fisiopatologia da reprodução ii - 2

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  • 7/26/2019 Fisiopatologia Da Reproduo II - 2

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    Ve t e r i n a r i a n Do c swww.veterinariandocs.com.br

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    Fisiopatologia da Reproduo II

    Avaliao Androlgica

    I ntroduo

    A realizao do exame androlgico tem como princpio fundamental caracterizaro potencial reprodutivo dos touros e deve atender ao diagnstico da sade sexual, sadehereditria e sade reprodutiva tanto no aspecto da capacidade de monta (potentiacoeundi) quanto na capacidade fecundante (potentia generandi). O exame androlgicodeve ser indicado nos casos de histrico de infertilidade individual bem como nos deseleo e preparao de touros antes da estao de monta.

    Mtodos de Coleta de Smen

    01-Vagina Artificial

    Utilizao:para ruminantes, eqdeos, felinos, coelhos e aves (aquticas);

    Tamanho:condizente com a espcie em questo;

    Composio: tubo rgido externo (PVC ou borracha) revestido por borrachamalevel. No tubo rgido h a presena de uma vlvula para colocao e retirada da

    gua (morna) que fica alojada entre o tubo rgido e a borracha malevel. Tambm sonecessrias amarraes nas extremidades da vagina artificial (amarrao feita com tirarde borracha, anis de borracha ou fios).

    *Em equinos geralmente necessrio que a vlvula fique aberta no momento dapenetrao do pnis na vagina artificial para que haja expulso do excedente de gua,pois o pnis do eqino sofre grande dilatao.

    Caractersticas Gerais: a gua no interior da vagina artificial deve ser colocadaa temperatura de cerca de 40 a 45C que, alm de expandir a mucosa de borracha,

    garante a formao de um microclima semelhante ao apresentado no interior da vaginanatural,e deve-se ter presso suficiente para causar atrito e estimular o macho.

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    Como Utilizar:primeiramente deve-se ter um manequim para que se mimetize umacpula e quando houver o salto, deve-se desviar o pnis do animal em questo e auxiliar a

    penetrao na vagina artificial. Antes da coleta, deve-se aferir a temperatura interna da VA(em torno de 42 C) e lubrificar o interior da mucosa (geralmente s lubrifica-se aextremidade anterior da vagina artificial).

    *O pnis deve ser sempre lavado com soluo fisiolgica antes da introduo na vaginaartificial.

    Tipos de Manequim:

    -Vivos:

    -Fmeas em cio;

    -Fmeas sem cio (macho se acostuma a saltar);

    *Centrais de coleta geralmente no fazem o uso de fmeas para a coleta de machos, poisalgumas vezes no se consegue desviar o pnis e tem-se penetrao com ejaculao na

    prpria fmea. Quando utiliza-se fmeas, elas devem ser castradas preferencialmente.

    -Macho inteiro;

    -Macho castrado;

    *Os machos utilizados para coleta devem ser calmos e condicionados. Machos novosdevem permanecer um certo tempo assistindo os outros, para se acostumarem com asituao.

    -Mecnicos:

    -Fixos (no se movimentam, esto chumbados/presos ao cho);

    -Mveis;

    *No o formato, mas sim a curvatura do manequim que estimula o macho;

    Vantagens da VA: tem-se ejaculado completo (pois tem-se todas as fases da

    cpula) e pode-se fazer a avaliao da funcionalidade no momento da cpula.

    Desvantagens da VA:deve-se ter manequim (mecnicos ou fixos).

    02-Eletroejaculador

    Utilizao: ruminantes, aves e animais silvestres (ursos, macacos, grandesfelinos e outros);

    *No utiliza-se em eqinos e sunos devido ao estresse gerado, inviabilizando a coleta.

    Calibragem: aparelho ligado energia eltrica, geralmente 12 V e trabalha-secom a regulagem de freqncia e amperagem.

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    Tamanho:de acordo com a espcie em questo. Carneiros utiliza-se eletrodos de3 cm de dimetro por exemplo.

    Como Utilizar: a tcnica consiste em induzir a passagem de uma correntealternada pela medula ao nvel da 4 vrtebra lombar, com a qual se produz ejaculao.O

    eletrodo inserido no nus e posicionado no assoalho da ampola retal, este eletrodo possuidois plos, um negativo e outro positivo, nos quais passa a corrente eltrica estimulando acontrao regional, incluindo a via espermtica e glndulas anexas. A voltagem aumentadagradativamente com perodos de estimulao rtmica repetida, alternando com perodos dedescanso (cerca de 5 segundos).

    * comum que o ejaculado possua mais lquido (plasma) devido a estimulao dasglndulas;

    **Deve-se sempre esvaziar a ampola retal;

    Vantagens:mtodo involuntrio, funciona sem grandes complicaes, no caroe pode ser usado em animais sedados,

    Desvantagens: no pode-se avaliar a funcionalidade do animal, no tem-se oejaculado completo, h dias que tem-se boa resposta e h dias que no h boa respostado eletroejaculador e deve-se lavar o prepcio (pois h a possibilidade de ejaculaodentro do prepcio).

    03-Tcnica da Mo Enluvada

    Utilizao:sunos

    Como Utilizar:necessita-se de um manequim e aps o salto do macho, segura-seo pnis logo aps a glnde, pressiona-se e traciona-se at ejacular totalmente. Oejaculado do cachao apresenta fases (pobre/rica/pobre), para exame androlgico nonecessita a separao, mas para inseminao artificial necessita separao, descartandoa fase pobre.

    04-Massagem das Ampolas

    Utilizao:somente para bovinosComo Utilizar:deve-se espremer as ampolas na regio cranial da bacia.

    05-Masturbao

    Utilizao:geralmente caninos;

    Como Utilizar: deve-se estimular o co e quando o co comear a ajudar(durante movimentos masturbatrios) tem-se que afastar o prepcio para o animal noejacular neste. Neste momento o frasco coletor deve estar prximo glande. Por

    natureza, o co passa a perna por cima do brao e deve-se ento segurar o bulbo na mo.

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    Inseminao Artificial em Cadela:deve-se fazer duas vezes com intervalo de 48horas, pois no ovula em um s momento.

    06-Massagem no Dorso Abdominal

    Utilizao:avesComo Utilizar:primeiramente deve-se fazer a higienizao do local da coleta, da

    regio da cloaca, limpando e cortando as penas. Contm-se o galo no colo e pressiona-se com os dedos na regio dorsal. Quando o falo for ejacular, este levanta o rabo e entodeve-se pressionar a cloaca para a retirada do smen juntamente ao frasco coletor.

    *Em aves aquticas utiliza-se uma fmea junto. Ento o macho sobe sobre a fmea eexpe o falo e ento acopla-se o tubo coletor.

    07-Lavagem da Cauda do Epiddimo

    Utilizao:para animais de boa gentica e bom smen que por algum motivono podem mais exercer sua funo. Pode-se ento sacrificar o animal e castrar(retirando o epiddimo) ou castra e sacrifica.

    *70% do smen da cauda do epiddimo vivel.

    Como Utilizar: separa-se a cauda do epiddimo e tambm o ducto deferente,ento, injeta-se soluo na cauda do epiddimo e coleta-se na sada do ducto deferente.

    *Quando castrar o animal, deve-se manter vivel a maior poro do ducto deferentepossvel, pois pode-se coletar mais smen.

    Local de Coleta de Smen

    01-Campo;

    02-rea Coberta: quando rotina, fixa-se o manequim no vivo ao lado de umlaboratrio. O ambiente deve ser fechado (em formato de U ou L) com p direitoalto. Se for congelar o smen, necessita de duas salas, uma para a manipulao e outra

    para os botijes de congelamento. O piso da sala de coleta deve ser no abrasivo, sem

    sujidades e pode-se utilizar grama desde que possa mudar o manequim de lugar. Para opiso pode-se utilizar concreto/asfalto, mas no podem ser lisos e nem abrasivos de mais.O ideal utilizar manto de borracha ou caixa de areia grossa.

    Deve-se ter gua disponvel e perto do local para higienizao adequada dolocal.

    O local deve ser longe de outros locais movimentados, para se ter um ambientecalmo para o macho.

    necessrio tronco de conteno dentro da sala de coleta, alguns machos so dedifcil manuseio e necessitam certa conteno.

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    Caractersticas Particulares por Espcie

    01-Bovinos:

    -Possuem reflexo de flmen para perceber melhor os ferormonas.

    -Deve-se estimular o salto e esperar para coletar. Pode-se fazer com que oanimal salte 2/3 vezes (saltos cegos/falsos) para melhorar a qualidade do smen.

    -Aps o salto deve-se fazer o desvio do pnis, segurando o prepcio e nopropriamente o pnis.

    -O ejaculado tem cerca de 7 a 8 mL de volume, com mximo de 12 mL.

    02-Equinos:

    -Possuem reflexo de flmen para perceber melhor os ferormonas.-Pode-se utilizar protetor de pescoo para guas, pois os machos podem morder

    as fmeas nesta regio no momento da cpula.

    -Ejaculado tem cerca de 80 a 100mL de volume.

    *Jumento: cerca de 40mL (menor volume e maior concentrao do que de cavalos).

    **gua no cio: aumenta o quadriltero de sustentao, deixa pernas abertas, mantm acauda em posio lateral e apresenta vulva edemaciada;

    03-Carneiro:

    -Agacha o posterior e comea a exteriorizar o pnis.

    -Apndice vermiforme no altera a fertildiade e um prolongamento da uretra.

    -O ejaculado tem cerca de 0,5 a 2 mL e 2/3 vezes mais concentrado que debovinos.

    04-Bfalo:

    -Possuem reflexo de flmen para perceber melhor os ferormonas.

    -Ejaculam em menor volume e em maior concentrao que bovinos.

    05-Caractersticas Gerais para Todas Espcies

    -Cuidado para no perder o smen na descida do macho, sempre deve-seacompanhar a descida com a vagina artificial.

    -Aps a coleta, deve-se esvaziar a vagina artificial para descer todo o smen notubo coletor.

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    Avaliao do Smen

    01-AvaliaoMicrobiolgica:pesquisa de bactrias e parasitas. No feito de rotina,apenas em centrais e quando se tem suspeita de alguma enfermidade venrea.

    02-Avaliao Fsico-Qumica:aferio do pH (cerca de 6,8) e osmolaridade. Tambmno feito de rotina.

    03-Avaliao Macroscpica:

    03.1-Colorao:

    -Normal:branco, branco-amarelado e amarelo-ctrico.

    -Anormal:presena de sangue no ejaculado (sangue pode ser provenientede regies mais iniciais do trato reprodutor, como epiddimo, glndulas acessrias ou da

    parede da uretra, e esta diferena de local, altera a forma como sangue se apresenta nosmen).

    03.2-Volume:

    Espcie Volume (mL) Tempo de Ejaculao Local de Deposio

    Touro 2 a 10 1 s Vagina

    Carneiro 0,7 a 2 1 s Vagina

    Var ro150 a 500 10 a 20 min tero

    Garanho 20 a 250 10 a 15 s tero

    Co 2 a 16 30 a 40 min Vagina

    Gato 0,01 a 0,2 1 s Vagina

    Fonte:DERIVAUX, 1980.

    03.3-Aspecto:avalia a viscosidade. Deve-se agitar o observar contra a luz.

    A) Aquoso;

    B) Opalescente/Soroso

    C) Leitoso

    D) Cremoso

    E) Super Cremoso

    03.4-Odor;

    03.5-Presena de substncias estranhas:como sujidades e outros.

    Fisiolgico

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    04-Avaliao Microscpica

    04.1-Motilidade/Mobilidade: uma avaliao microscpica em lmina aquecidacom mesa do microscpio aquecida.

    *O calor importante, pois ao diminuir a temperatura, diminui tambm a motilidade.Utilizam-se placas de platina aquecedoras para controle de temperatura durante avisualizao em microscpio comum. A lmina em que o smen vai ser colocado jdeve estar pr aquecida tambm. No utilizar isqueiro, pois nunca se sabe o quantoesquentou e a temperatura que a lmina se encontra.

    04.1.1-Turbilho:utiliza-se uma lmina limpa/desengordurada e coloca-se uma gota de smen. Observa-se em aumento 100x e a objetiva posicionada no cantoda gota. Deve-se observar os espermatozides em conjunto, observa-se o redemoinho.

    *Apenas ruminantes possuem turbilho e classificado em graus que variam de 1 a 5;**Sinonimos: motilidade massal ou movimento de massa.

    04.1.2-Porcentagem de Clulas Mveis: utiliza-se aparelhagemespecfica (eletrnica) ou avaliao subjetiva (estimativa dos que esto em movimentoem relao aos que esto parados). Utiliza-se uma lmina/lamnula limpa e aquecida

    juntamente a uma gota de smen. Observa-se em aumento 200/250x, ento percorre-sealguns campos e faz-se a estimativa.

    *Ruminantes: no mnimo 70% devem estar mveis;

    **Equinos: entre 50 e 60%;

    ***No deve-se avaliar onde h presena de bolha de ar;

    04.1.3-Tipo de Movimentao

    -Progressiva:para frente (tpico de ruminantes);

    -Circular:ocorre em eqinos (circular e progressivo). Admite-se at 30% em equinos.

    * Em qualquer espcie o choque trmico origina a movimentao circular.-Local:movimenta-se, mas est parado no mesmo lugar.

    -Retrgrado:para trs. Comum quando h contato com gua.

    04.1.4-Intensidade do Movimento/Vigor: avalia a fora com que osespermatozides se movimentam. Classificado de 0 a 5 (melhor) e no deve ser inferiora 3.

    04.2-Concentrao: avaliao de nmero de clulas por unidade de medida.

    Importante para se saber quantas doses ir se fazer.

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    Formas de Avaliao:

    -Aspecto:subjetivo;

    -Cmara de Neubauer/Cmara de Thoma;

    -Espermodensmetro:dilu-se o smen e avalia-se em umaescala pela translucidez do smen. feita uma pr diluio e multiplica o valor por umatabela padronizada. importante que o material esteja limpo;

    -Contadores de Clulas Eletrnico: o smen diludo(diluente 0,1mL/50mL). A soluo colocada em um Becker, onde atravs de umafstula em um cano do equipamento contador, ser sugada e contada por meio de clulasfoto-eltricas, sendo o volume sugado sempre o mesmo, padronizado;

    04.2.1-Cmara de Neubauer:

    *A contagem entre as duas cmaras (1 e 2) deve ser semelhante. Cada cmara contm25 quadrados.

    **Cmara de Thoma h 16 quadrados, mas conta-se os 5 quadrados em cada lado.

    Como fazer a contagem: conta-se 5 quadrados em cada cmara (10 no total)sempre na diagonal.

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    Deve-se diluir o smen para conseguir fazer a contagem. Deve-se utilizar formol citrato(com 4mL de formol 40% e 96mL de citrato de sdio 3%), pode-se utilizar NaCl 10%ou HCl.

    A forma de contagem deve ser padro, deve-se contar o que est dentro do

    quadrado e o que est em cima de 2 linhas, sempre seguir orientao em forma de L.

    Concentrao:

    [ ] = n de clulas contadas

    Altura xrea xDiluio

    *rea: nmero de quadrados 25.

    Fator X = n de espermatozides

    10/25 x1/10 x1/grau de diluio (ver tabela)

    Diluio utilizar:

    -Eqino/Suno:diluio de 1/40 ou 1/50 (estas espcies possuem smensmais diludos);

    -Touro/Carneiro:diluio de 1/100 para leitoso ou 1/200 para cremoso

    *Smen bom de animal em repouso sexual de 3 dias (longe de fmeassem qualquerestmulo);

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    Exemplo:

    Volume: 5 mL

    Aspecto: leitoso

    Diluio: 1/100

    Contagem: lado 1 em 5 quadrados 92 espermatozides e lado 2 em 5 quadrados102 espermatozides, totalizando 194espermatozides.

    194 x 2.500(fator X de diluiotabela) = 485.000 sptz/mm. Ento se 1cm (1 mL) igual a 1.000 mm multiplica-se 485.000 com 1000 e 5 totalizando 2.425.000.000espermatozides neste smen.

    04.3-Patologias (alteraes morfolgicas das clulas espermticas):

    04.3.1-Tcnica do Esfregao Corado: faz-se o esfregao, fixa, cora eobserva-se no microscpio com aumento de 1000x. Dependendo do diluente utilizadono smen, o corante no funciona e nestes casos deve-se utilizar um microscpio defases.

    *O esfregao deve ocupar 2/3 da lmina, sempre fixar a lmina antes de cor-la (formolcitrato tambm fixa), lavar lmina na parte de trs para tirar excesso de corante e podeutilizar mais de um corante.

    04.3.2-Lminas Coradas:lminas especficas j coradas.

    Corantes Utilizados:violeta de metila, cristal violeta 0,5%, vermelho congo e corantede Willians.

    04.3.3-Avaliao Patolgica

    Espermatozide Normal

    04.3.3.1-Defeitos de Acrossoma

    -Acrossoma edemaciado: acontece o desprendimento e pode ocorrer pelocongelamento e descongelamento.

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    -Grnulos acrossomais;

    -Acrossomos rudimentares;

    -Acrossomos desprendidos;

    *No precisa informar que tipo de defeito, apenas a sua localizao (Ex.: acrossoma).

    04.3.3.2-Defeitos de Cabea

    -Cabea alongada;

    -Cabea arredondada;

    -Cabea de esptula

    *So menos comuns;

    04.3.3.3-Defeitos de Base:

    -Defeito de forma:estreita ou larga;

    -Defeito de implantao:axial, abaxial (faz o espermatozide girarem equinospode no ser considerado defeito), oblqua, retroaxial e cabea solta (sem cauda);

    04.3.3.4-Defeito da Pea Intermediria:

    Defeitos:curto, magra, estreita, com interseco e com fratura da cauda.

    *Defeito de cauda: fortemente dobrada ou simplesmente dobrada (envolvendo a peaintermediria);

    04.3.3.5-Defeitos de Cauda e Gota:

    *Gota: gota plasmtica (lixo da formao da clula). So resduos de citoplasma eorganelas e esta limpezaocorre no epiddimo onde reunido todo o material no colo(gota proximal). Conforme a clula vai maturando a gota vai migrando e na clulamaturada no deve haver gota.

    -Defeito da Gota:posicionada antes da metade da pea intermediria ou distal(depois da pea intermediria);

    *A gota proximal no influencia na motilidade, somente a distal;

    -Defeito de Cauda:cauda enrolada, fortemente enrolada, rudimentar e enroladasobre a cabea.

    04.3.3.6-Aumento no Nmero de Cabeas/Caudas (Forma de Medusa):

    -Defeito:presena de duas caudas ou duas cabeas;

    04.3.3.7-Outros:

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    -Impotncia Degenerante sem Causa Especfica: ocorre geralmente na raaJersey e no se sabe a causa. Animal normal reprodutivamente.

    Certificado de Exame Androlgico

    Passos

    01-Identificao: HBB (Bovinos), FBB (Ovinos) e SBB (Equinos) aidentificao de registro nas associaes criadoras.

    02-Anamnese: deve-se informar sem alterao caso o animal no apresentealterao significante e deve-se informar o motivo (Ex.: exposio);

    03-Exame Clnico Geral: verifica-se e informa-se estado nutritivo, arcada

    dentria, aprumos, articulaes, cascos e outros.

    04-Exame Clnico Especfico:verifica-se e informa-se prepcio, pnis, escroto,testculos (dimenses, consistncia, mobilidade e sensibilidade), epiddimo (cabea,corpo e cauda), cordo espermtico, ampolas, vesculas seminais, prstata e permetrode cada lado (direito e esquerdo).

    *Prstata no se palpa, apenas por ultrassonografia.

    05-Exame Sanitrio:em anexo;

    06-Exame Funcional e de Smen: informar mtodo de coleta, nota do libido,observar e informar como se d o salto (com dificuldade ou normal, faz movimentos de

    procura ou no), volume (mL), aspecto (aquoso cremoso), pH (no necessrio),turbilho (0 a 5), motilidade e vigor e concentrao espermtica. No espermogramadeve-se constar a ocorrncia de defeitos como: subdesenvolvimento, formas duplas,defeitos no acrossomo, defeitos de cabea, defeitos de pea intermediria, presena degota e localizao e defeitos de cauda.

    Quanti f icao de Defeitos (Patologias)

    Deve-se utilizar aumento de 400x e gota de imerso. Conta-se da metade emdiante do esfregao e contabiliza-se cerca de 400 clulas ( o ideal), mas pode-se contar200 e 100 clulas pouco.

    Percorre-se a lmina em direo zigue-zague e em um esfregao bomencontram-se cerca de 5 clulas por campo (timo 10 clulas/campo).

    Contabiliza-se somente os espermatozides que esto completamente inseridosno campo e anota-se os que esto normais e defeituosos por campo. Aps isto calcular

    porcentagem final de defeituoso/normais.

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    Parmetr os de Avaliao de Smen (CBRA)

    Parmentro Valor

    Motilidade Espermtica Progressiva*Mnimo (%) 30

    Vigor de Motilidade Mnimo (1 a 5) 3

    Sptz com Motilidade ProgressivaMnimo (x106/dose) 10

    Motilidade Aps Teste de Termoresistncia Mnimo (%) 20

    Defeitos Maiores Totais***Mximo (%) 20

    Defeitos Totais**Maiores e MenoresMximo (%) 30

    Fonte: CBRA, 1998.

    *Busca-se 70% em carneiros e touros.**Valor para touros, o valor para carneiros de 20%. Defeitos totais para eqinos de cerca de 40%.

    ***Valores referentes bovinos, para eqinos utiliza-se 20%;

    ****Em sunos os principais defeitos so observados em acrossomas e no deve-se ultrapassar os 20%;

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    Referncias Bibliogrficas

    C.P. Freitas-DellAqua., A.M. Crespilho, F.O. Papa, J.A. DellAqua Junior.Metodologia de Avaliao Laboratorial do Smen Congelado Bovino. Faculdade deMedicina Veterinria e Zootecnia, UNESP, Botucatu, SP, Brasil, 2009.

    N. C. Severo. Influncia da Qualidade do Smen Bovino Congelado Sobre aFertilidade. A Hora VeterinriaAno 28, n 167, janeiro/fevereiro/2009.

    Colgio Brasileiro de Reproduo Animal CBRA

    Disponvel em:http://www.cbra.org.br/portal/index.htm

    C.E. Pea Alfar. Importncia da Avaliao Androlgica na Seleo deReprodutores a Campo. Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos,Patos, PB, Brasil. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.35, n.2, p.152-153,

    abr./jun. 2011. Disponvel emwww.cbra.org.br

    Aulas de Fisiopatologia da Reproduo II: CAV/UDESC. Professor Guenther Klug.

    http://www.cbra.org.br/portal/index.htmhttp://www.cbra.org.br/portal/index.htmhttp://www.cbra.org.br/portal/index.htmhttp://www.cbra.org.br/http://www.cbra.org.br/http://www.cbra.org.br/http://www.cbra.org.br/http://www.cbra.org.br/portal/index.htm