folha extra ed 1016

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SEXTA-FEIRA 13 DE SETEMBRO DE 2013 nº 1016, ANO 10 R$ 2,00 ALCEU JUNIOR - FOLHA EXTRA A influência de Gilberto Giacoia Para a segunda entrevista da série Filhos da Terra, a Folha Extra esteve em Curitiba, onde entrevistou o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Gilberto Giacoia, norte-pioneirense nascido em Ribeirão Claro e dono de um dos cargos mais importantes do poder público paranaense. PÁGINA A6- Por Alceu Junior Nascido em Ribeirão Claro, Giacoia hoje é o chefe maior do Ministério Público do Paraná Filhos da Terra PÁGINA A3 Novo prefeito do município assume após sair vitorioso na eleição suplementar de 4 de agosto; Domingos já foi vereador e vice-prefeito e se elegeu com 43 votos a mais que o segundo colocado no pleito, Sidney da Silva. O novo prefeito tem 42 anos e disputou o cargo de chefe do Executivo pela coligação "A mudança de Verdade". Amunorpi (Associação dos Mu- nicípios do Norte Pioneiro) irá recomendar que as prefeituras da associação trabalhem com Prefeituras poderão abrir apenas meio período PÁGINA A4 A pelo menos alguns departamentos ape- nas em meio período devido às dificulda- des financeiras vivida pelos municípios em virtude da queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Valmir Domingos toma posse como prefeito de Itaí QUEDA DO FPM DIVULGAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO COMIDA CASEIRA DE SABOR ÚNICO Rua Santos Dumont, 128 -sobre loja- centro Em frente a praça da matriz O Restaurante Marissol, está sempre inovando para oferecer a seus clientes o que há de melhor em alimentação. Cardápio variado com carnes, saladas, acompanhamentos e bebidas para o seu almoço, isso sem falar naquele suco natural delicioso. SEMPRE NO ALMOÇO DE SEGUNDA À SÁBADO A PARTIR DAS 11:20HS Escritores se reúnem no Norte Pioneiro CHÁ LITERÁRIO O evento reuniu autores de Jo- aquim Távora, Jaboti, Tomazina, Salto do Itararé, Siqueira Cam- pos, Wenceslau Braz e Pinhalão em um encontro literário no Hotel Fazenda Carro de Boi, sen- do estendido para o lançamen- to de obras em homenagem ao centenário escritor tomazinense Newton Sampaio, no centro cul- tural do município. PÁGINA B1 - Por Mariane Souza Caso Tayná sofre mais uma reviravolta Pág. A5 Filmes para você assistir nesta sexta-feira 13 Pág. B1 FALANDO SÉRIO PÁG. A3 Reforma tributária

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FOLHA EXTRA ED 1016

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A 1S E X T A - F E I R A , 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 3 - E D I Ç Ã O 1 0 1 6

SEXTA-FEIRA

13 DE SETEMBRODE 2013

nº 1016, ANO 10R$ 2,00

ALCEU JUNIOR - FOLHA EXTRA

A influência de Gilberto

GiacoiaPara a segunda entrevista da série

Filhos da Terra, a Folha Extra esteve em Curitiba, onde entrevistou o

Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná,

Gilberto Giacoia, norte-pioneirense nascido em Ribeirão Claro e dono de

um dos cargos mais importantes do poder público paranaense.

PÁGINA A6- Por Alceu Junior

Nascido em Ribeirão Claro, Giacoia hoje é o

chefe maior do Ministério Público

do Paraná

Filhos da Terra

PÁGINA A3

Novo prefeito do município assume após sair vitorioso na eleição suplementar de 4 de agosto; Domingos já foi vereador e vice-prefeito e se elegeu com 43 votos a mais que o segundo colocado no pleito, Sidney da Silva. O

novo prefeito tem 42 anos e disputou o cargo de chefe do Executivo pela coligação "A mudança de Verdade".

Amunorpi (Associação dos Mu-nicípios do Norte Pioneiro) irá recomendar que as prefeituras da associação trabalhem com

Prefeituras poderão abrir apenas meio

período

PÁGINA A4

Apelo menos alguns departamentos ape-nas em meio período devido às dificulda-des financeiras vivida pelos municípios em virtude da queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Valmir Domingos toma posse como prefeito de Itaí

QUEDA DO FPMDIVULGAÇÃO

NO ESTADO DE SÃO PAULO

COMIDA CASEIRA DE SABOR ÚNICO

Rua Santos Dumont, 128 -sobre loja- centroEm frente a praça da matriz

O Restaurante Marissol, está sempre inovandopara oferecer a seus clientes o que há de melhorem alimentação. Cardápio variado com carnes,saladas, acompanhamentos e bebidas para o seu almoço,isso sem falar naquele suco natural delicioso.

SEMPRE NO ALMOÇO DE SEGUNDA À SÁBADOA PARTIR DAS 11:20HS

Escritores se reúnem no Norte Pioneiro

CHÁ LITERÁRIO

O evento reuniu autores de Jo-aquim Távora, Jaboti, Tomazina, Salto do Itararé, Siqueira Cam-pos, Wenceslau Braz e Pinhalão em um encontro literário no Hotel Fazenda Carro de Boi, sen-do estendido para o lançamen-to de obras em homenagem ao centenário escritor tomazinense Newton Sampaio, no centro cul-tural do município.PÁGINA B1 - Por Mariane Souza

Caso Tayná sofre mais uma reviravolta Pág. A5

Filmes para você assistir nesta sexta-feira 13 Pág. B1

FALANDO SÉRIO PÁG. A3

Reforma tributária

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A 2S E X T A - F E I R A , 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 3 - E D I Ç Ã O 1 0 1 6

COMIDA CASEIRA DE SABOR ÚNICO

OPINIÃO

O tema de hoje, a relação médico-paciente, é um assunto delicado e complexo. Decerto não será esgo-tado em poucas palavras. Pode-se escrever um livro sobre ele.Há não muito tempo, a assistência à saúde, assim como a educação, não era considerada direito de to-dos e muito menos obrigação do Estado. A relação médico-paciente era direta. O doente ou seus paren-tes estabeleciam a relação com o médico conforme suas necessida-des e possibilidades. Quando uma pessoa ficava doente, procurava-se um médico, acertava-se o preço e pronto. Se o serviço fosse satisfa-tório, procurava-se aquele médico novamente. Caso contrário, procu-rava-se outro. Como se faz até hoje com outros profissionais como ad-vogados, arquitetos, engenheiros, marceneiros, pedreiros, encanado-res. Havia poucos médicos disponí-veis e eram poucos os doentes que podiam ser tratados por médicos. A grande maioria se tratava com curandeiros e usava a medicina po-pular à base de remédios caseiros.Os conceitos de saúde e doença mudaram, a cultura mudou e a relação médico-paciente também sofreu profundas mudanças. Nem sempre para melhor. Essas mudan-ças têm a ver com a interposição de agentes intermediários entre as duas partes, o avanço científico e tecnológico da medicina, a forma como os serviços de saúde são es-truturados e as transformações de toda uma cultura dentro da qual esses atores estão imersos.Determinados intermediários pas-saram a fazer parte dessa relação quando algumas instituições come-çaram a contratar serviços médicos e oferecê-los a seus associados. Ao mesmo tempo em que isso permitia o acesso de todos os seus membros aos serviços de saúde, por outro lado limitava a escolha entre uns poucos médicos e a disponibilida-de a um número limitado de servi-ços. Esse tipo de serviço se expan-diu, mudou de nome muitas vezes, até que chegamos ao serviço públi-co de saúde que hoje conhecemos como SUS. Há também os serviços privados, convênios como Unimed, Amil, empresas de seguro-saúde e outras formas de medicina de gru-po que servem de intermediários entre o paciente e o médico.Apesar de trazer alguns benefícios para todos os envolvidos, a exis-tência de intermediários entre o médico e o paciente produz inter-ferências e distorções importantes nessa relação. Em alguns países,

onde os serviços de saúde estão organizados de forma diferente e mais eficiente que no Brasil, vê-se que a relação médico-paciente ainda se mantém, de certo modo, preservada. Entretanto podemos observar que, atualmente, e não apenas em nosso país, a relação médico-paciente está cada vez mais tênue, mais esgarçada, mais preju-dicada. Não só os intermediários mas diversos fatores econômicos, sociais e culturais contribuem para esse quadro.O que podemos dizer sobre a rela-ção médico-paciente? Pode-se dizer que é muito mais que uma relação entre duas partes interessadas, um prestador e um tomador de servi-ços. É uma relação que envolve compromissos e deveres, uma re-lação baseada em confiança e res-ponsabilidade, sinceridade e empa-tia. De um lado o paciente traz sua história, suas queixas, seus anseios, seu voto de confiança, ao procurar um médico de modo a encontrar alívio para seu sofrimento. O do-ente espera ser acolhido, ouvido, examinado pelo profissional. Ele deseja que o médico se interesse em resolver seu caso e que, com esse objetivo, use sua capacidade técnica para mobilizar os recursos disponíveis de modo a investigar, diagnosticar e propor uma condu-ta. Ele conta com o empenho do médico em resolver seu problema ou, pelo menos, em minorar sua dor.O profissional, por sua vez, deve se sentir honrado em receber o paciente, tornando-se responsável por conduzir seu caso até um des-fecho satisfatório para ambos. Para isso ele precisa de competência, comprometimento e empatia. Ele precisa considerar seu paciente como um universo que tem que ser explorado e investigado antes de se pensar em qualquer tratamento.A relação médico-paciente é, antes de tudo, uma interação entre dois seres humanos que depende de co-municação, respeito e amor. Como qualquer relação humana, é com-plexa, é delicada, está sujeita a altos e baixos, sucessos e insucessos.

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bastante corrente a oposição en-tre o universo da casa (família) e o da rua (trabalho), assimilados, respectivamente, como espaços do "feminino" e do "masculino". Refletir acerca do mundo do tra-balho a partir da perspectiva de gênero é uma tarefa difícil.O filme O Sorriso de Mona Lisa aborda este traço de nossa cultura ao questionar, na figu-ra de uma professora de artes plásticas, apaixonada pelo seu trabalho, a constituição de uma família como único meio de construção identitária das mu-lheres. O drama da professora, ao perceber que o casamento ti-nha como requisito o abandono de sua condição de profissional, coloca em relevo não somente a submissão das mulheres da épo-ca, ao aceitarem e legitimarem esta imposição, mas a valoração positiva e o caráter de dignidade que o trabalho assume na mo-dernidade.Apesar desta configuração social apresentada no filme datado dos anos de 1950, percebemos que, mesmo tendo ocorrido mui-tas mudanças na divisão sexual do trabalho, estas inquietações ainda se fazem presentes no cotidiano de muitas mulheres na atualidade, especialmen-te naquelas que escolheram a educação como profissão. Qual o espaço do trabalho na consti-tuição identitária das professoras da atualidade? E quais sentidos e significados ele assume neste contexto?Nas discussões em sala de aula com as alunas de cursos de li-

m nosso país o papel social feminino está longe de ser visto por uma ótica igualitária. É E

Sentidos do trabalho para as mulheres

cenciatura, problematizamos a divisão sexual do trabalho e a separação fordista ainda encon-trada nesta divisão: aos homens cabe o trabalho gratificante e re-munerado da rua e às mulheres o trabalho maçante, repetitivo

(e não remunerado) da casa - o qual nossa sociedade nem reco-nhece como trabalho. Refletimos também sobre a libertação (par-cial) das mulheres do universo doméstico e sobre suas conquis-tas profissionais. Digo parcial porque a tripla jornada de traba-lho é um dos principais motivos de queixas femininas. Em casa, aos homens ainda cabe apenas o papel de ajudar, pois na maioria dos casos não são considerados e não se consideram responsá-veis pelo trabalho doméstico.No entanto o que chama a aten-ção em nossas discussões não são as queixas recorrentes acerca da permanência desta tradicio-nal divisão do trabalho, mas os motivos apontados pelas alunas para buscarem fazer uma facul-dade e serem professoras.Em algumas turmas com as quais tive esta experiência de debate, me surpreendeu o fato de que para muitas futuras professoras

Uma relação delicada

a principal motivação para traba-lharem fora era a de terem uma independência financeira. Es-colheram, sim, a educação, mas o que as levou a buscar novas oportunidades de trabalho foi “não ter que pedir dinheiro para

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seus maridos”. Percebi também que o trabalho feminino muitas vezes é visto como uma necessi-dade. A mulher só adquire esta condição porque, frente ao de-semprego estrutural e à flexibi-lidade do mundo do trabalho, o homem precisa da sua ajuda no sustento da casa.Estes relatos nos trazem algu-mas reflexões sobre a condição feminina e o mundo do trabalho na atualidade. Inicialmente nos questionamos sobre a centrali-dade do trabalho na constituição de identidade dos sujeitos. Em uma sociedade de consumo, na qual somos o que adquirimos (e descartamos), o trabalho, en-quanto condição que confere dignidade ao ser humano, pare-ce perder espaço. Se na moder-nidade o trabalho dignificava a pessoa, hoje seria o consumo que assume este papel?Neste contexto, o trabalho volta a ser concebido como um fardo

necessário para inclusão em uma sociedade de consumo? Esta negação do trabalho como algo prazeroso, que confere identida-de ao sujeito, parece estar mais presente no universo feminino. Será que a constituição da iden-

tidade feminina centra-se ainda com tanta força na condição de esposa e mãe que a mulher aca-ba concebendo o trabalho como uma simples necessidade? Quan-tas vezes nos pegamos dizendo aos nossos filhos ao sairmos de casa: “A mamãe precisa trabalhar. Mas já volta pra ficar contigo”? Neste tipo de discurso a repre-sentação do trabalho como algo negativo já está sendo, então, perpetuada para as futuras ge-rações. Não deveríamos dizer: “Vou trabalhar porque gosto, porque me sinto produtora, por-que isso também me faz feliz”?

O filme O Sorriso de Mona Lisa aborda este traço de nossa cultura ao questionar, na figura de uma professora de artes plásticas, apaixonada pelo seu trabalho, a constituição de uma família como único meio de construção identitária das mulheres.“

de las Casas, o primeiro bispo católico que ainda nos primeiros tempos da colonização assumiu o papel de defensor dos índios contra os conquistadores. Este primeiro bispo de Chiapas, no sul do México, faleceu no dia 17 de julho de 1586. Nos Andes, um encontro de povos indígenas propõe ao mundo que, para sal-var o planeta Terra, a humanida-de deveria aprender o Bom-Viver como regra ética e critério de organização das sociedades. É o Suma Kwasay dos quétchuas, ou o "Suma Kamana” dos aymara. O povo Guarani o chama lekil Ku-xlejal, sinônimo de "vida boa”. Significa o que hoje denomina-mos de "qualidade de vida” e o Evangelho chama de "Vida em plenitude” ( Jo 10, 10).O mundo capitalista sempre prometeu às pessoas a possibi-lidade de se viver melhor e fala em otimização da produção e do trabalho. Os povos tradicionais não querem apenas isso. Alme-jam transformar profundamen-te o modo de viver. Priorizam a sacralidade da vida humana e de todos os seres vivos. Compreen-dem isso como compromisso de viver de modo sadio, feliz e har-monioso consigo mesmo, com

o mês de julho, os povos indígenas da Ameríndia recordam a figura de Bartolomeu N

Bom viver para todo o mundoPor MUNDO JOVEM

os outros humanos e com todos os seres vivos. Para os povos tra-dicionais, não é um ideal irreali-zável e sim uma utopia possível que temos de construir.Antigamente, nas comunidades andinas, o bom-viver era um mé-todo de vida e espiritualidade so-cial. Com a invasão da cultura in-dividualista e do consumo, para que alcancemos novamente este ideal, precisamos nos apoiar em um conjunto de princípios, crité-rios e iniciativas como alternati-vas ao tipo de desenvolvimento que privilegia o econômico, sem levar em conta a dimensão hu-mana, social e ecológica.A Bolívia e o Equador inscreve-ram o bom-viver nas suas cons-tituições, como objetivo do Estado. Nestes países, inúmeras conferências e congressos pro-curam aprofundar um conhe-cimento cultural das diversas tradições indígenas. Garantindo, assim, uma conduta ética e espi-ritual que fundamente uma so-ciedade dirigida à realização de cada pessoa na comunidade e, a partir do cuidado social, garanta o equilíbrio nas relações entre as pessoas, povos, assim como com a Mãe Terra e toda a natureza.Na sociedade capitalista, o de-senvolvimento dos países era calculado pelo Produto Interno Bruto (PIB). Na década de 90, o economista indiano Amar-

tya Sem propôs como critério o "Índice de Desenvolvimento Humano”. Isso significa levar em conta não só o aspecto eco-nômico, mas a saúde, educação e liberdade social de cada povo. Já em 1970, no Bustão, país pou-co conhecido da Ásia, o príncipe Jigme Singye Wangchuck propôs como critério de classificação, não a produção econômica e o desenvolvimento social, mas o "Índice de Felicidade Interna”, qualidade de vida digna, base-ada nos princípios espirituais do Budismo. A questão é como avaliar o grau de felicidade de uma comunidade e das pessoas na sociedade. Uma ONG inglesa (Friends of the Earth) publicou uma série de itens para medir o grau de felicidade coletiva. Al-guns destes elementos são: saú-de, estabilidade social, possibili-dade de vida familiar, condições saudáveis de trabalho, liberdade e lazer.No começo deste século, esta ONG elaborou uma pesquisa na qual, segmentos da população de vários países responderam a um questionário. Além disso, estas famílias foram visitadas por voluntários que também se pro-nunciaram sobre as condições de vida nestes países. Os povos que se destacaram pelo índice de felicidade foram pequenos países como Costa Rica, estado

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desmilitarizado e relativamente pobre, a Colômbia depois da pacificação de sua guerra civil e mesmo Cuba, vítima do blo-queio americano. O povo brasi-leiro foi considerado dos mais felizes, apesar de tantos proble-mas sociais e políticos que en-frentamos. Nenhum país rico do G8 aparece na lista dos mais feli-zes. Os Estados Unidos ocupam o posto 150, igual ao Zimbabue, país africano pobre e ainda imer-so em conflitos raciais.Apesar de que existem grupos religiosos capitalistas que fazem do lucro e da prosperidade eco-nômica um sinal de bênção divi-na, as grandes tradições espiritu-ais sempre chamaram as pessoas a valorizar mais o ser do que o ter. No evangelho de Mateus, em seu primeiro discurso público, Jesus proclama oito bênçãos, bem-aventuranças ou situações de felicidade (Mt 5, 1-12) e no evangelho de João, ele afirma: "Eu vim ao mundo para que todas as pessoas tenham vida e vida em plenitude” ( Jo 10, 10).

CHARGE DA EXTRA

Por VALÉRIA AYDOS

Mestre em Antropologia Social e professora de Sociologia e Antropologia Social nas Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), Porto Alegre, RS.

Por KAREN CÂMARA

Médica e Escritora do ‘Fãs da Psicanálise’

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A 3S E X T A - F E I R A , 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 3 - E D I Ç Ã O 1 0 1 6 VIDA PÚBLICA

COLUNA DA PÁGINA

FALANDO SÉRIO

Reforma tributáriaA questão é uma só: do jeito que está não pode ficar. As prefeituras dos municípios pe-quenos têm sido praticamente massacradas com as reduções nos repasses por parte do governo Federal. O que se vão são gastos absurdos com políticas assistencialistas e a com Copa do Mundo de um lado e prefei-turas sem verbas de outro. Para prefeituras de grandes municípios o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) não significa uma quantia considerável em sua renda, porém para as prefeituras de municí-pios pequenos esse repasse é preponderante para que as administrações municipais pos-sam trabalhar. Até quando as prefeituras vão resistir sem a tão sonhada reforma tributária? E os principais afetados são os cidadãos, que se vêem muitas vezes sem a prestação de ser-viços básicos por parte do Poder Executivo dos locais onde vivem.

ARAPOTI

Em breveAcontecerá nos dias 20, 21 e 22 deste mês a pre-miação anual da Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Paraná (Adjori-PR). O evento aconte-cerá em um resort em Cornélio Procópio e reunirá os melhores veículos de comunicação do interior do Paraná. A Folha Extra estará concorrendo em diversas categorias, com destaque para reportagem livre, séries de reportagens, reportagem investigati-va e melhor fotografia na questão jornalística além de outras disputas nas categorias de publicidade e designer gráfico.

Os vereadores de Arapoti aprova-ram em 1ª votação o Projeto de Lei Ordinária nº 1500 que prevê o rea-juste na tabela de vencimentos dos professores do magistério público municipal. A matéria foi discutida na sessão extraordinária desta quarta-feira (11) na câmara municipal. Com a presença do quórum mínimo para abertura da sessão (6), os vereadores aprovaram o projeto por unanimida-de. Agora, a matéria seguirá para dis-cussão e votação em 2º turno. A reunião contou com a presença dos vereadores Luis Carlos Morei-ra, o Carlinhos (PV), Claudinei José Moreira, o Toddynho (PTC), Nelson Aguiar, o Pepe (PV), Wesley Carneiro

Ulrich, o Lelo (PT), João Maria Bon-fim, o Chipanzé (PPS) e Marineo Ferreira (PTB). Com a ausência da vereadora Nerilda Penna (PP), o ve-reador Tóddynho assumiu a função na Mesa Diretora como secretário Ad hoc. O vereador Marineo Fer-reira esteve impedido de participar da discussão e votação do projeto, pois segundo o artigo 88 da Lei Orgânica Municipal, existia o inte-resse particular de seu cônjuge na matéria. Um grande número de professores esteve presente para acompanhar a sessão e se mostraram satisfeitos com a aprovação do projeto que es-tabelece a adequação ao novo piso salarial nacional dos professores. Os rendimentos dos professores estavam defasados desde o mês de janeiro. Os vereadores debateram

DA ASSESSORIA Arapoti

constantemente o projeto nas co-missões antes de colocá-lo em pau-ta, pois o texto original, enviado pelo Executivo, continha algumas inconsistências. O Executivo estabelecia previa-mente o reajuste retroativo ao mês de Maio, o que foi contestado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que, em parecer embasado pelo IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Muni-cipal), entendia que o correto era o reajuste ser retroativo ao mês de Janeiro. Isso fez com que a maté-ria ficasse adiada até a alteração no texto, que deveria ser realizada obrigatoriamente pela Prefeitura e não pelo Legislativo. “Essa votação já era para ter acontecido há muito tempo, mas por motivo do proje-to ter ficado parado no Executivo,

isso não foi possível” disse o Presi-dente Carlinhos. O vereador Lelo também rebateu o que ele chamou de boatos, que diziam que o projeto estava parado porque a Câmara não queria tocá-lo adiante. “Na verdade a situação era bem ao contrário. Fizemos de tudo para que o projeto fosse para frente, inclusive alertando o Exe-cutivo de algumas falhas que exis-tiam no texto original enviado à esta Casa, que foi substituído para que hoje pudesse ser corretamente discutido, votado e aprovado” fa-lou Lelo. “Essa Casa lutou dia após dia, trabalhando nas comissões para que o projeto fosse corrigido e, hoje finalmente aprovado. É um merecido reajuste na tabela de ven-cimentos dos nossos professores” complementou Toddynho.

Vereadores aprovam reajuste dos professores do magistério municipal

O novo prefeito de Itaí (SP), Valmir Domingos (PR) foi em-possado na manhã do último domingo (8) na Câmara dos Vereadores após sair vitorioso da eleição suplementar do dia 4 de agosto.Participaram da solenidade centenas de moradores (res-ponsáveis por lotar as depen-dências do recinto), políticos, como deputado federal Mil-ton Monti (PR) e o deputa-do estadual Ulysses Tassínari (PR), além de vereadores, pa-rentes e o vice-prefeito Davi Cristão, que também tomou posse. Valmir Domingos tem 42 anos

e disputou o cargo de chefe do Executivo pela coligação "A mudança de Verdade". Ele foi vereador entre 2001 a 2004 e vice-prefeito do muni-cípio entre os anos de 2005 e 2008.Domingos concorreu à prefei-tura tendo como adversários Sidney da Silva, do PSDB, atu-al presidente em exercício da Câmara de Vereadores e tendo apoio do prefeito cassado, e Célia Sakamoto, candidata da coligação "Itaí no rumo cer-to", do PSB, que ficou como prefeita interina durante os meses em que as eleições esta-vam indefinidas. O agora pre-feito foi o dono da preferência de 4.755 eleitores, 43 votos a mais que o segundo colocado, Sidney da Silva. Já Célia teve 3.399 votos.A nova eleição ocorreu por de-terminação da Justiça Eleitoral devido à anulação da votação

DA REDAÇÃO

Valmir Domingos toma posse como prefeito de Itaí

realizada em 2012. O candida-to mais votado na época, o ex-prefeito Luiz Antonio Pascho-al (PSDB), teve o registro da candidatura cassado. Paschoal e o vice Hugo Ferraz da Silvei-ra (PSDB) foram denunciados por abuso de poder público e econômico.Durante seu discurso, o pre-feito Valmir agradeceu a todos os presentes, dizendo que será um prefeito de todo o município e de toda a popula-ção indistintamente, pois é da união de todos que depende o progresso de Itaí.

Novo prefeito do município assume após sair vitorioso na eleição suplementar de 4 de agosto; Domingos já foi vereador e vice-prefeito e se elegeu com 43 votos a mais que o segundo colocado no pleito, Sidney da Silva

Valmir Domingos tem 42 anos e disputou o cargo de chefe do Executivo pela coligação "A mudança de Verdade". Ele foi vereador entre 2001 a 2004 e vice-prefeito do município entre os anos de 2005 e 2008. O agora prefeito foi o dono da preferência de 4.755 eleitores.

DIVULGAÇÃO

Os professores compareceram em bom número à sessão extraordinária. Projeto deverá ser aprovado em segundo turno na próxima semana

Pedro Claro de licençaO prefeito de Santo Antonio da Platina, Pedro Claro (DEM), sairá de licença médica a partir da próxima quarta-feira (18) e deverá ficar afastado por 30 ou 40 dias. Em seu lugar assume o vice-prefeito do mu-nicípio, Jorge Garrido (PMDB).

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A 4S E X T A - F E I R A , 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 3 - E D I Ç Ã O 1 0 1 6 COTIDIANO

COLUNA DA PÁGINA

AGRONEGÓCIOSAmunorpi irá recomendar que prefeituras trabalhem só meio período Aquecimento pode

tirar R$ 7 bi por ano da agricultura a partir de 2020

A previsão de aumento da temperatura no país nas pró-ximas décadas, com ondas de calor mais fortes e chuvas mais acentuadas em um espaço de tempo mais curto, vai provocar fenômenos meteorológicos que vão preju-dicar mais fortemente a população pobre.A previsão de aumento da temperatura no país nas próximas décadas, com ondas de calor mais fortes e chuvas mais acentuadas em um espaço de tempo mais curto, vai provocar fenômenos meteorológicos que vão prejudicar mais fortemente a população pobre. A cons-tatação é de Eduardo Assad, coordenador de grupo de pesquisa de mudanças climáticas da Embrapa.Ao falar hoje durante a 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais, realizada em São Paulo, Assad disse que ocorrerão mais deslizamento de terras, enchentes e perda de volume das bacias hidrográficas que abastecem os grandes centros nas próximas dé-cadas. A região costeira brasileira, populosa, também vai sofrer com o aumento das ressacas marítimas e dos ventos causados pelo mar mais aquecido."O Brasil precisa de ações propositivas e estruturan-tes para diminuir a emissão de gases que provocam o efeito estuda. Eu vou sofrer um pouco com as mudan-ças assim como alguns produtores, por exemplo. Mas não nos esqueçamos que quem vai sofrer mais com os eventos mais extremos será a população desassistida", disse.

Protesto lembra o confronto entre professores e policiais em 1988

Desperdício de alimentos causa prejuízos anuais de US$ 750 bi

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu hoje (11), em estudo publicado em Roma (Itália), que os desperdícios com alimentos no mundo podem causar cerca de US$ 750 bilhões anuais de prejuízos. Pelo relatório, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçadas por ano pro-vocam estragos no solo e no meio ambiente. O estudo alerta que o mau uso do lixo alimentar gera prejuízos também à qualidade de vida. O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, disse que medidas preventivas devem ser adotadas por todos –agricultores, pescadores, processadores de alimentos, supermercados, os governos locais e nacionais, assim como os consumidores. “Temos que fazer mudanças em todos os elos da cadeia alimentar humana para im-pedir que ocorra o desperdício de alimentos, em se-guida temos de promover a reutilização e reciclagem”, disse. Graziano lembrou que há situações que dificultam o desperdício de alimentos devido às “práticas inadequa-das” naprodução. Ele ressaltou que a FAO criou um manual que mostra medidas adotadas por governos nacionais e locais, agricultores, empresas e consumi-dores para resolver o problema. O diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, ressal-tou que o ideal é buscar o caminho da sustentabilida-de, ao qual devem aderir todos os que participam da cadeia alimentar – do produtor ao consumidor. Pelo relatório, 54% dos resíduos dos alimentos no mundo ocorrem na fase inicial da produção – na manipulação, após a colheita e na armazenagem. Os restantes 46% de prejuízos ocorrem nas etapas de pro-cessamento, distribuição e consumo de alimentos. Os produtos que se perdem ao longo do processo variam em cada região. Na Ásia, o problema são as perdas envolvendo os ce-reais, em particular, o arroz. O prejuízo com carne é menor, segundo os dados. Porém, os resíduos de frutas contribuem significativamente para o desperdício de água no Continente Asiático, assim como na Europa e na América Latina. Nos países em desenvolvimento, os maiores prejuízos ocorrem na fase após a colheita. A FAO recomenda que seja feito um esforço coletivo para orientar as colhei-tas e equilibrar a produção com a demanda. Também faz sugestões sobre a reutilização e recuperação de ali-mentos. Uma síntese do estudo, publicado hoje, está na página da FAO.

DIVULGAÇÃO

A Amunorpi (Associação dos Muni-cípios do Norte Pioneiro) irá reco-mendar que as prefeituras da asso-ciação trabalhem com pelo menos alguns departamentos apenas em meio período devido às dificulda-des financeiras vivida pelos muni-cípios em virtude da queda do FPM (Fundo de Participação dos Muni-cípios). Nem mesmo a ajuda que o gover-no Federal deu aos municípios on-tem (12), no valor total de R$ 1,5 bi (dividido proporcionalmente entre os mais de 5 mil municípios brasileiro, enquanto outra parcela no mesmo valor será depositado dentro de alguns meses) irá ameni-zar a situação crítica que boa parte das prefeituras do Norte Pioneiro enfrenta por conta da diminuição drástica nos repasses federais. O presidente da Amunorpi e pre-feito de Tomazina, Guilherme Cury Saliba Costa (PSD) faz duras críti-cas ao governo Federal e afirma que a maioria das prefeituras está fazendo o possível para manter em dia salários de funcionários, me-renda escolar e remédios dos pos-tos de saúde, mas que o pagamen-to a fornecedores está seriamente prejudicado. “Para se ter uma ideia, o FPM caiu 34%. O que vem hoje não dá para honrar os compromissos. Então nós tentamos nos virar do jeito que dá para manter em dia os salários dos funcionários, a merenda esco-lar e os postos de saúde abasteci-dos com remédios, que são as prio-ridades. Com o que temos não dá pra fazer nada além disso. Infeliz-mente estamos renegociando com fornecedores porque realmente agora é impossível acertar algumas situações”, reclama Guilherme.“Historicamente realmente há uma queda nos repasses no meio do ano, o problema é que este ano a queda foi muito maior que o nor-mal e durou por muito mais tem-po. O governo Federal enxugou ao máximo nossos repasses e agora vieram com essa ajuda, que fize-ram muita propaganda, mas não chega a 30% do que seria o ideal. Tomazina, por exemplo, recebeu R$ 140 mil, valor que não ameniza em nada nossa situação. Esse apoio financeiro é uma enganação”, criti-ca o presidente da Amunorpi.Guilherme ainda culpa os investi-mentos feitos pelo país para sediar a Copa do Mundo e reclama que a maioria absoluta dos lucros rever-tidos em conseqüência do evento ficará nas cidades grandes, prejudi-

cando por completo os municípios pequenos. “A questão é que os investimentos milionários para a Copa do Mundo iriam cair na conta de alguém, e infelizmente caiu na conta dos mu-nicípios pequenos, que são quem mais precisam dos repasses fede-rais. Agora o lucro do evento fica para as cidades grandes que rece-bem os turistas e nós ficamos a ver navios de novo”.Por fim, o presidente da Amunorpi afirma que irá aconselhar os prefei-tos da associação a implantar uma política de contensão brutal de gastos, inclusive com as prefeituras trabalhando em meio período, e es-pera que a situação se normalize o quanto antes. “Estamos orientando os prefeitos, principalmente aqueles em pri-meiro mandato, a cortar todos os gastos possíveis, inclusive adotar o funcionamento em meio período das prefeituras ou de pelo menos alguns departamentos municipais. E agora é esperar que logo melho-re, até porque se ficar pior que isso teremos que fechar as prefeituras, já que não haverá a menor condições de trabalhar”, finaliza Guilherme. O FPM é um recurso repassado de 10 em 10 dias às prefeituras e, no caso dos municípios pequenos, é a principal fonte de renda. Seu valor depende de alguns fatores como arrecadação com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e com o imposto de renda além da economia industrial. O valor do FPM varia de acordo com a população de cada municí-pio – quanto maior a população, maior o repasse. Os municípios são divididos em grupos. Por exemplo, aqueles com até 10.188 habitantes (no caso do Paraná existem 221 municípios nesta condição) são classificados como 0,6 e nestes pri-meiros dias de setembro receberam R$ 172.079,18 cada um. A tabela ao lado mostra quanto cada um dos municípios do Norte Pioneiro rece-beu neste mês. Os maiores municí-pios da micro região, Jacarezinho e Santo Antonio da Platina, inclusos na categoria 1,8 por terem popula-ção entre 37.357 a 44.148 habitan-tes, receberam R$ 516.237,53.A título de comparação, Curitiba recebeu pelo FPM nestes primeiros dias de setembro R$ 5.633.065,10. O valor, porém, representa um por-centual mínimo da arrecadação da capital paranaense, portanto, sua variação não traz maiores proble-mas para a administração munici-pal. No caso dos municípios pequenos, o FPM chega a ser até 90% do valor total arrecadado pela prefeitura em alguns casos, representando assim um recurso vital para as gestões pú-blicas.

LUCAS ALEIXOWenceslau Braz

FONTE: AMP

Presidente da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro reclama da queda do FPM e diz que auxílio dado pelo governo Federal é “enganação”

Para se ter uma ideia, o PFM caiu 34%. O que vem hoje não dá para honrar os com-promissos. Então nós tentamos nos virar do que jeito que dá para manter em dia os salários dos funcionários, a merenda escolar e os postos de saúde abastecidos com remédios, que são as prioridades.

QUEDA DO FPM

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Guilherme Cury SalibaCosta,

presidente da Amunorpi, orienta

prefeitos a reduzirem drásticamente

as despesas

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A 5S E X T A - F E I R A , 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 3 - E D I Ç Ã O 1 0 1 6 OCORRÊNCIAS

COLUNA DA PÁGINAOCORRÊNCIAS

COLUNA DA PÁGINA

RAPIDINHAS

ESPORTES

Ranking da Fifa: Brasil sobe para 8ºO top 10 do ranking de setembro ficou assim: Espa-nha, Argentina, Alemanha, Itália, Colômbia, Bélgica, Uruguai, Brasil, Holanda e Croácia. Vale lembrar, que argentinos, italianos e holandeses (além da Sele-ção de Luiz Felipe Scolari) já estão classificados para a Copa do Mundo de 2014.

Filho ameaça mãe em de Cornélio Procópio

Uma senhora foi ameaçada de morte pelo filho com uma suposta arma de fogo na tarde de quar-ta feira (11), em sua residência na Rua Anchieta, área central de Cornélio Procópio.Segundo a mulher, ela voltava do Fórum com o adolescente, depois de passar por uma audiência relacionada a uma infração que o filho cometeu e revoltado com a mãe, o jovem pegou uma arma e apontou para ela, dizendo que ia matá-la. Assus-tada, a senhora chamou a Polícia Militar.Devido da gravidade da situação, várias viaturas da PM e oito policiais se dirigiram ao local, onde abordaram o menor e com o consentimento da moradora da casa, a o imóvel foi vasculhado. Durante a revista, os policiais encontraram uma pistola de brinquedo (simulacro), que o menor confessou ter usado para amedrontar a mãe e mais uma pequena quantidade de maconha.Diante do fato, o menor que possui passagens pela polícia por porte e tráfico de drogas, foi en-caminhado a 11ª para as devidas medidas socioe-ducativas. ENIO TREVIZANI

DAS AGÊNCIAS

O Paraná Clube anunciou nesta quinta-feira (12) dois patrocinado-res para a partida contra o Oeste, nesta sexta-feira (13), às 19h30, na Vila Capanema: a Paranautas e o

Memorial Parque das Araucárias.Após ser patrocinado pela própria torcida organizada, a Fúria Inde-pendente, o Tricolor contará com o apoio do site Paranautas, de tor-cedores do clube. A marca da rede online de paranistas ficará estampa-da na frente e nas costas da camisa paranista.O mais curioso é o outro patrocina-dor, o Memorial Parque das Arau-cárias, empresa do Grupo BRM,

situada em Colombo/PR, região metropolitana de Curitiba. Não tanto pelo fato de um cemitério es-tampar seu nome na parte da fren-te do uniforme Tricolor, mas em especial porque o patrocínio será para uma partida exatamente de uma sexta-feira 13, data repleta de lendas e crendices e imortalizada pelo cinema norte-americano com a seqüência de filmes de terror pro-tagonizada por Jason Voorhees.

PM apreende traficante com maconha e cocaína em Santo Antonio da Platina

Tênis: Rogerinho abre e fecha duelo

Atual terceiro melhor tenista do Brasil e número 127 do mundo, Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, será o responsável por abrir e fechar o duelo entre Brasil e Alemanha, pela repescagem do Grupo Mun-dial da Copa Davis. As duas seleções se enfrentam entre esta sexta-feira e domingo, na quadra dura e coberta do Ratiopharm Arena, localizado na cidade de Neu-Ulm, na Baviera, na Alemanha. Quem vencer se mantém na elite da competição e quem perder cai para o Zonal I do respectivo continente - espécie de segunda divisão do campeonato. Rogerinho abre o confronto na sexta-feira, às 9h (horário de Brasília) contra Philipp Kohlschreiber, número 25 do mundo. Logo depois, Thomaz Bellucci (#116) enfrenta Flo-rian Mayer (#44). No sábado, às 8h, Bruno Soares e Marcelo Melo, respectivamente números 4 e 11 do ranking de duplas, pegam Daniel Brands e Mar-tin Emmrich. No domingo, a partir das 8h, Bellucci começa o dia jogando contra Kohlschreiber e Roge-rinho volta a quadra para encerrar o duelo, contra Mayer

Na sexta-feira 13, Paraná terá patrocínio de cemitério e site de torcida

Na noite da última terça-feira (10) policiais militares da radiopatrulha de Santo Antonio da Platina rea-lizaram a prisão de Cristiano Alves Ribeiro, 20 anos, Rua Benjamin Constant, no centro do município, acusado pelo crime de tráfico de drogas.De posse de informações que esta-

ria ocorrendo tráfico de drogas no endereço em questão e também com uma descrição das caracte-rísticas físicas do suspeito, os PMs saíram em diligência e abordaram Cristiano, que estava acompa-nhado de uma adolescente de 17 anos. No momento da abordagem, o indivíduo estava portando 15 gramas de maconha, e 2 gramas de cocaína, além de 1 celular e a quantia de R$ 70,00. A adolescen-te informou ser usuária e que iria comprar a droga. Diante dos fatos, os dois foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil juntamente com os objetos e drogas apreendidas.

DA ASSESSORIA

DAS AGÊNCIAS

O atacante Roger teve o nome pu-blicado no BID (Boletim Informati-vo Diário) desta quinta-feira e está liberado para fazer a estreia com a camisa rubro-negra. O jogador de 28 anos estava no Sport. Antes, já tinha passado por Ponte Preta, São Paulo, Palmeiras, Al-Nasr-ARA, Flu-minense, Vitória, Kashiwa Reysol-JAP e Ceará. Roger pode estrear

já contra o Cruzeiro, às 18h30m (horário de Brasília) de sábado, no Mineirão.O recém-contratado era um sonho antigo do Furacão e chega para re-solver uma carência. Apesar de o time ser dono do segundo melhor ataque do campeonato (35 gols), o técnico Vagner Mancini falava na necessidade de buscar um "homem de área". Dellatorre e Marcelo têm características diferentes: atuam pelos lados, em velocidade. E Eder-son, que joga mais dentro da área,

não é um centroavante típico, que segura os zagueiros:“O nosso ataque sentia a necessi-dade, às vezes, de um homem de área, um cara que segure mais os zagueiros, que faça com que a bola possa rolar lá no campo adversário. Com esses atletas que nós temos, de muita movimentação, se você está na frente (no placar), você usa muito bem isso. Mas, se tivermos que fazer o gol da vitória, a gente necessita de um cara de área, que seja um finalizador nato e que

prenda a zaga adversária. Já foi meu atleta em outros lugares e tem muito a acrescentar também em termos de grupo”, falou o técnico rubro-negro.Além de Dellatorre, Marcelo, Ederson e, agora, Roger, Vagner Mancini também conta com Ciro e Maranhão para o setor ofensi-vo. E ele ainda aguarda Bruno Furlan, que não joga desde o ano passado por conta de uma lesão no joelho e que está fase final de recuperação.

Roger já está registrado e desafio é resolver carência do Atlético-PR

Mulher é detida ao agredir filha de 7 anosUma mulher foi presa nesta segunda-feira após ser denunciada por vizinhos. Segundo informa-ções, ela espancava a filha de 7 anos de idade. A acusada foi abordada pela polícia, com a me-nina e outra criança de 1 ano no braço, ao ser questionada sobre as supostas agressões, a mãe disse, ainda alterada, confirmou. “Bati sim, a filha é minha e faço com ela o que eu quero”. A mulher foi encaminhada à delegacia e a menina levada a Santa Casa pelo Conselho Tutelar do município. ANUNCIFÁCIL

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Drogas, dinheiro e celulares apreendidos

Caso Tayná sofre mais uma reviravolta

O delegado Silvan Pereira, preso há quase dois meses acusado de prática de tortura, é novo suspeito de ter ma-tado a jovem Tayná Adriane da Silva, de 14 anos. Segundo matéria veicula-da pelo jornal Paraná TV 2ª Edição, da afiliada RPC da Rede Globo, um docu-mento entregue ao Ministério Público

do Paraná (MP-PR) colocaria o dele-gado como suspeito de ter cometido o crime.Ainda de acordo com as informações, o Ministério Público teria solicitado de Pereira material para ser realizado um exame de DNA. Em entrevista ao jornal Paraná TV 2ª Edição, o advoga-do de Pereira, afirmou que o material será fornecido e que tal suspeita é absurda, uma vez que seu cliente não conhecia a adolescente.No dia 25 de junho, o corpo de Tayná foi encontrado num terreno aban-donado. Dois dias depois, a polícia prendeu quatro homens - Adriano

DAS AGÊNCIASBatista, Sérgio Amorin da Silva Filho, Paulo Henrique Camargo Cunha e Ezequiel Batista, que têm entre 22 e 25 anos. Eles tra-balhavam num parque de diver-sões montado no mesmo bairro onde a garota morava.Com a confissão dos acusados, o delegado Pereira, Claudio Dal-ledone Junior, deu o caso como encerrado. Dias depois, promo-tores da seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) questionaram a conclusão do inquérito ao constatar que os então detentos foram agredidos.

A reviravolta no caso veio com um laudo da perícia que desmentia a versão da polícia de que os sus-peitos abusaram sexualmente de Tayná. O DNA do sêmen encon-trado nas roupas da jovem não bateu com o material genético dos quatro funcionários. Apesar disso, não foi descartada a hipótese de participação deles no crime.Além de Pereira, outros 13 po-liciais civis foram presos sob a acusação de terem torturado os quatro homens para que confes-sassem o crime. Os quatro estão sob proteção da Justiça.

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A 6S E X T A - F E I R A , 1 3 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 3 - E D I Ç Ã O 1 0 1 6 ESPECIAL

FOLHA EXTRA - Como é vir de uma região limitada e ter um dos cargos mais influentes do Estado?

GILBERTO GIACOIA – Acre-dito que o sentimento é simi-lar como se estivesse saído de qualquer outra região. O Norte Pioneiro do Paraná, apesar das suas limitações é berço de gran-des talentos, que hoje atuam na política, na cultura, educação, enfim em diversas áreas e em todas as esferas. Graças a Deus tive uma base familiar que foi fundamental para o meu e o crescimento pessoal e profis-sional também dos meus dois irmãos, Oswaldo Giacoia Junior e Egidio Giacoia. Meu pai, um advogado mineiro, descenden-te de italianos que acreditava nos valores humanos e minha mãe, uma ribeirão-clarense e filha de imigrantes árabes mos-traram a nós o valor da discipli-na e da determinação. Então a partir daí, eu e meus irmãos traçamos nossos caminhos com dignidade, com um objetivo em foco: os estudos. Hoje, te-nho consciência da dimensão do cargo que exerço, porém, valores familiares são muito maiores.

FOLHA EXTRA – Qual a sua opinião a respeito do potencial turístico de Ribeirão Claro, sua terra natal?

GIACOIA – Imenso! Não so-mente Ribeirão Claro, mas toda aquela região. Acredito que mais do que nunca as pessoas estão enxergando com melho-res olhos a potencialidade tu-rística do Norte Pioneiro. Em Ribeirão Claro, por exemplo, existem inúmeros investimen-tos no setor, que estão colocan-do a região em evidência. Pen-so que em um futuro próximo todos poderão contemplar um turismo de excelência por lá.

FOLHA EXTRA – O que fazia quando morava na região?

GIACOIA – A exemplo de meus pais, nunca deixei de trabalhar, porque acreditamos que o tra-balho edifica a pessoa. Porém já na fase adulta, paralelamente a

faculdade de direito, que cur-sava em Jacarezinho, fui secre-tário de administração da pre-feitura de Ribeirão Claro, onde permaneci por cinco anos, na gestão de José Alves Pereira e de Egydio Storti. Logo em se-guida, ao concluir o curso de direito, em 1980, prestei o con-curso para promotoria e tive a sorte de passar como segundo colocado. Na época havia uma conversa que o primeiro colo-cado teria que ser de um candi-dato de Curitiba (risos).

FOLHA EXTRA – Como avalia a atual conjuntura econômica do Norte Pioneiro?

GIACOIA – Veja, eu tenho uma visão incompleta sobre este as-pecto. Embora eu esteja prati-camente todas as semanas por lá os ‘flashs’ que eu vejo são “departamentalizados” em Ja-carezinho, Ribeirão Claro, San-to Antônio e algumas outras cidades, porém, o Norte Pio-neiro é muito maior que isso. Mas a minha percepção sobre o tema é que já passamos da fase da estagnação e retrocesso demográfico, por exemplo, e já caminhamos para o desenvol-vimento, tanto no setor agro-pecuário, quanto comercial e industrial.

FOLHA EXTRA – Qual a sua melhor recordação enquanto morava em Ribeirão Claro?

GIACOIA – Tenho várias e to-das são especiais. No entanto, me lembro com muita saudade da praça da igreja e das tardes românticas nas matinês da época, que era quando íamos assistir às sessões da tarde do cinema, anexo praticamente à praça. Isso nos remete às mais puras lembranças daquele tem-po, além é claro dos amigos, das partidas de futebol nos campos improvisados nas ruas e nos fundos de nossas casas.

FOLHA EXTRA – Ainda tem projeto de progressão profis-sional?

GIACOIA – Veja, se hoje eu me aposentasse eu estaria com a

mente absolutamente tranqui-la. Hoje não tenho nenhum projeto para o futuro, até por-que acredito que temos que dar lugar para os outros, isso é democracia (risos). Sei que tudo que fiz até hoje sempre será de uma forma ou de outra lembrada pelos sucessores e o trabalho nosso sempre será re-conhecido.

Ministério Público e seu laço com o Norte Pioneiro

FOLHA EXTRA – Qual é o seu grande desafio a frente do Mi-nistério Público?

GIACOIA – A perspectiva é avançar cada vez mais na mo-dernização do MP e que, além da continuidade dos projetos já es-tabelecidos no planejamento es-tratégico do órgão, minha meta como procurador-geral terá duas

Gilberto é natural de Ribeirão Claro e ainda mantém fortes laços com o Norte Pioneiro, inclusive sendo professor na UENP

Filhos da Terra

Alceu JuniorFolha Extra

Entrevista por

ara a segunda entrevista da série Filhos da Terra, a Folha Extra este-ve em Curitiba, onde entrevistou o Procurador-Geral de Justiça do Mi-nistério Público do Paraná, Gilberto

principais frentes. A primeira re-laciona-se ao trabalho do MP-PR na área criminal, onde queremos oferecer uma melhor estrutu-ra quanto a isso. A segunda é a defesa dos interesses que dizem respeito à sociedade como um todo. Devemos incentivar a atuação de forma preventiva e ampliar o acesso da população ao Ministério Público.

Meu pai, um advogado mineiro, descendente de italianos que acreditava nos valores humanos e minha mãe, uma ribeirão-clarense e filha de imigrantes árabes mostraram a nós o valor da disciplina e da determinação. Então a partir daí, eu e meus irmãos traçamos nossos caminhos com dignidade, com um objetivo em foco: os estudos. Hoje, tenho consciência da dimensão do cargo que exerço, porém, valores familiares são muito maiores.

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Giacoia, norte-pioneirense nascido em Ribeirão Claro e dono de um dos cargos mais importantes do poder público paranaense.Formado em direito pela Faculdade de Direito de Jacarezinho, hoje UENP, prestou concurso para o Ministério Público em 1980, onde obteve a segun-da melhor colocação. Após sua aprovação, recebeu pessoalmente o convite para chefiar o gabinete do então procurador-geral do MP, Olympio de Sá Sotto Maior Neto e se mudou para Curitiba, onde atua há 34 anos conciliando o dia a dia como procurador-geral do órgão, com a carreira docente na UENP, onde ministra aulas de Processo Penal para o 3º e 4º período do curso de direito.Ele ainda é dono de um extenso histórico curri-cular que serve de parâmetro para qualquer estu-dante universitário, principalmente para os que os acadêmicos que almejam atuar na advocacia. O atual Procurador-Geral de Justiça, além de tudo é doutor em Direito Penal pela Universidade de São Paulo – USP e pós-doutor pelas Faculdades de Di-reito das Universidades de Coimbra, em Portugal e Barcelona, na Espanha. Ele ainda é especializado em Metodologia do Ensino Superior pela UFPR – Universidade Federal do Paraná.Mesmo com o poder de seu cargo, Giacoia faz questão de destacar a simplicidade, onde pondera as questões humanas em primeiro lugar. “O suces-so é fruto de disciplina, determinação e estudo, é claro, mas acima de tudo é fruto da dignidade e da valorização humana”.Hoje, portanto, a entrevista é com Gilberto Giacoia, filho de Oswaldo Giacoia e Ana Sogayr Baggio Gia-coia e filho do Norte Pioneiro.

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ALCEU JUNIOR - FOLHA EXTRA