folha de sala as ondas

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SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL 15 A 24 JAN QUINTA A SÁBADO ÀS 23H00 JARDIM DE INVERNO; M/12 DURAçãO 1H30 A PARTIR DE VIRGINIA WOOLF CRIAÇÃO SARA CARINHAS

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são lu iz teatro m u n icipal 15 a 24 jan

Quinta a Sábado àS 23h00Jardim de inverno; m/12duração 1h30

A pA rt ir de V irgini A Woolf

Cr i Ação S A r A CA r inh AS

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a o b r a

virginia Woolf nascida em 1882 escreveu The Waves (As Ondas) em 1931, depois de dois dos seus brilhantes romances: Mrs. Dalloway e Orlando. aos 49 anos, Woolf anuncia querer inventar uma nova forma de escrita: «livre; porém concentrado; prosa mas poesia; um romance que é também uma peça». e foi ao som de Beethoven, em busca de um outro ritmo de criação, utilizando a técnica do fluxo de consciência, que se elevaram As Ondas.

marguerite Yourcenar escreveu no prefácio da sua própria tradução da obra: “É um livro com seis personagens, ou melhor seis instrumentos musicais, pois consiste unicamente em monólogos interiores, cujas curvas se sucedem e se entrecruzam (…) Tanto como uma meditação sobre a vida, As Ondas são um ensaio sobre a solidão.”

“As Falenas [The Moths, título original de As Ondas] podem, talvez, preencher o esqueleto que aqui esbocei: a ideia do poema em drama; a ideia de uma corrente contínua, feita não apenas de pensamentos humanos, mas de navios e da noite, etc., tudo fluindo – cortada pela chegada das falenas luminosas. vão estar um homem e uma mulher a uma mesa, a falar. ou calados? vai ser uma história de amor; ela por fim irá deixar entrar a última falena, a grande falena. os contrastes podem ser mais ou menos assim: ela pode falar, ou pensar, sobre a idade da Terra; a morte da humanidade; depois as falenas entram, sem interrupção. Talvez se possa deixar o homem todo em mancha. França: perto do mar; à noite; um jardim sob a janela.” (in Diários de Virgínia Woolf)

“o tempo despedaça-se. onde reencontrar os terrenos vagos da infância? os sóis elípticos imobilizados no espaço negro? onde reencontrar o caminho que oscilou para o vazio? as estações perderam todo o seu significado. amanhã, ontem, que querem dizer estas palavras? Só existe o presente. uma vez, neva. outra, chove. depois faz sol, faz vento. Tudo isso é agora. isso não foi, não será. isso é. Sempre. ao mesmo tempo. Porque as coisas vivem em mim e não no tempo. e, em mim, tudo é presente.” (in Ontem, agota Kristof)

“A porta abre-se, a porta não pára de se abrir.”

Lá dentro da casa branca: o Bernard, o Louis, a Susan, a Rhoda e a Jinny. Cinco amigos que lutam com o “laço do tempo”, em torno da mesa com três flores vermelhas. Cá fora o sol move-se ao longo de um dia, e faz mudar o mar, que bate com força na praia.

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© S

usan

a P

aiva

Querida Virginia,Aqui, ligados às ondas ainda, numa qualquer roda ancestral vinda do berço da humanidade, tentamos contar o teu gentil e dourado pesadelo.Perdemos o Neville. Esperamos que nos perdoes. Querida escritora, querida todas-as-mulheres, querida alma andrógena, talvez sejas o prelúdio. O princípio. Sara Carinhas

são luiz teatro municipal

direcção Executiva Programação temporada 2014-2015aida TavaresProgramação Mais novos Susana duarte adjunta direcção Executiva margarida PachecoSecretariado de direcçãoolga Santosdirecção de ProduçãoTiza Gonçalves (directora)Susana duarte (adjunta)mafalda Sebastiãomargarida Sousa diasdirecção técnicahernâni Saúde (director) João nunes (adjunto)IluminaçãoCarlos Tiagoricardo Camposricardo JoaquimSérgio JoaquimMaquinistasantónio Palma Cláudio ramosPaulo miravasco Ferreira Somnuno Saiasricardo Fernandesrui LopesEncarregado Geralmanuel Castiço Secretariado técnicoSónia rosadirecção de CenaJosé Calixto maria Távora marta Pedroso ana Cristina Lucas (assistente)direcção de Comunicaçãoana Pereira (directora)elsa Barãonuno SantosDesign GráficoSilva designersbilheteiraCidalina ramoshugo henriquesSoraia amarelinhoFrente de CasaLetras e Partiturasassistentes de Salaana rita CarvalhoCarla Pignatelli (Coordenação)Carlota macedoCarolina SerrãoCristiano varela (Coordenação)domingos TeixeiraFilipa mattahelena malaquias hernâni Baptistainês Garcia Joana Braz João Cunha manuel veloso Paulo SoaresSara Fernandes Carlos ramos (assistente)SegurançaSecuritasLimpezaastrolimpa

www.teatrosaoluiz.pt

EncenaçãoSara CarinhasCenário e figurinosana vazSonoplastiamadalena PalmeirimiluminaçãoCristina PiedadeFotografiaSusana PaivaVídeoPedro Filipe marquesassistência técnica e à produção ricardo Foz Produção executivamafalda GouveiaProduçãoCausas ComunsinterpretaçãoCristina CarvalhalLígia roquemarcello urgeghemiguel LoureiroSofia dinger

Co-apresentaçãoCausas ComunsSão Luiz Teatro municipal

apoiosFundação Calouste Gulbenkian Companhia olga rorizarsoft

agradecimentosaugusto mayer, Bruno Bravo, Companhia olga roriz, david dos Santos, elisabete Leão, ivone Fernandes, Leonor Salgueiro, manuel Chaves,  mário mendes, nuno Carinhas, Sofia Silva, roger e TnSJ.

Causas Comuns é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal - Secretário de estado da Cultura / direcção-Geral das artes

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aiva