Jornal do Sindicato dos Jornal istas Profissionais do Paraná -Nº 73 - Fevereiro/Março - 2005 - ISSN 1517-0217

sindijor@sindijorpr.org.br

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ImpressoEspecial

3600137940-DR/PRSIND. DOS

JORNALISTAS

C O R R E I O S

Churrasco do

Dia do

Jornalista

Página 16

Questionamento

Teste na RTVE

suspenso pela

Justiça.

Página 5

Assessoria

Núcleo promove

palestra sobre

criatividade.

Página 6

Formação

Sangue Novo 240

trabalhos e 14

laboratórios.

Página 8

EXTRA PAUTA

O crescimento dos jornais

gratuitos na Europa está

mobilizando as atenções dos

grandes grupos editoriais.

Distribuídos em metrôs e ruas

movimentadas, estes jornais

deixam perplexos os tradicionais

veículos pagos e fazem a

concorrência se acirrar num

mercado publicitário cuja

expansão está longe da ideal. Por

ora, o gigante internacional do

gênero, o grupo sueco Metro não

tem planos de entrar no Brasil,

mas podem surgir novas

iniciativas de empresas

nacionais.

Páginas 3 e 4

E OS DESAFIOS DOS IMPRESSOS

Jornais gratuitos

Foto: Fábio Alexandre

2 - E X T R A P A U T A - F E V E R E I R O / M A R Ç O - 2 0 0 5

EDITORIAL

Mundo atento às mudanças na mídiarádio corredor

crise mundial dos negóciosde mídia parece nãomostrar sinais de umareviravolta. Debilitadas, asempresas de comunicação

comprometem a qualidade detrabalho do jornalista, que, por suavez, se vêem sem horizontes. Aconjuntura – que na mídia impressaganha conotação ainda maiscomplexa – agora ainda conta commais um ingrediente: os jornaisgratuitos, que vêm mudando ouniverso de leitores especialmentena Europa.

Embora existam iniciativasesparsas no país, este novo cenárionão se fez perceber da forma comose colocou no Velho Mundo. Noentanto, o Sindijor entende que

estas mudanças, quando e seocorrerem no Brasil, podem serbenéficas ao mercado como umtodo, na medida em que criarem umnovo público leitor, expandindo ouniverso de atuação do Jornalismo eobrigando as empresas a sequalificarem.

Pode parecer que este novo fatorsó irá fazer recrudescer a situação jádramática da mídia. No entanto,preferimos ver este momento comouma ocasião para que a mídiaimpressa reveja seus conceitos epasse a oferecer mais e melhoresopções ao público – abrindo destaforma novos campos para a atuaçãodos jornalistas. Trata-se de umdesafio positivo, no qual os veículostradicionais são chamados a dar

Vanessa Grassi saiu da TV Iguaçu,onde trabalhou por 10 anos.

Marco Assef não é mais gerenteadministrativo do Sindijor. Ele foipara João Pessoa (PB). ÂngelaMaria Ribeiro, funcionária doSindijor há 12 anos, ocupa o posto.

Moacir Domingues é o novoassessor de imprensa do ParanáClube. Com isso, ele teve de deixar aredação da Gazeta do Povo.

Rodney Caetano passou a lecionarPortuguês/Lingüística Aplicados àComunicação Social para alunos deJornalismo e de Publicidade ePropaganda na Faculdade Opet deCuritiba. O jornalista, em fase deconclusão de mestrado em Letrasna UFPR, continua atuando no setorde economia da sucursal curitibanada Gazeta do Paraná.

A jornalista Josiany Vieira abriu suaprópria empresa de comunicação, aQuattro Folhas, e é a mais nova, poistem apenas 21 anos, mestranda deComunicação e Linguagem da UTP.

O jornalista Carlos Marassi é o novochefe do Cerimonial da Prefeitura deCuritiba. O também jornalistaDeonilson Roldo, que estava naLiderança da Oposição naAssembléia Legislativa está nogabinete do prefeito, comoassessor especial.

A jornalista Alessandra Strombergestá editando a recém-lançadarevista Diga Sim.

“Fedato – O Estampilla Rubia”,autobiografia do jogador de futebolAroldo Fedato lançada pelaTravessa dos Editores, tem comoco-autor o jornalista Paulo Krauss.

A Básica - Assessoria de Imprensa,comandada pelas jornalistas AdrianaMugnaini e Daniela Weber Licht, estácompletando seis anos deatividades. Entre seus clientes estãoa Assovepar, Cobben Factoring,Senac-PR e Mercado das Pulgas.

Os jornalistas Fernando Martins,Érika Busani, Fábio Okubaru,Ricardo de Macedo, Lyn Januzzi eMatias Peruyera, da Gazeta doPovo, ficaram na primeira posiçãona categoria Jornal Profissional doPrêmio Docol de Jornalismo. Osprofissionais foram premiados pelosuplemento especial RecursosHídricos. Na categoria DestaqueAcadêmico, o primeiro lugar foi parao jornal Comunicare, que concorreucom o tema “Água, Lixo eViolência”, sob a supervisão dosjornalistas Zanei Barcellos e QueilaSouza.

Arespostas gerenciais e editoriaismais eficientes – naturalmente quecontemplando o trabalho detrabalhador jornalista como elementofundamental neste processo.

Certos da importância dadiversidade informativa, acreditamosque sempre haverá leitores para todotipo de veículo – do mais dinâmicoao mais aprofundado ouespecializado – e que as mídiastradicionais sempre conseguirãoespaço diante das inovações nacomunicação. Cabe ao jornalistaacompanhar e participar destasmudanças, observando nestes novosnichos oportunidades epossibilidades de inovação e nãoficar a alijado das correntes domercado editorial.

Dia 26, jornal istas do agronegócio

fundam associação paranaenseMarcos Tosi *

ornalistas de todo oestado estão convidados ase unirem à Associação deJornalistas do Agronegóciodo Paraná, que será

fundada em assembléia na terça-feira, 26 de abril, na sede doSindijor, em Curitiba. A associaçãoparanaense, cujo nome, diretoria eestatuto serão definidos naassembléia, se propõe a trabalharpara melhorar as possibilidades dequalificação profissional de seusafiliados (como bolsas de estudo,intercâmbios e cursos de extensão),além de promover seminários deatualização.

Outro objetivo da associação éaproximar os profissionais ligadosà comunicação e à economia rural,criando uma rede de contatos. Ainiciativa é de jornalistas parajornalistas. Até onde se sabe, é aprimeira associação formal dejornalistas ligados à agroeconomiano Brasil. Mas não se trata denenhuma invenção.

Já existem associaçõesparecidas em 29 outros países; naDinamarca, por exemplo, a DanskLandbrugspresse completa emjunho 100 anos. Por jornalista doagronegócio entenda-se todo oprofissional que trabalhe na áreaou tenha interesse emagropecuária, meio ambiente e

economia rural. Estudantestambém poderão participar. Oagronegócio responde por 69% detodas as exportações do Paraná;ou seja, a rigor, todo jornalista queatue no estado é, mesmoinvoluntariamente, afetado pelodesempenho do agronegócio.

Mais informações no grupo dediscussão em http:/wwww.grupos.com.br/grupos/ajapr.Para assinar o grupo dediscussão, envie um e-mail paraassinar-ajapr@grupos.com.br

* Marcos Tosi é assessor deimprensa da Federação daAgricultura do Estado do Paraná(Faep).

J

Extra Pauta é órgão de divulgação oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná. Endereço: Rua JoséLoureiro, 211, Curitiba/Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax (041) 224-9296. E-mail: sindijor@sindijorpr.org.br

Expediente

Jornalista ResponsávelAurélio Munhoz

Reg. prof. 2635/10/137vRedação

Adir Nasser Juniorextrapauta@sindijorpr.org.br

ColaboraramEmerson Castro, Aurélio Munhoz

FotografiasFábio Alexandre

IlustraçõesSimon Taylor

As matérias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Não são de responsabilidade deste jornal os artigos deopinião e as opiniões emitidas em entrevistas, por não representarem, necessariamente, a opinião de sua diretoria.

Edição GráficaLeandro Taques

Tiragem3.500 - exemplares

ImpressãoHelvética - Composições Gráficas Ltda.

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IMPRENSA NO MUNDO

VENEZUELA ACUSA JORNALISTAS DE CONSPIRAÇÃOO ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Andrés Izarra, acusou ojornalista britânico Phil Gunson e outros jornalistas estrangeiros e venezuelanosde trabalhar a serviço do governo norte-americano. O Comitê para a Proteção dosJornalistas (CPJ) viu nas declarações ameaça à segurança dos jornalistas.

MAIS UM JORNAL FECHADO NO ZIMBÁBUEO governo do Zimbábue fechou mais um jornal independente. O Weekly Timesnão sobreviveu além de dois meses: foi acusado pela Comissão de Mídia eInformação de violar a legislação de imprensa do país. O jornal, que circulava com15 mil exemplares, não poderá ser publicado durante um ano.

O sucesso dos jornais gratuitosVeículos distribuídos em trens e metrôs preocupam concorrentes e sinalizam tendência

razer a gratuidade do acesso aoconteúdo informativo da internet para oimpresso, com uma linguagem ágil eacessível, custos de logística reduzidos ea certeza de atingir o público-alvo. Eis aí

a receita de sucesso dos jornais gratuitos, que nosúltimos dez anos, vêm se consolidando na Europae Estados Unidos. O sucesso do grupo suecoMetro, campeão absoluto neste segmento, émedido nos números: 53 diferentes edições aoredor do mundo, atingindo mais de 16 milhões deleitores.

Autoproclamado“maior jornal fora doJapão” (paísconhecidos pelascifras astronômicasnos principaisimpressos), o Metrotem edições nosEstados Unidos,Finlândia, Hungria,Suécia, Chile,França, Itália,Holanda, Canadá,República Tcheca,Coréia, China,Grécia, Polônia,Dinamarca, Portugale Espanha. Outrosque vêm sedestacando são oportuguês Destak eo francêsMarseilleplus.

Distribuídos nosdias úteis em locaisde tráfego intensode pessoas (metrôs,estações de trem,ônibus e bonde,prédios comerciais,ruas movimentadas,campi deuniversidades), osgratuitos não são ignorados. Nem pelo público,nem pelos concorrentes. Nem pelos trabalhadores,que vêem neles uma forma de predação domercado que resultará na destruição das empresas– e empregos – aparentemente mais estáveis. Foio que aconteceu no lançamento do Metro em Lyon,Marselha e Paris, quando trabalhadores gráficos

chegaram a agredir distribuidores e destruirexemplares do gratuito.

Alguns veículos já sentem o peso de umgratuito nas costas. O tablóide The Sun, jornal demaior circulação da Grã-Bretanha, teve suasvendas afetadas pelo sucesso do Metro. Aconcorrência incomoda e nem as acusações dedumping e investigações federais foram o suficientepara The New York Times desistir de adquirir 49%das ações do Metro Boston, gratuito concorrentede seu controlado Boston Globe.

Os gratuitos conseguem o que muitostradicionais apenas tentam. Textos concisos comênfase em sociedade e política, com notas eentrevistas, com muitos espaços parapassatempos – e muita, muita publicidade. Háquem diga que não passam de suportes para aveiculação de publicidade que de outra forma não

Tseria valorizada - e não propriamente Jornalismo.Quem raciocina por esta via costuma ver nosgratuitos não uma ameaça à imprensa tradicional,simplesmente porque estes veículos não seriam“imprensa”. Ou seja, já haveria um público para osjornais tradicionais, que não se abalaria, ao passoque o público anteriormente de fora da categoria de“leitores” poderia ser conquistado com o Metro eoutros títulos.

Seja isto verdade ou não, o fato é que osgratuitos vivem exclusivamente da publicidade, oque os torna mais dependentes – e agressivos –

neste segmento.Enquanto na Europaas receitas globaisde publicidadecresceram 4,5%entre 1999 e 2004,os gratuitosexperimentaram umaumento de 22,6%em vendas. “Oproblema é que acada dia há maisjornais, e o númerode anunciantespermanece o mesmo.Não há espaçosuficiente para todos.Alguns jornais podemdesaparecer”, disseem entrevista aoExtra Pauta, ogerente geral dogrupo Metro naEspanha e vice-presidente do MetroInternational, CarlosOliva-Vélez,acrescentando queeste não deve ser odestino do Metro,dado seu porte,estrutura nos locaisde cada edição e

pela própria experiência gerencial de 10 anos. “Háum processo de ‘comoditização’ da informação eele está na origem da crise da imprensa, mastambém representa uma oportunidade para areinvenção da imprensa”, afirmou o jornalistaLuciano Martins Costa, estudioso dos jornaisgratuitos.

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AP OFERECE MATÉRIAS COM ABERTURAS DIFERENTESA Associated Press começou a oferecer matérias com duas versões para aabertura. Uma delas segue o lead tradicional, que apresenta os fatos queocorreram. Outra oferece abordagem narrativa, conduzindo o leitor através deimagens, metáforas e outros recursos de redação.

GETTY IMAGES ENTRA NO MERCADO BRASILEIROA Getty Images, gigante provedor internacional de imagens still e em movimento,fechou parcerias com a Agence France-Presse e com a SambaPhoto para agregarimagens 100% nacionais ao seu acervo e atender à demanda internacional porfotos do Brasil sem estereótipos.

mercado dos gratuitos não é o mesmoda imprensa alternativa ou de umnegócio de arrivistas. Embora varieentre os diversos países de atuação, aestrutura do grupo Metro inclui

emissoras de televisão e nos Estados Unidos, ogrupo é sócio da The New York Times Company,e também tem sócios em outros países. OMarseilleplus pertence ao megaconglomeradoeditorial Hachette Filipacchi Médias, maioreditor de revistas do mundo, que faturaanualmente 2,2 bilhões de euros.

Os propósitos também são bem claros:trazer informaçãorápida, de fácilleitura, para formare cativar uma novageração deleitores. Ojornalista LucianoMartins Costasustenta que umatendênciapotencial seja osurgimento denovos jornaisindependentes,feitos porcooperativas dejornalistas e até por estudantes. Seriam jornaisrealmente alternativos, gratuitos e em formatotablóide.

Carlos Oliva-Vélez sustentou que osgratuitos são uma tendência sólida e queapresentam crescimento constante ao longo dotempo. Ele sustenta que os gratuitos não sãouma ameaça aos títulos tradicionais. “Mas elesvêem que os jornais gratuitos são um bomnegócio, bem ao contrário do que eles

IMPRENSA NO MUNDO

De graça, gerando milhõesGrandes corporações investem nos jornais de olho no potencial do novo mercado

Oexpressaram quando os free chegaram. Agora,quase todos os maiores grupos editoriais têmseus próprios jornais gratuitos ou estãoplanejando lançar um”, afirmou.

Normalmente, os grandes jornais desprezamos gratuitos. No Brasil, os gratuitos nemingressam na Associação Nacional de Jornais(ANJ). Procurado pelo Extra Pauta para comentaro assunto, o diretor da ANJ, Fernando Martins,preferiu não se manifestar, alegando que não háconsenso entre as diversas empresas acerca doassunto. A Associação Mundial dos Jornais(WAN, na sigla em inglês) está encarando com

bastante cuidado o novo paradigma. Já começoua discuti-lo em suas reuniões, e o colocará empauta no seu congresso em maio e junho em seupróximo congresso, em Seul, Coréia.

Martins Costa, que chegou a ser escolhidopara dirigir o grupo Metro no Brasil, conta quediversos fatores frustraram a entrada do grupo nopaís. Era o ano 2000, e o grupo pretendia lançar-se em outras duas praças na América do Sul –Santiago e Buenos Aires.

EM PAUTA, A MIGRAÇÃO DO STANDARD PARA O TABLÓIDE

Outra discussão em curso em torno dosimpressos envolve a mudança de jornaistradicionais para tablóides, na tentativa decativar pela “leveza” novos leitores entre opúblico jovem e fazer frente aos gratuitos, que jáadotam o formato menor. Associados na Europaà imprensa sensacionalista, os tablóides jáconquistaram gigantes como o tradicional

periódico alemão Die Welt, que lançou o DieWelt Kompakt, versão reduzida para atrair opúblico menos afeito à leitura dos “jornalões”.Até os gratuitos – que já são tablóides – estãointeressados. Em Portugal, a Metro NewsPublicações, editora do gratuito Destakempenhada em formar público, criou umveículo quinzenal voltado aos estudantes do

ensino superior – é o Mundo Universitário, cominformações sobre o mundo acadêmico, cultura,além de dicas e lazer. Os britânicos TheIndependent e The Times embarcaram na ondae se deram bem, revertendo uma tendência dequeda na circulação. Esta tendência estáderrubando a noção de que standard representaqualidade e os tablóides são popularescos.

Na Argentina, a cr ise econômica engoliuo projeto. No Brasi l , divergências internasna concepção (preferiram Rio a São Paulo),impossibi l idade, à época, da part icipaçãode capital estrangeiro em empresas demídia e outros fatores abortaram ainiciat iva. Apenas a versão chi lena mostrou-se um sucesso. O Brasi l não estátotalmente de fora da onda: o Metrô Newscircula de segunda a sexta-feira no metrôpaulistano com uma t iragem de 120 milexemplares. Editado há 27 anos, nãoparece representar algum temor à

concorrência ou um fator de desequil íbr iono mercado.

O plano de o grupo Metro entrar no Brasilpor ora não vai ser retomado, garante Oliva-Vélez. Justifica-se. Enquanto na Finlândia,onde o grupo possui um jornal desde 1999, osveículos impressos abocanham mais dametade das verbas publicitárias, no Brasil,país da TV, jornais e revistas ficam commenos de 30% dos recursos dos anunciantes.

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REPÓRTER CINEMATOGRÁFICO MORRE EM ACIDENTEO repórter cinematográfico Everson Casteliano Pereira, da comunicação social doGoverno do Estado, morreu aos 37 anos no final de fevereiro em um acidenteautomobilístico no Oeste do Estado, quando viajava acompanhando a comitiva dogovernador Roberto Requião.

“ALEXANDRE ZRAIK” VIRA NOME DE RUAPor proposição do vereador Mario Celso Cunha (PSB), aprovada na CâmaraMunicipal de Curitiba, um logradouro público da cidade vai receber o nome dojornalista Alexandre Zraik, colunista do Jornal do Estado falecido no ano passadoaos 35 anos, em um acidente de trânsito.

IMPRENSA PARANAENSE

Liminar suspende teste seletivo para

a contratação de jornalistas na RTVE

Funpar poderá seguir com teste, mas profissionais selecionados trabalharão apenas para a fundação

Oteste seletivo paracontratação de jornalistas eradialistas para a RTVE,que parecia ser o fim deuma situação irregular que

perdura por anos nas emissorasestatais, promete arrastar o dramapor mais alguns capítulos. O últimolance na conturbada tentativa decontratação por meio da Fundação daUFPR (Funpar) foi a decisão liminarconcedida pelo juiz federal FriedmannWendpap, da 1ª Vara Federal deCuritiba, em ação movida pordeputados estaduais de oposição,que pediam liminar para a totalsuspensão dos efeitos do convênio,impedindo qualquer contratação apartir dele. O argumento dosdeputados era de que o testeencobriria a contratação defuncionários para a RTVE em cargosde carreira sem um concurso público.

Wendpap concedeu liminarapenas parcialmente. Ele considerouque, pela não-conformidade do editalàs formalidades para a admissão dequadros na universidade pública ounas emissoras estatais, a Funparpode prosseguir com o teste, desdeque os profissionais sejamcontratados apenas para funções naprópria fundação – que possui umaconcessão de rádio FM -, e não naUFPR ou na RTVE.

Como se não tivesse nada a vercom a história, o governador RobertoRequião, em declarações à imprensa,afirmou que concordava com adecisão do juiz. Dizendo que o editaldo teste aparentava falhas e que nãose deve contratar jornalista viaconcurso público. “Não queremosuma televisão com funcionáriosdesmotivados, esperando aaposentadoria”, afirmou.

O edital, no entender do juiz, nãocumpre realmente as formalidadestípicas de uma concorrência pública

(gênero em que se insere o testeseletivo). “Tais pessoas estão sendoadmitidas pelas regras do direitoprivado e poderão trabalhar na pessoajurídica de direito privado. Nãopoderão ocupar os cargos públicosexistentes na Rádio e TelevisãoEducativa do Estado do Paraná e naRádio e Televisão da UniversidadeFederal do Paraná”, afirmou Wendpapna liminar.

No dia 21 de março, o BoletimExtra Pauta divulgou que o testeseletivo teria seu resultado atrasadopor conta exatamente da ação naJustiça Federal, que exigiu sigilosobre a relação de aprovados.Mesmo com a conclusão da fase deentrevistas e o prosseguimentonormal das demais fases do teste,houve interdito à divulgação do

resultado final. Esgotado o prazo paraa defesa do Estado, foi dada liminarpedida pelos deputados

MINISTÉRIO PÚBLICOPor outro lado, o procurador

Marcelo Bauser Correia, daPromotoria de Proteção aoPatrimônio Público do MinistérioPúblico Estadual, instaurou uminquérito civil, em conjunto com aPromotoria de Fundações, paraapurar possíveis irregularidades noteste seletivo. O Ministério Públicoagiu com base em denúncias de 11jornalistas encaminhadas peloSindijor.

O Sindijor havia convocado osprofissionais que de alguma forma sesentiram prejudicados pelo teste paratrazer as suspeitas, para serem

encaminhadas ao Ministério Público.Isto depois de uma reunião deliberarpor não ingressar com ação coletiva,já que não havia consenso nacategoria acerca do tema.

Instalado o inquérito no MinistérioPúblico, o primeiro procedimento foi asolicitação da cópia dos editais e detoda a documentação referente aoteste seletivo à diretora-superintendente da Funpar, LuciaRegina Assumpção Montanhini. Poroutro lado a Promotoria das Fundaçõesestá averiguando se há, com acontratação de profissionais para aRTVE, desvio de função ou finalidadena Funpar. O inquérito, já contandocom os documentos fornecidos pelaRTVE, continua no MP. O Sindijorpermanece acompanhando osdesdobramentos do caso.

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ASSESSORIA DO MP-PR LANÇA NEWSLETTERA Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Paraná lançou a newsletterPílulas de Direito para Jornalistas, com informações rápidas sobre termos epeculiaridades do Direito. Quem quiser receber a newsletter, basta solicitar ainclusão pelos e-mails: mpimpr@pr.gov.br e ascommp@pr.gov.br.

PHILIPS CRITICA LENTIDÃO PARA TV DIGITALA fabricante de eletroeletrônicos Philips criticou a lentidão do governo federal emescolher um padrão para a implantação da televisão digital no Brasil. Segundo aempresa, a demora e os sucessivos adiamentos dessa decisão podem levar oPaís a perder o passo em uma nova onda tecnológica mundial.

16/02/200516 de fevereiro, Dia do RepórterUnicenP inscreve para pós em Comunicação e CulturaPrêmio Confea: prorrogadas as inscrições

17/02/2005Vitória do Sindijor: sai teste seletivo para a RTVE

18/02/2005Sindijor solicita mais prazo para inscrições ao teste seletivo,mas RTVE concede apenas mais um dia

21/02/2005Repórter cinematográfico morre em acidente na regiãoOesteConvocação ao Prêmio Sangue NovoInscrições ao teste seletivo da EducativaBiografia de jornalistas paranaenses em livro

23/02/2005Aniela Almeida assume Diretoria de Formação do SindijorReunião do Núcleo de Assessoria de ImprensaSindijor não se manifestou contra a transferência de alunosda Campo RealFenaj aguarda propostas ao regimento eleitoral

25/02/2005Churrasco do Dia dos Jornalistas: dia 9 de abril no Clube daBoschConvocação ao Prêmio Sangue NovoPrêmio Jornalismo Solidário

28/02/2005Convocação ao Prêmio Sangue Novo!

04/03/2005Faculdades Curitiba dão desconto em pós de ComunicaçãoFim do prazo para inscrições ao Prêmio Sangue NovoChurrasco do Dia dos Jornalistas“Jornalista Alexandre Zraik” será nome de logradouro em CuritibaAssintecal premia reportagens sobre couro

07/03/2005Reunião amanhã para discutir teste da RTVEChurrasco do Dia dos Jornalistas

09/03/2005Sindicato recebe denúncias de irregularidades no teste daRTVEDiretor do Sindijor participa de evento de inclusãoChurrasco do Dia dos Jornalistas

10/03/2005Sindijor protocola no MP denúncias sobre teste da RTVEAdvogado Sidnei Machado lança obra sobre reformatrabalhista e sindicalConvocação para assembléia ordinária

11/03/2005Escolhido procurador que cuidará de denúncias contra testeda RTVEChurrasco do Dia dos JornalistasFernanda Rocha e Rafael Chemim veiculam programa na CNT

Coluna Boletim Extra Pauta

Prêmio New Holland

de Fotojornalismo

Estão abertas as inscrições para o II PrêmioNew Holland de Fotojornalismo, promovido pelaNew Holland e o Banco CNH Capital, quepremiará as melhores fotografias que versemsobre as diversas atividades relacionadas àagricultura no Brasil produzidas por repórteresfotográficos para veículos impressos que circulemno território brasileiro, publicadas ou não.

Podem concorrer fotos feitas no período de 15de outubro de 2003 a 15 de maio de 2005 porrepórteres fotográficos. As categorias são“Agricultura” (geral) e “Tecnologia” (em queapareçam máquinas New Holland). Em cadacategoria, o primeiro colocado receberá R$ 8 mil;e o segundo R$ 3 mil, além do Prêmio Especialdo Júri, de R$ 1 mil. Na primeira edição, quatrodos seis premiados foram repórteres fotográficosparanaenses: Milton Dória, Priscila Forone,Jonas de Oliveira e Pedro Serápio. Maisinformações no site http://www.premionewholland.com.br/

14/03/2005Justiça condena TV Tarobá a pagar reajuste e PLR ajornalistasAssembléia para aprovação de balanço do SindijorResultado do teste da RTVENúcleo de Assessoria promove palestra com Elói ZanettiArranjo produtivo local é tema de concurso de monografia

15/03/2005MP instaura inquérito para apurar problemas no teste da RTVEAssembléia aprova contas do Sindijor

16/03/2005Churrasco do Dia dos JornalistasAdvogado Sidnei Machado lança obra sobre reformatrabalhista e sindicalCurso de webjornalismo em MaringáJornalista ministra palestra sobre comunicação empresarialAberje lança prêmio de comunicação empresarial

18/03/2005Churrasco do Dia dos JornalistasDiretor do Sindijor defende carreira de jornalista na CâmaraMunicipalVaga para jornalista em CuritibaReunião congrega antigos profissionais do Diário do ParanáProjeto Educar Brasil solicita apoiosDesconto para jornalistas em curso de roteiroPsicóloga pesquisa stress entre jornalistas

21/03/2005Sangue Novo: 240 trabalhos e 14 veículos laboratoriais emdisputaTransferida reunião do Núcleo de Assessoria de ImprensaResultado do teste da RTVE demorará a sair8º Fórum Nacional de Professores de JornalismoChurrasco do Dia dos JornalistasTrabalho de jornalista paranaense em prêmio de músicaindependenteCurso de Jornalismo Internacional na UnicenP

23/03/2005Vereadora se compromete a lutar por carreira de jornalista naCâmaraChurrasco do Dia dos Jornalistas: dia 9 de abril, no Clube daBoschAssessoria do MP-PR lança newsletter para jornalistasAlice Varajão, 20 anos em CuritibaColetivo de comunicação da CUT se reúne em Florianópolis

24/03/2005Jornalista é impedido de trabalhar em RoncadorChurrasco do Dia dos JornalistasJornalista lança documentário sobre Helena KolodyPrêmio de Jornalismo Científico José Reis

28/03/2005Conselho de Representantes da Fenaj define diretrizes para2005Jornalista lança dicionário de cinemaEm maio, 8º Congresso de Jornalismo Empresarial, em SãoPaulo

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ASSESSORIA DE IMPRENSA

Núcleo realiza

palestra com

Elói Zanettio dia 30 de abril, o Núcleo Paranaensede Assessoria de Imprensa, do Sindijor,promove palestra do especialista emmarketing Elói Zanetti. Será às 9h, noauditório campus Milton Vianna Filho,

das Faculdades Curitiba (Rua Chile, 1.678 –Rebouças). Com o tema “Criatividade naComunicação”, Zanetti abordará a necessidade deos jornalistas desenvolverem tino empresarial eformas de se desenvolver esta habilidade.

Será mais uma iniciativa para unir maisjornalistas de redações e de assessoria efortalecer o núcleo, conforme observou acoordenadora, Brisa Teixeira. A palestra de Zanettisegue-se ao bem-sucedido evento com ojornalista Carlos Chaparro, realizado em novembrodo ano passado, que reuniu profissionais eestudantes.

A escolha por Zanetti, explica Brisa, deve-seao fato de ser ele um profissional do Estado e queé reconhecido em todo o país. Para os próximoseventos, devem ser convidados profissionais dopróprio núcleo que vão apresentar cases desucesso em assessoria de imprensa.

N

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AMÉRICA DO SUL GANHA CANAL DE TVEm três ou quatro meses, deve estar no ar a emissora latino-americana Telesur.Notícias, programas de opinião, documentários e filmes a partir de umaperspectiva regional formam a proposta. Com suporte financeiro venezuelano eapoio da Argentina e Uruguai, a TV deverá utilizar material da estatal TV Brasil.

RADIOBRÁS DEMITE JORNALISTASNo dia 18 de março, a direção da Radiobrás demitiu oito repórteres fotográficos,uma semana depois de divulgar edital de concurso público com a promessa deque não haveria demissões. A justificativa foi de que estaria desmontando oDepartamento de Fotografia para transformá-lo em editoria da Agência Brasil.

PLANEJAMENTO

Conselho de Representantes da

Fenaj define diretrizes de açãoeunião do Conselho de Representantesda Fenaj realizada no dia 26 de março,em Brasília, aprovou a prestação decontas da federação no ano passado e onovo regimento para eleições na

entidade, além de definir estratégias de ação parao ano. O encontro serviu para que fosse explicadaaos sindicatos a campanha que a federação vaiencabeçar em prol da valorização da profissão,que deve incluir a defesa da formação específicaem Jornalismo, da criação do Conselho Federaldos Jornalistas e as lutas contra a precarizaçãodas relações trabalhistas e pela liberdade deimprensa.

Na reunião, foi apresentado o resultado daavaliação da criação de um plano de previdênciaprivada para jornalistas, trabalho que tomou dois

anos. Cada sindicato deverá optar se aceita ounão o plano – chamado Fenaj Previdência -, quetambém será opcional para cada jornalista filiado.A tendência é que seja celebrada uma parceriacom a Petros, o fundo de pensão dostrabalhadores da Petrobras, que se mostrou omais vantajoso. No entanto, outros gestores defundos continuam a ser pesquisados.

Ainda foram definidas novas diretrizes para acampanha pela criação do CFJ, que deve incluirum amplo debate nacional, por meio de palestrase discussões abertas à sociedade ao longo detodo o ano, o estreitamento de contatos políticospara tratar do tema e a realização, em 2006, deum plebiscito sobre a criação do conselho.

Representando o Sindijor, o diretor de DefesaCorporativa, Aurélio Munhoz, que atuou como

relator dos trabalhos, defendeu a necessidade delevar a mobilização em torno do conselho tambémpara as assessorias de imprensa, principalmenteas assessorias parlamentares, assim comoenfatizar a qualidade da informação para justificara premência do conselho.

Munhoz levou à reunião um documentoelaborado pelo Sindijor de contribuições ao debateda reforma sindical, abordando os limites danegociação coletiva, reivindicando mais respaldoaos trabalhadores por parte da Justiça do Trabalho,Ministério Público do Trabalho e do Ministério doTrabalho e maior compromisso do Estado com ostrabalhadores. Para acompanhar o processo dareforma sindical, o Conselho de Representantesdefiniu uma equipe composta por Celso Schroder(RS), Fred Ghedini (SP) e Delio Rocha (MG).

R

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APL É TEMA DE CONCURSO DE MONOGRAFIAO 4º Concurso IEL Paraná de Monografia sobre a relação Universidade/Empresa,promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Ipardes, com o tema organização daeconomia em arranjo produtivo local (APL). O vencedor ganha uma visita técnica àItália. Mais informações no site www.fiepr.com.br

JORNALISTA É IMPEDIDO DE TRABALHAR EM RONCADORO jornalista Claudinei Prado, assessor da prefeitura de Roncador (região centraldo Estado), foi impedido de registrar imagens das sessões da Câmara Municipalda cidade nos dias 21 e 22, apesar de ter requerido autorização para a filmagem.Vereadores não quiseram que imagens suas fossem registradas.

SANGUE NOVO

240 trabalhos e 14 veículos

laboratoriais em disputaSindijor recebeu 240trabalhos na 10ª edição doPrêmio Sangue Novo noJornalismo Paranaense,cujo prazo de inscrições se

encerrou no dia 4 de março. Estão nadisputa 577 acadêmicos deJornalismo de 19 instituições doEstado. Na estreante categoria LivroReportagem, houve sete trabalhosinscritos. Nas categorias laboratoriais(radiojornal, jornal, TV e jornal on-line),foram registrados 14 veículos.

Mais uma vez, o destaqueficou por conta do CentroUniversitário Positivo (UnicenP),que inscreveu 114 trabalhos –quase metade do total departicipantes. Os trabalhos estãoem processo de avaliação pelascomissões julgadoras. A entregados prêmios será no dia 10 dejunho, às 20h, no Auditório daFundação de Estudos Sociais doParaná (Fesp – Rua Dr. Faivre,141).

O

Aniela Almeida assume Diretoria de Formação

A jornalista Aniela Almeida,diretora administrativa do Sindijor,assumiu interinamente a Diretoriade Formação, por seis meses,

8º Fórum Nacional de Professores de Jornalismo

Acontece em Maceió, de 21 a24 de abril, o 8º Fórum Nacional deProfessores de Jornalismo, com otema Formação eResponsabilidade. O encontro épromovido pela UniversidadeFederal de Alagoas (Ufal) e peloFórum Nacional de Professores deJornalismo, em parceria com aFenaj e Sindicato dos Jornalistas

do Estado de Alagoas. Para seinscrever, é só preencher a ficha deinscrição no sitewww.8forum.ufal.br, pagar a taxa(R$ 80,00 até 15 de abril e R$90,00 no dia do evento) e remeter ocomprovante juntamente com aficha de inscrição, por fax, parasecretaria geral do evento nonúmero (82) 377-0400.

período de ausência do diretortitular, Mário Messagi Júnior, quepartiu para fazer doutorado naUnisinos (RS).

E X T R A P A U T A - F E V E R E I R O / M A R Ç O - 2 0 0 5 - 9

10 - E X T R A P A U T A - F E V E R E I R O / M A R Ç O - 2 0 0 5

A ARTE DE ESCREVERBEM - Arlete Salvador,Dad Squarisi, 105 pp.São Paulo, Contexto,2005, R$ 27,00.Este livro, inicialmentedestinado a jornalistas eprofissionais do texto,tem uma linguagem

clara, bem humorada e acessível aquem quer que precise escrever bem.Dad Squarisi e Arlete Salvador mostramcomo é possível redigir de modoadequado e elegante. “Antes de tudo,escrever bem se tornou umanecessidade nos dias atuais”, comentaDad Squarisi. Seja para um simples e-mail, para uma carta ou relatório, umtexto jornalístico ou uma redação parao vestibular, a linguagem escrita, fazparte do dia-a-dia de toda a sociedadecontemporânea. Segundo as autoras,“todos nós somos poliglotas na nossaprópria língua. Escrevemos e falamosde formas diferentes. Usamos umalinguagem para os amigos, outra paraum diretor, outra na sala de bate-papoe assim por diante”. “Hoje, o desafiopara o saber é grande, a disputa nomercado de trabalho inclui acapacidade de se comunicar bem e, nocaso dos jornalistas, escrever muitobem”, revelam as autoras. Para quemnão tem a vocação de Machado deAssis, as autoras de “A Arte deEscrever Bem” dão dicas bem-humoradas de como desenvolver umtexto claro, conciso e interessante, docomeço ao fim. O treino é o primeiromandamento. Para ter idéias e criar umvocabulário, as pessoas precisamtentar escrever todos os dias. Osegundo é a leitura. Ler é importantepara aprender estruturas. “Quem lê nãoserá necessariamente um bom autor,mas quem não lê dificilmente escreveráum bom texto”, analisam as jornalistas.Dividido em cinco capítulos, o livroreúne em apenas 105 páginas toda aarte da boa escrita.

TEORIA DOJORNALISMO - FelipePena, 240 pp. EditoraContexto, São Paulo,2005, R$ 39,00A batalha por coraçõese mentes, travada naseara da comunicação,é tão ou mais importante

que votos e discursos políticos. Noséculo XXI, não há bem mais valioso doque a informação. E o jornalista, comomediador entre fontes e sociedade,precisa entender por que as notíciassão como são e quais efeitos elasgeram. Neste livro, Felipe Pena aborda

Biblioteca da comunicação

de forma clara e concisa conceitos eteorias do Jornalismo, que vêm sempreacompanhados de exemplos. Ao mesmotempo, mostra como desenvolver opensamento crítico – necessário aosprofissionais da área – associado àprática e ao conhecimento das técnicasde produção. Além disso, a obra abordatendências e alternativas, como aconvergência tecnológica, o ConselhoFederal de Jornalismo e a éticaprofissional nos veículos decomunicação de massa. Paraprofessores, alunos e profissionais decomunicação social e, em especial,Jornalismo.

RETRATOS DE UMAGUERRA: HISTÓRIASDO CONFLITO ENTREISRAELENSES EPALESTINOS - ArielFinguerman, EditoraGlobo, São Paulo,2005, R$ 30,00.Com uma linguagem

simples e direta, o jornalista ArielFinguerman trata do conflito Israel xPalestina, com matérias escritas para OGlobo, jornal Expresso (de Lisboa) epara a revista A Hebraica, além deveículos norte-americanos nos quatroanos em que percorreu a regiãodurante a II Intifada. A história tem inícioem julho de 2000, com uma cena queressuscita em todo o mundoesperanças de um possível acordo depaz entre israelenses e palestinos.Yasser Arafat, o então líder daOrganização para Libertação daPalestina (OLP), caminha ao lado doprimeiro-ministro israelense EhudBarak. Avançam as negociações quepodem pôr termo à histórica luta entreos povos da Terra Santa. Depois detrês meses, um táxi leva jornalistasestrangeiros pela estrada de Ramallah.No rádio, a notícia que o motoristaárabe traduz: “Israel estábombardeando Ramallah”. É o início dasegunda Intifada, a nova etapa noprocesso de paz é enterrada. Desde oinício da Nova Intifada, os ataques comhomens-bomba palestinos e asincursões do Exército israelense naCisjordânia e na Faixa de Gazadeixaram milhares de mortos. Segundoo jornalista, um fator que atrapalhouessa difícil negociação de posições foio desconhecimento. “Só na hora emque um dialoga com o outro é que elesmesmos percebem as diferençasculturais, que até então ignoravam. Osdois povos já entenderam que asituação atual é de guerra e que, senão houver diálogo, o que vai haver ésofrimento, destruição, morte.”

tabela de preços - Março 2005

SALÁRIOS DE INGRESSORepórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador,repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.617,56Editor 2.102,83Pauteiro 2.102,83Editor chefe 2.426,34Chefe de setor 2.426,34Chefe de reportagem 2.426,34Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valoresda tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria édefinido em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.FREE LANCEAssessoria de imprensaServiço mensal local 1.617,56RedaçãoLauda de 20 linhas (1.440 caracteres) 86,80Mais de duas fontes: 50% a maisEdição por páginaTablóide 112,40Standard 134,69Diagramação por páginaTablóide 56,22Standart 76,66Revista 41,79Tablita / Ofício / A4 28,55RevisãoLauda (1.440 caracteres) 22,62Tablóide 47,24Tablita 35,63Standard 98,79IlustraçãoCor 134,11P&B 89,30Reportagem fotográfica – ARFOCReportagem EditorialSaída cor ou P&B até 3 horas 266,00Saída cor ou P&B até 5 horas 401,00Saída cor ou P&B até 8 horas 678,00Adicional por foto solicitada 98,00Foto de arquivo para uso editorial 268,00Com equipamento digital Editorial InstitucionalSaída 3 horas R$ 360,00 R$ 560,00Saída 5 horas R$ 575,00 R$ 884,00Diária viagem R$ 985,00 R$ 1.627,00Reportagem Comercial/InstitucionalSaída cor ou P&B até 3 horas 370,00Saída cor ou P&B até 5 horas 587,00Saída cor ou P&B até 8 horas 978,00Adicional por foto 130,00Reportagem CinematográficaEquipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratanteSaída até 5 horas 289,00Saída até 8 horas 354,00Adicional por hora 100%Foto de arquivo para uso em:Anúncio de jornais (interna) 580,00Anúncio de Revista (interna) 624,00Capa de Disco, calendário, revista, jornal 978,00Outdoor 1230,00Cartazes, Folhetos e Camisetas 401,00Audiovisual até 50 unidades 1661,00Audiovisual acima de 50 unidades a combinarDiária em reportagem que inclui viagem a combinarReportagem aérea internacional a combinarHora técnica 78,00

Observações importantes: Lembramos que os valores acima referem-se apenas aotrabalho do profissional, incluído o uso do equipamento básico necessário para seexecutar uma cobertura fotográfica.Despesas com filmes, revelações, provas -contato, cópias, duplicatas, molduras, transmissões, transporte, alimentação,hospedagem, seguro de vida, credenciamento, dentre outras, correm por conta docontratante.Trabalhos realizados entre 22 e 6 horas, aos domingos e feriados e assaídas mistas (p & b e cor) serão acrescidas em 50%.Conforme a Lei 9610/98 ofotojornalista realiza um trabalho de criação intelectual, que não pode ser confundidocom mera prestação de serviços, portanto a LICENÇA DE REPRODUÇÃO DEOBRA FOTOGRÁFICA é um documento legal de cobrança e deve substituir a notafiscal de serviços. O crédito na foto é um direito do autor, obrigação de quem querque divulgue, previsto pela Lei 9.610, de 19/02/1998. Trabalhos publicados semcrédito, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme a Lei 9.610de 19/02/98.Na republicação, será cobrado 100% do valor da tabela.A foto editorialnão pode ter utilização comercial.Certifique-se que a pessoa que vai lhe prestar oserviço de fotojornalismo, é um profissional habilitado. EXIJA A IDENTIFICAÇÃODE REPÓRTER FOTOGRÁFICO.Sugestões deverão ser encaminhadas ao Sindicatoatravés do fax 41 224-9296 ou Correio Eletrônico: sindijor@sindijorpr.org.br

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JORNALISTA LANÇA DICIONÁRIO DE CINEMAResultado de três anos de pesquisa, o “Dicionário de Cinema do Paraná” dojornalista, cineasta e crítico de cinema Francisco Alves dos Santos,. A obra trata daprodução do cinema no Paraná desde seu início, em 1907, registrando osrealizadores cinematográficos até 2003.

HELENA KOLODY É TEMA DE DOCUMENTÁRIOA jornalista Josina Melo lançou seu documentário “Helena de Curitiba”, sobre avida e obra de Helena Kolody. O documentário traz imagens e depoimentosinéditos e detalhes da vida da poetisa. Há no documentário ainda cenas fictíciasda adolescência de Helena Kolody.

AÇÃO PARA A CIDADANIA

A inclusão social possívelPessoas com deficiências mostram que podem trabalhar e produzir normalmente

Oanalista M. A. é um dosfuncionários maiscompetentes e respeitadosda Companhia doMetropolitano de São Paulo

(o metrô paulistano). Sua função éanalisar as propostas dosfornecedores de materiais daempresa. Atua na função há 11 anos,usando o computador comoferramenta de trabalho, e foipromovido ao cargo por mérito,depois de já ter sido responsávelpelas medições de áreas feitas pelaempresa.

M. A. é tetraplégico. Perdeu osmovimentos dos braços e pernasdepois de um assalto, em 1994, noqual levou um tiro na coluna cervical.Foi demitido da Companhia doMetropolitano de São Paulo, acabousendo abandonado pela esposa eteve que criar os dois filhos sozinho.Desesperado, prometeu à família queiria resolver o problema e pediu oemprego de volta. Não conseguiu, aprincípio.

Mas, depois de ser convencida doque M.A. era capaz, a empresainstalou para o analista umcomputador especial, acionado pormeio de uma vareta que elemovimenta utilizando a boca. Aexperiência foi extremamente bem-sucedida. M.A. exerce suas funçõesnormalmente. Continua cuidando dosseus filhos e, depois de serrecolocado na empresa, comprou umveículo e uma cadeira de rodasespecial.

Hoje, seu exemplo é citado emtodas as palestras do assistentesocial e consultor de empresas narecolocação de profissionais comdeficiência no mercado de trabalhoRomeu Sassaki, que tem 44 anos deexperiência no tema. Sassaki esteveno Paraná nos dias 9, 10 e 11 demarço falando com os funcionários doBanco do Brasil em São José dosPinhais sobre o tema “Diversidadehumana nos locais de trabalho peloparadigma da inclusão”. Foi ele o

responsável pelo trabalho deconvencimento feito junto àCompanhia do Metropolitano de SãoPaulo.

“O médico da empresa disse queo M.A. não poderia mais trabalhar. Eupedi quatro meses para provar queele estava errado, desde que aempresa concordasse em fazer asadaptações necessárias para o M.A.Descobri uma função para ele, asadaptações foram feitas e o M.A.está trabalhando normalmente”, contao analista, que defende umamudança profunda na postura dasempresas em relação às pessoascom deficiências.

“É muito importante as empresasentenderem que as pessoas comdeficiências e suas diferenteshistórias de vida podem enriquecermuito as empresas, além dosfuncionários que trabalham com ela.Isso se encaixa perfeitamente àpreocupação das empresas demelhorar o relacionamento com seusclientes e ter lucros”, diz o consultor.

MUDANÇA DE MENTALIDADE

Baseado nos seus 44 anos deexperiência no assunto, Sassakidiz que todas as pessoas comdeficiências físicas podem trabalhare produzir normalmente, desde querecebam condições e equipamentosadequados para exercer suasatividades e desenvolver suashabilidades. “As barreiras nãopodem ser usadas como desculpaspara deixar de ajudar estaspessoas”, adverte o consultor.

A avaliação de Sassaki sebaseia na prática e também naspesquisas. Uma delas, feita nos

EUA, comprovou que cada dólarinvestido em uma pessoa comdeficiência traz um retorno de US$29,00. Por este motivo, essa novamaneira de tratar o assunto já vemsendo aplicada por muitas empresasdo mundo - como a multinacionalMitsubishi - e do Brasil.

É o caso do Banco do Brasil deSão José dos Pinhais, que possuivárias pessoas com estascaracterísticas em sua sede. Porsugestão da funcionária DanieleHaloten, o BB afixou etiquetas embraile para as pessoas com

deficiências visuais nas portasdos banheiros.

Sassaki diz que, adotando-se esta nova maneira depensar e de agir, as empresasvão perceber que praticamentenão existem limitesprofissionais para as pessoascom deficiências. “Nada éimpossível para estaspessoas, desde que mudemosnosso enfoque em relação aelas. Todo mundo podecontribuir para a sociedade,mas ao seu modo”.

Para Sassaki, as

empresas podem lucrar

com a contribuição de

funcionários portadores

de deficiênciaArq

uivo

Pes

soal

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PSICÓLOGA PESQUISA STRESS ENTRE JORNALISTASA psicóloga Rita Pinotti está realizando uma pesquisa em redações e assessoriasde imprensa em Curitiba para avaliar a intensidade e as origens do stress emjornalistas. Ela deve apontar soluções para melhorar a qualidade de vida dosprofissionais da imprensa.

JORNALISTA PODE TER CARREIRA NA CÂMARA DE CURITIBAA vereadora curitibana Professora Josete (PT) se comprometeu a apoiar iniciativado Sindijor para adaptar à Câmara Municipal de um projeto de lei em tramitaçãona Assembléia Legislativa para criar plano de carreira para os jornalistas doquadro próprio do Legislativo.

DEFESA CORPORATIVA

Justiça condena TV Tarobá

a pagar reajuste e PLREmpresa vinha há anos descumprindo a CCT

m ação proposta pelo Sindijor, a juíza Ariana Camata Bastos, da 1ª Vara doTrabalho de Cascavel, condenou a TV Tarobá (emissora com atuação na regiãoOeste e Londrina) a pagar aos jornalistas os reajustes das convenções coletivas2002-2003 e 2003-2004 e as diferenças salariais devidas, “que deverão serobservadas inclusive para fins dos reajustes posteriores, gerando reflexos em

férias + 1/3, 13º salário, horas extras e FGTS (8%), conforme ocorrências do período”.A empresa vai ter ainda de pagar as diferenças sobre aviso prévio e multa de 40% aos

jornalistas desligados sem justa causa e também a participação nos lucros e resultados(PLR) estabelecida pela convenção 2003-2004 e que não foi paga aos profissionais daempresa. A empresa vinha descumprindo sistematicamente as convenções coletivas e,quando concedia reajustes aos jornalistas, não o fazia na proporção devida.

Até o fechamento desta edição, a TV Tarobá, que não havia conseguido obterembargos declaratórios (questionamentos a aspectos da decisão que poderiam fazer oprocesso se arrastar) à decisão de primeira instância, não tinha ainda protocoladorecurso no Tribunal Regional do Trabalho.

E

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PRÊMIO ABERJE RECEBE INSCRIÇÕESA Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) está cominscrições abertas para o Prêmio Aberje 2005 – 31ª edição. Os trabalhos poderãoser inscritos até o dia 29 de abril, e a ficha de inscrição pode ser obtida no site daassociação: www.aberje.com.br

MATERNIDADE É TEMA DE CONCURSO FOTOGRÁFICOEm sua primeira edição, o Prêmio Roger Abdelmassih de Fotojornalismo vaidistribuir R$ 10 mil para as melhores fotos sobre o tema maternidade. Podem seinscrever repórteres fotográficos de todo o Brasil com até três trabalhos. Maisinformações no site www.abdelmassih.com.br/concurso

Emerson Castro *

ntre 1945 e 1988, o Sindicato dosJornalistas Profissionais do Paranáteve 15 diretorias eleitas, duasjuntas governativas (a primeira,em março de 1946; a segunda

em abril de 1970, substituindodiretoria que renunciou naquelemês) e uma junta interventora. Em43 anos, importantes disputasquanto à concepção sindicaldos jornalistas paranaensesvieram à tona durante osprocessos eleitorais. Aoperceber essas concepçõesem seus respectivoscontextos, sindical eprofissional, compreende-se oquanto a atividade dosjornalistas influiu nas tomadasde posição dessesprofissionais no sindicato.

Nos primeiros oito anos(entre 12 de outubro de 1945 e 28de fevereiro de 1953, quando éeleita a primeira diretoria), osindicato praticamente não saiu dopapel. O período de organização foiefetivo a partir de 1953 com a primeiradiretoria – com Alceu Chichorro comopresidente. João Dedeus Freitas Neto,presidente na gestão seguinte, conta que foiquando aconteceu o V Congresso Nacional dosJornalistas (setembro de 1953). Para ele, arealização do Congresso em Curitiba, no ano doCentenário de Emancipação do Paraná, foiestimulada pelo governo. O fato adquiriuimportância na medida em que levou um grupo dejornalistas a retomar a organização do Sindicato.Na gestão de 1955 foi estabelecido estatuto,registro de associados, os primeiros acordossalariais com as empresas.

No período de construção, que vai de 1955 até1964, o sindicato, mais consolidadoinstitucionalmente, torna-se espaço de disputaspor correntes divergentes que lutam pelo controleda representação sindical dos jornalistas. É omomento em que surge o conflito entre gruposcom concepções diferentes, seja para obtermelhores salários e condições de trabalho, sejaquando inseridos nos debates nacionais.

HISTÓRIA

Sindijor: organização e construçãoUma tribo e suas trilhas num sindicato

E

“UNIÃO DA CLASSE”Até 1959, quando aconteceu o primeiro bate-

chapa, a concepção vigente era a de que, para osindicato ter legitimidade, precisava haver achamada “união da classe”, expressão usada porFreitas Neto em depoimento, mas recorrente noimaginário dos jornalistas até hoje. Paralelamente,corria nos congressos da categoria o debatesobre as fronteiras conceituais do que deveria serum jornalista profissional, a profissionalização daimprensa, acompanhada – ainda que de formaidealizada – das posturas éticas dos jornalistas ea defesa desses profissionais comotrabalhadores.

Uma parte dessa questão de definir fronteiras erao envolvimento dos jornalistas com políticapartidária. Identificada como questão importante

entre os que começavam a diferenciar posturas dejornalistas e empresas jornalísticas, a prática estavamuito mais arraigada do que se podia idealizar.

A disputa em 1959 colocou frente a frenteNewton Stadler, representante da situação, e

Protásio de Carvalho, jornalista que veiode São Paulo para dirigir o jornal A

Tarde. Há pouca informação sobreesta disputa, mas pela formação

das chapas e pela análise domesmo Freitas Neto, integrante

da situação, a disputa deu-seno nível ideológico, sendo achapa de oposiçãoencabeçada por umconservador – “vinculado àUDN”, enquanto Stadler,mesmo sem partido, estavamais à esquerda. Pesavaainda a favor da chapa desituação a necessidade da“união da classe”. Essabandeira era importante paraum sindicato que passou de 70

filiados em 1955 para 230 em1959. Mas não era a única.Havia a falta de uma sede

própria. Este também era umdiferencial em relação à Associação

Paranaense de Imprensa, que tinhasede e abrigou as primeiras reuniões do

sindicato, na década de 1940. Oproblema é que a direção sindical dosjornalistas, desde 1955, preocupava-se

em manter distância da API, em cuja sede,segundo depoimentos, a atividade era o“carteado”.

A solução paliativa já havia sido encontradaem 1º de maio de 1956: uma sala alugada no9º andar do edifício Caetano Munhoz da Rocha,por Cr$ 1.500,00, (50% de desconto), conformeacordo com o secretário do Trabalho, já que oprédio era público.

A gestão que se iniciou em 1959 seguiu até1964 no comando da direção sindical eperseguiu esse objetivo seriamente, mas semsucesso. As vitórias desse período foram nocampo da mobilização e da atuação sindicaltambém direcionada aos interesses gerais dostrabalhadores e da sociedade brasileira.

* Emerson Castro é jornalista e professor.

14 - E X T R A P A U T A - F E V E R E I R O / M A R Ç O - 2 0 0 5

PROJETO EDUCAR BRASIL SOLICITA APOIOSO Projeto Educar Brasil, união de profissionais da área de comunicação eeducação para implementar ações na área pedagógica, está solicitandopatrocínios, parcerias, doações, inclusive de computadores, impressoras,scanner e material de escritório. Informações: www.educarbrasil.jor.br

CONCURSO DE JORNALISMO CIENTÍFICO JOSÉ REISO Prêmio José Reis de Divulgação Científica, promovido pelo CNPq, tem entresuas categorias uma para Jornalismo Científico, que reconhecerá os méritos dojornalista profissional que se destaque na difusão da Ciência e da Tecnologia nosmeios de comunicação. O prêmio para o ganhador é de US$ 4.500,00

A T I V O P A S S I V O

ATIVO CIRCULANTE 31.995,18 PASSIVO CIRCULANTE 3.244,88

CAIXA E BANCOS 20.674,61

CRÉDITO DE TERCEIROS 525,18 OBRIGAÇÕES SOCIAIS A PAGAR 3.244,88

SALDO DELEGACIAS REGIONAIS 10.795,39

CHEQUES A COMPENSAR 0,00

ATIVO PERMANENTE 41.708,60

INVESTIMENTO 1.395,00 PATRIMONIO SOCIAL

AÇÕES COOPERCOM 1.395,00 RESULTADO 70.458,90

IMOBILIZADO 40.313,60 SUPERÁVIT EXERCÍCIOS ANTERIORES 36.959,58

EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA 18.704,87 DÉFICIT EXERCÍCIO 1997 -6.995,58

MÓVEIS E UTENSÍLIOS 7.649,41 SUPERÁVIT EXERCÍCIO 1998 21.008,37

EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO 2.421,15 DÉFICIT EXERCÍCIO 1999 -17.292,39

DIREITO USO TELEFONE 2.297,92 DÉFICIT EXERCÍCIO 2000 -6.316,40

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 7.900,00 SUPERÁVIT EXERCÍCIO 2001 24.366,78

BIBLIOTECA 5.841,60 SUPERÁVIT EXERCÍCIO 2002 116,32

SUPERÁVIT EXERCÍCIO 2003 5.056,87

(-) DEPREC. ACUMULADA -4.501,35 SUPERÁVIT EXERCÍCIO 2004 13.555,35

TOTAL DO ATIVO 73.703,78 TOTAL DO PASSIVO 73.703,78

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 01.01.2003 A 31.12.2003

R E C E I T A S D E S P E S A S

OPERACIONAL 303.852,57 OPERACIONAL 287.195,45

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 30.081,36 PESSOAL/ENCARGOS 136.328,97

CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA 89.055,88 SERVIÇOS TERCEIROS 28.185,99

REVERSÃO SALARIAL 42.674,55 LUZ/AGUA/TELEFONE 15.639,99

ANUIDADES 46.241,69 CORREIO 4.946,95

MENSALIDADES 38.496,63 MANUTENÇÃO 12.698,33

CARTEIRA IDENTIDADE 15.284,05 MATERIAL EXPEDIENTE 6.432,51

CARTEIRA INTERNACIONAL 392,06 FENAJ - CARTEIRA DE IDENTIDADE 10.320,00

PRÉ SINDICALIZAÇÃO 345,00 FENAJ - REPASSE 7.835,99

RATEIOS 17.045,82 MENSALIDADE DIEESE 3.200,00

ANÚNCIO JORNAL EXTRA PAUTA 3.080,00 PRÉ-SINDICALIZAÇÃO 883,50

PATROCÍNIO 11.940,00 CARTÃO CLUBE DE DESCONTO 461,50

ENC. DRT 2.064,61 JORNAL EXTRA PAUTA 18.525,40

RESERVA AUDITORIO 300,00 PRÊMIO SANGUE NOVO 8.115,14

XEROX 245,80 EVENTOS_CULTURA E LAZER 10.169,78

VENDA DE CAMISETAS 539,00 EVENTOS_DEFESA CORPORTIVA 5.304,74

RECEITA C/ EVENTOS 3.009,00 EVENTOS_PRESIDÊNCIA 4.496,47

MAILING JORNALISTAS 300,00 EVENTOS_DIRETORIA EXECUTIVA 960,00

CARTÃO CLUBE DE DESCONTO 305,00 EVENTOS_DIRETORIA DE FORMAÇÃO 2.526,42

RESSARCIMENTO DE DESPESAS 1.515,26 EVENTOS_DIRETORIA DE FINANÇAS 214,20

OUTRAS RECEITAS 936,86 REUNIÕES 1.354,68

TRANSPORTE 330,47

CAMISETAS 525,00

COFINS 241,67

DESPESAS DELEG.REGIONAIS 5.806,53

RECEITA FINANCEIRA 1.309,91 OUTRAS DESPESAS 1.691,22

DESPESAS FINANCEIRAS 4.411,68

TOTAL DAS RECEITAS 305.162,48 TOTAL DAS DESPESAS 291.607,13

RESULTADO DO PERÍODO - SUPERÁVIT 13.555,35

CURITIBA-PR, 31 DE DEZEMBRO DE 2004

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO PARANÁC.G.C. nº 76.719.574/0001-86 RUA JOSÉ LOUREIRO, 211

BALANÇO PATRIMONIAL PERÍODO 01.01.2004 A 31.12.2004

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JORNALISMO SOLIDÁRIO: INSCRIÇÕES PRORROGADASProrrogadas até o dia 15 de maio inscrições ao Prêmio Jornalismo Solidário,iniciativa do governo do Estado que vai reconhecer os trabalhos jornalísticos quecontribuam no esclarecimento, informação e divulgação da importância daprevenção ao uso de drogas. Informações: www.pr.gov.br/seju.

ENCONTRO DA REDE ALCAR (RS)Acontece entre 14 e 16 de abril, no Centro Universitário Feevale, em NovoHamburgo (RS), o terceiro encontro da Rede Alfredo de Carvalho, entidade depreservação da memória da mídia. Estão previstas palestras e grupos detrabalho. Mais informações no site www.feevale.br/redealcar

Sidnei Machado *

oi-se o tempo em que se trabalhava 25 ou30 anos e, a partir daí, era só gozar daaposentadoria vitálica, cujo valorsubstituía o salário. As reformas nosistema previdenciário brasileiro dos

últimos 10 anos, a pretexto de equilibrar a contasda Previdência, acabaram por aumentar osrequisitos para a aquisição do benefício, obrigandoo trabalhador a contribuir pormais tempo e receber menos.Reflexos das reformas, osjornalistas perderam aaposentadoria especial, epassaram a ser regidos pelasnormas comuns aplicáveis aosdemais segurados daprevidência social (INSS).

Aposentadoria especial,conquistada em 1959, queassegurava aposentadoriaintegral ao jornalista após 30anos de serviço, foi extinta em13 de outubro de 1996. A partir14 de outubro de 1996, oprofissional jornalista não temnenhuma garantia especial emrelação aos demais seguradosda Previdência. Somentepodem ainda se beneficiar daaposentadoria especialaqueles jornalistas que, em 13de outubro de 1996, jápossuíam o tempo mínimo de30 anos.

Acabou também aaposentadoria proporcional aotempo de serviço, antesgarantida aos 25 ou 30 anosde serviço (mulher/homem).Para aqueles que começarama trabalhar antes de 15 dedezembro de 1998, a Constituição ainda garante odireito à aposentadoria proporcional, desde quecomprove requisitos de tempo adicional e idademínima. A idade mínima exigida é de 48 e 53 anos(mulher/homem) e, o adicional de tempo (pedágio)é de 40% do tempo faltante, em 15 de dezembrode 1998, para mínimo exigido. Uma jornalista(mulher) que possuísse 20 anos de serviço em 15de dezembro de 1998 deve pagar dois anos depedágio (40% dos 5 anos faltantes para atingir os

ARTIGO

Aposentadoria do jornalista25 anos) e implementar mais cinco anos decontribuição. Neste caso terá que trabalhar 27anos, além de ter idade mínima de 48 anos na datado requerimento da aposentadoria. Permanece emvigor da regra geral das aposentadorias por tempode contribuição, aos 30 ou 35 anos de contribuição(mulher/homem) e a aposentadoria por idade aos60 e 65 anos (mulher/homem).

Outra mudança profunda se deu no critério paraa definição do valor mensal da aposentadoria

(renda mensal). Desde novembro/99, o valor daaposentadoria é definido por uma complicadafórmula matemática (denominada “fatorprevidenciário”) que leva em consideração ascontribuições efetuadas mensalmente desde julho/94, a idade do segurado (a) e a sua expectativa devida (aferida e divulgada pelo IBGE). A fórmulafunciona na prática como um redutor do benefício,já que todos que têm menos de 63 têm abatimentono cálculo. Uma mulher com 48 anos de idade e 30

de contribuição, por exemplo, após feita a médiadas contribuições e aplicado o fator previdenciário,terá reduzido o benefício em 38,1% (segundo atabela de expectativa de vida, o fator 0,6190).Assim, se contribuiu sobre R$ 1.000,00 desdejulho/94, receberá apenas R$ 619,00 deaposentadoria.

A alternativa da aposentadoria privada paragarantia de uma aposentadoria melhor deve seravaliada com bastante cuidado. O sistema funciona

como uma poupança de longoprazo, cuja lógica pressupõeacumulação por longos anos.Embora o sistema tenha hojeregras legais bastante rígidas,com controle efetivo pelogoverno, as taxas deadministração cobradas (emalguns casos de até 15%)ainda são muito altas e,assim, comprometem aacumulação. É precisolembrar que valor da futuraaposentadoria indicado pelasseguradoras, a partir da idadee da contribuição mensal a sermantida, é resultado de merasimulação (projeção) e, dessemodo, não há garantia de queele venha a ser atingido. Avantagem concreta daaposentadoria privada é oincentivo fiscal, com o direitoao abatimento do Imposto deRenda.

As novas condições para aaquisição da aposentadorianos obrigam as fazer um novoplanejamento de longo prazo.Calcular o tempo jácontribuído (análisecontributiva) é o primeiropasso. Depois definir quando

atingirá a aposentadoria pelas atuais regras ouquando deseja se aposentar. A partir daí é possívelredefinir os valores das contribuições e, em algunscasos, adquirir uma previdência privada como formade complementar a renda.

* Sidnei Machado é advogado, doutor emDireito e assessor jurídico do Sindicato dosJornalistas Profissionais do Paraná. E-mail:sidnei@machado advogados.com.br

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CARRO DA RBS INCENDIADO EM PROTESTOEm 15 de março, um carro da emissora de TV RBS foi incendiado perto domunicípio de Sarandi, no Rio Grande do Sul. O cinegrafista Éverton Machado e orepórter Leonel Lacerda estavam em uma estrada cobrindo um protesto contra aproposta do governo federal para combater a seca na região.

JORNALISTAS SÃO AGREDIDOS EM ATERRO SANITÁRIONo dia 15 de março, os jornalistas Paulo de Tarso Venceslau e Alan Brito, do jornalContato, foram agredidos por seis seguranças da prefeitura de Taubaté (SP),quando faziam uma matéria sobre a suposta criação de uma favela dentro doaterro sanitário da cidade.

Foi um sucesso o churrascodo Dia do Jornalista,realizado pelo Sindijor noúltimo sábado. Duzentas ecinqüenta pessoas

passaram momentos descontraídosno Clube da Bosch, na CIC. OSindijor agradece a todos aoscolegas que participaram docongraçamento e aos patrocinadorese apoiadores: América LatinaLogística, Itaipu Binacional, Bosch,Cervejaria Colônia, Afamia Hotel,Livraria do Chain, Bar Garage 570,Banco do Brasil, Camilo Joalheiros,Clínica Odontológica Dr. EduardoGurkewicz, Óticas Visorama, VeteranCar Club de Curitiba, PrefeituraMunicipal de Campina Grande do Sul,Núcleo de Assessoria de Imprensa doParaná, deputado estadual TadeuVeneri (PT) e vereador por CuritibaTico Kuzma (PPS).

LAZER

Sucesso no Churrasco

do Dia do JornalistaEvento reuniu 250 pessoas no Clube da Bosch em Curitiba

Fot

os: F

ábio

Ale

xand

re

Bernardo

Bittencourt

(de costas)

conversa

com

Rodney

Caetano e

Mauri

König

O diretor

executivo

do Sindijor,

Pedro

Serápio, e o

livreiro

Aramis

Chain

Carlão Kaspchak

recebendo brinde de

Luigi Poniwass

Mira

Graçano

recebe

brinde de

Ricardo

Medeiros

Mauri König

e Eduardo

Goulart “se

abastecem”

de carne

Jornalistas

no buffet

de saladas