tietê !

/Ail [^i

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ARARA

ARARA Num. M SABBADO 33 DE SETEMBRO DEJ905

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Continua firme e inalterável a colligação. Apesar dos boatos de brigas intimas, de conlrariedades de interesses e choques violentos de vaidades, o sr. Pinheiro Machado mantém unidos, pelo menos na apparencia, os elementos heterogêneos das olygarchias, que elle conseguiu alliar contra o Cattete todo poderoso.

Conitudo, um ou outro symptoma assustador surge aqui c alli, denunciando que a harmonia não pôde durar muito, nos arraiaes dos colligados.

O silencio, por demais prolongada, do sr. Lauro Sodré preoecupa um tanto o general gaúcho e alancéa o coração sen- sível dos que á ultima hora aiherirarn ao plano político da col- ligação. Depois, os amigos íntimos do sr. Affonso Penna propa- lam á puridade que elle não se sujeitará á tutella deprimente, que lhe querem impor. Manhoso e pVudente, como todo o filho da terra das alterosas montanhas, o sr. Affonso Penna appa- rentará submetter-se ás imposições que lhe são feitas agora.

Mas, depois de se apanhar na eminência do poder, re- voltar-se-á contra cilas, como toda a creatura que se presa se revolta contra o seu creador. Como o riso, esta revolta é pró- pria do homem; c o sr. Affonso Penna pelo facto de ser mi- neiro não escapa aos necidentes da contingência humana.

Tudo isto aíflige c contraria amigos e não amigos do sr. Pinheiro Machado. Em vão, procura este tranquillisar uns c

estar vão-se generalisando. Aqui, opposição, ha pouco separados,

olham-se ainda desconfiados, é verdade; mas já não é com aquetles arreganhos de ódio mal contido, de rancor mal dis- farçado.

E' que as coisas estão mal paradas. Os governistas, que por força das circnmstancias abandonaram o sr. Bernardino de Campos para seguir o sr. Affonso Penna, andam já com a pulga na orelha e vêem muito arriscadas as suas posições no poder. Os dissidentes, a quem os amigos do sr. Campos Salles acenaram com sorridentes promessas, começam a desconfiar que nesta co- media política lhes destinarnn o logar que, na celebre fábula da caçada do leão, foi reservado ao animal philosopho por excellencis.

outros : a nnciedade e o raal em S. Paulo, governistas e

Como o perigo commum approxíma ainda os inimigos mais irreconciliaveís, não será muito para admirar que, muito em breve, todos nós assistamos ao delicioso espectaculo de vêr unidos .em fraterno convívio, numa promiscuidade encantadora, governistas e opposicionistas. E para que nada falta á festa da reconciliação da familia paulista, para que nenhuma nuvem. venha-empamiar o azul dó ceu, marear a alegria do momento, uns e outros clamarão pela presença do filho pródigo. E então o partido dissidente, humilde e contricto, acudirá ao chamado.

, Tudo isto é muito bonito e muito provável que se dê, mais dia menos dia; mas também pode muito bem ser que se esqueçam do filho pródigo.

No emtanto, .a colligação continua firme;e inalterável. ♦♦♦♦»»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦»♦♦♦

D@ Campinas Dorme somno solto a política em terra campineira. Nem

a mais tênue nuvem no horisonte ! Bom povo. Vi o coronel João Francisco, o celebrado gaúcho das

fronteiras. Todos queriam conhecel-o. O major-agente encheu-se de

mavortico enthnsiasmo. Recordou-se de Itararé e da espada do commando. As

reminiscencias, como pássaros bravios, agitaram-se-lhe no peito.

Para qne as homenagens fossem completas, não faltou a idea de sangue. Levaram o illustre visitante ao matadouro, a assistir á matança do gado.

O coronel, porém, pareceu ter desconfiado. Agradeceu e não esteve pelos autos.

Tal espectaculo íncommodava-o. O Amalio, cofiando a barba negra, ficou encantado. Teve

esta exclamação: —E' um patrício ás direitas!

Terra das grandes invenções, Campinas. Tem estradas de ferro, a matriz nova, telephone, o Cen-

tro, Clubs, empreza electrica, companhias de gaz, água, etc. Vae agora possuir, adivinhem! Um museu. A idea é do Clovis. Ninguém lh'a nega.

Um museu organisado com objetos que pertenceram a antigos paulistas, como sejam bocetas de rape, cadeiras de couro, bengalas, etc.

Conseguiu já uma preciosidade:—o lenço en que se assou Barreto Leme, quando deu aqui o primeiro espírroü!

* * O Eugenínho (preparador) vae ver se consegue auxiliar

aquella idéa. Para isso já tomou uns ares mais solemnes, mais tesos,

que se coadunem com o assumpto. —Tem ambos os meus applausos, disse o B. Ferraz, agei-

tando os óculos. Eu, que os observava a um canto do bond, desci e vim,

a correr, tracejar estas pequeninas notas para o Aram que está na pbntissinia, como se diz.

CYRANOS

»»»»»»»♦>♦»»»»»♦♦♦»»»»»♦»» ♦»»»»»»»»»V»»J»4

A oatrovista do sr. Autonio Prado, acerca da valorisação do café, dosmorteou, pir completo 09 p;eudo-âalvadoreí da lavoura com- balida. As oscülações do cambio, a suporprodiic/w da rubiacoa e as ospoculações noi grandes centros do vemU, outros tantos espantalhos, com que estos economistas de ultima hora mettiam medo aos fa- zendeiros, tiveram de reeelher-se envergonhados ante a lúcida expo- siçilo dos fí-ctos feita polo sr. Antônio Prado na sua entrevista, que teve a vantagem de abrir os olhos a muita gente que se deixa ainda suggestionar polo reclame mais ou menos espalhafatoso das panacóas econômicas.

Dependendo a lavoura paulista do braço do immigrante, a primeira e essencial condição d» sua prosperidade está naturalmente indicada na abundância e barateza desse precioso instrumento de trabalho. Desonerada a lavoura do elevado salário do trabalhador, já ella mais desafogada poderá viver. E, se o governo quer real- mente auxi ial-a, em vez de gastar tanto dinheiro em exposições ap- paratosas, em commissaiios de immigração ineptos e vadios, em

RO c -^l, .06

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ARARA

tantns nntiMS siuecuras acobertadas ooiu o nome pom)50so de Propa- ganda Offieial, pegue uesse dinheiro e empreste-o aos que seriamente querem trabalhar, não movidos tão somente polo altruísmo de acredi- tar o nosso café, mas que a esse fim alliam o interesse próprio.

Não querendo ficar devendo 'nada ao sr. Antônio Prado, em nssuinpto A-í tão subida importância, o Arara offerece na sua pagirni central um pequeno desenho que, recortado couvenieiiteineuto e posto em medalha de relógio ou dependuracio ao pescoço dos fazen- deiros, os livrará das importunações dos inventores das panacéas economias.

Quando elles vierem fa^av-lhes em syndicat s ou comcdellai similhantes, mostrem-lhes os retatos do autor da entrevista e do ro- dactor do jornal que a publicou, e os pseudos-salvadores fugirão a d'is ou mesmo quatro pés, conforme lhes convier melhor.

♦♦♦»♦»♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦♦»♦♦♦»♦» »♦»»»»»» »»»»»»♦

Na Cachoeira, o delegado de policia no louvável costume de

ajustar contas antigas com os adversários políticos da situação, lem-

brou-se de os fazer montar guarda á porta da cadeia e o policia-

mento nas duas ou três ruas da cidade. Está bem de ver que as vi-

ctimas protestaram contra a funeção policial que á fina força o dele-

gado lhes impunha. Queixaram-se ao chefe de policia, á imprensa,

aos deputados amigos o, por fim, conseguiram que os deixassem em

casa gozar das doces alegrias do lar e livres do pe?o das arma-j e

respÇàsabilidado do garantir o socego nocturno dos seus similhantes

Como so vê, o chefe de policia reprimiu a tempo o trnp de ze-

le do éeu subordinado irritadiço e original e, desta feita, ainda os

oppõsicionistas da Cachoeira não passarão polo dissabor de apanhar

V um resfriamento nestas noites de garoa impertinente.

Mas, a autoridade, que assim exorbitou das suas attribuiçòe.-,'

merecendo uma reprimenda do seu superior que até ameaçou respon-

sabilisal-a por qualquer alteração de ordem na Cachoeira, continua,

feliz e contentej no seu logar, a rir-se do susto que pregou aos seus

losaffectos e do próprio chefe de policia.

Esta responsabilidade com que o chefe de policia pretendeu

amedrontar o delegado é uma simples o bonachona figura de rheto-

rica. Responsabilisado deveria ter sido immediatamente o delegado,

viskrter abusado do seu cargo para exercer vinganças mesquinhas

em cidadãos, que nada do illegal tinham praticado. Tal, porém, não

aconteceu. Se houver alteração de ordem na Cachoeira, o delegado

será novamente reprehendido e ameaçal-o-ão com a responsabilidade

• para outra arbitrariedade futura.

Tanto na capital como no interior, as autoridades policiaes sa-

bem perfeitamente que isto de responsabidade é uma coisa para iu-

■glpi; ver e que nunca se torna eftectiva.

E' itma maneira delicada de tapar a.bocca provisoriamente ás

queixas dos que cahem nõ desagrado desses reis pequenos, caricatos

© de maus figados.

A' vifelü. disto, aQ um alvitre nos oceorre capaz de resolver

, esses incidentes tão vulgares rias localidades do interior : as vietimas

que se atmem diâis paus dê alecrim e com ellos saecudam o pó da

roupa da autoridade qne exorbita. E' a única responsabilidade que

poderá manter os delegados atrabiliários na orbita dos seus devores.

J;â o Padre Pereira escrevia na sua Artinha : pelo mesmo caso que

faz a pergunta, pelo mesmo caso so faz a resposta.

E', escudados nesta sabida regra de syntaxe latina, que os hon-

rados o laboriosos cachoeireuses devem responder ás ordens illegaes do delegado.

Hlo quer obrigal-cs a passar as noites humidas de setembro

de pau furado ao hombro; pois, peguem num pau... e para baixo,

som dó nem piedade. Para pau furado... cacete de alecrim:

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ASTERISCOS —Cá estiveram os argentinos, não ha quem não o saiba.

Visitaram a cidade em bonds especiaes; foram á fazenda do sr. Geraldo de Rezende; beberam água na fonte da Cantareira; viram as obras do theatro novo; admiraram tudo isso, mas par- tiram daqui sinceramente tristes...

—... porque não viram o Leopoldo, nem o ouviram fallar castejano !

* * O sr. Bernardino de Campos disse que S. Paulo não se

abaixava, quando um navio revoüoso vomitava balas sobre a praia de Santos e alguém o aconselhava a curvar-se para não ser attingido por um projectil.

A phrase ficou celebre, foi cantada em verso e dita em prosa, serviu de mote para muita glosa politlca. E a phrase, com o passar do tempo, como suecede a tudo que é humano, caiu em desuso e hoje quasi ninguém já se lembra delia.

Agora, o sr. Ti. iriçá, a bordo do Nueve de Júlio, corres- pondendo a uma saudação do mini>tro argentino, fala em phra- ses empoladas e de forma, a parecer que era um chefe de Estado independente a agradecer o que lhe dizia o represen- tante duma nação amiga.

Pelos geitos, o discurso do sr. Tib°riçá tem água no bico. E' provável que elle, que já encommendou soldados francezes para instruírem a policia militarisada, concerte—com os chefes que o cercam—algum pleno de separação desta antiga provín- cia e já esteja a acostumar-se a fallar grosso. ■■ [

Emfim, que falle; mas não acabe por cantar dêgallo...

O sr. Carlos Botelho regressou da sua excursão. Está mais gordo, mais bem disposto, mais alegre, depois de tanta ovação.

Um amigo, encontrande-o no domingo, pela manhã, per- guntou-lhe se não ia a Santos, ao almoço nigentino, ao que o cosso precioso secretario da Agricultura respondeu com ar ma- licioso:

—Con toda aquella gente eu não pedia ir... Por isso, quando cheguei a estação, já o trem havia partido e eu fiquei por aqui...

BALZAC.

♦♦< ►♦♦♦♦

Continuam as manobras militares no Curato de Santa Cruz e os jernaes do líio ennumeram em compridas e, compactas columnas todos os exercícios, detalhando as diversas peripécias e incidentes. Vão, pois, em meio as manobras e a commissào da guarda nacional da Paulicéa, que fora assistir a ellag, já voltou ha três ou quatro dias do Kio. «£

Que teria determinado tão súbita quão imprevista retirada ? Acaso os companheiros d'armas dos nossos bravos milicianos os teriam recebido mal ? Taes as perguntas que affluem naturalmente aos lábios de todos nós. Houve quem se lembrasse de entervistar o coronel Jo- sé Paulista Brasileiro da Piedade; mas o digno commandante tem an- dado com uma cara de poucos amigos e a idéã foi posta de parte.

Os outros membros da commissão mostram-se duma reserva, que desanima a perspicácia do mais hábil e injromettído repórter.

E, desta maneira, ninguém sabe por que a commissào da guar- da nacional chegou ao Rio quatro dias depois do inicio das mano- bras do exercito e regressou quandq ellas vão ainda em meio.

Nostalgia das conferências do Club, saudadas dos pic-nies da Cantareira ou mal estar provocado pelo cheiro da pólvora soeca? Felix qui poiuit rerum cognoseere causas !

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Revista da Semana Eu era assim E fiquei assim

—Que culpa tenho eu de ser bonito i La me qu^bi.-.uasii o baiHjuinbo, seja tudo pelo amor de Deus! —Quem fòr da iópposiçao tem de pegar no pau furado

ftkílot

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ARARA

Caça e pesca A semana decorreu sem um acontecimento notável. Os no-

ticiaristas dos jornaes andam seccos como carapaus e os repór- teres são os primeiros a confessar que nunca atravessaram um periodo de calma como este.

A única nota que podiam explorar, mas que, entretanto, não exploraram, foi. o caso dessa rapariga que um dos últimos dias se jogou de uma janella do Hotel Paris para a rua e foi depois, parece, conduzida para Juquery.

Entretanto, os jornaes, sem mesmo penetrar no foro in- timo da pobre tresloucada, bem podiam vestir esse caso ro- monesco com as cores que mais agradam á psychologia popu- lar. Ha lacunas que se nao perdoam e as que se notam no caso do Hotel Paris são realmente imperdoáveis.

Quem é afinal essa Ophelia Pradoux e o que é que a pode ter levado a actos de tão grande desespero? Nada se sabe. Sabe-se apenas que é uma mulher intelligente, que é rica ou está na suposição de qne o é, tem a mania da litte- ratura e nega-se a fornecer informações acerca da sua pessoa.

Ora, com geito e arte, qualquer repórter encheria o seu carnet de interessantes notas.

Bastava para isso obter uma audiência no xadrez, com sentinella á vista e disparar á queima roupa na mulher que se propõe a escrever sobre a evolução do feminismo, um tiro de amabilidade.

Supponhamos que o plumitivo da Caça e pesca, era encarregado por um jornal dessa reportagem.

Nada mais fácil, meus amigor. Quatro tiras de papel, um lápis e os sentidos em jogo.

Na policia, depois de me fazer annunciar seria introdu- zido logo no gabinete, mandariam chamar á minha presença a pobre maniaca e depois de lhe fazer os meus cumprimentos, exaltar-lhe-ia, primeiramente o seu mérito litterario, depois a belleza physica e por ultimo o mérito da sua futura obra sobre a evolução do feminismo.

Naturalmente, em se tratando da mulher, a conversação derivaria para o Amor, eterno thema de que os poetas se servem para os seus sonetos e madrigaes e os artistas enca- ram sob mil aspectos nos seus contos e romances.

Nunca anou? perguntar-lhe-ia. Ophelia teria de me responder que sim. Supponhamos porém, que me dizia nunca haver amado. Nesse caso, a minha argúcia tomaria outra orien- tação. Se nunca havia amado, porque se fizera acompanhar até o hotel por um man.ebo pallido que alli a deixou, reti- rando-se immediatamente para Santos ? Porque, tomando um carro, ia, num doce mysterio, todas as tardes, sósinha, para os arrabaldes distantes, para os sitios ermos, longe dos ho- mens, do ruido da vida, afim do poder entregar-se horas intei ras a uma doce e piedosa meditação ? E porque até ao ser espirito se impuzera, de modo a preocupal-o, o papel da mu- lher, que como eUa, andava na terra percorrendo a via dolo- rosa, feliz ou infeliz, couraçada de seda, ou coberta de andra- jos, amada ou repcllida, comprehendida ou incomprehendida ? Finalmente, porque esses passeios a terras paulistas, sósinha, mysteriosa, sem uma companhia amiga, quando no seu Rio de Janeiro havia mais largo campo para os caprichos da sua phantasia ?

A todas estas perguntas a desgrenhada Ophelia teria de suecumbir e o sacrario do seu coração abrir-se-ia á sede da minha curiosidade jornalística, dando-me uma aleluia de prazer.

Não entenderam assim os senhores repórteres; e por isso, nós deixamos de saber se Ophelia é linda ou feia, se no seu caso ha uma paixão mal correspondida, ou emfim, que dolo- rosa estrada a encaminhou até aqui.

Ophelia deve estar a estas horas em Juquery. Talvez no decorrer dos dias lindos da Primavera, qne já devia ter vindo mas ainda não veiu, ella confie ao papel o segredo da sua excursão. E nesse caso ainda é tempo, para um repórter que se presa, dar um salto a Juquery, vencer a repugnância do dr. Franco dá Rocha e profanar com rapidez a intimidade do livro dessa mulher que eu ainda não sei bem se deva considerar como louca, se como simples neurastenica em bus- ca de um ideal morto.

PASCHOAL.

Piparotes A Colônia Lusitana Anda triste com a idéa Que o Pátria visite Santos Mas não suba á Paulicéa.

O Penna, depois de eleito. Vai visitar todo o Norte, Tem penna dos infelizes E quer melhorar-lhes a sorte.

O Banquinho Acreditado, Em convocação geral, Faz saber aos accionistas Que não avesa um real.

O almirante argentino, A bordo, um almoço deu, O governo qu'o chuchou. De gosto, os beiços lambeu.

O nosso Polytheama Continua em baixa-mar, Nem os socos dos foiçudos Dão-lhe maré de vasar.

No Rio tem feito suecesso As aguerridas manobras, Tendo até radiogrammas Ido da Ilha das Cobras.

O café anda na falia. Fervilham os syndicatos; Nunca o pobre grão pensou Passar por taes desacatos.

Os reis da lusa nação Fazem annos num só dia, Nas festanças conseguindo Uma enorme economia.

♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

Está tudo pela hora da morto, amigo Alipio! — E' verdade, amigo Mogofores, está tudo cada vez mais.

ro ! — Dizem quo ha agora muita abundância de peixe... Haverá,,

mas eu quero uma pescadinha o não a posso comer! — Porque ? Fazem-lhe mal ao estômago ? — isso sim! O meu estômago digere pedras... E' porque não

tenho cinco reis nem onde os ganhe ! Não, que isto de empregos, hoje, está uma desgraça !

— Empregos e outros modos de vida... Eu já me lembrei de me atirar ao negocio e establecer-me com qualquer coisa... Mas não vejo em quê!

— Mas você tem dinheiro para negociar ? — E' bôa a pergunta! Se eu tivesse dinheiro, não pensava em

negociar. — Então em que pensava ?

Eu pensava em o gastar o mais alegremente possível; pois, em que havia de pensar ? Se eu queria estabelecer-me não era para gastar dinheiro, era para o obter...

Pois sim, mas você bem sabe que o negocio precisa d'um certo capital!...

— 0 meu capital é o trabalho, d a actividade, é... vender e re- ceber 0 dinheiro...

E depois gastal-o... Está visto! O dinheiro não foi feito para outra coisa se-

não para gyrar... Para quo diabo quer um homem o dinheiro senão para o gastar?

— Nesse caso, estabeloça-se... — Pois isso queria eu... O peor é que não sei com o que ha

do ser... — Então você não conhece nenhuma espocialidado em que pos-

sa negociar com vantagem ? — Conheço muitas especialidades, mas essas que eu conheç

não me servem... — Porque ?

M /9í)5 54 10

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ARARA

— Porque já ostào todas conhecidas e exploradas pelos outros... O que ou queria era um artigo novo... uma coisa em que ainda uiu guem tivesse negociado, uma coisa que fosse novidade...

■• Quer dizer, você então queria lançar um artigo novo no com mercio... Isso é muito difficil, meu amigo

— Que é drfficil sei eu, e já tenho andado a fazer uns estu- dos íí^íí se consigo uma coisa, quo é um verdadeiro achado!..

— Sim ? — E' verdado ! E então é uma coisa que havia do ter muito

gasl;. Dentro om pouco fazia uma fortuna!... O que é?

.- E' uma industria nova... E' a fabricação de uns objectos <JUO haviam do sor muito procurados para adornos de salas, de senho- ras o de croanças...

Mas o que é ? E' o fabrico de bolas de sabão...

O que ! Bolas do sabão? Sim, senhor! Você já tom visto os rapazes dissolverem uni

pedaço do sabão cm água, molharoin nella um canudo do canna, so- prarem e fazerem bolas ?

- Que se apagam no ar... Já vi, — Pois ando a vêr se misturando uma pouca de gomma ará-

bica a essa dissolução de sabão, consigo dar às bolas a elasticidade e a consistência própria para não rebentarem... Imagine que dinhei- rão !

— Mas como é que você ha de fazer isso ? — Não rebentando ellas, ponho-as a seccar, e depois quando

«stiverem consistentes, vendo-as... — Ora bolas, meu amigo !

CAUMERIO.

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THEATROS íjUiil'Aiiiin

A companhia Taveira teve a infeliz idéa de levar á Cena a Musa dos estudantes, opera-comisa patrioteira dos srs. Cunha e Costa e Machado Correia. Escripta para a platéa do Rio de janeiro, com visíveis intuitos de explorar o patriotismo da colônia portugucza, a peça não podia produzir o mesmo effeito em S. Paulo onde, diga-se a verdade, a colô- nia portugucza é pequena e despida já dum certo numero de preconceitos que caracterisam a sua irmã do Rio. Apparecem na peça, que toda a imprensa de S. Paulo, excepção de dois jornaes, elevou aos pinaculos da gloria, um frade borrachão inveterado, duma covardia repugnante, que passa os três actos matando traiçoeiramente francezes; uns estudantes coimbrões, creançolas duma sensaboria de dormir de pé, que conspiram contra o domínio de Junot e se deixam prender sem um único movimento de resistência e assim se conservam até que a Musa consegue obter-lhes o alvará de soltura. Fora destes, ha ainda um Junot de pacotilha que é uma caricatura grotesca do bravo offícíal de Napoleão I; muitos soldados e vívandeiras; e para que a veia cômica dos autores se expandisse largamen- te, arranjaram eiles um gavroche que se parece tanto com o typo crado pelo grande Hugo como um ovo com um espeto. Quanto á Musa, é unia rapariga faceira que vende arrufadas aos estudantes e, as horas vagos, passa-as em desafios poéticos com a rapaziada, cxpectorando de parte a parte umas quadri- nhas duma pobreza de ímnginação que mette dó. Esta Musa surge marqueza no segundo acto, depois de aparecer no acampamento em companhia do padre, caçador de francezes, disfarçada em velha: tal qual n conhecida scena da Mascotte, em que Simão 40 e a princeza vão cahir no acampamento do príncipe Fritetlino. Depois num abrir e fechar d'olhos, a Musa de cigana transforma-se em aristocrática dama e uma rapariga sua amiga em freira; tudo isto ns acampamento e em menos tempo do que o necessário para escrevel-o. E o pu- blico maravilhado ouve uma historia muito complicada e fica sabendo que a Musa salvou em tempo a vida a Junot, quando este era simples sargento. Depois, mais soldados e vívandei- ras, muito tiro e barulheira e a peça acaba com a derrota dos francezes e a libertação dos estudantes sensaborõse.

Uma peça, cujoenredo é fraco e descosido, sem interesse, sem uma situação cômica, uma frase engraçada, agradou, com- tudo, no Rio de Janeiro. A explicação do facto deve procurar- se nos intuitos a que os autores sacrificaram os seus cretitos de litteratos. A colônia portugueza, 'no Rio, é numerosa e, na sua maioria, preoccupa-se mais com o rude moirejar da vida do que com trabalhos puramente intellectuaes.

Tudo- que lhe fizer vibrar o amor da partia, (e é de

justiça dizer-se que o portuguez fora da sua terra é sincera- mente patriota) é acceito com verdadeiro enthuíiasmo que não permitte distinguir o exaggerado optimismo da torpe e baixa lisonja.

Ora, a peça dos srs. Cunha e Costa e Machado Correia, passada a exaltação momentânea provocada por uma ou outra fanfarronada, é acima de tudo uma affronta ao caracter portu- guez e encerra mais de uma falsidade histórica. Um padre, poltrão como um rato, que treme e desmaia quando tira sar- gento lhe.diz que andara á sua porcura, e que aproveita todas as oceasiões para matar friamente, estupidamente e á traição os inimigos, não é propriamente o typo normal de padre por- tuguez, era tempo ;.algum da historia do velho reino. Nem mesmo nas guerras civis de d. Miguel e d. Pedro, ha noticia dum unicó exemplar desse padre da Musa dos estudantes. Não é ura padre,,-não é um homem capaz capaz de viver entre gente clvilisada, é um Pelle Vermelha mettido num habito. Das falsidades históricas bastará destacar a que os autores põem na bocea do frade, quando este diz que a fradalhada virá numa explosão de patriotismo para a rua expulsar os francezes. Ainda os medianamente versados na historia de Portugal sabem que, se os frades não se collocaram francamente ao lado dos invasores, como mais tarde apoiaram a tyrannia sanguinária do inglez Beresford, foi porque os francezes eram tidos por pe- dreiros-livres, inimigos de Deus e da religião, trazendo comsigo o peccado original da Grande Revolução.

Não vale a pena insistirmos mais sobre a Musa dos estudantes.

Ella foi feita para explorar um sentimento sagrado, fian- do-se os autores na pouca illustração dos seus patrícios. E' possível que conseguissem o seu fira no Rio; aqui, era S. Pau- lo, sahíu-lhes a porca mal capada. A colônia portugueza é pequena, raas possue já o critério suffíciente para differençar o trigo do joio, o patriotismo digno, que todos respeitam e acatam, da patriotada babosa e tola.

E, se no theatro ou no livro, alguém se lembra de para- phrasear a ridícula bravata do "Portugal vencedor e nunca ven- cido, zombará do mundo inteiro", a colônia, cheia de nojo, ati- ra fora o livro, ou fica em casa deixando o theatro ás moscasl

Museu das Glorias CORONEL RODOVALHO

E' uma das figuras mais características da época, que marca a transição do S. Paulo velho para o S. Paulo moderno.

Ouvira dizer que na Araeríca do Norte, de um dia para outro e em logares onde até ahi crescera livremente o capim e a tiririca, surgiam, como por encanto, cidades cora todos os melhoramentos que a arte da coustrucção exige e a febril actividade de hoje reclama e impõe. Vieram-lhe á mão pho- tographias dessas cidades maravilhosas de largas ruas e es- paçosas praças, de bellos edifícios onde a sumptuosidade cor^e parelhas com o conforto e a hygiene, de usinas collossaes onde milhares de operários trabalham num moirejar constante.

Apossou-se, então, do Coronel Rodovalho uma anciã fe- bril de transformar o S. Paulo de Anchietta em uma activa e numerosa cidade yanke. Faltavam as grandes empresas e pode- rosas fábricas; e o coronel Rodovalho, bracejando a sua activi- dade em todas as direcções, desatou a fundar industrias novas, a construir palácios magníficos, espancando a pachorrenta mol- leza dos paulistas velhos.

Depois, como homem precavido a quem nada escapa, tendo tratado de melhorar as condições da vida dos seus con- cidadãos, não se esqueceu de que elles estão sujeitos á dura lei da morte. E estabeleceu uma empreza de enterros e ser- viços funerários

Mas o ensilhamento, o terrível cyclone que tantos pre- juízos causou, colheu tailibem o nosso eraprehendedor yanke. Inutilmente, procurou resistir: uns não quízerara ou fingiram não comprehender toda a vastidão dos seus planos; outros lo- cupletaram-se com os fruetos do seu trabalho insano.

Mas nem por isso os vindouros deixarão de lhe fazer justiça, vendo nelle o esforço inicial do grande movimento, que transformou S. Paulo antigo no S. Paulo do sr. Penteado e do coronel Piedade.

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