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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 3

Conselho Regional de FonoaudiologiaConselho Regional de FonoaudiologiaConselho Regional de FonoaudiologiaConselho Regional de FonoaudiologiaConselho Regional de Fonoaudiologiado Estado de São Paulo - 2ª. Regiãodo Estado de São Paulo - 2ª. Regiãodo Estado de São Paulo - 2ª. Regiãodo Estado de São Paulo - 2ª. Regiãodo Estado de São Paulo - 2ª. Região7º. Colegiado7º. Colegiado7º. Colegiado7º. Colegiado7º. Colegiado

PresidentePresidentePresidentePresidentePresidenteSílvia Tavares de Oliveira

Vice-PrasldenteVice-PrasldenteVice-PrasldenteVice-PrasldenteVice-PrasldenteAnamy Cecilia César Vizeu

Diretora-SecretariaDiretora-SecretariaDiretora-SecretariaDiretora-SecretariaDiretora-SecretariaSandra Maria Vieira Tristão de Almeida

Diretora-TesoureiraDiretora-TesoureiraDiretora-TesoureiraDiretora-TesoureiraDiretora-TesoureiraAna Léia Safro Berenstein

ConselheirosConselheirosConselheirosConselheirosConselheiros• Ana Léia Safro Berenstein • Anamy Cecília César Vizeu •Andrea Wander Bonamigo • Claudia Aparecida Ragusa •Cristina Lemos Barbosa Fúria • Diva Esteves • DulcireneSouza Reggi • Fernando Caggiano Júnior • Lica ArakawaSugueno • Luciana Pereira dos Santos • Márcia Regina daSilva • Maria Cecília Greco • Monica Petit Madrid • RobertaAlvarenga Reis • Sandra Maria Rodrigues P. de Oliveira •Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida • Silvia Regina Pierotti• Silvia Tavares de Oliveira • Thelma Regina da Silva Costa •Yara Aparecida Bohlsen •

Rua Dona Germaine Burchard, 331CEP 05002-061 - São PauloFone/Fax: (011) 3873-3788

Site: www.fonosp.org.br

Delegacia Regional da Baixada SantistaDelegacia Regional da Baixada SantistaDelegacia Regional da Baixada SantistaDelegacia Regional da Baixada SantistaDelegacia Regional da Baixada SantistaRua Mato Grosso, 380 – cj. 01

CEP 11055-010 - SantosFone: (13) 3221-4647 - Fax (13) 3224-4948E-mail: [email protected]

Delegada: Isabel Gonçalves

Delegacia Regional de MaríliaDelegacia Regional de MaríliaDelegacia Regional de MaríliaDelegacia Regional de MaríliaDelegacia Regional de MaríliaRua Bahia, 165 - sala 43CEP 17501-080 MaríliaFone/fax: (14) 423-6417

E-mail: [email protected]: Fabiana Martins

Delegacia Regional de Ribeirão PretoDelegacia Regional de Ribeirão PretoDelegacia Regional de Ribeirão PretoDelegacia Regional de Ribeirão PretoDelegacia Regional de Ribeirão PretoRua Bernardino de Campos, 1001 - cj. 1303

CEP 14015-130 - Ribeirão PretoFone: (16) 632-2555 / Fax: (16) 3941-4220E-mail. [email protected]

Delegada: Ana Camilla Bianchi Pizarro

Departamentos:Departamentos:Departamentos:Departamentos:Departamentos:Geral: [email protected]/perfil: [email protected] Pessoal: [email protected]: [email protected]: [email protected]ção: [email protected]ídico: juridico @fonosp.org. brRegistros/tesouraria: [email protected]: [email protected]ão: [email protected]

Comissões:Comissões:Comissões:Comissões:Comissões:Análise de Processos: [email protected]ção: [email protected]ção: [email protected]Ética: [email protected]ção e Normas: legislaçã[email protected]ção: [email protected]: [email protected]úde e Convênios Médicos: saú[email protected] de Contas: [email protected]

REVISTA DAREVISTA DAREVISTA DAREVISTA DAREVISTA DA

N° 58 – OUTUBRO-NOVEMBRO-DEZEMBRO 2004

ISSN – 1679-3048ISSN – 1679-3048ISSN – 1679-3048ISSN – 1679-3048ISSN – 1679-3048

Tiragem: 12.200 exemplares

Comissão de DivulgaçãoComissão de DivulgaçãoComissão de DivulgaçãoComissão de DivulgaçãoComissão de DivulgaçãoMárcia Regina da Silva - PresidenteDiva EstevesRoberta Alvarenga ReisCristina Lemos Barbosa FúriaLuciana Pereira dos SantosSandra Maria Rodrigues P. de Oliveira

Editor e jornalista responsável:Editor e jornalista responsável:Editor e jornalista responsável:Editor e jornalista responsável:Editor e jornalista responsável:Elisiario Emanuel do CoutoMTb 8.226

Produção Editorial e Gráfica:Produção Editorial e Gráfica:Produção Editorial e Gráfica:Produção Editorial e Gráfica:Produção Editorial e Gráfica:Insert Consultores em Comunicação Ltda.Tel. (11) 5547-0948 / e-mail: [email protected]

Redação:Redação:Redação:Redação:Redação:Rua Dona Germaine Burchard, 331CEP 05002-061 - São Paulo, SPFone/Fax: (011) 3873-3788E-mail: [email protected]

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As opiniões emitidas em matérias assinadas, bem como napublicidade veiculada nesta publ icaçã são de inteiraresponsabilidade de seus autores. Os textos desta ediçãopoderão ser reproduzidos, desde que mencionada a fonte.

Nove de dezembro de 2004, dia em que comemoramos os 23 anos de

reconhecimento da Fonoaudiologia e o Dia do Fonoaudiólogo. Inicio este

editorial parabenizando cada fonoaudiólogo, que dia após dia vem contribuindo

para a construção de uma profissão mais atuante e mais reconhecida por outros

profissionais e pela comunidade. Este ano, o Conselho Regional de

Fonoaudiologia 2a Região concentrou seus esforços para homenagear o

profissional no seu dia. A matéria sobre o Dia do Fonoaudiólogo relata as

atividades desenvolvidas e a participação dos profissionais. A cada ano que

passa, o fonoaudiólogo tem participado mais dos eventos e comemorações e

esperamos que no próximo ano outros profissionais comemorem junto conosco.

Outra matéria de grande relevância publicada neste número é sobre a

mobilização realizada junto a outros profissionais da saúde contra a aprovação

do Projeto de Lei que define o Ato Médico. É importante conscientizar os

profissionais da Saúde, entre eles o fonoaudiólogo, sobre as implicações deste

Projeto. Esta é a uma das finalidades dos Conselhos de classe: defender e apoiar o

trabalho dos profissionais, dentro das suas competências, que no caso da

Fonoaudiologia são determinadas pela Lei 6.965, que regulamenta a nossa

profissão.

Ao finalizar o ano de 2004, o balanço que fazemos das atividades do

Conselho é bastante positivo, tanto na capital quanto nas cidades do interior.

Várias atividades têm sido desenvolvidas, no sentido de aproximar o

fonoaudiólogo do Conselho. Os happy hours têm sido um sucesso de público,

levando ao profissional uma atualização constante. A Fonoaudiologia tem sido

divulgada em vários eventos e para a comunidade. Temos desenvolvido trabalhos

junto aos cursos de Fonoaudiologia, ministrando palestras sobre ética e

funcionamento e estrutura do Conselho aos formandos. Reformulamos o

atendimento ao fonoaudiólogo, o que agilizou ainda mais a emissão dos

documentos profissionais. Agora o fonoaudiólogo obtém os documentos no ato

da inscrição na sede do Conselho. O trabalho de orientação ao fonoaudiólogo

tem sido intensificado, tirando as dúvidas dos profissionais e também dos

futuros profissionais. A fiscalização tem trabalhado defendendo a atuação do

bom profissional. Temos atuado junto aos órgãos públicos para que mais

oportunidades de trabalho possam ser oferecidas ao fonoaudiólogo.

Politicamente, temos defendido os interesses da classe e participado de

atividades de fortalecimento.

No ano de 2005, pretendemos ampliar nossa

área de atuação, e contamos com todos os

fonoaudiólogos para que possamos atingir nossos

objetivos. Desejamos que todos os fonoau-

diólogos tenham um ano próspero, repleto de

novas perspectivas profissionais e pessoais.

Silvia Tavares de OliveiraSilvia Tavares de OliveiraSilvia Tavares de OliveiraSilvia Tavares de OliveiraSilvia Tavares de OliveiraPresidente do CRFa 2a. Região

EDITORIAL

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4 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

Os fonoaudiólogos de São Paulo

comemoraram em 2004 o Dia do

Fonoaudiólogo com uma solenidade

que pela primeira vez lotou o auditório

da Assembléia Legislativa, na capital

paulista e que, também pela primeira

vez, homenageou os profissionais que

se destacaram no ano, através dos

votos dos próprios fonoaudiólogos,

colhidos através da Internet.

A deputada estadual Maria Lúcia

Prandi, autora de requerimento de

congratulações pelo Dia do

Fonoaudiólogo protocolado na

Assembléia Legislativa, abriu a

solenidade com um breve relato da

No Dia do Fonoaudiólogo,profissionais em destaque

profissão, desde 1855. quando a

Fonoaudiologia ainda estava voltada

apenas para a educação dos surdos,

passando pelo período entre 1920 e

1940, quando atuava como

profissional especializado no ambiente

escolar em crianças com alterações da

fala e a década de 50, quando passou a

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (ao microfone,na foto maior, abaixo) foi a anfiatriã da solenidade e

autora de requerimento de congratulações apresentadona Assembléia Legislativa. Em seu pronunciamento,relatou sua vivência com a profissão, parabenizando

os profissionais pelas conquistas alcançadas.

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 5

atuar com pessoas que apresentavam

distúrbios de linguagem em um

contexto clínico, até a década de 60,

quando teve início o ensino da

Fonoaudiologia no país, com a criação

dos cursos na USP, em 1961 e na PUC-

SP, em 1962. A deputada lembrou a

sanção, em 1981, da lei 6.965, que

A Fga. Silvia Tavares de Oliveira,presidente do CRFA 2a. Região(foto ao lado)destacou a expressiva presença deprofissionais na festada Fonoaudiologia.

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6 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

A viabilização em 2004 da festa

do Dia do Fonoaudiólogo em São

Paulo só foi possível graças ao

patrocínio obtidos das empresas:

■ Centro Auditivo Audibel

■ Centro Auditivo Widex

e ao apoio igualmente essencial

de editoras que acreditam na

Fonoaudiologia e apoiam suas ações:

■ Editora Artmed

■ Editora Lovise

■ Editora Pró-Fono e

■ Pulso Editorial

O CRFa-2ª. Região agradece

este envolvimento.

Auditório lotadoacompanhou todas as etapasda solenidade comemorativa,

como o pronunciamento dapresidente da SBFa, Fga.Debora Maria Befi Lopes(foto central, ao lado). A

cerimônia foi conduzida pelaFga. Silvia Oliveira (foto da

página oposta)

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Agradecimentos

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 7

regulamentou a Fonoaudiologia como

profissão, definindo o fonoaudiólogo

como o profissional com graduação

plena em Fonoaudiologia, que atua em

pesquisa, prevenção, avaliação e

terapia fonoaudiológicas nas áreas da

comunicação oral, escrita, voz e

audição, bem como no

aperfeiçoamento dos fatores da fala e

da voz. “Com esse marco avança no

respeito que a sociedade passa a ter

pelo fonoaudiólogo e o poder público

passa a reconhecer, embora ainda

lentamente, a importância deste

profissional”, destacou a deputada.

A presidente do CRFa 2ª.

Região, Fga. Silvia Tavares de Oliveira,

ao apresentar o mais recente

levantamento dos profissionais

registrados no Conselho Regional –

que aponta para 9.800 profissionais

inscritos, dos quais cinco mil no

município de São Paulo - destacou a

decisão do colegiado que dirige de

instituir homenagens aos

fonoaudiólogos que se destacaram

individualmente na profissão, por

entender que nesse dia o

homenageado deveria ser justamente

o profissional fonoaudiólogo.

Na mesma ocasião a presidente

do CFFa, Fga. Maria Tereza Mendonça

Carneiro de Rezende, informou que o

senador João Ribeiro havia proferido

discurso no Congresso Nacional,

Painéis e cartazes destacarama data em São Paulo

Entre as ações desenvolvidas nas comemorações do Dia do Fonoaudiólogo

em São Paulo, foram colocados painéis eletrônicos nas principais avenidas da

capital paulista, com mensagem de parabenização.

Nos terminais urbanos da cidade foram afixados cartazes com o perfil

do fonoaudiólogo, o que ele faz e onde encontrá-lo e, nos extratos do Banco do

Brasil e Caixa Econômica Federal foram incluídas mensagens de parabenização

ao Dia do Fonoaudiólogo.

Na solenidade realizada na Assembléia Legislativa, foi distribuído CD com

o vídeo institucional sobre a Fonoaudiologia, elaborado pelo CFFa e pelos

conselhos regionais de todas as regiões e também sorteados livros.

elogiando a profissão pela passagem

de seu dia e informando que estava

encaminhando projeto de lei

legalizando o Dia Nacional do

Fonoaudiólogo em 9 de dezembro.

A mesa da solenidade foi forma-

da pela deputada estadual Maria Lúcia

Prandi; pela presidente do CRFa-2ª.

região, Fga. Silvia Tavares de Oliveira;

pela presidente da SBFa, Fga. Debora

Maria Befi Lopes; pela vice-presidente

da Associação Brasileira de Audiologia,

Fga. Kátia Alvarenga; pela presidente

do CFFA, Fga. Maria Tereza Mendonça

Carneiro de Rezende e pela Fga. San-

dra Vieira, representando o Secretário

Municipal de Saúde de São Paulo.

Também estiveram presentes a soleni-

dade Reginaldo Mariano (assessor do

deputado Simão Pedro) e a presidente

do Sindicato dos Fonoaudiólogos de

São Paulo, Fga. Jucimara P. Cardoso.

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8 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

Requeiro, nos termos do artigo 165, inciso VIII da XI

Consolidação do Regimento Interno, que se registre nos anais desta

Casa um voto de congratulações com a população do Estado de São

Paulo, pela comemoração do Dia da Fonoaudiologia, a ser celebrado

em 9 de dezembro.

Requeiro, ainda, que desta manifestação dê-se ciência à

Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (Rua Barão do Bananal,

819 — Pompéia — SP — CEP:05024-000); ao Conselho Federalde Fonoaudiologia - presidente Sra. Maria Thereza Mendonça

Carneiro Rezende (SRTVS Q. 701 — Bloco E — Edifício Palácio do

Rádio II — Salas 624/630 — Asa Sul — Brasília — DF —

CEP:70340-902; ao Conselho Regional de Fonoaudiologia 2a.Região - presidente Sra. Sílvia Tavares de Oliveira (Rua Dona

Germaine Burchard, 331 — São Paulo — SP — CEP:05002-061); à

Delegacia da Baixada Santista - Sra. Isabel Gonçalves (Rua Mato

Grosso, 380, cj. 1 — Santos — CEP:11055-010); ao Sindicato dosFonoaudiólogos do Estado de São Paulo - presidente Sra.

Jucimara Pereira Cardoso (Rua Gal. Glicério, 45 — 7° andar — Sala

76 — Centro — Santo André — CEP 09015-191); e ao Sindicatodos Fonoaudiólogos da Baixada Santista — presidente Sra.

Sandra F. Murat Paiva dos Santos (Av. Afonso Pena, 296 cj. 11 —

CEP: 11020-000 - Santos — SP).

JUSTIFICATIVA

“‘A Fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo

a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento,

aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos

envolvidos na função auditiva periférica e central, na função

vestibular. na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala,

na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição”.

Pode-se dizer que, no Brasil, a Fonoaudiologia iniciou-se por

volta de 1855, voltada à educação dos surdos, com a criação do

Colégio Nacional. Entre 1920 e 1940, o fonoaudiólogo atuava como

um profissional especializado no ambiente escolar, trabalhando com

crianças que apresentavam alterações de fala.

Foi a partir de 1950, que o fonoaudiólogo passou a trabalhar

também com pessoas que apresentavam distúrbios de linguagem,

passando de uma atuação exclusivamente educacional para um

contexto clínico.

Na década de 60, deu-se inicio ao ensino da Fonoaudiologia

no Brasil, com a criação dos cursos da Universidade de São Paulo

(1961), vinculado à Clínica de Otorrinolaringologia do Hospital das

Clínicas da Faculdade de Medicina, e da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo (1962), ligado ao Instituto de Psicologia.

Ambos estavam voltados à graduação de tecnólogos em

Fonoaudiologia, sendo que o primeiro currículo mínimo, fixando as

disciplinas e a carga horária destes cursos, foi regulamentado pela

Resolução n° 54/76, do Conselho Federal de Educação.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVAREQUERIMENTO N° 3350, DE 2004

Em 09 de dezembro de 1981, foi sancionada a Lei n° 6.965,

que regulamentou a Fonoaudiologia como profissão, definindo o

fonoaudiólogo como “o profissional com graduação plena em

Fonoaudiologia, que atua em pesquisa, prevenção, avaliação e

terapia fonoaudiológicas na área da comunicação oral e escrita,

voz e audição, bem como no aperfeiçoamento dos padrões da fala e

da voz”.

As quatro grandes áreas da Fonoaudiologia são:

Voz: prevenção e reabilitação dos distúrbios da voz, bem

como no aperfeiçoamento da voz de profissionais que a utilizam

como forma de trabalho;

Audição: realização de exames audiológicos, seleção e

adaptação de aparelhos para surdez, na habilitação e reabilitação

de deficiências auditivas e dos distúrbios do equilíbrio relacionados

ao sistema vestibular;

Linguagem: reabilitação de distúrbios neurológicos que

acarretaram problemas na fala e na linguagem, como nas afasias,

disartrias, demências entre outras. Também nesta área, o

fonoaudiólogo pode atuar na reabilitação de crianças que apresentam

atraso no desenvolvimento da linguagem e dificuldades de

aprendizagem;

Motricidade Oral: prevenção e reabilitação das alterações

do siste ma estomatognático, correspondente à re spiração,

deglutição, sucção, mastigação e fala.

Hoje, há 9.769 profissionais ativos registrados no Conselho

Regional de Fonoaudiologia do Estado de São Paulo. O curso de

Fonoaudiologia é oferecido por 27 instituições de ensino. A cada

dia c resce a consciência sobre a importância do papel

desempenhado por esta categoria no cotidiano de um enorme

contingente de pessoas, seja na área da educação, na recuperação

de distúrbios e/ou seqüelas de doenças no aparelho vocal ou no

apoio a profissionais, que fazem da voz seu instrumento de

trabalho.

De parte deste Mandato, tenho buscado permanentemente a

valorização e a inclusão dos profissionais de Fonoaudiologia em

diversos programas do Governo Estadual. Por meio da Lei 10.893/

01, de minha autoria, ficou determinada a implementação do

Programa Estadual de Saúde Vocal para os Professores da Rede

Oficial de Ensino. Mais recentemente apresentei o Projeto de Lei 321/

04, que cria um Programa de Identificação e Tratamento da Dislexia

entre alunos da rede estadual, envolvendo diversos segmentos

profissionais, entre os quais os de Fonoaudiologia.

Sendo assim, é que proponho o presente Requerimento de

Congratulações, parabenizando a todos os profissionais da

Fonoaudiologia pela comemoração, em 9 DE DEZEMBRO, do seu

dia. Parabéns!

Sala das Sessões, em 8/12/2004

a) MARIA LÚCIA PRANDI

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 9

Em 2004, pela primeira vez, asolenidade comemorativa do Dia doFonoaudiólogo contou comhomenagens especiais a profissionaisque se destacaram na Fonoaudiologia,seja divulgando a profissão, sejapromovendo ações sociais envolvendoa área, ou ainda por algum tipo depioneirismo. A Fga. Sandra Oliveira,ao descrever os critérios utilizados,lembra que o cuidado fundamental foio de que não fossem indicados nomespor mérito científico, porque a SBFajá faz essa homenagem em seucongresso, apesar da dificuldade deefetuar esse desatrelamento.

“A intenção é que estahomenagem se transforme em umatradição, tal como é este evento. Apartir do próximo ano os critériosserão apurados e estarãodisponibilizados no site”.

Vários profissionais foramindicados na primeira fase da escolha,efetuada através do site do CRFa 2ª.Região, após o cadastramento dosfonoaudiólogo através da indicaçãode nomes que deveriam serhomenageados, com as respectivasjustificativas.

Na fase final, em plenária doCRFa 2ª. Região, foram selecionadosos sete finalistas a seremhomenageados e escolhido entreeles aquele a ser laureado comoDestaque da Fonoaudiologia.

Os nomes indicados para a fasefinal foram, em ordem alfabética, as

das fonoaudiólogas- Beatriz Alves de Edmir

Padovan (idealizadora de método),- Cláudia Simone Godoy Cotes

(pioneira em responsabilidade social),- Erika Pisaneschi (responsável

pela Política Nacional de Saúde Audi-tiva do Ministério da Saúde),

- Maria Cecília Bevilacqua(reabilitação do surdo),

- Maria Isis Marinho Meira(precursora da Fonoaudiologia), -

Sandra Maria Freitas MuratPaiva dos Santos (lutadora pelaFonoaudiologia) e

- Zelita Caldeira Ferreira Guedes(incentivadora da Fonoaudiologia).

Veja, nas páginas seguintes, operfil de cada homenageada e a atua-ção da Fga. Maria Cecília Bevilacqua,que a levou a ser escolhida como o“Destaque da Fonoaudiologia - 2004”.

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10 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

Doutora, livre docente, precur-

sora do atendimento ao surdo, precur-

sora do implante coclear, a Fga. Ma-

ria Cecília Bevilacqua foi indicada

como o Destaque da Fonoaudiologia

de 2004, na primeira premiação insti-

tuída pelo CRFa 2ª. Região por ocasião

do Dia do Fonoaudiólogo. Seu exten-

so currículo e suas inúmeras ativida-

des em prol da profissão e, principal-

mente, da população com deficiência

(foi sua a primeira dissertação de

mestrado em audiologia

educacional). Em 1985 concluiu o

doutorado e em 1998 tornou-se

professora livre-docente da USP. Em

companhia de seu marido, o

otorrinolaringologista Orozimbo

Alves Costa Filho criam Centros de

Audição para auxiliar a população

surda a ter melhores condições de

vidae levam a fonoaudiologia

fundado o Centro de Pesquisas

Audiológicas – CPA, do Hospital de

Reabilitação de Anomalias Craniofa-

ciais e no mesmo ano é estruturado

o Curso de Fonoaudiologia da Facul-

dade de Odontologia de Bauru da

Universidade de São Paulo - campus

Bauru, do qual torna-se docente, pa-

ra assumir como vice-chefe de De-

partamento de 1998 a 2000 e chefe

de Departamento de 2000 a 2004.

Destaque da Fonoaudiologia 2004

Fga. Maria Cecília Bevilacqua

auditiva foram apresentadas, com re-

cursos audiovisuais, pela Fga. Thelma

Costa e através de depoimentos de

seus colegas da Pontifícia Universida-

de Católica - campus de São Paulo e da

Universidade de São Paulo - campus

de Bauru e dos seus filhos.

Natural de Bauru, a Fga. Maria

Cecília Bevilacqua formou-se em

Fonoaudiologia pela PUC-SP em

1970, quando a profissão ainda não

era reconhecida. Em 1975 ingressou

no curso de Psicologia da Faculdade

São Marcos e, nesse mesmo ano,

também no mestrado da PUC-SP na

área de distúrbios da comunicação

brasileira ser conhecida fora do país.

Na Santa Casa de Misericórdia de

S.Paulo funda em 1973, com as

fonoaudiólogas Lila Puppo e Angela

Sprenger, o Centro de Audiologia

Educacional (“centrinho”).

Em 1989 muda para Bauru,

onde assessora o Hospital de

Reabilitação de Anomalias

Craniofaciais, também conhecido

como “Centrinho”. Juntamente com

a equipe de profissionais de Bauru,

estrutura o Laboratório de Audição e

Linguagem, hoje o maior centro de

referência em deficiência auditiva da

América Latina. Em 1990 foi

Nessa época introduz uma

nova área de atuação fonoaudioló-

gica, o Programa de Implante Co-

clear, tornando-se coordenadora da

equipe interdisciplinar. O programa

de implantes cocleares é uma

refe-rência e norteia os

procedimentos de fonoaudiólogos

de todo o Brasil no processo de

recuperação auditiva.

Decidida a criar na cidade de

São Paulo um modelo semelhante ao

CPA, organiza, em 2001, um Progra-

ma de Implantes no Hospital Sama-

ritano e hoje coordena a equipe de

fonoaudiólogos desse Hospital.

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 11

Aliada às questões acadêmicas,

sempre esteve muito atenta às questões

políticas e sociais. Seu currículo conta

com uma extensa lista de participações

em seminários e congressos, desde a Su-

écia até os Estados Unidos e, mais re-

centemente, na OMS – Organização

Mundial de Saúde, em Genebra (Suíça).

Atualmente atua em sete linhas

de pesquisa e entre sua produção cien-

tifica possui 56 artigos publicados em

periódicos, 279 trabalhos em anais de

eventos, 26 livros ou capítulos de li-

vros, 75 apresentações de trabalhos,

43 orientações de dissertação de mes-

trado, quatro de doutorado, 19 de

monografias, 15 de iniciação científi-

ca, 32 participações em bancas de

mestrado, 15 em banca de doutorado,

cinco em bancas de concurso público

e três em bancas de livre-docência.

Sua atividade profissional não é

apenas ciência. Sua preocupação com

as questões sociais, como a surdez e

principalmente com o surdo, faz com

que transite por outros campos. Inte-

gra a primeira diretoria da SBFa e tor-

na-se membro da Comissão de Espe-

cialistas do MEC e em sua gestão, re-

ordena as diretrizes curriculares da

Fonoaudiologia. Participa, no Minis-

tério da Saúde, da elaboração da Por-

taria 432,que finalmente trouxe reais

benefícios para os usuários de apare-

lhos auditivos. É também a organiza-

dora e coordenadora do Encontro Inter-

nacional de Audiologia desde 1986 e a

incentivadora da criação da ABA – Aca-

demia Brasileira de Audiologia em 2001,

da qual é fundadora e atual diretora.

“Durante seus 34 anos de traba-

lho, Cecília sempre atuou atendendo

o deficiente auditivo e suas famílias.

Não são somente suas titulações, seus

trabalhos científicos, suas participa-

ções em congressos e seminários que

fizeram com que os fonoaudiólogos a

escolhessem para receber esta home-

nagem”, destacou a Fga. Thelma Cos-

ta. “Sua luta pela fonoaudiologia inde-

pendente, sua visão de mundo, a ma-

neira como consegue antever certas

situações, sua participação ativa e

constante buscando sempre o melhor

para o surdo, fazem de Maria Cecília

Bevilacqua uma pessoa espe-cial, que

pensa longe, abre espaços e novas re-

lações para fonoaudiologia, fazendo a

profissão ser conhecida internacional-

mente. O impacto de sua atuação nun-

ca será esquecido”.

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Da esquerda para a direita:a Fga. Maria Cecília Bevilacqua é cumprimentada pela Fga. Thelma Costa,

que fez a apresentação de sua trajetória profissional; suas palavras deagradecimento; ao lados do marido e dos filhos e,

na foto maior, a emoção ao acompanhar o audio-visualelaborado para homenageá-la.

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12 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

“É de pessoas como você

que a Fonoaudiologia precisa.

Todos conhecemos seu valor e o

que fez para transformar a

Fonoaudiologia na ciência que

ela é. Alegre e feliz, as pessoas que

ficam ao seu lado vibram com a

Fonoaudiologia”. Foi com estas

palavras que a Fga. Irene Queiroz

Marchesan (à esq. na foto),

apresentou a primeira das

homenageadas na noite do Dia do

Fonoaudiólogo.

Professora Adjunta da

Disciplina de Distúrbios da

Comunicação Humana da

Universidade Federal de São Paulo

e Doutora em Distúrbios da

Comunicação Humana pela mesma

universidade, a Fga. Zelita Caldeira

Ferreira Guedes realiza um

Fga. ZelitaGuedes

trabalho excepcional com crianças

com Moebius no Hospital São Paulo.

Ao retornar do Congresso Norte-

Americano de Fonoaudiologia, onde

apresentou seus trabalhos, a

fonoaudióloga ficou surpresa com sua

indicação e agradeceu a escolha

valorizando a área profissional que

escolheu:

”Se alguém me perguntar o que

você quer ser quando crescer, quero

ser fonoaudióloga!”.

Fga. ÉrikaPisaneschi

No Ministério da Saúde

desde 2003,como assessora técnica

da Coordenação da Saúde da

Pessoa com Deficiência, a

fonoaudióloga Érika Pisaneschi

passou a exercer um papel

fundamental para a

Fonoaudiologia como um todo, ao

desenvolver programas de

atendimento na rede SUS para

pessoas com deficiências auditivas.

“Hoje dispomos de uma Política

Nacional de Atenção à Saúde Auditiva

em grande parte em função da

abertura de espaço promovida por

Érika Pisaneschi”, destacou a Fga.

Sandra Vieira (á esq. na foto), ao

efetuar a apresentação da

homenageada no Dia do

Fonoaudiólogo. O programa criado

pelo Ministério da Saúde prevê o

atendimento integral a esses

pacientes, com ações que englobam a

atenção básica, de média e de alta

complexidade

É a primeira vez que o País

trata essa questão de forma

específica, com uma política focada

na saúde auditiva. “Isso é importante,

pois passou-se a pensar na solução

do problema não só voltada para o

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 13

Fga. CláudiaCotes

“A comunicação sempre foi a suabandeira, tanto na profissão como nasua própria vida. Um dia resolveu deforma poética escrever a história deAmanda, uma garota surda queguardava um segredo: conhecia o somdo silêncio. A iniciativa de publicaressa história foi atrelada a outras erapidamente conseguiu dar visibili-dade a sua missão. Reuniu parentes,amigos, profissionais e pessoas quecomeçaram a conhecer o seu trabalhomesmo antes de saber quem era ela.Num piscar de olhos, o projeto A Vezda Voz deu voz a quem não tem vez”.

Foi desta forma que a Fga. LésliePiccolotto Ferreira (à esq. na foto)apresentou a Fga. Claudia SimoneGodoy Cotes, a segunda das setehomenageadas da noite comemorativado Dia do Fonoaudiólogo, relatandocomo um simples kit, com livro e CD,

começou a levar a idéia para diferentesmunicípios de nosso país.“Responsáveis por shoppings, cinemas,associações, parlamentares, enfimtodos se aproximavam da idéia paracontribuir, de forma criativa, paramais uma possibilidade de aproxima-ção daqueles que sem nenhuma defi-ciência com o mundo daqueles quenão ouvem ou não enxergam. No fi-nal, quem saiu ganhando foi a Fonoau-diologia, que não se viu divulgada deforma mercantilista mas numa verten-te em que o social se fez presente”.

Em seu agradecimento, a Fga.Cláudia Cotes relembrou o recentefalecimento de seu irmão. “Aprendicom ele o que é lutar por umapessoa. Meu irmão nasceu comSíndrome de Down e desdepequena tive a felicidade deacompanhar a luta com meus pais.A ele e a todas as crianças que temalgum tipo de deficiência eu dedicoesta homenagem. Descobri muitoamor e muita ternura naFonoaudiologia e não quero queisso seja perdido com o tempo”.

fornecimento de aparelho auditivo,

mas para a garantia da prevenção e

da detecção precoce, além do

atendimento aos casos em que são

necessários apenas tratamento

clínico”, relembra a fonoaudióloga

que, envolvida pelas questões da

Saúde Pública e do seu controle

social, hoje é suplente do Conselho

Nacional dos Direitos da Pessoa

Portadora de Deficiência –

CONADE.

FOTO: RUBENS GAZETA

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14 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

Fga. SandraMurat

“Sempre a frente dos órgãos

representativos da Fonoaudiologia,

lutando, discutindo e liderando

idéias em busca dos direitos dos

fonoaudiologos, enfrentando

obstáculos e correndo riscos, mas

sempre com cuidado e confiança

gritando por nós, desafiando e

pesquisando caminhos para a

realização de novos projetos e

propostas, sempre tentando

transformar nossas idéias em ações,

com garra e energia”

É este o perfil que a Fga. Maria

Teresa Fructuoso - com o

privilégio de ser sua amiga e sócia

há 26 anos – traçou de Sandra

Maria Freitas Murat Paiva dos

Santos, ou simplesmente Sandra

Murat, na homenagem a ela

prestada no Dia do Fonoaudiólogo

por sua contribuição na obtenção

do respeito e no reconhecimento

da importância que a profissão

merece.

Fga. MariaIsis Meira

“Precursora da

Fonoaudiologia no Brasil, a Fga.

Maria Isis Marinho Meira é uma

das pioneiras no estudo da fluência

da fala e de seus distúrbios, em

especial a gagueira. Notabilizou-

se como uma das maiores

especialistas nessa área e é

reconhecida não só no Brasil como

também no exterior pela relevância

de seus trabalhos”

Não bastasse isso, a Fga.

Ignês Maia Ribeiro (à esq. na foto),

que a apresentou aos fonoau-

diólogos na festa do dia 9 de

dezembro, lembrou que foi dela a

iniciativa de fundação do primeiro

comitê científico da Sociedade

Brasileira de Fonoaudiologia - o

Comitê Nacional de Fluência da Fala -

“onde exerceu papel fundamental na

integração dos diversos profissionais e

estimulou o aprimoramento científico

nessa área. Esta realização abriu

caminho para a formação de outros

comitês, que hoje exercem um papel

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Fga. BeatrizPadovan

Baiana de Feira de Santana e

também pedagoga, a Fga. Beatriz

Alves de Edmir Padovan dedica sua

vida não só ao tratamento de pacien-

tes com problemas fonoaudiológicos,

mas também ao desenvolvimento da

ciência. Apresentada ao auditório

presente às comemorações do Dia do

Fonoaudiólogo pela Fga. Marisa Riff,

(na foto, à esq) foi relembrada sua

contínua atuação em pesquisa,

desenvolvimento e aperfeiçoamento

de novos métodos de tratamento,

desde a conclusão do curso de

Fonoaudiologia na Unifesp-EPM, nos

idos de 70 (“tive o diploma número 1

da EPM”, brincou a homenageada,

relembrando que não havia nenhum

formando com a letra A na primeira

turma...).

Na apresentação da

homenageada, a Fga. Marisa Riff

lembrou sua incansável preocupação

com a formação de profissionais da

área, através de incontáveis cursos e

palestras, proferidos no Brasil e no

exterior. “Com grande vocação para

o ensino, este esforço constante

para divulgação e treinamento tem

permitido a multiplicação de seu

conhecimento, aumentando ainda

mais a importância e a abrangência

do seu trabalho. Além de

atendimento aos pacientes em suas

clinicas, a Fga. Beatriz Padovan

oferece estágios que permitem a

formação e a experiência de novos

profissionais. Seu trabalho de

reorganização neurofuncional –

Método Padovan – é aplicado em

diversos países da América, além do

Brasil. O sentido holístico deste seu

método prioriza o ser humano em

todos os seus aspectos”

Em seu agradecimento, a Fga.

Beatriz lembrou que era professora

da escola Waldorf na década de 60,

convivendo com alunos disléxicos.

“Naquela época poucos sabiam o

que era dislexia e, para buscar

conhecimento, fui para o curso de

Fonoaudiologia. Aprendi, mas não

gostei da forma de tratamento e

por isso desenvolvi um novo

método. Hoje, ao dar cursos pelo

mundo afora, vou orgulhosa de ser

uma fonoaudióloga brasileira”.

À frente do Sindicato dos

Fonoaudiólogos da Baixada Santista,

Litoral Norte e Sul e Vale da Ribeira

há nove anos, a Fga. Sandra Murat

agradeceu por ter seu nome

destacado “neste difícil cenário de

luta por melhores valores de

remuneração, por direitos sociais e

trabalhistas. Com ele, por ele e devido

a ele é que fui, e ainda sou, vilã e

heroína, respeitada e desacatada,

amada e odiada, mas em todas as

situações envolvida por um

sentimento de amor a

Fonoaudiologia”.

marcante na Fonoaudiologia”.

“Como professora da

Pontifícia Universidade Católica

de São Paulo vem formando futuros

profissionais com seriedade e

competência, exercendo essa

tarefa brilhantemente. Presença

obrigatória nos encontros e nos

congressos dentro e fora do Brasil,

também ministra cursos e deu

atendimento terapêutico no exterior,

divulgando a Fonoaudiologia

brasileira”.

Sua atuação vai além dos

aspectos biológicos, dos aspectos

motores da fala e da linguagem.

“Vai também além do conhecimento

e da valorizaçao das manifestações

corporais do indivíduo; dirigindo o

seu olhar para a pessoa como um

todo: corpo-mente interagindo nesse

ser que se comunica”.

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16 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

Em comemoração ao Dia do

Fonoaudiólogo, ampla programação

foi desenvolvida pelas fonoaudiólogas

da Secretaria Municipal de Saúde de

Santos, com o apoio da Delegacia do

CRFa 2ª. Região na Baixada Santista.

As atividades ocorreram entre os dias

6 e 11 de dezembro, com resultados

positivos e extensa divulgação pela

imprensa local.

Foram realizadas 171 triagens

auditivas em supermercados da região,

com distribuição de folders e orien-

tações à população que compareceu

nos três dias dessa atividade.

As ações também contemplaram

os usuários das unidades da Secreta-

ria. Durante a semana, aproximada-

mente 80 mães das crianças atendidas

nos três Centros de Valorização da

Criança participaram de palestras, com

distribuição de material didático, e

assistiram a um vídeo produzido pelas

próprias fonoaudiólogas com a colabo-

ração das crianças. Simultaneamente,

na Seção de Reabilitação e Fisiote-

rapia, foram realizadas palestras para

30 cuidadores e pacientes.

Os eventos procuraram

contemplar todas as idades, inclusive

os recém-nascidos do Hospital e

Maternidade Dr.Silvério Fontes.

Foram visitadas 20 mães da mater-

nidade, com distribuição de folders e

orientações específicas sobre esti-

mulação da comunicação do bebê.

Ainda como parte da programa-

ção no Dia do Fonoaudiólogo,

solenidade foi realizada no Salão

Nobre da Prefeitura, com a

Valorização da Criança; são realizados

420 exames por mês na Audiologia

Clínica do Ambulatório de Especia-

lidades e, aproximadamente, 100

entrevistas para protetização auditiva.

Na seção de Reabilitação e Fisiote-

rapia, são realizadas 70 visitas

domiciliares por mês, e no ambula-

tório são recebidos aproximadamente

90 pacientes por semana.

No Hospital e Maternidade Dr.

Silvério Fontes nascem cerca de 200

bebês por mês e todas as mães

recebem orientação específica sobre

amamentação. Além disso, é feito

atendimento ambulatorial dos recém-

nascidos que necessitem de acompa-

nhamento.

Alguns números expressivos dos

programas desenvolvidos pelas

fonoaudiólogas foram citados na

solenidade:

■ O Programa de Saúde da

Comunicação contemplou com

palestras e material didático 350

professores de educação infantil e de

1a série em 2003 e 170 monitores de

creche em 2004.

■ O Programa Voz, Saúde e

Educação, de prevenção vocal para

estudantes de magistério e pedagogia,

até o momento atingiu 160 alunos.

■ O Programa Saúde Vocal do

Professor, desenvolvido com o objetivo

de prevenir e identificar eventuais

distúrbios vocais dos educadores,

contemplou, até o momento, 420

professores.

■ O atendimento de crianças com

fissuras lábio-palatinas no CVC – Orla

participação do Secretário de Saúde e

outras autoridades. O relato das

atividades desenvolvidas pelas fonoau-

diólogas na Secretaria Municipal de

Santos recebeu comentários positivos.

Atualmente, 200 crianças estão

em atendimento nos três Centros de

Em Santos, programaçãoampla comemora

Dia do Fonoaudiólogo

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 17

atinge, atualmente, 30 crianças com

essa má-formação congênita.

■ De caráter preventivo e de

promoção de Saúde do Idoso, o

SERFIS em Ativa-Idade é um

programa multidisciplinar que

conta com a colaboração das

fonoaudiólogas da Secretaria e já

contemplou, desde 2001,

aproximadamente 2.000 idosos.

Além dos programas e

atendimentos realizados pelas

profissionais, foi lembrado durante a

solenidade o reconhecimento do

Fórum de Fonoaudiologia através da

Portaria 035/2004, publicada no

Diário Oficial de Santos em 16 de

outubro de 2004. Este Fórum tem

o objetivo de integrar os profis-

sionais da área e redimensionar suas

ações, com a realização de reuniões

mensais para a avaliação dos

trabalhos.

Na mesma ocasião, foi lançado o

Cadastro dos Serviços de Fonoaudio-

logia da Cidade de Santos, com relação

de 18 instituições que contam com

atendimento fonoaudiológico gratuito,

além dos serviços municipais.

Após a solenidade, as

fonoaudiólogas se concentraram na

Praça Mauá para orientação à

comunidade, distribuição de folders e

apresentação do Coral Voz do Silêncio,

formado por crianças da Casa de

Esperança de Cubatão.

Realizado no Auditório do Edifí-

cio Fortes Guimarães, onde a Delega-

cia de Ribeirão Preto tem sua sede,

duas palestras e uma mesa-redonda

marcaram as comemorações do Dia do

Fonoaudiólogo na tarde do dia 9 de

dezembro último. Compareceram

mais de 100 fonoaudiólogos.

As palestras apresentadas

abordaram os temas Fonoaudiologia e

Saúde Pública (proferida pela Fga.

Roberta Alvarenga Reis) e

Fonoaudiologia na Empresa (Fga. Vera

Cecília Gelardi). Três temas

integraram a mesa-redonda: Ato

Médico (coordenado pela Fga. Celina

P. Rezende), Empregabilidade (Fga.

Ana Cláudia M. B. Reis) e Ética no

Contexto Fonoaudiológico Atual (Fga.

Dra. Kátia Nemr).

Seguindo o mesmo propósito dos

happy hours, a subdelegada regional,

Fga. Ana Camilla Bianchi Pizarro,

relata que sua intenção foi a de reunir

os fonoaudiólogos da região para que

pudessem discutir seu papel , sua

postura profissional, o mercado de

trabalho e a situação da Fonoaudio-

logia na atualidade. “Além da comemo-

ração e confraternização, o evento

propiciou a troca de informações,

discussões e um posicionamento dos

profissionais frente aos rumos da

Fonoaudiologia”.

A comemoração recebeu o

apoio de faculdades, empresas de

AASI, de um estabelecimento gráfico,

de empresas que comercializam

material fonoaudiológico e de alguns

fonoaudiólogos (em especial Joana

D’Arc M.Suzuki e Ivana Elmi), que

colaboraram na captação de

recursos, patrocínio e organização de

evento.

Jantar em MaríliaA Delegacia Regional de

Marília realizou jantar de confrater-

nização por adesão, no dia 9 de de-

zembro, para marcar o Dia do Fono-

audiólogo. Todas as fonoaudiólogas

da região foram convidadas e um

banner informativo sobre a profissão

foi afixado no restaurante.

Na ocasião, foram divulga-

dos alguns dos eventos programa-

dos para 2005. O primeiro deles é o

happy hour no dia 14 de janeiro,

com palestra ministrada pela Fga.

Ms. Andréa Carla Paura, com o

tema “Atuação Fonoaudiológica em

Telemarketing”.

Palestras emesa-redonda

em Ribeirão Preto

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18 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

O CRFa. 2a Região torna público que realizaráprocesso seletivo simplificado, sob o regime da CLT, paraprovimento de 01(uma) vaga para o cargo de FISCAL para aDelegacia de Marília.

Características do Cargo:Jornada de trabalho de 20(vinte) horas semanais

envolvendo serviços internos e externos de fiscalização, naárea de jurisdição da Delegacia.

Das Inscrições:Enviar Curriculum Vitae, com foto, comprovando

experiência profissional na área, em envelope lacrado, postadoaté 27/02/04 (via sedex), tendo à frente a indicação “Candidatoao Cargo de Fiscal”, endereçado ao Conselho Regional deFonoaudiologia 2a Região/SP – Delegacia Regional de Marília– Rua Bahia, 165 - 4ºandar - sala 43 - CEP: 17501-080 - Marília/SP.

OBS: o candidato deverá anexar carta ao Conselho,expondo suas pretensões e expectativas em relação ao cargo.

Requisitos Básicos para o cargo:a. Ser fonoaudiólogo, com inscrição no CRFa. há,

no mínimo, 2 (dois) anos;b. Estar em dia com as obrigações perante o CRFa.;c. Conhecimento da Lei no 6.965/81 e do Código de

Ética da Fonoaudiologia;d. Disponibilidade para viagens e possuir CNH

(Carteira Nacional de Habilitação).

Salário: R$ 857,47 (Oitocentos e cinqüenta e setereais e quarenta e sete centavos).

Seleção:As provas serão realizadas em 2 (duas) fases:1a fase - Prova escrita: tem caráter classificatório e

eliminatório. Consiste no candidato apresentar conheci-mentos da Lei no 6965/81, do Código de Ética daFonoaudiologia e demais normativas da profissão. A provavalerá 100(cem) pontos, exigindo-se, para habilitação, no mi-

nimo 60 (sessenta) pontos.

2a fase - entrevista: tem caráter classificatório.

Datas da prova escrita e da entrevista:Prova escrita: 12/03/2005 - 09:00 h.Entrevista: 19/03/2005 - em horário a combinar,

perante comissão composta por membros do CRFa. 2a Região.

Local das provas:Delegacia de Marilia: Rua Bahia, 165 - 4ºandar - sala

43 .

Resultado:O resultado da prova escrita será divulgado pela

Delegacia do Conselho e estará afixado na sede, no dia 16/03/2005, a partir das 09:00h, e o da entrevista, no prazomáximo de 5(cinco) dias, a contar da data da 2a fase.

Recursos:Os candidatos terão o prazo de 2(dois) dias, a contar

da divulgação do resultado da prova escrita, para impetraremrecurso, que deverá estar devidamente fundamentado.

Homologação:A homologação do resultado final será publicada na

Revista do CRFa. 2a Região.

Da Validade do Concurso:O concurso será válido por 1(um) ano, a contar da

data da sua homologação, podendo ser prorrogado a critérioexclusivo do Presidente do Conselho.

Das Disposições Gerais:O não pronunciamento do interessado, no prazo

máximo de 10(dez) dias, permitirá ao CRFa. exclui-lo doprocesso seletivo.

Os casos omissos serão resolvidos pela Presidente doCRFa. 2a Região.

São Paulo, 06 de janeiro de 2005.

Silvia Tavares de OliveiraPresidente

EDITAL PARA SELEÇÃO DE FONOAUDIÓLOGO FISCAL

Anote em sua agenda. O “Fórum de Especialidades” será realizado no dia 5 de março de 2005,na Casa do Fonoaudiólogo, com início às 9 horas. Sua opinião e participação são fundamentais.

Confirme sua presença com Luciana, pelo telefone (11) 3873-3788

Segundo Fórum de Especialidades:Definição de Novas Áreas da Fonoaudiologia

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 19

De acordo com as estimativas dos

organizadores do Movimento Não ao

Ato Médico, mais de cem mil estudantes

e profissionais de treze categorias

profissionais – Biologia, Biomedicina,

Educação Física, Enfermagem,

Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia,

Nutrição, Odontologia, Psicologia,

Serviço Social, Terapia Ocupacional e

de técnicos em radiologia - participaram

das manifestações públicas realizadas

simultaneamente em 19 Estados no

dia 15 de setembro último, para

protestar contra o teor do projeto de

lei 025/2002 que tramita no Senado

Federal e que, a pretexto de definir o

chamado “Ato Médico”, considera

como exclusivos desse profissional

todos os diagnósticos e as indicações

de conduta para o tratamento, a

solicitação de exames e a ocupação

de cargos de chefia em áreas multiprofis-

sionais.

Em São Paulo, o Conselho Regio-

nal de Fonoaudiologia – 2ª. Região pro-

moveu ato de desagravo na Assembléia

Legislativa de São Paulo, em conjunto

com os demais Conselhos Regionais da

área da Saúde, onde pôde expressar sua

opinião a respeito do PLS 25/2002.

As delegacias do CRFa, integradas

ao sindicato e conselhos da região,

também fizeram manifestações em

praças e em universidades. Em Ribeirão

Preto foi publicado texto de repúdio ao

Ato Médico no jornal “A Cidade” e

realizada passeata. Na cidade de São

José do Rio Preto, foi encaminhado

manifesto à Câmara dos Vereadores,

o que resultou em ementa de apoio a

causa, enviada à Comissão de Assuntos

Sociais do Senado em 23 de setembro.

Em Santos, foi realizada reunião entre

os conselhos e lideranças locais e ato

público no Gonzaga, que repercutiu em

reportagem no jornal “A Tribuna”.

PROJETO DE LEI DO ATO MÉDICO

Cem mil em protestos pelo país,500 mil assinaturas coletadas

O Conselho Regional de Fonoau-

diologia tem participado de ações

conjuntas com os demais conselhos

profissionais. Em 2003, sua sede foi

local de várias reuniões dos conselhos e

em dezembro de 2003, esteve presente

na XII Conferência Nacional de Saúde,

quando o ato médico foi discutido e

rejeitado pela maioria no plenário.

Compromissos firmados. Como

conseqüência da manifestação realizada

em Brasília, defronte ao Congresso

Nacional, os profissionais de saúde

obtiveram da senadora Lúcia Vânia

(PSDB-GO), presidente da Comissão de

Assuntos Sociais (CAS), o compromisso

de que o projeto somente seja votado

após a realização de audiências públicas

(posteriormente definiu-se que essas

audiências deverão ser realizadas

regionalmente, em todos os Estados do

pais). Os representantes dos profissio-

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Manifestação em Brasilia, defronte ao Congresso Nacional

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20 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

nais de saúde e dos acadêmicos pediram

à presidente da CAS que o relator do

projeto não fosse da área de saúde – e

muito menos médico - para assegurar

neutralidade na discussão do assunto. A

solicitação foi atendida com a designa-

ção da própria senadora Lúcia Vânia,

que avocou a relatoria para si.

Pouco antes do ato público defron-

te ao Senado Federal, os dirigentes dos

conselhos federais obtiveram da secre-

tária de Gestão do Trabalho e da Educa-

ção do Ministério da Saúde, Maria Luiza

Jagger, o compromisso de solicitar ao

Senado que o projeto só fosse votado

após a realização de um seminário “mul-

tiprofissional e internacional” que o

Ministério pretende realizar.

Ao apresentar o projeto, o então

senador Geraldo Althoff (PFL-SC) - um

médico - argumentou que o campo de

trabalho médico estava se tornando

muito concorrido por agentes de outras

profissões e que os limites interprofis-

sionais entre as categorias nem sempre

estavam bem bem definidos. O parecer

do senador Tião Viana (PT-AC) -

também médico – na Comissão de

Constituição e Justiça foi favorável ao

texto proposto por Althoff, com

pequenas alterações.

O projeto encontra-se na Comis

são de Assuntos Sociais em caráter

terminativo. Isto significa que será

remetido diretamente ao plenário da

Câmara,sem necessitar de votação no

plenário do Senado.

Até março, um milhão deassinaturas. Os Conselhos Federais

de Biologia, Enfermagem, Farmácia,

Fisioterapia e Terapia Ocupacional,

Fonoaudiologia, Psicologia, Nutrição,

e de Técnicos em Radiologia entrega-

ram, na manhã de 17 de dezembro

ao presidente do Senado Federal,

senador José Sarney, e ao 1º vice-

presidente do Senado, senador Paulo

Paim, a primeira remessa contendo

mais de 500 mil assinaturas coletadas

em todo o Brasil em abaixo-assinado

contrário ao PLS 025/2002.

Destas, oito mil foram coletadas pelo

CRFa 2a. Região.

Os representantes do Movimen-

to decidiram entregar as assinaturas

em duas datas diferentes: 17 de de-

zembro, um dia antes do recesso

parlamentar e no dia 16 de março de

2005, quando esperam atingir um

milhão de assinaturas. A primeira leva,

reflexo de um organizado trabalho em

conjunto, foi arrecadada em menos de

dois meses. A campanha contra o

projeto que prejudica tanto o usuário

como os demais profissionais de

saúde, continua, com o objetivo de

dobrar o número de assinaturas

coletadas. A campanha pode ser

acompanhada no site http://

www.naoaoatomedico.com.br

O senador José Sarney, ao

receber o documento, afirmou achar

justo o movimento das categorias

profissionais da área de saúde e

despachou no sentido de anexar as

500 mil assinaturas ao PLS 025/2002.

O vice-presidente do Senado, Paulo

Paim (PT-RS) afirmou que se engajou

no movimento porque o projeto

pode acarretar o desemprego de

milhares de trabalhadores, além de

prejudicar o atendimento na rede

pública de saúde.

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Em São Paulo, ato público na Assembléia Legislativa (foto do alto) e nas ruas da cidade.

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 21

Projeto de Lei do Ato Médico:a posição do CRFa 2a. Região

O Conselho Regional de Fonoaudiologia do Estado de SãoPaulo vem, por meio deste, tornar público seu posicionamentocontrário ao Projeto de Lei 25/2002 da forma como apresenta-do no substitutivo do Senador Tião Viana pelos motivos abaixo:

O substitutivo aprovado define, em seu artigo primeiro,que o campo de atuação do médico é a saúde humana, cabendo aele o desenvolvimento de ações para promoção da saúde, pre-venção, diagnóstico e tratamento das doenças e reabilitação dosenfermos. Define, ainda, como atos privativos do médico, odiagnóstico médico e a prescrição terapêutica das doenças.

Desta forma, sem impor limites de atuação a sua compe-tência, ele define seus atos privativos e retira da atuação dasoutras profissões da área da saúde a prescrição terapêutica.

A Lei 6965/1981, que dispõe sobre a regulamentação daprofissão de Fonoaudiólogo, define Fonoaudiólogo como “oprofissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua empesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas na área dacomunicação oral e escrita, voz e audição, bem como no aperfeiçoa-mento dos padrões de fala e da voz”.

A Lei 6965/81 aponta, ainda, para o fato de também serde competência do fonoaudiólogo “a participação em equipes dediagnóstico; em equipes de orientação e planejamento escolar; a emis-são de parecer fonoaudiológico e a realização de outras atividades ine-rentes à sua formação universitária”.

O Fonoaudiólogo, portanto, participa de equipe diagnós-tica e a avaliação que realiza é procedimento diagnóstico. Ao ava-liar, ele indica a conduta a ser desenvolvida, ou seja, prescreve otipo de tratamento fonoaudiológico a ser realizado, realiza enca-minhamentos, solicitando a outros profissionais sua avaliação econduta e debate com outros profissionais. Constrói-se desta for-ma, uma atuação multiprofissional, interdisciplinar e transdis-ciplinar, com integração de diferentes saberes para a melhoriada qualidade de vida da pessoa a ser atendida e de sua família.

Se avaliarmos sob o ponto de vista do Sistema Único deSaúde- SUS, a definição de prescrição como ato médico fere odireito do cidadão à universalidade de acesso, pois condiciona odiagnóstico e tratamento das outras profissões de saúde a umaautorização/ encaminhamento médico. Este fluxo emperrará,certamente, o acesso dos usuários às consultas médicas e à dosoutros profissionais de saúde.

Vale lembrar, ainda, o Código Internacional das Doenças –CID 10, que contempla entre as patologias descritas várias quesão tratadas por fonoaudiólogos, como por exemplo a dislalia(F80.0), o atraso de linguagem (F80.1/F80.2) e a disfonia (R49.0).

Sendo assim, a prescrição terapêutica das doenças não éum ato privativo dos profissionais médicos. Cada profissão daárea da saúde realiza seu diagnóstico, prescrição e procedimen-tos, relativos ao seu campo de atuação, e compatíveis com sualegislação.

A prescrição realizada pelo médico, portanto, é a prescri-ção médica, relativa aos procedimentos a serem desenvolvidospor médicos.

O artigo segundo define como de competência do Conse-lho Federal de Medicina definir, por meio de resoluções, os pro-cedimentos médicos experimentais, os aceitos e vedados, parautilização pelos médicos.

A Legislação atual vincula exercício profissional a currícu-los e conteúdos de cada área, não sendo, portanto, atribuiçãodos conselhos de fiscalização profissional tal ação. Na nossa le-gislação, a vinculação entre o exercício profissional e os currícu-los é garantida no artigo 4º, item n, que atribui competência aoprofissional para a realização de outras atividades inerentes àsua formação universitária, para além das explicitamente defini-das na Lei.

Da mesma forma, a Constituição Federal , em seu artigo61, parágrafo 1º, inciso II , diz ser iniciativa do Presidente da

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22 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

República, de forma privativa, conferir a organização, o funcio-namento e as atribuições dos órgãos da Administração Federal.

As atribuições dos conselhos profissionais, que são autar-quias, órgãos da administração pública Federal indireta, portan-to, devem ser propostas exclusivamente pelo Presidente da Re-pública e não por Senadores, o que leva a inconstitucionalidadedeste artigo.

Art. 3º - São privativas de médico as funções de coordena-ção, chefia, direção técnica, perícia, auditoria, supervisão e ensi-no vinculadas, de forma imediata e direta, a procedimentosmédicos.

Parágrafo único –A direção administrativa de serviços desaúde e as funções de direção, chefia e supervisão que não exi-jam formação médica não constituem funções privativas demédico.

O parágrafo único deste artigo, na forma de substitutivoelaborada pelo senador, reconhece que a direção administrativade serviços de saúde e as funções de direção, chefia e supervisãoque não exijam formação médica não constituem funções pri-vativas de médico.

O conteúdo do artigo 3º, porém, permanece vago, na me-dida que não se define as fronteiras para os atos médicos e por-tanto deixando obscuro o entendimento dos serviços que de-vem estar vinculados a chefias médicas.

Cabe lembrar que a Lei 6965/81, de regulamentação daprofissão de fonoaudiólogo, aponta como sendo de competên-cia do fonoaudiólogo dirigir ou efetuar pesquisas fonoaudioló-gicas, dirigir serviços de fonoaudiologia e supervisionar profis-sionais e alunos em trabalhos teóricos e práticos em fonoaudio-logia. As atribuições do fonoaudiólogo, contudo, estão especifi-cadas na Lei, aclarando o entendimento de quais serviços sãoestes.

Com relação ao PL, quais seriam os serviços que se enqua-drariam no artigo? Seriam os serviços de procedimentos exclu-sivamente médicos?

Cabe salientar que com a evolução da saúde, é imperiosauma atuação em equipe multiprofissional, onde procedimentosrealizados por médicos convivem e se somam a procedimentos

realizados por outros profissionais de saúde, resultando um aten-dimento de qualidade à população. Nestes, o trabalho deve sercompartilhado, sendo que no nosso entendimento a gerênciaadministrativa e responsabilidade técnica devem ser das pesso-as que tiverem perfil administrativo e conhecimento técnico doserviço, sejam eles médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas ououtros profissionais.

Por fim, cabe ressaltar que o termo para-médico foi subs-tituído por profissionais da saúde em 1993 pela Resolução CNSnº 44, e a resolução nº 289, do Conselho Nacional de Saúde,define quais são as profissões da área da saúde. É inaceitável,desta forma, que uma profissão imponha restrições sobre asoutras.

Os saberes precisam ser compartilhados interdisciplinar-mente para que as necessidades de saúde da população sejamatendidas em sua totalidade. Este foi o desejo expresso pelo ple-nário da XII Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasí-lia no final de 2003, pelo plenário da Conferência Nacional deCiência e Tecnologia e de Saúde Bucal.

A regulamentação da Medicina é um direito da categoriamédica, mas não pode ser conquistado restringindo a atuaçãodas demais profissões da área da saúde.

Reafirmamos as considerações dos Conselhos Federais deque o PL como proposto representa um retrocesso no campo deconhecimento e nas práticas multiprofissionais e interdiscipli-nares em saúde, coloca interesses corporativos acima dos dapopulação, rompe com conceito atualmente defendido em saú-de enquanto direito a qualidade de vida e com os princípios doSUS, além de inviabilizar projetos de saúde pública e dificultar oacesso de usuários aos serviços que lhe são de direito.

Acreditamos numa saúde que ultrapassa os modelos cen-trados na assistência médica e hospitalar.

Queremos construir uma Fonoaudiologia aberta às de-mandas e necessidades da população e contribuir para a cons-trução do Sistema Único de Saúde em nosso País, promovendointerdisciplinarmente saúde e propiciando, com nossas ações,que a comunicação possa ser democraticamente apropriadacomo um instrumento para o exercício da cidadania.

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 23

A idéia deste livro surgiu pelo fato

de eu entender que assuntos tratados em

eventos científicos devem ser sempre re-

gistrados. Neste caso específico, mais do

que nunca, precisávamos registrar o que

seria falado, pois o evento trataria das di-

ferentes atuações de profissionais espe-

cializados em Motricidade Orofacial.

Levei a idéia embrionária para os

meus pares do Comitê de MO de São Pau-

lo, a qual foi prontamente aceita. Come-

çamos um árduo trabalho que foi o de so-

licitar aos autores, debatedores e coorde-

nadores que, em pouco tempo, escreves-

sem no mínimo três páginas sobre o que

iriam falar ou comentar na I Reunião Cien-

tífica do Comitê de MO da SBFa.

O meu braço direito (e esquerdo),

neste trabalho, foi a fonoaudióloga Lia

Duarte que se empenhou muito para que

o livro estivesse pronto a tempo de estar

disponível na data certa. Conversei com

algumas editoras para que comprassem a

idéia de fazer um livro, de boa qualidade,

pelo menor preço possível e no menor

tempo existente. A Editora Pulso aceitou

o desafio e trabalhamos no material, du-

rante muitas e muitas horas, o qual em

grande parte nos chegou apenas no início

de agosto. Conto estes detalhes para nos-

sos leitores, para que compreendam pos-

síveis falhas em nosso livro. Isto, eviden-

temente, não quer dizer que as estou jus-

tificando, mas apenas espero que se rele-

ve algum destes deslizes.

Escrevem, neste livro, muitos fo-

noaudiólogos expoentes na Motricidade

Orofacial. Reunimos um grupo de pes-

soas que pensam e atuam de maneiras di-

versas na mesma área para que pudessem

estar discutindo, em conjunto, as diferen-

tes possibilidades de avaliar e tratar um

mesmo problema. Foi uma felicidade mui-

to grande que todos que foram convida-

dos aceitassem participar deste desafio.

Procuramos abranger quase tudo

que existe na MO. Os leitores encontra-

rão neste livro artigos sobre: respiração

oral; mastigação; deglutição; hábitos orais;

traumas de face; cirurgias ortognáticas;

disfunções da articulação temporomandi-

bular; síndromes; distúrbios neuromuscu-

lares; paralisia facial; fissuras labiopalati-

nas; neonatologia; alterações de fala mús-

culo-esqueletais; câncer de cabeça e pes-

coço; queimaduras e estética facial.

Além dos assuntos de interesse clí-

nico, o livro conta ainda com um breve his-

tórico do Comitê e de suas realizações,

além de reproduzir parte de documentos

anteriormente publicados por este Comi-

tê. Gostaria que todos os interessados na

especialidade não deixassem de ler sobre

o campo de atividade da MO, os conheci-

mentos e habilidades necessários para a

atuação em MO, a formação básica para

trabalhar nesta área, assim como a titula-

ção indicada para os especialistas desta

área.

Espero que todos apreciem o produ-

to final. Espero, ainda, que esta obra pos-

sa fazer parte do crescimento de uma área

que já conta com quase mil especialistas,

assim como muitos doutores e mestres,

com trabalhos defendidos neste campo de

atuação.

Motricidade Orofacial: Como Atuam os EspecialistasIrene Queiroz MarchesanCoordenadora Geral dos Grupos de Trabalho em MO

● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Lançamentos ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●

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24 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

Parabéns

O CRFa – 2ª. Região recebeu

as seguintes mensagens de con-

gratulação pela passagem do Dia

do Fonoaudiólogo, as quais agra-

dece:

Conselho Federal de Fo-

noaudiologia; Conselho Regional

de Fonoaudiologia - 1a Região;

Conselho Regional de Fonoaudio-

logia - 7a Região; Delegacia Regio-

nal da Baixada Santista; Audicen-

ter Bauru; CAS Produtos Médicos;

CEFAC; Centro Auditivo Widex;

Editora Maio; IEAA; Fga. Cibele Si-

queira; Fga. Elisabetta Radini;

Fga. Marisa Rosário e Fga. Vivia-

ne C. Danilewsky

Dia do Fonoaudiólogo

Mensagens decongratulaçãoO 34º Congresso Internacional de

Engenharia de Controle de Ruído - Inter-

Noise 2005, a se realizar no Rio de Janeiro

(RJ), de 7 a 10 de agosto de 2005, é parte

de uma seqüência de congressos realiza-

dos no mundo e pela primeira vez será

sediado no Brasil, patrocinado pelo Insti-

tuto Internacional de Engenharia de Con-

trole de Ruído I-INCE e organizado pela

Sociedade Brasileira de Acústica (SO-

BRAC) juntamente com a Federação Ibe-

roamericana de Acústica (FIA).

O programa técnico e científico, nas

áreas de Controle de Ruído e Vibrações,

contempla conferencistas de renome in-

ternacional.

Para a apresentação de artigos, o

website do Congresso (em http://www.

internoise2005.org.br) apresenta os tópicos

principais e a lista de sessões técnicas es-

peciais já propostas. A submissão do re-

sumo deve ser feito no site, on line. A data

limite para o encaminhamento dos resu-

mos é 18 de fevereiro.

Inter-Noise 2005:congresso será no Rio de Janeiro

AgradecimentosO CRFa 2ª. Região agradece a Editora Pulso pela doação da coleção completa

CEFAC – Conhecimentos Essenciais para Atender Bem em Fonoaudiologia, sorteados

entre os fonoaudiólogos que participaram em outubro de 2004, em Foz do Iguaçu,

do XII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia e a Editora Lovise pelo patrocínio que

vem oferecendo para a realização dos Happy Hours, concretizado através do lanche

oferecido aos participantes e da doação de livros para a biblioteca da autarquia.

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 25

Perdase roubos

Sonia Regina da Silva, CRFa 2868-SP comunica que perdeu um de seuscarimbos de identificação profissional,entre agosto e setembro de 2004.

Jeniffer C.R. Dutka-Souza, CRFa13.582-SP comunica o desapareci-mento de seu carimbo profissional.

Luciana Giraldes, CRFa 7984-SP,comunica que foi roubado em 01/12/2004 seu audiômetro marca Vibrason,modelo AVS 500/0, número de série1.186. Informações para (11) 41-93-4724, 4154-6721 ou 8134-3232.

Eliana Regina Dias Mendes, CRFa11.801, comunica a perda ou roubo desua cédula de identidade profissional.

O livro “Deficiência Auditiva:

Conversando com Familiares e Profis-

sionais de Saúde”, das fonoaudiólogas

Maria Cecília Bevilacqua e Adriane

Lima Mortari Moret, recentemente

lançado pela Editora Pulso, é fruto do

trabalho desenvolvido nos

Cursos para Pais de Crianças

Auditivas, realizado desde

2001. Por ser um curso

desenvolvido com conteúdo

programático de temas se-

qüenciais na área da audiolo-

gia educacional, vários

assuntos ali abordados ganharam a

versão escrita, possibilitando que pais

e profissionais que atuam na área da

saúde possam iniciar ou continuar

leituras já iniciadas sobre a deficiência

auditiva na infância.

Direcionado aos pais de crianças

deficientes auditivas com a idade de

até cinco anos (uma vez que são os

primeiros anos de vida que determi-

nam as melhores chances de êxito do

tratamento da criança), considerou-se

como fundamental que, por meio de

um curso de formação, os pais

compreendessem o que é a deficiência

auditiva, o que ela representa na vida

da criança e, sobretudo, como tratá-la

o mais cedo possível, de maneira

eficaz e indo ao encontro às suas

necessidades específicas.

Embora direcionado aos pais,

vários profissionais da saúde procura-

ram o curso. Professores da rede

pública de ensino, pedagogos, fonoau-

diólogos, alunos de cursos de gradua-

ção das áreas de educação e de saúde

manifestaram o interesse em partici-

par das atividades, motivados pela

possibilidade de ampliar o conheci-

mento e de conquistar melhor preparo

no atendimento de crianças

deficientes auditivas.

O campus de Bauru da

Universidade de São Paulo foi a

sede do primeiro curso. As

dimensões territoriais do país

e o objetivo de possibilitar a

participação de famílias de

várias regiões, determinou sua

realização em outras regiões. Sob a

orientação geral da fonoaudióloga

Maria Cecilia Bevilacqua (USP/campus

Bauru), em 2001 seguiram-se cursos

em Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ),

Salvador (BA) e Curitiba (PR) e, em

2002 e 2003, novamente em Bauru

(SP) e também em São Paulo (SP), Rio

de Janeiro (RJ), Sorocaba (SP), Natal

(RN), Itajaí (SC), Salvador (BA) e

Fortaleza (CE). No total, participaram

do curso cerca de 900 pessoas,

principalmente pais e familiares.

A edição deste livro teve por

objetivo contribuir e compartilhar

com pais de crianças deficientes

auditivas e com profissionais da

saúde, alguns conhecimentos nortea-

dores do tratamento da deficiência

auditiva na infância e, assim, conquis-

tar melhorias significativas no

processo terapêutico da criança com

deficiência auditiva.

● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ● Lançamentos ● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●● ● ● ● ●

Deficiência Auditiva: Conversando comFamiliares e Profissionais de SaúdeMaria Cecília Bevilacqua eAdriane Lima Mortari Moret

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26 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004

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CLASSIFICADOS

Articuladora da Campanha daVoz em Botucatu e região e responsá-vel desde 1999 pela coleta de dados detodos os eventos realizados, o nome da

fga. Leila Rodrigues não foi menciona-do na reportagem sobre a Campanhada Voz 2004 realizada em Botucatu(edição 56 página 13).

Erramos...

O Dia do Fonoaudiólogo foi

comemorado também em Franca. No

relato apresentado na ocasião, foi

destacado o expressivo número de 27

mil atendimentos realizados em 2004

pelos fonoaudiólogos da Secretaria de

Saúde do Município, garantindo a

ampliação do mercado de trabalho,

graças às constantes buscas do novo e

da seriedade com que foram desenvol-

vidas as atividades.

As ações estiveram voltadas à

promoção da saúde da população,

envolvendo as Unidades Básicas de

Saúde do município. Destacaram-se,

entre elas, as que envolveram grupos

educativos e os atendimentos clínicos

individuais e em grupos a fissuras,

disfonias e reabilitação vestibular; a

bebês de alto risco e a deficientes

visuais. As ações também estiveram

voltadas aos hospitais (com a triagem

auditiva neonatal), à saúde do

trabalhador, à saúde mental, ao

Serviço de Audiologia e ao Serviço de

Prótese Auditiva, além da capacitação

de profissionais e ações informativas,

com a divulgação do trabalho desen-

volvido junto à comunidade.

Dia doFonoaudiólogo

em Franca

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EDIÇÃO 58 - OUT/NOV/DEZ 2004 REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 27

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Quero ter uma especializaçãoBuscar uma especialização faz parte da rotina de todo profissional. Investir neste tipode formação requer decisões: onde estudar e que especialidade.

Onde estudar?A qualidade da formação pode definir o futuro do profissional. De nada vale um títulosem o conhecimento correspondente. O que o mercado exige do profissional éatualização, competência e conhecimentos aprofundados. Já formamos cerca de6000 especialistas em fonoaudiologia. Converse com um deles...

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Telefone: 011 3675-1677

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De acordo com o parecer nº CES 908/98 do CNE (Conselho Nacional de Educação),de 02/12/98, as especializações regulamentados por Conselhos (como o CFFa) eoutras instituições profissionais, têm validade nacional como título de especialistaprofissional. Confirme em www.mec.gov.br e junto ao CFFa (Conselho Federal deFonoaudiologia).