fluxo termico na soldagem

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Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Processos de Fabricação I Fluxo de calor na soldagem Fluxo de calor na soldagem Prof. Reginaldo Pinto Barbosa

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Centro Universitário do Leste de Minas Gerais

Processos de Fabricação I

Fluxo de calor na soldagemFluxo de calor na soldagem

Prof. Reginaldo Pinto Barbosa

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IntroduIntroduççãoão

Fluxo de calor na soldagem

Processos de soldagem a arco → arco é a única fonte de energia definida pela suaenergia de soldagem.

Transferência de calor da fonte para a junta causa alterações de temperatura na solda eregiões adjacentes do metal base.

Variações de temperatura → variações dimensionais e alterações microestruturais.

Podem levar a efeitos indesejáveis: Tensões residuais e distorções

Deterioração das propriedades mecânicas, físicas e químicas.

Formação de trincas

Condições térmicas controla os fenômenos metalúrgicos na soldagem.

Velocidade de resfriamento → influência direta na estrutura e propriedades do metal base.

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Fluxo de calor na soldagem

Macroestruturas de Soldas por FusãoMacroestruturas de Soldas por Fusão

Zona Fundida

(ZF)

Metal Base(MB)

Zona Afetada pelo Calor (ZAC)

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Fluxo de calor na soldagem

Macroestruturas de Soldas por FusãoMacroestruturas de Soldas por Fusão• Zona Fundida (ZF)

* Temperaturas máximas maiores que a temperatura de fusão

* Composição química final depende da diluição

“Diluição é a participação relativa do metal base na

constituição da zona fundida ”

D = [ A1 / (A1 + A2)] x 100

A1 = massa do metal base fundida

A2 = massa do metal de adição

A2

A1A1

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Fluxo de calor na soldagem

Diagrama deDiagrama de Schaefler Schaefler 

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Fluxo de calor na soldagem

Diagrama deDiagrama de Schaefler Schaefler 

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Fluxo de calor na soldagem

Diagrama deDiagrama de BystramBystram

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Fluxo de calor na soldagem

Diagrama deDiagrama de Schaefler Schaefler ee BystramBystram

Utilizando o Diagrama de Schaefler, verifique qual das situações abaixo é a maisadequada para se realizar a soldagem de uma chapa de aço baixa liga com outra de

aço inoxidável austenítico. As composições das ligas e dos eletrodos sãoinformadas a seguir:

Material/ Eletrodo C Si Mn Cr Ni Mo N

Aço baixa liga 0,20 0,50 0,75 0,50 1,00 1,00 -Aço inoxidável 0,05 0,40 1,30 18,30 8,40 0,01 0,035

OK 67.62 0,05 0,80 0,50 24,00 12,50 - -OK 14.31 0,30 0,60 1,80 20,00 13,00 2,50 -

a) Soldagem por eletrodo revestido. Eletrodo OK 14.31. Diluição de25%.

 b) Soldagem MIG. Eletrodo OK 67.62. Diluição de 20%.

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Fluxo de calor na soldagem

Diagrama deDiagrama de Schaefler Schaefler ee BystramBystram

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Fluxo de calor na soldagem

Macroestruturas de Soldas por FusãoMacroestruturas de Soldas por Fusão• Metal Base (MB)

* Temperaturas máximas menores que a temperatura crítica

* Região mais distante do cordão de solda

* Não apresentam mudanças microestruturais

• Zona Afetada pelo Calor (ZAC)

* Temperaturas máximas superiores ä temperatura crítica

* Região não fundida

* Alteração da microestrutura e/ou propriedades mecânicas

* Sua microestrutura depende dos ciclos térmicos

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Fluxo de calor na soldagem

Macroestruturas de Soldas por FusãoMacroestruturas de Soldas por Fusão

Regiões da Solda de um Aço Carbono

A - Região de Granulação

GrosseiraB - Região de Granulação

Fina

C - Região Intercrítica

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Energia de soldagemEnergia de soldagem

Energia de soldagem (E) é a medida da quantidade de energia gerada pela fonte decalor por unidade de comprimento da junta:

E = energia absorvida pela peça (J/mm)L = comprimento da junta (mm)t = tempo de soldagem (s)P = potência gerada (energia/tempo)V = tensão do arco (V)

I = corrente de soldagem (A)v = velocidade de soldagem (mm/s)

A energia de soldagem (E) pode ser expressa em kJ/mm ou kJ/cm.

Fluxo de calor na soldagem

v

VI 

v

 P 

t  L

t q

 L

q E    ====

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Rendimento tRendimento téérmicormico Somente parte da energia é transferida para a

 peça sendo soldada.

A dissipação do calor ocorre principalmente por

condução na peça, das regiões aquecidas para orestante do material.

Considerando este aspecto, pode-se definir aEnergia Imposta de Soldagem ( E 

ab) ou Aporte

Térmico como:

Fluxo de calor na soldagem

 E  E ab   ⋅=η 

onde η é o rendimento térmico do processodependendo do processo e das condições de soldagem

Processo Rendimento Térmico (η)

Arco Submerso (SAW) 0,85 – 0,98

MIG/MAG (GMAW) 0,75 – 0,95

Eletrodo Revestido (SMAW) 0,70 – 0,90

TIG CC- (GTAW) 0,50 – 0,80

TIG CC+ (GTAW) 0,20 – 0,50

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Rendimento de fusão (ηf ) ou eficiência de fusão do processo: correlaciona a energia desoldagem absorvida com a energia efetivamente usada na fusão da solda.

Permite a determinação dos parâmetros de soldagem a partir da área de seção transversaldo cordão de solda

Fluxo de calor na soldagem

Rendimento de fusãoRendimento de fusão

PROCESSO   ηηηηf   (%) MATERIAL H (J/mm3)

Oxiacetelênico < 5 Aço Baixa Liga 10

TIG 20 Aço Inoxidável 10

ER 30 Níquel 10

MIG / MAG 40 Cobre 06

AS 50 Alumínio 03

ET 80

Plasma 90

Laser 100

 

η η 

⋅⋅⋅

=q

v H S  f  

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Rendimento de fusãoRendimento de fusão

Fluxo de calor na soldagem

 

ab

 f  

 E 

 H S  ⋅=η 

ηf = rendimento de fusão

S = área de seção transversal ao cordão (mm2)H = energia necessária para aquecer e fundir o material (J/ mm3 )

q = calor por unidade de tempo (J/s)

 :que temosE,Eab e  ⋅==   η 

v

q E Como

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Ciclos tCiclos téérmicos de soldagemrmicos de soldagem

Fluxo de calor na soldagem

A variação da temperatura durante a soldagem em um ponto da peças é descrita pelo seuCiclo Térmico de Soldagem.

O ciclo térmico representa as temperaturas que o ponto em estudo atinge em cada

instante do processo.

O ciclo térmico compreende:etapa de aquecimento do

material;

atingimento de umatemperatura máxima ou de pico,

etapa de resfriamento gradual.

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Ciclos tCiclos téérmicos de soldagemrmicos de soldagem

Fluxo de calor na soldagem

Os principais parâmetros que descrevem o ciclo térmico de soldagem são:

temperatura de pico (Tp), que é a temperatura máxima atingida no ponto. Tp diminuicom a distância ao centro da solda e indica a extensão das regiões afetadas pelo calorde soldagem;

Permite conhecer o ciclo térmico a que será submetido um determinado ponto da ZACde uma junta soldada, ou interpretar as transformações metalúrgicas em um ponto dometal de base próximo à região da solda.

ρ - densidade do material (g/mm3

),c - calor especifico (J/g.oC)e - espessura da chapa (mm)y - distância do ponto considerado à linha de fusão da solda (mm)Tf  – temperatura de fusão (oC)

T0 – temperatura de pré aquecimento ou ambiente (oC)

00

113,41

T T  E 

 yec

T T   f  ab p   −+

⋅⋅⋅⋅=

− ρ 

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Ciclos tCiclos téérmicos de soldagemrmicos de soldagem

Fluxo de calor na soldagem

temperatura crítica (Tc), que é a temperatura mínima para ocorrer uma alteraçãorelevante como uma transformação de fase, por exemplo;

tempo de permanência acima de uma temperatura crítica (tp), que é o tempo em que o ponto fica submetido a temperaturas superiores a uma temperatura crítica;

velocidade de resfriamento(R), que é importante na determinação da microestrutura

em materiais que podem sofrer transformações de fase durante o resfriamento.

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Ciclos tCiclos téérmicos de soldagemrmicos de soldagem

Fluxo de calor na soldagem

À medida que nos distanciamos da fonte de energia, os ciclos térmicos assumemcaracterísticas importantes.

Com o aumento da distância ao centrodo cordão:

* a Tm decresce rapidamente

* cresce o tempo para se atingir Tm

* as velocidades de aquecimento eresfriamento diminuem.

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Efeito dos Parâmetros de Soldagem sobre ados Parâmetros de Soldagem sobre a

Geometria da SoldaGeometria da Solda

Fluxo de calor na soldagem

• Para grandes gradientes de temperatura máxima, menor é a solda e ZAC formada.

• O tamanho da solda é controlado pela quantidade de energia imposta à peça, deforma que o mesmo pode ser variado em função dos parâmetros de soldagem.

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Diagrama FeDiagrama Fe--CC

Fluxo de calor na soldagem

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Velocidade de resfriamentoVelocidade de resfriamento

Fluxo de calor na soldagem

A velocidade de resfriamento pode ser afetada por algumas variáveis de uma operaçãode soldagem.

Tipo de metal base, relativamente a sua condutividade térmica, pois quanto maiora condutividade térmica do metal, maior sua velocidade de resfriamento.

Geometria da junta (uma junta em T possui três direções para o escoamento decalor, enquanto uma junta de topo possui apenas duas; por isso juntas em Tresfriam-se mais rapidamente que juntas de topo para as mesmas condições desoldagem;

A etapa de resfriamento é caracterizada pelo valor da velocidade de resfriamento a umadeterminada temperatura T, ou pelo tempo t necessário para o ponto resfriar de umatemperatura T1 a outra T2.

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Velocidade de resfriamentoVelocidade de resfriamento

Fluxo de calor na soldagem

Espessura da junta: a velocidade de resfriamento aumenta com a espessura até umaespessura limite; acima desse limite, a velocidade de resfriamento independe daespessura;.

Energia de soldagem e pr é aquecimento, a velocidade de resfriamento diminuicom o aumento do aporte térmico e da temperatura inicial da peça;

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Velocidade de resfriamentoVelocidade de resfriamento

Fluxo de calor na soldagem

Espessura limite dependeda energia de soldagem.

Para os aços baixa liga, aespessura limite éaproximadamente igual àenergia de soldagem emkJ/cm.

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Velocidade de resfriamentoVelocidade de resfriamento

Fluxo de calor na soldagem

A velocidade de resfriamento no início do cordão é maior do que ao longo do mesmo.Esta velocidade de resfriamento alta pode gerar problemas na qualidade da solda.

Quanto mais alta for a temperatura máxima num ponto, maior será a velocidade deresfriamento..

 Na cratera, a velocidade de resfriamento também é alta devido ao fato de inexistirarco durante a solidificação nesta região, bem como, devido ao calor voltar a fluir em

várias direções.  Na cratera ocorrem rechupes, cujo interior é irregular devido à formação de dendritas,

implicando em pontos de concentração de tensões e de heterogeneidade química,devido à segregação de impurezas.

Soluções para evitar rechupe na cratera* soldar a mais e cortar o excesso* retornar o arco antes de apagá-lo e aquecer o final* refundir a cratera* fazer a “unha”do cordão

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Velocidade de resfriamentoVelocidade de resfriamento

Fluxo de calor na soldagem

A equação a ser utilizada depende se trata-se de chapa fina ou chapa grossa. Estavariável é definida em função da espessura limite (τ), que depende da energia desoldagem.

Espessuras menores que a espessura limite caracterizam as chapas finas e as maiores, aschapas grossas.

ab E 

T T ce

)( 0−⋅⋅⋅=  ρ 

τ 

τ > 0,75 → chapa espessa

τ < 0,75 → chapa fina

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Velocidade de resfriamentoVelocidade de resfriamento

Fluxo de calor na soldagem

A velocidade de resfriamento ao longo do eixo da solda para uma fonte de calor pontualna superf ície de uma chapa grossa é dada por:

ab E 

T T k  R

20 )(2   −⋅⋅

=  π 

Para chapas com penetração total, tem-se:

30

2

)(2   T T 

 E 

eck  R

ab

 

 

 

 ⋅⋅⋅⋅=   ρ π 

Para ambas as equações acima, k é a condutividade térmica do material, T é atemperatura na qual se deseja calcular a velocidade de resfriamento. tem-se:

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Velocidade de resfriamentoVelocidade de resfriamento

Fluxo de calor na soldagem

Determinação dos tempos de resfriamento nas temperaturas entre 500 e 800oC.

Considera a energia equivalente absorvida pela peça em função da eficiência do processo e geometria da junta.

O diagrama de IRSID tem como abcissa a energia equivalente transferida e comoordenada, a espessura da peça.

Determinação dos parâmetros de soldagem

Diagrama de IRSID

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Diagrama de IRSIDDiagrama de IRSID

Fluxo de calor na soldagem

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Pré aquecimento

O pré aquecimento consiste em aquecer o metal base acima da temperatura ambiente antes dasoldagem.

Metais são bons condutores de calor 

O calor na região de soldagem é rapidamente escoado por toda a massa envolvida no processo, acarretando um resfriamento relativamente rápido.

Em alguns metais esse resfriamento rápido pode contribuir para a formação de

microestruturas prejudiciais na região de soldagem.

Tem como objetivo a prevenção de nucleação de trincas na ZF e na ZAC. É uma maneira dereduzir a taxa de resfriamento do metal.

Os principais efeitos do pré aquecimento são:

Menor tendência à formação de martensita;

Redução da dureza da ZAC;

Diminuição das tensões e distorções residuais;

Permitir a difusão do hidrogênio.

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Pré aquecimento

Temperatura de pré aquecimento pode variar de 50 a 540ºC (mais aplicada na faixa de 150 a

200ºC).

O pré aquecimento aumenta a temperatura do metal adjacente à solda de forma que o gradientede temperatura entre a solda e a vizinhança fique reduzido, diminuindo a velocidade deresfriamento.

A necessidade do pré aquecimento aumenta com:

Teor de carbono e de ligas do metal base;

Tamanho da peça;

Rigidez da junta; Diâmetro do consumível

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Como determinara a temperatura de pré aquecimento

A composição do metal base deve ser conhecida para se escolher a temperatura de pré aquecimentocorreta. Ela controlada pelo teor de carbono e de ligas do metal base.

Quanto maior for o teor de carbono do material de base, maior será a temperatura de préaquecimento requerida.

A temperatura de pré aquecimento pode ser determinada em função do carbono equivalente (teoraproximado de outros elementos de liga que produzem a mesma dureza que 1% de carbono).

Quanto maior for o carbono equivalente, maior será a temperatura de pré aquecimento requerida.

A espessura do componente é outro fator importante para se determinar a temperatura de préaquecimento de uma solda..

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Pós aquecimento

Aquecimento da junta soldada imediatamente após a solda ter sido realizada. Raramente é aplicado de forma isolada, sempre quase sempre conjugado com o pré aquecimento.

Tem a mesma função do pré aquecimento.

Mantém a temperatura da peça num nível suficientemente elevado de tal forma que a junta

soldada resfrie lentamente. Resulta numa ductilidade maior na região da solda.

Mais freqüentemente empregado em aços altamente temperáveis, podendo ser empregado em aços

menos temperáveis se for difícil a aplicação de um pré aquecimento adequado devido à dimensãodas peças..

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Alívio de Tensões

Consiste em aquecer uniformemente a peça de maneira a que o limite de escoamento do material

fique reduzido a valores inferiores às tensões residuais.

As tensões residuais em juntas soldadas são causadas pela contração da junta quando esta éresfriada após a soldagem.

Tipicamente o alívio de tensões consiste no aquecimento da peça até em torno de 600°C e em

sua manutenção por uma hora para cada 25 mm de espessura, seguido de resfriamento ao ar até300ºC.

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Normalização

Consiste no aquecimento da peça a uma temperatura acima da zona crítica (usualmente em torno de

60ºC acima da temperatura A3), seguida de resfriamento ao ar. O objetivo é a obtenção de microestrutura mais fina e uniforme.

Os constituintes que se obtem da normalização do aço carbono são ferrita + perlita fina ou cementita+ perlita fina.

As tensões internas são aliviadas, porém a solda não fica com a mesma ductitidade e baixa durezaobtidas com o recozimento pleno.

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Recozimento Pleno

O recozimento pleno leva a peça soldada a uma condição sem tensões e assegura ductilidade e

 baixa dureza da ZF e ZAC. O recozimento consiste no aquecimento da peça acima da zona crítica durante o tempo necessário

 para que toda a microestrutura se austenitize, seguido de um resfriamento muito lento,normalmente dentro do forno.

A microestrutura obtida nos aços carbono é a ferrita + perlita grossa.

Para os aços a temperatura de recozimento é de cerca de 840 a 1000ºC.

Fl d l ld

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Tratamentos TTratamentos Téérmicosrmicos

Fluxo de calor na soldagem

Têmpera e revenimento

A têmpera consiste no aquecimento da peça acima da zona crítica seguido de resfriamento rápido.

O objetivo da têmpera é a obtenção da estrutura martensítica resultando, portanto, o aumento da

dureza e a redução da tenacidade da peça.

O revenimento é o tratamento térmico que acompanha a têmpera.

O revenimento consiste em aquecer o material a temperaturas inferiores à temperatura crítica,manter a essa temperatura durante um intervalo de tempo e resfriar até a temperatura ambiente.

Produz um diminuição da dureza e o aumento da tenacidade.

A microestrutura resultante chama-se martensita revenida..