formalismo x funcionalismo

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Andreza Freitas, Daniele Cristina da Silva,Marília Fonseca, Suelza Suzany Campelo e Tamires Alves.

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Page 1: Formalismo x funcionalismo

Andreza Freitas, Daniele Cristina da Silva,Marília Fonseca, Suelza Suzany

Campelo e Tamires Alves.

Page 2: Formalismo x funcionalismo

Final do século XX

Linguagem como objeto AUTÔNOMO

Análise da língua DESCONTEXTUALIZADA

Page 3: Formalismo x funcionalismo

A utilização dos fenômenos psicológicos e sociológicos nos estudos da linguagem, fere o princípio da autonomia da linguística.

Língua como bem inato,transmitido geneticamente, comum a espécie humana.

Primeira concepção da linguagem – função principal é a de expressão de pensamento.

Gramática para definir a língua, pela utilização de regras sintáticas.

Page 4: Formalismo x funcionalismo

Estruturalismo

Bloomfield e Saussure

Gerativismo

Chomsky

Page 5: Formalismo x funcionalismo
Page 6: Formalismo x funcionalismo

Função Referencial

Função Fática

Função Poética

Função Emotiva

Função Conativa

Função Metalingüística

Page 7: Formalismo x funcionalismo

A linguagem como um instrumento de comunicação e interação social

A língua baseada em seu uso real como objeto de estudo.

Page 8: Formalismo x funcionalismo

Funcionalismo Europeu

Círculo Lingüístico de Praga (Origens das análises funcionais) Vilém Mathesius

Nikolay TrubetzkoyRoman Jakobson

Mais recentes:Michael Halliday (Escola de Londres)

Simon Dik (Grupo Holandês)

Page 9: Formalismo x funcionalismo

Vilém Mathesius antecipou a teoria Perspectiva Funcional da Sentença.

Ex: Eu já li esse livro.

Esse livro eu já li.

Modelo da Estrutural Informacional da Sentença.

Informação dada =tema

Informação nova = rema

Ex: O que Maria comprou?

Maria Comprou uma bolsa preta.

Jacobson foi o responsável pelo conceito de marcação na morfologia.Ex: “meninos”(+ plural) marcada

“menino” (- plural) não marcada

Page 10: Formalismo x funcionalismo

Função ideacional: é aquela que transitivamente exprime as experiências do mundo exterior e interior, dando ênfase ao que vai ser contado.

Função interpessoal: é aquela que estabelece relações de modo entre membros da sociedade, nela o que importa é o modo que se fala, como se fala, determinando, por exemplo, através da entonação, se uma frase é interrogativa, declarativa, exclamativa e etc.

Função textual: é aquela que organiza a situação dentro de um discurso; relação dentro e entre enunciados que codifica uma informação a ser transmitida.

Page 11: Formalismo x funcionalismo

O grande terremotoParticipante 01(que realiza a ação)

destruiráProcesso Material

a CalifórniaParticipante 02(afetado pela ação)

a qualquer momentoCircunstância(quando o fato pode ocorrer)

Page 12: Formalismo x funcionalismo

Bolinger

Texto pioneiro – The Origins of Syntax in Discourse (Gillian Sankoff e Penelope Brown).

Sandra Thompson.

Funcionalismo no Brasil

Rodolfo Ilari – perspectiva funcional da frase portuguesa.

Projeto Norma Urbana Culta – Várias capitais do país

Projeto de Estudo do Uso da Língua - (PEUL/UFRJ)

Grupo de Pesquisa Discurso & Gramática – sediado em várias universidades.

Page 13: Formalismo x funcionalismo

Referi-se à forma de compartilhar determinado conhecimento

linguisticamente.

Page 14: Formalismo x funcionalismo

• Dado

• Novo

• Disponível

• Inferível

Page 15: Formalismo x funcionalismo

Referente anteriormente dado (ou velho)

a) aí o mecânico falou que... Ø não sabia qual

o homem que tinha apertado aquilo ((risos))

Referente situacionalmente dado (ou velho

b) E: e:: agora eu queria que você me… me…

dissesse… alguma coisa que você sabe fazer…

ou que você… goste de fazer… e como é que

se faz isso…

Page 16: Formalismo x funcionalismo

Referente novo

c) aí quando chegou... Ali na:: decida/

porque é Barra... Tijuca... né? quando

estava quase chegando a... Tijuca...

Vinha... um ônibus na:: direção deles... E

tinha um caminhão... parado aqui...

Referente disponível

d) o Pelé jogou muita bola...

e) ... mas... eu a Petrópolis com uma amiga... que nunca tinha subido a serra.

Page 17: Formalismo x funcionalismo

Referente inferível:

e) ... Quando ela viu o ônibus passar...

Mas o ônibus já estava indo... e ela

começou a gritar pro motorista... Mas ela

estava um pouco longe...

Page 18: Formalismo x funcionalismo

Correlação motivada entre o código linguístico (expressão) e o seu

significado (conteúdo).

Subprincípio da quantidade: Quanto maior quantidade de informação, maior

quantidade de forma.

Ex: Belo > Beleza > Embelezar > Embelezamento

Este princípio também acontece quanto à sintaxe da frase.

Page 19: Formalismo x funcionalismo

Repetição: Estruturas verbais que o falante usa para causar maior intensidade.

Ex: ... Ele fugiu com a moça ... daí fugiram... começaram a correr e o homem atrás deles... correram... correram ... correram... enquanto isso .... o homem correndo ... correndo atrás deles ...

Page 20: Formalismo x funcionalismo

Subprincipío da integração: O que está mentalmente junto coloca-se sintaticamente junto.

Ex: a) Maria ordenou: fique aqui.

b) Maria fez a filha ficar.

c) A filha não queria ficar.

Page 21: Formalismo x funcionalismo

Subprincípio da ordenação linear: A ordenação das orações no discurso tende a refletir a sequência temporal em que os eventos aconteceram. Ex: Vim,vi e venci. Subprincípio da relação sequencial e topicalidade:Há um tipo de relação entre a informação vinculada por uma cláusula e a ordenação que ela assume.Ex: Tenho várias amigas, mas minha preferida é Maria. Maria está sempre comigo nas horas difíceis.

Page 22: Formalismo x funcionalismo

a) Felipe comprou uma moto.

b) Foi Felipe que comprou uma moto.

c) Foi uma moto que Felipe comprou.

Tendência de antepor determinadas cláusulas para dá um efeito de contraste.

Page 23: Formalismo x funcionalismo

Diz respeito à presença versus ausência de uma propriedade nos membros de um par contrastante de categorias linguística.

Ex: “Meninas” [+ plural] é marcada em oposição a “menina”[- plural].

Ex: Vou à padaria comprar pão.

Ex:Vamos ao mercado comprar batata.

1. Maior frequência de ocorrências.

2. Forma mais simples.

3. Aquisição mais precoce pelas crianças.

Page 24: Formalismo x funcionalismo

o a) Eu uso esta roupa.

o b) Esta roupa eu uso.

o Maior expressividade.

Page 25: Formalismo x funcionalismo

Processo de mudança linguística que se caracteriza pela trajetória de um item

lexical para um item gramatical. Necessidade de se refazer.

a) Trajetória de substantivos e verbos para conjunções:

1. “Querer” para “ Quer chova querfaça sol, estarei lá”.

b) Trajetória de nomes e verbos para morfemas :

1. “Mente” (intelecto) > tranquilamente.

Page 26: Formalismo x funcionalismo

Locução “amar hei”, forma do verbo “haver” (“hei”) se incorpora ao verbo: “amarei.”

Page 27: Formalismo x funcionalismo

Principais Diferenças e Semelhanças entre Formalismo e Funcionalismo

•No Formalismo a Linguagem é vista como objeto autônomo. /Expressão de pensamento.

•No Funcionalismo a Linguagem é vista como uma entidade não suficiente em si mesma. / Instrumento

de comunicação.

Page 28: Formalismo x funcionalismo

PARADIGMA FORMAL

PARADIGMA FUNCIONAL

Como definir a língua Conjunto de orações Instrumento de interação

social

Principal função da língua Expressão dos pensamentos

Comunicação

Correlato psicológico

Competência: capacidade de produzir,

interpretar e julgar orações

Competência comunicativa: habilidade de interagir

socialmente com a língua

O sistema e seu uso O estudo da

competência tem prioridade sobre o da

atuação

O estudo do sistema deve fazer-se dentro do quadro

do uso

Page 29: Formalismo x funcionalismo

Língua e contexto/ situação

As orações da língua devem descrever-se

independentemente do contexto / situação

A descrição das expressões deve fornecer dados para a

descrição de seu funcionamento num dado

contexto

Aquisição da linguagem Faz-se com o uso das

propriedades inatas, com base em um input restrito e não estruturado de dados

Faz-se com a ajuda de um input extenso e estruturado

de dados apresentado no contexto natural

Universais linguísticos Propriedades inatas do organismo humano

Explicados em função de restrições; comunicativas;

biológicas ou psicológicas; contextuais

Relação entre sintaxe, a semântica e a pragmática

A sintaxe é autônoma em relação à semântica; as duas são autônomas em relação à pragmática; as prioridades vão da sintaxe à pragmática

via semântica

A pragmática é o quadro dentro do qual a semântica

e a sintaxe devem ser estudadas; as prioridades

vão da pragmática à sintaxe

Page 30: Formalismo x funcionalismo

ABORDAGEM FORMAL ABORDAGEM FUNCIONAL

Linguagem como fenômeno mental Linguagem como fenômeno primariamente social

Universais linguísticos: herança linguística genética comum da

espécie humana

Universais linguísticos: derivação da universalidade dos usos da

linguagem nas sociedades humanas

Aquisição da linguagem pela criança: capacidade inata humana para

aprender a língua

Aquisição da linguagem pela criança: desenvolvimento das necessidades e

habilidades comunicativas

Estudo da linguagem como sistema autônomo

Estudo da linguagem em relação com sua função social

Page 31: Formalismo x funcionalismo

Analise Funcionalista:

“O maratonista corria muito”

( estrutura semântica)

Analise Formalista:

“Pedro Comeu um doce de goiaba”

( relação entre os termos/função)

Page 32: Formalismo x funcionalismo

Dilliger 1991 e Nascimento,1989:

Formalismo e o Funcionalismo não são teorias excludentes

A distinção básica entre o Funcionalismo e o Formalismo é que o funcionalismo incorpora

elementos extralinguísticos nas análises enquanto o formalismo limita a analisar

somente o que está transparente na forma.

Page 33: Formalismo x funcionalismo