fitoterapia para nutricionistas ii

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    PROGRAMA DE EDUCAO CONTINUADA A DISTNCIAPortal Educao

    CURSO DE

    FITOTERAPIA PARA

    NUTRICIONISTAS

    Aluno:

    EaD - Educao a Distncia Portal Educao

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    CURSO DE

    FITOTERAPIA PARANUTRICIONISTAS

    MDULO II

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos para estePrograma de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao ou distribuiodo mesmo sem a autorizao expressa do Portal Educao. Os crditos do contedo aqui contidoso dados aos seus respectivos autores descritos nas Referncias Bibliogrficas.

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    MDULO II

    3 FITOCOMPOSTOS

    So definidos como compostos qumicos biologicamente ativos de

    ocorrncia natural nos alimentos vegetais. Podem ser subdivididos em Fitoqumicos

    e Fito-hormnios.

    3.1 FITOQUMICOS

    Os fitoqumicosso substncias que agem no metabolismo secundrio dasplantas. Eles oferecem proteo contra ataques de insetos e doenas aos vegetais,

    regulam o crescimento, apresentando tambm vrios benefcios sade humana.

    Mesmo no tendo funo nutricional e, assim, no sendo considerados essenciais

    para a sade, apresentam grande impacto devido a seu efeito protetor e teraputico

    em algumas doenas.

    Sua ingesto mdia de 1g a 1,5g ao dia, aproximadamente, numa dieta

    contendo frutas, verduras, ch e vinho tinto. Os principais grupos desses compostosso os alcaloides (piperidna, piridina, quinolena, isoquinelena, pirrolidina, indol,

    imidazol, tropano), os terpenos (carotenoides, limonoides, fitoesteris, saponinas) e

    os fenis (cidos fenlicos, polifenis, flavonoides).

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    3.1.1 Alcaloides

    Alcaloides so compostos orgnicos possuindo nitrognio ligado ao anel

    heterocclico, funcionando como produto de excreo, agindo como reserva de

    nitrognio, o que atribui suas propriedades alcalinas. Tm um importante papel na

    regulao do crescimento e defesa da planta, localizando-se nas folhas, sementes,

    caules e razes.

    Desde a poca dos alquimistas, esses compostos sempre foram utilizados.

    Eles no tinham o domnio das frmulas estruturais, porm conheciam as

    propriedades e os atributos destes compostos.

    Trata-se de compostos com caractersticas muito peculiares, em que seus

    constituintes e propriedades qumicas unem-se a uma elevada toxicidade, sendo

    usados na fabricao de frmacos. Alguns so excelentes remdios, porm outros

    potentes venenos naturais.

    Atuam no sistema nervoso central e autnomo, cujas principais aes

    teraputicas so: anestsica, analgsica, neurodepressoras e psicoestimulantes,

    tendo como exemplo a morfina, cafena, atropina e quinina. Alguns podem

    apresentar efeitos cancergenos, j outros, antitumorais.

    Os nomes mais comuns, geralmente possuem o sufixo ina: cafena (do

    caf), cocana (da coca), pilocarpina (do jaborandi), papaverina, morfina, herona,

    codena (da papoula), papana (do mamo) etc.

    3.1.2 Salicilatos

    Os salicilatos contm salicina, possuindo ao antipireica, analgsica e anti-

    inflamatria, sendo bastante utilizados, principalmente em crianas. No mercado

    comum encontrar o cido acetilsaliclico (AAS) associado a anti-histamnicos,descongestionantes nasais sistmicos, cafena, entre outros frmacos.

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    Eles atuam no centro termorregulador do hipotlamo, tendo ao

    antipirtica, porm no possuem ao hipotrmica na temperatura corprea normal.

    Como exemplo de vegetais fontes de salicilatos temos o salgueiro, agautria e a btula.

    3.1.3 Antraquinonas

    So geralmente compostos alaranjados, algumas vezes observados in

    situ,como nos raios parenquimticos do ruibarbo e da cscara-sagrada. Podem ser

    encontrados nos frmacos sob a forma livre ou de glicosdeo.

    Possuem efeito purgativo, uma vez que estimulam os movimentos

    peristlticos por volta de 8 a 12 horas depois de ingeridos, sendo utilizados

    terapeuticamente como laxativos e catrticos. Possui efeito colateral negativo, como

    a diminuio da absoro de eletrlitos. So encontrados em plantas como sene e

    cscara-sagrada.

    Devem ser tomados em nica dose, noite, durante curtos perodos

    (inferiores a 15 dias), uma vez que podem viciar, sendo contraindicado para

    gestantes e crianas com menos de 10 anos.

    3.1.4 Taninos

    So substncias adstringentes e hemostticas, sendo que suas aplicaes

    teraputicas esto relacionadas com essas propriedades. So utilizados

    principalmente na indstria de curtume e de tintas e em laboratrios para detectar

    protenas e alcaloides. Tambm so empregados como antdotos em

    envenenamento por plantas alcalodicas.

    Seu uso interno promove efeito antidiarreico e antissptico. J o uso externo

    permite a impermeabilizao das camadas mais expostas da pele e mucosas, com

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    efeito protetor das camadas mais subjacentes. Tambm possui efeito antimicrobiano

    e antifngico ao precipitarem protenas.

    As principais fontes de taninos so: barbatimo, hamamelis, goiabeira, vtisvinfera e espinheira-santa (folhas de Maytenus sp., Celastraceae).

    Altas doses podem desencadear irritao nas mucosas, porm pequenas

    doses podem proteg-la, uma vez que as torna impermeveis. Em mucosas

    danificadas, atuam como cicatrizantes e antisspticas.

    3.1.5 Glicosdeos

    So substncias qumicas formadas por molculas deglcido - glicdeos,

    gliconas ou "oses" (geralmente ummonossacardeo)- e um composto no glucdico,

    tambm chamado de aglicona.

    So tambm conhecidos por "heterosdeos", podendo desempenhar

    importantes funes nos organismos vivos.

    As plantas biossintetizam uma gama enorme de glicosdeos, subdivididos

    em quatro grandes categorias conforme o tipo detomo da aglicona que se adere a

    uma glicona atravs de ligao glicosdica (perdendo umamolcula de gua), que

    so: O-, C-, N- e S-glicosdeos, sendo os O-glicosdeos os mais comuns.

    Os glicosdeos so subdivididos em classes, podendo ser citados os

    cardiotnicos,os fenlicos e osantraquinnicos.

    Muitos so utilizados na teraputica, sendo altamente especficos no

    msculo cardaco, estando presentes em plantas medicinais, tais como os

    cardiotnicos, destacando-se adigitoxina isolada de espcies do gneroDigitalis,no

    caso aD. purpurea,conhecida como dedaleira e adigoxina,isolada de D. lanata.

    Porm, possuem efeito cumulativo e podem ser txicos, alm de aumentar o

    dbito cardaco e diminuir a frequncia cardaca.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%BAcidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Monossacar%C3%ADdeohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cardioglicos%C3%ADdeohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Antraquinonahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plantas_medicinaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitoxinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalis_purpureahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalis_purpureahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalis_purpureahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digoxinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digoxinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalis_purpureahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Digitoxinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plantas_medicinaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Antraquinonahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cardioglicos%C3%ADdeohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Monossacar%C3%ADdeohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%BAcido
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    3.1.6 Saponinas

    Saponinas so glicosdeos de esteroides ou terpenos policclicos, e seu

    nome deriva do latim sapone= sabo. Tem propriedade detergente e emulsificante e

    efeito hemoltico. Em soluo aquosa, formam uma espuma estvel ao de

    cidos minerais diludos, o que a diferencia dos sabes comuns. Isso ocorre como

    nos outros detergentes, pelo fato de terem em sua estrutura uma parte lipoflica,

    denominada aglicona e uma parte hidroflica formada por um ou mais acares.

    Possuem elevada massa molecular (600 a 2000) e, geralmente ocorrem em

    misturas complexas devido presena concomitante de estruturas com uma variada

    quantidade de acares ou tambm devido presena de diversas agliconas.

    Os vegetais fontes de saponinas so utilizados devido sua ao

    mucoltica, depurativa e diurtica, como, por exemplo, a prmula, o ginseng e a erva-

    mate. Alm disso, possuem efeito laxativo e expectorante. Contudo, a fervura pode

    reduzir sua biodisponibilidade.

    3.1.7 Flavonoides

    So encontrados geralmente na parte area da planta, uma vez que

    participam na fase que depende da luz durante a fotossntese, no sendo

    encontrados apenas em organismos de origem marinha.

    Os flavonoides protegem o vegetal contra agentes oxidantes (raios

    ultravioletas,substncias qumicas presentes nosalimentos,poluio).

    So obtidos na dieta humana pelos alimentos como frutas, legumes,

    verduras e tambm no ch de ervas, no vinho e no mel, no podendo ser

    sintetizados em nosso organismo.

    Auxilia na absoro davitamina C, podendo ter ao anti-inflamatria,

    antialrgica, anti-hemorrgica, antioxidante, antiesclertico, antiedematoso, dilatador

    de coronrias, espasmoltico, anti-hepatotxico, colertico e antimicrobiano, alm defortalecerem os vasos capilares.

    http://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/http://www.infoescola.com/quimica/substancia-quimica/http://www.infoescola.com/bioquimica/flavonoides/http://www.infoescola.com/bioquimica/vitamina-c/http://www.infoescola.com/bioquimica/vitamina-c/http://www.infoescola.com/bioquimica/flavonoides/http://www.infoescola.com/quimica/substancia-quimica/http://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/
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    Devido sua ao antioxidante, vrias indstrias tm apresentado um

    grande interesse nesses compostos, visto que j podem ser importantes na

    preveno ao cncer e de doenas cardiovasculares.Eles podem ser subdivididos em classes:

    Antocianina: com colorao variando em azul, vermelho e violeta.

    Normalmente encontrados em frutas, flores e usados como corantes;

    Flavanas: estas so incolores e encontradas nas frutas e chs (verde ou

    preto). Pode ser responsvel pelo sabor de algumas bebidas devido presena da

    biflavana;

    Flavononas: de colorao amarelo-plido quase incolor, esto presentes

    exclusivamente em frutas ctricas;

    Flavonas: possuem colorao amarelo-plido e encontram-se

    principalmente em frutas ctricas, contudo tambm podem ser encontradas nos

    cereais, frutas, ervas e vegetais;

    Flavonis: tambm possuem colorao amarelo-plido e encontram-se

    mais comumente em frutas e vegetais.

    Isoflavonoides: estes no possuem colorao e esto presentes apenas

    nos legumes, principalmente na soja.

    3.1.8 Mucilagem

    uma secreo rica empolissacardeos que retm a gua aumentando seu

    volume. encontrada, em concentraes altas, nas razes aquticas, protegendo-as

    no envoltrio de algumas sementes etc.

    Farmacologicamente, trata-se de uma substncia viscosa que resulta da

    soluo de determinadas matrias em gua.

    Possui efeito cicatrizante, anti-inflamatrio, laxativo, expectorante e

    antiespasmdico, sendo a babosa, a tanchagem e o psyllium bons exemplos.

    A mucilagem, quando seca rgida e quando hmida pegajosa. Pode

    proteger e ancorar as plantas.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeo
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    3.1.9 cidos orgnicos

    Desempenham um papel importante no metabolismo primrio da planta

    (fotossntese e respirao).

    Os cidos mais comuns com os quais convivemos, exceto o cido clordrico

    encontrado no suco gstrico, so os cidos orgnicos (aqueles que contm tomos

    de carbono). O maior grupo o dos cidos carboxlicos, cuja caracterstica e a

    presena do grupo funcional (COOH), a carboxila.

    A presena da carboxila confere, entre outras, a propriedades de

    serem cidos fracos no meio aquoso e de apresentarem elevados pontos de

    ebuliopor conta da facilidade na formao de interaes entre molculas do tipo

    ligaes de hidrognio.

    Algumas plantas, como as das famlias das borraginceas, das gramneas e

    das equisetceas, absorvem do solo gua e sais orgnicos em grande quantidade e

    armazena-os nas membranas das clulas ou no protoplasma.

    Alguns exemplos de cidos orgnicos so:

    cido frmico - o mais simples dos cidos carboxlicos, sendo a

    substncia que causa o ardor das picadas de formiga. Seu nome tem origem latina,

    da palavra formiga formica.

    cido tartrico encontrado na videira e no tamarindo, possui ao

    laxativa suave. Tambm pode ser utilizado como aditivo em alimentos e bebidas

    efervescentes.

    cido mlico existente em frutos como a uva, cereja verde e ma,

    possuindo ao laxante, sendo tambm utilizado como aditivo alimentar e em

    tratamento de problemas respiratrios.

    cido actico - encontrado no vinagre, sendo seu principal ingrediente.

    Seu nome tem origem latina, do acetum, que quer dizer azedo. conhecido e

    utilizado pela humanidade desde tempos remotos, como condimento para conservar

    alimentos. O vinagre produzido pela oxidao aerbica, por bactrias do gnero

    Acetobacter, do lcool a cido actico diludo (8%), obtida pela fermentao do

    vinho, da cidra, do malte ou do lcool diludo.

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    cido acetilsaliclico popularmente conhecido como aspirina, sendo

    utilizado como antipirtico e analgsico. Sua produo ocorre concomitantemente

    com o cido actico pela reao de esterificao do cido saliclico (2-hidroxibenzoico) com o anidrido actico. O nome cido saliclico vem do latim e

    significa a rvore do salgueiro, salix. Os mdicos da Grcia Antiga tinham

    conhecimento das propriedades antipirticas e redutoras da febre, da casca desta

    rvore. Em 1829, Henri Leroux, um qumico francs conseguiu isolar da casca do

    salgueiro, a salicina (composto ativo na sua forma pura), que uma molcula com a

    estrutura semelhante da aspirina.

    cido ctrico - o causador daacidez nas frutas ctricas. Na indstria, ocido ctrico produzido pela fermentao aerbica do acar bruto (sacarose) ou

    acar de milho (dextrose) por uma casta especial deAspergillus niger. Sua maior

    utilizao em bebidas carbonatadas e alimentos, como acidulante. Na medicina,

    utiliza-se na fabricao de citratos e desais efervescentes.

    cido oxlico - um cido dicarboxlico txico, encontrado em algumas

    plantas, como espinafre. A ingesto em grande quantidade da substncia pura

    fatal. Porm, seu teor na maioria das plantas comestveis muito baixo, no

    apresentando riscos srios. Auxilia na remoo de manchas e ferrugem, podendo

    ser utilizado em vrios produtos comerciais de limpeza. Alm disso, clculos renais

    tambm podem ser constitudos pelo oxalato de clcio mono-hidratado, umsal de

    solubilidade baixa que deriva do cido oxlico. Seu nome tem origem latina (oxalis)

    resultando do seu primeiro isolamento do trevo azedo (Oxalis acetosella).

    cido propinico (propanoico)- o que causa o cheiro caracterstico do

    queijo suo. No perodo principal de maturao desse queijo, os micro-organismos

    Propionibacterium shermanii e outros similares, promovem a converso do cido

    ltico e lactatos em cidos propinico e actico e a dixido de carbono, que

    responsvel pela formao dos buracoscaractersticos do queijo suo.

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    3.1.10 leos essenciais

    Constituem os elementos volteis encontrados em vrios rgos vegetais,

    estando relacionados com inmeras funes necessrias sobrevivncia vegetal,

    sendo assim, de grande importncia na defesa contra micro-organismos. Cerca de

    60% desses leos possuem propriedades antifngicas e 35% propriedades

    antibacterianas.

    Os leos essenciais podem estar presentes em diferentes partes das

    plantas, comofolhas,flores,madeira,ramos, galhos,frutos,rizomas e razes. Depois

    de biossintetizados, eles so armazenados em clulas e locais especiais, como

    dutos, canais e bolsas secretoras, alm de tricomas e glndulas.

    So encontrados principalmente nas espcies das

    famlias Apiaceae, Lauraceae, Myristicaceae, Lamiaceae, Asteraceae, Myrtacea

    e, Rosaceae, Piperaceae e Rutaceae, encontradas em praticamente todos os

    continentes.

    Possuem um forte aroma, com colorao amarelada e consistncia oleosa,

    sendo lipossolveis em lquidos sob temperatura ambiente.

    Os leos essenciais nem sempre apresentam aroma agradvel e nem

    sempre as espcies que os contm possuem propriedades teraputicas. Contudo,

    algumas so utilizadas como condimento ou no preparo de chs.

    Sua extrao pode ser feita por meio de diferentes processos,

    comodestilao a vapor,extrao por solventes orgnicos volteis, por gorduras a

    frio ou a quente, adsorventes (slica,carvo ativado)ou por presso (expresso).

    Apresentam efeito bactericida, antivirtico, cicatrizante, analgsico,

    relaxante, antiespasmdico e expectorante. Mentol encontrado na hortel, eugenol

    no cravo-da-ndia e timol no tomilho so bons exemplos.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Folha_(bot%C3%A2nica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Florhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Madeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frutohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rizomahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Apiaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Apiaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lauraceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lauraceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myristicaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myristicaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lamiaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lamiaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Asteraceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Asteraceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myrtaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myrtaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myrtaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rosaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rosaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Piperaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Piperaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rutaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rutaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Destila%C3%A7%C3%A3o_a_vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Extra%C3%A7%C3%A3o_por_solventehttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o_ativadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o_ativadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Extra%C3%A7%C3%A3o_por_solventehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Destila%C3%A7%C3%A3o_a_vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rutaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Piperaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rosaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myrtaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myrtaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Asteraceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lamiaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Myristicaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lauraceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Apiaceaehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rizomahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frutohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Madeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Florhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Folha_(bot%C3%A2nica)
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    3.2 FITO-HORMNIOS

    Diversas patologias ocorrentes na populao ocidental so hormnio-

    dependentes e, estudos epidemiolgicos apontam uma grande relao entre sua

    incidncia e a dieta.

    A fitoterapia abre caminhos para o uso de estrognios de origem vegetal que

    podem atuar beneficamente na sade humana.

    Os fito-hormnios so substncias encontradas nas plantas cuja atividade

    muito semelhante dos hormnios, atuando como constituintes das membranas

    celulares, como hormnios de crescimento, como antioxidantes (protegendo contra

    radiaes UV), fungicidas e tambm herbicidas.

    As auxinas foram o primeiro grupo de fito-hormnios descoberto por meio de

    experincias realizadas por diversos fisiologistas iniciadas por Darwin.

    Na dcada de 70, foram classificadas centenas de espcies de plantas com

    ao hormonal. Atualmente, esse nmero chega a milhares. Dentre as diversas

    substncias que atuam como fitoestrgenos, as isoflavonas so as mais comuns e

    com maior ao teraputica, estando presentes na soja e seus derivados. Alm das

    isoflavonas (presentes em produtos base de soja, ervilha, lentilha, feijo e seus

    derivados, legumes e frutas), tambm existem as lignanas (encontradas na linhaa),

    os flavonoides (nas frutas e legumes) e os cumestranos (no broto de feijo e alfafa).

    Os principais exemplos de isoflavonas so a daidzena e a genistena.

    As lignanas constituem a parede celular, e com o processo de refinamento

    dos alimentos elas podem ser removidas. Assim, o alimento deixa de ser fonte deste

    fito-hormnio, devendo-se, ento, dar preferncia ao consumo dos alimentos

    integrais, os quais mantm as lignanas conservadas.

    As principais lignanas ativas so a enterolactona e o enterodiol, mas o

    matairesinol e secoisolariciresinol tambm esto sendo bastante estudados.

    J com relao aos coumestanos, o principal o coumestrol.

    A estrutura dos fitoestrgenos parecida com a dos hormnios endgenos,

    dando-lhes a capacidade de adeso aos receptores de estrgenos. Porm, ao

    aderir-se a esses receptores os fitoestrgenos podem desencadear aoestrognica ou antiestrognica.

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    Alguns fito-hormnios como os da cimicfuga atuam reduzindo os nveis do

    hormnio luteinizante, o LH, que responsvel por sintomas como as ondas de

    calor na menopausa. Os medicamentos derivados dessa planta foram aprovadospelo Ministrio da Sade da Alemanha como os melhores fitoterpicos para o

    tratamento dos sintomasdamenopausa.

    Mesmo com inmeras vantagens como poucos efeitos adversos, podendo

    ser usados pela maioria das mulheres que tm contraindicao ao uso de

    hormnios, os fitoterpicos nem sempre tm a mesma eficcia que esses

    hormnios, sendo mais satisfatrios para quem tem sintomas moderados.

    Os fito-hormnios tambm podem ser teis no tratamento da TPM, que

    antes era tratada somente com utilizao de medicamentos convencionais, como

    analgsicos e contraceptivos.

    O leo de borragem (Borragoofficinalis), por exemplo, contm um cido

    graxo de grande importncia: o cidogamalinolnico, ou GLA. Ele no produzido

    pelo organismo, precisando ser ingerido. Sua deficincia tem sido mencionada como

    uma das causas de alguns dos sintomas fsicos da TPM. O GLA possui poderes

    anti-inflamatrios e anti-inchaos, atuando diretamente na causa, em vez de apenas

    atacar os sintomas. Outro que tambm contm o GLA o leo de

    Prmula (Oenotherabiennis).

    So outros exemplos de espcies fontes de fito-hormnios:

    Cimicfuga(Cimicifuga racemosa)

    Possui dois fitoestrgenos (isoflavona e deoxiactena) que agem

    conjuntamente no tratamento dos sintomas do climatrio, como secura vaginal e

    calores, alm de males associados TPM, como depresso e dor de cabea. No

    deve ser indicada na gravidez, na amamentao, para pacientes com histrico de

    tumor no endomtrio e para alrgicos ao cido acetilsaliclico (Aspirina).

    Dose indicada: deve conter 1 mg de 27- deoxiactena em extrato a 2,5%,

    sendo indicado 40mg/dia do extrato.

    Dong Quai(Angelica sinensis)

    Possui vasodilatadores que promovem alvio da presso arterial e,

    consequentemente, da dor. Devido a isso, indicado no tratamento de clicas

    menstruais. constitudo por substncias que agem como o estrgeno e aprogesterona, amenizando os fogachos e a secura vaginal durante a menopausa.

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    O Dong Quai contraindicado para os pacientes com lceras estomacais

    para os que fazem uso de anticoagulantes e para grvidas.

    Dose indicada: 1200 mg ao dia, preferencialmente dividida em duastomadas, do extrato padronizado contendo ligustilide a 1%.

    Yam mexicano(Discorea villosa)

    Possui substncias cuja atuao semelhante da progesterona e do

    estrgeno. Indica-se como coadjuvante para tratamento da TPM, climatrio e na

    preveno da osteoporose. Deve-se ter cautela com pacientes submetidos Terapia

    de Reposio Hormonal, que fazem uso de contraceptivos orais e com histrico de

    trombose e derrame.

    Dose indicada: como mais bem absorvido pela pele, as melhores formas

    comerciais so o gel e a pomada. Devem ter extrato de 27-deoxiactena glicosdeo

    25 mg com 1mg de triterpeno, utilizando como veculo o gel 15%.

    Alcauz(Glycyrrhiza glabra L.)

    Possui como princpios ativos as isoflavonas, flavonoides, resinas,

    asparagina, taninos e leos volteis, sendo as saponinas triterpnicas os principais

    componentes.

    Tambm utilizado no tratamento da menopausa, atuando como anti-

    inflamatrio, antialrgico, antiviral, antibacteriano, protetor gstrico e heptico,

    antineoplsico e como um adoante natural, podendo ser utilizado por diabticos.

    Dose indicada: 380 mg ao dia do extrato padronizado a 12%, tomado 30

    minutos antes das refeies.

    Linhaa(Linum usitatissimun)

    grande fonte de lignanas, substncias que atuam como o estrgeno. Um

    estudo realizado na UniversidadedeToronto, no Canad, mostrou a relao entre

    as lignana e a reduo dos tumores de mama. Alm disso, possui ao anti-

    hipertensiva, laxativa suave e anti-inflamatria. No h evidncias de efeitos

    colaterais na literatura.

    Dose indicada: 1g a 2g ao dia do extrato padronizado entre 30% e 35%.

    Uma vez que as lignanas encontram-se mais concentradas nos envoltrios das

    sementes, a fim de se obter o efeito hormonal, devem-se consumir as sementes ao

    invs do leo, sendo sugerido o consumo de 1 a 2 colheres de sopa ao dia dasemente triturada.

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    Trevo vermelho(Trifolium pratense)

    indicado para aliviar os fogachos da menopausa e prevenir a osteoporose

    devido presena de quatro tipos de isoflavonas. Tambm pode ser utilizado notratamento da bronquite e da asma, j que estimula a dilatao dos brnquios. Alm

    disso, diminui a resistncia perifrica e auxilia na diminuio da presso arterial,

    diminui a coagubilidade sangunea, possui ao cicatrizante e antitumoral.

    Deve ser evitado durante gravidez e lactao e por quem faz uso de

    medicamentos anticoagulantes.

    Dose indicada: podem variar entre 40mg a 80mg ao dia, tendo o extrato

    padronizado 40 mg de isoflavonas, sendo 3,5mg de daidzena, 4mg de genistena,

    24,5mg de biochanina e 8mg de formometina.

    Soja(Glycine max)

    Contm isoflavonas, substncias que imitam o estrgeno, podendo ser

    utilizada como alternativa Terapia de Reposio Hormonal. Pode ser consumida

    na forma de protena, leite ou tofu, porm para chegar dose recomendada de

    45 mg ao dia, mais prtico consumir a farinha misturada no leite ou iogurte.

    Dose indicada: ainda no se sabe ao certo qual a quantidade de soja deve

    ser consumida a fim de prevenir o cncer de mama, porm alguns estudos sugerem

    ingesto mdia de 12 mg ao dia, baseando-se no consumo de mulheres asiticas

    residentes nos E.U.A., que era similar ao das mulheres de Singapura. Outros se

    baseiam no consumo das chinesas de Shanghai, cujo consumo de

    aproximadamente 33 mg de isoflavonas ao dia.

    Com relao ao controle da menopausa, o consumo indicado de 40 mg a

    160 mg ao dia para mulheres no pr-menopausa ou nas menopausadas com

    sintomas. J para tratar o hiperestrogenismo, indica-se de 60 mg a 180 mg por dia,

    em duas tomadas.

    Vitex(Vitex agnus castus)

    Sua estrutura semelhante da vitamina, sendo indicada para o alvio do

    inchao e dor nos seios na TPM. Alm disso, aumenta os nveis de progesterona,

    reduzindo a produo do hormnio folculo estimulante, que responsvel pelas

    ondas de calor.

    Possveis efeitos colaterais so coceira e urticria. No recomendadodurante a gravidez e para os que fazem Terapia de Reposio Hormonal tradicional.

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    Dose indicada: 400 mg ao dia de extrato padronizado a 5%.

    Tribulus terrestr is L .

    uma planta considerada afrodisaca, sendo usada atualmente em algunspases para tratamento da impotncia sexual. composta por saponinas furostanol

    e espirostanol, flavonoides, glicosdeos e alcaloides.

    Em estudos realizados com ratos, observou-se o aumento dos nveis sricos

    de testosterona. Os ratos machos obtiveram aumento dos nveis sricos de

    andrognios, aumento no peso corporal e melhora nos parmetros de

    comportamento sexual.

    Dose indicada: ainda so necessrios mais estudos a fim de avaliar a

    quantidade indicada.

    4 FORMAS DE PREPARO E UTILIZAO

    Por meio de processos extrativos, utilizando-se solventes, como lcool,

    gua, vinagre, leo, propilenoglicol ou a glicerina, o princpio ativo retirado da

    planta. A escolha do solvente definida pela composio qumica e pela

    solubilidade dos seus princpios ativos. Os principais mtodos utilizados para

    extrao so:

    macerao;

    infuso;

    decoco

    percolao;

    destilao.

    4.1 MACERAO

    Preparao lquida que necessita de longa imerso, aplicvel a qualquer

    parte da planta, em que a droga colocada em contato com o solvente em um

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    perodo de tempo muito varivel (de 30 minutos at vrios dias), sob temperatura

    ambiente, obtendo-se uma soluo extrativa denominada macerado. Um bom

    exemplo imergir uma planta na gua fria, cobrindo o recipiente deixando-orepousar em local fresco durante a noite. Geralmente, quando o solvente lcool,

    vinho ou vinagre,o processo mais prolongado.

    Pode ser utilizada qualquer parte da planta, mas mais utilizada naquelas

    cuja estrutura mais compacta. Esse mtodo preserva melhor as vitaminas e

    minerais.

    4.2 INFUSO

    Bons exemplos so os chs caseiros. Na infuso, adiciona-se gua fervente

    em um recipiente (xcara) contendo a planta seca ou fresca. Aguarda-se de 5 a 10

    minutos abafando-se o recipiente. Esse tempo de extrema importncia para a

    obteno dos princpios ativos.

    Utiliza-se essa tcnica para plantas tenras, folhas e flores normalmente

    reduzidas a p ou rasuradas. Geralmente se utilizam cinco partes da planta para 95

    partes de gua.

    4.3 DECOCO

    Consiste em colocar um slido (vegetal) em contato com um solvente

    (normalmente utiliza-se a gua) em ebulio, durante um perodo, a fim de se obter

    uma soluo denominada decocto. Utiliza-se essa tcnica para as partes mais

    consistentes da planta, como raiz e caule.

    Em uma vasilha com as plantas, adiciona-se gua fria e leva-se ao fogo para

    cozimento por 5 a 10 minutos, podendo se estender at 30 minutos nos casos das

    partes mais duras. Aps o cozimento, retira-se do fogo e se mantm abafado pormais um perodo.

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    4.4 PERCOLAO

    Percolao o processo de se extrair exaustivamente um princpio ativo

    pela extrao contnua de drogas maceradas previamente. Extraem-se os princpios

    solveis da parte no solvel da planta. bastante utilizada para extrair substncias

    farmacologicamente muito ativas, encontradas em pequenas quantidades ou que

    so pouco solveis. Realiza-se colocando a planta em um recipiente chamado

    percolador (de vidro ou metlico),em que passado o lquido extrator, obtendo-se

    no final um extrato fluido.

    Essa tcnica extrativa considerada a mais complexa, j que devem ocorrer

    cinco fases antes do deslocamento do solvente:

    1) Pulverizao da planta;

    2) Umedecimento do p;

    3) Acondicionamento do p umedecido no percolador;

    4) Adio do solvente;

    5) Perodo de macerao.

    4.5 DESTILAO

    uma forma de separao que se baseia no fenmeno deequilbrio lquido-

    vapor demisturas. Quando existem duas ou mais substncias formando uma

    mistura lquida, a destilao pode ser um mtodo para separ-las. Basta apenas que

    tenhamvolatilidades razoavelmente diferentes entre si.

    Os produtos obtidos por meio da destilao so variados. Os mais

    conhecidos so os leos essenciais, muito utilizados em aromaterapia.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_l%C3%ADquido-vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_l%C3%ADquido-vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Misturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Volatilidade_(qu%C3%ADmica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Volatilidade_(qu%C3%ADmica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Misturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_l%C3%ADquido-vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_l%C3%ADquido-vapor
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    5 FORMAS FARMACUTICAS

    Trata-se do estado em que o fitoterpico se apresenta ou preparado,

    sendo ele slido, lquido ou gasoso, tendo suas caractersticas fsicas e qumicas

    prprias, estando relacionadas com a aparncia, alm de outros aspectos ligados

    liberao do seu princpio ativo. a maneira mais fcil de fazer a administrao da

    dose ao paciente.

    5.1 TINTURAS

    So solues extrativas preparadas atravs da ao do lcool,

    temperatura ambiente, sobre a planta seca ou sobre um misto de plantas, sendo

    caracterizada como tinturas simples ou composta respectivamente.

    Podem ser preparadas pela macerao, percolao ou soluo simples,

    utilizando-se na maioria das vezes um lcool a 60 G.L. como solvente para extrao

    dos princpios ativos da planta. No caso das tinturas simples, 1/5 do seu peso

    constitudo pelas plantas.

    As tinturas-me so preparaes lquidas provenientes da ao do lcool

    como solvente sobre drogas de origem animal ou vegetal. As tinturas-me de origem

    vegetal resultam da macerao da planta fresca, fresca estabilizada ou at mesmo,

    raramente, a planta seca, em lcool de diferentes ttulos, correspondendo na maioria

    das vezes a 1/10 de seu peso em droga desidratada.

    5.2 EXTRATOS VEGETAIS

    Por meio de mtodos utilizados para concentrar os princpios ativos e

    melhorar a conservao e ao teraputica dos fitoterpicos so extrados osprincpios ativos que daro origem aos extratos vegetais.

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    5.6 EXTRATOS GLICLICOS

    So obtidos por meio da macerao ou da percolao de uma planta em

    solvente hidrogliclico, como o propilenoglicol e a glicerina. Geralmente so

    utilizados nos fitocosmticos. A relao planta/solvente varivel.

    5.7 PS VEGETAIS

    Resultam da moagem da droga vegetal seca, podendo ser utilizados como

    matria-prima em vrios preparados. Podem ser facilmente incorporados s formas

    galnicas secas, como comprimidos e cpsulas. Aps o processo de moagem, o p

    peneirado tendo sua granulometria padronizada, sendo classificado por grosso,

    fino, finssimo etc., de acordo com o tamanho das partculas.

    As vantagens de seu uso so a segurana na administrao, o ajuste do

    princpio ativo e a possibilidade de misturas e manipulao simples.

    5.8 ALCOOLATURAS

    Segue os mesmos princpios tcnicos da tintura. A diferena que podem

    ser obtidas pela ao do lcool apenas nas ervas frescas que no podem sofrer

    estabilizao nem secagem, visto que acarretariam perda de sua atividade. So

    utilizadas partes iguais, em peso, da planta fresca e do lcool a um ttulo elevado, a

    fim de evitar elevada diluio pela gua liberada pela planta. Obtm-se macerando a

    droga fresca rasurada em recipiente fechado contendo lcool, por um perodo mdio

    de oito dias. Em seguida,faz-se a expresso e, aps, uma filtrao.

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    5.9 SUCO DA PLANTA FRESCA

    Trata-se da suspenso da planta em lcool a 30 C G.L., com seus

    constituintes ativos e inativos.

    5.10 HIDRLEOS OU TISANAS

    Derivam da extrao de uma planta em gua. Podem ser obtidos por

    infuso, decoco ou macerao. As drogas so incorporadas rasuradas ou em

    menor frequncia, inteiras, sendo normalmente utilizadas por via oral ou uso tpico

    na pele e couro cabeludo.

    5.11 XAROPES

    Nesta forma, emprega-se 2/3 do peso da planta ou fruto em acar

    (aproximadamente 64% de sacarose) ou no mel. Para isso, ferve-se temperatura

    inferior a 80 C. Depois de solubilizado, deve-se filtrar com gaze, armazenando-o em

    recipiente mbar (escuro) e bem limpo, conservando-o preferencialmente na

    geladeira, ou acrescentar conservante. Extratos fluidos, extratos moles e tinturas

    tambm podem ser acrescentados base do xarope.

    bem utilizado para tratamento de tosse e bronquite, sendo contraindicado

    para diabticos (para este grupo existem xaropes especiais, sem adio de acar).

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    Extrato fluidoObtm-se a partir de 1000 g da planta seca, sem

    sofrer ao do calor.

    Extrato seco Trata-se de p homogneo e concentrado.

    P

    a droga vegetal moda, menos concentrada, com

    grande variabilidade na biodisponibilidade do

    princpio ativo.

    Xarope

    Ferve-se 2/3 do peso da planta ou fruto acrescido de

    acar ou mel, no ultrapassando a temperatura de

    80C. Aps solubilizao, feita a filtragem em gaze

    e armazena-se em frasco mbar.

    Cpsula/comprimidoProduzidos com o p, leo ou o extrato seco da

    planta.

    Gotas a forma galnica para a utilizao das tinturas,

    leos essenciais ou extratos fluidos.

    FONTE: KALLUF, L. J. H. Fitoterapia Funcional: dos Princpios Ativos Prescrio de

    FitoterpicosParte 1So Paulo: Valria Paschal Editora Ltda., 2008.

    TABELA 2MEDIDAS CASEIRAS

    Parte da

    planta

    1 colher de

    caf

    1 colher de

    ch

    1 colher de

    sobremesa

    1 colher de

    sopa

    Folhas e

    flores secas

    800 mg 1,5 g 3 g (cascas e

    razes)

    6 g

    Casca 1,5 g At 3 g At 6 g At 12 g

    Ps 0,5 a 1 g 1 a 2 g 3 a 5 g 5 a 10 g

    Lquidos 2 ml ou 40

    gotas

    5 ml ou 100

    gotas

    10 ml ou 200

    gotas

    15 ml ou 300

    gotas

    FONTE: KALLUF, L. J. H.. Fitoterapia Funcional: dos Princpios Ativos Prescrio de

    FitoterpicosParte 1So Paulo: Valria Paschal Editora Ltda., 2008.

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    5.14 CHS

    O ch uma das bebidas mais consumidas no mundo, sendo uma grande

    fonte de flavonoides. Podem-se utilizar folhas, frutos, flores, cascas ou razes das

    plantas no txicas para seu preparo. Os componentes bioativos nele existentes so

    benficos sade, caracterizando-o como um alimento funcional.

    Podem ser preparados por infuso ou decoco, conforme parte utilizada,

    sendo os mais utilizados os chs, com efeito digestivo, calmante laxativo, diurtico,

    hepatoprotetores e os que combatem sintomas da gripe (expectorantes).

    Digestivos

    Favorecem a digesto, tornando-a mais rpida, diminuindo gases

    estomacais e intestinais, reduzindo clicas e desconfortos abdominais, uma vez que

    promove o relaxamento da musculatura lisa do trato gastrintestinal, pelos

    flavonoides, conferindo ao espasmoltica. Exemplos:

    hortel;

    camomila;

    funcho;

    slvia;

    espinheira-santa;

    anis-estrelado;

    erva-doce;

    dente-de-leo;

    anglica;

    coentro;

    alfavaca;

    cravo-da-ndia;

    poejo;

    cardamomo;

    cominho;

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    alho (bulbo);

    menta;

    gengibre.

    Calmantes

    Atuam no sistema nervoso, provocando efeito calmante, podendo induzir o

    sono. Exemplos:

    maracuj;

    capim-cidreira;

    tlia;

    hortel;

    camomila;

    folha de alface;

    melissa;

    anglica.

    Laxativos

    Estimulam os movimentos peristlticos e a motilidade intestinal, aumentandoa frequncia das evacuaes. Exemplos:

    Cscara-sagrada;

    hortel;

    capim-cidreira;

    zimbro;

    carqueja.

    Diurticos

    Aumentam a diurese. Exemplos:

    caroba;

    cavalinha;

    bardana (raiz);

    carqueja;

    cabelo de milho;

    dente-de-leo;

    chapu-de-couro;

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    limo;

    borragem;

    alfafa.

    Hepatoprotetores

    Atuam beneficamente no fgado, melhorando atividade dos hepatcitos e

    aumentando a secreo biliar. Exemplos:

    carqueja;

    boldo;

    alcachofra;

    cardo-mariano.

    Expectorantes

    Diminuem o excesso de muco, reduzem os sintomas da gripe e desobstruem

    as vias areas. Exemplos:

    anglica;

    rosa-mosqueta;

    sabugueiro; alecrim;

    gengibre;

    guaco;

    agrio;

    alcauz;

    alho.

    TABELA 3 - ESPCIES VEGETAIS UTILIZADAS NO PREPARO DE CHS.

    Nom e comum Nom e cientfico Parte uti l izada

    Abacaxi Bromlia anans L. Polpa dos frutos

    Acerola Malpighia glabra L. Frutos

    Ameixa Prunus domestica L. Frutos

    Amora Rubus spp. Frutos

    Anans Ananas sativus Schult. &Scult. F.

    Polpa dos frutos

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    Banana caturra e banana-

    nanicaMusa sinensis L. Frutos

    Banana-de-so-tom, banana-ma, banana-ouro, banana-

    prata

    Musa paradisaca L. Frutos

    Banana-da-terra Musa sapientum L. Frutos

    Baunilha Vanilla aromtica Swart. Frutos

    Beterraba Beta vulgaris L. Razes

    Camomila Matricaria recutita L. Captulos florais

    Capim-limo ou capim-cidreira Cymbopogon citratus Stapf Folhas

    Cassis ou groselha negra Ribes nigrum L. Frutos

    Cereja Prunus serotina Ehrt Frutos (sem semente)

    Ch-preto, ch-verde ou ch-

    brancoCamellia sinensis (L.) Kuntze Folhas e talos

    Chicria Chicorium intybus L. Folhas e talos

    Cenoura Daucus carota L. Razes

    Damasco Prunus armeniaca L. Frutos (sem semente)

    Erva-cidreira ou melissa Melissa officinalis L. Folhas e ramosErva-mate, mate verde ou

    mate tostadoIlex paraguariensis St. Hil. Folhas e talos

    Erva-doce ou anis ou anis-

    docePimpinella anisum L. Frutos

    Framboesa Rubus idaeus L. Frutos

    Funcho ou erva-doce-nacional Foeniculum vulgare Mill. Frutos

    Groselha Ribes rubrum L. FrutosGuaran Paullinia cupana L. Sementes

    Hibisco Hibiscus sabdariffa L. Flores

    Hortel ou hortel-pimenta Mentha piperita L. Folhas e ramos

    Menta ou hortel-doce ou

    menta doceMentha arvensis L. Folhas e ramos

    Jasmim Jasminum officinale L. Flores

    Laranja-amarga e laranja-doce

    Citrus aurantium L. ou Citrus

    vulgaris Risso e Citrus

    sinensis Osbeck

    Frutos, casca dos frutos,folhas e flores

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    Limo e limo-docecitrus limonia Osbeck ou

    Citrus limonum Risso

    Frutos, casca dos frutos,

    folhas e flores

    Ma pyrus malus L. FrutosMamo ou papaia Carica papaya L. Frutos

    Manga Mangifera indica L. Frutos

    Maracuj-au Passiflora quadrangularis L. Polpa dos frutos

    Maracuj azedoPassiflora edulis F.

    flavicarpa DegenerPolpa dos frutos

    Maracuj-doce e maracuj-

    silvestrePassiflora alata Dryand Polpa dos frutos

    Maracuj-mirim, maracuj-roxo

    e maracuj-de-garapaPassiflora edulis Sims Polpa dos frutos

    Marmelo comumPyrus cydonia L. ou Cydonia

    vulgaris Pers.Frutos

    Marmelo-da-china Cydonia sinensis Thouin Frutos

    Mirtilo Vaccinium myrtillus L. Frutos

    Morango Fragaria vesca L. Frutos

    Pera Pyrus communis L. FrutosPssego Prunus prsica L. Batsh Frutos (sem caroo)

    PitangaStenocalyx michelii O. Berg

    ou Eugenia uniflora L.Frutos e folhas

    Tangerina, bergamota,

    mexerica, laranja-cravo e

    mandarina

    Citrus reticulata Blanco Frutos

    Uva Vtis vinifera L. Frutos

    FONTE: KALLUF, L. J. H.. Fitoterapia Funcional: dos Princpios Ativos Prescrio de Fitoterpicos

    Parte 1So Paulo: Valria Paschal Editora Ltda., 2008.

    FIM DO MDULO II