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SguanaAlna
Nunal
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No ano de 2003, o Governo Federal estabeleceu a
ousada meta de garantir a cada cidadão brasileiro odireito de azer pelo menos três reeições por dia. Foi
graças a essa iniciativa que o combate à ome ganhou
status de tema estratégico da agenda nacional. Nosanos seguintes, o país cresceu de modo sustentável,
distribuindo renda e avançando na execução de
políticas públicas que reduzem as desigualdades epromovem a inclusão social. Em 2011, essa agenda
ganhou um inédito e, mais uma vez, ousado desao: a
superação da extrema pobreza, que ainda atinge 16,2milhões de pessoas em nosso território.É nesse cenário que ocorre a IV Conerência Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional, cujo tema, Alimentação Adequada e Saudável: Direito de Todos,refete a mobilização da sociedade em avor do direito
humano à alimentação em quantidade e qualidade
satisatórias. As Conerências Nacionais de SegurançaAlimentar e Nutricional são óruns de participação
social undamentais para a consolidação das políticas
públicas da área. Todos os direitos hoje garantidos emlei começaram a ser discutidos com a sociedade civil
nesses encontros, que ocorrem a cada quatro anos.
AvANçoShiStóricoS
No combAteà pobrezAAinda na primeira metade do século 20, o pernambucano
Josué de Castro já chamava atenção para o problemada ome e da desigualdade. No livro Geografa da Fome
(1946), demonstrou que este não era um enômeno
natural, mas que tinha causas ligadas ao desequilíbrio noacesso aos recursos da natureza. Sessenta e cinco anos
depois, a relação entre ome, miséria e meio ambiente
é tema de discussões nos óruns internacionais daatualidade.
Nos anos 80/90, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho,
mobilizou a sociedade brasileira com a campanha Açãoda Cidadania Contra a Fome e a Miséria e Pela Vida.Duas décadas depois, sua luta tornou-se compromisso
de governo, com a criação de políticas públicas que
garantissem o direito humano à alimentação adequada.A questão da ome oi enrentada com programas e
ações articuladas, demonstrando que é possível garantir
o acesso à alimentação adequada e a direitos sociaisbásicos, como saúde, educação, assistência social e
geração de renda, em um projeto de nação e com status
de política pública.
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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) 2009, do Instituto Brasileiro de Geograa
e Estatística (IBGE), comprova as mudanças ocorri-
das no Brasil, principalmente na qualidade de vida
da população mais pobre. Entre os brasileiros em
situação de extrema pobreza, com renda de até umquarto do salário mínimo, oi identicada a maior
redução, em números absolutos, da insegurança
alimentar grave. De 2004 para 2009, o número de
pessoas nesta situação caiu de 8,4 milhões para
4,4 milhões – redução de 48%. No mesmo período,
a quantidade de pessoas extremamente pobres em
quadro geral de insegurança alimentar (leve, mode-
rado ou grave) diminuiu de 27,2 milhões para 14,3
milhões – recuo de 47%.
O programa Bolsa Família, que atende a 13 milhões
de lares, contribuiu para a melhoria da alimentação,
da educação e da saúde da população pobre. Com
ele, o índice de crianças e adolescentes de 6 a 16
anos ora da escola diminuiu 36% em relação às a-
mílias não atendidas, segundo o Instituto Nacionalde Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep/MEC). A evasão de adolescentes do ensino
médio oi reduzida à metade, comparada à dos não
beneciários. A desnutrição inantil caiu de 12,5%
para 4,8%, de 2003 para 2008, na aixa etária de
até cinco anos.
Pesquisas eitas pelo Ministério do Desenvolvimen-
to Social e Combate à Fome (MDS) revelaram que
93% das crianças e 82% dos adultos das fa-
mílias beneficiárias do bolsa família fazem
três ou mais refeições diárias .
Nús daudana
Dados de um levantamento eito pelo Institu-
to Brasileiro de Análises Sociais e Econômi-
cas (Ibase), undado por Betinho, apontam
que os beneciários do Bolsa Família usam
os recursos do programa para alimentação
e vestuário inantil. Para 70% das amílias,
aumentaram a quantidade e a variedade dos
produtos alimentares consumidos.
O relatório da pesquisa Saúde Brasil 2010,
do Ministério da Saúde, aponta que, entre
2006 e 2008, o baixo peso ao nascer noslhos de mulheres beneciárias do Bolsa
Família oi menor (5,5%) do que nas não
beneciárias (6,5%). A altura média das
crianças também melhorou. O mesmo estu-
do mostra que as crianças entre três e cin-
co anos de amílias beneciárias do Bolsa
Família apresentaram 41% mais chances de
atingir a altura adequada para a idade, na
comparação com crianças de amílias não
beneciárias. Devido à exigência da apre-
sentação do cartão de vacinação, em dia,
das crianças das amílias beneciadas pelo
programa, a proporção de crianças que rece-
beram a primeira dose contra a poliomielite
no período apropriado oi 15% maior nas a-mílias avorecidas pelo Bolsa Família.
A distribuição de renda em diversas rentes
e a maior acilidade de crédito aqueceram o
mercado de consumo interno. Entre 2003 e
setembro de 2010, oram gerados 14,7 mi-
lhões de empregos ormais, segundo a Re-
lação Anual de Inormações Sociais (RAIS).
O crescimento acelerado da economia oi
acompanhado por uma política de valorização do salário mínimo. Em 2012, quando alcançar o valor de R$ 619,
o mínimo terá acumulado um ganho real de 70,1%, desde 2003.
Em janeiro de 2003, um salário mínimo comprava 1,22 cesta básica na cidade de São Paulo. No mesmo mês
de 2011, equivalia a 2,04 cestas na capital paulista, conorme o Dieese. O volume de créditos disponibilizados
aos agricultores amiliares ao longo desses oito anos oi ampliado de R$ 2,4 bilhões, na sara 2003-2004, para
R$ 16 bilhões, em 2010-2011.
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O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional
(Consea) oi reativado em 2003, ligado à Presidên-
cia da República por seu caráter estratégico, como
instância de articulação entre o governo e a socie-
dade. Passou, então, a propor diretrizes para a área
da alimentação e nutrição.
Em 2006, oi aprovada a Lei Orgânica da Segurança
Alimentar e Nutricional (Losan), que instituiu o Sis-
tema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(Sisan). Em 2010, a alimentação passou a ser um
direito social assegurado pela Constituição, com a
aprovação da Emenda Constitucional 64. O Decreto
7.272, de 2010, deniu as diretrizes da Política Na-
cional de Segurança Alimentar e Nutricional.
O Sisan é organizado pelo poder público com a par-
ticipação da sociedade civil e ormula e aplica a
Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutri-cional. O objetivo é assegurar o direito humano à
alimentação adequada – direito de todos ao acesso
regular e permanente a alimentos de qualidade, em
quantidade suciente, sem comprometer o acesso
a outras necessidades essenciais. A base dessa ali-
mentação deve ser práticas que promovam a saúde,
respeitem a diversidade cultural e sejam sustentá-
veis ambiental, cultural, econômica e socialmente.
D alnaã aaãsal
A cnfêna s nsdsafs Entre 2003 e 2010, 28 milhões de bra-
sileiros saíram da pobreza. De acordo
com o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), a renda dos 10% mais
pobres cresce a cada ano. Esses resul-
tados demonstram que muito já oi eito
pela erradicação da ome e da miséria
no Brasil. Ao mesmo tempo, reorçam a
urgência de se azer mais, pois ainda
existem 16,2 milhões de pessoas vi-
vendo na extrema pobreza (com renda
mensal per capita inerior a R$ 70), se-
gundo o Censo 2010 do IBGE.
Em junho deste ano, o Governo Federal
lançou o plano Brasil Sem Miséria, com
a meta de superar a extrema pobreza
até 2014. O desao do plano é ar ticular
o trabalho conjunto entre os governos
ederal, estaduais, municipais e a socie-
dade civil.
As ações de segurança alimentar e nu-
tricional são base para o Brasil SemMiséria aprimorar experiências exitosas
do governo brasileiro, como o Programa
de Aquisição de Alimentos e o acesso
à água no semiárido. E para criar no-
vas políticas públicas que consolidem
o caminho para um Brasil mais justo e
igualitário para todos.
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SeGUrANçAALimeNtAr eNUtricioNALhoJeA plía plan Nanald SguanaAlna Nunal
A Política Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional tem oito diretrizes, com objetivos e
metas prioritárias. O objetivo é integrar progra-
mas de diversos setores, articulando as eseras
da produção, abastecimento e consumo de ali-
mentos e respeitando os aspectos regionais,
étnicos e culturais da população brasileira. Em
2011, o Governo Federal concluiu o primeiro Pla-
no Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(PNSAN), cuja implantação e vigência estão articu-
ladas ao Plano Plurianual (PPA) 2012-2015.
Esse plano visa garantir, entre outras iniciativas, pro-
dução e abastecimento alimentar de maneira sus-tentável; acesso à terra e à água; segurança alimen-
tar e nutricional de indígenas, quilombolas e demais
povos e comunidades tradicionais; transerência
de renda; ortalecimento da agricultura amiliar, a
produção de base agroecológica; e alimentação e
nutrição para a saúde. Agora, estados e municípios
estão construindo os próprios planos de segurança
alimentar, integrando ações e políticas nas três es-
eras da administração pública.
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blsa Faíla ã salA carência de renda é um dos principais limitadores
de acesso aos alimentos. Criado em 2004, o Bolsa
Família, programa de transerência condicionada de
renda para as amílias pobres e extremamente po-
bres, tem como objetivo primeiro assegurar o direito
humano à alimentação adequada. Hoje, o Bolsa Fa-
mília ajuda a colocar comida na mesa de mais de50 milhões de brasileiros.
Diversos estudos apontam os eeitos do programa
na melhoria da segurança alimentar e nutricional
das amílias beneciárias. Pesquisas revelaram que
93% das crianças e 82% dos adultos das amílias
beneciárias do Bolsa Família azem três ou mais
reeições diárias.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a des-
nutrição inantil caiu de 12,5% para 4,8% de 2003
pnas aõsqu nuaa a sguana
alna nunal
a 2008, entre os beneciários com até cinco anos.
Pesquisa elaborada pelas proessoras Leonor Pa-
checo Santos e Édina Miazagi, da Universidade de
Brasília, mostra que a compra de alimentos pelas
amílias beneciárias aumentou em 79%.
As amílias com renda mensal de até R$ 140 por
integrante têm direito ao Bolsa Família. Os valores
variam entre R$ 32 a R$ 306, de acordo com operl socioeconômico e a quantidade de crianças e
adolescentes de até 17 anos. Para receber, é preci-
so se inscrever no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal. Essa base de dados é
usada pelo MDS para concessão dos valores e para
a construção de políticas públicas direcionadas à
população mais vulnerável, inclusive na área de se-
gurança alimentar e nutricional.
As condicionalidades, como comprovação de
requência escolar dos beneciários até 17 anos
e agenda de saúde em dia, reorçam o acesso a
direitos sociais básicos. O programa tem impac-
tado positivamente na educação e na saúde dos
beneciários, especialmente de crianças e jovens,
contribuindo para o desenvolvimento das amílias
de orma que haja superação da situação de vul-
nerabilidade.
Faln daagulua falaA agricultura amiliar produz 70% dos alimentos que
chegam à mesa dos brasileiros, responde por mais
de 74% do pessoal ocupado no campo e por 10%
do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Desempe-
nha, portanto, papel estratégico no abastecimento
alimentar, por sua capacidade de resposta na am-
pliação da produção de alimentos, inclusive em pe-
ríodos de crises globais.
Desde 2003, o Governo Federal tem reorçado po-
líticas direcionadas ao ortalecimento e valorização
da agricultura amiliar. O crédito do Programa Nacio-
nal de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pro-
na) quintuplicou nas oito últimas saras, passando
de R$ 2,3 bilhões, em 2002/03, para R$ 11,9 bi-
lhões, em 2009/10. O número de contratos passoude 904 mil para 1,6 milhão no período – aumento de
78%.
No Plano Sara 2011-2012, serão R$ 16 bilhões
para o Prona, volume de crédito recorde. Além dis-
so, os juros oram reduzidos de 4% para 2%. Para
empréstimos de até R$ 10 mil por ano por agricultor
pelo Programa Mais Alimentos, a taxa máxima será
de 1%.
Além de ampliar e baratear o crédito, o Governo
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Federal ortaleceu políticas de assistência técnica,
compra de equipamentos, abastecimento, garantia
de preços mínimos e criou o Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA). Essas iniciativas estão garantin-
do mais produção, trabalho e renda às amílias do
campo. O governo também instituiu o Seguro Agrí-
cola, visando minimizar os prejuízos e garantir renda
aos agricultores em períodos de estiagem prolonga-
da ou enchentes. Todas essas ações contribuem para o desenvolvi-
mento dos agricultores amiliares, possibilitando
a permanência no campo, ampliando o trabalho
e renda, reduzindo as desigualdades regionais e
criando as condições de transição para a produção
sustentável.
O aumento da renda amiliar no campo, entre 2003
e 2009, oi maior para as amílias agricultoras
(31,7%) e para os assalariados rurais (38%) do que
para as amílias proprietárias na agricultura patro-
nal (7,6%). Esse aumento explica a razão da taxa
de pobreza do campo ter reduzido 14,4%, no perío-
do - acima da média brasileira (12,4%), de acordo
com o relatório Estatísticas do Meio Rural 2011, pu-
blicado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA) e o Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Mesmo assim, 47% dos 16,2 milhões de brasileiros
extremamente pobres vivem no campo. A inclusão
produtiva dessas amílias é um dos eixos centrais
do Plano Brasil Sem Miséria. O governo vai conceder
insumos de qualidade (como sementes), omento
orientado à produção, assistência técnica, água e
energia elétrica para que essas amílias possam
melhorar e ampliar a sua produção não apenas
para o autoconsumo, mas também para comercia-
lizar excedentes.
Dessa orma, essas amílias terão mais segurança
alimentar e nutricional, mais renda e melhores con-
dições de superar a extrema pobreza.
pgaa dAqusã d
AlnsImplantado em 2003, o Programa de Aquisição de
Alimentos tornou-se marco das políticas do setor,
porque ortalece a agricultura amiliar e a inclusão
social no campo, garante renda e preços justos
e, ao mesmo tempo, direciona esses alimentos a
pessoas em situação de insegurança alimentar e
vulnerabilidade social.
O MDS e o Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), em parceria com a Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab), estados e municípios,
compram alimentos produzidos pelos agricultores
amiliares a preço de mercado. Assim, o programa
estimula o aumento da produção e amplia a oerta
de alimentos, garante trabalho e renda no campo
e assegura alimentos de qualidade a pessoas em
situação de insegurança alimentar e nutricional,
atendidas por programas sociais e instituições
governamentais ou não governamentais integrantesda rede socioassistencial como: escolas, associações
benecentes, associações comunitárias, creches,
centros de convivência de idosos, associações de
apoio a portadores de necessidades especiais,
centros de reabilitação de dependentes químicos,
ou por equipamentos públicos de alimentação
e nutrição, como as cozinhas comunitárias, os
restaurantes populares e os bancos de alimentos.
Parte dos alimentos adquiridos pelo PAA é destinada,
ainda, à recomposição dos estoques estratégicos
do Governo Federal. Mais de 300 tipos de alimentos
são comprados pelo PAA.
Entre 2003 e 2010, oram adquiridos e
distribuídos 3,1 milhões de toneladas de alimentos
e aplicados R$ 3,4 bilhões no programa. Atualmente,
o PAA compra parte da produção de 156 mil
agricultores amiliares. Os alimentos adquiridos
auxiliam no abastecimento anual de mais de 28
mil entidades, beneciando cerca de 19 milhões de
pessoas.
Neste ano, o orçamento do programa oi reorçado,
passando de R$ 655 milhões para R$ 800 milhões.
A meta do Governo Federal é ampliar o PAA para
445 mil amílias de agricultores amiliares, até
2014. Para isso, o orçamento anual passará para
R$ 2 bilhões no período.
pgaa Nanal dAlnaã esla (pNAe)Além do PAA, o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) compra, por meio de governos
municipais e estaduais, diretamente do agricultor amiliar cadastrado. Pelo menos 30% dos recursos
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
repassados à alimentação escolar devem ser usados
por estados e municípios na compra de produtos
da agricultura amiliar. Essa medida democratiza e
descentraliza as compras públicas e cria mercado
para os pequenos produtores.
O PNAE é um programa suplementar à educação,
ornecendo alimentação para alunos da educação
básica matriculados em escolas públicas e
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O acesso à água é um dos atores determinantes
para a segurança alimentar e nutricional, sendo
parte da realização do direito de todos ao acesso
regular e permanente a alimentos de qualidade
e em quantidade suciente, conorme diretrizes
da lei que criou o Sisan e da Política Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional.
Desde 2003, o MDS, em parceria com organizações
da sociedade civil, como a Articulação do Semiárido
(ASA), governos estaduais e municipais e consórcios
públicos, tem nanciado a implementação de
tecnologias sociais de captação e armazenamento
de água para o consumo humano e para a produção
de alimentos. O objetivo é a melhoria das condições
de vida das amílias de baixa renda localizadas na
Ass águazona rural na região do semiárido (abrangendo oito
estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais),
onde os períodos de estiagem são prolongados. Até
agora foram construídas 413 mil cisternas,
que captam água da chuva em reservatórios
de até 16 mil litros, suprindo a necessidade de
consumo de uma família de cinco pessoas por
até oito meses. Além disso, mais recentemente, o
MDS tem ampliado o alcance das ações de acesso
à água, por meio da implementação de cisternas
para o consumo e para a produção de alimentos
em cerca de 900 escolas localizadas na zona
rural da região sem acesso a nenhuma onte de
abastecimento.
lantrópicas. A partir de 2009, o programa oi
universalizado, beneciando também os alunos
do ensino médio e os inscritos no Programa de
Educação de Jovens e Adultos (EJA). desde 2010,
são beneficiados, em média, 45 milhões de
alunos por ano.
A aquisição de gêneros alimentícios se dá, sempre
que possível, no mesmo município das escolas.
No PNAE, o Governo Federal transere recursos a
estados, municípios, ao Distrito Federal e a escolas
ederais, sem necessidade de convênio, ajuste,
acordo ou contrato, mediante depósito em conta
corrente especíca. Entre 2003 e 2010, o valor
per capita /dia por aluno repassado pelo Governo
Federal teve reajuste de 131%.
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equansúls dalnaã nuãA rede de equipamentos públicos de alimentação
e nutrição é integrada por Restaurantes Populares,Cozinhas Comunitárias e Bancos de Alimentos.
Constitui uma ação estratégica da Política Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional e caracteriza-
se pela instalação e operacionalização de espaços
adequados à execução de serviços de abastecimento
social, oerta de reeições adequadas e promoção
da alimentação saudável, combate ao desperdício
de alimentos, educação alimentar e nutricional e
qualicação prossional na área de alimentação e
nutrição. Implantada a partir de 2003, tem gestão
compartilhada entre governo ederal, estados,
Distrito Federal e municípios.
Por dia, em média, 123 mil refeições são servidas
nos 91 restaurantes populares distribuídos
em 73 municípios brasileiros com mais de 100
mil habitantes. as 401 cozinhas comunitárias
implantadas nas periferias das grandes
cidades servem 87 mil refeições diárias. Já
os 71 bancos de alimentos em 70 municípios
arrecadam doações de produtores e do comércio
que, por várias razões, estão impróprios para a
comercialização, mas adequados ao consumo, e
distribuem cerca de 480 toneladas por mês a 3.900
entidades cadastradas. Até 2014, serão mais 179
novos equipamentos qualicados para o atendimento
prioritário das pessoas em extrema pobreza.
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Agulua Uana puana
O Programa de Agricultura Urbana e Periurbana
estimula a produção de alimentos de orma
comunitária, com uso de tecnologias de base
agroecológica em espaços ociosos. Essas açõesincluem produção, transormação e comercialização
de hortaliças, rutas, plantas medicinais etc. e
animais de pequeno porte, voltados ao autoconsumo
ou à comercialização pelas amílias em situação de
insegurança alimentar. A principal estratégia passa
pelos 12 Centros de Apoio à Agricultura Urbana
para capacitação, omento e assistência técnica. As
ações de apoio à agricultura urbana e periurbana
já beneciaram 128 mil amílias em mais de 300
municípios.
eduaã Alna Nunal
Desde 2004, o Programa de Educação Alimentar e
Nutricional promove iniciativas e ornece inormações
que levam em conta a diversidade de um país do
tamanho do Brasil. Educar na área de alimentaçãoe nutrição é construir conjuntamente estratégias
para aprimorar a produção, a distribuição, a seleção
e o consumo de alimentos de orma adequada,
saudável e segura. Para isso, o MDS desenvolve
campanhas educativas, apoia estudos e pesquisas,
executa atividades de capacitação e ormação a
distância e repassa recursos para estados, Distrito
Federal, municípios e entidades privadas sem ns
lucrativos.
A educação alimentar e nutricional é um dos
eixos de ação preconizados no âmbito do
Plano Intersetorial de Prevenção e Controle
da Obesidade: promovendo modos de vida
e alimentação adequada e saudável para a
população brasileira, que o Governo Federal
está elaborando, com previsão de lançamento
no início de 2012. Dados do IBGE (POF 2008/2009) revelam que o sobrepeso atinge
mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos
de idade, cerca de 20% da população entre
10 e 19 anos e nada menos que 48% das
mulheres e 50,1% dos homens acima de 20
anos.
Criada em 1999, a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN), que integra
a Política Nacional de Saúde, tem como
propósito a melhoria das condições de
alimentação, nutrição e saúde da população
brasileira, mediante a promoção de práticas
alimentares adequadas e saudáveis, a
vigilância alimentar e nutricional, a prevenção
e o cuidado integral dos agravos relacionados
à alimentação e nutrição.
Por meio de suas diretrizes, a políticadireciona o setor de saúde para a ormulação,
implementação, acompanhamento e
monitoramento das ações de alimentação e
nutrição no Sistema Único de Saúde (SUS),
ao mesmo tempo em que aponta para a
necessidade de articulação deste setor com
outros sistemas e políticas públicas.
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O Plano Brasil Sem Miséria (BSM) é um esorço
extraordinário do Estado brasileiro para superar a
condição de extrema pobreza de 16,2 milhões de
pessoas, possibilitando-lhes melhores condições
sociais e maiores oportunidades econômicas. O
plano se dirige aos brasileiros cuja renda amiliar
é de até R$ 70 por pessoa – 59% deles estão no
Nordeste, 40% têm até 14 anos e 47% vivem na
área rural. O objetivo do BSM é estruturar e articular
as ações de governo, ampliando as oportunidades
para a população em extrema pobreza.
Para alcançar número ainda expressivo de pessoas
na extrema pobreza, apesar dos resultados impor-
tantes na implantação de políticas sociais, o Bra-
SeGUrANçAALimeNtAr eNUtricioNAL No
pLANo brASiLSem miSériAsil Sem Miséria reúne estratégias dierenciadas e
adequadas às necessidades dos públicos-alvo em
torno de três grandes eixos:
(1) ampliação da transferência de renda para
os que ainda não recebem os beneícios a que têm
direito, como o Programa Bolsa Família e o Beneí-
cio de Prestação Continuada (BPC). No Bolsa Fa-
mília, já oram incluídas 1,3 milhão de crianças e
adolescentes e há a previsão de que mais 800 mil
amílias sejam incorporadas ao programa a partir
da estratégia da Busca Ativa, até 2013. Já no BPC,
a meta é ampliar a cobertura para mais de 140 mil
idosos e mais de 300 mil pessoas com deciência,
até 2014.
(2) inclusão produtiva em áreas urbanas e rurais. No campo, o plano vai levar sementes, omento e
assistência técnica a mais de 250 mil agricultores extremamente pobres. As amílias do semiárido sem energia
elétrica serão contempladas e 750 mil amílias da região terão acesso à água. No meio urbano, a inclusão
produtiva vai oertar cursos de qualicação prossional a 1,7 milhão de jovens e adultos, além de qualicar
pequenos negócios com orientação e microcrédito. As ações buscam ampliar as capacidades e o acesso a
oportunidades de trabalho e renda.
(3) garantia e ampliação do acesso aos serviços públicos, o que signica a expansão desses ser viços,
o apereiçoamento de sua cobertura e a qualicação de sua oerta, com a sensibilização e mobilização dos
gestores responsáveis.
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Ass a aln qualfaãfssnal
As ações de segurança alimentar e nutricional
dialogam objetivamente com a meta de supe-
ração da extrema pobreza do Brasil Sem Mi-
séria, pois é na violação do direito humano à
alimentação que está a mais grave expressão
da pobreza. Há orte intercessão entre aqueles
que estão em situação de extrema pobreza e
em insegurança alimentar grave. Portanto, as
políticas voltadas para garantir o acesso aos
alimentos beneciam o mesmo público do Pla-
no BSM.
Os programas de SAN se concentram, especial-
mente, em dois dos eixos do BSM: no acesso a
serviços e na inclusão produtiva.
Na área urbana, o BSM busca a ampliação
dos serviços oerecidos em equipamentos
públicos. Um exemplo é a atuação articulada
de equipamentos de atendimento social aos
de alimentação e nutrição, visando a prioriza-
ção do atendimento das pessoas em extrema
pobreza e o uso desses espaços para quali-
cação prossional nas áreas de alimentação
e nutrição e gastronomia. Assim, as pessoas
capacitadas podem trabalhar nas próprias uni-
dades ou serem direcionadas ao mercado de
trabalho.
Ass água síul duã
Já a estratégia de inclusão produtiva nas áreas
rurais tem no estímulo à estruturação produtiva
e ao aumento da produção, a partir do acom-
panhamento continuado e individualizado das
amílias, seu principal elemento. A assistência
técnica dierenciada, com abordagem espe-
cíca para a pobreza rural, é o eixo condutor
da estratégia, pois articulará o acesso de cada
amília às políticas sociais e de inclusão pro-
dutiva e aos serviços públicos.
As amílias receberão ainda recursos não re-
embolsáveis para o omento produtivo (serão
R$ 2.400,00, em três parcelas de R$ 800,00,
durante dois anos), juntamente com a oerta
de sementes adaptadas de eijão, milho e horta-
liças para a diusão de tecnologias apropriadas e
adaptadas. O omento será entregue às mulheres,
por meio do cartão do Bolsa Família. Tais ações têm
o objetivo de melhorar o autoconsumo alimentar
das amílias e também gerar excedentes comercia-
lizáveis.
Essa ampliação da produção está articulada ao
acesso a mercados, públicos e privados, de modo
a escoar a produção dos agricultores amiliares e
ampliar a sua renda. Dentre as metas previstas no
BSM, uma delas é ampliar o PAA para atender 445
mil agricultores até 2014, sendo aproximadamen-
te 255 mil em situação de extrema pobreza. Além
disso, estão sendo articulados acordos com o setor
empresarial para ampliar a presença de produtos
oriundos da agricultura amiliar e dos povos e co-
munidades tradicionais nas redes de supermerca-
dos em todo o país.
As ações para o meio rural incluem ainda o Progra-
ma Água para Todos, que proporcionará a universa-
lização do acesso à água para o consumo humano
na zona rural para amílias que ainda não têm esse
acesso assegurado. A estimativa é atender, inicial-
mente no semiárido da região Nordeste, 750 mil a-
mílias, que serão beneciadas com a construção de
cisternas e a implantação de sistemas simplicados
de abastecimento e de tecnologias de captação e
armazenamento de água para a produção de ali-
mentos. O Ministério da Saúde ará o monitoramen-
to da qualidade da água armazenada nas cisternas
e o acompanhamento das amílias beneciadas.
Além de universalizar o acesso à água, o Brasil Sem
Miséria se propõe a universalizar o acesso à ener-
gia com a expansão do Programa Luz para Todos,
com uma meta de chegar a 257 mil novos domi-
cílios rurais em situação de extrema pobreza. Essa
iniciativa, além de ampliar a cobertura aos serviços
públicos, compõe os instrumentos de apoio para
a estruturação da produção amiliar, pois garante
meios adequados de armazenamento e benecia-
mento dessa produção.
f: Balanço de Governo 2003-2010, Plano Plurianual2012/2015, Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,Dieese e ministérios membros da Câmara I nterministerial de Segu-rança Alimentar e Nutricional (Caisan).
5/12/2018 Folder 29-7x21 Seg Alimentar - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/folder-29-7x21-seg-alimentar 13/13