fontes energeticas

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FONTES ENERGÉTICAS FONTES ENERGÉTICAS Faculdade de Desporto Faculdade de Desporto Universidade do Porto Universidade do Porto

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Page 1: Fontes energeticas

FONTES ENERGÉTICASFONTES ENERGÉTICAS

Faculdade de DesportoFaculdade de DesportoUniversidade do PortoUniversidade do Porto

Page 2: Fontes energeticas

corridascorridasRecordes mundiaisRecordes mundiais

10

8

6

4

2

0

v (m

/s)

t (s)6 10 20 40 100 200 400 1000 2000 4000 10000

Page 3: Fontes energeticas

SistemasSistemas energéticosenergéticosATP/CP ATP/CP -- fosfagénios fosfagénios sistemasistema anaeróbioanaeróbio alácticoaláctico

Glicólise Glicólise sistemasistema anaeróbioanaeróbio lácticoláctico

OxidaçãoOxidaçãosistemasistema aeróbioaeróbio

Page 4: Fontes energeticas

!! O O sistemasistema ATPATP--CPCP é o principal é o principal sistemasistema energéticoenergéticoparapara esforçosesforços máximosmáximos com com umauma duraçãoduração atéaté 30”30”

!! A A glicóliseglicólise é o principal é o principal sistemasistema energéticoenergético paraparaesforçosesforços de de intensidadeintensidade elevadaelevada com com umauma duraçãoduraçãoentreentre 30” e 1’00” 30” e 1’00”

!! A A oxidaçãooxidação é o principal é o principal sistemasistema energéticoenergético paraparaesforçosesforços de de intensidadeintensidade médiamédia e e baixabaixa com com umaumaduraçãoduração superior a 1’00”superior a 1’00”

Page 5: Fontes energeticas

1º 1º sistemasistema energéticoenergético

!! SistemaSistema AnaeróbioAnaeróbio AlácticoAláctico!! FontesFontes energéticasenergéticas imediatasimediatas!! FosfagéniosFosfagénios

ATPATP--CPCP

Page 6: Fontes energeticas
Page 7: Fontes energeticas

ATPATP

ATP + H2O ADP + Pi + 7 kcal/mol

Page 8: Fontes energeticas

Lactato

ATP

ATPATP

NADH

NADH

MCT

ADP, Pi, AMP, pH, NH4+

ATP, CP, Citrato, H++-

PFK

HK

PK

LDH E

NH3COOHC

R

HProteínas

Triglicerídeos

glicogénio

shuttle do lactato

shut

tle m

alat

o-as

part

ato

shut

tle g

licer

ol-fo

sfat

o

Glu

cose

-1-P

ATP

ATP

Glucose plasmática

ATPaseATPase

ADP+Pi

d

10Kcal

Page 9: Fontes energeticas

ATPaseATPase

ATP ADP+Pi

Page 10: Fontes energeticas

FosfocreatinaFosfocreatina

HOOC CH2 N C N P OH

CH3 NH H O

OH

∼∼∼∼∼∼∼∼

∼∼∼∼∼∼∼∼ """"Gº = -10 kcal

Page 11: Fontes energeticas
Page 12: Fontes energeticas

Shuttle da creatina fosfato

CKmitoc

CKcitop

Page 13: Fontes energeticas
Page 14: Fontes energeticas
Page 15: Fontes energeticas

ATP + H2O ADP + Pi + 7 kcal/mol

CP + H2O C + Pi + 10 kcal/mol

CPCP + ADP + Pi ATPATP + C + Pi

ATPase

CK

ADP + ADP ATP + AMPMK

Fontes energéticas imediatasFontes energéticas imediatas

Page 16: Fontes energeticas

Estimativa da energia disponível Estimativa da energia disponível no sistema ATPno sistema ATP--CPCP

ATP CP

Concentração muscular- mmol/kg músculo- mmol massa musc. total

6180

28840

Energia útil- kcal/kg músculo- kcal massa musc. total

0.061.8

0.288.4

Page 17: Fontes energeticas

SistemasSistemas energéticosenergéticos

!! SistemaSistema AnaeróbioAnaeróbio LácticoLáctico!! FontesFontes energéticasenergéticas nãonão oxidativasoxidativas!! FontesFontes energéticasenergéticas glicolíticasglicolíticas

GlicóliseGlicólise

Page 18: Fontes energeticas
Page 19: Fontes energeticas

Glicogénio Glicogénio muscularmuscular

glucose

ác.pirúvico

ATP

ácido láctico

cito

sol

mito

cônd

ria

ADP + Pi + 11kcal

Page 20: Fontes energeticas

GlicogénioGlicogénio

Page 21: Fontes energeticas
Page 22: Fontes energeticas

0

5

10

15

20

25

ATPATP ADPADP IMPIMP

Pré-exercícioPós Exercício

mm

ol/k

g m

úsc u

loAlterações metabólicas agudas nas fibras

tipo II após um teste de Wingate

Esbjornsson-Liljedahl et al. (1999)

Page 23: Fontes energeticas

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

PCr Glicogénio Lactato

Pré-exercícioPós Exercício

Esbjornsson-Liljedahl et al. (1999)

Alterações metabólicas agudas nas fibras tipo II após um teste de Wingate

mm

ol/k

g m

úsc u

lo

Page 24: Fontes energeticas

0

2

4

6

8

10

12

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16

18

20

22

24

26

ATPATP ADPADP IMPIMPEsbjornsson-Liljedahl et al. (1999)

Alterações metabólicas agudas nas fibras tipo I após um teste de Wingate

mm

ol/k

g m

úsc u

lo

Pré-exercícioPós Exercício

Page 25: Fontes energeticas

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

PCr Glicogénio LactatoEsbjornsson-Liljedahl et al. (1999)

Alterações metabólicas agudas nas fibras tipo I após um teste de Wingate

mm

ol/k

g m

úsc u

lo

Pré-exercícioPós Exercício

Page 26: Fontes energeticas

SistemasSistemas energéticosenergéticos

OxidaçãoOxidação

SistemaSistema AeróbioAeróbio

Page 27: Fontes energeticas
Page 28: Fontes energeticas

OxidaçãoOxidaçãoglicogénio

glucose

piruvato ácidos gordos

aminoácidos ATP

triglicerídeos

proteínas

ADP + Pi + 11kcal

Page 29: Fontes energeticas

GlicogénioGlicogénio

glucose

ác.pirúvico

ADP + Pi + 11kcal

ATP

ácido láctico

ATP

cito

sol

mito

cônd

ria

ADP + Pi + 11kcal

CO2+H2O

Page 30: Fontes energeticas

CC66HH1212OO66 + 6 O+ 6 O22

Degradação Degradação Total Total da da GLUCOSEGLUCOSE

6 CO6 CO22 + 6 H+ 6 H22O + O + 3636--3838 ATPATP

Page 31: Fontes energeticas

• Processos de activação mais lentos• Maior consumo relativo de oxigénio• Catabolismo exclusivamente oxidativo•Menor produção de ATP por unidade de tempo

• Processos de activação mais rápidos• Menor consumo relativo de oxigénio• Catabolismo aeróbio/anaeróbio•Maior produção de ATP por unidade de tempo

Page 32: Fontes energeticas
Page 33: Fontes energeticas

Contributo dos vários Contributo dos vários Sistemas Energéticos Sistemas Energéticos em função da em função da duraçãoduração

do exercíciodo exercício

Page 34: Fontes energeticas

tempo (s)

lácticoaláctico

aeróbio

Page 35: Fontes energeticas

0102030405060708090

10 30 50 70 90 110

130

150

170

190

210

230

tempo (s)

cont

ribut

o en

ergé

tico

(%)

aeróbio

láctico

aláctico

100m 200m 800m 1500m400m

Page 36: Fontes energeticas

tempo (s)

lácticoaláctico

aeróbio

200m

400m

800m

1500m

15%

80%

5%

28%

57%

15%

40%

30%30%

48%

34%

18%

10%

23%

67%

100m

Page 37: Fontes energeticas

400m

5000m

Treinoanaeróbio

Treinoaeróbio

Treinoregenerativo

1500m

Page 38: Fontes energeticas

PotênciaPotência e e CapacidadeCapacidadedos Vários Sistemas dos Vários Sistemas

EnergéticosEnergéticos

Page 39: Fontes energeticas

Fontes energéticasFontes energéticas

CPCP

GlicóliseGlicólise

OxidaçãoOxidação

PotênciaPotência(kcal/min)(kcal/min)

CapacidadeCapacidade(kcal disponíveis)(kcal disponíveis)

Factor limitativoFactor limitativo

3636 1111 Rápido esgotamento Rápido esgotamento reservasreservas

1010

1616 1515

20002000

Acumulação de ácido Acumulação de ácido lácticoláctico

Capacidade transporte Capacidade transporte de Ode O22

Page 40: Fontes energeticas

0

20

40

60

80

100

120

140

PCr Glicólise Oxid.CHO

Oxid. FFA

mm

ol A

TP. K

g-1w

et w

t min

-1

Potência dos principais sistemas energéticos

Sahlin (1996). In: Physiology and Pathophysiology of Exercise Tolerance

Page 41: Fontes energeticas

0102030405060708090

100

PCr Glicólise Oxid.CHO

Oxid. FFA

Mol

ATP

Ilimitado

Capacidade dos principais sistemas energéticos

Sahlin (1996). In: Physiology and Pathophysiology of Exercise Tolerance

Page 42: Fontes energeticas

Estimativa da energia disponível Estimativa da energia disponível nos principais reservatóriosnos principais reservatóriosGlicogénio muscular 2.000 kcal

Glicogénio hepático 280 kcal

TG tecido adiposo 141.000 kcal

Proteínas corporais 24.000 kcal

Page 43: Fontes energeticas

Oxidação dos Oxidação dos lípidoslípidos e dose doshidratoshidratos de carbonode carbono em em função da função da intensidadeintensidade de de

exercícioexercício

Page 44: Fontes energeticas

##Como comparar indivíduos com níveis diferenciados de Como comparar indivíduos com níveis diferenciados de resistência aeróbia?resistência aeróbia?

Utilizando Utilizando intensidades intensidades relativas de exercício, de forma a relativas de exercício, de forma a conseguir induzir estímulos fisiológicos semelhantes em conseguir induzir estímulos fisiológicos semelhantes em indivíduos com performances distintas.indivíduos com performances distintas.

!! E como é possível determinar E como é possível determinar intensidadesintensidades relativas de relativas de exercício? exercício?

Avaliando a condição aeróbia dos sujeitos com base em Avaliando a condição aeróbia dos sujeitos com base em parâmetros fisiológicos específicos, deste modo é possível parâmetros fisiológicos específicos, deste modo é possível encontrar faixas de intensidade encontrar faixas de intensidade submáximas submáximas semelhantes para semelhantes para indivíduos distintos.indivíduos distintos.

!! Que parâmetros fisiológicos utilizar?Que parâmetros fisiológicos utilizar?

Os parâmetros aeróbios habitualmente mais utilizados são o Os parâmetros aeróbios habitualmente mais utilizados são o VOVO22max e o Limiar Anaeróbiomax e o Limiar Anaeróbio

Page 45: Fontes energeticas

VO2max

• Teste máximo

• Prolonga-se até exaustão

• Medição do consumo O2

• Teste contínuo incremental

• Equipamento dispendioso

• Pouco utilizado no controlo treino

• Pouca transferibilidade dados

• Correlações elevadas com resistência curta duração (3’-10’)

• Teste sub-máximo

• Interrompe-se às 4mmol/l lactato

• Medição da lactatemia

• Teste intermitente com 4 patamares

• Equipamento pouco dispendioso

• Muito utilizado no controlo treino

• Grande transferibilidade dados

• Correlações elevadas com resistência média (10’-30’) e longa duração (>30’)

Limiar Anaeróbio

Page 46: Fontes energeticas

VOVO22maxmax

Page 47: Fontes energeticas

VOVO22maxmaxRepresentaRepresenta a a taxataxa maismais elevadaelevada de de

captaçãocaptação e e utilizaçãoutilização do Odo O22 pelopeloorganismoorganismo durantedurante exercícioexercício intensointenso

Page 48: Fontes energeticas

VOVO22 = Q x dif. (art.= Q x dif. (art.--venven.) O.) O22

VOVO22 exercexerc.. = = 30l/min x 0.15l O30l/min x 0.15l O22 = = 4.54.5 l Ol O2 2 /min

VOVO22 max max relrel..

8080KgKg 6060KgKg

5656 mlOmlO22/min/Kg/min/Kg 7575 mlOmlO22/min/Kg/min/Kg

VOVO22 maxmax absolabsol.. 4.54.5 lOlO22/min/min 4.54.5 lOlO22/min/min

Page 49: Fontes energeticas
Page 50: Fontes energeticas

0

1

2

3

4

5

6

7

8

carga

remoção

produção

lact

ato

(mm

ol/l)Limiar anaeróbioLimiar anaeróbio

•• Intensidade máxima Intensidade máxima de de exercício exercício em em que que se se verifica verifica um um equilíbrioequilíbrioentre entre a a produção produção e a e a remoção remoção de de ácido lácticoácido láctico

•• MomentoMomento a a partirpartir do do qual ocorre qual ocorre a a transiçãotransição do do metabolismo metabolismo puramente oxidativo para puramente oxidativo para o o parcialmente anaeróbioparcialmente anaeróbio

Page 51: Fontes energeticas

0

1

2

3

4

5

6

7

Rep. 4,6 5 5,4 5,8

lact

ato

(mm

ol/l)

velocidade corrida (m/s)

0

2

4

6

8

10

12

Rep 5' 10' 15' 20' 25' 30'Rep. 5’ 10’ 15’ 20’ 25’

12

10

8

6

4

2

0

4.3m/s

4.4m/s

4.2m/s4.1m/s4.0m/s

lact

ato

(mm

ol/l)

tempo (min)

Limiar aeróbio-anaeróbio

MaxLass

•• Intensidade máxima Intensidade máxima de de exercício exercício em em que verifica que verifica um um steadysteady--statestate do do lactato lactato sanguíneosanguíneo

•• CargaCarga aa partir da qualpartir da qual seseverificaverifica umum aumento aumento progressivoprogressivo na acumulação na acumulação de de ácido lácticoácido láctico

Page 52: Fontes energeticas

Quociente RespiratórioQuociente Respiratório

QR = VCOQR = VCO22/VO/VO22

4.24.20.800.804.504.50ProteínasProteínas

9.59.50.700.704.704.70LípidosLípidos

4.24.21.001.005.055.05GlúcidosGlúcidos

Kcal/gKcal/gQRQRKcal/lOKcal/lO22SubstratoSubstrato

Page 53: Fontes energeticas

• Toda a energia produzida pelo organismo acaba por depender da utilização do O2

•• 4,82kcal/lO4,82kcal/lO22 $ quando uma mistura de CH, Lípidos e Proteínas são consumidos

• Ocorrem variações consoante a mistura

Geralmente utiliza-se o valor de:

5 kcal/lO2

Calorimetria indirecta

Page 54: Fontes energeticas

Diferentes composições químicas dos

HC, Lípidos e Proteínas

Calorimetria indirecta

Diferentes equivalentes energéticos por litro/O2

Diferente relação: CO2/O2

Diferentes Quocientes Respiratórios (QR)

Page 55: Fontes energeticas

HC C6 H12 O6 + 6O2 $$$$ 6CO2 + 6H2O

QR = 6 CO2 / 6 O2 = 1,0

Lípidos

QR = 16 CO2 / 23 O2 = 0,7

Proteínas

QR = 63 CO2 / 77 O2 = 0,8

Quociente Respiratório

Page 56: Fontes energeticas

Pode ser calculado se se verificarem os seguintes pressupostos:

• se o esforço for sub-máximo e constante

• se todo ATP for produzido através da respiração celular

• se a intensidade de exercício for inferior ao limiar anaeróbio

• se o Quociente Respiratório for <1

• se o VO2 conseguir estabilizar (3min)

Unidades habituais:

KJ / min

Kcal/min

Avaliação do gasto energético da actividade física por calorimetria indirecta

Page 57: Fontes energeticas

Problema 1

Numa corrida submáxima com 30min de duração são consumidos, em termos médios, 4lO2/min e produzidos 3,5lCO2/min

1. Calcule a energia dispendida nessa actividade

2. Calcule a % de energia produzida à custa dos HC e dos Lípidos

3. Calcule as gramas de HC utilizados

4. Calcule as gramas de Lípidos utilizados

Cálculo do gasto energético por calorimetria indirecta

Page 58: Fontes energeticas

Resposta 11. QR ? QR = 3,5 /4 = 0,88

Ver tabela $ equiv. Energético para 1 L O2= 4,89 kcalTotalidade de O2 consumido=30 x 4 = 120 L120 x 4,89 = 586,8 kcal

2. Ver tabela $ % de CH e % de Lípidos:

CH$ 60,8% = 357 kcalLíp $ 39,2% = 230 kcal

3 e 4. Gramas CH = 120 x 0,705 = 84,6 g

Líp = 120 x 0,213 = 24,4 g

Cálculo do gasto energético por calorimetria indirecta

Page 59: Fontes energeticas

Problema 2

Atleta A gasta em média 45 ml/kg/min; v=12km/h; 60kg de peso

Atleta B gasta em média 40 ml/kg/min; v=12km/h; 75kg de peso

1. Num mesmo treino de 30 min, em percurso plano e a velocidade

estabilizada, qual dispendeu mais energia?

2. Quantas Kcal gasta por minuto?

3. Quantas Kcal gasta por cada km percorrido?

Cálculo do gasto energético por calorimetria indirecta

Page 60: Fontes energeticas

Resposta 1.Atleta AVO2 total: [(60 x 45) x 30] : 1000 =81 L; 81 x 5 = 405KcalAtleta BVO2 total: [(75 x 40) x 30] : 1000 =90 L; 90 x 5 = 450 KcalRespostas 2 e 3.Atleta A405 / 30 = 13,5 kcal /min; 405 / 5 = 82 Kcal /kmAtleta B450 /30 = 15 Kcal /min; 450 / 5 = 90 Kcal /km

Cálculo do gasto energético por calorimetria indirecta

Page 61: Fontes energeticas

Durante o exercício de baixa Durante o exercício de baixa intensidade (intensidade (2020--30%VO30%VO22maxmax) os ) os agag plasmáticosplasmáticos correspondem à correspondem à totalidade dos totalidade dos lípidoslípidos oxidados.oxidados.

((HolloszyHolloszy et al. 1998)et al. 1998)

Page 62: Fontes energeticas

As taxas máximas de oxidação dos As taxas máximas de oxidação dos agagplasmáticosplasmáticos são obtidos a baixassão obtidos a baixas

intensidadesintensidades de exercício (~de exercício (~40%VO40%VO22maxmax)) ..((HolloszyHolloszy et al. 1998)et al. 1998)

Page 63: Fontes energeticas

Durante o exercício moderado e Durante o exercício moderado e intenso (intenso (5555--85% VO85% VO22maxmax) são ) são

oxidadas quantidades oxidadas quantidades semelhantes de semelhantes de agag plasmáticosplasmáticos e e

tgtg muscularesmusculares..

((HolloszyHolloszy et al. 1998)et al. 1998)

Page 64: Fontes energeticas

Durante o exercício exaustivo (>90’) de Durante o exercício exaustivo (>90’) de intensidade moderada (intensidade moderada (5555--75% 75% VOVO22maxmax) ocorre um ) ocorre um declíneodeclíneo

progressivo na energia derivada doprogressivo na energia derivada doglicogénioglicogénio muscularmuscular e um incremento na e um incremento na

oxidação dos oxidação dos agag plasmáticosplasmáticos..((HolloszyHolloszy et al. 1998)et al. 1998)

Page 65: Fontes energeticas

No No músculomúsculo em em repousorepouso poucopouco glicogénioglicogénio é é catabolizadocatabolizado, , estandoestando a a taxataxa de de glicóliseglicólise dependentedependente dada captaçãocaptação de de glucose glucose plasmáticaplasmática pelopelo músculomúsculo ..

No entanto, durante o No entanto, durante o exercícioexercício, a , a glicogenóliseglicogenólise é é fortemente estimulada, passando a ser ofortemente estimulada, passando a ser o glicogénioglicogénio o o principal precursor da principal precursor da glicóliseglicólise..

PorPor exemplo, durante o exercício em exemplo, durante o exercício em steadysteady--statestate a a 65%VO2max65%VO2max a quebra dea quebra de glicogénioglicogénio pode exceder 4pode exceder 4--5 5 vezes a captação devezes a captação de glucose plasmáticaglucose plasmática..

(Brooks 2000)(Brooks 2000)

Page 66: Fontes energeticas

020406080

100120140160180

25% 65% 85%

AG plasmáticos

TG musculares

Glucose plasmática

Glicogénio muscular

kcal.kgkcal.kg--11.min.min

Contributo relativo dos Contributo relativo dos lípidoslípidos ee hidratoshidratos de carbonode carbonoem função da intensidade de exercícioem função da intensidade de exercício

%VO%VO22maxmax((RomijnRomijn et al. 1993)et al. 1993)

Page 67: Fontes energeticas

Contributo relativo dos Contributo relativo dos lípidoslípidos ee hidratoshidratos de de carbonocarbono em função da intensidade de exercícioem função da intensidade de exercício

0

50

100

150

200

250

300

25% 65% 85%

AG plasmáticos

TG musculares

Glucose plasmática

Glicogénio muscular

kcal.kgkcal.kg--11.min.min

%VO%VO22maxmax ((RomijnRomijn et al. 1993)et al. 1993)

Page 68: Fontes energeticas

Contributo relativo dos Contributo relativo dos lípidoslípidos ee hidratoshidratos de de carbonocarbono em função da intensidade de exercícioem função da intensidade de exercício

0

50

100

150

200

250

300

25% 65% 85%

Lípidos

Hidratos Carbono

%VO%VO22maxmax

kcal.kgkcal.kg--11.min.min

((RomijnRomijn et al. 1993)et al. 1993)

Page 69: Fontes energeticas

%% Durante o exercício intenso Durante o exercício intenso

((85%85%VOVO22max) a max) a oxidação oxidação lipídicalipídica totaltotal é é

semelhante à que ocorre a semelhante à que ocorre a 25%25%VOVO22max.max.

%% A A 85%85%VOVO22maxmax a utilização dos a utilização dos agag

plasmáticosplasmáticos tende a diminuir devido à tende a diminuir devido à

diminuição dos seus níveis circulantes.diminuição dos seus níveis circulantes.

((HolloszyHolloszy et al. 1998)et al. 1998)

Page 70: Fontes energeticas
Page 71: Fontes energeticas

OxidaçãoOxidação lipídicalipídica e de HC e de HC durantedurante o o exercícioexercício submáximosubmáximo

((HolloszyHolloszy et al. 1998)et al. 1998)

Page 72: Fontes energeticas

!! Dados de Dados de investigaçõesinvestigações recentesrecentesrelativasrelativas à à produçãoprodução de de energiaenergia no no músculomúsculo esqueléticoesquelético a a partirpartir dos dos

váriosvários sistemassistemas energéticosenergéticos

Page 73: Fontes energeticas

!! PresentementePresentemente, , tantotanto a a técnicatécnica de de biópsiabiópsia muscular muscular comocomo o o métodométodo do do déficedéfice de de oxigéniooxigénio constituemconstituem a a melhormelhor forma de forma de avaliaçãoavaliação dada produçãoprodução de de energiaenergiaanaeróbiaanaeróbia durantedurante o o exercícioexercício intensointenso ((GastinGastin 2001)2001)

!! Lamb (1995) Lamb (1995) estimouestimou queque osos halterofilistashalterofilistas de de classeclassemundialmundial podempodem produzirproduzir, de forma , de forma quasequase instantâneainstantânea, , potênciaspotências 10 a 20 10 a 20 vezesvezes superioressuperiores àsàs requeridasrequeridas paraparaatingiratingir o VO2maxo VO2max

!! TambémTambém osos sprinterssprinters podempodem atingiratingir potênciaspotências 3 a 5 3 a 5 vezesvezes superioressuperiores àsàs requeridasrequeridas parapara atingiratingir o o VO2max, no VO2max, no entantoentanto revelamrevelam--se se incapazesincapazes de de mantermanterpotênciaspotências tãotão elevadaselevadas ((GastinGastin 2001)2001)

Page 74: Fontes energeticas

!! A A taxataxa de de degradaçãodegradação dada CPCP atingeatinge o o seuseu máximomáximoimediatamenteimediatamente apósapós o o inícioinício dada contracçãocontracção muscular e muscular e começacomeça a a declinardeclinar apósapós apenasapenas 1.3s 1.3s ((MaughanMaughan et al. 1997)et al. 1997)

!! PorPor outrooutro ladolado, a , a produçãoprodução de de ATPATP nana glicóliseglicólise sósó atingeatinge a a taxataxa máximamáxima apósapós 5s e 5s e podepode ser ser mantidamantida a a esseesse nívelnível duranteduranteváriosvários segundossegundos ((MaughanMaughan et al. 1997)et al. 1997)

!! As As concentraçõesconcentrações de de repousorepouso de de ATPATP e e CPCP no no músculomúsculoesqueléticoesquelético sãosão de de aproximadamenteaproximadamente 25 e 7025 e 70--80mmol/Kg de 80mmol/Kg de massamassa magramagra ((SprietSpriet 1995, 1995, MaughanMaughan 1997)1997) e e nãonão parecemparecem ser ser significativamentesignificativamente afectadasafectadas pelopelo nívelnível de de treinotreino do do sujeitosujeito((SaltinSaltin e e GollnickGollnick 1983)1983)

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!! A A deplecçãodeplecção total de total de ATPATP nãonão ocorreocorre mesmomesmo em em condiçõescondiçõesde de exercícioexercício extremasextremas, , apesarapesar de de teremterem sidosido descritasdescritasdiminuiçõesdiminuições do do ATPATP muscular de muscular de 3030--40%40% ((BangsboBangsbo et al. 1990, et al. 1990, Jacobs et al. 1982)Jacobs et al. 1982)

!! Em Em contrastecontraste, é , é possívelpossível verificarverificar--se se umauma deplecçãodeplecção quasequasecompletacompleta das das reservasreservas de de CPCP ((HultmanHultman et al. 1990, et al. 1990, BogdanisBogdanis et al. et al. 1995)1995)

!! A A energiaenergia derivadaderivada das das reservasreservas de de ATPATP e e CPCP, , consideradaconsiderada a a componentecomponente alácticaaláctica, , podepode contribuircontribuir com com 2020--30%30% dada energiaenergiaanaeróbiaanaeróbia libertadalibertada durantedurante o o exercícioexercício intensointenso exaustivoexaustivo com com 22 a a 3 min3 min de de duraçãoduração ((SaltinSaltin 1990, 1990, BangsboBangsbo et al. 1990)et al. 1990)

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!! O O contributocontributo energéticoenergético do do sistemasistema ATPATP--CPCP é é máximomáximo durantedurante osos primeirosprimeiros 2s2s de de exercícioexercíciomáximomáximo

!! AproximadamenteAproximadamente 7575--85%85% do do declíneodeclíneo dada CPCPocorreocorre nosnos primeirosprimeiros 10s 10s

!! OcorreOcorre muitomuito poucapouca ressínteseressíntese do do ATPATP a a partirpartir dadaCP CP apósapós 20s20s de de exercícioexercício de de intensidadeintensidade máximamáxima

(Lakomy 2000, Maughan et al. 1997)

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!! A A produçãoprodução de de ATPATP nana glicóliseglicólise sósó atingeatinge a a taxataxa máximamáximaapósapós 5s e 5s e podepode ser ser mantidamantida a a esseesse nívelnível durantedurante váriosváriossegundossegundos ((MaughanMaughan et al. 1997)et al. 1997)

!! DuranteDurante o o exercícioexercício máximomáximo, a , a taxataxa dada glicóliseglicólise podepode ser ser incrementadaincrementada atéaté 100 100 vezesvezes relativamenterelativamente aoao valor de valor de repousorepouso ((NewsholmeNewsholme e Start 1973)e Start 1973),, emboraembora estaesta taxataxa nãonão possapossaser ser mantidamantida

!! A A diminuiçãodiminuição gradual do gradual do pHpH vaivai provocarprovocar umauma diminuiçãodiminuiçãoprogressivaprogressiva dada actividadeactividade das das enzimasenzimas glicolíticasglicolíticas, , particularmenteparticularmente dada fosforilasefosforilase e e dada PFKPFK, , resultandoresultando numanumataxataxa reduzidareduzida de de ressínteseressíntese do ATP do ATP ((HermansenHermansen 1981)1981)

Page 78: Fontes energeticas

!! A A duraçãoduração do do exercícioexercício de de intensidadeintensidade máximamáxima em em queque o o contributocontributo dos dos sistemassistemas energéticosenergéticos aeróbiosaeróbios e e anaeróbiosanaeróbios é é semelhantesemelhante pareceparece situarsituar--se se entreentre 11 e e 22minmin, , maismais provavelmenteprovavelmente em em tornotorno dos dos 75s75s

!! A A visãovisão tradicionaltradicional de de queque o o sistemasistema energéticoenergéticoaeróbioaeróbio desempenhadesempenha um um papelpapel insignificanteinsignificante duranteduranteo o exercícioexercício de de altaalta intensidadeintensidade precisaprecisa de de umaumareformulaçãoreformulação urgenteurgente

!! Com Com efeitoefeito osos processosprocessos aeróbiosaeróbios contribuemcontribuem de de forma forma significativasignificativa parapara a a produçãoprodução de de energiaenergiamesmomesmo em em esforçosesforços máximosmáximos tãotão curtoscurtos comocomo 30s30s

(Gastin P., Sports Med., 2001)

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!! É É actualmenteactualmente evidenteevidente queque osos 3 3 sistemassistemas energéticosenergéticoscontribuemcontribuem parapara a a produçãoprodução de de energiaenergia durantedurante o o sprintingsprinting, , istoisto mesmomesmo durantedurante sprints sprints curtoscurtos de 6s de 6s ((GastinGastin 2001)2001)

!! DuranteDurante 10 sprints de 6s 10 sprints de 6s observouobservou--se um se um declíneodeclíneo de de 27% 27% nana potênciapotência ((entreentre o 1º e o 10º sprint). No o 1º e o 10º sprint). No entantoentanto, , foifoi registadoregistado um um declíneodeclíneo de 64% de 64% nanautilizaçãoutilização de ATP de ATP anaeróbioanaeróbio devidodevido à à inibiçãoinibição quasequasecompletacompleta dada glicóliseglicólise atéaté aoao 10º sprint10º sprint ((GaitanosGaitanos et al. et al. 1993)1993)

!! DesteDeste modomodo, , foifoi reconhecidoreconhecido queque o o metabolismometabolismoaeróbioaeróbio podepode dardar um um contributocontributo energéticoenergéticosignificativosignificativo mesmomesmo durantedurante osos sprints sprints ((NevillNevill et al. 1996)et al. 1996)