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Formalismo
– O Formalismo não é a mesma coisa que uma análise formal.
– Trata-se de um conjunto de teorias que acreditam que sepode apreciar uma obra de arte apenas pelas suas característicasformais, independentemente do seu contexto ou significado.
Formalismo
– O Formalismo não é a mesma coisa que uma análise formal.
– Trata-se de um conjunto de teorias que acreditam que sepode apreciar uma obra de arte apenas pelas suas característicasformais, independentemente do seu contexto ou significado.
– Através da sua composição, materiais, forma, linha, corpor oposição à sua representação de figuras, histórias ou ideias.
Formalismo
– A apreciação da obra de arte faz-se de uma forma pura e directa.
– Actualmente, esta teoria tem perdido terreno para abordagemque se focam no contexto político, social e psicológico daobra de arte e do artista.
Formalismo
– O Formalismo apoia-se na ideia da obra de arte eda experiência estética como algo único e separadoda existência vulgar.
– Kant, por exemplo:
“devem ir além dos limites da experiência, apresentando-osaos sentidos com uma unidade que não existe nanatureza.”
Formalismo
– As teorias de Heinrich Wölfflin foram muitoinfluentes durante os primeiros dois terços doséculo XX.
– Wölfflin procurava descobrir as leis regiam ahistória de arte.
– A história de arte obedecia a um ciclo querepetia as mesmas fases: primitivo, clássico e barroco.
– Wölfflin fundava esta teoria numa análise formalbaseada na oposição de princípios opostos:Forma linear/Forma Recessiva; Forma Fechada/Forma Aberta
– Esta teoria aplicava-se principalmente à arte neoclássica ebarroca.
Formalismo
– O crítico e pintor Roger Fry (1866-1934) assume também um género de formalismo, por oposição (talvez) à popularidadecrescente da abordagem psicológica.
– Segundo Fry, as obras de arte não estão ligadas aos seuscriadores ou às culturas onde são produzidas.
– A arte não representa a realidade, mas é uma realidade.
– A experiência física do espectador perante a obra era determinante.
Formalismo
– O historiador de arte Henri Focillon (1881-1943)acreditava que as formas eram entidades vivas queevoluíam ao longo do tempo de acordo com a natureza dos materiais e o seu enquadramentoespacial.
– O contexto político, social e económico era consideradoirrelevante.
– A experiência física do espectador perante a obra era determinante.
Formalismo
– O historiador de arte Henri Focillon (1881-1943)acreditava que as formas eram entidades vivas queevoluíam ao longo do tempo de acordo com a natureza dos materiais, o seu enquadramentoespacial e a técnica.
– O contexto político, social e económico era consideradoirrelevante.
– A experiência física do espectador perante a obra era determinante.
Formalismo
– Clement Greenberg (1909-1994) defendia quea arte moderna não devia representar o espaçotridimensional.
– Cada género de arte devia ser criada e avaliadaem relação às suas formas particulares.
– O tema da arte é a própria arte.
Iconografia e Iconologia
– Iconografia = o estudo das imagens.
– Procura identificar motivos e imagens em obras de arte.
– A iconologia pega nessas identificações e tenta explicarporque foram escolhidas dentro do contexto cultural dessaimagem.
Iconografia e Iconologia
– Não é uma abordagem “importada” de outrasdisciplinas, mas foi desenvolvida originalmentepara lidar com artes plásticas.
Iconografia e Iconologia
– Antecedentes:
– Plínio (23-79), na sua História Natural.– Giovanni Pietro Bellori (1615-1696) na sua
Vidas dos Pintores, Escultores e Arquitectos Modernos.– Joachim Winckelmann (1717-1768) começou a sistematizar
este género de abordagem.
Iconografia e Iconologia
– A iconografia e a iconologia moderna desenvolvem-secom o historiador de arte austríaco Aby Warburg (1866-1929)e os seus discípulos que rejeitam a abordagem puramenteformalista de Wölfflin.
– Segundo Warburg, a arte de um determinado período estavanecessariamente ligada à religião, filosofia, literatura, políticae sociedade.
Iconografia e Iconologia
– Erwin Panofsky (1892-1968), aluno de Warburg:
“Numa obra de arte, a ‘forma’ não pode ser separadado ‘conteúdo’: a distribuição da cor e das linhas, da luze da sombra, volumes e planos, por mais encantadora queseja enquanto espectáculo visual, também deve serentendida como carregando um significado mais do que visual.”
Iconografia e Iconologia
– Erwin Panofsky (1892-1968), aluno de Warburg:
“Numa obra de arte, a ‘forma’ não pode ser separadado ‘conteúdo’: a distribuição da cor e das linhas, da luze da sombra, volumes e planos, por mais encantadora queseja enquanto espectáculo visual, também deve serentendida como carregando um significado mais do que visual.”
– A iconografia é o método através do qual se tenta recuperar o conteúdo das obras de arte.
Iconografia e Iconologia
– Segundo Panofsky, há três níveis de análise:
– Pré-Iconográfico: análise formal preliminar, feita semter em conta o contexto.
– Iconográfico: identificação da imagem (como fazendoparte de uma história, como representando umafigura religiosa, etc.)
– Iconológico: o significado da imagem é decifrado,tendo em conta a época em que a imagem foiproduzida, o estilo da época ou o estilo do artista, etc.
Iconografia e Iconologia
– Esta abordagem tem sido criticada por váriasrazões. Em primeiro lugar, a dificuldade de fazer umaprimeira abordagem alheia ao contexto do observador.Em segundo lugar, a passagem do segundo para oterceiro nível em abordagens interculturais.
Iconografia e Iconologia
– Esta abordagem tem sido criticada por váriasrazões. Em primeiro lugar, a dificuldade de fazer umaprimeira abordagem alheia ao contexto do observador.Em segundo lugar, a passagem do segundo para oterceiro nível em abordagens interculturais.