frente mineira de defesa da saÚde · 2012-10-31 · de tatuadores, que temem enfrentar restrição...

25
FRENTE MINEIRA DE DEFESA DA SAÚDE

Upload: others

Post on 09-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FRENTE MINEIRA DE DEFESA DA SAÚDE

FRENTE MINEIRA DE DEFESA DA SAÚDE

1. Conselho Regional de Psicologia MG

2. Conselho Regional de Serviço Social - MG

3. Conselho Regional de Enfermagem – MG

4. Conselho de Nutricionistas de MG

5. Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

6. Conselho Regional de Fonoaudiologia MG

7. Sindicato dos Psicólogos MG

8. Sindicato dos Fonoaudiólogos

9. Sindicato dos Farmacêuticos MG

10. Sindicato dos Jornalistas MG

11. Representantes da Rede Social – BH contra o ato Médico

12. ASSUSAM – Associação dos Usuários de Saúde Mental de MG

13. APAP – Associação dos Psicólogos do Alto Paraopeba

14.Fórum de Formação em Saúde Mental de MG

15. Conselho Municipal de Saúde de Betim

16. D.A – Psicologia da PUC – Coração Eucarístico

De um lado

o Ato Médico põe fim a uma antiga reivindicação da categoria, com a

delimitação legal de seu campo de atuação.

De outro

Os demais profissionais da saúde temem o risco de que o texto, da

forma como está, se for transformado em lei, esvazie suas funções e

resulte na reserva de mercado para os médicos.

A FRENTE MINEIRA NÃO É CONTRA A

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO (A) MÉDIC0 (A).

SOMOS CONTRA A REDAÇÃO DE ALGUNS ARTIGOS

DO PROJETO DE LEI.

PL 7703/06 – Ato Médico Conhecido como lei do ato médico, o projeto de lei

(7703/06) define quais são as atividades exclusivas dos

médicos e gera polêmica ao restringir algumas atividades

aos mais de 4 milhões de profissionais da Saúde.

Se aprovada com a atual redação, a lei pode impactar no

setor saúde, na vida de profissionais distribuídos nas 13

áreas que englobam a Saúde.

O PLS 025/2002 elaborado pelo senador Geraldo

Althoff (que é médico), a partir da Resolução do

CFM.

regulamentação da profissão médica,

definindo os atos médicos.

• Ao longo das tramitações no Senado, foi

apensado a ele o PLS 268/2002, de autoria do

senador Benício Sampaio, que definia o

exercício da medicina, incluindo suas atividades

privativas.

• Ambos os PL passaram primeiramente pela Comissão

de Constituição, Justiça e Cidadania ( relator - Tião

Viana), onde houve parecer que rejeitou o PL 268 e

aprovou uma versão substitutiva do PLS 025.

• Em seguida, foi para a Comissão de Assuntos Sociais

(Lúcia Vânia) que rejeitou o PLS 025 substitutivo e

aprovou o PLS 268 substitutivo, sendo essa a decisão

final antes de ser feita apreciação no plenário do

Senado, onde, por fim, o PL 268 substitutivo foi

aprovado, em 2006.

• Seguiu, então, para a Câmara dos Deputados, onde foi

aprovado

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado

Federal aprovou em 08.02.12 o PL do Ato Médico, que trata do

exercício da Medicina.

Os senadores acolheram o relatório de do senador Antonio Carlos

Valadares, que modificou o substitutivo aprovado pela Câmara. O

texto precisa ainda passar pelas comissões de Educação (CE) e de

Assuntos Sociais (CAS) antes de ir a Plenário.

Necessidade de assegurar o

debate público .

A formação acadêmica de um médico engloba o conhecimento técnico e prático de

todas as outras profissões da área da saúde??

As modificações realizadas foram positivas para os demais profissionais

da saúde, já que manteve o texto aprovado anteriormente pelo Senado,

que é melhor do que o texto da Câmara.

Se aprovado dessa forma, o CFM poderá entrar com várias medidas

judiciais proibindo os profissionais da saúde de atender seus pacientes,

sem uma prescrição médica.

Isso acabaria com o livre acesso da população aos serviços desses

profissionais. Assim, para consultar e/ou ser tratado por um psicólogo,

fisioterapeuta, nutricionista, T.O, fonoaudiólogo, entre outras profissões da

saude , o cidadão teria que primeiro passar por uma consulta médica.

Além de afrontar a autonomia dos profissionais da saúde, essa lei

aumentaria os gastos com saúde e deixaria milhões de brasileiros sem a

assistência direta desses profissionais.

Privativa: vem de privado, limitado à, exclusivo, proibido aos outros. Nosologia: ramo da medicina que trata das enfermidades em geral e as classifica.

qualquer afecção (doença, dor, problema) que atinja qualquer parte do corpo.

Art. 4º São atividades privativas do médico:

I – formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição

terapêutica;

De acordo com o PL, fica sendo atividade exclusiva do médico, fazer o

diagnóstico e definir como vai ser feito o tratamento de qualquer tipo de

problema que a pessoa tenha.

Biópsias e citologia — emenda aprovada na Câmara limita aos

médicos a emissão de diagnósticos de anatomia patológica e de

citopatologia, que visam identificar doenças pelo estudo de parte de

órgão ou tecido.

Crítica — biomédicos e farmacêuticos argumentam que a medida

fere sua liberdade de atuação profissional, uma vez que análises

laboratoriais requerem “interpretação” do material colhido e não

“diagnóstico médico”.

Posição do relator — Valadares rejeitou mudança da Câmara,

mas manteve como tarefa restrita aos médicos a emissão de laudos

de exames endoscópicos, de imagem e anatomopatológicos (de

amostras de tecidos e órgãos).

Procedimentos invasivos — o projeto prevê como exclusivo de

médicos “procedimentos invasivos, sejam diagnósticos,

terapêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos,

biópsias e endoscopia”, o que inclui a “invasão da pele atingindo o

tecido subcutâneo da pele para injeção”.

Crítica — a norma motivou reação de acupunturistas e até mesmo

de tatuadores, que temem enfrentar restrição em seu campo de

atuação por conta da interpretação de conceito de procedimento

invasivo.

Posição do relator — Valadares manteve a norma em seu

relatório, mas retirou da lista de atribuições exclusivas dos médicos

a “aplicação de injeções subcutâneas, intradérmica,

intramusculares e intravenosas”, apesar de a recomendação de

medicamentos a serem aplicados por injeção continuar sendo uma

prerrogativa médica.

Direção e chefia — pelo texto em análise, apenas médicos podem

ocupar cargos de direção e chefia de serviços médicos. No entanto,

a direção administrativa de serviços de saúde fica aberta também a

outros profissionais.

Críticas — as demais categorias que atuam no setor consideram a

norma um desrespeito aos outros profissionais que atuam nos

serviços de saúde. Eles argumentam que o atendimento é feito por

uma equipe multidisciplinar, não havendo justificativa para que

apenas uma categoria tenha a prerrogativa de direção e chefia na

unidade de saúde.

Posição do relator — Valadares manteve a norma.

Contraria princípios, leis e diretrizes...

Integralidade (atenção integral)

Interdisciplinaridade (cooperação na abordagem dos diversos núcleos do

saber- fazer)

Equidade (especificidade de tratamentos com base nas necessidades de

cada indivíduo)

Multiprofissionalidade (diversidade profissional).

A regulamentação dos atos privativos dos médicos é posterior à

Reforma Sanitária, ao estabelecimento do SUS e à Conferência

Nacional de Saúde.

As demandas sociais exigem uma clínica inserida na comunidade, que procure

abraçar outras variáveis determinantes do processo saúde-doença que não

apenas biológicas e individualizantes, mas insiram a medicina como prática social,

o médico como trabalhador da saúde, junto aos outros profissionais, e a saúde

como um dos meios de promoção da autonomia e protagonismo da sociedade.

O tom corporativista que a discussão assumiu

vai contra a visão multisetorial da saúde

O projeto impõe um autoritarismo nas relações de

trabalho, o que implica que, mesmo em uma equipe

formada por vários profissionais, a palavra final em

qualquer decisão será dada pelo médico, não sendo,

portanto, uma decisão compartilhada e

co-responsabilizada.

Somos contra a forma que esta redigido o PL, que não

respeita as conquistas históricas, sociais e legais das outras

profissões...

Que coloca em risco o direito de escolha dos cidadãos...

Que faz reserva de mercado...

Que fere frontalmente os princípios do SUS!!

Lourdes A Machado Conselheira

Conselho Regional de Psicologia MG [email protected]