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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – USF CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA CIVIL FLAVIO HENRIQUE PASCOALOTI DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA NO ESTÁDIO URBANO CALDEIRA - SANTOS F. C. Dezembro de 2006

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – USF

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

ENGENHARIA CIVIL

FLAVIO HENRIQUE PASCOALOTI

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA NO ESTÁDIO

URBANO CALDEIRA - SANTOS F. C.

Dezembro de 2006

FLAVIO HENRIQUE PASCOALOTI

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA NO ESTÁDIO

URBANO CALDEIRA - SANTOS F. C.

Monografia apresentada junto à Universidade São

Francisco – USF como parte dos requisitos para a

aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão

de Curso.

Área de concentração: Estruturas

Orientador: Prof. Dr. André Bartholomeu

Itatiba SP, Brasil

Dezembro de 2006

ii

Aos meus pais, para toda minha família e para minha namorada Natália, dedico

com carinho este trabalho.

iii

AGRADECIMENTOS

Ao concluir este trabalho, meus agradecimentos são primeiramente a Deus, que sem

ele eu não seria nada, por que com certeza ele esta sempre ao meu lado na minha

jornada, a todos professores do curso de engenharia civil da Universidade São

Francisco, que me ajudaram na concretização do presente.

Em especial agradeço meus pais que apoiaram e lutarem para que eu chegasse até

aqui, a minha namorada Natália, todos meus amigos e familiares.

iv

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................Vi

LISTA DE TABELAS.................................................................................................Vi

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS..............................................................Vii

RESUMO.................................................................................................................Viii

PALAVRA-CHAVE...................................................................................................Viii

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................1

1.1 Generalidades .....................................................................................................2

1.2 Histórico...............................................................................................................2

1.3 Objetivo ...............................................................................................................7

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................8

2.1 O aço ...................................................................................................................8

2.1.1 Processo siderúrgico ........................................................................................8

2.2 A construção em aço no Brasil ............................................................................9

2.3 Estruturas metálicas ..........................................................................................10

2.3.1 Campo de aplicação.......................................................................................10

2.3.2 Vantagens das estruturas metálicas...............................................................11

2.3.3 Principais fases na construção de uma obra em estrutura de aço .................12

2.3.4 Fatores que influenciam os custos de uma estrutura .....................................14

2.4 Comparação dos materiais utilizados no estudo ...............................................16

2.4.1 Perfil W ...........................................................................................................16

2.4.2 Perfil I soldado................................................................................................17

3 METODOLOGIA DE PESQUISA.......................................................................19

3.1 Rotina de calculo ...............................................................................................19

3.2 Comparação final...............................................................................................24

4 CONCLUSÕES..................................................................................................27

v

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS. .................................................................28

vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1: Desenho da estrutura metálica em pesquisa (1ª fase)...................................3

Figura 1.2: Içamento das treliças principais através de guindastes (1ª fase). .................4

Figura 1.3: Içamento das treliças principais através de guindastes (1ª fase). .................5

Figura 1.4: Detalhe da montagem da estrutura (1ª fase).................................................5

Figura 1.5: Vista Geral dos camarotes (1ª fase), término da obra...................................6

Figura 1.6: Vista Geral dos camarotes (1ª fase), término da obra...................................6

Figura 2.1: ilustração do perfil W ...................................................................................17

Figura 2.2: ilustração do perfil soldado..........................................................................18

Figura 3.1: Comparação de peso entre o projeto e a pesquisa.....................................25

Figura 3.2: Comparação de valor entre o projeto e a pesquisa.....................................26

vii

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1: Porcentagem de custo de uma obra em estrutura metálica........................16

Tabela 3.1: Resumo de calculo da estrutura .................................................................20

Tabela 3.2: Resumo de perfis W utilizados na estrutura ...............................................24

Tabela 3.3:Resumo de perfis soldados utilizados na estrutura .....................................24

Tabela 3.4: Resumo do calculo dos valores da estrutura..............................................25

viii

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

Letras romanas:

E : módulo de elasticidade

fck: resistência característica do concreto à compressão

Ag = Área bruta da secção

fy = Tensão de escoamento do aço utilizado

Abreviaturas:

VS: Viga soldada

CS: Coluna soldada

CVS: Coluna – viga soldada

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas

ix

RESUMO

Esta pesquisa trata-se de um redimensionamento da estrutura metálica da 2ª fase dos

camarotes do Estádio Urbano Caldeira – Santos Futebol Clube, utilizando perfis

alternativos. O perfil utilizado na estrutura em projeto original foi o perfil W laminado, o

perfil utilizado para o redimensionamento da estrutura na pesquisa foi o perfil soldado.

Foi recalculada toda a estrutura e comparado o peso e custo da mesma, procurando

melhorias da mesma. Finalizado os cálculos, foi determinado que o uso do perfil W

laminado, o perfil da estrutura original é mais viável.

PALAVRAS-CHAVE: Construções metálicas. Perfil soldado. Perfil W.

1

1 INTRODUÇÃO

O aço tem um vasto campo de aplicação nas construções, sendo a sua escolha como

elemento estrutural baseada atualmente em considerações econômicas, funcionais e

estéticas. Nos casos de obras especiais de grandes vãos e de grande altura ele é

geralmente a melhor opção.

A melhor solução de projeto para uma estrutura é aquela que, dentre diversas opções

que preenchem os requisitos técnicos e estéticos, apresenta o menor custo.

Este trabalho apresenta resultados de uma comparação feita em uma estrutura

metálica em projeto, a estrutura é a 2ª fase dos camarotes do estádio Urbano Caldeira

–Santos Futebol Clube, foi feito o redimensionamento da mesma utilizando perfis

metálicos alternativos aos adotados em projeto.

A estrutura em pesquisa é uma ampliação dos camarotes que foi dividida em duas

fases, sendo que a primeira já esta concluída e a segunda está em projeto.

O perfil metálico utilizado na estrutura em projeto já executado é o perfil I de aço

laminado do tipo W, e o perfil utilizado na pesquisa são os perfis I de aço soldado,

chamado VS (viga soldada), CS (coluna soldada) ou CVS (coluna-viga soldada).

2

1.1 Generalidades

Nesta pesquisa foi abordada a comparação entre os dois perfis utilizados na estrutura,

feita uma comparação teórica e uma comparação de cálculo dos perfis, procurando as

vantagens e as desvantagens do perfil I soldado utilizado na presente pesquisa, com o

perfil I laminado, empregado no projeto já calculado.

Foi feito o redimensionamento da estrutura metálica da 2ª fase dos camarotes do

estádio Urbano Caldeira – Santos Futebol Clube, utilizando perfil alternativo, e

comparado, procurando melhorias e redução de custos da mesma.

1.2 Histórico

A estrutura em estudo trata-se de uma estrutura metálica espacial, do tipo caixão, com

oitenta metros de comprimento, com quarenta metros de vão livre, e três metros e meio

de altura. Totalmente projetada com perfil do tipo W laminado.

O projeto dos camarotes do Santos Futebol Clube foi concebido pelo arquiteto José

Francisco Carol juntamente com a diretoria do clube. Este projeto está dividido em

duas fases, sedo que a primeira fase já está concluída e a segunda está em projeto.

Verificou-se a necessidade de construir mais camarotes além dos existentes, mas

esses deveriam ser maiores e mais modernos.

O projeto começou a ser elaborado então em meados de janeiro de 2003.

Os camarotes foram criados para dar maior conforto aos patrocinadores do clube, são

equipados com copa, tv., frigobar.

Na 1ª fase foram construídos sete camarotes resultando um acréscimo de mais

duzentas pessoas aproximadamente no estádio.

Na 2ª fase serão construídos vinte e um camarotes resultando um acréscimo de mais

duzentas pessoas aproximadamente no estádio.

Cabe ressaltar que o número de torcedores que cabem no estádio ainda não é

suficiente e está sendo cogitado um estudo de uma arquibancada para mais quatro mil

torcedores.

A opção em estrutura metálica foi considerada logo de início pelos seguintes aspectos:

• Vencer grande vão livre (40 m);

3

Figura 1.1: Desenho da estrutura metálica em pesquisa.

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W 610 x 155, 0W 610 x 155, 0

W 610 x 155, 0

W 610 x 155, 0W 610 x 155, 0

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W 610 x 155, 0

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W 610 x 155, 0

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W 610 x 155, 0

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W 610 x 155, 0

W 610 x 155, 0

W 610 x 155, 0

W 610 x 155, 0

W 610 x 155, 0

W 610 x 155, 0

X

YZ

• Menor peso da estrutura e conseqüentemente menor carga nas fundações;

• Tempo em relação a execução da obra;

• Altura de 21 metros em relação ao nível do piso.

Dentre outros aspectos a estrutura metálica se enquadrava como a melhor opção. O

tempo da obra da primeira fase durou aproximadamente oito meses.

Tem-se a Fig. 1.1 da estrutura dos camarotes 2ª fase (estrutura em projeto) para

ilustração.

Fonte: Coaço Comércio de Ferro e Aço Ltda - 2006

~ 40 m

~ 40 m

4

São apresentadas as Figs. 1.2, 1.3, 1.4, 1.5 e 1.6 da estrutura dos camarotes (1ª

fase, já concluída) para ilustração.

Figura 1.2: Içamento das treliças principais através de guindastes. (1ª fase)

Fonte: Santos Futebol Clube – Santos – SP - 2006

5

Figura 1.3: Içamento das treliças principais através de guindastes. (1ª fase)

Fonte: Santos Futebol Clube – Santos – SP - 2006

Figura 1.4: Detalhe da montagem da estrutura. (1ª fase)

Fonte: Santos Futebol Clube – Santos – SP - 2006

6

Figura 1.5: Vista Geral dos camarotes (1ª fase), termino da obra.

Fonte: Santos Futebol Clube – Santos – SP - 2006

Figura 1.6: Vista Geral dos camarotes (1ª fase), termino da obra.

Fonte: Santos Futebol Clube – Santos – SP - 2006

7

1.3 Objetivo

O objetivo desta pesquisa é comparar a estrutura metálica em projeto, da 2ª fase

dos camarotes do estádio Urbano Caldeira – Santos Futebol Clube, utilizando perfis

metálicos alternativos, procurando melhorias e redução de custos.

8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 O aço

O aço é um dos mais importantes materiais para o uso em estruturas, seja isolado

ou trabalhando em conjunto com outros materiais, como o concreto e a madeira.

A propriedades mais importantes é a sua alta resistência, quando comparada com

outros materiais e a ductilidade, que é a capacidade de se deformar

substancialmente antes da ruptura.

O aço é o produto do refinamento do minério de ferro e da sucata, que junto com

outros agentes como o coke e o oxigênio em altos-fornos, produzem grande massa

de ferro chamado “ferro-gusa”.

O ferro é posteriormente refinado para a remoção de excessos de carbono e outras

impurezas e o adicionamento de outros metais tais como: cobre, níquel, manganês,

molibdênio, fósforo, silício, enxofre, titânio, vanádio, nióbio etc, para desenvolver

uma resistência desejada, a ductilidade, a soldabilidade e/ ou outras características

como a resistência à corrosão.

2.1.1 Processo siderúrgico

É o processo de obtenção do aço, desde a chegada do minério de ferro até o

produto final a ser utilizado no mercado, em diferentes setores.

O aço pode ser definido como uma liga metálica composta principalmente de ferro e

de pequenas quantidades de carbono (de 0,002% até 2,00%, aproximadamente),

com propriedades específicas, sobretudo de resistência e de ductilidade, muito

importantes para as suas aplicações na engenharia civil.

A obtenção do aço, na forma de chapas, perfis e bobinas (chapas finas enroladas

em torno de um eixo), a partir de minério de ferro e de carvão mineral, decorre de

uma série de operações de transformações metalúrgicas e de conformações

mecânicas.

Em linhas gerais, a fabricação do aço compreende o aproveitamento do ferro contido

no minério de ferro, pela eliminação progressiva das impurezas deste último. Na

9

forma líquida, já isento das impurezas do minério, o aço recebe adições que lhe dão

as características desejadas, sendo então solidificado e preparado para a forma

requerida.

Pode-se resumir o processo de fabricação do aço em quatro grandes etapas:

a) Preparo das matérias-primas (coqueria e sinterização);

b) Produção de gusa (alto-forno);

c) Produção de aço (Aciaria);

d) Conformação mecânica (laminação).

Nos aços utilizados na construção civil, o teor de carbono é da ordem de 0,18 a

0,25%.

Em sua composição, o aço contém certos elementos residuais (enxofre, silício,

fósforo, etc.), resultantes do processo de fabricação e também outros elementos de

liga (cromo, manganês, níquel, etc.) propositadamente adicionados a liga ferro-

carbono para alcançar propriedades especiais. As propriedades dos aços, no

entanto, não dependem da sua composição química. Além dela, características ditas

microestruturais, resultantes de tratamentos térmicos, de deformação mecânica e da

velocidade de solidificação, conferem propriedades físicas, mecânicas e químicas

adequadas as suas diversas aplicações.

Para utilização em estruturas metálicas são empregadas ligas ferro-carbono,

geralmente denominados aços-carbono de baixa liga. Estes aços contêm pequenos

teores, inevitáveis e as vezes até desejáveis, de outros elementos, tais como

manganês e silício. São comercializados com base em sua resistência mecânica e

não necessitam, em geral, de nenhum tratamento térmico após a laminação.

2.2 A construção em aço no Brasil

O advento da primeira guerra mundial produziu profundas alterações no panorama

da construção em geral, refletindo-se no Brasil pela dificuldade de se conseguir

material importado. Com o término da guerra, os materiais originariamente

importados da Europa passam a vir, preferencialmente, dos EUA e a nossa

produção de gusa não passava de 10 mil toneladas.

10

Foi na década de 20 do século passado que o Brasil começou realmente a

desenvolver sua incipiente indústria siderúrgica, com a criação da Companhia

Siderúrgica Belgo Mineira. Nesta mesma década, considerando-se também a

produção de outras pequenas fundições, nossa produção atingiu a casa de 35 mil

toneladas. No final do decênio, já alcançava a casa de 96 mil toneladas.

Em 1940, foi instituída no Brasil a comissão executiva do plano siderúrgico nacional,

e em plena segunda guerra mundial foi fundada a COMPANHIA SIDERÚRGICA

NACIONAL (CSN), que entrou em operação em 12 de outubro de 1945, com a

finalidade de produzir chapas, trilhos e perfis, nas bitolas americanas. Para

consolidar o mercado, entraram em operação na década de 60 do século passado

as usinas da Usiminas e Cosipa, para produção de chapas, e mais recentemente a

entrada da Açominas para produção de perfis laminados de abas paralelas. A partir

daí grandes expansões foram realizadas no setor siderúrgico, produzindo o Brasil,

nos dias atuais, perto de 25 milhões de toneladas de aço. O Brasil, que até a

década de 70 do século passado ainda importava, passou a exportar, devido ao

baixo consumo interno.

Para ajudar a difundir o uso do aço nas construções, a Companhia Siderúrgica

Nacional criou em 1953, como um dos seus departamentos, a FEM – Fabrica de

Estruturas Metálicas (desativada em 1998), que iniciou a formação de mão-de-obra

especializada, bem como do ciclo completo de produção das estruturas metálicas.

2.3 Estruturas metálicas

2.3.1 Campo de aplicação

As estruturas metálicas podem ser usadas em quase todos os tipos de construções

civis, industriais e viárias.

As principais aplicações das estruturas metálicas são:

• Pontes rodoviárias;

• Pontes ferroviárias;

• Edifícios industriais;

• Edifícios comerciais;

11

• Edifícios residenciais;

• Galpões;

• Hangares, garagens e estações;

• Coberturas de grandes vãos em geral;

• Torres de transmissão e sub-estações;

• Torres para antenas;

• Chaminés industriais,

• Plataformas;

• Construção naval;

• Construção hidro-mecânicas;

• Silos industriais;

• Vasos de pressão;

• Guindastes e pontes rolantes;

• Instalações para exploração e tratamento de minério;

• Parques de diversão. Etc.

2.3.2 Vantagens das estruturas metálicas

As principais vantagens das estruturas em aço são:

• Alta resistência do aço em comparação com outros materiais;

• O aço é um material homogêneo de produção controlada;

• As estruturas são produzidas e fabricadas por processos industrializados

seriados, cujo efeito de escala favorece a menores prazos e menores custos;

• Os elementos das estruturas metálicas podem ser desmontados e substituídos

com facilidade e permitem também reforçar quando necessário;

• A possibilidade de reaproveitamento do material que não seja mais necessário a

construção;

12

• Menor prazo de execução se comparado com outros materiais.

Pelas vantagens expostas, o simples emprego de estruturas metálicas substituindo

os elementos de concreto armado e mantendo todo o restante do acabamento da

obra nos processos e padrões usuais, já altera radicalmente o planejamento da obra

e traz consigo um novo “processo construtivo”, como demonstrado abaixo:

a) Menor custo de administração: Devido ao número de operários, menor prazo de

obra e uma redução substancial dos gastos com limpeza da obra (retirada de

entulho);

b) Economia nas fundações: Devido a menor peso da estrutura em aço (o

esqueleto metálico pesa em media dez vezes menos que o de concreto),

possibilitando uma redução do número de estacas por base e/ ou do número de

bases com o emprego de vãos maiores;

c) Menor consumo de revestimento: Devido a maior precisão de fabricação das

estruturas metálicas (milímetros e não centímetros), haverá uma redução

significativa nas espessuras dos revestimentos (emboço e reboco);

d) Rapidez na execução: Pela possibilidade de superposição de diversas atividades

na obra, bem como um número maior de frentes para a mesma atividade;

e) Maior lucratividade do investimento: Devido a maior velocidade de giro do capital

investido e a maior área útil com elementos estruturais de menores dimensões.

Estas vantagens poderão ser ainda incrementadas se associarmos a uma

arquitetura voltada para a estrutura metálica e a utilização de outros componentes

industrializados.

2.3.3 Principais fases na construção de uma obra em estrutura de aço

Uma obra com estrutura metálica é o resultado de um sistema industrializado, que

se inicia no projeto arquitetônico, na construção civil ou no projeto básico na

industria, continua no projeto estrutural definitivo, passa pelo detalhamento do

projeto (desenho de oficina), fabricação, limpeza e pintura, seguido pelo transporte,

montagem e da proteção contra o fogo se necessária.

A seqüência abaixo mostra a integração das fases para a produção das estruturas

metálicas:

13

a) Arquitetura: Onde é desenvolvido todo o estudo da obra, materiais de

acabamento, dimensões, características de ventilação, iluminação, formato,

etc. Uma arquitetura desenvolvida para o aço torna este material mais

competitivo, tirando partido da sua melhor resistência e menores dimensões

das seções transversais dos perfis etc.

b) Projeto estrutural: onde se dá corpo ao projeto arquitetônico, calculando-se os

elementos de sustentação, ligações principais, tipos de aço, cargas nas

fundações, especificando se a estrutura será soldada ou parafusada na

montagem. É uma das etapas mais importantes, pois um projeto mal elaborado

pode causar prejuízo econômico ao fabricante e ao construtor. Nesta fase é

gerada uma lista básica de material, com peso total previsto para a estrutura.

c) Detalhamento: Nesta fase o projeto estrutural é detalhado peça por peça,

dentro das recomendações do projeto, indicando o tipo de ligação, se

parafusada ou soldada, procurando agrupar ao Maximo as peças, isso tudo

visando atender ao cronograma de fabricação e montagem. Fornece ainda os

diagramas de montagem com posicionamento das peças na estrutura para

orientação dos serviços de campo.

d) Fornecimento e fabricação: Inclui o conjunto de todos os materiais necessários

para a confecção das peças e a fabricação das mesmas de acordo com os

desenhos de detalhe, seguindo as recomendações do projeto e as

observações contidas nos desenhos de detalhe.

e) Limpeza e proteção: Após a fabricação, as peças que vão compor a estrutura

são preparadas quando necessário para receber proteção contra a corrosão.

Após a limpeza, a estrutura deve ser pintada ou mesmo deixada em estado

natural, se for em aços tipo ASTM A 588, como COR420, COSARCOR ou USI

SAC, se a arquitetura assim o determinar ou se a estrutura vai receber

proteção contra a ação do fogo por meio de argamassas.

f) Transporte: É preciso, já na fase inicial de projeto e detalhamento, indicar o

tamanho das peças, procurando dentro do possível evitar o transporte especial.

Esta fase inclui também a conferência dos materiais embarcados e o

fornecimento dos meios de transporte ate o local de montagem, com

providências fiscais, licenças e seguros.

14

g) Montagem: É aonde as peças vão se juntar, uma a uma, para compor a

estrutura. Inclui os serviços de descarga, conferência e armazenamento das

estruturas no canteiro de obra, conferência das bases, mão-de-obra de

montagem, supervisão e responsabilidade técnica, ferramentas e

equipamentos.

Eventualmente será executada a pintura de acabamento ou simplesmente

retoques na mesma.

É o coroamento de toda a obra, é quando sabemos se houver ou não um bom

projeto.

h) Proteção contra fogo: De acordo com o tipo de ocupação e altura da estrutura é

feita uma verificação de acordo com as normas vigentes para saber se há

necessidade de proteção passiva das estruturas de aço a ação do fogo em caso

de incêndio, e qual o material a ser empregado.

2.3.4 Fatores que influenciam os custos de uma estrutura

Tradicionalmente o aço tem sido vendido por tonelada e, conseqüentemente,

discutindo-se o custo de uma estrutura de aço, impõe-se à formulação de seus

custos por tonelada de uma estrutura acabada. Só que se ignora o fato de grande

número de fatores ter influência significativa no custo final, por tonelada, de uma

peça acabada. No projeto, detalhe, fabricação e montagem de uma estrutura de

aço, os seguintes fatores influenciam o custo de uma estrutura:

• Seleção do sistema estrutural (por exemplo, se a estrutura será totalmente

aporticada ou contraventada, se a coluna será engastada ou rotulada etc.);

• Projeto dos elementos estruturais individuais (vigas de perfil de alma cheia, viga

mista, treliça etc.);

• Projeto e detalhe das ligações (ligações a momento, com chapa de extremidade,

com cantoneiras parafusadas etc.);

• Processo a ser usado na fabricação (se automatizado, soldado ou parafusado);

• Especificação para fabricação e montagem (se dentro dos padrões usuais ou

não);

15

• Sistema de proteção á corrosão (dependendo do tipo de limpeza e qualidade da

tinta);

• Sistema a ser usado na montagem (se com o uso de guindastes ou outro tipo);

• Sistema e tempo de proteção passiva contra fogo (se argamassa, tinta

intumescente etc., para trinta, tempo de resistência ao fogo).

A seleção do mais eficiente sistema estrutural compatível com o processo de

fabricação é fundamental para se otimizar os custos. Economia na fabricação e

montagem só é possível como resultado de ligações bem elaboradas durante a fase

de detalhamento, de acordo com as premissas de projeto. A especificação é que a

maior influência tem nos custos de fabricação e montagem, onde se determinam a

qualidade do material e as tolerâncias requeridas. Outro item importante é a

proteção contra a corrosão, que em muitos casos pode chegar a ate 30% do valor

da estrutura.

Se o projeto e o detalhamento não são executados pelo fabricante, e este é

desconhecido, é importante deixar alternativas no projeto para uso de ligações

soldadas ou parafusadas, ou então, o detalhamento propor soluções alternativas de

acordo com a sua fabricação.

Em geral, o custo de uma estrutura metálica pode ser apresentado da seguinte

maneira:

16

Tabela 2.1- Porcentagem de custo de uma obra em estrutura metálica

Projeto estrutural 1% a 3%

Detalhamento 2% a 5%

Material e insumos 20% a 50%

Fabricação 20% a 40%

Limpeza e pintura 10% a 30%

Transporte 1% a 3%

Montagem 20% a 35%

Proteção passiva contra incêndio 10% a 20%

Fonte: BelleI et. al

Além dos custos por toneladas que é o mais tradicional, um outro método comum e

talvez mais apropriado para este tipo de construção é o custo por metro quadrado.

2.4 Comparação dos materiais utilizados no estudo

A grande diferença entre o perfil W laminado com o perfil I soldado está no

processo de fabricação, pois em termos de resistência mecânica não os difere.

2.4.1 Perfil W

Os perfis laminados seguem o mesmo processo utilizado para os produtos

laminados planos, com o material proveniente do lingotamento contínuo passando-

se diretamente para a perfilação, na qual laminadores com cilíndros conformadores

vão esboçando os perfis por meio de uma sucessão de passes. Na seqüência, um

laminador de acabamento dará a conformação final ao perfil.

A oferta de perfis laminados estruturais de padrão americano fabricado no Brasil é

bastante restrita, uma vez que os principais fornecedores desses produtos como a

CSN – Companhia Siderúrgica Nacional e a Cofavi – Ferro e Aço de Vitória, por

razões distintas, deixaram de produzi-los. A CSN já não os fabrica desde 1995.

17

Alem disso, os perfis laminados de padrão americano de abas inclinadas

apresentam também limitações quanto à disponibilidade de tipos e a variedade de

tamanhos nominais. Atualmente, esses perfis podem ser encontrados no mercado,

fabricados pela Belgo Mineira e a Gerdau, disponíveis em aço ASTM A -36, ASTM

A-572 (alta resistência mecânica), e ASTM A-588 (alta resistência mecânica e a

corrosão).

Figura 2.1: ilustração do perfil W

Especificação: W 610 x 155,0

W = tipo do perfil;

610 = Altura em milímetros;

155,0 = Massa por metro (kg/m).

2.4.2 Perfil I soldado

Os perfis estruturais soldados são aqueles obtidos pelo corte, composição e

soldagem de chapas planas de aço, permitindo grande variedade de formas e

dimensões de seções.

Esses perfis são fabricados no Brasil pela Usiminas.

Os perfis soldados são classificados em séries, de acordo com a sua utilização na

estrutura.

• Serie VS: compreende os perfis soldados para vigas, em que 2 < d/bf < 4.

18

• Serie CVS: compreende os perfis soldados para vigas e pilares, em que 1 < d/bf

< 1,5.

• Serie CS: compreende os perfis soldados para pilares, em que d/bf = 1.

d - altura do perfil

b f - largura da mesa

t w -espessura da alma

t f - espessura da mesa

ec - espessura do cordão de solda

Figura 2.2: ilustração do perfil soldado

Especificação: VS 350 x 46

VS = tipo do perfil;

350 = Altura em milímetros;

46 = Massa por metro (kg/m).

19

3 METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1 Rotina de calculo

Os cálculos foram feitos conforme norma NBR 8800 (ABNT,1986), segue abaixo

roteiro de cálculo para dimensionamento da estrutura.

Peças submetidas a compressão simples:

• Determinação do valor de λ:

λ= K . L/ r (3.1)

onde:

L = comprimento nominal da peça;

r = raio de giração da secção;

K = constante relativa à condição de vinculo da peça.

Quando a peça é apoiada nas duas extremidades, K é igual a 1,0.

Quando a peça é engastada apenas em uma extremidade, K é igual a 2,1.

Quando a peça é engastada nas duas extremidades, k é igual a 0,7.

• Determinação do valor de λo, de acordo com o tipo de aço utilizado:

Como o aço utilizado no projeto é o ASTM A-572 λo calculado da seguinte forma.

λo= λ / 77 (3.2)

• De acordo com a secção da peça e através do quadro de classificação das

curvas de flambagem, é determinada a curva de flambagem a ser utilizada.

• Através da curva de flambagem escolhida e com o valor de λo, é determinado ρ.

• Calcula-se finalmente a carga resistente de cálculo da seção, através da

expressão:

Nrd = ρ . Ag . fy / 1,12 (3.3)

Onde:

20

Ag = Área Bruta da secção;

fy = tensão de escoamento do aço utilizado.

Peças fletidas:

• Calculo de Wmin que a seção deve possuir, segundo o eixo solicitado.

Wmin = Md / fy / 1,12 (3.4)

Onde:

Md = momento aplicado na peça.

• Com os valores de Wmin, foi escolhido o perfil que satisfaça as duas condições.

Os dados como as reações e esforços, para o redimensionamento da estrutura em

estudo, foram recolhidos da estrutura já calculada, as variações no peso próprio da

estrutura não esta sendo considerada.

Foram calculadas oitenta e uma barras, as mais solicitadas da estrutura em estudo.

Abaixo segue Tab. 3.1 de resumo dos cálculos da estrutura em estudo:

Tabela 3.1: Resumo de cálculo da estrutura

TENSÃO MÁXIMA BARRAS COMP (m)

N(tf) Mx(tf.m) My(tf.m)

PERFIL DE

PROJETO

PERFIL

CALCULADO

PERFIL

UTILIZADO

2/3 1,5 67,94 -0,45 62,32 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

5/6 1,5 50,27 1,47 60,79 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

8/9 1,5 31,26 0,68 50,58 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

9/12 3,5 167,09 3,16 0,80 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

15/18 3,5 177,33 3,23 1,06 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

18/21 3,5 179,3 3,23 1,06 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

35/36 1,5 76,72 -7,12 7,78 W 610 X 155 CVS 400 X 87 CVS 400 X 103

38/39 1,5 64,90 -3,56 9,67 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

41/42 1,5 49,32 -1,55 9,62 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

21

TENSÃO MÁXIMA BARRAS COMP (m)

N(tf) Mx(tf.m) My(tf.m)

PERFIL DE

PROJETO

PERFIL

CALCULADO

PERFIL

UTILIZADO

44/45 1,5 31,56 -1,22 8,05 W 610 X 155 CVS 400 X 87 CVS 400 X 103

45/81 3,5 251,13 5,22 1,13 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

46/47 2 71,95 -0,2 64,72 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

47/48 1,5 70,62 0,2 64,72 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

50/51 1,5 52,09 0,54 63,44 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

53/54 1,5 33,34 -1,58 53,49 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

83/84 1,5 84,96 -3,58 8,32 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

87/93 3,5 270,13 -5,38 1,54 W 610 X 155 VS 600 X 140 VS 600 X 140

89/90 1,5 65,31 -1,14 10,02 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

93/99 3,5 260,41 5,18 1,17 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

95/96 1,5 47,79 -2,58 9,65 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

101/102 1,5 30,12 4,00 7,87 W 610 X 155 CVS 400 X 87 CVS 400 X 103

102/108 3,5 257,51 5,42 1,12 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

103/104 2 15,37 19,56 -60,45 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

104/105 1,5 43,08 19,56 60,45 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

109/110 2 15,31 21,74 -73,74 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

110/111 1,5 61,66 21,74 -73,82 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

115/116 2 80,53 24,40 -75,05 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

116/117 1,5 79,98 24,39 -75,05 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

120/123 3,5 261,27 5,29 1,14 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

125/126 1,5 43,91 16,56 -63,40 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

126/129 3,5 175,61 3,77 0,62 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

127/128 2 15,28 21,16 -76,17 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

128/129 1,5 62,17 21,16 -76,17 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

130/131 2 81,58 24,81 -77,29 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

3/6 3,5 86,20 desc. desc. W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

6/9 3,5 140,72 -1,92 0,67 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

22

TENSÃO MÁXIMA BARRAS COMP (m)

N(tf) Mx(tf.m) My(tf.m)

PERFIL DE

PROJETO

PERFIL

CALCULADO

PERFIL

UTILIZADO

12/15 3,5 188,05 -3,36 0,82 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

21/24 3,5 140,23 -2,15 0,69 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

24/27 3,5 73,35 1,52 0,27 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

27/30 3,5 26,54 -3,09 -1,43 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

30/33 3,5 desc. desc. Desc. W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

33/36 3,5 desc. desc. Desc. W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

36/39 3,5 desc. desc. Desc. W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

39/42 3,5 116,11 2,62 0,58 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

42/45 3,5 197,62 -3,92 0,89 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

81/87 3,5 269,62 5,38 1,54 W 610 X 155 VS 600 X 140 VS 600 X 140

99/105 3,5 220,91 -4,69 1,01 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

105/111 3,5 177,12 3,23 0,69 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

111/117 3,5 105,36 -1,67 0,52 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

4/5 2 15,48 1,47 60,79 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

49/50 2 15,49 0,54 60,44 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

7/8 2 15,35 0,68 50,58 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

52/53 2 15,33 -1,58 53,49 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

10/11 2 14,48 1,07 3,23 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

55/56 2 14,49 -1,15 3,52 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

1/2 2 68,56 -0,45 62,32 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

124/125 2 15,42 16,56 -63,40 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

48/51 3,5 86,21 0,00 0,00 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

51/54 3,5 142,39 -2,66 0,56 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

54/57 3,5 167,92 3,23 0,77 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

57/60 3,5 190,79 -3,45 0,84 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

60/63 3,5 181,86 3,34 1,06 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

63/66 3,5 182,05 3,34 1,06 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

23

TENSÃO MÁXIMA BARRAS COMP (m)

N(tf) Mx(tf.m) My(tf.m)

PERFIL DE

PROJETO

PERFIL

CALCULADO PERFIL UTILIZADO

66/69 3,5 146,82 -2,91 0,64 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

69/72 3,5 146,82 -2,91 0,64 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

72/75 3,5 14,97 4,9 -1,22 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

75/78 3,5 143,98 4,9 -1,22 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

78/84 3,5 132,57 2,99 -1,25 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

84/90 3,5 16,56 2,99 -1,25 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

90/96 3,5 129,24 3,02 0,58 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

96/102 3,5 209,22 -4,34 0,98 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

108/114 3,5 273,57 -5,53 1,58 W 610 X 155 VS 600 X 140 VS 600 X 140

114/120 3,5 273,6 -5,53 1,58 W 610 X 155 VS 600 X 140 VS 600 X 140

123/126 3,5 221,64 -5,21 1,04 W 610 X 155 VS 600 X 125 VS 600 X 140

129/132 3,5 106,62 -1,96 0,53 W 610 X 155 VS 600 X 95 VS 600 X 140

11/12 1,5 13,86 1,07 3,23 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

56/57 1,5 15,55 -1,14 3,52 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

98/99 1,5 24,01 4,56 -3,69 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

122/123 1,5 25,42 1,51 -4,04 W 610 X 155 CVS 400 X 103 CVS 400 X 103

131/131 1,5 80,54 24,81 -77,29 2 W 610 X 155 CS 600 X 305 CS 600 X 305

A Tab. 3.1 resume todo o calculo do redimensionamento da estrutura, contendo

nela o número da barra, o comprimento, a tensão máxima, sendo a normal e o

momento, perfil utilizado no projeto original, o perfil calculado na pesquisa e o perfil

utilizado na pesquisa.

Foi visto que o calculista optou por repetir os perfis, para evitar erros tanto na

fabricação quanto na montagem da estrutura. Sendo assim, no redimensionamento,

também foram repetidos os perfis, mesmo que em alguns casos as tensões foram

pequenas, portanto foi utilizado o perfil de maior resistência.

24

Exemplo:

Barra 9/12 o perfil calculado foi o VS 600 x 95 e o perfil utilizado foi o VS 600 x 140.

3.2 Comparação final

Após o término de todo o cálculo estrutural, foi calculado o peso da estrutura. O

perfil utilizado na estrutura em projeto, o perfil W é comercializado em barras de

seis ou doze metros, já o perfil utilizado na pesquisa é comercializado no tamanho

que o comprador necessitar, tendo um tamanho máximo de doze metros.

• Comparação de peso:

Para as oitenta e uma barras calculadas, a quantidade de barras de perfil W

necessárias para estrutura em projeto foi:

Tabela 3.2: Resumo de perfis W utilizados na estrutura

Perfil nº de barras Peso Total (kg)

W 610 x 155 15 barras com 6,00 metros 13950

W 610 x 155 13 barras com 12,00 metros 24180

Peso total é de 38.130 kg.

Para as oitenta e uma barras calculadas, a quantidade de barras de perfis soldados

necessários para estrutura em projeto foi:

Tabela 3.3: Resumo de perfis soldados utilizados na estrutura

Perfil nº de barras Peso Total (kg)

CS 600 x 305 12 barras com1,50 metros 5490

CS 600 x 305 12 barras com 2,00 metros 7320

VS 600 x 140 42 barras com 3,50 metros 20580

25

Perfil nº de barras Peso Total (kg)

CVS 400 x 103 12 barras com1,50 metros 1854

CVS 400 x 103 2 barras com 2,00 metros 412

Peso total é de 35.656 kg.

34000

36000

38000

40000

Peso (kg)

Comparação de peso entre o projeto e a pesquisa

Projeto

Pesquisa

Figura 3.1: Comparação de peso entre o projeto e a pesquisa

Comparando o peso da estrutura original com a pesquisa, foi visto que o projeto

original é 7% em média, mais pesado que a pesquisa.

26

• Comparação de custos da estrutura:

Tabela 3.4: Resumo do cálculo dos valores da estrutura

Estrutura Peso (kg) R$ / kg Valor total

Projeto 38130 R$ 2,95 R$ 112.483,50

Pesquisa 35656 R$ 3,65 R$ 130.144,40

R$ 100.000,00R$ 110.000,00R$ 120.000,00R$ 130.000,00R$ 140.000,00

Valor total

Comparação de valor entre o projeto e a pesquisa

Projeto

Pesquisa

Figura 3.2: Comparação de valor entre o projeto e a pesquisa

Comparando o valor total da estrutura original com a pesquisa, foi visto que o

projeto original tem um custo, em média 16%, menor que a pesquisa.

27

4 CONCLUSÕES

Esta pesquisa teve como finalidade redimensionar a estrutura metálica em projeto,

esta estrutura é a 2ª fase dos camarotes do estádio Urbano Caldeira - Santos

Futebol Clube.

Conforme visto na pesquisa, foi concluído que não é viável o uso do perfil soldado

na estrutura metálica em estudo, mesmo que utilizando o perfil soldado a estrutura

seja mais leve, o custo não é viável.

Conforme visto, no projeto original, toda estrutura utiliza um mesmo tipo de perfil,

facilitando tanto a fabricação como a montagem da estrutura. Utilizando perfil

soldado, varia muito o tipo de perfil, podendo ocorrer erros tanto na fabricação

quanto na montagem da estrutura.

Sendo assim conclui-se também, que o projetista escolheu bem o perfil a ser

utilizado na estrutura.

28

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT ( NBR 8800:1986) -

Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios, de 1986

BELLEI H. ILDONY et. al – Edifícios de múltiplos andares em aço – Ed. Pini

Apostila do curso de estruturas metálicas – Universidade São Francisco - 2006

DIAS, ANDRADE DE MATTOS Luís – Estruturas de aço conceitos, técnicas e

linguagem – Ed. Zigurate, São Paulo, 2000.